Você está na página 1de 144

LINDSAY K. CANALES e REBECCA K.

LYTLE

,, •
1s1 cas
PARA JOVENS COM
A

DEFICIENCIAS GRAVES
Embora as práticas descritas nesta obra visem
especialmente aos seus efeitos físicos, elas tam-
bém têm o intuito de proporcionar o bem-estar
psicológico dos alunos. Como resultado das ati-
vidades propostas, que invariavelmente apresen-
tam uma abordagem lúdica e recreacional, pode-
-se notar que eles demonstrarão atitudes mais
positivas. aumento da autoestima e confiança,
bem como maior interação social.

Além de ser apresentado aos diversos bene-


fícios voltados aos jovens com deficiências, o
leitor também poderá contar com:

• estratégias de ensino eficazes e dicas de se-


gurança em cada atividade;
• questões informais para avaliação destinadas
aos educadores;
• índice de atividades no final do livro, a fim
de facilitar a localização da prática ideal para
cada grupo de alunos.

Atividades físicas para jovens com deftciêncías gra-


ves reúne portanto o que há de melhor na edu-
cação física adaptada. apresentando- se como
uma guia didático e criativo indispensável para
os profissionais da área.
Atividades físicas
poro jovens com deficiências graves
Atividades físicas
para jovens com deficiências graves

Lindsoy K. Conotes, M.A.


Rebecca K. Lytle, Ph.D.

1\1anole
Tít\1)0 do ongi1ial c11t inglês: Pi1yst<t11 *"''u11'11r~.f111 Yr.'''~~ Pr~p'( 11 ' ,,, .sn~·'r Dis~"ii1ri'r1
e~t.)Jt) 'it.~lit •C 2111 l' ) l .1rn lu>' K. ( ::111:1lt•\ •.uul lt c•l)l'1 e... K. 1 } 1l,•. l(ul11"> ' \\ .!i l\'it, ' " t\!~'f\".l:lt~.
E;;:\t' l1'rro conr<"rnpll .11' rq;r1\ do Nm"O Ac-onJo Ortogr.ífict' J.a lini.;u;i l'om.tgt.1t·~. tlUt'
t rl ff('\I i:n \ ''•gur n u Br.1-s1I,

Ed1ror ~uor:W1lr('r L11i2 Lounnl10


Ed1tor dC' tr.icl11çõ~: Ut"111se Yu1n1 C:h1nt"111
Produ\"l<> <'<hrorül: P<i>dll i\·lotJ, R.<rut.1 M<t<> < Ct.\HliJ LohrT<nl>ff

Tr.\ducjo: 1·1uli Sp.tcO\' C:inurgo i'1111c111cl


J).J111~l C.111urgo Y11nt'nl('I
\i~<lit.·<.l <t.1 e<iuipt: J.,· l\'1 1:llic:11:t f j,jc11 ~ R<Jibilil..i\·lo (IQ l rt>,pir:1l Jo Cor.i\<lo de 55<.) 1\11110 (1 TCor)
11 1,,(e~l)r de• \.e11111) d,~ /\ 1111\u11ru1-;a i:lo l()T HC: (Fi\.\l jSI,)
Oot1cor c111 !\ t c-dic1m pC'lo Dcp:irt.unC"nro dC' t>acotO)oli:i dl F.iculd..ldc- <lc.- McJtdna da U11i\'Crs1dJcit'
d< São l'n1!0 (h\,\U~f')
F...1)('\(·i;ih1J1 (''" Fi~1.1tri;r f1u<.'J"\t'll(;t1nt~•.1 ~lt' Sp.111!,fi1tg R..t•lit.1 lifil.1tio11 1 l<..~'r11~I ~H.-r\',1nl f\1('(11t·;1)
~d10<1I)
bspt-'<1~1s1J
<.'tll Acupw1rur.i pcfo t:olC:~10 Í\ilédico d~ :\-:-upunn1ra (Cl\L.\;·
Cr:iduJdo <111 .M<dicuu pd• l;•culd.d< d< Med1cllu d.t LmvcrndJde d< S;o P;uJo (1 J\1USP)

Jtevi(âfl de mdu\-ÍO I?' ~" 1.Ut) de J'm~l- 1)tJ)t(). cdito1i.11 J,.1 Edi!OJd fvl:tJlOle
Uugr.1n1.1çiio: 1)C"pro. OOJcon.il da t:d11or.a ,\•\J.1101"
C•p.: Tcr<zJ Kilmch1

r>:adM l111C't11:1cto11.ii( de C:-:tt:i!~çlo rl:t l"ublic~ç.io (\.IP)


((;i.J11ar.t l~rJsiJctr.t do Ls•..-ro. ~I~ Ur.1\aJ)

\..111:11'°" r i11,l;1y K
.i\ti\'id:adei lisit.~-" pata jm>ci1~ co11l dcfil"'iénci.~
p,rJ\"C< I Lmday K. CJ1t:i!cs. Rebeca K. L)'lk:
ltr•dução Th.i.is Spacov C.mu~o Ptiu•md <
1)Arlil:'1 C:A11 1:1rb,~> Pnt1ffll1.· IJ .... R-.ru,·r1. ~ I>;
~1:111-0lc.", 2 ll 1.).
Tit11?1J urli..;n;il· Pll)''i<.-:11:t~1i ,·i1it"'j l(,.r )'CJ111l!;
l>f'<IJ>I.: \Yill1 '<'\ cre Ji"J1nlíti~.
lltblo0f:r>6a.
IS.B:-. 978-S.S-.?04-3> 1~- 1
1. EducJção fisic• 2. l!due>çio 6.<ic. p>rJ
d::fit,t'nt<.'> fT"tro..; .3 l:.'pon<.'1 -1. bxcrcic1°'
L Lytk. R<beç,-, T< lf Tin1li.>

13--02388 CDU-6U.i0Si

fn, li..:(;'-3> pJrJ i;.at.;Í l<.1~ ,;,,'--·11...1ti,·,,;


1. l)...-tlc1"'1•Lec. li"il'c1'\: F.Jut:A\.lt) fi,1, ,,
od>p"1d> 613.7087
2. Educ.çio füico odoptad.i : Ddictcntn
foin~ f. IJ 7087

Ncuh unu p.u1e deste Llvro podcrJ i.cr r<produz1.U. por qu:Uqucr pro.:csso..
sen1 ;a per11ms30 cxpR"m dos C"dltorcs.
f J1l'1.1i\>i;l.1 ;i n-JlnMl\l\·~c) f'C lr ~,·r<'' ·
A Editor.l M>nolc é fili•d> ô Alll>R - ,"<,«>c:iaç.lo Uu<ilctr• dc l>1r<!IC<l$ R oprogiófrcn<.

Dart:-itM r11t lin~u1 pornisuc~ idqt1itido~ prb:


l!dnor,1 .\<Unolc l.<dJ.
/w, Ccci, 67~ -T~mbor<
11(,.-16(1.. 12(1- Rat1h'r1- SI• - l-l1.1,1I
Tcl.; (11) 41 '>(>·(~)(~)
l'.ix: (11) 419(,...(,1)21
'"''"WfTUIDOlt' con1.br
Í11fi1@. 1tY1tt1l\..tC 1•fl l)r-

J111pttl<rt.10 110 Ura'u


Prl1i1tJ lt1 &a: ii
Sumário

Sobre as auto ras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . vii


A~1dec-i 111tntos .... . .... . .......... . .... . ....................... ix
l11trodução ........ . .... . .... . ..... . .... . .... . .... . ........... .xi
CAPÍTt:LO l
Atividades de equilíbrio e flexibilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
C:APÍl'L.:LO 2
Atividades de fortaleci.n1ento n1uscular e
. • .a cardº1orresp1racor1
res1stenc1 . . .a ..... . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. ....... . . . .. . -·'
?'>


C..'APlTL.:LO 3
Atividades que cnvolve1n coordcna";ào olhos- u1àos e olhos- pés . . ........... 45
,
CAPITl;lQ ~
Atividades de 1novin1encaçào espacial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .... 83

Apêndice: Pesquisa baseada ein evidência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . l 09


l~ecursos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111
L~c:ferências bibliográficas .. . .... . ..... . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . .. 115
,
l_ildicc por ati, idndc . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
1

V
Sobre as autoras

Rebecca Lytle (à esquerda) e Lindsay Canales (à direita)

Lin<lsay K. Canalcs, M.A., ensina educação física adaptada hú 1O anos e possui 6


anos de experiência co1110 especialista en1 educação física adaptada, ensinando alunos
dos 3 aos 22 anos de idade. Ela desenvolveu e i111plen1entou 11111 progran1a de educação
fisica que conté111 planos de aulas baseados e111 padrões para 8 dias especiais de aulas
voltados aos alunos de educação inf:1ntil ao ensino funda111cntal. Ela tarnbérr1 realizou
apresentações e1n quarro conferências anuais da California AJliancc for l lealth, Physi-
caJ Education, Recreacion and Dance (CAHPERD), da qual é 1ne1nbro, assi111 co1110
<lo Norrhern c:alifr>rnia Adapre<l PhysicaJ Education C:onsortiun1. En1 seu tempo li-
vre, cJ:i gosta de assistir a esportes e n1anter-se fisica1ncnre ativa.

Rebecca K. Ly tle, Ph.D. , é professora e chefe do J)eparran1ento de C:inesiologia da


Universidade Estadual da Califórnia (CSU}, na cidade de Chico. Ela se apresentou cm
diversas co11ferências estaduais, nacionais e internacionais e recebeu vários prêrnios,
incluindo o 2008 Professional Achieve1nenc H onor pela sua excelênc i;i no ensino e
contribuição significativa para sua disciplina da C:SU. Ela tambén1 presidiu o conselho
2007 Outstanding CounciJ Avvard, da Adapccd Physical Activicy and l~ccrcation, no
qual ca1ubé11i fo i preuúada. Ent 2005, recebeu o Recogrúcion l\ward for Aucis111 Seu-

vii
vlil Atividades físicos poro jovens com deficiências graves

, and Motor Clinic da Aucis111 Sociecv


sorv . of Norrhern Califr>rnia. El:i ce111 inún1e rao;
publicações en1 rcvi~tas científicas, alén1 de ser autora de oito livros (ou partes deles)
ante) desta publicação.
Lyde re111 acuado con10 presidente de 111ais de 12 co111irês e conselhos de educação
fisica adaptada. Ela é n1en1bro de diversas organizações, incluindo a Aliança A111ericana
pam Saúde, Educação Físi<.:a, fle<.:n.:ação e Dança; o Con:.elho para Crianças Excepcio-
nais; a Federação ln~ernacioual de Atividade Física Adaptada e o Consórcio Nacional
para Educaçâo Física e l~ ecrt:açâo para Indivíduos con1 l)eflciências. E1n seus 1110-
111cnros de lazer, ela gosta de realizar canunhadas, nadar e andar de tirolesa.
Agradecimentos

Gostar ía111os de agradecer, en1 p r in1eiro lugar, às crian ças e '>uas fa111ílias que nos
ensi11aran1 tanto ao longo dos anos. En1 st:gundo lugar, gostarían1os de agradecer :1
Escola Mesa Vista e a todos os seus professores e n1odelos que nos ajudara111 a dar vida
a esta obra. Finaln1ente, agradecen1os aos profes.'iore~ do Northern C:;ilifornia Adapced
P hysicaJ Education Consortiun1 por todas as ideias e atividades desenvolvidas en1 co-
laboração durante anos, o que contribuiu enoru1en1cnte para o conteúdo deste livro.
F.111 111en1ória de Jesse Ko hen , cujas energia e e11t11siasn10 tocar;un a vida de inú-
.
111eras cr1an ça.s.

ix
Introdução

/11i11idadcsJTsicas pnra jo11c11s co111 d~ficiê1u:ias ,(!ravcs


foi escrito para auxiliar professores
do~ ensinos fi1ndamental e rnédio a nunistrarl'rn atividades fisicas parJ :1lunos co111
deficiências graves, conto paralisia cerebral, espit1ha bífida e outras liiu.itações ortopé-
dica~ que re<;trinjatn o;ua 111ohilidade. Esses alunos provaveln1ente não tên1 condições de
participar de tu11 progran1a convencional de educação fisica con1 seus colegas de n1rn1a
ou podc1n precisar de auxilio especial quaudo incluídos ucssas atividades.
F.1nbora tenha ~ido escrito con1 o intuito de auxiliar o~ profes~ores da rede escolar,
e,'\te livro ta1nbé n1 é útil para t1111a a111pla ga1na de profissionais, co1no especialistas en1
educação fi~ica adapt~tda, professores de educação especial, especialistas c1Tt recrea\·iio
terapêurica,professores de educação fisica e ourros profissionais que planejan1 ou exe-
cucarn progra1na.o; de atividades para jovens co111 deficiências fisicas graves.
Esta obra dispõe de 50 atividades que poden1 ser aplicadas diretan1ente aos alunos
corn deficiência. São atividades fáceis de preparar e condt121r e rcql1ere1n o uso de
equiparnen[o~ con1uns. EsrJo dispostas de acordo con1 as habilidades fisicas necessária~
para sua execução; portanto, selecionar as atividades n1ais apropriadas para cada a1u-
no é bcnl sin1plcs. E1n ve:t. de seguir urna ordc1n ou sequência. você podcrá cscolhcr
as atividades baseando-se nas necessidades individuais de cada criança ou nas nlecas
acadêrnicas ou 1nocoras que deseja atingir dentro de uni prograina de educação indi-
vidualizad:1 (PEI) para os alunos.
Apesar das atividades aqui descritas visarcrr1 especialmente aos efeitos físicos dos
exercícios, todas elas ta1nbén1 se destinan1 a 1nelhorar o bern-estar psicológico dos
alunos. c:on10 resultado dessas atividades, pode-se notar que eles expressarão atitudes
111ais positivas, mais autoestim:i e confian~·a e n1aior di~ponibilidadc para interagir co111
as pessoas ao seu redor.
Essas atividades são destinadas a crianças e adolescentes inseridos no sisten1a pú-
blico de educação especial (ensinos fttndamental e médio, dos 11 aos l 7 anos). Essa
fai'<:i etária foi selecionada para dar apoio :Is leis públicas, ql1e declara1n que :i educação
física é u111 serviço exigido para crianças e adolesce ntes co1n idades entre O e 22 anos
que se qualifiquen1 para ~erviços de educação especial e111 decorrência de nn1a defici-
ência específica ou atr:iso de desenvolvimento.

xi
xli Atividades flsicos poro jovens com deficiências graves

Os progra111as de atividatk' fisicà deve1n se b;1st:ar 1.·u1 padrões adequados con1


relação ao seu \Ontelido. Por essa razão, as atividades descritas neste livro referern-se
às norn1as estabelecidas pela National Association for Sport and P hysical Education
(NASPE), organizacrão profissional norte-arr1ericana que estabelece padrõe~ e <.Üretri-
zcs para a prática da educação física e esportes. Sua lista de padrões qua11to às habilida-
des do-; alunos da pré-escola ao ensino tnédio ajuda a definir"o que o aluno deve saber
ou ser capaz de desen1penhar con10 resultado de seu envolvin1ento en1 un1 progr.1111:1
de tducação fisica de qualidade" (NASPE, 2004, p. 9). Os seis critérios que dt'fincm
urna pessoa co1110 fi~ica n1ente educada são:

• Critério 1: de111onstra habilidades rnotorJs e padrões de n1ovir11ento necessário~


para cuniprir tuna variedade de atividades fisicas.
• Critér io 2: de111011stra co111preensão de conceitos, princípios, estratégias e táticas
relacionadas ao movin1ento, aplicando-os à aprendizagen1 e ao desen1penho das
atividades.
• Critério 3: participa regula rn1ente de atividades âsicas.
• Critério 4: atinge e 111anté1n un1 nível de 111elhora na saúde en1 relação à sua ca-
pacidadt física.
• Critério 5: de1nonscra con1portan1ento pessoal e social responsá,..el, respeitando os
a111bie11tes de atividade fisica tanto próprios co1110 de outras pessoas.
• Critér io 6: valoriza a atividade física no que 5e refere a saúde, divertin1en to, desafio,
expressão individua l e/ou interação social (NASPE, 2004, p. 11).

()scritérios estabelecidos pela NASPE ta1nbén1 f()rnecem diretrizes para un1 pro-
granl.1 de educação física de alta qualidade. Eles cstabclece111 que o al uno deve ter a
oporlunidade de aprender recebendo "períodos educativos que tocalizern un11níniino
de 150 rni nutos (prin1ário) e ?25 nlinutos (ensino fundan1enta l e rnédio) por se111an;i"
(NASPE , 2004, p. 5). En1 virtude de as atividades descr itas neste livro seren1 destinadas
a crianç:is e adolc~centcs inseridos nu sisten1:i de educaçi\o pública :irncricano, ela~
fora1n desenvolvidas con1 base nas d iretrizes e padrões NASPE.

Organização das atividades

As atividades aqui dt·scritas foran1 plantjadas de forn1a a au n1cntar ou n1antcr


os níveis de.:: força u1uscular, rcsLtência cardiorrespir;,tória e tlcxibilitl1de dos jovens
co1n deflciênci<i. Elas can1bérn desrinan1-se a ser experiências posiciva~ que aun1e11 cen1
a autoestin1a, a confiança e o ben1-estar psicológico geral deles. As atividades estão
agrupadas cn1 capítulos 4uc abord~un qu~1 tro categorias c1n n::laçào à boa for111a fi~ica:
equilíbrio e flexibilidade, força nu1scular e resistência cardiorrcspii:atória, coordenação
entre os olhos e as n1ãos e entre os olhos e o~ pés e a n1ovi111entação espacial. A seguir
s:lo encontradas a5 explicações subre essas categorias.
Atividades de equilíbrio e flexibilidade xlil

• Equilíbrio e flexibilidade. As lo atividad1.·, descrita' llU c:apítulu 1 são voltada'


para o au1nenro ou a 1nanucenção do equilíbrio e da flexibilidade. Elas envolven1
os 1novi1nentos de extensão dos n1e1nbros superiores e inferiores do corpo para al-
cançar un1 objeto, a rnanutenção da posição de alongamento ou d:t postura corporal
por un1 longo período, ou a n1auipulação de l lln objeto equilibrando- o adequada-
111ente sobre u1na área específica do corpo.
• Força 1nuscular e resistência cardiorrespiratória. As 1O atividades descritas no
Capítulo 2 visan1 trabalhar a força 111uscular cn1 geral e a resistência cardiorrcspira-
tória. F.~sa~ atividades envolve1n rnovi rnento corporal const:inre, con10 catn inhada,
corrida. irnpulsão da cadeira de roda.~ e o 1novin1ento continuo dos n1e1nbros su-
periores e inferiores <lo cor po. Atividadt!s de treina1nt!nto de rt!sistência por rneio
do uso de cquipan1encos co1no f.'lixas elásticas (Thera-Band"') e o peso do próprio
corpo. assi1n co1no atividades cujo objecivo é 111anter o 111ovi1n e nto por u111 de-
te rn1inado período, são projetadas par.1 manter ou au111entar a torça n1uscular e a
resistência c:1rdiorrcspiratória.
• Coordenação olhos-mãos e o lhos-pés . As 18 atividades descritas no Capículo
3 envolve1n a coordenação entre os olhos e as niàos, a.'isin1 con10 enrre os olhos e os
pés. Essas atividades visan1 aco111panhar llm objeto con1 os olhos a fu11 de colocá-lo
en1 cont:ito de forn1a apropriada con1 a 1não ou o pé. l labilidades que dernonsrran1
coordenação entre os olhos e as n1âos e entre os olhos e os pés inclue111 atingir
u111 objeto utilizando-se de un1 instrurnento (p. ex., raquete, pá, bastão de hóquei),
chutando u nia bola e jogando-a na dircçiio de u1n alvo. Ao executar tais atividades
na direção de alvos, os al unos precisan1 tnoscrar que tê1n objetivo, força e precisão
apropriados. Alunos que não são aptos a u'iaren1 suas 111àos en1 determinada ativida-
de podcn1 usar seus pés. Por excn1plo, t1n1a criança con1 paralisia cerebral pode ter
n1ais facilidade e1n 1nover seu pé e1n vez de sua n1ão para unpulsionar u1n objelo.
J)or essa ra7âo, 1nuitas atividades desse capítulo pode111 ser111odiflcadas pa ra o U'iO da
111ão ou do pé, dependendo das necessidades do aluno e do objetivo a ser alcançado
na tareÍ;\.
• Movimentação espacial. As 12 atividades descricas no Capítulo.+ aborda 1n a n1ovi-
111entaçâo dos alunos dentro de lin1ites decern1inados de for111a segura, sen1 esbarraren1
uns nos outros. Muitas atividades que envolven1 a rnovin'lcncaçào espa<..ial pcrmitern
que o aluno se desloque livreu1ente enquanro segue couiandos de n1ovuuento especí-
fico~ (p. ex., pare, ande, por /1,1i:•;o, e111 110/t<l, para cin1a). Outras h abilidad~ que poden1 ~er
identificadas dentro dessa categoria inch1cn1 perseguir, fugir e L·squivar-sc. Es.<;as ha-
bilidades relacionad.'\s ao 1novirnento u1tútas ve~es são vistas en1 jogos do tipo ··pega-
- pega", en1 que a pessoa precisa 011 pegar algué1n ou evir..1r ser pega por outro jogador.

Cada atividade descrita neste livro é dividida 11a' segtú11te!> seções:

• Título. O tículo tende a ser u1n 11on1e divertido e criativo para a atividade. Ele não
se destina a descrever u objetivo ou propósito da atividade.
xlv Atividades ffsicos paro jovens com deficiências graves

• Con ceito(s) pri.tnário(s). Est:i seção identifica :i categoria de aptid:io 6sica re-
querida na atividade. Con10 n1encionado, as atividades são dividid.1s en1 quatro
categorias segundo a aptidão fisica a ser trabalhada (equilíbrio e flexibi lidade, força
111u!>ClUar e resistência cardiorrespiratóría, coorden:.ição olhos-111ão~ e olho~-pés e a
n1ovirucntação espacial).
• Con ceito(s) secundário (s). Muitas das atividades envolve111 habilidade~ n1últiplas
ou conceitos de n1ovin1ento. Esta seção identifica especifica1nente essas habilidades
secundárias o u conceitos de n1oviu1cnto.As habilidades incluen1 bater, chu tar,jogar,
pegar, rolar, per,eguir, fi.rgir e ~quivar-se. Os conceitos de n1ovin1ento incll1em o
uso de padrões criativos de 111ovi1ne11to, o enrendi1ne11ro de co111a11dos e o uso cor-
reto de fr>co, força e precisão ao realizar unia habilidade.
• Objetivo da atividade. Esta seção nos fornece tuna visão geral do objetivo da
atividade, descrevendo o que será atingido durante o exercício e qual será a lição
aprendida pelos alunos ao seu final.
• Equipa111ento(s) . Os n1ateriais necessários para a execução da atividade são lista-
dos nesta seção. Eventu~thnente, .:i q u.antid1de de n1ateriais a serern utilizados não
será especificada, visco que depende do 11ún1ero de alunos, sua habilidade e o espaço
disponível para o dcscuvolvin1cuto da atividade. Em virt ud<.: da unportância de 111a-
xi1nizar a participação dos al unos na' auvid,1des, sugere-Se que haja pe)o 111CJ10S Ulll
equipa111ento por aluno. a n1cnos que e les trabalhen1 e111 pares OLl e111 grupos peque-
nos. Tan1bén1 é in1portante prover unia variedade de equipan1entos con1 o intuito
de oferecer aos alunos v5rios níveis de dificuldade, au111cntando, assim, seu êxito (p.
ex., bolas, bolas de praia e saqui11hos de feijão para pegar). Sua função e! detenn.inar
o 111aterial rnais apropriado baseando-se nas habilidades individuais de cada aluno.
• Preparação. Esta seção aborda o que deve ser feito previan1cnte à aula, con10 pre-
parar o espaço ou a inscalaçào a ser utilizada ou a orga1úzação da arividade.
• Procedimentos. Esta seção descreve con10 executar a atividade do princípio ao
fu11. Estão aqui incluídas as instruções específicas e dicas a sen:111 utilizadas na con-
dução do exercício.
• Variações para tornar a atividade m ais fáci l. Algutnas atividades, conio descri-
tas passo a pa.<;so na seção "Pmcedin1entos'', podem não ser apropriadas para todos
os alunos. Esta seção oferece sugestôes para sua adaptação a fin1 de que os alu11os
co111 fuucio11alidade extren1a1nente reduzida possan1 atingir algun1 gr~HJ de sucesso.
• Variações para tornar a atividade mais c omplexa. t\lgun1as atividadé<;, corno
descritas passo :i passo na seção " Proccdii11cntos", podcn1 ser n1tiito sin1plcs para
alguns ~\lu nos l:rll parlicular, corno os con1 funcionalitL'\d<.: ruais desenvolvida. Para
esse~ casos, esra seção dispõe de sugestões para ada ptação das atividades a fi111 de
torná-las n1ais esán1ulanres.
• Questões inforn1ais p ara avaliação . A avaliação é tuna fêrr.1rncnta irnportante
para garanti r: que os all!nos csteja1n sendo bc111-sucl·didos e ql1c esteja1n alcança ndo
uni nível de con1preensào no 111on1ento ern que cu1npren1 a atividade. Geral111ente,
a avaliação deve ocorrer antes, du rante e depois da in1plantaçào de urn progran1a
Atividades de equilfbrio e flexibilidade xv

de atividade 6~ica. Ela deve auxiliar o professor ou a pessoa respo11sáv(·l pela in1-
plancação da atividade a responder perguntas irnportantes sobre o Sllcesso que os
alunos alcançaranl. A seguir. ten1os alguns exen1plos de perguntas in1porrantes a
serem respondidas:
:1 Quais são as habilidades atuais do aluno?

