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Terapia Através da Dança para a Melhora do Equilíbrio Postural em Idosos

Saudáveis
Therapy Through Dance to Improve Postural Balance in Healthy Elderly
Terapia Através da Dança para Equilíbrio em Idosos

Andrea Beatriz Bonsi Nascimbeni¹, Julia Aparecida Higino² (RA): D85GAD5,


Maiara Borches Gallé2 (RA): N4557B0

Universidade Paulista UNIP


Avenida Yojiro Takaoka, 3500 Alphaville
Santana de Parnaíba SP 06500-000
(11) 4152-8888 julia.higino@aluno.unip.br;
maiarabgalle@hotmail.com

1- Fisioterapeuta; Doutora em Anatomia Humana UNICAMP; Docente do Curso


de Fisioterapia da UNIP.
2- Graduandas do Curso de Fisioterapia da Universidade Paulista (UNIP)

Os autores declaram não haver conflito de interesse.

Universidade Paulista
Curso de Fisioterapia – Campus Alphaville
2022
PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE
CURSO

NOME RA REGIME CAMPUS


*
Julia Aparecida Higino D85GAD5 Regular Alphaville
Maiara Borches Gallé N4557B0 Regular Alphaville

Orientador: Andrea Beatriz Bonsi Nascimbeni

Título do Trabalho: Terapia Através da Dança para a Melhora do Equilíbrio


Postural em Idosos Saudáveis.

Tipo de trabalho: ( x ) REVISÃO ( ) PESQUISA DE CAMPO


Tipo de apresentação: ( x ) BANNER ( ) TEMA LIVRE

Banner Nota Nota Nota Nota


Orientador Apresentação PTCI Final

9.0 – nove

Tema Nota Média Nota PTCI Nota Final


Livre Orientador Apresentação

Coordenação do Curso de Fisioterapia


RESUMO

Idosos por sua fragilidade com o passar do tempo geralmente apresentam uma
diminuição do equilíbrio postural devido a senescência que denomina o
envelhecimento natural e fisiológico do ser humano, assim diminuindo sua
capacidade funcional e cognitiva que podem acarretar dentre outros problemas,
o risco de quedas. O objetivo deste trabalho foi mostrar através da revisão de
literatura a importância da terapia através da dança para a melhora do déficit de
equilíbrio, diminuindo o risco de quedas no grupo de idosos, tendo como objetivo
a melhora da qualidade de vida e independência dos mesmos. Foi realizado uma
revisão de literatura, para atender aos objetivos do tema abordado, com base
nos artigos que comprovam a melhoria do equilíbrio postural em idoso através
da dança. As bases de dados utilizadas foram: SciELO (Scientific Eletronc
Library Online), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências
da Saúde, PEDro ( Physiotherapy Evidence Database) e DeCS ( Descritores em
Ciência da Saúde). A dança mostrou eficácia na terapia para o equilíbrio postural
em idosos saudáveis que sofrem com o desequilíbrio devido a um processo de
envelhecimento normal do corpo que chamamos de senescência, podendo ser
usada na fisioterapia como um recurso terapêutico biopsicossocial.

Descritores: Envelhecimento, Postura, Dança, Terapia através da dança,


Equilíbrio postural.
ABSTRACT

Elderly people, due to their fragility over time, usually have a decrease in postural
balance due to senescence that calls the natural and physiological aging of the
human being, thus decreasing their functional and cognitive capacity that can,
among other problems, lead to the risk of falls. The objective of this work was to
show, through a literature review, the importance of therapy through dance for
the improvement of balance deficit, reducing the risk of falls in the elderly group,
with the objective of improving their quality of life. A literature review was carried
out to meet the objectives of the topic addressed, based on articles that prove the
improvement of postural balance in the elderly through dance. The databases
used were: SciELO (Scientific Eletronc Library Online), LILACS (Latin American
and Caribbean Literature on Health Sciences, PEDro (Physiotherapy Evidence
Database) and DeCS (Health Science Descriptors). Dance has shown
effectiveness in therapy for postural balance in healthy elderly people who suffer
from imbalance due to a normal aging process of the body that we call
senescence, and can be used in physiotherapy as a biopsychosocial therapeutic
resource.

Descriptors: Aging, Posture, Dance, Therapy through dance, Postural balance.


