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ESCOLA MUNICIPAL DE ED.

BÁSICA PROFESSORA MARIA OLINA SOARES


CNPJ: 01.994.728/0001-49-INEP: 27002659
Rua Dalvino Alencar, S/Nº -Mata Grande - Alagoas
Email: escolamariaolina@hotmail.com

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Mata Grande –
AL 2023

1
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Mata Grande –
AL 2023

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SUMÁRIO
Justificativa...........................................................................................................................4
Capítulo 1 - Contextualização histórica e caracterização escolar.........................6
1.1 Dados de identificação…...............................................................................................6
1.2 Breve história da escola (como surgiu e como funciona)........................................7
1.3 Aspectos sociais, culturais, econômicos.....................................................................9
1.4 Caracterização dos elementos humanos..................................................................12
1.5 Condições físicas e materiais......................................................................................17
1.6 Organização escolar e ensino.....................................................................................19
1.6.1 Currículo Escolar........................................................................................................21
1.6.2 Métodos de Avaliação…............................................................................................21
1.6.3 Tecnologias.................................................................................................................21
1.6.4 Merenda Escolar.........................................................................................................22
Capítulo 2- Objetivos gerais e específicos.................................................................24
2.1 Objetivos Gerais.............................................................................................................24
2.2 Objetivos Específicos.....................................................................................................24
Capítulo 3 - Diagnóstico de indicadores educacionais...........................................25
3.1 Taxa de reprovação, abandono e aprovação por etapa escolar, anos iniciais e
anos finais…
25
3.2 Distorção Idade-Série…...............................................................................................26
3.3 Índice do IDEB…...........................................................................................................27
3.4 Fluxo…............................................................................................................................29
Capítulo 4- Missão, visão e princípios.........................................................................31
4.1 Missão…..........................................................................................................................31
4.2 Visão…...........................................................................................................................32
4.3 Princípios….....................................................................................................................32
Capítulo 5 - Fundamentação teórica e bases legais................................................32
Capítulo 6 - Plano de ação...............................................................................................36
Referências..........................................................................................................................39

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Justificativa

O Projeto Político Pedagógico (PPP) é o documento que norteia a


construção da qualidade na educação em suas diferentes etapas. Como ressaltou
Veiga, no artigo intitulado “Projeto político pedagógico da escola: uma construção
coletiva”1, essa qualidade que deve ser priorizada na construção de um PPP
contempla uma dimensão técnica e outra política, ou seja, considera todos os
aspectos da escola: a cidade e o bairro onde está localizada, seu tipo de estrutura
física, a formação do seu corpo docente, o perfil cultural, econômico e político do
público atendido (os discentes e os pais ou responsáveis), a participação da
comunidade escolar em decisões importantes para a escola, a atuação da gestão,
etc.
Tomando como referência essa reflexão realizada por Veiga e
compreendendo a escola como instituição responsável por articular as ações
internas de caráter pedagógico, político e administrativo para as ações de curto,
médio e de longo prazo, a Escola Municipal de Educação Básica Professora Maria
Olina Soares, localizada na Rua Dalvino Alencar, Bairro Mandacaru- S/N° na cidade
de Mata Grande-Al, propõe atualizar seu PPP para contemplar as diretrizes da Base
Nacional Comum Curricular (BNCC-2017) e do Referencial Curricular de Alagoas
(ReCAL), visto que as diretrizes apresentadas nesses documentos estão
acarretando visam muitas mudanças no campo educacional brasileiro, e cada
instituição escolar precisa atualizar seu PPP de acordo com as regras/legislação
vigente no país, bem como propor novas ações pedagógicas de Recomposição da
Aprendizagem promovendo a Formação Integral de docentes e discentes pós
pandemia.
As diretrizes desses dois documentos abordam uma concepção de
educação formal escolar não centralizada apenas na transmissão de conteúdos.
Ambos os documentos preconizam que a organização da educação esteja
voltada ao desenvolvimento de competências/habilidades no âmbito escolar. Desse
modo, as instituições de ensino estão atualizando seus PPPs e Planos de Ação para
que a atuação de todos/as na escola possa conduzir a um modelo da educação
voltado para o desenvolvimento de competências/habilidades.

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1
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. 14ª ed.
Papirus, 2002.

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A Escola Municipal Maria Olina está atualizando seu PPP para contemplar
as diretrizes dos referidos documentos. Assim, pensando nas dimensões do PPP,
algumas modificações serão propostas para se adaptar à BNCC e ao ReCAL,
acordando princípios da Constituição Federal/88, LDB 9394/96 e outras bases
legais
. No que concerne a parte do projeto, ou seja, o que a escola apresenta de visão de
futuro, o texto do presente documento abordará propostas para desenvolver uma
escola, cuja comunicação com a realidade da comunidade seja constante e resulte
em melhorias no ensino/aprendizagem para os discentes. É Necessário se faz a
aproximação entre escola e comunidade, por ter sido detectado problemas de
aprendizagem dos estudantes na escola, decorrem também da falta de inserção da
realidade dos mesmos no ambiente escolar.
Percebe-se que quanto maior a abordagem de temas referentes à realidade
dos estudantes (temas sociais, culturais, econômicos, políticos),e sócio emocionais
maior o interesse dos mesmos em permanecer na escola. Por essa razão,
desenvolver estratégias para estabelecer maior comunicação com a realidade da
comunidade onde a escola está inserida é o foco central do projeto do referido PPP.
Assim, considerando essa questão, para o eixo pedagógico do PPP, se propõe a
inserção de práticas interdisciplinares na escola, o desenvolvimento de estratégias
que permitam a execução de atividades por área de conhecimento, cujos resultados
apresentem uma maior conexão entre escola e estudantes.
Após o analisar o trabalho interdisciplinar realizado na escola, percebe-se
a necessidade de criar estratégias para o desenvolvimento de atividades voltadas
para a abordagem de temas sociais, políticos, culturais e econômicos que tenham
relação com o cotidiano dos estudantes e possam ser abordados por área do
conhecimento.
Contempla-se a parte política do PPP, que o presente texto aborda
propostas para a construção de conselhos para escuta dos discentes,
professores, pais e responsáveis a respeito do cotidiano escolar. A escola é
uma construção diária e muitas vezes não conseguimos escutar as demandas
de todos/as, principalmente dos estudantes. Desse modo, os conselhos de
escuta nos permite conhecer e discutir com maior frequência a realidade dos que
fazem parte da escola. Dentrodesta perspectiva e diante da
oportunidade oferecida pela
6
Constituição Federal de 1988, no artigo 206, e a LDB nº 9.394/1996, no artigo 14,

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que estabelecem os princípios de uma gestão democrática com a participação de
seus profissionais e da comunidade, permitindo a cada escola organizar seu PPP de
modo a atender às necessidades atuais do seu público, a atualização desse PPP
dá-se de maneira a intencionalizar o ato de educar com base nas diretrizes da
BNCC e ReCAL, e nos demais documentos norteadores, que propõe a organização
na educação democrática e de qualidade.

Capítulo 1. Contextualização histórica e caracterização escolar

1.1 Dados de identificação


Identificação da instituição: Escola Municipal de Educação Básica Professora
Maria Olina Soares
Endereço: Rua Dalvino Alencar - s/nº
CEP: 57.540-000
Bairro: Mandacaru – Mata Grande/AL
CNPJ: 01.994.728/0001-49
INEP:27002659
Rede: Municipal
Níveis de ensino: 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental

Equipe Técnico Pedagógica:


● Gestor Geral: Quitéria Rejane Alencar de Morais
● Gestora Adjunta: Fernanda Maria da Silva dos Santos
● Coordenadora Pedagógica Anos Iniciais: Jane Cleide do nascimento Rocha
Mora
● Coordenadora Pedagógica Anos Finais: Fábia Costa Barros

1.2- Breve história da escola (como surgiu e como funciona)

A Escola Municipal de Educação Básica Professora Maria Olina Soares,


situada à Rua Dalvino Alencar, s/n°, no bairro Mandacaru, no município de Mata
Grande, Estado de Alagoas, teve início em 1992, com a finalidade de atender as
necessidades da comunidade e sítios vizinhos. A compra do terreno para a
construção da escola foi feita pela Prefeitura Municipal deste município na
administração do Sr. Prefeito José Hélio Brandão, onde a mesma teve o processo

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de desenvolvimento de construção. Foi inaugurada no dia 26 de setembro de
1992

9
recebendo o nome de Unidade Escolar Professora Maria Olina Soares, foi escolhido
em homenagem a ilustre professora com o mesmo nome, que fez de sua vida um
elenco de serviços prestados à educação do município como educadora, secretária
entre outros por ter um perfil carismático. A mesma faleceu no ano em que a escola
foi fundada, Seu legado a ser lembrada por todos.
A Escola Municipal de Educação Básica Professora Maria Olina Soares tem
como mantenedora a Secretaria Municipal de Educação de Mata Grande, com seu
ato de criação de n° 3/2003 sancionado no dia 29/07/2003.
Nestes quase 30 (trinta) anos de sua fundação , vários educadores
passaram pela gestão desta escola, deixando a sua contribuição nos aspectos
técnico administrativos e pedagógicos com o seu desenvolvimento no processo de
ensino-aprendizagem. Foram eles:

● Rúzia Maria dos Santos - 1993 a 1996


● Maria da Saúde Santos Costa - 1997 a 2008
● Maria Lúcia Rocha da Silva - 2009 a 2011
● Leila Souza dos Santos - 2011 a 2012
● Priscila Rocha da Silva Pereira - 2013 a 2016
● Maria Madaleide Silva do Nascimento - 2017 a maio de 2018
● Maria Simone Tavares da Silva - maio de 2018 a 2021
● Edjofe Barboza dos Santos - 2022 até 2023
● Quitéria Rejane Alencar de Morais – 2023 até a presente data.