J Que tipos de atividade são apropriadas para esse aluno?


_, Quais habilidades deven1 ser avaliadas nesse a luno?
J Quão efetivo é o progra111.'I no atcndi.n1ento às necessidades desse aluno?
J O aluno está ~e beneficiando da participação nes~e progra1na?
_, As instruções poden1 ser 1nelhorad.'1s para esse aluno?
J (~u:üs habilidades o aluno desenvolveu por intern1édio de sua participação nesse
progra1na~

.J De que fonna houve 111elhora na qualidé!de de vida do aluno? (Kasser & Lytle,
200:>, p. 74-75).

H5 diversas estratégias e ferran1entas para avaliar os alunos tanto for1nal con10 in-
for111aJn1ente. Fer ran1entas para avaJiaçiío fr>rn1al en1 geral siío cesres padronizados que
scgul'n1 instruções bastante esp<:cíficas. Avaliações üúorn1ais são 111uito n1l'nos especí-
ficas e pode1n incluir observações, escaJas de avaliação, questionários, ou até 111es1no
perguntas para reflexão que avalia111 o gr<iu de co111preensào dos alunos. Avaliações
alternativas con10 essas. que veri fican1 o progresso c.liarian1ente. são mais apropriadas
que avaliações formais quando se rrnb:ilha com alunos con1 deficiências graves.
As questões sugeridas neste livro ajuda1n na avaUaçào concisa dos alunos de forrna
a garantir que ele<; esrejan1 alc;u1çando os ohjetivos propostos pelas atividades reali-
zadas. Elas não tên1 a pretensão de serem avaliações globais sobre o dcsen1penho do
aluno. Reco1nenda-se que uu1 especialista en1 educação íisica adaptada realize urna
avaliaçào 111ai~ a111pla, a fi111 de proporciona r un1a co111preensiio das habilidades 111otora'
globais dos alunos de forn1a 111ais con1pleta.

Garantindo a segurança

Pessoas co111 deficiência e1n geral apreseuta1u questões particulares quanto à saú-
de e à segurança. l'v1uict<; vezes, percehe-se que os alunos con1 deficiências fi,icas rên1
n1eno$ força e resistência quando co1nparados a seus colegas da n1esn1a faixa etária, o
que pode C:i:!c:r co111 que sobrecarreguc1u seu orgacús1110. Eles t;u11bé111 sã:o 1nais predis-
postos a infecções ou outras incercorréncias e111 r:11~0 da própri;i deficiência ou ainda
do uso de detern1inadas 111edicações.
Ern virtude dessa~ quc~tões 1n.!dica~ envolvidas. deve-se ter ainda 1nais cautela
ao fazer o pla ncjanicnto de algt1111a atividade física para alunos excepcionais. E' fun -
dan1ental precaver-se no que se refere à segurança do local onde as atividades serão
feitas. Pode ser necessária a escolha de equ ipan1entos adaptáveis às necessidades dos
xvi Atividades ffsicos paro jovens com deficiências graves

alunos, cnl tt..:rrnos dl: texturJ, tar11anho e pc~o."farubérn


é i111porta11tt: estar prcpar.1do
para ernergências, tendo conheci1nento sobre técnicas de prin1eiros socorros co1no
ressuscitação cardiopulinonar e de protocolos a sere111 aplicados e1n casos de crises
convulsiv:L~.
Para ser capaz de proporcionar um au1bienrc scgt1ro para apre11dizagcm, é fu11-
dan1enral que o educador esteja ciente das necessid;ides individL1ais e das questões
específicas envolvidas no cuidado de cada un1 de seus alunos. Par.1 isso, é necessário o
acesso aos seus arquivos cor1fidc11ciais. Outn1 inancira eficaz. para obter infor1naçõcs
sobre a sJúde dos alunos é o contato co1n enfern1eiros ou outro~ profi~sionais da área
da saúde responsável pelo cuidado deles. O profissional e1n questão infonnará sobre
possíveL~ efeitos colaterais a algun1a medicação que esteja sendo adrrúnistrada e sobre
alergias ou doenças conconlitantes co1no diabetes, epilepsia ou as1na. Caso haja preo-
cupação quanco a condições 111édicas específicas e sua relação co1n a ativ.idade fisica, o
educador deve solicitar ao 111édico responsável pelo aluno sua liberação para a prática
da atividade. alé111 de seguir os protocolos estipulados pela escola.
Educar o aluno con1 deficiência a respeico de sua segurança e sobre os cuidados
necessários ao se exercitar o ajudará a cer consciência de o;eu próprio an1biente e da
tolerância aos exercícios. Até· que os alunos tcnha111 total con1precnsão sobre os Clúda-
dos relacionados à aúdc e à segurança no an1bientc de educação Gsica, cslcs dcvcni ser
1nonitorados de perto por profissionais especializados e aptos a supervisionar sua parti-
cipação nas atividades. Por exe111plo, un1 aluno alérgico a látex pode não saber quais os
cquipa1ncntos que contên1 o produto, portanto. o educador deve estar alerta. Cuidados
específicos relacionados à segu1·auça são u1encionadas ao longo de codo o livro. Con-
tudo, educadore~ qualificados e treinados sen1pre deven1 estar acentos à.~ c:onsideraçôe~
intüviduais quanto à segu rança que alguns alunos trn especial possan1 rcqut'rcr.

Estratégias de ensino e dicas

Para gal<lnrir lll11 bo1n desen1penho nos seus progra1nas de exercícios, você deve
colocar en1 prática estratégias de ensino eficazes. Ensinar habilidades funcionais e ge-
neralizações para crianças e adolescentes é de sun1a in1portâ11cia para o cstirnulo de sua
independência e para desenvolver sua habilidade de socialização na vida diária (BrO\Vll
ec ai., 2001 ).
Estratégias adicionais para envolver os alunos no apn.'.ndizado inclucn1 dar csco-
lh:1s a eles e utiliz.ar reforço~ po~itivos (\Volery & SchuStl:r, 1997). Espccifican1ente,
un1a pesquisa 111ostra qne o uso de dicas verbais e físicas, as~ociadas con1 os au111entan-
do o ten1po que o aluno pern1anece envolvido na atividade e a prática de individua-
lizar (difere11ciar) as in~truções dadas (ü ePau•v, 1996), cria u111 an1bit!11te po:.itivo parJ
o aprendizado e111 educação física.
/\un1entar as oportunid;.ide~ pilra ;.i p;.ircicipaçào de cr ianças e adolescentes em ati-
vidades fisicas dur.1nte o período escolar é benéfico. O ensino de educação fisica co1110
Atividades de equillbrio e flexibilidade xvil

parte do <.:urrÍ<.:ulo i:s<.:olar é obrigatório para crianças e ad<>lcsceutt'.-'> coru dcfici~1u.:ia


segundo o IDFA 200-t (Tndividuals \Vith Disabilities Fducacion Act), e te1n o apoio de
organizações tanto nacionais con10 inrernacionais que definü·:un diretrizes quanto às
atividades fisicas. Por fun, a meta é awnentar a função e a qualidade de vitla de toe.lo~,
Ulcluindo aqueles C0111 deficiências fisicas graves.
/\ educação e a avaliação de alunos con1 deficiências graves no ;unbienre escol;ir
pode ser n1uito dificil (Kauffinan e Krouse, 1981; Kleinert e Kearns, 1999; Meyer, Ei-
chinger e Park-Lce, 1987). Muitas vezes, alunos que con1põe1n essa populac,:ào não tê-n1
a habilidade de con1preender conceitos ou alcançar o n1es1110 nível de conhecin1ento
que seus colegas na 111es1na faixa etária (Ilro\vn et ai., 2001 ). Por esse 111orivo, são ne-
ct:ssárias abordagens alternativas de ensino para garantir que alunos com deficiência~
po&sam atingir conhecuncnto en1 níveis ideais. Educadores tambétn devem refietir a
respeito do que deve ser ensinado en1 rern1os de conteúdo a alu nos que poden1 não
desenvolver habilidades fi>icas e 1nentais suficientes para den1onsrrar con hecin1ento e
compreensão plenos das principais áreas de n1atemácica, português, ciências e história.
fVluitas pesquisas na área de educação especial concluen1 que o ensino de habilidades
funcionais e generalizações a alunos co1n funcionalidade reduzida pode ser a forn1a
111ais adt•quada de ensino na educação pública (Bro•vn t•t al., 2001).
A seguir estão de~critas :ilgu1nas estratégias co1nprovadamcncc eficazes, segundo
pesquisas, no que se refere ao ensino de alunos co1n deficiências:

• rnanter o aluno ocupado na tarctã durante um período significativo;


• expor o 1nacerial de forn1a clara e org:uüzada;
• apresentar a intor1naçào verbaln1ente;
• apresentar a i11forn1a~·ão por 111eio de sinàis físicos, con10 den1onstraçõcs:
• n1anter siiiais ranco verbais co1no fisicos curLos e sin1ples para ajudar o aluno J se
n1anter focado e111 deter1nin;ida tarefà, evic.1ndo assin1 que ele se -;inca sohrecarre-
g:ido;
• proporcionar urna respost.1 ({eedback) de qualidade à interação do ~1Juno;
• utilizar estratégias para au1nenwr a 1notivaçâo dos alunos. con10 dar escolhas a eles,
organizar a apresentação da atividade de for111a inceressante e utilizar o reforço po-
sitivo de n·!fineira consistente;
• buscar reSllltados funcionais que sejaJll Íluportantes tanto JlO a1nbiente presente
quanto no tuti1ro;
• f.1zcr con1 que o aluno realize atividades cn1 v:írios an1bi<:ntcs para aun1cntar a ge-
neralização do aprendizado.

Cada atividade aprese ntada neste livro pode ser aJrerada para se adaptar às necessi-
dades dos alunos, assirn corno ao an1bientc e à disponibilidade de equipa111cntos. Uti-
lize as seguintes dicas aprovadas por outros professores à 111edida e111 que pode iuclu ir
as atividades na.~ suas próprias aulas:
xviil Atividades físicas para jovens com deficiências graves

• Diversifique os equipamen tos . A r11odificaçào <los rnatcriai~ (p. ex., va riar o ta-
n1an ho, o peso ou a textura} pode ;111n1encar o índice de sucesso dos alunos sern alte-
rar o objerivo da atividade. A 111odincação na quantidade de 1nateriais pode agilizar
(rr1ai.\ rnateriais) ou atrasar (1neno!> 111ateriais) o a11<lan1ento da atividade. Materiai~
feitos cut casa poden1 ser baratos e sin1ples de produzir. Novelos,.frisbee.< de nylon,
garrafas de água e lacas de alu1nínio são exernplos de 1naceriais caseiros que poden1
ser utilizados nas atividades descritas neste livro.
• Adapte as instalaçõ es. A 1naiori3 das atividades aqui descritas pode ser núnistra-
da e111 diferenr.es tipos de instalações fazendo algun1as pequenas ada ptações. Se for
desenvolvida un1a atividade eu1 un1 espaço pequ eno, basta diu1inuir a quantidade
de regrJs, reruover algtun equiparnento que não esteja sendo utilizado ou alterar o
tipo de rnarerial a ser utilizado para algo 1nais leve e que se mova de for1na n1ais
lenta, con10 urna bexiga. Se vocé ten1 u1na área grande disponível para as arividades,
divida os alunos e111 grupos de forn1:1 que várias atividades ocorran1 ao n1esn10 ten1-
po (con10 e1n tnn circuito). lsso 1nanterá rodos os al unos ocupados. evitando que
alguns fique1n ociosos aguardando sun vez.,
• M a rque o s locais para a s atividad es. E n1uito útil indicar os locais para onde
os alunos dcven1 n1ovcr-se, onde deven1 ficar o u se sentar; para isso, você pode fazer
uso de objetos ou 1narcações no chão. Figuras indicando co1no as advidades deven1
'
ser feitas pode1n auxiliar os alunos a 1nantere111 o foco. E possível utilizar ta111bé111
fita adesiva ou giz para fazer linhas no chão, criar desenhos, ou ainda pode-se cor-
tar papel la1ninado en1 forrnatos diferentes, dependendo da 3tividnde que se deseja
desenvolver naquela região (p. ex., se você deseja que os alunos se sence1n en1 un1
círculo, coloque algun1 n1arcador no chão co111 o for111ato de un1 círculo e, então,
peça parn os alunos se dirigirc1u à região 111arcada para se sentarcn1).
• Utilize sinais v erb ais e v is uais. O sinal pode ser unia palavra, [rase, figura ou
outra fonna de <len1onstrar a habi lidade que você deseja de~envolver. A utilizaçiio
de sinais curtos e sin1plcs (con10 un1a palavra ou un1 gesto) auxilia a n1antcr o foco
dos :Llunos rias Larcfas a scrern descnvolvid3s e cvit~• que eles scjarn sobrecarregado~
co1n instruções. Por exen1plo, se você esr.á treinando arre1nesso. procure instruí-los
inicialmente a segurare1n a hola ou saquinho de feijão próxin10 a região da ore iha.
Urna vez que eles tiveren1 conseguido cun1prir essa ('tapa de for1na satisfatória, paSS('
para a próxilna inscrução: colocar a perna oposta u111 pouco à frente do corpo.
• Seja flexível qua nto ao tempo. A duração de cada atividade pode variar depen-
dendo do 1úvcl dos alunos e de sua taxa de succ>so. É in1portanrc ter en1 1ncntc
que a repeúção é algo in1portnnte para alunos co1u deficiência, e que podeui ser
necessárias tnuicas tenr~civas até que eles :irinjan1 o nível de con1preensão necessário
para efetuar a rarefa. Nunca desista na prin1eira tentativa!
• Mantenha a atividade no nível dos olhos. Muitas ativitlade~ são rn~ús bcrn-
- suceclidas quando realizadas no nível dos olhos do alu 110 cotn deficiência física
grave. De~envolver atividade;; sobre L11na 111esa ou usando alvo5 en1 unia parede pode
ser n1ais visualn1ente t::stimulante para o aluno, o que faz con1 que ele co111preen<la
Atividades de equilíbrio e flexibilidade xlx

n1clhor a atividaJc c se envolva rnai~ corn r.;)a. Essa estratégia tar11bérn pode facili-
tar a rnanipulação de ol~jetos. Por exe111plo, alu nos que utili7.an1 cadeiras de rodas.
1nuletas ou andadores a n1aior parte do dia pode111 ter dificuldade en1 participar de
atividades corno boliche, que requer a rnanipulaçào de uni objeto co111 as <lua~ niào~.
Efetuar essa atividade e1n u111a i11esa, onde o aluno será capaz de nianipular a bola
de forn1a 111ais efetiva, pode au111entar -;eu sucesso.
• Utilize 1-i1úsíca. Música e instrun1entos n1usicais pode111 ser utilizados de diversas
for1rtas dur3nte a atividade fisica. U1na 111C1sica que verbalize espt'Cificarncntc as tare-
fas a ~erem desenvolvida~ pode e~ti111ular e encorajar os alunos a ~eguire111 as orien-
tações. Utilizar un1a 111úsica co111 rit1110 si1nples, que os alunos possa1n aco111panhar
balançando u1n bastão de fita no ar (o n1esu10 utilizado na ginástica artÍl.tica) ou
batendo un1 bastão sobre uma superficic pode ser bastante cficaz.Tambén1 é possível
utilizar a 111úsica co1110 uni sinal para os alunos inici;1ren1 ou pararen1 a atividade,
ou ainda utilizar diferentes rim1os (lento, n1édio e rápido) à n1edic.la que os alunos
se 1novin1e11tan1.
• E nfatize causa e efeito. Atividades e equiparnentos que n1osrran1 causa e efeito
poden1 ser niuiro gratificantes para alunos con1 deficiência tisica grave. Eles gosrarn,
por cxen1plo, de ver pinos de bolichl' ou garraf.1s dt· água caírc111 após scren1 toca-
das. lnterruptores tan1bé1n ·ão populares entre esses alunos (eles goscatn de ver a luz
acender ao e11costare111 no interruptor). Incorporar causa e efeito às atividades pode
111anter o interesse do; aJunos e pode ajudá-los a con1preender :1 finalidade da tarefu
que esr.."ío pratic~1ndo.
• Crie e rnautenha rotinas. Estabelecer tuna rotina é niuito in1portanre quando
ministramos unia sala de aula. Ter unia rotina de aquecin1ento regular, uni local parJ
onde os alunos se111prc vão ou uni ícone par3 seguircni toda vez que couicçarcn1
urna acividade pode ajudá-los a se nwnrerern tocados nas tarefas. Da rnes111a n1a-
neira , pode ser úti l cern1inar as arivid;ides 'e111pre da 111e~111a f(lrn1a. Ter u111a rotina
pa1·a rclaxan1ento após a atividade, tu11 local habitual onde os equipan1cntos devcn1
ser guarclàdos ou terrninar l atividade corn urna série ck: questões que confercnl o
aprendi7ado dos alunos são nianeiras eficazes de realizar a transição entre as ativic4i-
des duran ce o dia de aLLla.
• Foque ou altere padrões d e 111ovin1e11to. Padrões de n1oviincnto são habili-
dades necessárias para a realização de unta atividade ou para a participa~·ão en1 u1n
jogo. Por exen1plo, e111 u111 jogo de basquete, os jogadore' devern cer a capacicL1de
de driblar, f.1zt'r passes, pegar, lançar, corrl' r, deslizar e n1udar sua direção rapida-
rue11te. Mucllr padrões de u1ovirucnto dentro de unta atividade ou focar-se cn1
apenas 11111 ou dois tipos de n1ovin1ento pode torn;ir n1ai~ ben1-sucedida a partici-
pação dos alunos. No basquete. por exen1plo. pode-se fazer con1 que os alunos não
Jriblc1n, apenas lancc1n a bola entre si ou não corrm1, apenas a11c.le1n. Se desejar
tornar a tarefa ruais fãcil, exija 111enos habilidades dos alunos, assin1 co1no para
torná-la 111ais dificil pode-se faze r uso de 111ovi1nencos n1ais con1plexos e crabalhar
111ais habilidades.
xx Atividades físicos poro jovens com deficiências graves

Conclusão

Escolher a atividade fisica ideal para alunos COlll deficiência usica grave pode ser
u111 grande desafio para qualquer educador. Por esse 111otivo, esses alunos acaban1 tendo
que dcscn1pcnhar atividades fisicas apenas de 111ancira passiva. O objetivo deste livro é
fornecer u111a série de atividades que possan1 salisfa'ter a duas necessidades: o estabele-
ci1nenco de padrões adequados ao ano eçcolar e ãs n1etas e ol~jetivos do progran1a de
educação individualizada (PEI). O n1aior envolvin1ento na atividade física proporcio-
nará aos alunos curn dcficié11ci:i aumcnto de su ;1 capa<-i<ladc física, rnais divcrtin tento
e 111clhora na sua quaJjdadc de vida .
'
Capítulo 1

Atividades de equilíbrio
e flexibilidade

As 10 atividades neste capítulo enfocam o aumento e a manutenção


de equilíbrio e flexibilidade. Essas atividades envolvem estender os
rnembros superiores e inferiores poro alcançar algum objeto, man-
tendo uma posição de alongamento ou determinada postura corpo-
ral por um período prolongado, ou manipular um objeto equilibran-
do-o adequadamente em uma parte específica do corpo.

1
2 Atividades físicos poro jovens com deficiências graves

Desafio do saquinho de feijão

Conceitos primários
Bq uilibrio e flexibilidade.
Conceitos secundários
Conceicos preposicionaís; idenáficação de partes do corpo.
Objetivo da atividade
Equilibrar u1n saquiu110 di.: fi.:ijjo cn1 u11La p:trtc l·spi.:cífic:l do corpo enquanto ruau-
té111 o equilíbrio.

Equipamento
Saquinhos de fe::ijâo (un1 por alu no).

Preparação
Posicione os alunos c1n círculo e dê a cada lHll deles u111 saquinho de feijão.
Procedimento
1. Peça a cada aJuno para segurar o saquinho de feíjâo enquanto se n1antên1 parados.
2. Non1eie e deu1onstre o rnovi111entu enquanto o aJuno irnita ~eus n1ovir11entos.Tente
os seguintes 111oviincntos, co1úor1nc )jstados abai.xo, do n1ais fácil para o n1ais dificil:
.1 equ ilibre o saquinho de feijão na cabeça; a segu ir, passe a equilibrá-lo no braço;
depois. 111ova o braço para cin1a e parj baixo;
_, equilibre o saquinl10
de feijão na barriga;
.1 equ ilibre o saquinho
de feijão na orelha;
... equilibre de feijão nas cosca.~;
o saquinho
:. equilibre o saquinho
de feijão no 01nbro;
.1 equilibre de feijão en1 u1n joelho, depois no outro;
o saquinho
..1 equil ibre o saquinho
de fe ijão na cabeça e gire o corpo;
-' equilibre o saquinho de fe ijão no pé e depois n1ova-o para cin1a e para baixo;
.1 jogue o saquinho de fcijâo para cirlla e pegue-o;

J de cosras,jogue o saquinho de feijão cou1 as pernas e pegue-o;

..1 jogue o saquinho de teijâo parj cin1a, bata paln1a unia vez e pegue- o.

Variações para tornar a atividade mais fácil


• Use :l téciiica da mão sobre :i nião (ajude fisicanicnte).
• Dê dicas sin1ples que enfoque111 so1nente na parte do corpo (p. ex., "Saquinl10 de
feijão na cabeça").
• Pcrnúta quc- os alunos usen1 a outra mão para equilibrar o s:iquinho de feijão.
Atividades de equillbrio e flexibilidade 3

o

• * '•

Variações para tornar a atividade mais complexa


• Apenas 110111cic o desafio do saquinl10 de feijão, sem den1onstrá-lo.
• Peça .los alunos para falar as dicas.
• Jogue o "desafi o do ~aqu inh o de feijão" con1() uni jogo do i:ipo ''seu n1estre 111andou".

Questões informais para avaliação


• O aluno se 1nostrou capaz de n1anter o saquinho de feijão nas partes do corpo es-
pecificadas?
• () aluno se 111osa·ou capaz de reconhecer as parces do corpo tanco verbal con10
fisica1ncntc?
Músicas sugeridas
• Greg & Sceve. !{ids i11 ~A1oti<>11: Bea11bt1g B<><>gie 1, Bet//tbag &<>gie II
• Greg & Steve, Kids in :"vfotio11: Rea11ie ,1\ia,1? Dana•
4 Atividades físicos para jovens com deficiências graves

Boliche com o corpo

Conceitos primários
Bq uilibrio e flexibilidade.

Conceito secundá rio


Atingir un1 alvo.

Objetivo da atividade
1Jc1noustrar flcxibiliJadc us:1ndo o corpo para acertar e derrubar putos Je bolich~ ou
qualquer O\l rro objeto vertical.

Equipamentos
Pinos de boliche ou objetos leves que possan1 ser derrubados, con10 caixas de leite,
~rrafas plásticas de :ígua ou refrigerante \taLi:is ou latas va:Lias; uu1 tapete o u colchone-
te de superficie macia de ce1·ca de 3 111 de largur;l para cada aluno.

Preparação
Coloque o tapete ou colchonete no chão, e111 un1 espaço aberto, sen1 obstáculos (un1a
área aberta acarpetada tau1bérn funcionaria bert1). Posicione os pinos de bolichc cn1
volta da ~rea de~ignada p:ira eles no tapete/colchonete.

Procedimentos
1. Posicione os alunos deitado; no tapete ou n1esn10 no chão.
2 Ao seu sinal, os alunos teclo de estender o corpo cm todas as dircçõt'S. derrubando
todos os pinos que os rodeiani.

Variações para tornar a atividade mais fócil


• Posicione os pinos perto dos alunos de forn1a que eles não tenha111 de ir 111uito
longe para derrubá-los.
• PernlÍta que os alunos se senten1 e1n cadeiras e use111 111acarrões de piscinl ou ra-
queces para derrubar os pinos.

Variações para tornar a atividade mais complexa


• Posicione os pinos mais afastados dos alunos de for1na que eles tenham de :iJcanç:í-
-los para derrubá-los.
• Tncentive os alunos a rolaren1, i111pulsiona11do o corpo de encontro aos pinos para
derrubá-los.
• Coloque os pinos n1ais at:1stados en1 u1na superfície rígida. Oriente os alunos a se
sent;iren1 e 111 tuna prancha co1n rodinha-;. 111anobrando-;i para derrubar os pi nos.
Atividades de equillbrio e flexibilidade 5

Questões informais para avaliação


• O aluno está derrubando os pinos con1 uma parte do corpo?
• O alu no é capaz de derrubar ao n1enos u1n dos pi11os posicionados?
6 Atividades físicos poro jovens com deficiências graves

Pegabolhas

Conceitos primários
Bq uilibrio e flexibilidade.
Conceitos secundários
Identificação de parces do corpo; coordenação olho- 111ão.

Objetivo da atividade
b stour-.u as bolha~ de S;íbão usando partes específicas do corpo.
Equipamento
Bolhas de sabão (co111 prep;irado co111prado o u feito e111 ca<;a, grandes ou pequenas
porçôes) ou 111áquina ger:1dora de bolhas.

Preparação
Enconrrc u111a área a111pla. sen1 obstáculos.

Dica de segurança
Não realize esta atividade en1 chão de cerâJ1:Üca, ladrilh os ou en1 piso Ja111inado.
O sabão tornará esses tipos de pisos 1nuito escorregadios.

Procedimentos
1. Posicione os alunos;\ aproxin1adan1cntc 1,5 n1 de distância ou n1ais da pessoa que
irá soprar as bolhas de sabão (ou da ntáquina geradora de bolhas).
2. U 1na pessoa fala algu111a parte do corpo.
3. A pessoa encarregada das bolhas sopra uma série delas (cerca de 10 bolhas) tnquan-
to os alunos tenta111 estourá-las usando a parce do corpo que [oi fi1lada.
4. U n1a vez que as bolhas de sabiio de<;ap;ireça111, re pica o procedin1ento.

