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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO ETHIKOS

CURSO DE CAPACITAÇÃO

Nº 73

Educação Física Escolar

Brasília-DF
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO ETHIKOS

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PÓS - GRADUAÇÃO

EDUCAÇÃO CONTINUADA

CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO

Educação Física Escolar


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Pós - Graduação

Formação continuada do profissional

Cursos de aperfeiçoamento para o público

Educação Física Escolar

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Curso: Educação Física Escolar

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Introdução

Os avanços teóricos e acadêmicos na busca por propostas inclusivas e


cooperativas na Educação Física são evidentes, todavia não podemos deixar de registrar
que ainda persiste uma forte influência do mito da competição e do processo de
esportivização na Educação Física escolar (Correia, 2006a).

Nesse contexto e em busca de superar a visão excessivamente esportivizada da


Educação Física e a exacerbação da competição, os Jogos Cooperativos são
apresentados como uma nova e importante proposta para o cotidiano da Educação Física
escolar. Embora ainda seja considerada uma proposta carente de estudos e de
aprofundamento em alguns aspectos filosóficos, sociológicos e pedagógicos, apresenta-
se como bastante adequada aos propósitos de uma Educação Física escolar não
competitiva (Correia, 2006b; Darido, 2001).

A Educação Física escolar é historicamente influenciada pelo esporte de


rendimento, além de facilmente incorporar a competição como elemento fundamental
de sua existência. Lovisolo (2001) confirma isso, da seguinte forma: "considero que a
competição que se expressa em ganhar e perder é a alma do esporte" (p.108) e "creio,
portanto, que se há atividade esportiva na escola, algum grau de competição estará
presente" (p.109).
1.Origem da Educação Física

Quando se fala em educação física forma-se logo no pensamento a imagem de


movimento ou locomoção. Logo, não se pode pensar em exercícios físicos sem primeiro
atentar para a sua origem: Os antropólogos e paleontólogos, pesquisando certos
terrenos geológicos, descobriram que o homem apareceu entre o fim Plioceno e o
começo do Pleistoceno.

A existência humana determina necessidades econômicas. Estas obrigaram o


homem a locomover-se, de uma região para outra, numa mesma época do ano, ou em
épocas diferentes, iniciando, assim, inconscientemente o adestramento do corpo,
melhorando, através de milhões de anos, o seu aspecto físico para vencer melhor a luta
pela vida, quer procurando os bens econômicos, quer defendendo-se ou atacando, sem,
no entanto, constituir-se uma preocupação diária, em virtude de ser uma prática natural,
do saltar, trepar, correr, lançar, nadar, aprimorando, consequentemente, as funções
orgânicas.

O elevado grau de desenvolvimento físico, decorrente do trabalho orgânico,


agudeza dos sentidos de que eram dotados os povos selvagens, são provas irrefutáveis
de que os exercícios físicos, nasceram instintivamente com o homem, em razão de suas
necessidades econômicas e biológicas.

A observação que se faz e a conclusão a que se chega, no recém-nascido, por


onde, constata-se que "o movimento é o seu gesto mais pronunciado". O instinto de
mover o tronco e as extremidades primeiramente arrastando-se, depois andando de
gatinhas (quadruptação), logo depois andando, trepando, correndo, saltando e, quando já
adulto, sentindo-se forte, surge-lhe o instinto da luta, procurando dominar os mais
fracos, depois os de igualdade de condições e às vezes os mais fortes. Esses movimentos
e meios de locomoção, certamente, eram mais acentuados nos recém-nascidos
primitivos do que nos civilizados, os quais sofreram os influxos progressivos do regime
e do meio que passaram a viver.
Nessa altura compreende-se, pois, que a educação física teve origem com o ser
vivo e sua racionalização. Com o homem, quando compreendeu ser, o desenvolvimento
da potência física, necessária à sobrevivência, remontando a sua prática aos mais
antigos povos orientais.

Educação física pelo homem primitivo: Surgiu, como já vimos, com o


aparecimento do homem. Porém, na pré-história, não se encontram indícios concretos
de como foram praticados tais exercícios pelo homem primitivo, além da imitação.
Partindo, todavia, da Lei do Uso (Lamarck), segundo a qual a utilização frequente dos
diferentes órgãos, sistemas e aparelhos, em época e situações também diferentes, de
acordo com os estágios pelos quais passou o homem, desenvolveu-se e, ao mesmo
tempo, aperfeiçoou as funções determinando mudanças morfofuncionais; e do seu
aforismo: "A função cria o órgão" (Lamarck), conclui-se que, existindo a
espécie animal, existe movimento e, portanto, exercícios físicos, os quais, pela sua
repetição, aperfeiçoam e desenvolvem os órgãos, sistemas e aparelhos.

