Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Alterações e Tratamentos
4
O desenvolvimento não se constitui por uma soma de fatores, e sim por
um processo onde os fatores relacionam-se entre si, somado ao fato de
que a interação com o meio ambiente é capaz de provocar
transformações estruturais e funcionais no SNC.
MOTOR
COGNITIVO
5
(OLIVEIRA, SALINA e ANNUNCIATO, 2001)
A criança tem o ímpeto
do movimento e da
exploração
6
As demandas do ambiente podem encorajar ou desencorajar reações
do indivíduo, influenciando diretamente o engajamento em certas
atividades que irão influenciar seu desenvolvimento.
X
7
MOTIVAÇÃO
Força ou energia que leva ao engajamento na tarefa ou
manutenção do envolvimento.
(LEWTHWAITE, 1990)
MOTIVAÇÃO MOTIVAÇÃO
EXTRÍNSECA INTRÍNSECA
• Terapeutas • Senso de autonomia
• Família, • Afinidade à atividade
• Amigos... • Interesse...
10
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Desenvolvimento Motor: mudança contínua no comportamento
motor ao longo do ciclo da vida.
FATORES EXTERNOS
(ex: ambiente onde está inserida, experiências que vivencia...)
Mudanças Quantitativas
Mudanças Qualitativas
11
(GALLAHUE, OZMUN e GOODWAY, 2013)
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Mesma
idade
DIFERENÇAS NO
DESENVOLVIMENTO
MOTOR
Estado de saúde
semelhante
(LOPES, LIMA,TUDELLA, 2009)
Por meio dessa interação com o ambiente podemos observar que o bebê
aprende a se adaptar aos novos estímulos, retém as informações
aprendidas e usa esse conhecimento prévio para planejar ações futuras.
INTERVIR
14
Desenvolvimento Motor
Marcos Motores
Ponto de
Referência
Reconhecer o
padrão típico de
desenvolvimento
• Infância:
Lactente: 29 dias a 2 anos.
Pré-escolar: 2 anos a 5 anos.
Escolar: 5 anos a 10 anos.
• Adolescência:
10 a 12-14 anos até
18-20 anos.
16
DESENVOLVIMENTO MOTOR
No primeiro ano de vida do lactente desenvolvem-se
habilidades motoras básicas.
• Estabilizadoras
(controle de cabeça e tronco, permanecer sentado e em pé)
• Locomotoras
(rastejar, engatinhar e andar)
• Manipulativas
(alcance e preensão)
(GALLAHUE e OZMUN, 2005)
18
19
Considerações...
• Durante o primeiro ano, o bebê prepara o esqueleto para a vida
SINERGIAS
20
Planos de
Movimentos
Tônus muscular
– hipertonia flexora fisiológica dos membros
– hipotonia fisiológica do eixo corporal ou axial
Movimentos espontâneos
Reflexos Primitivos
22
RECÉM-NASCIDO
Supino
Prono
- MMSS fletidos e aduzidos junto ao tronco
- Ombro em ext + RI + adução
- MMII abdução + tríplice flexão sob o quadril
Cabeça: ponto de estabilidade – CENTRO DE GRAVIDADE
Muito peso em tronco superior, quadril alto
Apoio no antebraço, cotovelo atrás do ombro.
25
As mudanças são rápidas 1 mês
porque o bebê se move muito!
26
Inicia ativação
assimétrica rombóide 2 meses
e médio trapézio
ESCÁPULA ASSIMETRIAS
• Ação da gravidade mais extensão em prono, extensores mais
fortes e flexores mais alongados
• Roda horizontalmente a cabeça com facilidade
- Raramente para em LM
• Chutes bilateral
• RTCA mais evidente
LOCALIZAR OBJETOS
27
2 meses
Prono
O ponto de apoio começa a descer para parte superior do tronco
facilitando elevação da cabeça
Quadril mais baixo
• RTCA desaparecendo
Pés juntos
• Mãos: - corpo
- segura brinquedos quando colocado em sua mão
(não tem mais reflexo de preensão) 29
3 meses
Prono
Se eleva sobre os antebraços, mais extensão de tronco, cotovelos
alinhados com ombros, quadril mais baixo.
Trabalho do abdômen
30
O Primeiro Trimestre (1° - 3°mês)
Tônus muscular
– Hipotonia fisiológica axial menos acentuada
– Hipertonia flexora fisiológica membros menos acentuada
33
4 meses
Não pode mais ter assimetrias!