INTRODUÇÃO
O crescimento nos números da taxa de idosos mostrou um aumento da
expectativa de vida, que fez com que os estudos fossem voltados mais
especificamente a esse grupo populacional afim de entender a atender melhor
suas necessidades, melhorando assim a qualidade de vida dos mesmos.1
Idosos por sua fragilidade com o passar do tempo geralmente apresentam
uma diminuição do equilíbrio postural devido a senescência que denomina o
envelhecimento natural e fisiológico do ser humano, assim diminuindo sua
capacidade funcional e cognitiva que podem acarretar dentre outros problemas,
risco de quedas deixando-os mais vulneráveis e suscetíveis às doenças
oportunistas do imobilismo.2
A queixa do déficit de equilíbrio é alta e chega a atingir 85% da população
idosa. A maior complicação deste desequilíbrio presente é o risco de queda que
tem uma taxa de 30% de casos anualmente em idosos que vivem na comunidade
e 50 % em idosos que residem em instituições de longa permanência. Isso gera
um problema de saúde pública já que tais quedas geram fraturas o que
compromete a independência e autonomia do idoso, além do risco de
mortalidade por quedas.3
Para o equilíbrio postural dependemos de vários fatores relacionados ao
sistema nervoso central que controla tônus muscular efetivo para mobilidade,
sistema vestibular que é responsável pela manutenção da postura, sistema
proprioceptivo que atua na percepção do corpo no espaço e o sistema visual
responsável pela interação do indivíduo com seu meio. Com o avanço da idade,
os idosos tem um declínio nessas funções responsáveis pela manutenção da
postura, e a dança se torna um meio de trabalhar todos esses fatores juntos, já
que atua na dupla tarefa motora, recrutando sistema cognitivo e
musculoesquelético.3
Anatomicamente a coluna vertebral apresenta curvaturas fisiológicas
denominadas: na região cervical de lordose, na torácica de cifose, na lombar de
lordose e na região sacral, cifose. Tais curvaturas geralmente sofrem alterações
no envelhecimento que podem levar à patologias comprometendo assim o
equilíbrio do mesmo. Destacamos que a região torácica da coluna é mais
suscetível às deformidades do envelhecimento causando assim uma alteração

5
também na região lombar, e esta decorre da idade avançada que altera seu
ângulo (cifose) comprometendo seu equilíbrio fazendo com que a crista ilíaca
realize uma rotação posterior na pelve de uma forma compensatória. Também
podemos encontrar uma marcha com a velocidade diminuída como uma forma
de compensar a falta do equilíbrio. 4
Várias atividades físicas contribuem para a manutenção e prevenção
dessas alterações esperadas com o envelhecimento, uma delas é a Dança,
muito buscada por idosos e idosas por também conter um componente social e
lúdico presente, e onde podemos trabalhar o equilíbrio postural, ajustando tais
deformidades diminuindo assim o déficit de equilíbrio e suas consequências.4
A dança contribui para a melhora do equilíbrio, flexibilidade,
relacionamento interpessoal, cognitivo e agilidade que se torna uma grande
aliada contra as quedas, pois os idosos passam a ter uma melhora na resposta
rápida perante a uma situação de risco de queda. Além disso contribui para uma
melhora na depressão e ansiedade. Portanto a dança terapia se torna uma
alternativa que engloba a melhoria de multifatores físicos e sociais da população
idosa. 5,6

O envelhecimento não é integralmente relacionado à doença, também


pode ser considerada multideterminada à vários fatores físicos como o
condicionamento físico, psicológico, social entre outros. Embora a idade
avançada seja um fator para aparecimento de doença e comorbidades, é
possível ter um envelhecimento saudável, com independência e autonomia,
mantendo a qualidade de vida.7
O objetivo deste trabalho foi mostrar através da revisão de literatura a
importância da terapia através da dança para a melhora do déficit de equilíbrio,
diminuindo o risco de quedas no grupo de idosos, tendo como objetivo a melhora
da qualidade de vida dos mesmos.

6
MÉTODO
Foi realizado uma revisão de literatura, para atender aos objetivos do
tema abordado, com base nos artigos que comprovam a melhoria do equilíbrio
postural em idoso através da dança. As bases de dados utilizadas foram: SciELO
(Scientific Eletronc Library Online), LILACS (Literatura Latino-Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde, PEDro (Physiotherapy Evidence Database) e
DeCS (Descritores em Ciência da Saúde): Envelhecimento, Postura, Dança,
Terapia através da dança, Equilíbrio postural. Na língua inglesa: Dance in the
elderly.
Para critérios de inclusão: Artigos que em seu conteúdo abordam o
envelhecimento bem como o aumento da expectativa de vida dos idosos, a
anatomia fisiológica e patológica da coluna vertebral, controle postural, a
efetividade da dança na terapia para a melhora do equilíbrio postural e suas
consequências como a diminuição no risco de queda e fatores psicossociais,
além artigo que aborda o assunto de uma velhice bem sucedida. Critérios de
exclusão: Estudo que aplica a dança terapia em um público alvo jovem.