Variações para tornar a atividade mais fácil


• A pessoa encarregada por fazer as bolha~ deverá soprar uma de cada vez.
• Oriente os alunos a seguir as boll1as sou1ente co111 os oll1os ou com a cabeça.
• Use son1ence bolhas grandes.
• Tenha figuras de partes do corpo e111 cartões, e peça aos aJu nos para pcgaren1 o
cartão e cstourare1n :is bol11;\s corn a figura que co11st~í nele.
Variações para tornar a atividade mais complexo
• Aun1ence a velocidade de produção d;t~ bolha~.
• Dci...-xc que os alu nos produzan1 as bolhas ou ftlcn1 as partes do corpo.
• Instrua os alunos a contareu1 quantas boll1as eles estourarau1 corn deteruliuada parte
<lo corpo.
Atividades de equillbrio e flexibilidade 7

Questões informais para aval iação


• O :iluno é capaz de identificar as partes do corpo?
• () aluno é capaz dt: tocar a bolha us~Lndo unu1 partt: específica <lo corpo?
8 Atividades físicos poro jovens com deficiên cias graves

Escalando a parede

Conceitos primários
Bq uilibrio e flexibilidade.
Conceito secundário
Coordenação olho-111âo.

Objetivo da atividade
lZ1:;1li~:1r ruauobr;ir cu1 u1n e~paço desi1:,rt1a<lo <.::nguanto rnantéu1 o equilíbrio.
Equipamentos
Papéis coloridos cortados e111 várias fonna~. tan1a11 hos e texturas; fita ;:idesiva (plas-
tifique os papéis para n1aior durabilidade do n1arerial e para que cJe possa ser usado
divers:ls ve~cs).

Preparação
Con1 a fic.1, cole as figuras coloridas aleatorian1ente (p. ex., e111 níveis alto, n1édio e
baixo) ao longo de un1a parede que tenha aproximadan1<::nte 6 m de largura por? 111
dt' altura l' no chão, onde a parede encontra o piso.
Procedimentos
1. Instrua os alunos a co1neçaren1 o n1ovin1ento e 111 11111a ponta da parede.
2. J)ê dicas para o 111ovin1ento da escalada na parede - por exe1nplo: "Con1 o seu pé
esquerdo, pise no coração vcr111ell10 no chão, e com a sua 1não esquerda er1contrc a
estrela azul na parede".
3. Continue fornecendo pistas até que os alunos tenhan1 chegado à outra ponta da
parede.
4. Se vários alunos estiveren1 participando, posicione-os espalhados ao longo da parede
para que eles inicie111 a atividade c111 pontos dife rentes.
Variações para tornar a atividade mais fácil
• Use figuras soa1cntc na parede ou son1cnte no chão.
• Dê as pistas sornente co111 urna característica (sornente a cor ou sornen te a lorrna).
• N~o designe que 111ão (esquerda ou direita).
Variações para tornar a atividade mais complexa
• Elabon.: pistas n1ais complexas (p. ex., "Mão direita na estrela azul").
• Peça a u1n aluno para dar as dicas.
• Coloque as figura<. de u111a 1naneira que seja 111ai' difíc il encontrá-las.
Atividades de equillbrio e flexibilidade 9

*

Questões informais para avaliação


• O :iluno é capaz de identificar for1nas, cores e texruras?
• ()aluno é capaz de ~e rnovunentar de tuna figura para outra <.:orretarncnte?
10 Atividades físicos poro jovens com deficiêncios graves

Pular corda com vareta de barraca

Conceitos primários
Bq uilibrio e flexibilidade.
Conceitos secundários
Coordenação; força 111uscular.

Objetivo da atividade
Expcrunentar ritrno e u1ovitncnto aS.\ucia<lo~ cunt cst;\ atividade pulando, pisando ou
rolando sobre unia varer,1 de barraca usada co1no corda de pu lar.

Equipamento
\ laretas de barraca flexíve is (para serc111 usadas con10 corda de pular).

Preparação
Una as varetas de barraca de for1na que elas se cornc111 t1111a linl1a sólida.

Procedimentos
1. Peça a dois adultos ou aJunos aptos para segu raren1 cada ponta da vareta de 111odo
que ela se curve levernente a fini. dt: qut: o centro da vareta toq ue o chão (esta f: a
corda de pular).
2. Oriente o aluno a se posicionar de pé no centro, ass i111 con10 na brincadeira de
pular corda rr-.idicional.
3. Peça aos ajudantes para giraren1 a vareta conto unia corda, cnqtianto o aluno p ul:i .
pisa ou rola sobre ela no te1npo certo (a vareta é u1na ferra 111enta ótin1a para servir
con10 corda, pois se n1ove 111uico n1ais lentan1ence que uJ11a corda cradicionaJ).

Variações para tornar a atividade mais fácil


• Duninua a velocidade da vareta.
• l nsrrua os ajudantes a fazeren1 tuna pausa quando a vareta tocar o chão para que o
aJuno possa reagir puJando. pisando ou rolando ~obre ela.
• Dê tuna dica ao aluno quando for o 111omcnto de pular.
Variações para tornar a atividade mais complexa
• Au1nente a velocidade da vareta.
• C:once quanta.~ vezes o aluno consegue pular a vareta consecuciva111ence.
• Cante u111a música de pular corda.
• Use unia corda de pular tradicional.
Atividades de equilibrio e flexibilidade 11

Questões informais para aval iação


• O :iluno é capaz de pular, pisar ou rolar sobre a vareta no n1omento apropriado?
• () aluno é capaz de puJar sobre a vareta consecutivaniente?
12 Atividades físicos poro jovens com deficiêncios graves

Aeróbica com prato

Conceitos primários
Bq uilibrio e flexibilidade.
Conceitos secundários
Força 111uscular; resi.stencia cardiorrespi ratória.
Objetivo da atividade
lZ1:;lli~:1r cx1.:rcícios ck: n1ovin11:11tação usando pratos de p;ipcl enquanto 111;1nté1n equi-
líbrio e controle.
Equipamento
Pratos de papel Lisos (un1 ou dois por aluno).

Preparação
Posicione os alunos c1n círculo (use 01arcações no chão se desejar) sobre unia supcr-
ficie acarpetada.
Procedimentos
1. Instrua os alunos a iniciaren1 en1 pé, <.:orn o pé din:ito en1 LLrn prato de papel e a~
pernas leven1ente separadas.
2. Peça-lhes para coloc::iren1 o peso do corpo na perna esquerda enquanto escorregan1
a pe rna dirt:ita para fora (para longt: do corpo) t: depois escorregut:n1 de volta.
3. Agora. incentive os alunos a cscorrcgarcm o pé direito (no prato de papel) para a
frente e para trás.
4. Oriente os alunos a trocaren1 de pé (o prato fica agora ernbaixo do pé esquerdo) e
repita os 111ovi1nt·ntos.
5. U1na vez que O" alu nos pegare1n o jeito de deslizar con1 o pr-ato usando os pés, dê
a eles outro prato para colocá-lo no outro pé.
6. Agora, inct:ntivt: os aJ unos a 111ove re1n an1bos os pés para fora t' para dt:ntro; depois,
un1 pé par;:i a fren tC' e o outro para trás, e depois inverta.
7. Coloque niúsica para cocar e incencive os alunos a d;inçare1n e se 1noveren1 pelo
espaço usando os pratos de papel para movi1nentar as pernas. ()riente os al unos con1
pistas para 1noviineotaçâo espacial:
.
J procure espaços vaz1os;
... cujdado co111 os c:o l ega~.

Variações para tornar a atividade mais fácil


• lnmua os alunos a usaren1 suas mãos cn1 vez dos pés. Coloque-os sentados co1n suas
1uãos sobre unia inesa na frente deles . .Eles poden1 n1over as n1àos para fora e para
dentro, para a fi·ente e para trás.
• Segure os aJunos pela n1âo p;ira proporcionar equilíbrio e sustcntaç.1o.
Atividades de equillbrio e ílexibilidode 13

Variações para tornar a atividade mais complexa


• lnccnrive o aluno a se inover pela sala de lado, levando o prin1eiro pé para fora ,
depois trazendo o outro pé para dentro e repetindo o procediinento até que ele
chegue ao lado oposto d;i s;ila.
• Ajud1.· os alunos a criart·n1 tnna danç.a o u st·qu~·ncia d1.· rnovimt:ntos usando os pra-
tos de papel.
• Orience os alunos a usare111 pratos de papel canto nas 1nàos con10 nos pés.
Questões informais para avaliação
• O aluno é capaz. de 111antcr o equilíbrio usando os pratos de papel?
• O :iluno é capaz de se rnover por uni período e pe<..-ífico cnqu;inLo u a os prato ?
14 Atividades físicos poro jovens com deficiêncios graves

Controle de caminho

Conceitos primários
Bq uilibrio e flexibilidade.
Conceitos secundários
Coordenação olho-pé; precisão.

Objetivo da atividade
h npulsion:lr tuna c:ldcira de rodas ou tuna prancha cou1 rodinhas nu controle de un1
can1inho específico.
Equipamento
Giz ou fita (tan1bén1 é possível usar cones ou tapetes para 111arcar o can1inho).

Preparação
Marque o cantinho usando duas lin.l1as paralelas, separadas por aproxii11adamente 1,5
111 de distância no chão, usa ndo giz ou fit:r adesiva.Você pode fazer o carnin ho sin1ples
ou co1nplexo, dependendo do nível funcio naJ dos a lunos.

Procedimentos
1. Peça aos alunos para iniciar en1 un1a das cxtrc1nidadcs do canlinllo.
2. Ao seu sinal, os alunos devern in1pL1lsionar suas cadeiras de rodas ou pranchas con1
rodinhas pelo can1inho. tentando se 111ante r dentro das linhas paralelas e chegar ;)
outra cxt:rcnúdadc.
Variações para tornar a atividade mais fácil
• Tncentive os alunos a se concenrrare111 e rn rnanrer so111ente urn a das rodas no ca-
111inho.
• faça um can1inho bc1u si.inplcs e a1nplo.
• E1npurre os alunos enquanto eles f.1la1n a direção e velocid<lde.
Variações para tornar a atividade mais complexa
• Trace un1 can1in ho 111ais esrrei to.
• Faça o traçado do cantinho 1nais complexo ou peça aos alunos para percorrcrcn1-
- no de costas.
• ()rience os alunos a usaren1 pranchas com rodinhas.
• Incentive os alunos a contarc1u o nún1cro de vezes que eles se dcsvian1 do caminho,
ultrapassando as linhas. Depois peça-lhes para Lentar dinunuir esse nú1nero.
• C ro 110111etre o ce1npo ciue os aJu no~ gasc;un para fàzer o percurso e desafiern- nos a
batcren1 seus tcn1pos.
Atividades de equillbrio e ílexibilidode 15

Questões informais para avaliação


• O :iluno é capaz de seguir o percurso n1:ircado no chão enquanto 111anté111 o equi-
líbrio?
• O aluno é capaz de se 111a11rer entre as linl1as por todo o canú11ho até o final do
trajeto?
16 Atividades físicos poro jovens com deficiêncios graves

Atirando a bola no canal

Conceitos primários
Bq uilibrio e flexibilidade.
Conceitos secundários
Coordenação olho-111âo e olho-pé.
Objetivo da atividade
lZolar uu1a bola grande para ginástica por urna irca dcsigr1ada scrn que a bola seja
bloqueada por u1n illuno oponente.
Equipamento
Bola grande para gü1ástica.

Preparação
Use un1a área grande e livre de obsc:.1culos (de pelo n1enos 7,6111 de extensão) que pos-
sua u111a parede livre con1 Lun;i distância de braços estendidos por toda a área de 7,6 111.

Procediment os
1. Dois alunos ~ão uece!>sários para con<luzir essa ativi<lade. Os alunos fic:Lm en1 cadei-
ras de rodas ou ern cadeiras con11111S.
2. Posicione os aluno~ a aproxi1nadan1e11te 1.5 111 (u111 pouco n1;iis que a distância de
u n1 braço) da parede livre, virados un1 para o ourro, a cerca de 7,5 111 de distância.
3. U 111 aluno con1eç:i con1 a bola para ginástica e. ao seu sinal, ele rola a bola para a
fre nte, tentando fazer co111 que ela passe pelo outro aluno, que tentará bloquear a
bola. Os alunos poderão usar qualquer parte do corpo. ta nto para rolar con10 para
bloquear a bola.
4. Oriente os alunos a se alternaren1 nas posições ofensiva (rolando a bola) e defensiva
(bloqueando a bola).
Variações paro tornar o atividade mais fácil
• Incentive os alunos a usarc1u oJ:tjetos para tentar bloquear a passagem da bola.
• Explique-lhes que pode1n usar as cadeiras de rodas para bloquear a passage1n da
bola.
• ( )riente o~ alunos a j ogaren1 no nível da ni esa. () objetivo passa a ser t'Vitar que a
bola role para fora da mesa.
Variações para tornar a atividade mais complexa
• ]:>osicione os ;ilunos rnais di~tantes que 1.5 111 da parede livre.
• Incen tive os ;1lunos que conseguen1 jogar fora da cadt•ira de rodas a con1eçaren1 o
jogo ajoelhados.
• Aun1ente a distância encre os alunos.
Atividades de equillbrio e ílexibilidode 17

O objetivo desta otívídode é otiror o bolo entre o cadeira e o parede. Um posse de bolo morco
ponto!

Questões informais para avaliação


• () aluno é capaz. de n1over a bola para g ini\tica para a frente?
• O aluno é capaz de in1pcdir a bola de rolar usando o corpo ou algum objeto?
18 Atividades físicos poro jovens com deficiêncios graves

Sente-se e puxe

Conceitos primários
Bq uilibrio e flexibilidade.
Conceitos secundários
Fortaleci111ento 111uscular; resistência cardiorrespirarória.

Objetivo da atividade
Segurar t:1u unta cord~1 e pux:ir ~\si u1csu10 para a &t:rttt: o u1~tís rápido possível.
Equipamentos
Unia cord;:i de apro>.;1nacL-in1ente 6 rn de con1prin1ento; grade, gancho ou poste de
tabela de basquete para fixar a corda; prancha con1 rodinhas (se apropriado) ou cadeira
de roti1s.
Preparação
Pre nda unia exrre111idade da corda de forn1a segura en1 urna grade, gancho ou poste
de tabela de basquete a niio 111ais do que 1,5 111 do chão. Coloque a corda reta. Prepare
várias cordas para os :ilunos.
Procedimentos
1. Peça aos alunos para seguraren1 na ponta solta da corda con1 as duas 1nãos. Eles
deven1 estar sentados na cadeira de rodas ou en1 unia pr..1ncha con1 rodinhas (se
apropriado).
2. Ao seu sinal, os alunos se puxarn (corn un1a n1âo sobre a outra) até a outra ponta da
corda () rnais rápido possível.

Variações para tornar a atividade mais fácil


• Instrua os alunos a segurarem na corda enquanto você os 111ovc de urn lado para o
o urro.
• Ajude-os usando a técnica de nlio sobre n1ão.
• E1npurrc a cadeira ou a prancha para auxiliar os alunos enquanto eles se puxam pela
corda (nião sobre rnão).
Variações para tornar a atividade mais complexa
• rncentive uma con1periçâo enrre dois ou mais alunos.
• Peça aos alt1nos para se n1overcn1 para trás até que a corda fique esticada.
Atividades de equillbrio e ílexibilidode 19

Questões informais para avaliação


• O aluno está se puxando cn1 direção ao local desejado usando o 1novimento de urna
nião sobre a outra?
• O aluno é capaz de ~e equilibrar na prancha con1 rodinhas ou na cadeira de rodas
enquanto S<.' segura na corda?
20 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Voleibol sentado

Conceitos primários
Bq uilibrio e flexibilidade.
Conceitos secundários
Coordenação olho-111âo; atingir un1 alvo.

Objetivo da atividade
H:ltcr c111 urlli1 bola de pr:.\ià sobn; urna rede usando as rnàos ou à cabeça enquanto se
n1:lntén1 en1 u1na posição sentada.
Equipamentos
Unia bola de praia ou uni balão grande; uni.1 corda de aproxin1adan1ente 3,5 nl de
coruprirucnLo; duas cadcir-,is ou objetos pàra segurar a cord,1; 1naterial para deuiarcar
011dc os alunos deverão pern1anecer durante a atividade.
Preparação
An1arre cada unia das pontas da corda a unia cadeira. Esta será ~ua rede de voleibol
(certifique-se de que ela uào esteja 1uuito alta e111 relação ao chiio) . Coloque os nu1r-
cadores de posição de forn1a sirnétrica. e1n an1bos os lados da rede (corda) para indicar
onde os alunos deven1 se sentar.

Procedimentos
1. Peça aos alunos para se se11tarcn1 nas 111arcaçõc:s. Divida os alunos co111 1na.ior e 111e-
nor habilidade igualinente e111 a111bo~ os lados da rede.
2. Use as dicas: '"Ponha as duas 111ãos acin1a da cabeça para eu saber que estão prontos"
e: "Mantt'nl1a os olhos na bola". Os alunos baten1 na bola jogando-a para a frente
usando as duas n1ãos para fazer con1 que a bola passe por cin1a da rede (deixe os
alLlnos usaren1 as cabeças).
3. Pern1ita que o~ alunos bat:1111 na bola diversas vezes de um lado da rc:de antt:s de
passá-la par:1 o outro lado.
4. Se a bola tocar o chão, rernlita que o aluno a arrernesse roi: citna da rede p;ira co-
111eçar o voleibol novamente.

Variações para tornar a atividade mais fácil


• Pern1ita que os alunos segurem a bola.
• Dei...xe-lhes l!nlpurrar a bola para fora de seu colo ou de sua bandeja de colo en-
quanto ourro aluno do tin1e bate na bola anres que ela atinja o chão.
• Jogue a bola inicialn1C'ntc.
• Oriente os alunos a se sentaren1 e1n círculo e baterent na bola jof,rando-a uns para
os outros.
• Pt· rnlita que a bola quiquc çntre as batidas.
Atividades de equillbrio e ílexibilidode 21

O voleibol sentado pode ser jogado coopera tivo mente com os alunos co ntando quantos vezes
conseguem atingir o bolo antes que elo toque o chão.

Variações para tornar a atividade mais complexa


• C:onte quantas vezes os alunos conseguen1 acertar a bola antes que ela atinja o chão.
• Pcrnu ta que os alunos in.icicn1 o jogo passando a bola sobre a rede.
• Use as regras tradicionais do voleibol (p. ex.. só é pern1jrido dar no n15xirno crês
toques antes que a boL-i seja ar re1nessada parn o o urro lado cL1 rede).

Questões informais para avaliação


• O aluno é capaz de fazer contato co1n a bola usando as 111ãos ou a cabeça?
• O aluno é capaz de ficar sentado durante a atividade?
'
Capítulo 2

Atividades de fortalecimento
muscular e resistência
cardiorrespiratória

As 10 atividades deste capítulo enfocam o forta lecimento muscular


geral e a resistência cordiorrespirotória. Essas atividades envolvem
movimento corporal constante, como caminhada, corrida, impulsão
de cadeira de rodos e o movimento contínuo dos membros superiores
e inferiores. Atividades de treinamento de força por meio do uso de
equipamentos como faixas elósticas e o peso do próprio corpo, as-
sim como atividades cujo objetivo é sustentar o movimento por um
determinado período, são desenvolvidas para manter ou aumentar a
forço muscular e o resistência cordiorrespirotório.

23
24 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Foguetes de balões

Conceitos primários
Fortalecitnento 1nuscular e resiscência cardiorrespiratória.
Conceitos secundários
l\t!ovin1entação criativa; habilidades locon1otoras; n1ovi111en tação espacial.
Objetivo da atividade
Mover-se 110 espàço rapidan1ente 1.: eu1 direção a uni local designado, antes q uc o balão
tociue o chão.
Equipamentos
Bon1ba de encher balões (pode ser interessante ter 111ais de un1a); balões-foguete.
(Encou1<:11de balões-foguete en1 lojàs cspeci:ilizadas.)
Preparação
En con rre tnna áre;:i aberta, livre de obstáculos.

Procedimentos
1. I?,.eúna os alunos en1 un1 canto da área onde ocorrer.'1 o jogo.
2. Encha 111n balão usando a bo1nba de encher; enc.1o, após 111n sinal, solte o balão
enquanto os alunos se 1noven1 pela área de jogo até o outro lado (ou até unia área
designada). ().s aJunos deve111 chegar a esse local antes que o balão toque o chão.
3. Incentive os alunos a se mo,,crc111 de diversas forrnas att' o outro lado da área de
jogo antes que o balão coque o chão (p. ex., "IVl:intenha unia das 111ãos levantad1S",
" Inlice o son1 de un1 bicho" . "Conte de cinco en1 cinco", "Equilibre un1 saquinho
e .. - na ca bcça" , "G:uope
de iClJaO ·' " , "Corra .. , "S
• alte.. , "E scorreguc " , " l nut<.'
. o n1ov1rnt~n-
.
to de un1 bicho.,. "Rode sua cadeira de roda·", "Sig:i algué1n", "l n1ite o n1ovin1ento
de algué111").
Variações paro tornar a atividade mais fácil
• Peça aos alunos para seguirc111 o balão co111 os olhos ou co111 os dedos.
• l\t1ova as cadeiras de rodas dos alunos pela área de jogo.
• Orience os alunos a perseguiren1 os balões.
Variações para tornar a atividade mais complexa
• Peça aos ah1nos para adivinharcnt para onde o balão irá.
• Discuta os conceicos de nívei· e instruções.
• Incentive os ;i lu no~ a uciliz.1re111 n1ovin1entos locon1ocores 1nais co111plexo~.
• Instrua os alunos a tentaren1 pegar o balão antes que ele toque o chão.
Atividades de fortalecimento muscular e resistência cardiorrespiratória 25

Os alunos permanecem parados; quando os boiões forem soltos, eles tenta rôo pegó-los.

Quest ões informais para avaliação


• () aluno se n1oveu en1 direção à i r<::a designada?
• O aluno está fazendo o n1ovuncnto especificado?
26 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Esquivando-se das bolhas

Conceitos primários
Fortalecitnento 1nuscular e resisrência cardiorrespiratória.

Conceitos secundários
Perseguir; fugir; esqttivar-se; 1novin1entação espacial; rastrean1ento visual.
Objetivo da atividade
Evitar que as bolhas de sabãu tuquent o corpo soprando-as para longe, acertando-as
con1 algu1n instrun1ento o u esquivando-se delas.
Equipamentos
Bolhas de sabão. con1 preparado co111prado ou feito en1 casa, ou n1áquina geradora de
bolhas.
Preparação
En con rre tnna área ;nnpla, sen1 obstáculo<;.

Dica de segurança
Não rcali.:c esta atividade c1n chão de cerâ1nica, ladrilhos ou cn1 piso lanlinado. O
sabão tornará esse tipo de piso rnuito escorregadio.

Procedimentos
1. Posicione os alunos a aproxin1adan1cntc 1,5 111 de distância ou 1rutis da pessoa que
irá soprar as bolhas (ou da rnflquina de bolhas}.
2. l'eça para essa pessoa produzir u1na série de bolhas (aproxi1nada1n e11te 1O) enquanto
os alunos tentan1 estourá- las, acertá-las con1 algt.1111 instrtunento {unia raquete fun -
ciona beni), ou desviar-se das bolhas de sab5o, 1novin1cncando o corpo ou a cadeira
de rodas. Você pode dar aos alunos essas três alternativas ou especificar qual delas
você desej:i que eles utilizen1, con1 ha.~e en1 seu nível funcional.
3. Un1a vez que as bolhas de sabão dcsaparcçan1, repita o proccdi111cnto.
Variações para tornar a atividade mais fácil
• Peça aos ah1nos para estou rarein u1na bolha por vez.
• Oriente os alunos a ~eguir as bolhas son1ente con1 os olhos ou co111 a cabeça.
• Use apenas bolhas grandes.
Atividades de fortalecimento muscular e resistência cardiorrespiratória 27

Variações para tornar a atividade mais complexa


• Au111ente a velocidade de produção das bolhas.
• D ci.xc que os alunos pro<luzarn as boU1as.
• Especifique a técnica de esquiva que você desejar que os alunos useni. Por excD1plo,
n1over-se para a direita, n1over-se para a esquerda ou agachar-se ~oh a bolha.
Questões informais para avaliação
• O aluao é c.:ap:1z de evitar ~cr tocado pel:L~ bolha~?
• Quantas bolhas o aluno conseguiu cvit:ar?
28 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Labirinto de laser

Conceitos primários
Fortalecitnento 1nuscular e resiscência cardiorrespiratória.
Conceitos secundários
Controle de cabeça; rascrea1nento visual.
Objetivo da atividade
Seguir u111 ch::senho ou labirinto us:.u1do a cabeça par3 direcionar a luz do laser.
Equipamentos
Caneu laser; fuixa de cabeça (para segurar a caneta laser na cabeça; pode-se ca1nbén1
utilizar nn1 suporte de ki nterna de cabeça); fi ta adesiva colorida.

Preparação
Crie un1 desen110 cn1 unia parede c1n branco usando a fita adesiva (p. ex., linl1as pa-
ralelas dispostas na horizontal e verticaln1ente na parede criando un1 labirinto, L1111
desenho ou un1a torn1a). Prenda a caneca lase r na f.1ixa de cabeça.