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A escola como ponto núcleo dispõe de outras unidades escolares anexas
que correspondem às seguintes escolas:

01-Escola Municipal de Educação Básica Prodessora Lizetty Lisboa Martins

02-Escola Municipal de Educação Básica Buenos Aires – Sítio Buenos Aires

03-Escola Municipal de Educação Básica Capim-Açú - Sítio Capim-Açu

04-Escola Municipal de Educação Básica Crispim - Sítio Crispim

05-Escola Municipal de Educação Básica Dr. Manoel Cândido Carneiro da Silva - Sítio Benta

06-Escola Municipal de Educação Básica Olho D’água Seco - Sítio olho D’água Seco

07-Escola Municipal de Educação Básica Pé de Ladeira - Sítio Pé de Ladeira

08-Escola Municipal de Educação Básica Professor Afrânio Salgado Lages - Sítio Riacho Verde

09-Escola Municipal de Educação Básica Renato Ribeiro Torres - Sítio Boa Vista

10-Escola Municipal de Educação Básica Saco dos Mirandas - Sítio Saco dos Mirandas

11-Escola Municipal de Educação Básica Santa Luzia - Sítio Santa Luzia

12-Escola Municipal de Educação Básica Simiana - Sítio Simiana

13-Escola Municipal de Educação Básica Tingui - Sítio Tingui

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Além destas, existiam mais 13 escolas anexas, algumas ja extintas. E outras
desativadas em processo de extinsão.

01-Escola Municipal de Educação Básica José Bernardino Correia - Sítio Urubu


02-Escola Municipal de Educação Básica Goiabal - Sítio Goiabal
03-Escola Municipal de Educação Básica Olho D'água dos Barbosa - Sítio Olho D'água dos Barbosa

04-Escola Municipal de Educação Básica Humberto de Alencar Castelo Branco - Sítio Gato
05-Escola Municipal de Educação Básica João Alves Damasceno - Sítio Espanha
06-Escola Municipal de Educação Básica Padre Manoel Firmino Pinheiro - Sitio Faveira
07-Escola Municipal de Educação Básica Salgado Diamantina - Sítio Salgado Diamantina
08-Escola Municipal de Educação Básica Lagoa do Quipá - Sítio Lagoa do Quipá
09-Escola Municipal de Educação Básica Sinval de Albuquerque Malta - Sítio Salgado do Lino
10-Escola Municipal de Educação Básica Poço Dantas - Sítio Poço Dantas
11-Escola Municipal de Educação Básica Xique-Xique - Sítio Xique-Xique
12-Escola Municipal de Educação Básica João Barbosa da Silva - Sítio Curral de Fora

13-Escola Municipal de Educação Básica Pedra Miúda- Sítio Pedra Miúda

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A Escola Maria Olina Soares tem uma concentração maior de estudantes
oriundos da zona rural, isto se dá por contemplar os estudantes das escolas
nucleadas/anexas pertencentes ao núcleo da instituição. O seu funcionamento
acontece em três turnos, matutino, vespertino e noturnode educação de jovens e
adultos ofertando 4º e 5º etapa. Tendo a seguinte organização dos anos iniciais com
turmas de 1°ao 5° ano no turno matutino e do 6° ao 9° ano no turno vespertino,
anteriormente atendia turmas de 6º e 7º anos também no turno matutino, para uma
melhor organização escolar a partir do ano de 2019 essa demanda dos anos finais
ficou somente distribuída no turno vespertino. Este ano de 2023 o total de
estudantes efetivamente matriculados foi de 449 estudantes, sendo 107 nos anos
iniciais e 342 nos anos finais.
A escola dispõe de vigias em todos os horários e dias, feriados e finais
de semana, nos dias úteis abre às 7h para receber a equipe administrativa,dos
serviços gerais e pedagógica, corpo docente e discente. A partir das 7h40 inicia-se
às aulas no turno matutino com intervalo entre 9h40 às 10h, exceto na quarta-feira
que o intervalo passa a ser das 10h10 às 10h20, atendendo a necessidade da grade
curricular de 5hora/aula, após o intervalo o retorno às salas de aula para a terceira e
quarta aula, liberando todos às 12h00. No turno vespertino recebemos a
comunidade escolar a partir das 12h30, tendo início a primeira aula às 12h40 com
intervalo entre 14h40 às 15h00 onde todos retornam às salas de aula para a terceira
e quarta aula liberando todos às 17h00. O intervalo também acontece de 10 minutos
ficando assim das 15h10 às 15h20.

1.3- Aspectos sociais, culturais e econômicos


A Unidade escolar está inserida em um município provido de meios de
comunicação, a Agência de Correios e Telégrafos, celulares, internet, um comércio
conhecido pela sua tradicional honradez em ritmo de desenvolvimento constante
sendo auxiliada pelo Banco do Nordeste (BNB), dispondo financiamentos de créditos
para os microempreendedores e agropecuaristas de toda a região, além da Casa
Lotérica (Caixa Econômica), Bradesco, Banco Pague Fácil, Posto de atendimento do
Banco do Brasil, lojas e supermercados, farmácias e postos de gasolina, facilitando
a vida dos munícipes, um número de estabelecimentos bancários que confirma sua
dimensão de cidade, com força crescente de desenvolvimento. Conta com o
13
apoio

14
de associações pelo Banco do Nordeste, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e da
Secretaria de Agricultura do Município.
Dispõe também de um hospital e vários postos de saúde em povoados e
principais ruas da cidade, óticas, loja de confecções, calçados, tecidos, móveis,
perfumarias e cosméticos, pizzaria, pastelaria, restaurantes, hotéis, pousadas,
oficinas mecânicas que oferecem assistência comercial, geram empregos
permanentes e temporários nos períodos festivos devido ao número de turistas aos
festejos mais importantes como: a festa da Padroeira, São Sebastião, o carnaval,
festa de Santa Cruz do Deserto, festas juninas, proporcionando para muitos uma
renda extra durante estes acontecimentos. Registra-se também um Ginásio
Poliesportivo, que atualmente está cedido para a educação de forma a atender salas
de aulas temporárias, é um espaço destinado aos esportes e festas tradicionais
para o divertimento de toda a população matagrandense.
Conta também com duas bibliotecas que oferecem um acervo maravilhoso
que serve de suporte para a comunidade estudantil e para todos que têm o hábito
da leitura.
Sua economia baseia-se, sobretudo, na agricultura, onde a cana-de-açúcar,
o café, a mandioca e o milho constituem as culturas mais exploradas, depois do
feijão, dando um suporte na economia em média de 50 % ao ano. Também é
aquecida pela agricultura regional onde se realizam algumas das culturas do plantio
de: bananeira, mamoeiro, mangueira, cajueiro e jaqueira.
Ainda na zona rural, há uma contribuição contínua na economia - a pecuária
- que, apesar de ter um lugar mais reservado, uma vez que se destina ao próprio
município é um fator importante devido os incentivos que o município fornece para
criadores de suínos, bovinos, caprinos, aves e peixes suprindo parte do comércio
deixando apenas uma pequena porcentagem vinda de outras localidades.
O fortalecimento da fruticultura, da pecuária, do leite, do corte bovino,
caprino e ovino é de fundamental importância para o desenvolvimento econômico da
população, já que o mesmo tem condições para formação de estruturas para
produção de toneladas de frutas, e animais que se adaptam ao clima da região com
facilidade, o que poderia despertar o setor secundário ao setor primário, onde o
quadro de funcionários públicos municipal, estadual e demais instituições privadas
contribuem para o crescimento e desenvolvimento do município.

