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PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO PARA SELEÇÃO DE GESTORES

ESCOLARES NO MUNICÍPIO DE SAPÉ-PB.

PLANO DE GESTÃO ESCOLAR

BASEADO EM EXPERIÊNCIAS NA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO


FUNDAMENTAL E EDUCAÇÃO INFANTIL LÚCIA DE FÁTIMA XAVIER
AMARO

LUIZ EDUARDO OLIVEIRA DE LIMA


(PROPONENTE AO CARGO DE GESTOR ESCOLAR)

SAPÉ-PB
2023
CURRÍCULO DO PROPONENTE

Luiz Eduardo Oliveira de Lima, possui graduações em Direito pela Universidade


Federal da Paraíba e em Pedagogia pela Intervale, é especialista em Gestão, Orientação e
Supervisão Educacional. No curso de Direito teve como objeto de monografia a tese da
efetividade do ensino remoto durante a pandemia da Covid-19. Na área educacional tem
aprofundamentos em estudos na área de Financiamento da Educação, Liderança em Gestão
Escolar e Gestão de Pessoas. Atualmente é pós graduando em Gestão Pública no Instituto
Federal do Rio Grande do Norte.

É professor de provimento efetivo do quadro de pessoal da Prefeitura Municipal de


Sapé, já atuando em diversos cargos, como, por exemplo, Monitor de Creche em 2017 no
Crei Flavina, Secretário Escolar na Emeief Júlia Figueiredo 2018 e 2019, retornando ao Crei
Flavina em 2020 como Gestor Escolar, em 2022 foi Gestor Adjunto da EMEF Severino
Alves Barbosa e atualmente está a frente da EMEIEF Lúcia de Fátima Xavier Amaro.

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SUMÁRIO
1.Apresentação do Plano.............................................................................................................04
2. Descrição das Metas.................................................................................................................05
2.1 Dimensão Pedagógica...............................................................................................................05
2.2 Dimensão Administrativa........................................................................................................07
2.3 Dimensão Financeira................................................................................................................09
2.4 Dimensão Física e Estrutural..................................................................................................11
3. Monitoramento do Plano..........................................................................................................13
Referências Bibliográficas...........................................................................................................14

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1. Apresentação do plano:

O presente plano de gestão é um instrumento de trabalho norteador de práticas a


serem desenvolvidas no âmbito da unidade de ensino da Escola Municipal de Ensino
Fundamental e Educação Infantil Lúcia de Fátima Xavier Amaro, seu principal objetivo
é promover um trabalho executável e sustentável com a promoção de ações que permitam
a participação de todos os segmentos da comunidade escolar, assim representados por
professores, estudantes e família. Este plano é pautado no interesse de contribuição efetiva
para uma escola pública de qualidade que esteja em consonância com os princípios
balizadores da educação democrática e participativa.
A organização do trabalho através de direcionamentos contribui para alicerçar e
sustentar tomadas de decisões. Por essa razão, pensar objetivamente em ações e metas faz
com que a responsabilidade seja fortalecida. Assim, o trabalho pedagógico se enriquece
com organização, planejamento e habilidades que estruturam um melhor aproveitamento,
por conseguinte permite um melhor desenvolvimento dos estudantes inseridos.
Além disso, as metas e as ações deverão ter por base um currículo norteador, neste,
a BNCC é explorada, e assim, como esta preconiza, o presente instrumento irá inspirar
um espaço educativo acolhedor com objetivos comuns.
O papel do gestor escolar neste plano será a de entender-se como líder,
administrando as atividades educativas, administrativas e financeiras com orientações dos
princípios democráticos. Assim, as ações e metas serão direcionadas a manutenção
constante de diálogos entre os segmentos da comunidade escolar, deste modo prevendo
possibilidade de possíveis adaptações em caso de encontro de outras alternativas para
concretização das metas.
O trabalho desenvolvido pela figura do gestor escolar é um trabalho árduo, porém
se bem direcionado é possível proporcionar significativas experiências para construção
da formação de cidadãos críticos em consonância com os objetivos do ordenamento
brasileiro em educação. Mas para isso, é necessário ter conhecimento da realidade escolar
em que está inserido, para então buscar tomadas de decisões mais assertivas.
Por fim, diante disso, esse plano é intencional no sentido da construção de uma
educação com foco no cumprimento de metas e ações que abrange valores significativos,
assim como o respeito, a cidadania, a inclusão, a formação de estudantes e servidores,
como também a promoção de aprendizagem dos estudantes, entendendo-se como uma
gestão em educação humanizada.