7
RESULTADOS
Quadro 1. Extração de dados.

Autor / ano Tipo de Característica da Tipo de Variáveis Resultados


estudo amostra intervenção analisadas significativos
Purkat et al8 Estudo 36 idosos Houve a divisão Através de uma O GI obteve o
(2022). controlado saudáveis entre 65 entre grupo plataforma de ganho da
randomizado. e 70 anos. controle e grupo força foi avaliado a estabilidade
intervenção. GI oscilação do corpo postural muito
realizou a dança durante a postura melhor quando
durante 12 de pés juntos comparado com
durante um o GC mostrando
semanas com
período de 30 assim uma
duração de 90 segundos e grande
minutos com posteriormente efetividade da
frequência de postura em uma dança para o
duas vezes por perna por 20 equilíbrio
semana na segundos. postural.
modalidade de
dança tango
argentino.
Borges et al9 Estudo clínico 30 idosos para Dança de salão. Foram avaliados o A dança é uma
(2018). randomizado grupo GC e 30 protocolo de alternativa
simples. idosos para o grupo autonomia para as terapêutica que
GE. AVDs, avaliação pode ser
do cognitivo com indicada para
mini mental e o melhorar o
equilíbrio postural equilibrio e o
através do pedana desempenho
motor durante as
estabilométrica e
AVDs em
posturométrica.
idosos.
Gouvêa et al10 Estudo pré- 20 idosos de Sessões de Foram avaliadas A dança se
(2017). experimental. ambos os sexos, dança com através de escala mostrou benéfica
entre 60 e 89 anos. coreografias de de equilíbrio, teste para
baixo impacto, de agilidade, qualidade
passos curtos e depressão, de vida
leves, ansiedade e teste e também para o
movimentos de qualidade de bem estar
suaves. O tempo vida. mental dos
de duração das idosos.
aulas foi de 45
minutos, três
vezes na
semana, durante
três meses,
totalizando
40
aulas.
Dorneles et Estudo de 60 mulheres ao Avaliar o As variáveis Foi concluído
al11 pesquisa. total sendo GJ 20 equilíbrio analisadas foram que com o
mulheres de 18 a postural entre amplitudes de passar dos anos,
(2015).
25 anos; GA 20 mulheres de deslocamento do ao entrar na
mulheres de 30 a diferentes faixas COP nos eixos faixa etária idosa
55 anos e GI 20 etárias afim de anteroposterior há uma alta
mulheres acima de observar se há (COPap) e tendência de
60 anos. um médiolateral oscilação
declíni (COPml). postural.
o postural com o
passar dos
anos.

8
Silva et al12 Estudo 19 idosos na faixa Dança sênior Escala de BERG e A dança
(2015). prospective. etária de 60 a 85 sendo realizada LAWTON. mostrou-se
anos. duas vezes por eficiente pois
semana no houve uma
período de melhora
3 pontuada pelas
meses. duas escalas
(berg e lawton)
onde mostrou-se
uma melhora
significativa no
equilíbrio, nas
AVD’s no idoso.
Barboza et Ensaio clínico 22 indivíduos Fisioterapia / Teste de O grupo
al13 aleatório. idosos sendo dançoterapia MannWhitney intervenção
homens e totalizando 16 para fazer apresentou
(2014).
mulheres, de 74 / sessões de 60 a melhora mais
75 anos. Divididos minutos, duas comparação entre significativa no
em grupo controle e vezes por os grupos e equilíbrio,
semana flexibilidade e
grupo intervenção, Wilcoxon para
seguindo um agilidade. Já o
(GC 7M e 4H) (GI protocolo de comparar o pré e o
grupo controle
9M e 2H). evolução de pós intervenção.
apresentou
exercício para melhora na
estimular flexibilidade.
equilíbrio,
independência
funcional e
alongamento
muscular.
Moreira et al14 Estudo 35 idosos com Testes de Teste de Torre de O grupo GD
(2010). Transversal. idade entre 60 a 69 funções Londres e Teste (dança) foi o que
anos divididos em executivas. de Stroop. teve um melhor
GC (sedentários), desempenho em
GA (praticam planejamento
atividade física) e avaliado pelo
GD (praticam teste da Torre de
atividade física e a Londres e
dança sênior). controle
inibitório
avaliado pelo
teste de Stroop.
Oliveira et al15 Estudo 103 indivíduos a Dança sênior Foi utilizado o Houve um
(2009). prospectivo partir de 60 anos, praticada questionário de aumento do
realizado pelo alfabetizados. durante quatro qualidade de vida score em todos
HMSC. meses SF-36 aplicado no os aspectos
semanalmente início e ao final da avaliados pelo
com 60 minutos intervenção e SF-36 quando
comparado com
de duração. teste de Wicoxon.
o questionário
aplicado
inicialmente,
mostrando que a
dança foi
eficiente e é uma
terapia para uma
melhor qualidade
de vida
deste
público.
Legenda: GI grupo intervenção, GC grupo controle, GI grupo intervenção, GE grupo experiência,
AVD’S atividades de vida diária, GJ grupo jovem, GA grupo adulto, GA grupo ativo, GD grupo
dança.