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Contribuindo ainda com o crescimento do comércio estão os pontos
turísticos existentes no município: Serra da Lagoa de Santa Cruz, o Monte Santo, o
Santuário Teresiano, o açude localizado no distrito Morro Vermelho e em alguns
sítios existem diversos serviços de bares, piscinas e quadras de esportes que
oferecem entretenimento, divertimento e lazer para a população e visitantes.
A cidade é pequena, porém sua extensão rural é a maior da região, a
maioria das pessoas reside em comunidades rurais (povoados). Salientamos que o
maior público estudantil desta unidade escolar é da zona rural. A cidade não
oferece muito espaço para se desenvolver, as ruas são estreitas, cheias de
ladeiras e o acesso às cidades limites são de asfalto para as cidades de Inhapi,
Água Branca e Canapi. A estrutura da segurança pública não dispõe de cadeia
pública com celas para detentos, mas sim de um prédio público a ser restaurado,
onde funcionava a antiga delegacia, sendo este uma das primeiras construções da
cidade. A Polícia Militar e a Polícia Civil atendem e dão plantão no CISP (Centro
Integrado de Segurança Pública).
Quanto à religiosidade, temos a predominância da Religião Católica, que
tem como a Padroeira Nossa Senhora da Conceição, que tem a sua festa em
dezembro com o novenário (nove noites) encerrando com a procissão, comemora-se
também os padroeiros das comunidades rurais com as novenas, leilões,
quermesses, missas e louvores. Ainda se referindo a religiosidade, existem também
outras denominações: Assembleia de Deus, Maranata, Batista, adventista do 7° dia,
Congregação Cristã no Brasil, Mundial do Reino de Deus, Universal, Comunidade
Cristã, Testemunha de Jeová, entre outras.
No que se refere às festas culturais temos: vaquejada, pegas de boi no
mato, corrida de argola, quadrilha, festa do motoqueiro, missa do vaqueiro, desfile
cívico, show na praça.
Mata Grande conta com um elevado número de transportes, principalmente
motos, o meio mais acessível à zona rural, há ainda uma variedade de carros
pequenos, abertos, caminhões, ônibus escolares, vans, carros de boi e cavalos.
Pela conservação do meio ambiente a coleta é realizada diariamente e
transportada a outra cidade. O papelão, o ferro, as latinhas e outros alumínios têm
compradores autônomos para revenda. A unidade escolar faz um trabalho de
conscientização com os estudantes alertando-os sobre as consequências
causadas
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pelo desmatamento e queimadas. Esses são os aspectos de cunho social,
econômico e cultural que permeiam a comunidade escolar a qual se refere este
documento.

1.4 - Caracterização dos elementos humanos

A caracterização da escola fica distribuída em 01(um) Gestor(a) Geral,


Gestor(a) Adjunta, 02(dois) Coordenadores Pedagógicos 02 (dois) agentes
administrativos, 28 (vinte e oito) professores, 01(um) Assistente Social 09 (nove)
funcionários de apoio( serviços gerais e merendeiras), e 08 (oito) vigias.

Gestor Geral

Nome Nível de Ensino Carga Tempo de Serviço


Horária nesta instituição
Quitéria rejane Pós Graduação 40h 01 ano e 04 meses
Alencar de
morais

Gestora Adjunta

Nome Nível de Ensino Carga Tempo de Serviço


Horária nesta instituição

Fernanda Maria Pós Graduação 40h 03 anos e 10 meses


da silva dos santos

Coordenadoras Pedagógicas

Nome Nível de Ensino Carga Tempo de Serviço


Horária nesta instituição

Pós Graduação 25h 29 anos


Fábia Costa Barros

Jane cleide do Pós Graduação 25h 17 anos


nascimento
rocha mora

Agentes Administrativos

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Nome Nível de Ensino Carga Tempo de
rária Serviço nesta
instituição
José Jearle Alves da Silva Ens. Médio Completo 40h 4 anos e 5 meses

Rosimeire Oliveira Damasceno Nível superior completo 40h 10 mês

Betriz Lima dos Santos Ens. Médio Completo 40h 2 anos

Thaysa Cristian Vieira Ens. Médio Completo 40h 4 meses


Brandão

Vigias

Nome Nível de Ensino Carga Tempo de


Horária Serviço nesta
instituição
José Eliomar Santos 40h

José Iranildo da Silva 40h

José Louriano dos Santos 40h

Jurandi Oliveira da Silva 40h

Marcus Vinícius Vidal de Oliveira 40h

Roberto Nunes da Silva 40h

Severino de Morais Lins 40h

José Leandro Araújo Leite 40h 02 meses

18
Funcionários de Apoio

Nome Nível de Ensino Carga Tempo de


rária Serviço nesta
instituição
Gerlene Vieira da Silva Ens. 40h 01 ano e 02 meses
Fundamental
Completo
Leonilda Silva de Souza Ens. 40h
Siqueira Fundamental
Completo
Maria Mônica Soares Bezerra Ens. Técnico 40h 02 meses
Completo
Maria Sueli de Souza 40h

Rejane Lima dos Santos Ens. Médio Completo 40h 1 ano e 3 meses

Robéria Noia de Melo Ens. Médio Completo 40h 02 anos

Viviane Pereira de Jesus 40h 09 meses

Terezinha Maria de Oliveira Ens. 40h 07 meses


Fundamental
incompleto
Quitéria de Souza vieira 40h 2023

Assistente Social

Nome Nível de Ensino Carga Tempo de


rária Serviço nesta
instituição
Germária Xavier Pereira Ens. Fundamental 40h 1 ano e 2 meses
Completo

19
Professores do fundamental I

Nome Nível de Componente Ano Carga Tempo de


que
Ensino Curricular Horária Serviços nesta
leciona
instituição

Gilvânia Oliveira de Carvalho Pós Todas 2º 25h 17 anos


Fortes Graduação ano

Jolanda Patrícia Lima da Silva Pós Todas 3º 25h 02 anos


Graduação ano

Luciene Maria da Silva Pós Todas 5º 20h 02 meses


Graduação ano

Maria Betânia Araújo Silva Pós Todas 1º 25h 17 anos


Graduação ano

Robertânia Maria de Campos Pós Todas 4º 25h 25 anos


Graduação ano

UESLEY Pós Todas 5º 25h 04 meses


Graduação ano

20
Professores do fundamental II

Nome Nível de Componente Ano Carga Tempo de


Horária
Ensino Curricular que Serviços nesta
leciona instituição

Ana Maria Tavares da Silva Pós Ciências 6º ao 25h


Graduação 9º ano

Fábio Luiz da Silva Sá Pós Informática 6º ao 20h 09 meses


Graduação 9º ano

José Adriano de Oliveira Pós Português 8º e 9º 20h 09 meses


Pereira Graduação ano

Leidja Lima Souza de Pós História 6º ao 25h 09 anos


Oliveira Graduação 9º ano

Maria Eliane Oliveira dos Pós Ens. 6º ao 25h 06 anos


Santos Graduação Religioso e 9º ano
Arte

Marina Albuquerque Malta Pós Matemática 8º e 9º 20h 09 meses


Correia Graduação ano

Pablo José Campos de Ens. Matemática 6º e 7º 25h 02 anos


Lima Superior ano
Completo

Carlina Lima Torres Pós Educação 6º ao 20h 04 meses


Graduação Física 9º ano

Raquel Brandão Jucá Vilar Pós Língua 6º e 7º 25h 12 anos


Graduação Portuguesa ano

Rosineide Silva de Oliveira Pós Geografia 6º ao 25h 19 anos


Santos Graduação 9º ano

21
Rubya Sunamita Brandão Ens. Língua 6º ao 25h 02 anos
Amorim Superior Inglesa 9º ano
Completo

Sara Angélica Bezerra Gomes Mestrado Geografia 7º/8º 20h 02 meses


ano

Wilka Nayana Feitosa Silva Pós Educação 6º ao 25h 02 anos


dos Santos Graduação Financeira 9º ano

Professores cuidadores de alunos com (PCD) pessoa com deficiência

Nome Nível de Função Carga Tempo de


Horária
Ensino Serviços nesta
instituição

Felipe Bezerra Damasceno Ens. Cuidador 40h 04 meses


Fundamental
Completo

22
Professores remanejados para outras funções

Nome Nível de Função Carga Tempo de


Horária
Ensino Serviços nesta
instituição

Ângela Maria Nascimento Pós Professora 25h 13 anos


da Silva Graduação readaptada para

Agente
Administrativo
(Núcleo)

Cícero Manoel Barbosa Magistério Professora 25h


readaptada para
Auxiliar de Sala

Érida Mércia de Souza Pós Em processo de 25h 09 anos


Bezerra Graduação aposentadoria

Fernandina Nadine de Pós Professora 25h 12 anos


Oliveira Silva Graduação readaptada para
Agente
Administrativo
(Núcleo)

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Joseane Melo da Silva Pós Processo de 25h 04 anos
Graduação Aposentadoria

Marciélia Alves Morais Ens. Superior Professora 25h


Completo readaptada para
Biblioteca

Maria Madaleide Silva do Pós Aposentada 25h 28 anos


Nascimento Graduação

Vera Lúcia de Araújo Tomaz Pós Professora 25h 16 anos


Soares Graduação readaptada para
Chefe de
Disciplina

Rosa Maria Sousa de Ens. Superior Professora 25h


Alencar Completo readaptada para
Auxiliar de Sala

1.5- Condições físicas e materiais

Na estrutura física a construção da escola é térrea, apresenta 08 (oito) salas


de aula, cada uma comporta 30 (trinta) a 48 (quarenta e oito) estudantes por turno,
são espaçosas, iluminadas, forradas, com climatização em todas as salas, birôs,
mesas e cadeiras para os estudantes e docentes.