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2. Descrição das Metas

2.1. DIMENSÃO PEDAGÓGICA

Os parâmetros da dimensão pedagógica são extraídos do entendimento do art. 22


da Lei Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que assim define:

“A educação básica tem por finalidade desenvolver o


educando,assegurando-lhe a formação comum indispensável para
oexercício da cidadania e fornecer-lhe meios
para progredir no trabalho e em estudos posteriores”.
Portanto, a educação é pautada em um percurso de construção de
conhecimento com fim de formar um cidadão com autonomia e possuir capacidade para
reflexão crítica do contexto em que está inserido, podendo se perceber nas situações do
seu cotidiano e poder se posicionar com lucidez. Desta forma, propomos:

META 1: Promover ações pedagógicas que construam uma relação da escola com
os setores da comunidade escolar, buscando proporcionar uma escola acolhedora que vise
minimizar o percentual de faltas, evasão e a reprovação de alunos nas modalidades que a
instituição atende (Educação Infantil, Ensino Fundamental – anos iniciais e Educação de
Jovens e Adultos – primeiro segmento)

AÇÃO 1: Promover atividades pedagógicas, como projetos interdisciplinares,


palestras informativas alinhadas ao discurso do aluno, atividades culturais expressivas da
vontade alunar com pertinência temática e necessária para o contexto, tornando efetivo o
papel protagonista do alunado, assim como a integração de seus familiares nestas
atividades.

AÇÃO 2: Apoiar e contribuir com os professores na elaboração de estratégias que


atendam as especificidades das atividades da Ação 1, tornando essas ações lúdicas,
interativas e dinâmicas, colocando a disposição ferramentas e materiais. Além de apoiar
de forma humanizada para motivá-los.

AÇÃO 3: Buscar executar as políticas e práticas adequadas que visam garantir a


igualdade de acesso e permanência na escola e contribuem para a equidade no processo
de ensino aprendizagem.

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META 2: Ter 100% dos estudantes do 2.º ano do Ensino Fundamental (anos
iniciais) alfabetizados e assegurar a alfabetização completa até o 5.º ano, bem como o
domínio daleitura, da escrita e do cálculo matemático, contribuindo para a construção
escolar do alunado.

AÇÃO 1: Utilizar-se da pedagogia de projetos para construção de atividades


pedagógicas interdisciplinares que contemplem as demandas de acesso à leitura e escrita,
assim como alinhar os planos de ensino dos docentes, ao currículo e aos objetivos do PPP.

AÇÃO 2: Promover e assegurar o direito de formação continuada do corpo


docente através da criação de oficinas didáticas pedagógicas, e para atendimento das
necessidades surgentes buscar estabelecer um espaço de escuta para apreciar as propostas
e discutir possíveis soluções dessas necessidades.

AÇÃO 3: Ampliar o atendimento complementar dos alunos: Executando os


programas pedagógicos federais e da rede municipal de ensino, assim como monitorando
os instrumentos de acompanhamento do ensino aprendizagem de cada aluno, buscando
ofertar um atendimento individual ao aluno sempre que necessário. E por fim, apoiar-se
em atividades que tenham como condão objetivo a promoção sempre da leitura e escrita,
assim como a formação matemática do aluno, como exemplos de olímpíadas de história
e matemática ou processo de soletração de palavras.

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2.2. DIMENSÃO ADMINISTRATIVA

A dimensão administrativa tem como alicerce o princípio da gestão democrática


e seus aspectos burocráticos devem respeitar legalmente os diplomas normativos da rede
em que a escola esteja envolvida, assim como aquilo que é disciplinado no âmbito da
educação nas demais esferas, seja federal ou estadual. Nesse contexto é sempre necessário
assegurar que o Projeto Político Pedagógico da unidade esteja norteado por toda essa
configuração. Assim, indiscutivelmente terão Metas e Ações mais fidedignas capazes de
desenvolver um trabalho mais aperfeiçoado.
Para isso, são necessários conhecimentos dos documentos norteadores e as
propostas que trazem para inseri-los na gestão, assim como seguir suas propostas. São,
entre eles, a Constituição Federal, a LDB, o Currículo Continuum, a BNCC e as normas
legais vigentes que tratam sobre a organização da Educação Básica, assim como outras
normas infralegais que versam sobre direitos de crianças e adolescentes.
“Com base nos eixos estruturantes e as competências
gerais da Educação Básica, os direitos de aprendizagem e
desenvolvimento asseguram as condições para que as crianças
aprendam em situações nas quais possam desempenhar um papel
ativo em ambientes que as convidem a vivenciar desafiose a
sentirem-se provocadas a resolvê-los, nas quais possam construir
significados sobre si, os outros e o mundo social e natural.
(BNCC, p. 35, 2018).