Supino:
Junta mãos e leva a boca, toca tronco e joelhos
Mãos no joelho abdominais encaixe do queixo
Pode rolar para o lado em bloco (acidentalmente)
35
4 meses
Supino
• Passa para DL
• Com mobile: faz flexão total simultaneamente agarrar com mãos e pés
(pescoço, tronco e MM flexão total CONTROLE PLANO SAGITAL)
• Pode fazer flexão de ombro a 100º
36
4 meses
Prono
CG transfere-se para a cintura pélvica
Apoia no antebraço e explora o ambiente visualmente. Cotovelos
alinhados com os ombros ou um pouco a frente (+- 110), cabeça a 90º
Úmero vai rodando externamente
Falta equilíbrio e estabilidade nessa posição, pode rolar ocasionalmente
para supino - se elevar MS
Prono/supinação antebraço
Seleção de grupos musculares – REFINAMENTO
Uso das mãos para explorar brinquedos – preensão voluntária
37
Prono – 2m
Prono – 4m
38
5 meses
40
6 meses
41
6 meses
Sentado:
Reação de proteção completa anterior e inicia para os lados
Usa os MMSS para apoiar, tronco anteriorizado,
MMII abdução, base ampla
Seletivo, busca o que interessa
42
O Segundo Trimestre (4° - 6° mês)
Funções motoras:
Prono: extensão do tronco com apoio mãos, arrastar
Rolar: supino para prono / prono para supino
(até 4 ou 5m pode “cair” para o lado – a partir dos 6m rolar dissociado)
Puxado para sentar: participa ativamente, cabeça acompanha tronco
durante todo movimento.
Sentar com apoio: retificação do tronco
Sentado sem apoio: fica brevemente sentado com mãos apoiando
anteriormente
Em pé com apoio: sustenta momentaneamente o peso do corpo (bebê
saltador)
*mãos livres introdução alimentar 45
O Segundo Trimestre de Vida (4° - 6° mês)
46
7 meses
47
7 meses
Movimento do tronco
sobre a pelve
48
8 meses
• Puxam-se para em pé
49
9 meses
• Gosta de desafios
50
9 meses
Escala tudo!
Prepara para o
sentado de lado
52
9 meses
53
O Terceiro Trimestre (7° - 9° mês)
VARIABILIDADE DE MOVIMENTOS
54
O Terceiro Trimestre (7° - 9° mês)
55
10 meses
56
10 meses
57
11 meses
59
Engatinhar X Andar
Karen Adolph
Sinergia Pés-Mãos:
- Perfeita colaboração da capacidade de
sustentação dos MMII com a capacidade
funcional dos MMSS
61
O Quarto Trimestre (10°- 12° mês)
Funções motoras:
Levanta-se apoiando nos móveis
Agacha-se e levanta-se com apoio
Anda com apoio para a lateral
Faz rotações do tronco em pé
Cruza de um móvel para outro
Pode permanecer em pé sem apoio
Pode andar sem apoio
(10 – 18 meses)
62
O Quarto Trimestre de Vida (10°- 12° mês)
63
64
Bebês de Risco
65
BEBÊS DE RISCO
Quem são os Bebês de Risco?
66
BEBÊS DE RISCO
POTENCIAL DE DESENVOLVIMENTO
Capacidade de pensar, aprender, lembrar, relacionar e articular ideias apropriadas
a idade e ao nível de maturidade.
Estima-se que 39% das cças no mundo com menos de 5 anos de idade não
atingem esse potencial. (GRANTHAM-MCGREGOR et al. 2007)
Justificativa:
•Condições desfavoráveis precoces (até os 24m) podem prejudicar o
desenvolvimento normal do cérebro
•Ausência no estímulo no ambiente domiciliar
•Falta de energia disponível para a atividade cerebral
68
FATORES DE RISCO
Risco Biológico
Risco Estabelecido
Risco Ambiental/Psicossocial
69
FATORES DE RISCO
Riscos Biológicos:
• Prematuridade
• Baixo peso ao nascer
Tem alta probabilidade
• APGAR < 6 no 5º minuto de sofrer lesão cerebral e
posteriormente receber
• Sepse e anormalidades bioquímicas
diagnósticos, como de
• Convulsão recorrente Paralisia Cerebral ou
outro tipo de transtorno
• Infecções
do desenvolvimento
• Asfixia perinatal
• Hemorragia intraventricular
• Distúrbios bioquímicos e hematológicos
70
FATORES DE RISCO
Riscos Estabelecidos
• Hidro e Microcefalia
• Anormalidades cromossômicas e musculoesqueléticas
• Malformações congênitas
• Lesão no plexo braquial
• Mielodisplasias
• Miopatias congênitas e distrofias
• PARALISIA CEREBRAL
71
FATORES DE RISCO
Riscos Ambientais e Psicossociais
• Uso materno de drogas /álcool
Eventos ou condições fora do indivíduo
• Cuidadores usuários de drogas/álcool Experiências relacionadas com a vida
em família ou em sociedade
• Idade materna (<17 anos)
Exposição à vulnerabilidade
• Grau de instrução dos familiares
• Desvantagem socioeconômica - condições financeiras escassas ou
desfavoráveis (local onde reside, presença de brinquedos/estímulo)
• Precariedade de higiene, saneamento básico
• Exposição à violência (domestica, física, sexual, psicológica, exposição à
conjugal, negligencia)
• Instituições
AFETO, CARINHO E INTERAÇÃO
COM A FAMÍLIA 72
https://domtotal.com/noticias/detalhes.php?notId=712844
FATORES DE RISCO
Riscos Ambientais e Psicossociais
POBREZA EXTREMA
74
2016
75
ALTERAÇÕES
NEUROMOTORAS
MOVIMENTOS ATÍPICOS
De onde vem os movimentos atípicos?