Além das salas de aula a escola dispõe de 01(uma) diretoria equipada com
02 (dois) armários, onde são guardados a documentação, 02 (dois) birôs, 01(um)
computador, (01) uma televisão, 08(oito) notebooks de uso dos docentes e uma
máquina de xérox, dispõe também de 01(uma) secretaria provida de (03) birôs,
(03)

24
três) armários grandes e 02 (dois) pequenos, 02 (dois) computadores, 01 ( um)
gelágua. Possui 01 (uma) sala dos professores, 01 (um) armário de uso dos
docentes, 02( duas) mesas com 08 (oito) acolchoadas para reuniões e socialização.
Também contém 01 (uma) sala de documentação das escolas nucleadas com 02
(duas) estantes, 02 (dois) armários grandes, 02 (dois) armários pequenos, 01(um)
birô com cadeira, 02 (dois) banheiros de uso dos funcionários. A escola conta com
01(um) laboratório de informática que no momento se encontra inativo , mas com
equipamentos móveis.
Conta com sala de leitura e recursos em pequeno acervo, bastante
diversificado podendo encontrar livros didáticos, paradidáticos, literários, EJA,
Infantis, 1° e 5° ano e do 6° ao 9° anos, existindo várias revistas como: Nova Escola,
Pátio, Geografia, Ciências, Hoje, Língua Portuguesa, História da Biblioteca Nacional,
Carta na Escola..., vários livros para orientação pedagógica, alguns dicionários da
Língua Portuguesa atualizados com a nova ortografia, jogos pedagógicos, material
para as aulas de Educação Física como: bolas, redes vôlei, bambolê, materiais de
carater ciêntifico e etc.
A cozinha dispõe de 01 (uma) geladeira, 01(um) freezer, 01(um) fogão
industrial com quatro bocas, 01(um) botijão de gás, 01 (um) liquidificador industrial,
02 (dois) armários de aço com duas portas, 01(um) armário aéreo com 10(dez)
portas, 01 (uma) mesa grande, 01 (uma) pia, panelas, cuscuzeiras, frigideiras,
escorredor, copos de alumínio, pratos e colheres de plástico para uso dos discentes.
Apesar de pouco espaço físico, a cozinha é organizada, e no espaço fora, dispõe de
04(quatro) mesas e 08(oito) bancos para o refeitório.
Os sanitários estão divididos em : masculino, feminino para os estudantes e
masculino e feminino para os funcionários em geral. Conservados limpos na medida
do possível, levando em consideração o número de estudantes que fazem uso dos
mesmos, pois são higienizados duas vezes por turno e se encontram em boas
condições de uso e funcionamento.
A água que abastece a escola é fornecida pelas Águas do Sertão, rede de
fornecimento setorial e armazenada numa cisterna que comporta 50.000 mil litros de
água onde é distribuída em uma caixa de 500 mil litros de onde é direcionada às
torneiras. Quando acontece falta de água entra em contato com o Diretor da Defesa
Civil o Sr. Benedito Dantas o mesmo se encarrega de abastecer através do
caminhão pipa. A energia elétrica é distribuída através da Equatorial Alagoas.
25
1.6- Organização Escolar e de Ensino

Esta instituição atende ao Ensino Fundamental de 09 anos. O ensino está


organizado por anos, considerando o regulamento da Resolução nº 08/2007 do
CEE. Os dois primeiros anos 1º e 2º anos, correspondem às crianças com faixa
etária entre 06 e 07 anos- período de consolidação da alfabetização de acordo
com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que define a alfabetização das
crianças até o segundo ano do ensino fundamental, com o objetivo de garantir o
direito fundamental de aprender a ler e escrever. Os três outros anos compreendem
o 3º, 4º e 5º anos, com faixa etária entre 08 a 11 anos, distribuídos por turmas, no
turno matutino. Os de 6º ao 9º anos, contemplam as idades de 11 a 17 anos,
distribuídos no turno vespertino.
O Ensino Fundamental de Nove Anos, segunda etapa da educação básica,
compreende o atendimento para faixa etária de crianças de 06 aos 17 anos,
conforme indica o artigo 7 da Resolução 07/2006 CEE/PE, de 28/11/2006, deverá:

I - ser ministrado em Língua Portuguesa assegurada às comunidades indígenas a


utilização concomitante, de suas línguas maternas e processos próprios de
aprendizagem;
II - respeitar as condições sócio-culturais e educacionais do estudante com vistas à
melhoria da qualidade do ensino;
III - articular-se com a Educação Infantil e com o Ensino Médio, tendo em vista a
continuidade do atendimento aos estudantes, respeitando as suas especificidades.

Na tentativa de melhor viabilizar as condições para o aprofundamento da


aprendizagem, a distribuição de estudantes por salas é feita de forma articulada,
não existindo discriminação no rendimento de cada educando. Um critério adotado
pela escola é a distribuição de estudantes por sala de acordo com a idade e/ou
considerando a localidade de moradia visando facilitar seus estudos e permanência
na escola.
O tempo escolar é elemento constitutivo da organização pedagógica. O
calendário escolar determina: início e término do ano letivo prevendo os dias letivos,
bimestres, recesso, projetos integradores. Etapas em que o ano letivo se

26
divide:

27
feriados cívicos e religiosos, datas para avaliações, reuniões, estudos pedagógicos,
bem como fixa o número de horas por semana, variando de acordo com a disciplina
na matriz curricular.
A ação administrativa visa uma perspectiva de construção coletiva que
contemple a participação de toda a comunidade escolar nas decisões do processo
educativo, o que resultará na democratização das relações que se desenvolvem na
escola, contribuindo para o aperfeiçoamento administrativo-pedagógico.
Em busca da convivência coletiva, existe na Instituição um relacionamento
favorável à gestão e os demais que formam a comunidade escolar. Porém, é
evidente que divergências acontecem devido ao ponto de vista que cada um tem
sobre algumas problemáticas da escola. São pontos de atenção que de certa forma
contribuem para a articulação de novas ações a serem implementadas para
resolução de tais problemas.
Este estabelecimento fixa o número de vagas de acordo com as condições
oferecidas pela escola, ou seja, de acordo com o espaço físico disponível, para
absorver a demanda existente.
A organização do horário é feita pela dupla gestora juntamente com
coordenação pedagógica da escola, sendo a distribuição dos componentes
curriculares correspondente com a formação dos docentes, porém, para
complementar sua carga horária dá-se a necessidade deste profissional lecionar em
outras áreas. A organização de horas semanais são de 25 (vinte e cinco) horas para
os professores dos anos iniciais (1° ao 5° ano) e 20 (vinte) e 25 (vinte e cinco)
horas/aulas para os professores dos anos finais (6° ao 9° ano).
A Escola Maria Olina Soares tem suas normas contidas em um regimento
interno ao qual o mesmo consolida os direitos e deveres de toda comunidade
escolar.
Na perspectiva de estimular a comunidade ao debate da questão educacional
levou a escola ao consenso de organizar um conselho de classe, bimestralmente,
com a participação dos professores e coordenadores pedagógicos. O processo
participativo dessa construção é de fundamental importância para a análise e
acompanhamento da aprendizagem contínua dos estudantes.

1.6.1- Currículo Escolar


28
As práticas pedagógicas são planejadas no início de cada bimestre, nas
horas de HTPC- hora de trabalho pedagógico coletivo , HTPI- hora de trabalho
pedagógico individual e reuniões pedagógicas, momentos de partilha de
conhecimentos, ideias, entre gestão, coordenação e educadores. Para que a partir
daí se incorpore as ações planejadas das atividades a serem trabalhadas no
cotidiano, buscando resultados positivos para docentes, dicentes e escola. Em
relação à participação dos professores há aqueles que participam ativamente com
sugestões e trocas de ideias, porém há outros que participam parcialmente,
comparecendo pouco aos encontros, planejando em casa ou não se manifestando
nas horas de debate.
Os objetos de conhecimento (conteúdos) são trabalhados de acordo com
cada componente curricular dentro da proposta da matriz curricular, livro
didático, ReCAL e BNCC, considerando sites e pesquisas disponiveis em mídia ,
bem como o conhecimento empirico.