Nessa perspectiva, destacamos as metas abaixo:

META 1: Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, a efetivação da


participação de todos os segmentos da comunidade escolar nos processos de tomada de
decisões na escola, afim de que se possa concretizar o princípio da gestão democrática.

AÇÃO 1: Fortalecer os instrumentos dos colegiados para dar ênfase ao


acompanhamento e funcionamento da unidade escolar, como avaliar e sugerir as tomadas
de decisões. O fortalecimento a que se refere perpassa a ideia de manter esses colegiados
em pleno funcionamento ou de reativá-los em caso de inoperância.

AÇÃO 2: Fundar, através de documento normativo, tal qual um estatuto, e pôr


em funcionamento um colegiado de PAIS e MESTRES para auxiliar no processo de
tomada de decisão e acompanhamento do funcionamento da unidade escolar.

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AÇÃO 3: Assegurar as condições necessárias para que os segmentos da
comunidade escolar, tais quais professores, alunos e familiares possam participar da
produção do Projeto Político Pedagógico, conhecer o plano de gestão escolar, as
disciplinas do regimento escolar e criar um espaço de escuta para avaliação dos pais e
responsáveis quanto ao cumprimento do papel de formação das crianças.

META 2: Promover ações para o bom funcionamento dos setores administrativo


e de pessoal para assegurar uma rotina corporativa humanizada, articulando práticas de
orientação, igualdade de direitos e respeito entre todos os colaboradores.

AÇÃO 1: Desenvolver atividades que envolvam todos os atores da comunidade


escolar, com ações de mediação de conflitos e processos de brainstorming, com
perspectiva para criação de espaços de solidariedade e compromisso ético.

AÇÃO 2: Promover através de parcerias com entidades, órgãos não


governamentais ou outras instituições ações que visem contribuir com o aprimoramento
profissional de todos os profissionais envolvidos no âmbito escolar. Além de assegurar
aos professores a formação continuada prevista em ordenamento jurídico.

AÇÃO 3: Manter na rotina a prática de feedbacks constantes para oferecer no


processo de fluxo de trabalho um melhoramento gradativo de todos os setores envolvidos.
Além de buscar através desses feedbacks entender humanamente o profissional, buscando
garantir seus direitos sem prejuízos à unidade escolar.

AÇÃO 4: Organizar o ambiente para torná-lo mais acolhedor e menos estressante,


através de espaços mais lúdicos e aconchegantes que assim busque evitar sobrecarga de
trabalho aos profissionais envolvidos.

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2.3. DIMENSÃO FINANCEIRA

A dimensão financeira, por sua vez, se faz no âmbito de gerenciamento de recursos


financeiros que são instrumentos de colaboração direta para o pleno funcionamento da
unidade escolar, o capital é dividido em muitos programas federais em dois tipos, itens
de custeio e itens de capital, o que nesse contexto torna importante ressaltar a
responsabilidade de se buscar um conhecimento técnico para saber planejar de forma
eficiente a captação, a aplicação e a prestação dos recursos na unidade escolar. Os
estudantes possuem demandas reais e que devem ser coletivamente discutidas por todos
os colegiados envolvidos na unidade escolar e registrado em documentos oficiais as
aplicações dos recursos.

META 1: Aplicar em sua totalidade, de forma transparente e democrática, os


recursos financeiros recebidos pela instituição, além de seguir corretamente sua
destinação, visando colaborar com a qualidade de ensino, utilizando instrumentos oficiais
de planejamento e gestão financeira.

AÇÃO 1: Conhecer os recursos financeiros e programas disponíveis pelo Fundo


Nacional de Desenvolvimento da Educação, buscando sua captação através da alimentação
dos sistemas disponíveis, além de garantir transparência e fidelidade das informações
prestadas.

AÇÃO 2: Captar e aplicar os recursos dos programas PDDE (PROGRAMA


DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA), Primeira Infância, Escola Conectada, sendo voltados
para as modalidades de ensino que a escola possui.

AÇÃO 3: Controlar o registro das informações sobre os gastos em documentos


oficiais, tais como ATA, para posterior conhecimento da comunidade escolar.

