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Bibliografia:
Fagulha, T. (1997). A Prova “Era uma vez...”. Prova Projectiva para Crianças.
Manual e Material. Lisboa: CEGOC-TEA.
“Era uma vez...” Prova Projectiva para
Crianças
Ficha Técnica
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
Instrução: “Olha, tenho aqui uma história de quadradinhos, mas ainda não está pronta e
eu gostava que tu me ajudasses a acabá-la. Vamos ver?”
Cartão E (Carnaval)
“Era uma vez um/a menino/a que estava a ver uma montra de uma loja de
brinquedos. Era Carnaval e ele/a foi comprar umas coisas para brincar. Estava a
atirar serpentinas. Agora vais tu continuar a história.”
“Estão aqui estes cartõezinhos todos e tu agora vais escolher 3 para continuares a
história: Fazes a história como tu gostares. Escolhes os 3 cartõezinhos que quiseres,
só 3, e vais colocá-los aqui. Depois contas-me a tua história. Estás a perceber?
Então agora escolhe.”
• Situação que remete para o medo de abandono, e/ou certeza da consistência da presença
da mãe, enquanto figura interna sólida e securizante.
• Cena 10: “Aqui a mãe e o/a menino/a já vão os dois juntos.”
Cartão II (Doença)
“O/a menino/a estava a dizer à mãe que se sentia mal. A mãe viu que ele/a tinha febre e
chamou o médico. E depois? Agora continuas tu.
• Ansiedades despertadas pelo medo da perda da integridade física, ou até mesmo da vida,
medo do sofrimento físico e da separação (concretizada num internamento ou pela
própria morte). A experiência de ser cuidado e tratado corresponde, por vezes, a uma
situação de maior proximidade dos pais.
• Cena 10: “Aqui o/a menino/a está a conversar com a mãe.”
“Era uma vez...” Prova Projectiva para
Crianças
Apresentação dos Cartões
Cartão III (Passeio à praia)
“O/a menino/a foi passear à praia com os pais. Estava a ver um grupo de meninos a
brincar, todos juntos. Voltou para o pé dos pais e pôs-se a pensar o que é que havia de
fazer. E depois o que é que ele fez? Agora contas tu.”
Cartão IV (Pesadelo)
“O/a menino/a foi-se deitar. Adormeceu muito bem e depois acordou de repente com
um sonho muito mau. Agora continuas tu.”
• Os presentes que recebe significam todas as dádivas de amor que desejou e de que, por
vezes, se sentiu despojada. Pelo contrário, não receber presentes poderá ser atribuído,
inconscientemente, a um castigo pelos seus impulsos agressivos. Quando a culpabilidade
é excessiva, o medo das decepções poderá conduzir a criança à supressão total dos
desejos, de forma que os presentes deixarão de lhe proporcionar verdadeiro prazer.
• Cena 10: “Acabou o dia dos anos e o/a menino/a vai-se deitar.”
• Pode salientar quer uma tendência comum em vários Cartões quer uma forma peculiar
de resposta a um determinado Cartão.
• Na finalização da prova, em que se pede à criança que dê um nome à personagem e
que diga qual o Cartão de que gostou mais, e o de que gostou menos, verifica-se que
todas as crianças (na amostra estudada e em estudos de caso) que deram o próprio
nome à personagem (ou o nome do pai ou da mãe) apresentavam algumas
características de perturbação emocional.
• Ao inventarem uma história há, em algumas crianças, um forte predomínio de
elementos presentes ou sugeridos pelos Cartões e Cenas da prova, noutras,
predominam aspectos da vida pessoal de um modo menos directo, traduzido
simbolicamente na história inventada.
• Ganha um significado mais real e claro na interligação com todos os dados da vida da
criança, sua situação familiar, história de desenvolvimento, motivo que desencadeou o
pedido de observação,...