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Resumo
Introdução
Assiste-se nos tempos actuais, transformações constantes no âmbito social, que procuram
criar uma identidade humana capaz de se posicionar face as novas tendências da globalização,
isto é, do rápido crescimento ou evolução das tecnologias, dos meios de informação, entre
outros. O sistema de educação e de ensino em Moçambique, não estão alheios a estas
transformações. Com isto, a sociedade mostra-se mais exigente e a educação tornou-se o foco
das atenções no que concerne à formação do capital humano competente.
O presente trabalho, faz uma análise reflexiva em torno do papel da matemática no processo
de formação de professores do ensino primário em Moçambique, no modelo de formação de
10ª+3 anos, introduzido em 2012, em testagem. Com este modelo, foram introduzidas nas
novas filosofias de formação, sendo presencial (na sala de aulas) e em exercício (estágio pré-
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Artigo elaborado com base no Plano Curricular de Curso de Formação de Professores do Ensino Primário em
Moçambique, no modelo 10ª +3 anos;
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Licenciado em Ensino de Matemática pela Universidade Pedagógica, Mestrando em Educação/Ensino de
Matemática na Universidade Rovuma, Nampula. natingue2017@outlook.com ou natingue@gmail.com
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A elaboração deste artigo teve como base a leitura e consulta bibliográfica, com principal
enfoque aos planos curriculares.
Neste contexto, o papel do professor em geral, tem sido colocado em causa quando se fala de
profissionalismo e qualidade de ensino, avaliado pelo elevado número de graduados de vários
subsistemas de ensino, com dificuldades recorrentes de escrita, leitura, matemática, entre
outros.
A formação docente deve ser pensada como um aprendizado profissional ao longo da vida envolvendo
profissionalmente os docentes, pois, ao se conhecer melhor e compreender o seu trabalho, possibilita a
descoberta de caminhos eficazes para alcançar o ensino de qualidade e reverter numa aprendizagem
significativa para os alunos (LÜCK, 2009).
É fundamental realçar que este princípio estabelece uma ponte na articulação dos
saberes teóricos e práticos, na medida em que, desde o início da formação, o formando tem a
possibilidade de por em prática, situações concretas do processo de ensino-aprendizagem, isto
é, tem o privilégio de um contacto directo com a escola, com os alunos e com os colegas de
profissão.
Como forma de dar resposta ao âmbito dos saberes acima descritos, o INDE (2012),
destaca que o novo modelo de formação de professores (10ª+3) deverá desenvolver 9
competências, organizadas em 3 domínios:
carreira, OLIVEIRA (2010). É nesta óptica que GARCIA (1995), defende que a formação de
professores deve ser entendida como um processo contínuo, começando com a formação
inicial e se estendendo ao longo da vida profissional, como base essencial para a promoção de
mudança educativa visando a eficácia e qualidade de ensino aprendizagem.
Segundo a UNESCO (2004) citado por INDE (2012; p.10), competência significa
capacidade de enfrentar com sucesso ou levar a cabo uma tarefa, e, o desempenho
competente, a combinação de habilidades cognitivas e praticas inter-relacionadas, o
conhecimento, a motivação, valores e ética, atitudes emoções e outras componentes sociais,
comportamentais e o contexto.
Para PERRENOUD (2001), citado por INDE (2012, p. 11), ser competente denota ser
capaz de usar adequadamente o que é aprendido (conhecimentos, habilidades e atitudes) na
vida social e profissional, isto é, capacidade de utilizar conhecimentos, informações,
procedimentos, métodos, técnicas, bem como outras competências especificas para resolver
problemas, construir estratégias, tomar decisões, actuar, no sentido mais vasto da expressão.
O conhecimento matemático é algo que foi construído historicamente pela humanidade, tornando-se
uma ciência que influencia fortemente na vida do ser humano, em suas relações com a sociedade,
contribuindo na legitimação do sujeito enquanto cidadão [...] A matemática se constitui em
conhecimento que pode nos auxiliar na compreensão do desenvolvimento da ciência e da tecnologia,
sendo, muitas vezes, a balizadora e responsável pelas tomadas de decisões em torno de vários
fenómenos científico-tecnológicos, (PINHEIRO. 2005, p. 14)
Na sociedade actual, a Matemática é cada vez mais solicitada para descrever, modelar
e resolver problemas nas diversas áreas da actividade humana, a Educação Matemática
mostra-se nesta vertente com o intuito de fazer com que o estudante construa, por intermédio
do conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando a formação
integral do ser humano e, particularmente, do cidadão, isto é, do homem público.
A finalidade a que se propõe o ensino da matemática de qualquer nível de ensino, engloba diversas
dimensões, entre as quais de destacam aspectos culturais, sociais, formativos e políticos. A valorização
que se dá a cada um deles terá consequências profundas no processo de aprendizagem e no papel
desempenhado pela disciplina.
O ensino de matemática deve desenvolver no aluno condições para uma leitura crítica
da realidade social com base em dados científicos. A estrutura acima descrita identifica o
percurso da Educação Matemática no ensino básico. É de recordar que o ensino básico
compreende 7 classes.
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Considerações finais.
1. Bibliografia.
BELLONI, M. L. “Professor coletivo – Quem ensina a distância?”, in Belloni, M. L.,
Educação a distância. São Paulo, Editora Autores Associados., 2009
OLIVEIRA, R. P de; ARAUJO, G, C de. Qualidade do ensino: uma nova dimensão da luta
pelo direito à educação. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 28, p. 5-23, Abr.
2005.
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