AÇÃO 4: Promover o Orçamento Democrático Escolar (ODE) para a participação


de todos os segmentos da comunidade escolar, buscando explicitar a forma correta de
aplicação dos recursos, além de levantar prioridades junto a comunidade. E, além disso, ao
fim da execução promover uma reunião para prestação de contas.

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META 2: Buscar, através parcerias com a Secretaria Municipal de Educação,
procedimentos para instruções de captação, aplicação e prestação de recursos financeiros
pela escola.

AÇÃO 1: Utilizar instrumentos como modelos de pesquisas de preço, editais de


Licitação, planilhas e gráficos junto à orientação da Secretaria de Educação do Município
garantindo assim o uso legal e eficiente dos recursos públicos.

AÇÃO 2: Descrever de forma detalhada em atas ou documentos regimentais a


destinação dos recursos financeiros recebidos pela unidade escolar.

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2.4. DIMENSÃO FÍSICA/INFRAESTRUTURA

A dimensão física da escola leva em consideração o planejamento do gestor


quanto a organização de espaços adequados que ofereçam oportunidades de experiências
e aprendizagens significativas para as crianças. A escola deve ser um espaço acolhedor,
que não promova barreiras, e muito menos seja constrangedor devido a não oferta de
segurança, acessibilidade e conforto. Além disso, ofertar um espaço que busque despertar
a imaginação e a criatividade das crianças. Também assegurar que a infraestrutura do
prédio escolar esteja sempre requalificada. Assim destacamos as metas abaixo:

META 1: Assegurar condições de acessibilidade, segurança e acolhimento


através do melhoramento contínuo das condições físicas e estruturais da escola.

AÇÃO 1: Promover um lugar organizado, com limpeza e zelo ao patrimônio


público constante, assegurando a manutenção do mobiliário e adequado de forma a
atender a acessibilidade para inclusão social dos estudantes.

AÇÃO 2: Garantir materiais sempre que necessários aos colaboradores em geral,


para poderem executar de forma eficiente os serviços, além de adequar com equipamentos
os alunos e professores para a promoção da cultura digital no âmbito escolar.

AÇÃO 3: Solicitar a equipe responsável na Secretaria Municipal de Educação


reparos na unidade escolar sempre que necessário.

AÇÃO 4: Assegurar ambientes lúdicos adaptados para o contexto de inclusão de


todos os alunos, promovendo um ambiente acolhedor e prazeroso de frequentar.

META 2: Diagnosticar as necessidades da unidade escolar, buscando otimizar os


espaços escolares para serem suportes das necessidades encontradas, buscando promover
sempre um ambiente de ensino aprendizagem constante.

AÇÃO 1: Definir junto a comunidade escolar necessidades da unidade para


realizar adequações nos espaços da instituição, promovendo otimização de espaços
anteriormente não estruturados em seu projeto arquitetônico.
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AÇÃO 2: Criar, por exemplo, bibliotecas ou espaços digitais em pátios, ou salas
desativadas, afim de otimizar esses espaços atendendo a Meta 2 e a Ação 1.

AÇÃO 3: Investir em equipamentos para garantir acessibilidade nos espaços


escolares, como, por exemplo, rampas e seguradores em paredes com perspectiva de
acolher todos os alunos, inclusive os que possuem necessidades especiais.

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3. Monitoramento do Plano

A avaliação dar-se-á de forma processual e contínua e deverá levar em


consideração o cumprimento das ações para o alcance das metas instituídas neste plano,
(Outubro de 2023 à Outubro de 2025). Será objeto de monitoramento pelo Conselho
Escolar nos encontros do colegiado, assim como poderá ser alterado para fins de
atualização desde que sejam necessárias a partir da escuta ativa dos membros da
comunidade escolar na tomada de novas decisões e medidas.
O monitoramento que trata do Conselho Escolar se dará em conjunto com a
Secretaria Municipal de Educação, através do Conselho Municipal de Educação,
conforme preconiza o art. 12 do decreto 3002/2022 e seus respectivos parágrafos, tendo
por base o compromisso de sempre contribuir com os indicadores de eficiência da escola,
os resultados das aprendizagens dos alunos e a lisura gestão financeira.

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Referências Bibliográficas

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília,


2018.

LDB - Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da


Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996. BRASIL.

DECRETO, n°3002/2022 de 14 de setembro de 2022. Estabelece os critérios para seleção


de Gestores Escolares do Munícipio de Sapé.

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