Movimentos posturas e
compensatórios movimentação
inadequados
Bloqueio Cervical - Rotação
*Respiração
*Deglutição
Ativação assimétrica/inadequada dos flexores
cervical Rotação de cabeça permanente
Rotação/desalinhamento
coluna quadril
CONSEQUÊNCIAS
Influencia cabeça na linha média, na convergência visual, no uso bilateral das
mãos, déficit na exploração corporal, coordenação mão-boca, escoliose e
luxação de quadril
Bloqueio Cervical - Hiperextensão
CONSEQUÊNCIAS
Compromete o uso dos MMSS, boca aberta, anteriorização da mandíbula,
visual, tátil e vestibular, cifose
O comprometimento segue:
CONTROLE
CEFÁLICO Céfalo-caudal
e Próximo-distal
CONTROLE DA
CINTURA O controle de cabeça
ESCAPULAR
influencia controle de
tronco!
FUNÇÃO DE
MMSS
Bloqueio Pélvico * Apoio dos pés
* Fazer mudança de
postura sem apoio
COMPENSAÇÕES
Supino: posição de abandono
Prono: frog legs transferência de peso e trocas posturais comprometidas
Gato : hiperlordose lombar e abdução de quadril
Desalinhamentos em joelho e em pé.
“W”: retroversão pélvica sequência de desalinhamentos
https://pathways.org/
85
86
87
https://pathways.org/
2021
89
No Brasil, foram adaptadas como o ABCDE da IP:
A • Crie um AMBIENTE estimulador
C • Comece CEDO
D • Realize DIARIAMENTE
90
Vamos falar sobre
atividades práticas?
91
Orientações necessárias para a
família...
Postura para dormir – períodos prolongados na mesma postura
Momento do banho
Alimentação
Conversas e brincadeiras
Como carregar o bebê/criança no colo
Manuseios do dia a dia
Enriquecimento ambiental – “de onde vem o estímulo?”
92
Abordagem Prática
As mãos do terapeuta
• Firmes, mas não devem causar desconforto
• Alinhar e estabilizar!!!
93
Abordagem Prática
As mãos do terapeuta
• Menor controle proximal mãos mais próximas da região axial
(tronco, cinturas)
94
MANUSEIOS TERAPÊUTICOS
PARA O BEBÊ
Devem incluir:
Alinhamento de ombros e pelve (+ membros + cabeça)
Movimento mão-boca, mão-linha média
Movimento dos membros contra a gravidade
Manutenção momentânea da cabeça contra a gravidade
95
MANUSEIOS TERAPÊUTICOS
PARA O BEBÊ
97
98
Diferentes
possibilidades
para Tummy
Time...
99
ESTRATÉGIAS PARA TUMMY TIME
PRONO
•Sobre a perna
•Sobre almofada de amamentação
•Sobre o peito
•No colo
COORDENAÇÃO VISUOCEFÁLICA
101
COORDENAÇÃO ÁUDIOCEFÁLICA
102
ALCANCE MANUAL
103
ESTRATÉGIAS PARA
DECÚBITO LATERAL
Brincar de lado
• Descarga de lado
• Membros linha média
• Convergência visual
ESTRATÉGIAS PARA
O ROLAR
• “canoinha”
• Com tecido
• Facilitações
Pontos-chave
105
Utilizando a perna do terapeuta
(ou rolo pequeno)
• Mobilização
• Transferências
• Como obstáculo (gato e em pé)
Vivência
Posturas e transferências posturais
• Prono descarga em MMSS
• Sentado:
- anel/borboleta
- long sit
- sentado no calcanhar
- side sit
- alfaiate
• Gato
• Ajoelhado, Semi-ajoelhado em pé 107
Fundação Maria
Cecília Souto
Vidigal
109
110
Desenvolvimento Motor Típico
Alterações e Tratamentos
OBRIGADA!!