9
DISCUSSÃO

A fisioterapia tem uma grande importância na manutenção e reabilitação


do controle postural em idosos, alteração esta que acomete grande parte desta
população por senescência, um processo natural de envelhecimento do ser
humano. Através da fisioterapia podemos intervir e aplicar um tratamento e / ou
manutenção postural afim de melhorar a independência e qualidade de vida
dessa população.
Dorneles PP. Et al11 (2015) Foi realizado um estudo com mulheres de
várias faixas etárias afim de avaliar o equilíbrio postural em diferentes idades.
Foram avaliadas mulheres jovens, adultas e idosas durante os deslocamentos
em amplitudes de deslocamento nos eixos anteroposterior e médio-lateral sendo
três tentativas de olhos abertos e três de olhos fechados com 30 segundos de
duração. Houve uma diferença significativa no deslocamento médio-lateral de
olhos abertos, onde a população idosa apresentou uma importante oscilação
postural quando comparado com mulheres jovens. Podemos explicar isso
porque o sistema sensorial e motor que sofrem alterações funcionais assim como
na integração de informação também, o processamento visual, vestibular,
proprioceptivo podem levar reflexos negativos, o que explica o grupo de
mulheres idosas sofrerem oscilação postural de olhos abertos.
Purkart B. et al8 (2022) Um estudo mostrou que dança é um recurso a ser
utilizado na abordagem do tratamento do controle postural. Divididos entre grupo
controle (que continuou suas atividades normais) e grupo intervenção (que
praticou a dança tango argentino duas vezes por semana com duração de
noventa minutos cada no período de doze semanas). Foi medido a oscilação
através de uma plataforma de força com os indivíduos em pé com os pés juntos
por trinta segundos e em seguida em pé com apenas uma perna por vinte
segundos. Após a avaliação citada anteriormente foi constatado que o grupo
intervenção ganhou maior estabilidade postural em comparação com o grupo
controle. A intervenção apresentou uma alta efetividade comprovando que a
dança vai além de um hobby, pois pode ser usada como uma estratégia de
tratamento para o controle postural.
Silva AFG. Et al12 (2015) Foi realizado um estudo com 19 idosos de 60 à
85 anos onde foi aplicado a dança duas vezes por semana em um período de
10
três meses. Para avaliar foram utilizadas duas escalas, sendo elas a escala e
Berg e de Lawton. Escala de Berg tem o objetivo de avaliar o equilíbrio e tem
pontos importantes para constatarmos o equilíbrio estático como permanecer em
pé sem apoio, permanecer em pé sem apoio e com olhos fechados, permanecer
em pé sem apoio e com os pés juntos, permanecer em pé sobre uma perna,
entre outros. Já a escala de Lawton avalia as atividades de vida diária para
constatarmos a independência do mesmo como por exemplo, se ele(a) consegue
fazer compras sozinho(a), arrumar a casa, lavar e passar roupas, entre outras.
As duas escalas foram aplicadas antes e depois da intervenção (a dança). Após
a intervenção as duas escalas obtiveram aumento no score, mostrando assim
que a dança trouxe benefícios para o equilíbrio e para as atividades de vida diária
dos idosos, aumentando assim seu equilíbrio postural e sua independência nas
práticas básicas de vida.
Borges EGS. Et al9 (2018) Foi realizado um estudo afim de avaliar o
cognitivo e o equilíbrio postural dos idosos, participaram 60 idosos sendo eles
30 o grupo controle e 30 o grupo experimental que passaram por avaliações de
autonomia funcional para atividade de vida diária, para verificar a independência
dos idosos no dia a dia. Mini exame do estado mental para a avaliação cognitiva
e avaliação do equilíbrio postural através do (pedana estabilométrica e
posturométrica) que consiste em um aparelho que avalia a distribuição de força
sobre o peso do corpo e a variação do centro de gravidade afim de avaliar o
equilíbrio corporal. A dança de salão foi a intervenção utilizada para o tratamento
deste público alvo. Houve no grupo experimental que passou pela intervenção
uma melhora quando com comparado com o grupo controle, o que mostrou
melhores níveis nas avaliações de autonomia para atividades de vida diária,
cognição e equilíbrio, comprovando que a dança foi um ótimo recurso para um
melhor controle motor e para cognição.
Gouvêa JAG. Et al.10 (2017) Através deste estudo a finalidade foi avaliar
se a dança apresentava efetividade para a qualidade de vida do idoso tanto como
uma alternativa de atividade física quanto para mente. Participaram 20 idosos
feminino e masculino que passaram por avaliações de agilidade, escala de
equilíbrio, qualidade de vida, inventário de depressão e ansiedade. As avaliações
citadas consistiram no pré e pós intervenção que foi a dança sênior praticada por