Procedimentos
1. Coloque a caneta laser na cabeça do aluno na posição "ligado".
2. Posicione o aluno de frence para a parede na qual você 111011cou o desenho.
3. Oriente o aluno a controlar a cabeça para seguir os desenhos da esquerda para a
direita, 1nantendo o ponto de luz do laser entre as linhas paralelas.
Variações poro tornar o atividade mais fácil
• Crie u111 desenho be111 si111ples na parede, usando ferinas grandes. f nstrua o aluno a
111anter o ponto de luz do laser en1 un1a figura usando o controle da cabeça.
• Ajude o aluno a niovimencar a caneta laser.
• Faça linhas paralelas be111 afastadas.
Variações para tornar a atividade mais complexa
• (~ rie desenhos n1ais con1plexos, con10 labirintos.
• faça uma coanpetição entre os alunos para ver quem consegue percorrer o desenho
1nais rápido, n1ovendo o po11to de luz do laser da esquerda para a direita enquanto
111a11té111 o ponco entre a5 linhas.
• Dci..xe que os alunos cric111 o desenho na parede ou vcrbalizcn1 co1110 eles gostariam
que a figura fosse.
Atividades de fortalecimento muscular e resistência cardiorrespiratória 29

O aluna move a cabeça para deslocar o ponto de laser pelo zigue-zogue elaborado no parede.

Questões informais para avaliação


• O :iluno é capaz de 1nover o laser do ponco A para o ponco Il?
• () aluno é capaz de 1nancer o ponto de last::r entre as lin!1as?
30 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Minibeisebol

Conceitos primários
Fortalecitnento 1nuscular e resiscência cardiorrespiratória.
Conceitos secundários
Coordenação olho-111âo; acertar un1 alvo; 111ovin1entaçâo espacial.
Objetivo da atividade
Accrt~lr
a bola u~:iudo unt i11strun1ento i.: corri.:r para a base ;111tes que outro jo1:,r:idor
chegue a ll rna área detern1inada.
Equipamentos
Un1 caixote ou 11111 cone grande (para usar de apoio para a bola); unia bola nlilcia;
ba1nbolê; :1lgu1n u1aterial par.1 1narcar u1n local no chão (p~1ra se usar corno "base");
1nacarrão de piscina ou un1a ra<Juete (pal(l usar con10 taco de beisebol).
Preparação
Encontre unia área de jogo an1pla, livre de obstúctilos. En1 un1 canto, coloque o c:1ixote
ou o cont' que servirá de suporte p::1ra a bola. Aproxirn;:ida1nente 6 111 à frente e para
a direita do suporte, coloque o 111arcador para indicar a pri111eira base (como en1 urn
can1po de beisebol). No centro da área de jogo, coloque o ban1bolê no chão.
Procedimentos
1. Designe un1 batedor: o resto dos alunos SC'rào os jogadort'S d<' can1po.
2. Coloque o batedor de frente para o suporte.
3. Posicione a bola no topo do suporte.
4. Fas·a co1n que o batedor gire o rnacarrão de pi~cina ou a raquete para bater e lançar
a bola para fora do suporte.
5. Quando a bola é a.rre1nessada para a fi·ente, o batedor coloca o "bastão" no chão e
se inove en1 direção à base designada.
6. O trabalho dos jogadores de can1po consiste en1 recuperar a bola e tentar chegar no
interior do ban1bole co111 a bola na n1ão ances de o bacedor chegar até a base.
7. Alterne os aJunos para que todos tenhan1 a oportunidade de ser canto batedor quan-
to jogador de ca111po.
Variações para tornar a atividade mais fácil
• Datedores pode1n enipurrar a bola para fora de seus colos conio se fosse unia batida
na bola.
• Use u111a bola ni.aior (bola de pra.ia ot1 un1 balão grande).
• Ajude os jogadores de cainpo colocando a bola no colo deles para que a leven1 até
o ban1bolê.
Atividades de fortalecimento muscular e resistência cardiorrespiratória 31

Variações para tornar a atividade mais complexa


• Lanc{' a bola para o batedor.
• Use 1núltiplas bases (prin1eira, segunda, terceira e principal).
• Use regras n1ais tradicionais do beisebol.

Questões informais para avaliação


• O batedor está batendo na bola para fora do suporte e correndo para a base d{'
forn1a consistente?
• ()joga.dor de ca111po está recuperando a. bola e se 111ovendo para o b;in1bo lê de
for1na consistcnt<:?
32 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

No meu quintal, não!

Conceitos primários
Fortalecitnento 1nuscular e resiscência cardiorrespiratória.
Conceitos secundários
Coordenação olho-111âo; arren1esso (ntira, força, precisão); acercar tLn1 alvo.
Objetivo da atividade
Arrcrncss;\r objo.:tos n;l :írca <lo tirnt: adversário. o.:uquauto ruantéu1 o~ objeto~ fora da
área designada de sua própria equipe.
Equipamentos
N ovelos de lã ou pequenos objetos leves; ficas adesivas ou cones (áreas internas); giz
(área externa).
Preparação
Use fita adesiva, cones ou giz para de1narcar tuna linha no centro de tuna área de jogo
grande. Coloque 111etade dos novelos de lã de 11111 lado da linha e a oun-:i n1etade do
lado oposto.
Procedimentos
1. Posicione os alunos de n1odo que 1necade deles fique de L1111 lado da linha e 1netade
do lado oposto.
2. Ao seu sinal ("Vai!". música ou assobio), os alunos devcnt pegar os nov~·los e os
arre1nessar do o utro lado da linha para o "quintal" da equipe adversária. O s novelos
são sin1ultanean1ente jogados de utn lado para o outro sobre a linha.
3. Ao seu segundo sinal, os alunos tên1 de parar <le lançar os novelos e os rcu1úren1 nas
suas áreas designadas. Se aplicável, peça- lhes para contar os novelos J firn de verificar
qual lado obteve 1nais.
Variações para tornar a atividade mais fácil
• Peça aos alunos 01ais hábeis qu(' dcen1 os novelos aos menos hábeis para que eles
poss:un jogá-los.
• Pennita que os alunos deixe111 os nove los cair ou en1pt1rre111- nos de seus colos sobre
a linha.
• Ofcn~ça aos alunos n1acarrões de piscina para que possam c111purrar os novelos sobre
a li11ha.
• J>ern1ita que os alunos passen1 objetos para os jogadores de sua equipe.
Atividades de fortalecimento muscular e resistência cardiorrespiratória 33

Variações para tornar a atividade mais complexa


• Coloque alvos nas áreas designadas para que os alunos os accrrcn1 con1 os novelos
lançados.
• Peça aos alunos 1nais hábeis que entreguen1 os novelos ao~ alunos 1nenos hábeis para
que eles os jogu<.'111 nos alvos.
• Oricnr.e os alunos a contar os novelos de seu lado ao final.
• Tncentive os alu nos a cenr,1r pegar os novelos jog<idos do lado oposto ances que
atinjarn o chão.

Questões informais para avaliação


• O aluno é capaz de recuperar os novelos de:: 1naneira independente ou co111 JSSi~­
tência?
• O :iluno esrá lanç:indo os novelos 11:1 direção correta?
34 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Diversão com paraquedas

Conceitos primários
Fortalecitnento 1nuscular e resiscência cardiorrespiratória.

Conceitos secundários
Conceicos preposicionaís; trabalho e111 equipe.

Objetivo da atividade
Mover o par;iqucdas co1110 u111 grupo Segttutdo pistas.
Equipamentos
P;araqued;is (co1n pelo rnenos 3,6 111 de diâ1netro); novelos de lã , bolas ou objeto~ leves.

Preparação
Coloque o parJquetlas 110 t:hào e1T1 urna área de jogo grande.

Procedimentos
1. Posicione os alunos sentados 011 e111 pé (conforn1e for apropriado) ao redor do pa -
raquedas para que o seguren1 con1 a1nbas as nlàos (você pode prender o paraquedas
a urna das c.:adeiras Je rodas, se necessário).
2. De orientações específicas aos alunos, con10 a seguir:
.1 F;iça1n pequenas ondas (sacuda1n o paraquedas leve e vagarosarnente).
-' Faça1n ondas grandes (sacuclan1 o paraquedas brusca e rapidamente) .
_, Lcvantc111 o par;iqucdas, conrc1u "1, 2, 3" e ab:lÍ..'{cn1 o par;1qucdas rapida1ncntc.
.1 Coloque 11111 novelo no paraquedas e faça con1 que os alunos repitarn o procedi-

n1ento e vejan1 o novelo voar.


3. Posicione os al unos crn pé, sentados ou deitados por cirua do paraquedas, un1 de
cada vez. Pergunte ao aluno no paraqlledas se ele gostaria que o grupo fizes e on-
das grandes ou pequenas. Os alunos, então, sacode rn o paraquedas de acordo con1
a resposta, enquanto o aluno se n1ove livren1ente sobre o paraquedas. IZepita con1
cad:'I participante.
4. Posicione os alunos en1 pé, sentados ou deitados en1baixo do paraquedas. Lun de
cada vez, enquanto o grupo 111ove o paraquedas. Faça as n1es111as pergun ta.~ de quan-
do os alunos cstavarn por ciJ113 do paraquedas.
Variações para tornar a atividade mais fácil
• Oriente os alunos a usaren1 alças para segurar rnelhor o par<lquedas.
• Prenda un1a f:1ixa à.~ alças de 111ào presas ao paraquedas para au111enrar a superficie
de preensão.
• Ajude os alu11os a n1over o par:iquedas.
Atividades de fortalecimento muscular e resistência cardiorrespiratória 35

Variações para tornar a atividade mais complexa


• Jogue o jogo: O que está pulando na cozin11a?
.JM etade dos alunos segura o paraquedas e a outra rnetade fica 30 cn1 atrás dos que
estão segu rn ndo.
.J c:oloqut· os nov<.·los sobrt' o paraquedas .

.J O s alunos que cst.'ío segurando o par:iqucd:is o r11ov1rnenta1n, f.1zcndo con1 que

os novelos caiarn.
.. ()s alunos que não estão segurando o paraquedas pegan1 os novelos e os jog.tn1
de volta sobre o paraquedas .
.JMude os alunos de posição.
• Use pistas de direção parn os que estão segurando o p;iraqued;1s (p. ex., " 1, 2, 3, p;ira
. , .. , "1 , 2 , 3 • para baDcO.
c1u1a. . 1") .

Questões informais para avaliação


• O aluno se n1ostra capaz de 1na11ter- se segurando o paraquedas?
• () aluno é cap;iz de seguir ª' orientações preposicionais para n1ov1111entar o para-
quedas con1 o grupo?
36 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Hóquei com bolinha de pingue-pongue

Conceitos primários
Fortalecitnento 1nuscular e resistência cardiorrespiratória.

Conceito secundário
l~astrea111ento visual.

Objetivo da atividade
Soprando, iu1pubionar u111;1 bolinha de pins'1le-pongt1t: até urn deter1ninado alvo.

Equipamentos
Bolinh<t de pingue-pongue; uni c<tnudo por <tluno (~e apropriado); papelão (p. ex., de
caixas de sapato ou de caixas de presente); n1esa ou superficie plana.

Preparação
Dclinutc as exrrcnúdades da superficie plana (111esa) con1 papelão (isso cria u1na bar-
reira para que a bolinha de pingue-pongue não caia pelas laterais). M;intenha as extre-
n1jdades da n1esa abertas. Estes são os alvos.

Procedimentos
1. Coloque a bolinha dC' pingue-pongue no n1eio da área de jogo.
2. Oriente os alu nos a soprar a bolinha par<i a fi·ente (usando canudos, se necessário) e
tentar fazê-la cair pelo alvo (ou seja, pela extren1idade oposta da n1esa).

Variações para tornar a atividade mais fácil


• Pern1ita que so1ncnte un1 aluno jogue de cada vez, tentando i1nplllsionar a bolinha
con1 uni canudo sobre a 111esa de forn1a que ela caia pelo ;:ilvo.
• Segure o canudo para o aluno.
• Nilo utilize o canudo e deixe que os alunos usc111 as m,-'íos, unt objeto ou un1a bon1-
ba de encher bola que sopre ar.

Variações para tornar a atividade mais complexa


• Instrua dois alunos a jogarem un1 contra o outro. tentando levar a bola até o alvo
do adversário.
• Coloque obstáculos de papelão ao longo da área de jogo.
• c:onte a pontuação.
Atividades de fortalecimento muscular e resistência cardiorrespiratória 37

Questões informais para aval iação


• O aluno é capaz de i111pulsionar a bolinha de pingue-pongue para a frente usando
algurn n1éto<lo <le soprar?
• O alt1110 é capaz de conrinnar soprando até Levar a bolinha ao alvo apropriado?
38 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Percurso com obstáculos numéricos

Conceitos primários
Fortalecitnento 1nuscular e resiscência cardiorrespiratória.
Conceito secundário
l\t!ovin1entação espacial.

Objetivo da atividade
Movi.ti u.:ntar-sc para encoutr.tr os rn:ircos na scyuência ntunérica apropriada ( 1, 2, 3,
4 ...) o 111ais rápido po)sível.
Equipamentos
Cartões con1 nún1e ros (de 1 a 10 ou 111ais) para servir de 1narcos; c ronôn1etro (opcio-
nal).

Preparação
Espalhe os 111arcos (carcões con1 nún1eros) aleatoria111ente na área de jogo.
Procedimentos
1. Oriente o~ alunos a circular pela área de jogo par.t encuntr.tr o~ n 1arcus na sequê ncia
(1, 2, 3. 4...).
2. Ao encontrar os nún1eros corretos, os alunos viran1 o car t~o para baixo de forrna
que os números não fiquen1 rnais visíveis e, ent:lo, seguen1 adiante par.i encontrar o
" ' , ,,..
prox11110 ntu11cro na sequencia.
.
3. Peça aos alunos para enconcraren1 os ·1O carrões nun1erados (ou 111ais) na sequência
o n1ais rápido possível.

Variações para tornar a atividade mais fácil


• Nilo apresse os alunos.
• Use rnenos cartões nun1erados.
• Ajude os alunos a localizar os nún1ero<; apropriados por n1eio de pistas verbais o u
. .
v1sua1s.
Variações para tornar o atividade mais complexa
• Use 111ais nún1eros, ou use 1núl ciplos (p. ex., 5, 10, LS ... }.
• Peça ao<; alunos para fazeren1 u111 exercício quando chegare111 a cercos nún1eros; por
cxcn1plo, quando chcgare111 ao nún1cro 5, deverão f.1zer cinco polichinelos antes de
partir para o nún1ero 6.
• l)eça aos alunos para rea lizare1n u nia r..1refa 111oco ra específi ca (p. ex.. virar can1ba-
lhora, galopar, saltar) pela área de jogo enquanto procuran1 os n1arcos numt·rados.
Atividades de fortalecimento muscular e resistência cardiorrespiratória 39

Questões informais para avaliação


• O aluno é capaz de mover-se pela sequência de inarcos nun1éricos de forma scgur3?
• O alu no é capaz de realizar a sequência de nú1neros correta1nenre?
40 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Superfutebol

Conceitos primários
Força 1nuscular e rcsisrência cardiorrespirarória.
Conceitos secundários
Coordenação olho-pé; 111ovin1entação espacial.

Objetivo da atividade
Posicionado ua cad eira de ruelas. iinpubiouar unt:\ bola grande para giuá!>tica até uni
alvo detern1i11ado.
Equipamentos
Bola grande para ginástica; cones ou 2 redes para sere 111 os gols do futebol e con es ou
ill1has par.l dl'rt1arcar os li11i.ites.
Preparação
E1n L1n1a área de 46 111 de extensão (ou n1enor), livre de obst.ículos, coloque uni gol en1
cada extre111idade. Certifique-se de que a bola para gini~tic;i te111 t::ll11anho adequado e
que per1nita que o aluno a in1pulsiouc pelo chão usando a parte da frente da c:1dcira de
rodas. Se a cadeira do aluno for n1uito alta p:1ra encostar na bola, coloque 11rn pecL1ço
de papelão en1 sua fi-ente.

Dica de segurança
Garanta un1 an1hience de aprendizado seguro 111orutorando be111 esrn atividade. Os
alunos dt:vem entender corno participar con1 scguranc,:a.

Procedimentos
1. Divida os alunos e111 duas equipes.
2. Explique-lhes e1n qual alvo eles deven1 tentar niarcar o gol.
3. Co111cce con1 a bola no meio da área de jogo e dctcrrnine qu:il equipe corncça con1
a bola (01.1 seja, o chute inicia]).
4. c:ad:i equipe cent.'l in1pulsionar a bola até o gol adversário usando somente as ca-
deiras de rodas. Unia vez que tuna equipe 111arquc um gol. repita o chute inicial.
Atividades de fortalecimento muscular e resistência cardiorrespiratória 41

Aqui a área da parede funciona como o gol.

Variações poro tornar a atividade mais fácil


• Crie a regra de que todos os alunos da equipe deve111 tocar a bola antes de lançá-la
ao gol designado.
• l~edu~a a área de jogo.
• Use várias bolas.

Variações para tornar a atividade mais complexa


• faça con1 que os alunos jogucn1 crn posições dctcrnúnadas con10 no fi1tcbol tradi-
cional (acacanLe, n1eio de cainpo, zagueiro e goleiro).
• A111plie a área de jogo.

Questões informais para avaliação


• O aluno é capaz de 111over a bola e1n direção ao gol?
• O aluno é capaz de iu1pulsionar a bola apropriadan1ente usando a cadeira de rodas?
42 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Atividades de resistência com faixas elásticas

Conceitos primários
Fortalecitnento 1nuscular e resiscência cardiorrespiratória.
Conceito secundário
Flexibilidade.

Objetivo da atividade
Melhorar a forrya 1nuscular e a resistênc~1 cardiorrtspir~1tória ruanipulando unia faixa
elástica .
Equipamento
r:aix.1s ekísticas.
Preparação
Não requer preparação.

Dica de segurança
Antes de selecionar a tài,-.;:a elástica, vcritiquc se algt1n1 de seus alunos pos.>ui alergia
ao látex. E>.."isten1 faixas elásticas scn1 látex disponíveis no 111ercado.

Procedimentos
1. Oriente cada aluno a iniciar co111 utna ou duas faixas elásticas.
2. Peça aos alunos para realizare111 aproxi1nadan1ente 10 repetições de cada exercício.
As atividades apresentada$ a. seguir são realizadas con1 fàixa elá~tica .
.J Rosca direta para bíceps:

- () aluno pisa en1 urna ponta da faixa enquanto segura a outra pont:i. () aluno
puxa a f.1ixa para ci.n1a para realizar a rosca direta para bíceps.
C:ideira de rodas - o aluno coloca urn;1 roda sobre uma das pontas da f.1ixa ou
prende tuna das pontas da faixa na parte de baixo da cadeira .
.J Ltosca parJ bíceps corn os dois braços:
O aluno fica en1 pé con1 an1bos os pés no centro da filxa elástica. Cada 111ào
segura nn1a ponra da faixa. O aluno levanr.1 :unbas as 111àos até o nível da cin-
tura enquanto segura a faixa e as abaixa repetindo a sequência.
Cadeira de rodas - o aluno coloca ~nnbas as rodas sobre a fàixa ou pn.·ndc duas
f:1ixa~ na parte de baixo da cadeira de rod..1s, tuna de cada lado.
... Crucifixo:
- o aluno segur;.i tuna ponta da faixa en1 cad;i n1ào con1 a faixa posicionad.-1 na
frente de seu corpo. O aluno puxa a fàLxa para fora e para dentro enqua.nto
os braços per1nanecen1 esticados. O aluno repete. então, o n1ovi111ento con1 a
faixa aci1na da cabeça.
Atividades de fortalecimento muscular e resistência cardiorrespiratória 43

--.,;.:."'1c$:. --""' \
.....
~·---rk
w~
t;I•• ,..._

--

Da esquerda para a direita. os alunos estõo fazendo rosco direta para bíceps, crucifixo sobre a
cabeça e ren1ada.

J Reinadas:
- envolva a fitixa firrr1er11ente en1 volta <le urn pilar ou viga 110 nível dos olhos
do aluno. O aluno segura a fuixa ern cada ponta e a puxa repetid;in1ente ern
uni n1ovir11enro do tipo reinada .
Variações para tornar a atividade mais fácil
• Veja as ideias para cadeira de rodas descritas anteriorn1ence.
• Prenda a faixa ao punho ou rnão do aluno, de rnodo que ele não tenha de segurá-la.
• Quando o exercício exigir o uso de an1bas as n1ãos, deixe que o aluno segu re urna
das pontas da faixa enquanto u1n adulto segura a outra ponta.
• Use faixas co1n menor resistência elá~tica.

Variações para tornar a atividade mais complexa


• Use Í.'.lixas co1n n1aior resistência elástica.
• Aun1ente o nún1ero de repetições.
• Faça con1 que os alunos tenharn uru regism> ao longo do ten1po de yuantas repeti-
ÇÕ<'S eles consegt1e111 fazer de cada exercício e o quanto evoluíran1.
• Adjcione outros exercícios con1 faixas elásticas.
Questões informais para avaliação
• () aluno é capaz de segurar a f.-iixa elástica de forn1a apropriada?
• O alu no é capaz de 1nanipular a faixa elástica repccidan1cncc durante os exercícios
especificado-?
'
Capítulo 3

Atividades que
envolvem coordenação
olhos-mãos e olhos-pés

o • o

As 18 atividades descritas neste capítulo envolvem a coordenação entre


os olhos e as mãos, assim como entre os olhos e os pés. Essas atividades
visam acompanhar um objeto com os olhos a fim de colocá-lo em conta-
to de forma apropriada com a mão ou pé. Habilidades que demonstram
coordenação entre os olhos e as mãos e entre os olhos e os pés incluem
atingir um objeto utilizando-se de um instrumento (p. ex., raquete, bas-
tão de hóquei), chutando uma bola e jogando-a no direção de um alvo.
Ao executor tais atividades na direção de um alvo, os alunos precisam
mostrar que têm miro, forço e precisão apropriados. Alunos que não são
aptos a utilizarem os mãos em determinada atividade. podem usar os
pés. Por exemplo, uma criança com paralisia cerebral pode ter mais faci-
lidade em mover seu pé em vez de sua mão poro impulsionar um objeto.
Por essa razão, muitas atividades deste capítulo podem ser adaptadas
paro o uso da n1ào ou do pé, dependendo das necessidades do aluno e
da meta a ser alcançado em cada tarefa.

45
46 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Derrubar pinos

Conceito primário
Coordenação olho-u1ão.
Conceitos secundários
1\1\ira, força e precisão.
Objetivo da atividade
E1npurrar uni sa4uinho de feij~o :.obre a supcrficie de urna 111csa con1 o objetivo de
derrubar os "pinos".

Equipamentos
Saquinhos de feijão; garrafas de água (con1 cerca de 60 g de areia no fundo para dar
peso); 111es:i ou superfície pl:1na.
Preparação
En1 unia das extreniidades da rnesa, coloque os "pinos" (garrafas de água} na posição
vertical. O aluno eleve se sentar ou ficar en1 pt: do outro lado da niesa, de frente para
onde os pinos foran1 dispostos.
Procedimentos
1. Coloque urn s:1qui11ho de feijão de cada vez na frente do aluno.
2. Peça ao aluno par.1 en1purrar o saquinho sobre a nlesa para tentar <le1TUbar os pinos.

Variações para tornar a atividade mais fácil


• Ajude o aluno a c1npurrar o saquinho de feijão sobre a mesa.
• Tncentive o aluno a utilizar un1 instrun1ento para ernpurrar o saquinho sobre a n1esa.
• l)ê ao aluno un1a bola ou un1 objeto rnaior que role sobre a n1esa para auinent.ar a
chance de sucesso.
• Use n1ais pinos.
Variações para tornar a atividade mais complexa
• Utilize n1enos pinos e os espalhe sobre a mesa para qut' o aluno de1nonstre rnais
precisão ao tc11tar accrt:lr o alvo.
• Peça ao aluno para contar os pinos que caíran1 e os que per1uaneceran1 ein pé.
• ()rience o aluno a arru111ar os pinos par.1 o próxin10 jog-.1dor.
• Atribua pontos aos pinos e peça para o aluno somar à 111cdida que os derruba.
Atividades que envolvem coordenação olhos-mãos e olhos-pés 47

Questões informais para avaliação


• () aluno está soltando os saquinhos de fcirn1a adt!quad;1 para atingir os pinos?
•o aluno dc1nonstra nura e forç::i adequada; e a fornia co1no arrcn1cssa ou cn1purra
é precisa?
48 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Ataque com bola

Conceito primário
Coordenação olho-u1ão.
Conceitos secundários
Atingir un1 alvo; resistê nc ia cardio rrespiratória.

Objetivo da atividade
1 rabalhar cu1 cltttipe curn o objetivo de iu1puhionar urna bola grande p:ira urn loc;1l
deter1ninado, en1purrando -a corn u111 n1aca rrão de piscina.

Equipamentos
Bola grande para ginástica; 111acarrões de piscina cortados na n1e tadt!; fita adesiva v1-
sívcl.

Preparação
En1 unia área ;unpla, con1 o auxílio de fita o u giz, detennine u111 trajeto (re to, zigue-
-zague ou en1 cu r va) no c hão.

Procedimentos
1. Peça aos aJ unos para ficarcn1 alinhados t11n de frente para o outro ao longo do ca-
111 inho.
2. Indique onde são os pontos de parcida e chegada do traje to.
3. Posicione ~1 bola no ponto de partida.
4. Dê a cada aluno urna rnecade do n1acarrã.o de piscina. Isso será utilizado por eles
para in1pulsiona r a bola ao longo do trajeto até o ponto de chegada .
5. Ao seu sinal, o~ al unos devcn1 trabalhar c111 equipe para in1pul.~ionar a bola entre as
linhas no chão acingindo-a corn os 1nacarrõe" Os alunos deve1n per1nanccer para-
dos ao longo do carninho e devcn1 atingir a bola à n1edida que ela passar por eles.
Variações paro tornar o atividade mais fácil
• Use a técnica da 1nào sobre à ui.ão.
• Caso o aluno não con iga segurar o 1nacarrão adeguadan1ente, utilize unia tira de
velcro para fixá-lo fir111e111ence ao braço dele.
• Substitua a bola para ginástica por un1a bola de praia, balão ou bola plástica extra-
grandc.
• Tncencive os alunos a trabalharen1 e1n equipe a firn de i1npulsionar un1a bola de
praia para f(>ra de unia n1esa.
Atividades que envolvem coordenação olhos-mãos e olhos-pés 49

Variações para tornar a atividade mais complexa


• Desenhe um q uadrado grande no chão co1n a fita adesiva visível. Coloque a bola
para ginástica dentro do quadrado. Peça aos alunos para trabalhar ein equipe jogan-
do novelos na bola con1 o objetivo de tirá-la do quadrndo.
• Oriente os :tlunos a usan:n1 apenas novelos (não utilizar 111acarrôt:s).
• Coloque a bol:i para ginástica en1 cim;i de urna caixa ou de unia superficie elevada.
Os alunos deve111 t111balhar e111 equipe jogando novelos contra a bola para tentar
derrubá-la para fi>ra da caixa ou da superficie.