O homem primitivo: Deslocava-se de um lugar para outro a procura de


alimentos, marchando, trepando, nadando, saltando e lançando as suas diferentes armas
de arremesso.

Pela repetição contínua desses exercícios, na luta pela sobrevivência, aperfeiçoava as


funções educando-as gradativa e inconscientemente, segundo as leis naturais de criação
(biológicas), confirmando pelo aforismo: "Natura non facit saltus" (Cuvier).

A Educação Física na Antiguidade

Mundo Egeu, Civilização Pré-Helênica

A respeito dos gregos anteriores a 2000ªC., pouco se sabia até o século passado,
quando, em 1878, um comerciante cretense, Minos Kalokairinos, desenterrou estranhas
antiguidades ao sul de Candia (antiga Creta), a seguir, os arqueólogos Heinrich
Schliemann, alemão 1822-1890, Arthur Evans, inglês, (1851-1941), investigando,
efetuaram escavações na Ásia Menor (Troia) e no Peloponéso (Micenas, Pilos e
Tirinto), encontrando vestígios de antiguissima civilização, que florecera a uns 3000
a.C. Estudos efetuados posteriormente forneceram elementos que permitiram melhor
conhecimento da Grécia pré- histórica, revelando ao mundo ter existido a Civilização
Egeana, até então ignorada, originária da Ilha de Creta, cujos habitantes eram chamados
Kefti (insulanos ou marítimos), que formaram a base da civilização egeia, precursora da
grega.

As escassas informações, dessa civilização, passaram à história através de estranhos


hieróglifos gravados em monumentos, armas, ídolos, cerâmicas, joias, tabletes de argila
etc., estes, descobertos nas ruínas de Cnossos, até hoje permanecem indecifráveis. A
falta da escrita, as pinturas encontradas, não proporcionam dados expressivos a respeito
dos costumes e instituições de Creta.

Os muros, recentemente desenterrados, revelaram que a cultura física era praticada


com tal paixão, sob o aspecto de exercícios de força e destreza, que chegaram a
construir praças de jogos ou circo. Pelos pictogramas e pinturas de cenas esportivas,
encontradas, nos muros. Conclui-se que os cretenses praticavam diversos jogos
(corrida a pé, saltos, touradas; danças, exercícios ginásticos; Pugilismo, Boxe, lutas
e gladiadores; jogos de xadrez e caça. A educação física era praticada, como se pôde
deduzir, sob os aspectos militar, esportivo, médico e rítmico.

 Aspecto militar: Com este objetivo preparavam o exército para a guerra, sob o
caráter guerreiro, em toda sua amplitude, para desenvolver o sangue frio e a
coragem, utilizando-se da luta de gladiadores entre homens, e entre homens e
mulheres com os animais ferozes, tal qual foi mais tarde praticado em Roma, e com
o mesmo fim, isto é, de alegrar a aristocracia debochada e sedenta de crueldade e
prazer, e acostumar a ver matar.
 Aspecto esportivo: Desenvolvia, individual e coletivamente, as qualidades
guerreiras:

Caráter individual: Praticavam os esportes que desenvolviam as qualidades inatas do


guerreiro, tais como coragem, ousadia, resistência e confiança em si mesmo. Entre
muitos exercícios salienta-se de uma maneira especial:

a) Corridas a pé: As quais formavam a base dos exercícios de destreza e agilidade, com
o objetivo de aplicá-lo as corridas de touros.

b) Pugilismo: Constituido de uma espécie de Boxe, parecido com o box dos dias atuais,
no qual era permitido golpearem-se tanto com os pés como com os punhos, tal como no
Pncrácio dos gregos, ou o “catch_as_catch_can” dos americanos do norte. Muitos
lutadores encontravam, a mais das vezes, a morte no decorrer do combate. Os atletas, já
nessa longinqua época, eram divididos em categorias, assim compreendidas: peso leve,
que lutavam de mãos livres, podendo golpearem-se com os pés; peso médio, que
usavam capacetes, com penachos e luvas; peso pesado, que eram protegidos com um
capacete, máscara e luvas de couro acolchoadas, compridas e trançadas. Lutavam até
que um deles caísse exausto e o vencedor o pisasse triunfante.