AS 10 COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico,

social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e

colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a

investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar

causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções

(inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e

também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita),

corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística,

matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e

29
sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento

mútuo.

5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma

crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares)

para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver

problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e

experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e

fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com

liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e

defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos

humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local,

regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos

outros e do planeta.

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na

diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e

capacidade para lidar com elas.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se

respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e

valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades,

culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e

determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos,

sustentáveis e solidários.

30
As 10 competências do BNCC passou a ser norteadas em todo o ensino.

1.6.2- Métodos de Avaliação

O processo de avaliação da escola contempla as principais modalidades de


avaliar, que são elas: diagnósticas, formativas, comparativas e somativas. “Não e
apenas no período letivo que se realiza a avaliação diagnóstica. É
recomendável que o professor verifique quais as informações que seus alunos
já tem sobre o assunto, e que habilidades apresentam para dominar o
conteúdo, isso facilita o desenvolvimento da unidade e ajuda a garantir a
eficácia do processo ensino – aprendizagem” [HAYDT, Regina Cacaux. São
Paulo: Ática, 2000,]. É por meio deste conceito de avaliação que se consegue
analisar e melhorar o processo de ensino-aprendizagem. Baseado nisso, pretende-
se que esta instituição adote o método de avaliar o estudante de forma integral e
contínua durante todo o ano letivo, isto é, durante o processo de aprendizagem dos
estudantes e não após, com a finalidade de proporcionar avanço conceitual,
progressão, inclusão e reinclusão no sentido de autoconhecimento e autopromoção
do sujeito. Além das avaliações internas contemplamos também as avaliações
externas de larga escala.

EDUCAÇAÕ E TECNOLOGIA
A educação tecnicologica é integrada no livro didático construindo
conhecimento de forma mais dinâmica e atrativo para os alunos provocando
curiosidade.
A escola contempla hoje o projeto de laboratório de ciências e matemática
com leque de recursos para exploração de conteúdos. O laboratório de informática e
os progetores em sala proprorcionais em paralelo entre interação e letramanto,
ampliando a rede de construção de conhecimeto.

EDUCAÇÃO TECNICOLOGICA
Pontuar as tecnologias na escola é crucial para compreender a dimensão de
sua importância no cenário educacional principalmente durante o período
31
pandêmico onde se foi permitido da continuidade ao trabalho educacional de forma
não presencial nas redes de ensino consolidar ações de ensino envolvendo as
tecnologias,pensando em novos planejamentos estratégicos e buscando
ferramentas para modernizar o ensino e atender o alunado no intuito de manter
válido o ano letivo.
A conectividade por meio de redes sociais de longo alcance foi
fundamental,aulas remotas sincronas e assincronas,ensino híbrido,com aulas não
presenciais trouxe a alerta para rede municipal equipar a escola com recursos
modernos,deixando os profissionais mais tranquilos se caso ouvir em um momento
futuro em uma situação atípica.Frisa-se de forma exemplar que um estudante pode
ter acompanhamento .
A formação continuada nesta área,também proporciona nos profissionais um
desenvolver de habilidades em TI,desafiam medos e resistências e hoje já se tem
50% de profissionais preparados para manusear aparelhos, plataformas, programas
e acessibilidade,40% com nivel básico de domínio e 10% com nenhum domínio.
O ritmo de ensino não presencial elencou,descobertas e ofertas de
metodologia ativas.Apesar de tantos problemas, a escola teve ganhos ao
modernizar o processo do aprendizado.

1.6.3- Tecnologias

A Escola Maria Olina Soares no aspecto tecnológico está com a sala de


informática inativa no momento aguardando novos recursos tecnológicos a serem
instalados, contém apenas um laboratório móvel com trinta e dois (35) tablets.
Todas as salas possuem retroprojetores e notebook para uso dos docentes. Estas
ferramentas são utilizadas com frequência nas ministrações das aulas, o que
facilitou muito a execução das aulas e a assimilação dos conteúdos e dinamismo
das atividades.

32
1.6.4- Merenda Escolar

O programa Nacional de Alimentação Escolar (RENAE) faz o repasse


suplementar de recursos financeiros ao municipio de Mata Grande. Complementa
o os recursos e oferta a merenda de boa qualidade. (Portalgov.br).

A merenda escolar é fornecida pela Secretaria Municipal de Educação e não


existe complementação por parte da escola. A mesma é contemplada de duas
formas: a industrial e a parte da agricultura familiar com frutas, legumes e
verduras. É armazenada na cozinha nos armários, geladeira e freezer, preparada e
servida nos turnos matutino e vespertino no horário do intervalo, assim não interfere
nas atividades de sala de aula. A preparação da merenda acontece com o auxílio do
cardápio planejado pela nutricionista Camila Andrade Café. Segue abaixo o modelo
do mesmo:
O conselho de alimentação escolar (CAE) realiza o acompanhamento e faz
visita de orientação na escola periodicamente.
IMAGEM 1: modelo de cardápio para a merenda escolar.

PREFEITURA MUNICIPAL DE MATA GRANDE – AL


SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
COORDENAÇÃO DA MERENDA ESCOLAR

CARDÁPIO JULHO – 2023

SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA


10/07 11/07 12/07 13/07 14/07
LEITE ACHOCOLATADO e RISOTO DE FRANGO ARROZ DE LEITE
CUSCUZ COM OVOS SOPA DE FEIJÃO
BISCOITO GOIABA MAÇÃ
17/07 18/07 19/07 20/07 21/07
SUCO COM BISCOITO MACARRÃO COM VITAMINA DE BANANA e OMELETE DE CARNE
ARROZ DE LEITE
ABACAXI SALSICHA BISCOITO MOÍDA
24/07 25/07 26/07 27/07 28/07
LEITE ACHOCOLATADO e SOPA DE FEIJÃO CUSCUZ COM LEITE e/ou RISOTO DE FRANGO
MACAXEIRA COM OVOS
BISCOITO LARANJA ALMÔNDEGAS MAÇÃ
31/07
MACARRÃO COM
SALSICHA
Obs.: Na falta de algum item (proteína ou hortifrutigranjeiro), substituir pela existente na unidade.
Retorno do Recesso Escolar: 10/07/2023

ANOTAÇÕES DE TROCA DE PREPARAÇÕES/ MOTIVO

Camila Andrade Café


Nutricionista PNAE
CRN6 - 5624

33
Fonte: Secretaria Municipal de Educação (2023)
IMAGEM 2: modelo de cardápio para a merenda escolar.

Fonte: Secretaria Municipal de Educação (2023)


A Escola Professora Maria Olina Soares
Em relação ao uniforme e material escolar, todos os estudantes da rede
municipal receberam ano de 2022 o uniforme completo ( calça/bermuda/short saia,
camisas e tênis) passando a ser algo obrigatório na unidade escolar norma a ser
contemplada no regimento interno da escola, também receberam uma mochila com
materiais de acordo com as modalidades de ensino. Uma tentativa de
conscientização dos pais com o objetivo de resgatar a identidade da escola, bem
como por uma questão de economia.
Todo o trabalho desenvolvido na escola segue uma linha de organização
embasada nas orientações dos gestores administrativos. O tipo de gestão tem
caráter democrático e compartilhado. Os gestores atuais assumiram a direção por
meio do processo seletivo para a função d e diretor escolar, vice diretor das escolas
públicas de Mata Grande / AL, resultados divulgado no portal do municipio tornando-
se o processo meritocrático.

34
Capítulo 2. Objetivos gerais e específicos

2.1. Objetivos Gerais

Desenvolver estratégias para curto, médio e longo prazo que possibilitem o


desenvolvimento da aprendizagem, estreitando a comunicação entre a escola e a
comunidade onde a mesma está inserida para melhorar o processo de
ensino/aprendizagem dos estudantes. Valorizando a educação como um
instrumento de humanização e de interação social, em um processo educativo
fundamentado nos princípios legais da Educação Nacional, proporcionando à
comunidade escolar um Ensino Fundamental de qualidade através de um trabalho
de parceria entre pais, estudantes e profissionais da educação.

2.2. Objetivos Específicos

● Condicionar a unidade do saber e do fazer através de uma prática


interdisciplinar que percorra um caminho oposto à fragmentação do
conhecimento;

● Criar conselhos de escuta para que a comunidade escolar possa informar


suas posições/reflexões a respeito dos mais diferentes problemas e situações
que possam surgir no cotidiano escolar.