Questões informais para avaliação


• O aluno cskÍ segurando o rnacarrào de piscina de fonna adequada para :itingir o
alvo?
• O :iluno está en1 contato co1n a bola para ginástica quando a empurra?
50 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Atingindo o balão

Conceito primário
Coordenação olho-u1ão.
Conceitos secundários
Atingir un1 alvo; acon1panhan1ento visual.

Objetivo da atividade
Atingir u111 balão suspenso co111 o ~tu.xilio Je ur11a parte específica do corpo ou de lUll
i nstru 111 en to.
Equipamentos
Balão grande (balões JJ1u1clr' funcionan1 ben1); barbante; deve-se fuzer a atividade en1
u111 local cu1 que o teto seja b:tixo, ou que possua lnna porta ou viga parn que o balão
seja pendurado.
Preparação
Encha o balão e ;u11arre o barb:inte e n1 sua ponta (o barbante e o balão deve111 estar
pendurados 110 co1nprir11ruto adequado. aproxirnadarneute no nívc:-1 dos olhos do alu-
no) . Fixe o barbante no teco, porr.1 ou viga de forrna que fique pendurado no nível dos
olhos. Prepare vários balões para os participantes.
Procedimentos
1. Posicione o aluno, cn1 pé o u Sl'lltado, de for1ua que ele fique co111 o balão na altura
de seu rosto.
2. Peça ao aJuno para cocar no balão co111 as n1âos. fazendo con1 que ele se 111ova para
longe de seu corpo.
3. Forneça dicas para que o aluno bata no balão parJ os lado djreito e esquerdo e para
a fi·ente e para a·ás.

Variações paro tornar o atividade mais fácil


• Oriente os allu1os a usarcn1 suas cabeças para tocar no balão.
• Posicione o baJão ern uni nível niaís baixo, a fi1n de que o aluno possJ ser n1ai ben1-
-st1cedido na execução da arividade.
• Movin1ente o balào da esquerda para a direita, e para a frente e para trás, enquanto
o aluno o aco111panha con1 os olhos, cabeça ou rnão.

1
N. E.:TJ1t1b~1u <'OtiheCldos co1uo "balões lk soco", são 01ai> <.'>pesso~ que balões regular~ e apn-S<'t1-
ca111 u111a foix:i eliscica e111 sua excrentidade.
Atividades que envolvem coordeno~õo olhos-mãos e olhos-pés 51

Os balões foram pendurados em diferentes alturas a fim de estimular os alunos com habilida-
des variados.

Variações para tornar a atividade mais complexa


• Posicione () balão en1 uni nível 111ajs alto, a fin1 de que o alu no se estenda para
alcançá-lo.
• Pernüta que o aluno titilize urn instrun1enro para atingir o balão, corno o rnacarrào
de piscina OLl u111a raquete.

Questões informais para avaliação


• O aluno é capaz de, pelo n1cnos un1a vez, acertar o balão con1 :.i 111ào aberta ou
uülizando a cabeça?
• O aluno é capaz de tocar no balão de forn1a sequencial, den1onstrando ricn10 apro-
priado?
52 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Golfe com bola de praia

Conceito primário
Coordenação olho-u1ão.
Conceitos secundários
Atingir un1 alvo; 111ira, força e precisão.
Objetivo da atividade
D c1noustrar o 1Huvirllt:tlto do golfe au atingir unta bola de praia cou1 unt ntacarr-Jo dt:
piscina, e fazer co1n que a bola atinja un1 derern1inado alvo.
Equipamentos
l'v'lacarrões de piscina ou raquetes; bolas de praia; ban1bolês.

Preparação
Orga1úze un1 can1po de golfe disrribuindo alcatorüuncntc os ban1bolês na área dcs-
tinacii à atividade. Nu111ere os ban1bolês de 1 a 10 (você pode u~ar tuna quantidade
111aior ou 111enor de ban1bolês, dependendo do nível de habilidade do aluno). Os ban1-
bolês rcpresentant os buracos do jogo de golfe. A tuna distância de aproxin1ad;uttl'rltl'
7,6 n1 de cada ban1bolê, f.1ça un1a linha ou coloque un1 cone. Fste ~erá o ponto de
partida para aquele deternunado buraco.

Procedimentos
1. Posicione o al uno no ponco de partida para t1111 dctcrnúnado buraco. (Caso h;tja
vários alunos, posicione-o de forn1a a iniciare1n a atividade en1 buracos diferentes.)
2. Os aJunos deverão u11pulsionar a bola de praia para a frente COlll auxíJio do n1acar-
rão de piscina ou da raquete, co1n o intuito de fazer a bola atingir o detcr1ninado
ban1bolê, ou "buraco", con1 a 1nenor quantidade de batidas possíveJ.
3. Ao consegui r colocar a bola dentro do ba1nbolê. o aluno deverá se deslocar para o
próximo buraco e repetir a tarefa.
4. Co11tc quantas b::itidas são necessárias para qul' o aluno atinja o barnbolê.
Variações para tornar a atividade mais fáci l
• N~o conte quantas batidas s~o necessárias pa ra que o aluno atinja o ba1nbolê.
• Estabeleça un1 ponto de partida 111ais próxin10 do bambolê.
• Use n1cnos burncos (ban1bolês).
Atividades que envolvem coordenação olhos-mãos e olhos-pés 53

o
o o
o
o
•., ".
..... ""' *
1t ~

Variações para tornar a atividade mais complexa


• Peça aos alunos para anotaren1 o u 1ncu1orizarcn1 qua11tas batidas são necessárias para
atingir o barnbolê a cada jogada. En1 seguida. pe\:a para que eles son1en1 o nú1nero
to tal de batidas.
• Disponha n1ais buracos (ba1nbolês).
• Estabeleça o pon to de partida niais distante do alvo.
• D i1ninua o ta1na11ho dos buracos ou deixe-os 1nais dificeis de sere 1n atingidos.
• Use urna bola menor.

Questões informais para avaliação


• O :iluno está baLendo no direçào do barnbolê?
• O al uno é capaz de d izer qu::i nt:is batidas foran1 necessárias para que ele atingisse o
buraco?
54 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Saquinho de feijão no tabuleiro

Conceito primário
Coordenação olho-u1ão.
Conceitos secundários
1\1\ira, força e precisão.
Objetivo da atividade
E1npurrar o saquinho ck: feijão para a frente usando as rnãos. e tentar fazl'r con1 que
ele caia dentro de llln rriângu lo de~enhado.
Equipamentos
Saquinhos de fe::ijâo: n1esa; fir:1 adesiva visível.

Preparação
En1 un1 lado da n1csa, use a fita adesiva para criar uni triângulo grande. Divida o t.riân-
gulo en1 três ou n1ais seções. Estabeleça poncos p;ira cad;i seção (p. ex.. o topo do tri-
ângulo v:ile JO pontos, o 1neio vale 20 e a base vale l O).

Procedimentos
1. Posicione o aluno do lado oposto da n1esa onde estã descnl1ado o rriàngulo.
2. Orience o aluno ;i e1npurrar o saquinho de feijão na direção do triângulo. con1 o
objetivo de f.1zer co1n que ele pare sobre a seção parJ atingir os pontos e::specificados.

Variações para tornar a atividade mais fácil


• Posicione o aluno n1ais próxin10 ao triângulo.
• Tncentive o aluno a utilizar u111 insrrun1ento para 111over o saqui nho de feijão para
a fi·ente.
• Utilize un1a bola pequena que role faciln1cntc sobre a n1csa e pcrrnita que o aluno
faça pontos quando ela passar sobre a seção do triângulo, e não apenas se parar sobre
esta.
• Faça o triângulo e suas seções cn1 tamanho 1naior.
Variações para tornar o atividade mais complexa
• Faça o triângulo e as seções en1 ta1nanho 1nenor.
• Faça vários a·iângulos de forn1:1 que os alunos ten ha111 de posicionar seus corpos
apropriada1nencc para n1ovcr o saquinho de feijão c111 direção ao triângulo esco-
lhido.
• l:>osicione () aluno 111ai~ lo nge do triângulo.
• Peça aos alunos para so111are1n os pontos que fizera111.
Atividades que envolvem coordenação olhos-mãos e olhos-pés 55

Questões informais para avaliação


• O alllno está llSando força e mira adequados e coloca11do o saqllinho de feijão de
fornta precisa no criângulo designado?
• O aluno está en1purrando o saquinho de forn1a adequnda e1n direção ao triângulo?
56 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Boliche em círculo

Conceito primário
Coordenação olho-u1ão.
Conceitos secundários
Fazer rolar; n1ira, força e precisão.
Objetivo da atividade
lZolar unia bola na din.:ção dt: pinos dt' bolich1: ;1 fu11 de derrubá-los.
Equipamentos
Pi1105 de holiche ou garraf.l.<; plásticas vazia-; (p. ex., garraf.1 de refrigerante de 2 L)
(:1proxin1ada111cnt<.' 10 unidades); bola grande.

Preparação
Posicione os alu11os cn1 lllU círculo, senrados cn1 cadeiras ou no chão. Agrupe os pit10>
no centro do círculo.
Procedimentos
1. Peça para u1n aluno iniciar a atividade, rolando a bola para a frente co111 o objetivo
de derrubar os pinos.
2. Oriente o próxi n10 alL1110 a tentar derrubar os pinos ren1anescentes e repetir esse
procedin1ento at~ que rodos os pinos tenhan1 caído.
3. Incentive os alunos n1ais hábeis a se dirigiren1 ao centro do círculo a 6111 de arrun1ar
. .
os pinos para Jogar nova1nence.
Variações para tornar o atividade mais fócil
• Utilize unia bola 1naior.
• Peça aos alunos para rolart'111 a bola para fora de seu colo ou para baixo.
• Orience os :ilunos a ficare111 anais próxi rnos aos pinos.
Variações para tornar a atividade mais complexa
• Peça aos a lunos para se levantaren1 para rolar a bola.
• Concentre-se na forn1a cou10 o aluno se posiciona: ele deve parar co1n o pé oposto
à frente, flexionar os joellios e 111anter os olhos focados no alvo.
• Utilize várias bolas.
• Separe o grupo e faça jogos de bolichc individuais.
Atividades que envolvem coordenação olhos-mãos e olhos-pés 57

Questões informais para avaliação


• O aluno é capaz de lançar a bola na direção dos pinos?
• O alu no é capaz de rolar a bola a tnna distância adequada?
58 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Futebol em círculo

Conceito primário
Coordenação olho-u1ão.
Conceitos secundários
Chute; inira, força e precisão.
Objetivo da atividade
Atingir a bola utilizando apenas os pés.

Equipamentos
Bola grande; un1a cadeir;i por aluno.
Preparação
Org.mize ai. cadeiras e1n círculo. <le for1na que fique1u voltadas parJ o centro.

Procedimentos
1. Pe\fl aos alunos para se se11c.1rer11 nas cadeira' forrnando urn círculo.
2. Fique de pé no 1neio do círculo. Role a bola para cada aluno individual1nente e
peça parJ que ele a chute <le volta para voct-. llepita esse procedirnento até que
todos os alunos o rl'tiha111 co1nprecndido.
3. Agora, fique fora do círculo e peça aos alunos para cencare1n chutar a bola aleatoria-
111ent<::, 111antendo-a e 111 1novin1ento sem uti lizar-se das 111ãos.

Variações para tornar a atividade mais fácil


• Pern1ita que os alunos llrilize1n as n1ãos para controlar a bola antes de chutá-la.
• Pennica que os alunos chute n1 a bola con1 a1nbos os pés.
• Pe r11·1ita que os alunos chute n1 a bola utilizando suas cadeiras de ro<las (co111 un1
rápido impulso para a frente) .
• Posicione os pinos de boliche no n1eio do círculo e peça aos alunos para churaren1
a bola na direção dos pinos.

Variações para tornar a atividade mais complexa


• Oriente os alunos a churarem a bola enquanto pcr111:incccm cn1 posição de caran-
guejo (un1bigo aponc.1do para ci1na, pés e n1ãos no chão) .
• Peça aos alunos parn dizere111 o non1e de algué1n que está. no jogo e tentarem chutar
a bola para C$Sa pessoa.
• Desafie o alunos: "Quanc:as vezes seguidas você consc::gue chLHar a bola?"
• Use u1na bola n1enor, do tan1anho de u111;i bol;i de futebol.
• Use várias bolas.
Atividades que envolvem coordenação olhos-mãos e olhos-pés 59

Questões informais para avaliação


• O aluno é capaz de entrar cn1 contato con1 a bola usando os pés?
• O aluno está utilizando apenas os pés durante a ati\ridade?
60 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Passando a bolinha de gude

Conceito primário
Coordenação olho- u1ão.

Conceito secundá rio


Trabalho en1 equipe.

Objetivo da atividade
Cada aluno dt:ve ter un1 tubo de papt:lâo cortado ao utt:io, cou1 o objetivo de p~issar
unia bol inha de gude de uni aluno para ourro o niais rápido possível e sern deixar a
bolinha cair no chão.

Equipamentos
1't1bo de papelilo cortado ao rneio cu1 sentido lougitudin3.I (u111;\ rnet;'lde para cada
alnno); bolinhas de gude ou pequena~ bolas que rolen1 facil111ence.
Preparação
f aça a atividade e::n1 11111:1 área grande e lj·v,-e de obstáculos.

Procedimentos
1. Oricncc os alunos a se alinharc1n lado a lado, n1anccndo 1nais ou 111enos o incsn10
nível de altura (c;iso alguns utilize111 cadeira de rodas, instrua todos a pern1;ineceren1
sentados, do cono·ário, t odos pode111 ficar em pé).
2. Dê a cada aluno unta n1crade do tubo de papelão e peça-lhes q ue a segure com as
duas n1ãos etn frente ao corpo, a fin1 de que todos os cubos fiquen1 alinhados.
3. Coloque a bolinha de gude no tubo de papelão do aluno posicionado no início da
fila. Todos dl~vcnlo rnanuscar seus tubos de forn1a que a bolinha role de urn tubo
para o outro até que chegue ~io (1Jcin10 aluno da fila.
4. Se a bolinha cair, os alunos deve 1n reiniciar a acividade desde o início.

Variações paro tornar a atividade mais fácil


• Ajude o aluno usando a tí:cnica da 111ào sobre a n1ão.
• Disponha o tubo sobre o colo do aluno ou en1 unia 1nesa vi~ando a uni apoio adi-
cional.

Variações para tornar a atividade mais complexa


• Crono1uctre a atividade.
• Para aun1entar a distância, unia vez que os alunos pas·ara1n a bolinha de gude, peça
para que corran1 acé o final da fila a fin1 de pas~á- l a nov;1111e nte.
• llealizL: a acividadc co1n apenas dois alunos passando a bolinha un1 para o outro;
urna vez tendo passado a bolinha. o :ilu no dt:vc:: correr par:.i o outro lado par:i pegá-la
novan1eute. Especifique a distância a ser percorrida.
Atividades que envolvem coordeno~õo olhos-mãos e olhos-pés 61

o
1 1 o

Questões informais para avaliação


• O aluno é capaz de segurar o rubo de papelão de for111a adequada?
• O aluno é capaz de passar a bolinha para o cubo do outro aluno?
62 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Golfe de lançadeira

Conceito primário
Coordenação olho-u1ão.
Conceitos secundários
Arre1nesso; n1ira, força e precisão.
Objetivo da atividade
D c1noustrar uni 1.1riçàu1c.:nto de.: baixo para ciu1à baLu1çar1do a lançadeira pará a frc.:rllc.:
e Í.'l7endo con1 que ati1~ja 11111 alvo detennin<ido.
Equipamentos
l ançadeira; baldes ou alvos; cones.
• Você pode t'ILCr suas lançadeiras e111 casa utilizando bolas de tê,rus, u111 ler1çol velho
e fita adesi\lll.
_, Corte o lençol en1 tiras de aproxin1ada1nente 90 cn1 de con1prü11ento e 7 ,5 cn1
de largura.
J Fixe à bola de tênis u1n dos lados da cira co1n fica adesiva; então enrole fita ade-
siva acé cobrir a bola de tênis por con1pleco, deixando a 1naior parte do lençol à
n1ostra.

Preparação
Prepare a área destinada à ativicl:1de co1no se fosse u1n can1po de golfe, utilizando
baldes ou alvos con10 buracos. Nu111ere os alvos de 1 a 1O (você pode usar u1na quan-
tidade rnaior o u nienor de alvos, dependendo do nível dos alunos). A unia distância de
aproximada111ente 7,5 111 de cada balde ou alvo, trace u1na linha ou coloque u111 cone.
Esce será o ponto de parrida para aquele decer1ninado buraco.
Procedimentos
1. Peça ao aluno para iniciar a ativich1de no ponto de partida para un1 deter1ninado
buraco (caso haja vários alunos, cada un1 pode co1neçar e1n diferentes buracos).
2. O objetivo é fazer co1n que os alunos deu1onst1-e1u u1n lança111enro de baixo para
cirna balançando a lançadeira para a frente, tentando atingir o buraco.
3. Conte qua11tos lançamentos são necessários para que o aluno consiga atingir o bu-
raco balançando a lançadeira para a frente.
4 . Quando o aluno conseguir Í.1.zer a lançadeirn entrar no buraco, peça a ele p;ir;;i se
dirigir ao próx:i1110 alvo e repl·tir a tarefa.
Atividades que envolvem coordenação olhos-mãos e olhos-pés 63

Variações para tornar a atividade mais fácil


• Não conte quantos arremessos são necessários para que o aluno consiga atingir o
buraco.
• Estabeleça un1 ponto de partida nlais próxin10 do buraco.
• Utilize 111c.:nos buracos.
• Oricnt.e o aluno a in1pulsionar a lançadeira corno un1 pêndulo, para a frente e para
trás, en1 vez de i111pulsioná-la en1 u111 111ovin1enco circular.
Variações para tornar a atividade mais complexa
• Peça aos alunos para contarcn1 quantos lança1ncntos eles faz('.111 para ac(·rtar o alvo
crn cada buraco. Entào, peça-lhe · para contarcrn o nú111ero total dt.: arre111e ~os.
• Utilize 111ais buracos.
• Estabeleça o ponto de partida 111ais distante do alvo.
• Dirnirtua o tan1anho dos buracos ou deixe-os rnais dificcis de scrcrn atingidos.
Questões informais para avaliação
• O aluno escá balança ndo a l;.111çadeira de forina apropriada?
• O aluno está balançando a lançadeira en1 direção ao buraco?
64 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Acerte a lata

Conceito primário
Coordenação olho-u1ão.
Conceitos secundários
Ar re1nesso; fazer rolar: inira, força e precisão.

Objetivo da atividade
Arrcrncss~\r ou rolar tuna bolá cru uni :tlvo dt:signado a partir de diicrentes distâncias.
Equipamentos
Saquinhos de feijão ou bolas pequenao;; 1O ou 20 latas vazi;is ou garrafas plásticas de
diversos tan1anhos.

Preparação
E111 unia área de grande atividade, posicion<' as latas ou garrafas c1n unia linha hori-
zontal con1eça ndo a 1,5 111 de distância e aun1entando para 3 111. Marque valores de
pontuação nas latas ou garr.itàs, designando pontuaçôes 111ais altas nos objetos 1nenores.

Procediment os
1. Posicione os ah111os de n1odo que eles fiquc-m de frente para as latas ou g-arrafas.
2. Dê aos alunos u1n saquinho de feijiio pa ra j ogar ou rolar até ao; latas ou garrafas.
3. O saquinho de feijão deve toc:1r na lata ou garr.ifa para o aluno pontuar (o objeto
não prc-cisa cair).
Variações poro tornar o atividade mais fácil
• Use alvos 1naiores e saquinhos ou bolas 111aiores.
• Use n1ais aJvos para urn 111aior índice de acerto>.
• Posicion<' as latas ou garrafas a urna distáncia rtl<'rlOr.
Variações poro tornar o atividade mais complexo
• Peça aos ;:ilunos para son1are1n o& pontos.
• Use n1enos latas ou garrafas, de forma que elas se rornen1 mais dificeis de seren1
accrr.adas.
• .Estin1ule os alunos a arrentessarein de urna distância ruaior.
Questões informais pa ra avaliação
• () alu no é capaz de soltar o saquinho, arre111essando-o o u rolando-o en1 direção à.o;
latas?
• O aluno escá usando 111jr,i e força apropriados e dentonstrando precisão?
Atividades que envolvem coordenação olhos-mãos e olhos-pés 65

--
D

Lotos de alumínio podem ser utilizadas como alvos - alguns alunos adoram o som dos lotas
caindo.
66 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Jogue a bola para fora

Conceito primário
Coordenação olho-u1ão.
Conceitos secundários
Fazer rolar; n1ira, força e precisão.
Objetivo da atividade
lzolar urna pcqut:na bola contra un1 alvo (bola u1aior) a fin1 de jogá-lo para fora de
u111a área designada.
Equipamentos
Bolas de praia; fita adesiva para de111arcar un1 c írculo no c hão: peque nas bolas que
rolern ben1; ra111pa de boliche (se :1plicável).
Preparação
Faça L1n1 círculo no chão de apro::ián1adan1ente 9 111 de diân1etro. Coloque a bola no
centro do círc ulo. Peça aos nJu nos para se se11tare n1 o u ficare1n e111 pé ao redor e do
lado de fora do círculo.
Procedimentos
1. Peça aos alunos para rolaren1 a bola pequena en1 direção à bola de praia no cenrro
do círculo, todos ao n1es1110 te111po.
2 Oriente os alunos a se rcvezaren1 para rolar a bola pequena en1 direção à bola de
praia até que esta seja jogada par~ fora do círculo dernarcado.
3. Posicione n-uiis bolas de praia no cen[ro do círculo e incentive os aJunos a tentaren1
jogá-las todas para fora do círculo.
Variações para tornar a atividade mais fácil
• Use u111a ra111pa de boliche para ajudar os alunos a rolarein as bolas.
• Use a [écnica de 111ão sobre a 111ão.
• Oriente os altu1os a empurrarem a bola de seus colos.
• Peça aos alunos para fulare1n con10 eles queretn ser posicionados para rentar acertar
a bola de praia.
Variações para tornar a atividade mais complexa
• Instrua os alunos a se conccntrarc1n ao urilizar o n1ttodo de boliche para jogar a
bola (solt.1r a bola próxi1na ao o lo).
• Encoraje-os a utilizar es[r;:i[égias p;:ira jowi r a bola de praia p;ir.i for.i do círculo
(alinhar-se, dobrar o~ jot·lhos etc.).
• Estirn.ulc os alunos n1ais hábeis :l auxiliarem os colegas.
Atividades que envolvem coordenação olhos-mãos e olhos-pés 67

Nesta fotografia os alunos estão jogando uma variação mais complexa da atividade. Permitir
que os alunos arreniessem a bolo pequeno em vez de rolá-lo. todos ao mes1no tempo. produz
n1ois oçéio enquanto eles alcançam o mesmo objetivo de quando usam uma bolo pequeno poro
acertar uma bolo grande e jogá-lo poro foro do área determinado.

Questões informais para avaliação


• () aluno é capaz de acertar a bola 111aior co111 a bola n1e nor?
• O aluno é capaz de soltar a bola 1T1cnor rolando-:i?
68 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Bocha modificada

Conceito primário
Coordenação olho-u1ão.
Conceitos secundários
Agarrar e soltar; n1ira, força e precisão.
Objetivo da atividade
Lançar u111a bola :itravé:. dt: u111 tubo cn1 din.:ção a uni alvo dt:~ign:ldo e (1zt:r a bola
parar o 111ais próxin10 possível do alvo.
Equipamentos
Bola pequena ou bolinha de gude; bola de tan1anho n1édio ou de outr.1 cor ou bolinha
de gude (p::ir.1 servir con10 alvo); tubo oco (de papelão) .

Preparação
Enconrre un1a área plana grande. livre de obstáculos. Posicione a bolinha de gude ou
a bola de tan1anho 111édio (alvo) no centro d:1 área de jogo.

Procedimentos
1. Oriencc o aluno a se sentar cn1 tuna cadeira c111 un1 canto da área de jogo.
2. Segure o cubo de papelão direta1nente en1 fre nte ao aluno no nível dos ol ho~. incli-
nado, con1 un1~1 das pontas leven1ente e111 direção ao solo.
3. Peça ao aluno para dizer con10 ele quer que o tubo st'ja posicionado, de 111odo a
ficar alinhado co1n o alvo (a bola no centro da área de jogo).
4. U111a vez que o rubo tC>r posicionado conforn1e a vontade do aluno. peça para ele
colocar a bolinha de gudc 110 tubo, fazendo-a rolar e1u direção ao alvo.
5. O o~jctivo é que a bolinha de gudc chegue o 1nais perto pos ível do alvo.
Variações para tornar a atividade mais fáci l
• Se o aluno não for capaz de se expressar verbaln1ente, você pode fi12er perguntas
do ripo "sim" ou "não", de forn1a que ele pos~a responder co1n a movimentação de
cabeça enquanto se ajusta à posição do tubo.
• Use a técnica de 1niio sobre a 1não para aux-i liar o aluno a solcar a bolinha de gude
ao longo do tubo.
• Pergunte ao aluno se :i bolinJta csr.á perto ou longe do alvo.
Variações para tornar a atividade mais complexa
• l)ennica que o aluno fàç;i diversas rentar:ival; de rol;ir a bolinha de gude ao longo do
tu bo.
• IJiscuta o po:.icion:in1ento do tubo b:i~c:ido crn tentativa e erro.
• Peça ao alu no para 1uedir a distância entre a bolinha lançada e o alvo.
Atividades que envolvem coordenação olhos-mãos e olhos-pés 69

Poro este aluno, o tubo estó mais abaixo do nível dos olhos paro
se acomodar ao seu movimento de braço.