c) Combate de gladiadores: Este combate, levado a efeito no próprio local do


sacrifício ao culto a Minotauro, em que se sacrificavam vítimas humanas (escravos ou
prisioneiros), no qual o vencedor obtinha a liberdade e o vencido era sacrificado,
costume esse encontrado na Grécia primitiva como herança da civilização cretense e,
mais tarde, em Roma como herança da Grécia, quando a conquistaram.

d) Corridas de touros: Com o correr dos tempos, a luta de gladiadores tornou-se


insípida e foi substituída pela corrida de touros dentro da arena, como parte integrante
do culto sagrado ou touro máquico, em homenagem a divindade touro-homem, em que
a vítima em geral terminava espetada nos chifres dos touros bravios. Caráter coletivo:
Este compreendia as caçadas e corridas de carros, com o espírito de competição e
recreativo. Estudem.

1.2 Educação Física no Brasil- um breve Histórico

Adaptação do texto de Ana Cristina Arantes

Quando se pensa sobre a história da Educação Física escolar no Brasil, é muito


importante lembrar que a sua recomendação, introdução e permanência na educação
formal ocorreu em um cenário de época bastante conservador; ocupou um espaço físico
modesto e foi marcada por uma história social com muitos percalços.

Filha das fileiras militares, guiada por preceitos médicos, os nossos


primeiros professores de gymnástica foram os soldados de D. Leopoldina. Princesa
austríaca, e Imperatriz do Brasil, D. Leopoldina trouxe consigo um grupo pequeno,
porém, muito importante formado por cientistas e pela sua guarda pessoal. Esta guarda
pessoal praticava exercícios que foram adotados pelos nossos soldados. A partir deste
fato, a prática da gymnástica foi gradualmente “ganhando espaços”. Vencendo os
costumes, combatendo o preconceito e ampliando seus conteúdos a citada prática
motora de então, hoje, educação física, é oferecida aos escolares brasileiros sem
distinção de sexo, gênero ou classe social.

Pequena história da educação formal

Durante o período entre 1559-1759 tratou-se organizar os primeiros núcleos de


educação escolar para os bons selvagens. Com orientação jesuítica, o atendimento e a
catequização das crianças realizavam-se nas aldeias (CUSTÓDIO e HILSDORF, 1995),
ou seja, os jesuítas caminhavam muitas léguas para chegar às tribos. Embora não
houvesse aulas de Educação Física, as atividades ligadas ao movimento corporal
estiveram asseguradas por meio da prática da peteca, arco e flecha e das atividades
recreativas às quais os Inacianos não se opuseram.

Após a expulsão dos elementos da Contra Reforma, muito pouco se fez pela
educação formal das crianças brasileiras. Sobre este tema os estudiosos de forma
recorrente escrevem que o atendimento seguiu o ideário da época, ou seja, as crianças
abastadas recebiam orientação por meio das Aulas Régias. As demais eram assistidas,
abrigadas nos inúmeros Colégios como o de São Pedro no Rio de Janeiro em 1766.

Este Colégio posteriormente Seminário de São Joaquim, fechado em 1808/1818,


era uma instituição assistencialista para órfãos; recolhimento para crianças e jovens,
filhos de mães solteiras e ou abandonadas pelos pais (CARDOSO, 2003).

Entre esta data e o ano de 1824, quando ocorre a promulgação da Primeira


Constituição, as instituições de abrigo tais como a São Joaquim, serviram para a
ocupação militar ou voltaram a atender os menores desvalidos - sua ocupação inicial.

As mudanças oficiais

Em 1824 a Constituição do Império recomendou formalmente a escolarização


aos brasileiros. A gratuidade da instrução primária garantia a existência de colégios e de
universidades que ensinassem elementos das ciências, belas artes e artes. A
escolarização prescrita era, entretanto, destinada aos filhos de proprietários, detentores
de direitos políticos e civis, ou seja, para ter acesso aos bancos escolares era necessário
que o cidadão (mormente a sua família) tivesse bens; portanto, a educação formal
mesmo oficialmente recomendada, era para poucos (ARANTES, 2002).