● Proporcionar condições favoráveis para a construção consciente de valores


cívicos e sociais e socioemocionais.

● Promover ações administrativas e pedagogicas que mobilizam toda a


instituição escolar considerando o letramento como manter de todo contexto
que eleve a formação do ser.

● Efetivar as competencias gerais do BNCC.

● Trilhar ações mobilizadoras que contemplem as metas do PME de


competencias da escola

35
Capítulo 3. Diagnóstico de indicadores educacionais

36
3.1. Taxa de reprovação, abandono e aprovação por etapa escolar,
anos iniciais e anos finais

IMAGEM 3: gráficos sobre a reprovação, abandono e aprovação escolar na Escola


Maria Olina Soares.

37
Fonte: portal Qedu (2022)

3.2-Distorção Idade-Série

Evolução da distorção idade-série correspondente aos anos de 2007 a 2021


dos estudantes com atraso escolar de dois anos ou mais. Como podemos observar
no fundamental II todas as turmas apontam números de estudantes em distorção
idade -série, este é um dos pontos de atenção a ser considerado como prioridade
de ações a serem desenvolvidas com o objetivo de amenizar a evasão escolar
ocorrida por este fluxo.

38
3.3- Índice do IDEB
Esses índices de aprendizagem contemplam os resultados obtidos através da
realização das avaliações externas do Saeb- (Prova-Brasil e antiga ANA).

IMAGEM 4: Evolução do IDEB

39
Fonte: Portal Qedu (2022)

40
3.4-Fluxo
IMAGEM 5: fluxo de evolução

Fonte: Portal Qedu (2022)


A escola passa por avaliações externas de desempenho em larga escala, que
são elas:

● Prova Brasil - 5º/9º anos


● Fluência- 2º ano
● Saveal- 2º/5º/9º anos

Neste referido ano de 2022 a escola foi contemplada pela avaliação do


Pisa- Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, que foi aplicada de forma
amostral com estudantes matriculados a partir do 7º ano do ensino fundamental na
faixa etária dos 15 anos.
São através dos resultados das avaliações externas que são elaboradas as
políticas públicas no sistema de ensino, promovendo o redirecionamento das
atividades pedagógicas.

41
Existem também outros dois projetos de competição apoiados pelo Ministério
da Educação- MEC que fazem parte do contexto desta escola, são eles:

● OBMEP- 6º/7º/8º/9º anos


● OLP- 5º/6º/7º8º/9º anos

A OBMEP- Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas estimula


o estudo da matemática como também ajuda a encontrar jovens destaques deste
componente curricular, promove também a inclusão e melhoria do ensino.
A OLP- Olimpíada de Língua Portuguesa estimula a produção textual e
melhora a leitura escrita dos estudantes.

Capítulo 4. Missão, visão e princípios

4.1. Missão

Na área urbana da cidade de Mata Grande-Al, existem apenas duas


unidades escolares que ofertam o ensino fundamental I e II. Uma dessas unidades é
a Escola Municipal Professora Maria Olina Soares, localizada na rua Dalvino
Alencar, s/n°, no bairro Mandacaru. Essa escola atende a um público variado de
alunos/as, filhos da classe trabalhadora, com uma concentração maior de
estudantes da zona rural. Desse modo, a referida escola representa um importante
centro de acesso à educação escolar formal para as crianças e adolescentes da
cidade de Mata Grande-Al. Sua existência é muito importante para as famílias e
estudantes, principalmente para as famílias que residem na zona rural e dependem
exclusivamente desse espaço para garantir a formação básica dos seus filhos.
A grande concentração de estudantes da zona rural na Escola Municipal
Maria Olina Soares ocorre também em função da sua localização, pois a mesma
está situada na entrada da cidade de Mata Grande-Al, representando uma melhor
rota para entrada e saída dos estudantes que residem na zona rural e dependem do
transporte público escolar diariamente.
Como destacaram Marques e Castanho “A escola, nas sociedades letradas
como a nossa, ocupa lugar por excelência para que se cumpram as funções da
educação e da aprendizagem dos conhecimentos, das artes, das ciências e da

42
tecnologia”2. E, se tratando da escola pública que atende filhos da classe
trabalhadora, a mesma tem um papel ainda mais e jovens conseguem compreender
e aplicar o conhecimento científico construído ao longo dos anos.
Além disso, os espaços escolares públicos se tornaram também locais
para o desenvolvimento das capacidades humanas, pois como ressaltou a
professora Rosaura Soligo, em texto sobre o Referencial Curricular da Educação
Básica de Alagoas, a tendência atual nos parâmetros curriculares, a exemplo da
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e do Referencial Curricular de Alagoas
(ReCAL) é o desenvolvimento das diferentes capacidades humanas, dentre elas: a
cognitiva, a afetiva, a física e a estética3. Assim, fica evidente que a escola pública
não oferece apenas a oportunidade de conhecer parte do conhecimento científico
acumulado ao longo da história, mas de compreender a lógica cultural dominante do
atual tempo histórico e de se posicionar em relação a ela .
Desse modo, a Escola Pública Municipal Professora Maria Olina Soares
torna-se um espaço necessário para que muitos estudantes, filhos de homens e
mulheres trabalhadoras da cidade de Mata Grande-Al, tenham garantidos seus
direitos de aprendizagem, ou seja, seus direitos a aprender os diferentes saberes
que envolvem a assimilação de valores e atitudes e ao desenvolvimento de
competências, habilidades e conteúdos conceituais como preconiza a BNCC e o
ReCAL.

4.2. Visão

Desde a implantação da BNCC e do ReCAL, a noção de currículo como lista


de conceitos e fatos a serem ensinados está sendo desconstruída nas escolas. Por
essa razão, configura-se como um desafio atualizar os Projetos Políticos
Pedagógicos a partir das novas exigências dos referidos referenciais curriculares,
visto que nas escolas públicas ainda é muito evidente a cultura da transmissão do
conhecimento.
Desse modo, para acompanhar as exigências da BNCC e do ReCAL, a
Escola Municipal Professora Maria Olina Soares objetiva permitir que, a longo
prazo,

2
MARQUES, Patrícia Batista; CASTANHO, Marisa Irene Siqueira. O que é a escola a partir do sentido construído
pelos alunos. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, SP. Volume 15,

43
Número 1, Janeiro/Junho de 2011: 23-33. 23
3

44
os estudantes desenvolvam maior autonomia/protagonismo em relação ao processo
de aprendizagem, à formação de atitudes e valores e ao exercício da
cidadania. Para isso será feito uso de estratégias ineterventivas entre gestão e
professores/as que incentivem o diálogo entre a realidade desses estudantes e os
conteúdos/atividades ministradas em sala de aula, em campos de estudos e com
apoio de parceiros por meio da educação intersetorial.

4.3. Princípios
Contribuir com o desenvolvimento de saberes que possam ajudar os
estudantes a refletir suas atitudes e valores diante da lógica cultural dominante, do
exercício da cidadania e do seu compromisso com o processo de aprendizagem.
Para isso, busca-se seguir as diretrizes dos referenciais curriculares e incentivar e
auxiliar o corpo docente a promover mais estratégias de ensino voltadas para
estimular o protagonismo dos estudantes, para que os mesmos possam construir
relações de respeito, empatia e responsabilidade dentro e fora da escola. Assim
também como proporcionar uma aprendizagem que contemple as defasagens
existentes no perfil dos estudantes desta unidade escolar.

Capítulo 5. Fundamentação teórica e bases legais

“Embora as formas de educação não-escolar tenham precedido


historicamente à forma escolar, a situação que hoje se configura nos
coloca diante do fato de que não nos é mais possível compreender a
educação sem a escola”.4

A reflexão de Saviani a respeito da importância do espaço escolar para a


educação, uma vez que consentimos com a ideia de que a escola, em especial a
escola pública, configurar-se como o principal espaço para que crianças,
adolescentes e jovens, filhos de mulheres e homens trabalhadores/as, possam
conhecer e compreender a sistematização do conhecimento científico, desenvolver
suas relações interpessoais e construir valores e atitudes.
Durante décadas o acesso ao espaço escolar brasileiro era privilégio das
elites, as quais dominavam todos os lugares de formação. Apenas quando os
governos compreenderam ser necessário profissionalizar a classe trabalhadora, a

4
SAVIANI, Dermeval. Pedagogia histórico-crítica e pedagogia da libertação: aproximações e distanciamentos. In:
45
Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Salvador, v. 13, n. 3, p. 170-176, dez. 2021 ISSN: 2175-5604.