Questões informais para avaliação


• O aluno é capaz de posicionar o n1bo en1 direção ao alvo?
• O aluno é capa:t de reconhecer a di:itâucia entre o alvo e a bolinha?
70 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Torneio das cadeiras

Conceito primário
Coordenação olho-u1ão.
Conceitos secundários
Atingir un1 alvo; n1ovin1e11tação espacial.
Objetivo da atividade
Jogar a bol~\ para fora du cont u 111ais r:ípi<lu possível cout o àuxilio dt: uw u1acarciu
de piscin:i.
Equipamentos
l'v'lacarrões de pisci11a longos, cones (pelo n1enos dois) . bolas de tan1anho n1édio (pelo
UlCrlOS duas).

Preparação
En1 unia área grande, livre de obstáculos, posicione doi;; cones distantes aproxi1nada-
n1ence 1,5 111 un1 do outro. Posicione un1a bola no topo de cada cone.

Procedimentos
1. Pelo 1ncnos dois alunos dcvcn1 parcicipar dessa acividadc.
2. Coloque uni aluno e111 cada ponta da área de~tinada à atividade e disponha os co-
nes no cena·o (cada tu11 con1 unia bola en1 seu topo). 01-lente os alunos a ficaren1
voltados urn para o outro.
3. Estabeleça u11la bola para cada aluno se focar.
4. l)ê un1 n1acarrão de piscina para cada aJuno.
5. Ao scu sinal, peça aos alunos para se 111overcn1 para a frente ao n1csn10 tcn1po ('cn
suas cadeiras de rodas rnoto rizadas. O objerivo é jogar a bola fora do cone desig-
nado, utilizando o 111acarrào de piscina o 1nais rápido possível (antes que o outro
aluno o taça).

Variações para tornar a atividade mais fácil


• Caso o alun o não ·eja capaz de tisar as rnàos, an1arre o rnacarrào de piscina ao lado
da cadeira de rod:is. de forrna que ;i 111aior parte dele fiqu e na frente da cadeira.
• Peça a u111 assistente ou adulto para en1purrar a cadeira.
Atividades que envolvem coordeno~õo olhos-mãos e olhos-pés 71

Variações para tornar a atividade mais complexa


• Siga o proccdin1cnto passo a passo, porém prepare vários cones. cada un1 con1 unia
bola e1n seu copo, para os alunos derrubaren1 o 1nais rápido possível. Designe un1
juiz para segurar un1a bandeira colorida ;i f1111 de 110111ear o vencedor.
• Agrupe vários alunos para participar da atividade. Pn:parc os cones (cada un1 con1
urna bola) na 5rea de tinacl:i ao jogo. E colha para cada aluno urna cor específica de
bola que deverá ser derrubada.
Questões informais para avaliação
• O aluno é c:apaz de n1anusc:ar o n1acarrào de piscina para jogar a bola para fora do
cone?
• O aluno é capaz de se 111ovi111enr.ar pela área destin;ida ao jogo co111 segurança?
72 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

jogo da velha

Conceito primário
Coordenação olho-u1ão.
Conceitos secundários
Arre1nesso; n1ira, força e precisão.

Objetivo da atividade
Jogar s;iquinhos de ii.'ijàu dentro de ba1nbolês cuu1 u objetivo dt: criar uu1a scquêucia,
alinhando três saquinhos, co1110 e111 un1 jogo da velha .
Equipamentos
Saquinhos de fe::ijâo (aproxin1adan1ente 9); 9 ban1bolês.

Preparação
O rga1úzc os ban1bolês forn1ando quadrado (este será o tabuleiro de jogo da vell1a).
l l lll
Pri1neiro, disponha un1;i fileira horizontal con1 t rês ba111bolês, seguida po r t1111a ~egun­
da fiJeira logo abaixo da prin1eir:1 e de un1a terceira logo abaixo da segunda. Indique
un1 ponto de partida, ;\ aproxilnada111ente 1,5 111 de distância da terceira fileira dl'
bambolês. F....se é o loca l onde o aluno deve se posicionar.
Procedimento
1. Posicione o al uno na linha de partida (trace unia linha) na parte infe rior do quadra-
do for1nado por ban1bolês e dê a ele o saquinho de feijão.
2. O aluno deve tentarjog:ir o saq uinho dentro de uni dos ban1bolês no tabuleiro de
jogo da velha.
3. Ele deve continuar jogando os saquinhos até conseguir alinli.1r tr~s d1:h:~ (pode ser
na vertical, horizontal ou diagonal).
Variações para tornar a atividade mais fáci l
• Use a técnica da 111ào sobre a n1ào.
• Faça o tabuleiro de jogo da velha cni. urr1 nÍvêl 1nais alto (sobre unia n1esa).
• Faça o tabuleiro de jogo da velha e1n u1n nível rnais alto e use fita en1 vez de ba1n-
bolês. Então. orie nte os alunos a c1npurraren1 os saquinhos de fe ijão para dentro dos
quadrados.
• Urilizc un1 objeto maior, mais leve ou 111ais fãcil de pegar para ser jogado pelo aluno.
Atividades que envolvem coordenação olhos-mãos e olhos-pés 73

Variações para tornar a atividade mais complexa


• Peça aos alunos para jogarc1n o objeto de un1a distância n1aior.
• Utilize ban1bolês 1nenores.
• l)iversifique o jogo d:i velha:
-' n1arcar quatro cantos;
-' cornpletar o tabuleiro.
• Diga"º aluno qual o tipo de linha ele deve forn1ar (vertical, horizontal ou d iagonal) .
• Faça un1a competição entre os alunos.

Questões informais para avaliação


• O :iluno é capaz de soltar o saquinho de feijão na direção do LabuJciro?
• O aluno é capaz de reconhecer que os saquinhos estão alinhados, corno en1 uni
jogo da velha?
74 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Jogue e role!

Conceito primário
Coordenação olho-u1ão.
Conceitos secundários
Arre1nesso; fazer rolar: inira, força e precisão.
Objetivo da atividade
D c1no ustrar coopcração entre colegá~. Uu1 ;\)uno joga uu1 saquinho de fcijão cru uni
espaço aberto, e o outro arre1nessa un1a bola con1 o objetivo de fa7.ê-la parnr o 1nais
pró::..-in10 possível do saquinho.
Equipamentos
N ovelos (u1u por aluno); saquilthos de feijão (uu1 para cada dois alunos).

Preparação
Enconrre tnna áre;:i g rande, pl;:in;i e livre de obstáculos.
Procedimentos
1. Peça aos aluno:; para se orgarúzarern err1 duplas (encontre unia forrna a<le4uada para
agrupá- los).
2. D ê uni novelo par;i cada aluno e L1111 saquinho de feij~o para cada dupla.
3. Un1 a luno inicia a atividade jogando o saquinho onde desejar dentro da área desig-
nada (o arremesso pode ser a curta ou longa distância).
4. Os alunos, então, deve1n se revezar rolando seus novelos con1 o intuito de que fi-
quen1 o n1ais próxin10 possível do saqL1i11ho.
5. Qucrr1 conseguir que o novelo fique ntai~ perto do saquinho inicia a próxi1na j oga-
da, arre1ncssando o saquinho onde desejar.
6. Caso os alunos não cheguen1 a 1.1111 ;icordo sobre qu;il novelo estii rnais próxi1110 do
saquinho, f.1ça con1 que 111eça111 essa dist:inc ia con1 os pés.

Variações para tornar a atividade mais fácil


• Perntita que os alunos ernpurrern seus novelos a partir de seu colo ou os derruben1
na direção do saquinho.
• 1ncentive os a lunos a jogare m e111 grupo. sentando-os e111 uni g rande círculo. c:ada
aluno deve rolar seu novelo, tentando fazer com que fique o n1ais próxi1110 possível
do saquinho no centro do círculo.
• Pern1ita que os alunos use111 ran1pas ou cuhos de papelão para rolare1n o novelo.
Atividades que envolvem coordenação olhos-mãos e olhos-pés 7S

Variações para tornar a atividade mais complexa


• Esta é: unia ótin1a atividade para se praticar com podôn1ctros!
• Debata a respeito de rnira, força e precisão.
• Utilize u 111a régua para detenn inar qual é o novelo niais próxin10 do saqu in ho.

Questões informais para avaliação


• O aluno sabe se revezar de for1na adequada?
• O aluno é capaz de identificar qual é o novelo n1ais próxin10 do saquii1ho?
76 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Borrifar água

Conceito primário
Coordenação olho-u1ão.
Conceitos secundários
Pegar e largar; 111ira, força e precisão.
Objetivo da atividade
Uerrub:lr u1ua bola eh:: pü1gue-po11gue de cii11à de u111a garrafa eh:: água ou de uru cone
jogando água con1 n1n borrifador.
Equipamentos
Borrifador; bola de pingue-pongue; garrafu de água ou cone.

Preparação
Encha o borrifador con1 água. Coloque a bola de pingue-pongue no topo da garnifã
de água ou do cone e disponha-os sobre urna niesa ou algu1na superflcie na altura dos
olhos.

Dica de segurança
coloque coalhas sob as garraf.1S para que absorva111 a água. ou faça a atividade e111
un1;i área g ran1ada para evitar que o chio fique n1olhado.

Procedimentos
1. Posicione o aluno a aproxi1nad~1n1cnte 1 rn <lc dist.ância d~1 bola de pingue-pongue
con1 o horrifàdor nas 1nàos.
2. Ao seu si nal, peça ao alLu10 para con1eçar a borrifar água na bola de pingue-pongue
para derrubá-la de cirna da gJrraf:1 ou do cone.
3. Separe várias bolas de pü1guc-ponguc para diversas cc11cacivas ou alunos.
Variações para tornar a atividade mais fácil
• Posicione o aluno 111ais pró}..-l1110 ao alvo.
• Ajuste o borrifador para que o fluxo de á&'Lta seja ntais direto, co1no tun jato.
• Pcrnlira qu<' o aluno use as rnãos ou outra parrc do corpo, ou utilize ainda uni ins-
rru1nenco para derrubar a bola.
Variações para tornar a atividade mais complexa
• Prepare várias bolas de pingue-pongue eru cones ou gnrrJlàs de água t• ob~ervc
quanto tcrnpo o aluno leva para derrubar todas.
• Faça utna con1petição encre os alunos.
Atividades que envolvem coordenação olhos-mãos e olhos-pés 77

Questões informais para avaliação


• O aluno é capaz de jogar a bola de pingue-pongue para fora da garrafit de água?
• O aluno é cap~z de rnanusear correr;unente o borrifador, espirrando água de forn1a
constante?
78 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Bola no barbante

Conceito primário
Coordenação olho- anão.
Conceito secundário
Cruzar a lú1ha 111édia do corpo.
Objetivo da atividade
Usar u1na das u1àos para e111purrar u111a bola de u1n lado do corpo em direção ao ou-
tro, cruzando a linha n1~dia. Pa.c;s;tr a bola para outro aluno.

Equipamentos
Bola perfurada {de beisebol); b~trbante.
Preparação
Insira o barbante no interior <la boh1, cranspassando-a. A1narre as pontas do barbante a
dois pontos fixos, con10 u1na 1naçaneta ou cadeira. Posicione o aluno de forn1a que a
bola fique na frente dt: seu corpo, ao alcanc<:: de ~eus br:iços.
Procedimentos
1. Posicione o aluno de forana que a bola fique na frenre de seu corpo, na altura de
seus olhos e ao alcance de seus braços.
2. Peça ao aluno para SCe>ttrar ;t bola curn sua rnào duruinante e de~locar para o outro
lado, cruzando a linha rnédia do corpo {d ireita para esquerda ou esquerda para di-
reita).
Variações para tornar a atividade mais fácil
• Use a tl:cnica da 1niio sobre a rniio até 4uc o aluno con1prc<:nda o que deve ser feito.
• Oriente o aluno a seguir a bola com o olhar à medida que outro aluno a 1nov1-
n1enta.
Variações para tornar a atividade mais complexa
• Peça aos alunos para se sentarem cnt círculo e scgurarern o barbante. U111 aluno
desli7.a a bola pelo barbante, passando-a para o aluno que está ao seu lado, at~ que a
bola percorra u1n círculo con1pleto.
• Incentive os alunos a jog:irern wn jogo parecido com "batata quente". (~uando a
rnlisica para, a pessoa que está segurando a bola deve fazer algo. Por CXl'tnplo, bater
palinas, cantar unia 111úsica, girar e1n torno de seu corpo ou qualquer atividade de
acordo con1 seu nível de habilidade.
• Utilize várias bolas.
Atividades que envolvem coordenação olhos-mãos e olhos-pés 79

Questões informais para avaliação


• O aluno é capaz de n1ovin1entar a bola cruzando a linha média de seu corpo?
• O aluno é capaz de prever de qual lado a bola esrá vindo?
80 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Boliche suspenso

Conceito primário
Coordenação olho-u1ão.

Conceitos secundários
1\1\ira, força, preci~ão.

Objetivo da atividade
E111purrar tuna bula su~pcn~:i por u1na corda contra pinos de boliche para derrubá-los.
Equipamentos
Cord;i de ;iproxi111ad11nente 6 111 de co111prin1ento; hol;i; fronha; pin os de boliche ou
recipientes leves que possa111 ser derrubados co111 facilidade (p. ex., garraf.'lS plásricas);
~incho suspenso ou tabela de basquete.
Preparação
Coloque a bola dentro da fi"Onha e feche-a an1arrando unia corda. Prenda a outra
ponta da corda no gancho junto ao teto ou no aro da tabela de basquete, de for111a que
a bola fique suspensa a cerca de 30 cn1 do chão. Logo atr:ís da bola suspensa. arrun1c
os pinos de bol iche de forn1a agrupada no chão. Posicione o aluno a cerca de 3 rn de
distância da bola, voltado para os pinos.

Procedimentos
1. Posicione o aluno de frente par:.'I os pinos de bolichc, a 3 111 de distância.
2. Peça a ele para segurar a bola con1 arnbas as n1àos ou en1 seu colo.
3. Ao con1ando "Vai", o aluno deve soltar a bola. n1ovin1entando-a para a frente, para
tentar dl'.rrubar os pinos dl' bolichc.
Variações para tornar a atividade mais fácil
• Ajude o aluno usando a técnica de 111ão sobre a 1não.
• Use un1a bola niais leve ou n1aior.
• Coloque ruais pinos.
Variações para tornar a atividade mais complexa
• Posicione o aluno ern diferentes ângulos e111 relação aos pinos.
• Afaste os pinos uns dos outros de Í<>rma que o aluno tenha de 111irar a bola.
Atividades que envolvem coordeno~õo olhos-mãos e olhos-pés 81

Questões informais poro avaliação


• O aluno é capaz de ~oltar a bola e111 direção aos pinos de bolichc?
• O aluno é capa:t. <lc se coloc.:ar cn1 urna posição adc.:quada para derrubar o r11áxir110
de pinos possível?
'
Capítulo 4

Atividades de
movimentação espacial

As 12 atividades descritos neste capítulo abordam o movimentação


dentro de limites deterrninados de formo seguro, sem esbarrar uns nos
outros.Mui tos atividades que envolvern o movimentação espacial per-
mitem que o aluno se desloque livremente enquanto segue sinais es-
pecíficos ou orientações preposicionais (p. ex., pare, ande, por baixo,
em volta, para cima). Outros habilidades que podem ser identificados
dentro dessa categoria incluem perseguir, fugir e esquivar-se. Essas ha-
bilidades relacionados ao movimento muitos vezes são vistos em jogos
do tipo "pega-pega". em que a pessoa precisa ou pegar alguém ou evi-
tar ser pega por outro jogador.

83
84 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Pisoteando o plástico bolha

Conceito primário
J'v1ovin1cnração espacial.
Conceitos secundários
l\t!ovin1entação criativa; ritn10 e con1passo.
Objetivo da atividade
bstour-.u as bolhas do p];Ístico bolha pisotcaudo-o ou usando urna parte do corpo ~u­
gerida enquanto segue a batiru de unia 111úsica.
Equipamentos
Plástico bolha (con1 bolhas grandes funciona 111clhor) de aproxin1adan1entc 4,5 111;

u1úsica ou ta1nbor (algo que possa produzir rihno).


Preparação
Coloque o plástico no chão de t1111a grande área de jogos, livre de ob~táculos.

Procedimentos
1. Peça aos alunos p;tra ficarer11 tle pé na ponta tio plástico bolha (calçando sapato~ ou
não).
2. Explique o que significa se 111ovi1ne11tar aco111panhando a batida de unia rnúsica ou
tan1bor.
3. Ao seu sinal, oriente os alunos a pisotl'ar o plástico de acordo co111 o rit1110 da n1ú-
sica ou tan1bor.
4. Agora, desafie os alunos a usare1n diferentes partes do corpo para estourar o plástico.
Variações para tornar a atividade mais fácil
• Permita que os alunos passem sobre o pkísrico con1 cadeiras de rodas, andadores ou
111uletas.
• <:oloque o plástico sobre un1a niesa na frente do aluno e deixe ele usar as niâos para
estourar as bolhas.
• Preste al:cnção no nlovirncnto dos alunos ao estourare1n as bolhas con1 sucesso, e
não na 111ovin1entaçâo de acordo co111 o ritn10 da 111úsica ou tan1bor.

Variações para tornar a atividade mais complexa


• Au1nc11te a velocidade do ritn10 de 111odo que os alunos tcnhan1 de se n1ovi.t11entar
inais rapidan1ente.
• Elabore unia sequência (p. ex., pise co111 o pé direito, o pé esquerdo, a 1não direita
e depois a n1ào esquerda) .
Atividades de movimentaçõo espacial 85

Questões informais para avaliação


• O aluno é capaz de estourar as bolhas do plástico usando a parre do corpo sugerida?
• () aluno é capaz de estourar a~ bolhas ac.:on1pa1thando o rit1110 de unta n1ú~ica ou
ta1nbor?
86 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Cones malucos

Conceito primário
J'v1ovin1cnração espacial.
Conceitos secundários
Perseguir, fugir, esquivar-se: vias de circulação.

Objetivo da atividade
D errubar ou lcv:intar cones crouon1ctraudo o tcrnpo.

Equipamentos
Cone-; (cerca de 20 unid:ides); n1ac:irrões de piscin;i cortados ao n1eio.

Preparação
Oisponh:i os cones aleatoriarnence peda área do jogo. Corte os n iacarrões na ruetade.

Procedimentos
1. l'eça aos alunos para se alinh;irern de uni l;ido da área rle jogo (marque no chão o
local, se necessário). Dê a cada aluno un1a 111etade de n1acarrão de piscina.
2. Ao seu sinal, os alunos <levern corre r e derrubar todos os cones na área de jogo
usando seus 1nacarrõcs.
3. Quando todos os cones est1veren1 derrubados, os alunos correin de volta para a área
designada onde iniciaram o jogo. Isso conclui a prin1eira rodada.
4. Agora, no S('U sin:tl, os alunos rênt de corr('r (' levantar os cones. Quando todos os
cones estiveren1 de pé e os alunos de volta para a área onde co1neçara111 o jogo, a
rodada escá con1pleta.
5. Cronon1ctre o tcn1po dos alunos e repita a atividade para ver se eles t"Onscgut'n1
n1clhorar o ten1po.
Variações para tornar a atividade mais fáci l
• Use cones n1ajores ou coloque-os en1 cin1a de caixa_~ para que tique111 em w11 nível
111ais elevado.
• Use n1enos cones.
Variações para tornar a atividade mais complexo
• Use n1ais cones.
• Divida a turn1a cn1 duas ('quipcs e coloque 111arcaçõcs cn1 an1bas as extrenudades
da área de jogo. Espalhe os cones pela área de fornia aleatória, se11do n1etade deles
deitados e a outra rnetade de pé. Explique-lhes que urna equipe tern de derrub<ir
os cones e a outra ten1 de colocá-los e111 pé. Dê aos alunos aproxünadan1ente cinco
n1inutos para jogar. I:ntiio, ao seu sinal, oriente os alunos a voltarem para a :írea onde
i11iciara1n o jogo. Os alunos 111ais habilidosos de cada tin1e pode111 contar quantos
cones estão de pé e quantos estão caídos.
Atividades de movimentaçõo espacial 87

Questões informais para avaliação


• O aluno derrubou ou levantou os cones conforme especificado?
• O aluno se rnoveu espacialn1ence de for1na adequada se1n ir e1n direção aos den1ais
alunos?
88 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Enchendo o cesto

Conceito primário
J'v1ovin1cnração espacial.
Conceito secundário
Agarrar e soltar.

Objetivo da atividade
Mover-se cspaciahncntt: enquanto coleta objetos para colocar t:UI urna dett:rruinad:i
,
area.
Equipamentos
Novelos ou objetos leves e Geeis de abr:irrar (apro:\.':Í111adan1ente ?O unidades); cones
grandes, engradados plásticos ou caix:1s de papclão (algo que eleve o~ objctos ruais
prói.'i1110' do nível dos olhos); 2 bambolês.
Preparação
En1 un1a grande área de jogo, disponha os cone~ aleatori:1111ente. Coloque :10 n1t:nos
uni novelo cnt cada cone e u111 barnbolê c111 cada c.xtrcnlidadc da área de jogo.
Procedimentos
1. Ao eu sinal, oriente os alunos a se deslocare111 pela área de jogo e a pegare111 L1111
novelo.
2. Os alunos, então, lcvan1 o novelo até uni dos ba1nbolês e colocan1- no cn1 seu inte-
rior antes de retornar à área de jogo para pegar oucro novelo.
3. Os alunos deve111 pegar un1 novelo de cada vez.
4. A atividade estará cornpleta quando todos os novelos cstivcrcn1 nos ban1bolês.
Variações para tornar a atividade mais fácil
• Os alunos pode1n colocar os novelos e1n seus colos para ca rregá-los até os ban1bolês.
• Use objetos niaiores ou que seja111 nuis tãceis de st:guJ·ar.
• Use bola~ de velcro e- instrua os alunos a usarcu1 luvas de velcro para pegá-las.
Variações para tornar a atividade mais complexa
• Divida a rur1na e1n duas equ.ipes e oriente-as a coletar un1 objeto de un1a cor espe-
cífica para levar até o ban1bolê de sua equipe.Veja qual dela.~ consegue coletar codo~
os seus objetos 1nais rapidan1cntc.
• Coloque os novelos no chão.
• Incentive o~ ;iluno~ a se loco111overe111 pel;i ;Írea de jogo usando pranchas co111 ro-
dinhas.
Atividades de movimentaçõo espacial 89

Diversos objetos estão sendo utilizados paro tornar o tarefo mais interessante.

Questões informais para avaliação


• () aluno se n1ovin1entou espacialn1ente sen1 ir en1 di reção aos den1ais?
• O aluno colocou os novelos nos ba111bolês?
90 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Siga o mestre no circuito com obstáculos

Conceito primário
J'v1ovin1cnração espacial.
Conceitos secundários
Vias de circ ulação; conceitos preposicionais.

Objetivo da atividade
D c1no ustrar sua capacidade de u1ovir11cr1tação passando por unt percurso cout obstá-
culos enciuanto se con1po rt:ll con10 líder ou seguidor.
Equipamentos
Fita (caso a atividade seja feita e111 an1bicnte fechado); giz (caso a atividade sej~1 feira
:\o ar livre); aproxintadarneutc 10 coues, algu111 ruatcrial para dcn1arcação d:1 área e
obstáculos, os ciuais os alunos possarn se 1novin1e ntar por baixo, por cin1a, ao redor, por
denrro e assi1n por diante.
Preparação
Ern unia área grande de jogo, rnarquc linhas no chão con1 a fita adesiva (se cm au1-
biente fechado) ou giz. (se ao ar livre) para den1arcar via.~ ou, ~e você está u~ando un1
ginásio, use as linhas que de111arcan1 a quadra de basquete. Se você estive r ern un1 par-
quirtho, use rnarcaçõe~ do próprio an1biente::. (~oloque os cones forn1ando tuna Jiuha
reta, co1n 11n1a distância de aproxitnadan1cnt<.' 60 c1n <.'ntre eles. Faça as 111arcaçõcs no
chão de fonna aleatór ia.
Procedimentos
1. Organize os aluno~ c1n pares. Designe un1 aluno corno o 111cstrc e o outro con10 o
seguidor.
2. Pennita que os alunos use111 toda a área para jogar "siga o n1estre".
3. IJe111onstre aos alunos os tipos de 111ovin1entos que eles pode111 fazer ao longo do
percurso co1n obstáculos:
J andar en1 linha reta co1n an1bos os pés alinhados, utn pé na linha e o outro fora

dela, ou con1 as pernas abertas e an1bo~ os pés for.ida linha (os aluno~ e111 cadeiras
de rodas podca1 fazer a atividade co111 a roda direita ou a roda esquerda fora da
linha ou con1 an1bas as rocl1s fora dela);
... fazer zigue-zague e ntre os cones;
_, n1ovin1entar-se cn1 círculos e 111 torno da> dcn1arcações no chão; pular sobre el:is
(par:l alu nos en1 cadeiras de rodas, unia irnp ulsão mais intensa pode representar
u111 salro) .
4. 1ncentive os 111estres a seren1 criativos. Após aproxin1adan1ente 6 111inuros, alterne os
alunos para que o n1estrc passe a ser o seguidor e o seguidor seja o mestre.
Atividades de movimentação espacial 91

Variações para tornar a atividade mais fácil


• Oriente a turn1a a jogar co1no tu11 grupo, todos seguindo un1 só n1cstrc.
• lnsrrua os alunos a f;tlare1n para onde gostarian1 de se 1nover enquanto você os di-
reciona pela área de jogo.
• Us<.: mais cstín1ulos visuais ao longo do pc:rcurso, con10 objetos suspc:nsos, atividadt·s
de causa e cfeito (corno brinquedos do tipo liga/ desliga) e assirn por diante.