Não se observa preocupação indicando a atividade física orientada no texto


citado, entretanto, a arquiteta Maria Cecília N. HOMEM (2006), dissertando sobre a
construção das moradias em São Paulo, encontrou dados relativos à prática da ginástica
alemã de banheiro ou de quarto; exercitação possivelmente realizada de maneira
autônoma com orientação dada aos cidadãos por meio dos Instructores de
gymnástica que atuavam nas (poucas) escolas existentes no país.

À medida que a Corte tomava para si a responsabilidade da educação formal dos


brasileiros, em 1832-1834 (CARDOSO, 2003), determinou-se a realização de exames
públicos para avaliar a competência dos futuros docentes segundo critérios de conduta
moral. Estas comissões eram formadas pelos párocos, pais dos alunos e chefes de
polícia (VILELLA, 2000 e SILVA, 2002), Não se observa nos textos qualquer citação
sobre a avaliação para os Mestres em Educação Física.

Em todo o mundo de acordo com SOUZA (2000), o século XIX foi


caracterizado por intenso debate sobre a questão da educação popular. Difundia-se a
crença no poder da escola como fator de modernização, progresso e mudança social. Era
imperativo que se criasse uma escola que atendesse as exigências que o processo de
urbanização e de industrialização exigia. Nesta esteira dos tempos modernos, a
organização escolar, métodos de ensino, livros e manuais de didáticos, classificação de
alunos, estrutura física da escola, formação docente e a inclusão de disciplinas tais como
ciências, desenho e educação física – ginástica- serviram a nova causa; orientar um
novo homem para uma nova sociedade. O Brasil na figura de Rui Barbosa, não ficou
alheio ao debate internacional. Preconizava-se até então, um ensino menos verbalista,
repetitivo e lotado de abstrações. Em seu lugar propunham-se lições das coisas que hoje
talvez pudesse ser visto como o ensino significativo, no qual o aluno toma parte de
maneira ativa
2.A Educação Física escolar
Adaptação do texto de: Dr; Rogério da Cunha Voser e Esp. João Gisberto Giusti

A Educação Física, pela suas possibilidades de desenvolver a dimensão


psicomotora das pessoas, principalmente nas crianças e adolescentes, conjuntamente
com os domínios cognitivos e sociais, deve ser disciplina obrigatória nas escolas
primárias e secundárias, devendo fazer parte de um currículo longitudinal. Não se deve
tratar a Educação Física com descaso. É vergonhoso ver jogos, gincanas e competições
substituírem verdadeiras aulas de Educação Física. Isso é muito bom para privilegiar
quem tem habilidades motoras acima da média privilegiando uns em detrimento de
outros. Onde fica a grande maioria que não possui essa tal habilidade? Na torcida?
Aplaudindo?

A qualidade nas aulas de Educação Física

Para que as Instituições de Ensino possam zelar pela qualidade de suas aulas,
num primeiro momento necessitam realmente acreditar que a Educação Física escolar
deve ter o mesmo grau de importância das demais disciplinas que compõe o ensino.
Devem compreender a real contribuição da Educação Física para a formação dos
jovens. Num segundo momento, contratar profissionais que além de se enquadrarem a
proposta pedagógica da escola, privilegiem uma educação física onde o movimento
humano seja um meio de crescimento e, não um fim em sí mesmo.

De modo que a Educação Física possa contribuir para a melhoria da nossa


sociedade, existem algumas referências, pelas quais deve:

- Promover os seus beneficiários com o desenvolvimento de habilidades motoras,


atitudes, valores e conhecimentos, procurando levá-los a uma participação ativa e
voluntária em atividades físicas e esportivas ao longo de suas vidas;
- Ser ministrada numa ambiência de alegria, em que as práticas corporais e esportivas
sejam prazerosas;
- Propiciar vivências e experiência de solidariedade, cooperação e superação;
- Valorizar práticas esportivas, danças e jogos nos conteúdos dos seus programas,
inclusive as atividades que representam a tradição e a pluralidade do patrimônio cultural
do país e das suas regiões;
- Ser meio de desenvolvimento da cidadania nos beneficiários e de respeito ao meio
ambiente.

A importância do conselho Regional de Educação Física

Os Conselhos Regionais de Educação Física como nossos representantes


bem próximos, são de extrema importância para a melhoria da qualidade da nossa
Educação Física, não só das academias, mas também nas escolas. Todas as profissões
devem ser disciplinadas e ter uma entidade forte para trazer conquistas para a categoria.