11
um período de três meses. Os idosos apresentaram melhora nos scores das
avaliações comprovando que a dança é uma alternativa de atividade física para
a melhora do equilíbrio além de ser ótima também para a mente, auxiliando na
melhora ansiedade / depressão.
Barboza NM. Et al13 (2014) O presente estudo recrutou 22 idosos e os
dividiu aleatoriamente em grupo controle (sete mulheres e quatro homens) e
grupo intervenção (nove mulheres e dois homens). Foram avaliados no pré e pós
intervenção pela escala de berg para o equilíbrio, timed up and go test para
avaliar a agilidade e Banco de Wells (janela aberta e fechada) para avaliar a
flexibilidade. A intervenção consistiu na fisioterapia aplicada através da dança
terapia com 16 sessões de 60 minutos, duas vezes na semana. O objetivo foi
estimular o equilíbrio e a independência. Foi usado o teste de Mann-Whitney
para realizar a comparação dos dois grupos e Wilcoxon para comparar o pré e o
pós intervenção. Portanto o grupo intervenção apresentou melhora em todos os
aspectos (equilíbrio, flexibilidade e agilidade) enquanto o grupo controle
apresentou melhora apenas na (flexibilidade), mostrando que a dança foi eficaz
no tratamento e pode ser usada também de forma preventiva, beneficiando
aperfeiçoamento do controle corporal.
14
Moreira AGG. Et al (2010) Foram recrutados 35 idosos entre 60 e 69
anos de idade para realizar este estudo onde foram divididos em três grupos de
acordo com a rotina de exercícios praticados, sendo eles: Grupo controle: idosos
sedentários. Grupo ativos: Idosos que praticam atividade física. Grupo dança:
Idoso que praticam atividade física acrescido da dança. Todos idosos
participante do estudo foram avaliados através de testes de funções executivas.
Foi observado que o grupo dança teve um melhor resultado sobre planejamento
avaliado pelo teste da torre de londres e melhor controle inibitório avaliado pelo
teste de Stroop, mostrando que a atividade física pode trazer um benefício maior
quando escolhida com mais especificidade. Ou seja, quanto mais específica for
uma atividade física como a dança melhor o resultado esperado.
Oliveira LC. Et al15 (2009) Para avaliar a efetividade da dança como uma
terapia (reabilitação) foram avaliados 103 idosos com a idade mínima de 60 anos
(alfabetizados). A dança foi aplicada por durante 4 meses com a duração de 60
minutos cada. De forma avaliativa foi aplicado o questionário de qualidade de
vida SF-36 no pré e pós intervenção além do teste de teste Wilcoxon usado para
12
a comparação das duas amostras. Foi observado um aumento geral significativo
no score do SF-36, mostrando que a dança é uma alternativa terapêutica.

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CONCLUSÃO
Concluiu-se que a dança foi eficaz na terapia para o equilíbrio postural em
idosos saudáveis que sofrem com o desequilíbrio devido a um processo de
envelhecimento normal do corpo que chamamos de senescência, podendo ser
usada na fisioterapia como um recurso terapêutico biopsicossocial, melhorando
a qualidade de vida de idosos.

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Referências

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