46
escola tornou-se ambiente para ser frequentado por públicos diferentes. 5 Assim,
aqueles que negam a importância da escola no tempo presente, já se beneficiaram
dela em um passado recente e/ou possuem os mais variados recursos financeiros,
técnicos e informacionais para que seus filhos/as obtenham as mais variadas
formações6.
Tomando como referência essa discussão, defender a existência da escola
pública é uma forma de garantir que muitos estudantes tenham acesso a educação
sistematizada. Por essa razão, as alterações no presente Projeto Político
Pedagógico (PPP) da Escola Municipal Maria Olina Soares, localizada na cidade de
Mata Grande-AL, procura contemplar essa reflexão e a partir dela reelaborar sua
organicidade, seu funcionamento através da atuação da gestão, dos docentes,
discentes, de todos que fazem a comunidade escolar.
Desse modo, seguindo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o PPP
da escola Municipal Maria Olina busca contemplar alguns dos principais desafios
dos anos iniciais e finais do ensino fundamental, a saber: o fortalecimento da
autonomia das crianças e adolescentes e a sistematização do conhecimento. Nos
anos iniciais do ensino fundamental, os estudantes ampliam suas experiências
para o “desenvolvimento da oralidade e dos processos de percepção, compreensão
e representação, elementos importantes para a apropriação do sistema de escrita
alfabética e de outros sistemas de representação” 7, e depois, nos anos finais do
ensino fundamental desenvolvem a “compreensão do adolescente como sujeito em
desenvolvimento, com singularidades e formações identitárias e culturais próprias”8.
Para atender a etapa educacional do ensino fundamental, a BNCC, a LDB e
o ReCAL orientam que a criação e/ou atualização dos PPPs estejam em
consonância com as características mencionadas no sentido de garantir as
aprendizagens essenciais aos estudantes, quer sejam competências (mobilização
de conceitos e procedimentos) ou habilidades (práticas cognitivas e
socioemocionais).

5
ALMEIDA, Jane Soares. Mulheres na Educação: missão, vocação e destino? In: O legado educacional do século
XX no Brasil. 3.ed. Campinas, SP: Autores associados, 2014.
6
SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia: para além da curvatura da vara. In: Germinal: Marxismo e Educação
em Debate, Salvador, v. 5, n. 2, p. 227-239, dez. 2013.

7
Base Nacional Comum Curricular.
8
Op. cit.
47
Assim, a atualização do PPP da Escola Municipal Maria Olina Soares busca
contemplar tanto as questões políticas e administrativas que norteiam a escola, mas
principalmente as práticas pedagógicas articuladas a questões cotidianas dos
estudantes que estão frequentando o ensino fundamental na referida escola.
A utilização de práticas pedagógicas que estimulam a criticidade, permite
desenvolver o que preconiza a lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (LDB), em
seu artigo 32, quando se refere a aquisição de conhecimentos e habilidades na
formação de atitudes e valores. A pedagogia crítica, em especial, a pedagogia
histórico-crítica defendida por Saviani é uma ferramenta valiosa para uma educação
que forme “pessoas autônomas capazes de desenvolver uma prática social
transformadora em contraposição à educação acrítica que forma pessoas
dependentes e reprodutoras da ordem vigente9”.
Essa pedagogia histórica crítica torna-se uma alternativa para valorizar a
escola pública e o público que a mesma atende no ensino fundamental, pois
preconiza a sistematização dos saberes populares e científicos no ambiente escolar,
ou seja, os estudantes encontram na escola uma forma para compreender a si
mesmo, o lugar onde mora, sua posição na sociedade, seus dilemas e seus valores.
E, no contexto pós-pandêmico, essa pedagogia contribui com os programas de
recomposição das aprendizagens que estão sendo implantados no Brasil.
No estado de Alagoas, o programa de recomposição da aprendizagem está
centralizado na mitigação das defasagens educacionais dos estudantes do ensino
fundamental e médio. Durante a pandemia, muitos estudantes não conseguiram
acompanhar atividades remotas referentes a sua idade/série, e muitos daqueles que
acompanharam essas atividades, não tiveram o mesmo rendimento que poderiam
obter em contexto de ensino presencial. Por essa razão, problemas já existentes de
defasagem educacional foram acentuados na rede pública de ensino, situação que
pressiona as escolas a adotar práticas pedagógicas para incentivar os estudantes a
voltarem e/ou permanecer na escola.
Como abordado no gráfico do terceiro capítulo deste PPP, intitulado
“Diagnóstico de indicadores educacionais”, o ano de 2021 apresentou o maior índice
de distorção idade/série da escola Municipal Maria Olina. Essa distorção é reflexo do
período pandêmico e tamb ém ajuda a piorar os quadros de evasão escolar, pois

um

48
9
SAVIANI, Dermeval. Pedagogia histórico-crítica e pedagogia da libertação: aproximações e distanciamentos.
In: Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Salvador, v. 13, n. 3, p. 170-176, dez. 2021 ISSN: 2175-5604.

49
dos fatores que contribuem para os estudantes abandonarem a escola é distorção
idade/série10.
Outro problema ocasionado pelo período pandêmico foi a nota do IDEB dos
anos finais do ensino fundamental da Escola Municipal Maria Olina Soares. Os
gráficos do capítulo mencionado acima apresentam que o desempenho dos
estudantes dos anos finais da referida escola não foi muito positivo no IDEB 2021.
Diante dos resultados apresentados nos capítulos anteriores, a atualização do
presente PPP resulta de discussões a respeito de quais estratégias pedagógicas e
políticas poderiam alterar o presente quadro de distorção idade/série, de evasão
escolar e de baixo rendimento nas provas de avaliação interna e externa.
O programa de recomposição da aprendizagem consiste na mitigação das
defasagens de aprendizagens dos estudantes da rede pública de ensino, a partir
dos resultados dos diagnósticos e das avaliações internas e externas 11. Portanto,
toda alteração pedagógica realizada nas escolas estão caminhando pari passu com
o contexto pós-pandêmico e o documento do programa de recomposição da
aprendizagem.
A pedagogia histórico-crítica ao compreender a escola como ambiente
condicionado pelo contexto na qual está inserida se relaciona dialeticamente com a
sociedade. Segundo Saviani, a pedagogia histórico crítica situa professores e alunos
no interior de uma prática social ocupando posições distintas, mas o ponto de
partida do professor detém uma visão sintética da prática social enquanto o aluno se
situa numa visão sincrética12.
Desse modo, a referida prática pedagógica torna-se uma alternativa para
desenvolver o programa de recomposição da aprendizagem na escola Municipal
Maria Olina, como para construir um espaço aliado com a abordagens das questões
sociais, culturais, econômicas e políticas do contexto no qual os estudantes estão
inseridos.
Assim, a Escola Municipal Maria Olina Soares, alinhada com as diretrizes
educacionais da BNCC, da LDB, do ReCAL, acompanha as recomendações para

10
KLEIN, Maiara Luisa; POWACZUK, Ana Carla Hollweg. Índices de distorção Idade-Série: implicações na gestão
educacional. In: Políticas Educativas, Paraná, v. 13, n. 1, p. 96-108, 2019 – ISSN: 1982-3207.
11

12
SAVIANI, Dermeval. Pedagogia histórico-crítica e pedagogia da libertação: aproximações e distanciamentos.
In: Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Salvador, v. 13, n. 3, p. 170-176, dez. 2021 ISSN: 2175-5604.

50
atualização do presente PPP, considerando o contexto escolar, o público de
estudantes atendidos,as dificuldades dos estudantes e o programa de recomposição
das aprendizagens.
A educação começa quando os estudantes também passam a se
reconhecer nas práticas pedagógicas e políticas da escola. Por isso,
compartilhamos do pensamento de Saviani quando o mesmo afirmou que a
educação é uma relação entre professor-aluno e aluno-professor13. Ambos
dependem um do outro e o espaço escolar é imprescindível para essa relação
cotidiana.

Capítulo 6. Plano de ação

O plano de ação é o processo de uma elaboração de caminhos traçados para


se concretizar as metas pontuadas de acordo com o diagnóstico da situação
atual da escola. A Escola Professora Maria Olina Soares, dentro do seu contexto
atual e levando em consideração seu histórico, traz uma perspectiva de uma escola
democrática que viabilize uma educação participativa, interdisciplinar, ativa,
protagonista, que contemple o estudante de forma integral e assegure a sua
permanência escolar.

Educação inclusiva .