A Educação Física por muito tempo ficou relegada ao segundo plano nos
currículos escolares. Com o fortalecimento da Entidade que nos rege, sem sombra de
dúvidas a Educação Física será fortalecida e mais valorizada.

O Profissional de Educação física

A Educação Física no exercício da Educação para a saúde tem como função


desenvolver hábitos nas pessoas de prática regular de atividades físicas. Atuando
preventivamente na redução de enfermidades relacionadas com a obesidade, diabetes, a
hipertensão, patologias cardio-respiratórias, osteoporose, algumas formas de câncer e
depressões, contribuindo para a qualidade de vida de seus participantes.

Através do respeito a leis biológicas de individualidade, do crescimento, do


desenvolvimento e da maturação humana, a Educação Física vai desenvolver em seus
alunos o respeito pela sua corporeidade e das outras pessoas, percebendo e
compreendendo assim, o papel real da atividade física realizada desde a infância na
escola como meio de promoção e manutenção da saúde.

O Parâmetros Curriculares Nacionais e a Educação Física

A Educação Física dentro dos novos parâmetros curriculares, contribui como


elemento fundamental na formação de cidadãos críticos, participativos e com
responsabilidade.
Uma das metas da Educação Física no momento atual é promover a autonomia
dos grupos e, no jogo, valorizar o universo da cultura lúdica. A cooperação, a inclusão
social, a participação de todos, a criatividade e a diversidade cultural, aprendizagem e
lazer, prazer e qualidade de vida são temas que estão sendo discutidos dentro das novas
abordagens da Educação Física.

Sem dúvida nenhuma, passamos por um momento de ebulição teórica, com


diversas propostas, contudo o que realmente importa, é que o professor esteja aberto às
mudanças e que tenha a coragem de vivenciá-las juntamente com seus alunos.

O momento atual e a Educação Física

Desde 1996 o currículo vigente está organizado segundo a terceira Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional LBD. Nº 9394. O processo de escolarização brasileiro
apresenta-se agora completo. Iniciando pela Educação infantil nosso Sistema Escolar
termina formalmente na Graduação, no Ensino Superior. Hoje, as propostas e os
conteúdos têm a preocupação em atender, incluir e integrar todos os estudantes em torno
do Projeto Escolar.

As aulas de Educação Física ao contrário das épocas passadas, e, segundo o artigo 26,
deve ser “integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da
educação básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar,
sendo facultativa nos cursos noturnos” (São Paulo; SE/CENP 1985;79).

A partir desta Lei vigente passou-se entender o currículo como um todo. A escola,
portanto, deve ser vista como um lugar de informação, de produção de conhecimento,
de socialização e de desenvolvimento integral de todos os estudantes. Para consecução
de tal tarefa, todos os especialistas, os professores, as Disciplinas e os Componentes
Curriculares, devem ter compromisso com o desenvolvimento dos aspectos teórico
práticos além de articulá-los aos Temas ou Eixos Transversais (saúde, meio ambiente,
trabalho e consumo, orientação sexual e ética). O plano de curso, de ensino e das aulas
inclusive os de Educação Física devem ser pensados segundo o Projeto Escolar e
orientados de acordo com as características dos estudantes.

A nossa missão; um compromisso para a toda a vida

Hoje, possuímos muitas linhas ou abordagens filosóficas; cinesiológica, motricidade


humana, cultura corporal do movimento, aptidão física, tradicional, desenvolvimentista,
sócio construtivista, sócio interacionista e a ligada ao meio ambiente. Demos um passo
gigantesco se comparamos ao Capitão Ataliba e aos idos século XIX.

Se esta realidade nos conforta e nos alimenta também nos alerta para a construção de
um Brasil com oportunidades mais amplas a todos. Somada a isto e, dentro de nossa
especificidade, tomara que possamos discutir e fazer praticar com excelência o jogo, a
luta, o esporte, a ginástica e a dança, sem nos esquecermos da sensibilidade que deve
guiar os todos os nossos passos.