Variações para tornar a atividade mais complexa


• l:>eça aos alunos para variare111 a velocid.1de durance o percurso co111 obstáculos.
• Incentive os alunos a se locon1ovcrcn1 pl·lo circuito usando pra11chas con1 rodinhas.
• Crie niais obstáculos (p. ex., túneis, arcos etc.).

Questões informais para avaliação


• O aluno é capaz. de ~e 111ovin1entar pela área de jogo con1 ~egurança se111 colidir
co1n os outros?
• O seguidor é capaz de reproduzir o 1novi1nentos do líder?
92 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Pega-pega com macarrão

Conceito primário
J'v1ovin1cnração espacial.

Conceitos secundários
Perseguir, fug ir, esquivar-se: resistência cardiorrespiratória.

Objetivo da atividade
Dc1noustrar cooperação no jogo de pega-pega enquanto rnanipula urn u1acarrão de
. .
p1sc1na.

Equipamento
D ois 111acarrões de piscina cortados :io 111eio.

Preparação
Enconrrc unia área de jogo a111pla, plana e scn1 obstáculos. Corte os 111.acarrõcs de
.
p1sc1na ao n1e10.

Dica de segurança
Le1nbre aos alunos os 1neios apropriados de pegar os colegas. l\s in~truçõe~ pode111
incluir pegá-los ~01nente abaixo da linha da cintura usando un1 toque leve.

Procedimentos
1. Peça aos alunos para se e~palha re.111 pela área de jogo.
2. Escolha quatro alunos (dependendo do tan1anho da turn1a) para sere111 os " pega-
l i ores " .

3. Os de1nais alunos tentarão escapar dos pegadores ("fugitivos'').


4. l)ê a cada pe~dor u111 1nacarrào de piscina para 1narcar as pessoas pe~s .
5. Ao seu sinal, os al unos :;e n1ovirnentan1 pela área de jogo.
6. Alunos que são pcgos dcven1 ficar parados ("congelados") no local onde estão. até-
un1 outro pegador tocá- lo con1 u111 1naca rrão para "descongelá- lo".
7. Após aproxin1ada111ente 5 111inutos, escolha novos pegadores.
Variações para tornar a atividade mais fácil
• Ajude os pcgadon:s a se locornovercn1 pela área de jogo de forn1a que eles possam
focar e111 segurar o n1acarrão para tocar os de111ais.
• ()s al unos poden1 aruar tanto como " pegadores" con10 "fugitivos'', pegando o utros
alunos, assun como tentando evitar serem pcgos.
Atividades de movimentaçõo espacial 93

Variações para tornar a atividade mais complexa


• Instrua os alunos a jogarcn1 usando prancha com rodinhas.
• Incentive os alu110 a usare1n diversas habilidades locon1otoras enquanto se 1novi-
111enta111 pela área de jogo (p. ex., saltar, f,'<l lopar, deslizar, andar, pular).

Questões informais para avaliação


• O aluno é capaz de se n1ovil11cntar cspacialn1cntc de foru1a scgt1ra?
• O aluno perni.aneceu "congelado" no 1nes1no lugar quando tocado con1 o n1acar-
râo de piscina?
94 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Baquetas ritmadas e instrumentos musicais

Conceito primário
J'v1ovin1enração espacial.
Conceitos secundários
l\t!ovin1entação criativa; ritn10 e con1passo; conceitos preposicionais.
Objetivo da atividade
M::inipular baquetas ou instru1r11.:ruos 111usicais Jc: ãcordo conto ritnto ou a batid::i da
, '
111\IStCa .

Equipamentos
Baquetas (duas por alu no); insn·u111entos 111usicais (p. e x., ran1bor, 111aracas, sinos, ta111-
borins - uui por aluno); ruúsica apropri~\da e u1u aparelho de sou1.
• CD: Rall, F-lo<>p & Ri/lbo11 Aaivitir~.fi1rY01111,{/ Cfiildre11, da J{i1nbo F.ducationa l.
• CD: Kids i11 Jlcrio11, de Greg & Steve.
• CD: Rock 'lv''J<.. oll So11gs 'J'l1a1 ºJeach e Sifi anti Spfnsli, J aThe Learning Station.

Preparação
Não requer preparação especial.
Procedimentos
1. Peça aos alu nos para manipulare111 seus instru111entos 111usicais ou baterem suas ba-
quetas de acordo co111 o rinno da ruúsica, iulitando St'us rnovüncnros enquanto se
de loean1 espacial111ente.
2. Instrua os alunos a n1anipularen1 os instrun1enros ou baquetas para a esqu erda, di-
reita. acirna, abaixo, para a frente.' e para trás.
3. lncendve o~ alunos a 1nanipularen1 os instrunlentos ou baquetas ern con1passos
rápido. 1nédio e dev;igar.
4. Explique aos alunos para inic iar e parar o niovin1ento ao seu comando.

Variações para tornar a atividade mais fácil


• Use a técnica de rnão sobre a 1não (assistência fisica).
• l)eça ao aluno para segurar u 1na baqueta enqua nto você bate nela con1 outra ba-
queta.
• Use uma tira de velcro para prender o instrun1cnto do aJuno ao punho dele, de
fo1·nta que ele não necessite segurá- lo.
• (~ol oque o insrrun1ento e111 uma mesa en1 fi·ente ao aluno ou no colo dele (p. ex.,
t1n1 tan1bor).
• lncenüve os alunos a 1na1lipularen1 o instrt1111ento ou baqueta enquanto pern1ane-
ce1n parados.
Atividades de movimentaçõo espacial 95

Variações para tornar a atividade mais complexa


• lnccnrive o aluno a transnútir o ritmo do instru1nc11to ou baqueta para a classe.
• Peça aos aluno 01ais habilidosos para ajudareu1 os rnenos habilido·os (técnica de
111âo sobre a 111âo).
• Oriente-os a identificar os instrun1cntos pl·lo nornl' deles.
• Encoraje os alunos a ca ntare1n junto com a rníisic<l.
• Tncentive-os a criare111 unia dança ou u111a sequência de 1nov1111entos usando as
baquetas ou os in~trumentos.
• for1nc L1111a banda, posicionando os alunos cm fila e movi111entando-sc pela sala
tocando os instruu1eutos.
Questões informais para aval iação
• O :iluno é capaz de 1nanipul:1r o instrumento ou a~ baquetas no rin110 apropriado?
• O aluno está se rnovcndo espacialn1e11tc de forn1a segura, scn1 colidir co1n os co-
legas?
96 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Bastões com fitas e lenços

Conceito primário
J'v1ovin1cnração espacial.
Conceitos secundários
l\t!ovin1entação criativa; ritn10 e con1passo.
Objetivo da atividade
M::n1ipular u111 lenço uu bastão cu111 fi L:l. cuq uantu se 111ovir11cuta no ritlno uu na ba-
tid.1 da 1ní1sica.
Equipamentos
Lenços ou bastões con1 fitas (de gi11{1stica arástica, un1 ou dois por aluno); n1úsica e
~lp;trclho de sou1.
• Para produ7.ir b~scões co111 fitas ca~eiros, prenda fitas 011 eiras de tecido en1 unia
argola ou bastão.
• CV: Hall, Hoop & Ribbo11 Acti11ilü:s.forY01111g (,'hiltir1111, da Kii11b<1 l::ºd11fali<111al.
• CD: Kids i11 Actir11, de Crcg & Stcvc.
• CD: Rvck 'l\i'R.oll 51111,~s Tf1at Teac/1 e Sift a11tf Splasli, da The Learning Stacion.
Preparação
ErH:ontre tuna área grande <le atividades, livre <lL· ob~tácu.los.

Procedimentos
1. Peça aos alunos para co1neçaren1 con1 un1 lenço ou uni basriio corn fita (dois se os
alunos foren1 nuis ava11çados).
2. Oriente o~ alunos a iuútarcn1 várias 111aueiras de n1ovitncnt<ir o lenço ou o bastão
con1 fira:
.i círculos g randes:
.J para cin1a, para baixo;
.. para a esquerda, para a direita;
J na frente e atrãs do corpo;
.i rápido ou devagar;
.J jogue para cüna e pegue (o lenço);

J jogue para citrta, bata paltna e pegue (o lenço);


.i jogue para cin1a, gire o corpo lHna vez e pegue (o lenço).

3. C:oJoque U013 111ÚSiCa para tocar e incentive OS alunos a ITIOVt:ren1 St: U!i lenços OU
bastões corn fitas no ritn10 dela.
4. Incentive os alunos a seren1 criativos na 111ovin1entação de seus lenços ou bastões
con1 fitas no ria110 da 111úsica.
Atividades de movimentaçõo espacial 97

Variações para tornar a atividade mais fácil


• Use a técnica de mão sobre a n1ão.
• Ainarre o lenço ou a fica a un1 bracelete e o coloque no pun110 do aluno.
• Oriente o aluno a 1nanipular o lenço ou a fita enquanto fica de pé parado ou
111antc'.:1n-sc sentado.
Variações para tornar a atividade mais complexa
• Peça aos alunos para passaren1 os le11ços ou bastões con1 fitas para os colegas.
• Jnstrua un1 aluno a liderar a niovin1e11L1çào e peça ao restante da cunna para in1itar
esse aluno.
• Incentive os :ilu nos a elabor:irern sequências corn doi , lrês ou quatro n1ovin1cntos.
Questões informais para avaliação
• Ü aluno é capaz de 111;t11Ípular O len~·o OU O oascâo COlll fita llO ritl110 da 111Úsica?
• O aluno se 111ovin1entou espacialrncntc con1 segurança, scn1 colidir con1 os colegas?
98 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Roubar o frango

Conceito primário
J'v1ovin1cnração espacial.
Conceitos secundários
Perseguir, fugir, esquivar-se: resistência cardiorrespiratória.
Objetivo da atividade
Loco1rtover-se espacialrnente para recolher utn objeto antes de seu parceiro e dcpoi~
rerornar para 111na área designada sen1 ser pego.

Equipamentos
Frango de borracha ou algi1111 objeto pequeno e leve que os alunos possan1 segt1rar;
u1aterial par:a dcn1arcação de local.
Preparação
Faça duas den1arcações a aproxin1adarnente 6 111 de distância. No centro de cada de-
111arcaçiio, coloque un1 frango. Se o aluno estiver e111 un1a cade::ira de rodas ou niio
conseguir se curvar para pegá-lo, coloqul~-o sobre tu.na n1csa, un1a cai_xa ou un1 eonc
para e levar o objeto a uni nível que o aluno possa alcançá-lo.

Dica de segurança
T.embre aos <llunoo; as n1aneií.ls apropriad;is de pegar o~ colega~. As instruçõe~ po-
den1 incluir pegar son1ente abaixo da linha da c inrura, usando u111 toque leve.

Procedimentos
1. Peça aos alllnos para ficarern frente a frente nas rnarcações.
2. Ao seu sinal, os aJunos corren1 até o frango na área do outro aluno o 1nais rápido
possíve::l. () pri111eiro 4ue chegar ao fi-:tngo, pega-o e corre de volta para sua área
rapida1ncntc.
3. O aluno que não pegou o frango prirneiro tenta pegar o adversário que ten1 o fran-
go antes que este che::gue à área designada. Se o aluno é pego pelo ~eu adversário
antes de chegar à área designada, eles repetem a acividade.
Variações para tornar a atividade mais fácil
• Posicione o frango no nível dos olhos dos alunos (sobre urna 111esa ou outra super-
ficie ele::vada).
• .En1 vez de ter um aluno pegando o frango. oriente-o a tocar o fi:ango, apertar un1
botão que acenda uu1a luz, virar unia carta ou realizar qualquer outra ação ·i111ilar.
Atividades de movimentaçõo espacial 99

• Ajude o~ alunos dur.1ntc a atividatk: até que eles cntenda1n o co11<.:cito.


• Designe qucn1 vai ficar con1 o frango e quern vai tentar pegar o aluno adversário
antes do sinal de partida. Instrua o pegador a u-;ar uni 1nacarrão de piscina para tocar
o alu no coni o frango. Isso dá a ele grande vant.1gcn1 para tocar o advcrs:írio, por
auu1entar seu alcance.
• Incentive os alunos a jogaren1 inciiviciualn1ente e 1narque seus te1npo~ usando u111
crouôn1e tro. Encoraje-os a 111elhoraren1 seus te111pos.

Variações para tornar a atividade mais complexa


• lncenrive os alunos a usaren1 diferentes habilidades rnocoras enquanto se n1ovi-
menca111 en1 direção ao frango (p. ex., and,1r con10 caranguejo, ra~cejar, engatinhar,
galopar, salátar).
• Designe uni aluno que iniciará o jogo. Esse alt11to reali:Ga t1111 gesto coru a u1ão ou
fica e111 unia postura (p. ex., a1nbas as 111àos aci 111a da cabeça. u1na das 111ãos cocando
a orelha). O outro aluno deve i1nitar o gesto ou a postura. U1na vez que ;unbos os
alunos estejan1 realizando o gesto ou postura, t:lt:s podem iniciar a atividade (ou ~t:ja,
correr até o fungo).
Questões informais poro avaliação
• O al uno é capaz de se 1novin1e11tar na direção apropriada canto quando está indo
buscar o frango como q uando está tt:ntando pegar o aluno 4ut: tc1T1 o fr:1ngo:
• O aluno é capaz de pegar o frango e carregá-lo apropriadan1cntc?
100 Atividades físicas para jovens com deficiências graves

Pare e siga!

Conceito primário
J'v1ovin1enração espacial.
Conceitos secundários
l'~ esistênc ia cardio rrespiratória; conceicos preposicionais.

Objetivo da atividade
Entender os conceitos ele.: plrc.: e siga enqu:iuto se.: 1novitnenttl cspac:ialutcntc.:.
Equipamento
Sinal de pare e siga {sinal verde/vern1elho, n1úsica ou instrun1enro).

Preparação
Pro<.:ure uni espaço v;tzio e <lelirnita<lo, sern obstác.:ulos.

Procedimentos
1. Oriente os alunos a enconn<1ren1 un1 espaço de forn1a q11e eles possa tn ficar en1 pé
se111 tocar ourro aluno.
2. Ao seu <.:ornando, os alunos <levern se 111ovin1e11tar t:spacialn1e11te, sern colidir corn
os colegas, quando vcre1n un1 sinal verde e parar quando ver~'l1l t1111 sinal vcrrnclho.
Se você estiver usa ndo 1núsica, eles cêrn de se 111ovi111entar quando a ouvire111 e parar
quando i::la parar.
3. Os alunos não prccisa111 se n1ovi111cnt:ir e111 linha reta como no jogo tradicional de
luz verde e luz ver1nelha. Perrnica-os circular por codo o espaço designado.
Variações para tornar a atividade mais fócil
• Se você estiver guiando un1 ;duno. peça a ele para determinar quando parar e quan-
do seguir (p. ex.. erguendo um carrão ver111elho para parar e u111 verde para seguir.
apertando urn botão u1ua vez para par:tr e duas vezes para seguir. verbalizando
"pare" ou "siga") .
• E1n vez de n1ovit11entar o corpo dos alunos. pernúta que eles movin1cntcm sozi-
nhos urna parte do corpo, corno a 111ão ou a cabeça, enquanto seguen1 os sinais de
pare" e "siga".

Variações para tornar a atividade mais complexa


• Peça aos ah1nos para se deslocarc1n pelo espaço usando pranchas co111 rodinhas.
• Oriente os alunos a 1tlanipulare1n un1 objeto (p. ex., quicar unia bola, jogar un1 sa-
quinho de feijão para o alto e pegá-lo) e nquanto segue111 os ~i na i s de "pare" e "siga ...
• Coloqut> obstác ulos na área de jogo.
Atividades de movimentação espacial 101

,
Go

Questões informais para avaliação


• O aluno drn1onstra n1oviinrntação adequada aos sii1ais "pare" e "siga"?
• O aluno é capaz de se loco111over espacialtnente sen1 colidir co1n os colegas?
102 Atividades físicas para jovens com deficiências graves

Pegue a cauda

Conceito primário
J'v1ovin1cnração espacial.
Conceitos secundários
Perseguir, fugir, esquivar-se: resistência cardiorrespirarória.
Objetivo da atividade
Puxar a cauda Je outro aluno enquanto se ruovunenta cspaciilinentt:.

Equipamento
Meias longas (que vão :ité o joelho), fita ou cordão (uni por aluno).

Preparação
Encontre un1a área graJ1<lt: <lt: jogo, livre dt: obstáculos.

Procedimentos
1. Peça ao alunos pa~prendere1n suas "caudas" nas calças, deixando a 1naior parre
exposra. Alunos e1n cadeiras de rodas deven1 fiÀ-ar as caudas atrás da cadeira.
2. Orit:nte-os a se rnovimcntarern espaciahnente, tentando agarrar a cauda de uni
colega.
3. U 1na vez que o aluno puxar a c;:iuda do colega, ele a devolve para esse aluno. que o
coloca de volta nas suas calças, e o jogo continua.

Variações para tornar a atividade mais fácil


• l)ê caudas son1cntc para u1n ou dois alunos e instrua o restante da curn1a a tentar
puxar as caudas desses alunos.
• Ajude-os a se n1ovin1entar pt!la área de jogo.
• Auxilie- os a prcndt'rcn1 as caudas.
Variações para tornar a atividade mais complexa
• Incentive os alunos a se n1ovi1nenrar usando várias habilidades locon1otoras.
• 1nstrua os alunos a usare111 habilidadt's de escapar, con10 girar e 111u<lar rapidan1e11te
de direção. para evitar tcrc1n suas caudas pegas.
Questões informais para avaliação
• O aluno é capaz de se 111ovin1entar pela área de jogo co111 segurança sen1 colidir
con1 os colegas?
• O aluno é capaz de pu~ar a caud:i do colega de forn1a adequada?
Atividades de movimentação espacial 103

I
II
I
104 Atividades físicas para jovens com deficiências graves

Basquete em equipe

Conceito primário
J'v1ovin1cnração espacial.
Conceitos secundários
Passar a bola, trabalho en1 equipe; resi5tência cardiorrespiratória.

Objetivo da atividade
Passar a boi;\ entre Lodos 0$ i11tcgrantL:S da ..:l1uipl: autes de sollá-1;1 dl:ntro do local
designado para pontuar.
Equipamentos
Bola de basquete ou outra bola sen1elhante; 2 ban1bolês ou Cl~stos; cones para den1arcar
os wnitcs (se necessário).

Preparação
Encontre urna áre;i de jogo grande e livre de obstáculos, sin1ilar a unia quadra de bas-
quete. As din1ensôes poden1 vari:ir de acordo con1 as habilidades e necessidades dos
alunos. Coloque un1 b:uubolê- ou cesto e1n cada pont.'\ da área de jogo.
Procedimentos
1. Divida os alunos ern duas equipes.
2. Explique aos alunos en1 qual cesto c:les deven1 tentar n1arcar pontos.
3. Os alunos dcvc1n passar a bola entre todos os jogadorl'S do seu tii11c antes de soltá-la
dentro do cesto para pontuar.
4. Se a bola é to111ada pela equipe adversária e depois recuperada, esta equipe deve
üúciar a sequência de passc:s 11ovau1c11tc:.
Variações para tornar a atividade mais fácil
• lncenóve todos os parricipantes a craball1are1n juntos corno uni só rin1e para pon-
tuar.
• Use urna bc:xiga ou bola n1ais leve.
• Use urna bola rnenor par.i f;1cilitar a preen ão.
• Pern1ita que os alunos e 1npurrcrn a bola par;i o colo de uni colega.
• Perntita que, quando a bola tocar un1 colega, isso conte con10 urn passe.
• .Estabclcç:i uma área de jogo menor.

Variações para tornar a atividade mais complexa


• J:>osicione <> cesro en1 u111 nível rn;iis ;i lto.
• Use regras n1ais tradicionais de basquete.
• Peçn aos alunos para fularl:n1 o r1orr1c da pessoa para qucn1 eles estão passando a bola.
Atividades de movimentação espacial 105

Nesta variação, os alunos devem passar o bolo antes do arremesso.

Questões informais para avaliação


• () aluno é capaz. de passar a bola para o utra pessoa do seu rin1e?
• O aluno é capaz de colocar a bola no resto no n1on1cnto apropriado?
106 Atividades físicas para jovens com deficiências graves

Tráfego

Conceito primário
J'v1ovin1cnração espacial.
Conceitos secundários
l'~ esistênc ia cardio rrespiratória; conceicos de 111ovin1entação.

Objetivo da atividade
Movi.tnentar-se espacialrnente enquanto segue pistas para se deslocar de utarh.:ir.1 rápi-
da, n1édia, devagar e parar.
Equipamentos
Sinais visuajs g randes para " rápido". ''n1édio ","devagar" e ''pare" , 111úsica ou un1 ins-
lrurncnto rnusical (t:unbor) coru batid~\s rápida, inédi:l e lenta.
Preparação
En con rre tnna área de jogo g rande, se111 obstáculos.

Procedimentos
1. Asscgttre- se <le que o~ alunos entendern os conceitos de "rápido" , "rnédio", .. deva-
gar" e "pare".
2. Explique o sinal que representa cada u111 desses conceitos, ou con10 o rirn10 da
n1úsica representa cada conceito.
3. Ao seu sinal, peça aos alunos para se n1ovin1entarern espacialmcntc se1n colidircn1
entre si, seguindo os con1andos ("rápido", "1nédio", "devagar" e "pare").
Variações para tornar a atividade mais fócil
• Use so111ente pi~tas verbais e visuais.
• Use sou1cntc os comandos " p::irc" e "sig::i ·'.
Variações para tornar a atividade mais complexa
• Use 1nais tipos de co111andos de tráfego.
• Peça a u111 aluno para dizer os con1andos.
• lnstru::i os alu nos a se n1ovirncntarcm usando pranch::is com rodinhas.
• l ncenrive os alunos a se 1novin1entaren1 espacialn1ente usando 1novunentos especí-
ficos (p. ex., pular, galopar, saJtirar).