Pensando na garantia da aprendizagem de todos os integrantes da


escola,buscam ser sensitivos e arriscam no potencial,na convivência e com o diferente,
trazendo a diversidade num contexto natural frisando a importância das características
de cada um,virtudes, belezas e conhecimentos a serem compartilhados.
Sendo assim, a escola contempla uma didática dinâmica que atenda a todos os
estudantes numa concepção de inclusão que principia a seguinte ideia.

escolas deveriam acomodar todas as crianças independente de suas


condições físicas, intelectuais,sociais, emocionais,linguísticas ou outras.Aquelas
deveriam incluir crianças deficientes e superdotados, crianças de rua que
trabalhar,crianças de origem remota ou de população nômade, crianças pertencentes a
memórias linguísticas,etnias ou culturais e crianças de outros grupos desvantajados ou
marginalizados (UNESCO,1994)
Essas considerações encaixam-se no perfil da instituição que apresenta
misticidade na clientela recebida,de forma gritante necessitam de oportunidades e
proporcionam que impulsionam positividade gentileza,atitudes não discriminatória,novas
habilidades e ações de acolhida que permitam a mudança de comportamento e a
mesma possa ser inserido na sociedade com sucesso.
51
A infância e a adolescência quando vivida num ambiente distorcido e atípicos
no sentido de educação,emoção e afetividade se reverte numa sociedade adulta
adoecida mentalmente .
A escola é confrontada a vivenciar uma pedagogia diferenciada com base na BNCC e
nas competências gerais nela contidas.

EDUCAÇÃO INFANTIL E A TRANSIÇÃO PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

Sendo a primeira etapa da educação básica que dá direito ao acesso a escola, a


Educação Infantil estabelece relação com a Instituição escolar Maria Olína em duas
instâncias : alunos do campo e alunos da zona urbana, ao ser ofertadas nas escolas do
campo nucleadas,os estudantes do 1⁰ ano a qual a escola recebe passam pela
transição onde deve-se compreender numa dimensão mais ampla,esse
processo.Pensando assim a escola se preocupa em associar os campos de
experiências vividos pelos estudantes na fase anterior adentrando-os no mundo do
letramento respeitando o processo do nível de leitura de cada um ao mesmo tempo
equalizando a aprendizagem.
(...)na organização e proposição pelo educador,de experiência que permitam as
crianças conhecer a si e ao outro e de conhecer e compreender as relações com a
natureza,com a cultura e com a produção científica,que se traduzem nas práticas de
curiosidades ( alimentar-se vestir -se ,higieniza-se,nas brincadeiras,nas
experimentações com materiais variados,na aproximação com a literatura e no encontro
com as pessoas ( BRASIL,2017,p 37).
Propõe -se aos docentes do 1⁰ ano,lançar atividades lúdicas,fazer uso da literatura
infantil,regras de convivência e desenvolvimento de habilidades
socioemocionais,linguísticas e escritas trilhando um caminho para conquistar a fluência
na leitura .

BUSCA ATIVA: FORA DA ESCOLA NÃO PODE

A busca ativa escolar é ponto de atenção da escola,mesmo contemplando uma


educação interssetorial entre, Educação,Saúde, Assistência Social e Planejamentos.
A escola monta estratégia de acompanhamento com o objetivo de trazer os alunos de
volta ao ambiente escolar,porém a permanência destes na escola é um desafio
constante da assistência social da escola ,da SEMED,gestão e profissionais da
mesma,pois,fatores externos contribuem para o distanciamento do estudante.
Orientações e apoio das Nações Unidas para infância (UNICEF) e pela União Nacional
dos Dirigentes Municipais da educação (Undime)a busca ativa permite gerar
equipes,articular e estabelecer comunicação com agentes públicos de todo Municipio.
O estatuto da criança e do adolescente é contemplado no processo de busca ativa
sendo que em nassa todos os casos de evasão estão vinculados a situação familiares e
perca de direitos para com a criança e adolescente.
Conselho tutelar e outros órgãos são acionados quando se há necessidades de
52
intervenção

EDUCAÇÃO DO CAMPO.
A consolidação da Educação do campo na isntituição permeia os multiplos aspectos
da realidade da clientela, a valorização dos sabores culturais e social. A apropriação de
leitura com esse grupo exige um olhar para o desenvolvimento da oralidade e da
socialização pois os mesmos vem de escola spequenas e colegas somente da mesma
comunidade onde o perfil de sala na grande maioria são em turmas multseriados, ao
viver na cidade se conforta com grandes turmas e se inibem no periodo de adaptação.

PLANO DE AÇÃO

Escola: Municipal de Educação Básica professora Maria Olina Soares

Ano: 2023/2024

Pessoa(s) responsável(is): Gestores Escolar, Coordenador de Núcleo,


Articulador de Ensino, Coordenação pedagógica, Assistente Social e Docentes

Assunto: Redução de abandono escolar, Redução e taxa de reprovação,


Proeficiência em português e matemática e Participação dos pais e/ou
responsáveis no ambiente escolar.

Objetivo: Definir metas a curto, médio e longo prazo que viabilizem alcançar a
execução das atividades planejadas.

13
Op. cit.

53
· Fazer ·Realizaçã
· Realização de · Ofertar aulas mapeamen o de
busca ativa de reforço to de
Ação reuniões e
mensalmente por escolar aos estudante
meio de ligações estudantes plantões
s com pedagógic
telefônicas e que dificuldad
(Atividade) visita domiciliar; apresentem os com
es de
defasagem na aprendiza pais e/ou
· Reunião com aprendiza responsáv
gem;
os pais e/ou eis;
responsáveis gem;
·Desenvo Promove
para
· Realização lver r
conscientização
sobre a de gincanas, estratégia momento
importância e giro de s de s de
obrigatoriedade notícias e ensino a socializa
da presença projetos que partir de ção (
escolar. visem materiais outubro
de apoio rosa,
desenvolver do Escola
habilidades novembr
10;
de trabalho o azul)
em equipe, com os
·
bem como a pais e/ou
Aplicaçõe
troca de responsá
s de
coneciment veis para
simulado
os entre trazê-los
s.
estudantes para
de mais
diferentes perto do
níveis de ambiente
aprendizage escolar.
m.

Reduzir a taxa Reduzir a taxa Melhorar a Promover a


de abandono de reprovação proficiênci participação
Meta e escolar. a em dos pais e/ou
objetivo a português responsáveis
e no ambiente
que
matemátic escolar
responde a

Gestão escolar, Gestão Gestão Gestão


Coordenação escolar, escolar, escolar,
Pessoa(s) Pedagógica, Coordenação Coordenaç Coordenação
responsável Coordenador de Pedagógica, ão Pedagógica,
(is) Núcleo, Coordenador Pedagógic Docentes,
Assistente social, de Núcleo, a, Profissionais
Docentes. Articulador de Docentes, da saúde, pais
ensino e Articulado e/ou
Docentes. r de responsáveis.
ensino.

54
Cronograma As ações Bimestralmente As ações No final de
Acontecerão acontecer cada
mensalmente. ão bimestre e
mensalme
nte. nos meses
de outubro
e
novembro.

Transporte , Professor Planilha de


Telefone, Equipe para o desempenh
Recursos de busca ativa, reforço, uma Materiais
SEMED. sala com de apoio da
o dos
lousa, mesas Escola 10; estudantes;
e cadeiras,
materiais de Simulados; Ata de
papelaria, compareci
cópias Planilhas de mento;
coloridas, mapeament
caixa de som, o.
microfone. profissionai
s da saúde;

material de
papelaria.

Acontecerá O processo O processo


através da de avaliação Acontecer de
Avaliação análise de ocorrerá
planilhas de através da
á através avaliação
infrequência dos observação e da análise será
estudantes. efetivação de dos através da
atividades, a simulados análise das
serem aplicados atas de
partilhadas
em momentos
e compareci
dos HTPC e mapeame mento e da
conselhos de nto. observação
classe. do
cotidiano
escolar.

55
REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Jane Soares. Mulheres na Educação: missão, vocação e destino? In: O


legado educacional do século XX no Brasil. 3.ed. Campinas, SP: Autores
associados, 2014.

Base Nacional Comum Curricular.

KLEIN, Maiara Luisa; POWACZUK, Ana Carla Hollweg. Índices de distorção


Idade-Série: implicações na gestão educacional. In: Políticas Educativas, Paraná, v.
13, n. 1, p. 96-108, 2019 – ISSN: 1982-3207.

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).

MARQUES, Patrícia Batista; CASTANHO, Marisa Irene Siqueira. O que é a escola a


partir do sentido construído pelos alunos. Revista Semestral da Associação
Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, SP. Volume 15, Número 1,
Janeiro/Junho de 2011: 23-33.

Programa de Recomposição da

Aprendizagem. Referencial Curricular de

Alagoas.

SAVIANI, Dermeval. Pedagogia histórico-crítica e pedagogia da libertação:


aproximações e distanciamentos. In: Germinal: Marxismo e Educação em Debate,
Salvador, v. 13, n. 3, p. 170-176, dez. 2021 ISSN: 2175-5604.

. Escola e democracia: para além da curvatura da vara. In:


Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Salvador, v. 5, n. 2, p. 227-239, dez.
2013.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Projeto político-pedagógico da escola: uma


56
construção possível. 14ª ed. Papirus, 2002.

57
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