Questões informais para aval iação


• O ::iluno é cap::iz de se 1novimcntar cspaciaJ111cntc com scguranç;1 scrrt colidir con1
os colegas?
• () aluno é capaz de den1onstrar ente11din1ento dos conceitos de "rápido'', " 111~dio ",
" devagar" e "pare" apropriadan1cntc?
Atividades de movimentação espacial 107
Apêndice

Pesquisa baseada
em evidência

Arividades.fisia1.ç pt1ra Jovens ru111 df!fidê11ri,1s J!fave.< é baseado e1n 1nais de 30 anos de
experiência e n1 en~ino e trabalho com pessoas co111 defici ências graves, bem con10 en1
lJ111a revisão das pcsqt1isas baseadas cn1 evidências. A atividade fuica é importante para
a população ern geral. inclu indo indivíduos co111 deficiências. Ao praticar atividades
tisicas regular111ente, pesso;is co1n deficiências pode111 111elhorar sua qu~l i dade de vida
apri111orando a habilidade de realizar atividades relacionadas à vida diária (Can1pbcll
& Jones, 1994; Dan1iano & Abel, 1998; Danuano,Vaughan & Abel, 1995; Dodd,'laylor
& Grahan1, 2003; McBurney ec ai., 2003; Schlough ec ai., 2005). Legislações con10 a
Individuals vvith Disabilities Education In1proven1ent (C:ongresso dos Estados Unidos.
2004) e organitaçõcs govcrnarncntai con10 a Unitcd Si.;11..cs ü cpartn1ent of l lcalth
and Hu111an Services (USDHHS, 2000). a Org<inizaçào l\~u ndial de Saúde (OMS,
?O 1O) e o Centers for l)isease Control and Prevention (C l)C, ?01 O) orientan1 tanto
políticas quanto pr:íticas para rnclliorar os níveis de ativid:lde 6sica en1 pt>ssoas con1
deficiências.
Pmg r:unas de intervenção de exercícios
são Lu11 n1odo eficaz de avaliar e 111eU1orar os Cerca de 10% da população
quatro cou1poncntcs principais da saúde glo- mundial, ou 650 milhões de
bal de pessoas co111 deficiência: força 1n11sc11 lar, pessoas, vivem com deficiên-
resistê ncia cardiorrespirarória, flexibilidade e cias (OMS, 2010). ,
bcn1-cstar psicológico (ü arniano, Vaughan &
Abel, L995:Dodd,Taylor e Grahan1, 2003; M c-
ílurney et al., 2003; Schlough et ai., 2003). Pesquisas cên1 enfocado ranto progra1n as de
exercícios de longo prazo (25 sen1anas de duração) quanto de curto prazo (n1enos de 1
se111ana) para pi:ssoas cou1 deficiência (Da1niano, Vaughan & Abel, 1995; Dodd,1àylor &:
Grahatn, 2003; l'vtcBurney er. ai., 2003; Schlough et al., 2005). N a realidade, McBurney
e t aL (2003) perceber.1111 u 1n au1n e nto sign ificativo na força n1uscuJar dos n1e n1bros

109
110 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

infêrion.'~ t:ntn.: participantes de uru progra ma de exercícios de 6 ~crnanas de duração,


concebido pa ra 1nens11rar força 1nuscular en1 adolescentes con1 paralisia cerebral. F.sses
achados são consistentes con1 o utros progran1as de exercício que ta1nbén1 indican1 os
bene6cios de w·n progr.irna de treino <le fortale1..in1ento 111tL~cular para crianças corn
paralisia cerebral (Danúano & Abel, 1998; Dodd, Taylor & Cral1am, 2003) .
M elho rar a resistência cardio rrespiratória pern1ite que pessoas con1 deficiência
supran1 as den1andas associadas ;}s atividades da vida di:íria con1 n1aior f.-icilidade (l)a-
núano, Vaughan & Abel, 1995; Santiago, Coyle & Kinney, 1993; Schlough et al., 2005;
Shinohara et ai., 2002). f.111 uni escudo reali 7ado en1 2002, Shinohara ec ai., de1nonstra-
ran1 que exercícios usa ndo os 1ne1nbros infe-
riores melhoran1 a resistência de crianças corn
Crianças e adolescentes de- paralisia cerebral .
vem realizar 60 minutos ou A flexibilidade pode rnelho rar a inde-
mais de atividade física dia ria- ' pendência do indivíduo por to rnar rnais f;íceis
mente (CDC, 2010). diversas tarefas da vida diária, corno to111ar ba-
\
nho, vestir-se e realizar tarefas do1nésticas. Pro-
gran1as de exercício que incorporarn o treino
de flexibilidade rcsultatn cm tnclhora significativa na an1plitu<le de n1ovin1<:11to de
pessoas co1n deficiências físicas graves que tenden1 a Ler tanto concraturas quanto cs-
pasticidade envolvendo articulações e n1úsculos (Fragala, Goodgold & fJu111as. 2003;
íVlc Pherson et ai., 1984; l~ichard~, t\/\alouin & Dun1as, 1991; Treinblay et ai., 1990).
Essas condições afer.an1 a rnovimentaçào global e podc111 tini.irar a amplitude de r110-
vi1nenco. Quanto a opções terapêuricas, procedi.n1entos tanto invasivos (ortetização
e cirurgias) quanto não invasivo~ pode111 ser in1ple111e11tados. Alongan1ento n1uscular
passivo e exercícios fisicos são técnicas não invasivas que podc111 reduz.ir a cspasticidadc
u1uscular e contracuras, o q ue levará, enl.ão. à possibilidade de 1nell1ora na a1nplicude
de 111ovi111ento. N o estudo de Tren1blav, ec ai.
----- .. ( 1990), 111udanças significativas for.1111 encon-
tradas na c~pasticid:idc de rnúsculos específi-
Em 2007 (CDC), 65º/o dos jo-
vens no ensino médio não re- ' cos que fora111. subn1etidos a alongau1entos
alizam a quantidade recomen- ' n1uscula1·es prolongados. Esse estudo 111ediu a~
111udanças a curto prazo de 12 cria11ças co111
dado de atividade físico; 35%
paralisia cerebral desiguad,ls a urn grupo ex-
deles assistem à televisão por
perirnent;i l e rhegou-~e à conclus~o que o
3 horas ou mais durante um
alongan1cnto n1uscular prolongado reduz a
dia letivo normal.
cspasticidadc, itl~·1n <le ter sido dernonstr.1<lu
- ---- --r- - - - -- ------·- • tan\bérn u1n autnenco na anlplitude de 1novi-
111ento dessas crianças con1 paralisia cerebral.
A atividade 6sica não somente 111elhora o~ níveis globais de condicionan1ento
físico para a independência e fi1ncionalidadc, cou10 ta111bén1 proporciona benefícios
p~icológicos e n1 indivíduos co111 deficiências fisica~ graves {11linde & McClung, 1997;
Can1pbell & Jones, 1994; c;iacobbi ct al., 2006). Tais beneficios incluen1 un1 aun1ento
Api!ndice 111

na energia, uni senso <le Íl·licidade pcs~oa1, confiança, n.:spon~abilidadc pessoal, 111clho-
ra na anropercepção, na al1toesrirna e en1 u1na 1naior disposição para inreragir co111 as
pessoas en1 geral.
A cornbinaç:io dos beneficios fisiológicos e psicológicos da realização de exercí-
cios é excelente para o incren1cnco da qualidade de 'dda do indivíduo (Schlough er ai..
2005). O aurnento no rernpo dedicado ao exercício pode 111elhorar a funcionalidade
en1 tarefàs do dia a dia, assin1 con10 o ben1-estar pessoal e social das pessoas con1 defi-
ciências 6sicas (Scarnan, Corbin & l\1ngrazi, 1999). Por fin1, os progr3rnas de cxcrcício
são 111ai' efica7.e~ qu<indo realizados regularn1enre co111 o 1níni1110 de interrupções ern
sua condução (Dodd, Taylor & Graha111, 2003; M cl3urney er ai., 2003; Schlough et ai.,
2005; Shinohara ct ai. , 2002).
Recursos

Nesca seção, você encontrará fontes adicionais que pode1n ajudar no trabalho
con1 pessoas corn deficiência e na aplicação das atividades propostas neste livro. É
possível encontrar sites da internet, Livros e outros 1nateriais que 1:.om1bé1n auxiliarr1 nas
atividades educativas e no traball10 con1 indivíduos co111 deficiência no contexto da>
atividades físicas.

Sites

Atnerican Alliance for Health, Physical E ducation, Recreation and Dance


(AAHPERD)
\V'-V\v.aahperd.<) rg
Esta é a n1aior organizaçâo nacional de profissionais que apoiam e auxiliarn pessoas en-
volvidas 11a pro111oção da sa úde, educação fisica, lazer, condicionau1ento fisico e dança.

Hu1nan Kin.etics
\V"v \V, Hu n 1anl<.i11ctics.cou1

F.sca é unia das 1naiores editoras de textos sobre acividad(: tisica e livros de referência
para educação fisica tanto tradicional quanto adaptada.

Nacional Association for Sport and Physical Education (NASPE)


\Vw,v.a,1hperd.org/ naspe
Esta associação sen1 fins lucr.1tivos estabelece
,
padrões para a prática de esportes e edu-
cação fisica c1n Lodos os níveis escolares. ..E uni.a das cinco associações nacionais que
co111põen1 a An1erican Alliance for He;ilrh , Physical F.ducation, R ecreation and Dance,
conhecida con10 AA Hl">EH.. D.

112
Recursos 113

National Disse1nination C enter for Children with Disabilities (NICHCY)


\VW\V. nichcy.org

Esre site é uni recurso para educadores, fa1niliares, pesquisadores e alunos. Ele conrén1
intorn1acões sobre crianças e adolescentes desde o nasci1nento até os 22 anos de idade.
'
Os tópicos i11clucn1 inforn1açõcs sobre deficiências, serviços de inrervençào precoce,
serviços de educação especial, pesquisas sobre a eficácia de prácica~ educacionais, in-
fêJr1naçôes sobre o processo dos progran1as de educação individualizada, organiz.1ções
de deficientes, direitos L:d ucacionais e legislação, associações profis.~ionais c transição
para a vida adulta.

PE C entral
\V\V\V.pcccntral.org
Este site fornece recursos na internet para professores e educadores e1n saúde e edu-
cação fisica de todas as séries escolares. 1)isponibiliza as info rn1ações 111ais atualiz:1das
sobre ideias de lições, avaliações, estratégias de gestão de classe, en1prcgos na área, equi-
pa1nentos e as n1elhores práricas e1n educação tisica.

Música
Grcg &: Stcvc
\\l\V\V.grcgandsccve.con1
Greg & Steve forn1a111 unia dupla que se especializou e111 inúsicas para cria nças de 3 a
9 anos de idade.A 1núsica de (;reg & Sreve é interativa e auxilia no ensino de conceitos
básicos para crianças nessa fai.xa etária. A seguir, há un1a lista de C Ds gravados por eles.
Esces álbuns enfoca1n n1ovi.Inento e exercício.
Slinke, Rnrtle & R<)fk
ReadJ~ .. Set ... :\!!OVE!
l :,,,, nnd Gan1i:s
Kids in :\ fc)ficn1
1

Kids i11 A ction

The Lear1ung Station


http:/ / store.le;irning~t;i r1on 111u!'ic.con1
A Lt"arning Sration é forn1ada po r un1 grupo de artistas que se cspecializaran1 c n1
descnvolvi111ctlto e educação na prur1cira iuffincia. Ela produziu ccutcnas de nu'.1sic;h
interativas para 111elhorar o aprendizado de crianças pelos Estados Unidos. A seguir,
há u1na lista de CDs gravados pela co111panhia. Estes álbuns en focan1 111ovin1ento e
' .
exercu..:10.
S{ft a11d Splash
Scnso11'1I So11Rs i11 J\ifc>tiot1
Brt1i11 Boo,eie Boosrers
114 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

Rutk '11 'Rol/ .So11gs 'J'lrnl 'Ji:11cl1


Ph)ISÍ(fl/Ed
Get F11nky
Yu11 c:a11 Da11ce
Tony Cltesr1111r

Equipamentos adaptados

FlagHouse
\VW\V. flaghouse.c:or11

Flagl Iousc é u1n fornecedor de cquipan1cntos e recursos para educação fisica, csporrcs,
condiciona1nento fisico e recreação, alén1 de equipa111entos para saúde, necessidades
especiais, educação especial, integraç;lo sensorial e an1bientes n1u lti~sensoriais.
Especialidade Escolar: "Abilitations"
\V\V\v.abilirations.co1n
Esra organização enfoca n1ovi111enraçào, posicionan1enro, advidades sensório-n1otoras,
educação, con1unicaçào, l'~~ercícios e jogos.
S&S
http:/ / pe.SS\v\V.C0111
S&S é unia superloja de descon tos de produtos de educação fisica.
Gopher
\V'.V\v.gophersport.con1
A (~opher oferece equipan1entos da nielhor qualidade para educação tisica, atlerisn10,
condicionan1cnto físico, recreação e profissionais da saúde.

Livros-texto

[ ... J

,:~eferências bibliográficas

Blinde, E.M., & McCluog, L.R. (1997). Enhancing the physical and social self through
recreational activity: Accounts ofindividuals with pbysical disabilities. Adapted Physi-
cal Activity Quarterly. 14, 327-344.
Bro\m, L., Branston, M.B., Hamre-Nietupski, S., Pumpian, I., Certo, N., & GruenewaJd,
L. (2001). A slrategy for developing chronological-age-appropriate and functional cur-
ricular content for severely handicapped adolescents and young adults. The foucnal o/
Special Educl1tion, 13 (1), 82-90.
Campbell, E., & Jones, G. (1994 ). Psychological waU-being in "vhaelcbair sport participants
and nonparticipants. Adapted Physical Activity Quruterly, 11, 404-415.
Centers for Disease Control and Pravention (CDC). (2010). Physical activity guidelines.
\V\ovw.cdc.gov/physicalactivity/evcryone/guidelines/adults.html.
Centars for Oisease Contrai and Prevention (CDC). (2007). Proventing chronic diseases:
lnvesting ivisely in health. www.cdc.gov/nccdphp/publications/factsheets/Prevenlion/
pdf/obesity.pdf.
Damiano, D.L., & Abel, M.F. (1998). Functional outcomes of strength traioing in spastic
carebra 1 palsy. Archives o/ Physical and Medical Reltabilitalion, 79, 119-125.
Damiano, O.L., Vaughan, C.L., & Abel, M.F. (1995). Muscle response to heavy rosistance
exercise in chlldren \vith spastic cerebral palsy. Developmental Medicine 6' Chi/d
Neurology, 37, 731-739.
DePauw, K.P. (1996). Students wilh disabililies in physical education. ln S.J. Silvarman &
C.D. Ennis (Eds.), Student learning in physical education: Applying research to enltance
instruction (pp. 101·124). Champaign, lL: Human Kinetics.
Dodd. K.J., Taylor. N.F.. & Graham, K.H. (2003). A randomized clinica] triai of strength
training in young people wilh cerebral palsy. Developmenta/ Medicine fr Chi/d 1'Jeurol-
ogy, 45, 652-657.
Fragala, M.A., Goodgold, S., & Dumas, H.M. (2003). Effects of lower extremity passive
stretching: Pilot study of childran and youth \vith severa limitations in self-mobility.
Pediatric Physica/ Therapy. 15 (3). 167-175.
Giacobbi. P.R. Jr., Hardin, B., Frye, N.. Hausenblas, H.A., Sears, S., & StegeHn, A. (2006).
A multi-levei exnmination ofpersonality, exercise, and daily life avants for individuais
with physical disabilitias. Adapted Physical Activity Quarterly, 23, 129-147.
Kasser, S.L.. & Lytle, R.K. (2005). Inclusive physical activity: A lifetime o/ opportunilies.
Champaign, fL: Human Kinellcs.
Kauffn1an, J.M., & Krousa, J. (1981). Tbe cult of educability: Saarchlng for lhe substance
of things hopcd for; lhe evidence of things not seen. Analysis and lntervenüon in Deve/-
opmental Disabilities, 1, 53-60.
Klainert, H.L., & Kearns, J.F. (1999). A validation study ofthe performance indicators and
leamer outcomes ofKentucky's alternativa assessment for studants with significant dis-
abilities. fournal of the Association for Pecsons 1vith Severe Handicaps, 24 (2), 100· 110.
McBurnay, H., Taylor, N.F., Oodd, K.J., & Graham, K.H. (2003). A qualitativa analysis of
the benefits of strength training for you ng people with cerebral palsy. Develop1nental
Medicine fr Chi/d Neurology, 45, 658-663.

115
116 Atividades ffsicas para jovens com deficiências graves

McPherson. J.J .. Arends. T.G.. Michaels. M.J.. & Trettin, K. (1984). The range of motion of
long knee contractures of four spastic cerebral palsied children: A pilot study. Physical
l!r Occupationol Theropy in Pediatrics, 4 (1), 17-34.
Meyer, L.H., Eichinger, J.. & Park-Lee, S. (1987). A validation of program qua]ity indicators
in educational services for students with severe disabilities. fournal of the Associatioh
for Persons ~vith Severe Handicaps, 12 (4), 251-263.
National Association for Sport and Physical Education (NASPE). (2004). Moving into the
future: National standards for physical education (2nd ed.). Reston. VA: McGra\v-Hill.
Richards, C.L., Malouin, F., & Dumas, F. (1991). Effects of a si ngle session of prolonged
planter flexor stretch on muscle activations during gail in spastic cerebral paJsy. Scan-
dJnavian fournal of Rehabilitation Medicine, 23, 103-111.
Santiago, M.C., Coyle, C.P., & Kinney, W.B. (1993). Aerobic exercise effects on individu-
ais wilh physical disabilities. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, 74.
1192-1197.
Schlough. K.. Nawoczenski, D., Case, L.E, Nolan, K., & Wíggleworlh. J.K. (2005). The
effects of aerobic exercíse on endurance, strenglh. function. and self-perception in
adolescents wilh spastic cerebral palsy: A report of lhree case s tudies. Pediatric Physi-
cal Theropy. 7 (4), 234-250.
Seaman, J.A.. Corbin, C., & Pangrazi, B. (1999). Physical activity and fitness for persons
wíth disabilities. President's Council on Physical Pitness and Sports: Research Digest,
3 (5). 2-9.
Shínohara. T., Suzuk.i, N .. Oba, M., K8\'V&s umi , M., Kimízuka, M.. & Mita, K. (2002).
Effec ts of exercise at lhe AT point for children ~rith cerebral palsy. Hospital for foint
Diseases, 61 (1 & 2). 63-67.
Tre1nblay, F., Malouín, F., Richards, C.L., & Dumas, F. (1990). Effects ofprolonged muscle
stretch on reflex and voluntary muscle activations in children with spastic cerebral
palsy. Scandinavian fourna1 of Rehabilitation Medicine, 22, 171-180.
United States Congress. (2004). P.L. 108-446 Individuais wilh Disabilities Education
lmprovement Act.
Uni ted States Department of Health and Human Services (USDHHS). (2000). Healthy
people 2010. Rockville, MD: Office of Disease Prevention and Health Promotion.
Wolcry, M., & Schuster, J.W. (1997). lnstructional methods with students who have sig-
nificant disabi.l ities. The foumal o/ Speciol Educotion, 31 (1), 61-79.
World Health Organization (WHO). (2010). Disability and rehabilitotion. wv.rw.who.int/
disabilities/en/.
..lndice por atividade

Nome do Conceito(s) Conccito(s) Equipomento(s) Pógina


atividade primório(s) secundório(s)
Acerte o loto Coordenação olho- Arremesso, fazer Saquinhos de 64
-mão rolar, 111iro, forço, feijão," lo~os ou
.-
precisao garrafas vazias
Aeróbico com Equilíbrio e flexibilidade Força m uscular. Pratos de papel 12
prato resistência cardior-
respiratória
Ataque com bola Coordenação olho- Atingir um alvo, Bola grande para 48
-mõo resistência cardior- ginástica, macar-
respi rotória rões de piscina. fita
adesivo visível
Atingindo o bo lõo Coordenação olho- Atingir um alvo. Bolôo grande. 50
-mõo acompanhamento barbante
visual
Atirando a bola no Equilíbrio e flexibilidade Coordenoçõo olho- Bola grande poro 16
canal -mão e o lho-pé ginástico
Atividades de Fortoleci111ento Flexibilidade Fa ixas elásticos 42
resistência com 111uscular e resistência
faixas elásticos cordiorrespirotório
Baquetas ritmados Movimentação Movimentação criati· Baquetas, instru- 94
e instrumentos espacial vo, ritn10 e compasso, mentas musicais•,
musicais conceitos preposi- músico , aparelho
danais de som
Basquete em Mov1mentoçõo Passar a bola, Bola de basquete; 104
equipe espacial trabalho em equipe, bambolês; cones
resistência cordior· (opcional)'
respiratório
Bastões com fitas Movimentação Movimentação criati· Lenços. bastões 96
e lenços espacial vo . ritmo e compasso com fitas; música,
aparelho de som
Bocha modificado Coordenaçõo olho- Agarrar e solto r. miro. Bolinho de gude.' 68
-mõo força. precisào bolos de ta manho
médio." tubo de
popelõo
(continua)

117
118 Atividades ffsicas para jovens com deficiências g raves

Nome do Conceito(s) Conceito(s) Equipamento(s) Pógino


otlvidode primório(s) secundório(s)
Bolo no borbante Coordenação olho- Cruzor a linha médio Bolo perfurado, 78
-mão do corpo barbanle
Beliche com o Equilíbrio e flexibilidade Atingir um alvo Pinos de bo i ic he •. 4
corpo c:okhonete
Boliche em círculo Coordenoçoo olho- Fazer rolar, mira. Pinos de be liche;
-
56
-
-mõo forço. precisõo bolo grande
Boliche suspenso Coordenoc;õo olho- Miro. forço. precisõo Corda de 6 m de 80
-môo comprimento. bolo.
fronha, pinos de
beliche,• gancho•
Borrifo r óg uo Coordenoçào olho- Pegar e largar, miro, Borrifador, bolo de 76
-mõo forço. precisõo pingue-pongue.
garrafa de água•
Cones malucos Movimenta<;õo Persegu ir, fugir. Cones. niocorrões 86
espacial esquivar-se. vios de de piscina
circuloçõo
Controle de co· Equilíbrio e flexibilidade Coordenoçõo olho- Giz• 14
minha
, .-
-pe, prec1soo
Derrubar pinos Coordenação olho· Miro, forço e precisão Saquinhos de feijão, 46
-mão garrafas de água,
mesa
Desafio do soqui- Equilíbrio e flexibilidade Conceitos preposicio- Saquinhos de feijão 2
nho de feijão nois, iden tificação de
portes do corpo
Diversão com Fortalecimento Conteitos preposi- Paraquedas. novelos 34
paraquedas muscular e resistência danais. Lrobolho em delo•
cordiorrespirotório eq uipe
Enchendo o cesto Movimenl oçõo Agurror e ~alta r Novelo~: co1)es 88
espacial grandes.' bornbolês
Escalando o Equilíbrio e flexibilidade Coordenoçõo olho- Papéis coloridos 8
parede -rnõo cortados em vários
formos. tamanhos
e texturas. fito
adesivo
Esquivando-se dos r ortolcçin1ento Perseguir, fugir, Bolhas de sohõo, 26
bolhas muscular e resistência esquivar-se, movi· máquina geradora
cordiorrespiratório mentação espacial, de bolhas (opcional)
rastreamento visual
Foguetes de balões Fortalecimento Movimentação Bomba de encher 24
muscular e resist ência criativo, habilidades boiões, boiões-
cordiorrespirotório locomotoras, movi· -foguete
mentoçõo espacial
Futebol em círculo Coordenoçõo olho - Chute. miro, forço, Bolo grande. co- 58
-mõo precisão deiras
(continua)
Referências bibliogrõficas 119

Nome do Conceito(s) Conceito(s) Equipomento(s) Página


1 atividade primório(s) secundório(s)
Golfe com bolo de Coordcnoçõo olho· Atingir um o Ivo, miro, Mocorrõcs de pisei· 52
proio -mão forço, precisão no•, bolos de praia,
bombolês
Golfe de lançadeira Coordenação olho· Arremesso, miro, Lançadeira." boi- 62
-mão forço, precisão des.' cones
Hóquei com Fortalecimento Rastreamento visual Bolinho de pingue- 36
bolinho de pingue- m uscular e resistência ·pongue, canudo
·pongue cordiorrespirotório (opdonol), pape·
lão:meso
Jogo da velho Coordenação olho· Arremesso, miro , Saquinhos de feijão, 72
-mõo forço. precisõo bombo lês
Jogue o bola paro Coordenoçõo olho- Fozer rolar. mira. Bolos de praia, 66
foro -moo forço. precisôo fito adesiva, bolos
pequenos. rompo de
beliche (opcional)
Jogue e role! Coordenoçõo olho- Arremesso. fazer Novelos, saquinhos 74
-
-mõo rolar, mira, forço, de feijão
precisão
Labirinto de laser Fortolecirnento Controle de cabeço. Caneta laser, faixa 28
muscular e resistência rostreornento visual de cobeç.o, fito ode-
cordiarrcspirotório sivo colorido
Minibeisebol Fortalecimento Coordenação olho- Cone grande,• bolo 30
muscular e resist ência -n1ão, acertar um macio, bombolê,
cordiorrespirotório alvo, movimentação material poro
espacial demarcar, macarrão
de piscina•
No meu quintal, Fortalecimento Coordenação olho- Novelos de lã.' fitas 32
não! muscular e resistência -mão. cirremesso adesivos• ou giz
cordiorrespiratóriu (miro. força. preci·
sõo). acertar um alvo
Pare e sigo! Movimentação Resistência cardior· Sinais de p<ire e 100
espacial respiratório. concei- siga•
tos preposicionais
- -

Passando a balinha Coordenação olh o- Trabalho em equipe Tubos de papelão. 60


degude -mõo bolinhos de gude
Pego-bolhas Equilfbrio e flexibilidade Identificação de Bolhas de sobõo. 6
portes do corpo, coar- móquino gerodoro
denoçõo o lho· mão de bolhas (opcional)
Pega·pega com Moviment ação Perseguir, fugir, es· Macarrões de 92
mocorrõo espacial quivar-sc, resistência piscina
cardiorrcspirotório
Pegue o cauda Movimentação Perseguir, fugir, es· Fito• 102
espacial quivor-se, resistência
cordiorrespiratório
(continua)
120 Atividades físicas para jovens com deficiências graves

Nome do Conceito(s) Conceito(s) Equipomento(s) Página


1 atividade prim6rio(s) secund6rio(s)
Percurso com obs- Fortalecimento Movimentação Cartões com nú- 38
t6culo5 numéricos muscular e resistcncio espacial meros, cronômetro
cordiorrespirotório (opcional)
Pisoteando o plós- Movimentação Movimentação crioti· Plástico bolho. músi· 84
tico bolho espacial vo, ritmo e compasso coou tambor
Pular corda com Equillbrio e tlexibilidade Coordenação, torço Varetas de barroco 10
vareta de barroco muscula r flexíveis
Roubar o frango Movimentação Perseguir, fugir, es- Frango de borro- 98
espacial quivar·se, resistência cha: material para
cordiorrespirot6rio demarcar~

Saq uinho de feijão Coordenação alho- Mira. força, precisão Saquinhos de feijão. 54
no tabuleiro -mão mesa. fito adesivo
visível
Sente-se e puxe Equilíbrio e ílexibilidode ForLolecimento Corda de oproxi- 18
muscular. resistência modo mente 6 m de
cordiorrespirot6rio comprimento, gan-
cho. prancho com
rodinhas (opcional)
Siga a mestre Movimentação Vias de circuloçõa. Giz ou fito,• cones• 90
no circuito com espacial conceitos preposi-
obstáculos cionais
Superfutebol Forço m usculor e
resistência cardiorres-
Coordenação olho-
-pé, movimentação
.
Bolo grande poro
. .
gmast1ca, cones ou
40

pirat6rio espacial redes


Torneio das ca- Coordenação olho· Atingir um a lvo, 1110· Macarrões de pisei- 70
deiras -mão vimentoçõo espacial na, cones, bolos de
tamanho médio
Tráfego Movimentação Resistência cordior- Sinais visuais gran- 106
espacial respiratório, concei- des paro "rápido''.
tos de movimentação · médio", •devagar•
e "pare". músita '
Voleibol senta do Equilíbrio e flexibilidade Coordenaçõo olho- Bolo de praia: 20
-môo. atingir um alvo corda de aproximo-
damente 3,5 m de
comprimento. duas
cadeiras, materia l
para demarcar
•Outras OpÇões poro equipamento cstõodescritas no plano de aula desta atividade.
Conheça também:

BRINCANDO
A BRINCADEIRA
co• a criança deficiente

novos ru1os ter1otut1cos


Marlene V. loftnrlnl

www.manole.com.br

Você também pode gostar