ATIVIDADES PARA EDUCAÇÃO INFANTIL

por Gilson Brun

A Educação Física na Educação Infantil pode ter um papel importantíssimo


no desenvolvimento das crianças, organizando um ambiente adequado e dando
oportunidade para que tenham experiências positivas que lhes proporcionem um
crescimento sadio e o desenvolvimento de várias habilidades.
Como as crianças dessa idade estão em um acelerado processo de
desenvolvimento, devemos nos preocupar em realizar atividades que as ajudem a
adquirir os padrões fundamentais do movimento, que estão assim divididos: locomoção,
manipulação e equilíbrio.
Os padrões de locomoção permitem a exploração de todo o ambiente e
incluem atividades como andar, correr, saltar e suas variações, além de todos os
movimentos que deslocam o corpo no espaço.
Os padrões de manipulação envolvem o relacionamento do indivíduo com
os objetos que estão à sua volta. Podemos dividi-los em dois tipos de ações: no
primeiro, o objeto aproxima-se do corpo da pessoa, e esta deve interromper a
sua trajetória. No segundo, o objeto deve ser afastado do corpo da pessoa, com o auxílio
do próprio corpo ou com a utilização de outro objeto. Estão incluídos nesse
grupo atividades como receber, pegar, arremessar, rebater, chutar, entre outras.
Os padrões de equilíbrio permitem às pessoas manter a postura do corpo no
espaço e estão relacionados com as forças que a gravidade exerce sobre o corpo.
Embora as suas posições sejam estáticas, esses padrões são importantes para os padrões
de locomoção e manipulação, porque o equilíbrio auxilia na coordenação do movimento
durante uma ação. Como exemplos de padrões de equilíbrio, podemos citar ficar em pé,
sentar, equilibrar-se, etc.
Os padrões de movimento não são inatos, mas sim adquiridos com o tempo e a
vivência. Esse processo inicia-se em casa, nas brincadeiras realizadas no dia-a-dia e,
portanto, a criança chega à escola dominando-os parcialmente.
Para que ela possa se aperfeiçoar, as aulas realizadas na Educação Infantil
devem buscar o desenvolvimento desses padrões através de jogos e brincadeiras que
envolvam os movimentos fundamentais. É importante salientar que a aceleração do
processo de aprendizagem de um movimento básico (desenvolvimento precoce) pode
causar insucessos futuros. Deve-se respeitar os limites das crianças e jamais forçá-las a
fazer alguma atividade sem que estejam preparadas para isso.Com a estimulação dos
padrões fundamentais do movimento, podemos desenvolver as habilidades motoras de
cada criança e, através de jogos e brincadeiras que envolvam todos os alunos,
desenvolver, também, as suas habilidades sociais. Afinal, não devemos ter somente a
preocupação de desenvolver os aspectos físicos de nossos alunos, mas também ensiná-
los a viver em sociedade. Dessa maneira, podemos dar uma enorme contribuição para o
desenvolvimento global das crianças.
Referências Bibliografias

 ARANTES A. C. Cronograma sobre o atendimento dado às crianças. Pequeno


cronograma sobre o processo de escolarização no Brasil: incluindo-se a
Educação Física escolar. 2007.
 _______________ Educação e história; o renascimento e a educação jesuítica
no Brasil Colônia. www.anacrisarantes.pro.br 2006.7p.

 ___________ Apontamentos pessoais para a Disciplina Estrutura e


Funcionamento do Ensino. Faculdades Ítalo Brasileira. 2002. 2p. (mimeo).

 _____________ A educação física e a educação infantil. Um estudo inicial e


primeiras impressões acerca desta atividade na transição de Brasil Monárquico
e República. Encontro de História Esporte, Lazer e Educação Física. V Encontro
Maceió. Anais. 1997. p. 114-119.

 _______________ Educação Física infantil nos cursos de Habilitação


Específica de 2º. Grau para o Magistério na cidade de São Paulo. Dissertação
(Mestrado). EEFEUSP. 1990. 317 p.

 BAPTISTA, M. T. (et. al.) Influência da Escola de educação física do Exército


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 BRASIL Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares


nacionais; educação física. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília:
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 CARDOSO, T. F. L. A construção da escola pública no Rio de Janeiro


imperial. Revista Brasileira de História da Educação. 5 (2003). jan/jul. p. 195-
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 CUNHA JÚNIOR, C. F. A escolarização da Educação Física no Imperial
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 CUSTÒDIO, M. A. e HISLDORF, M. L. O colégio dos jesuítas de São Paulo


(que não era colégio nem se chamava São Paulo) Rev.Inst. Est. Bras. São Paulo.
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 DAIUTO, M. B. Universidade de São Paulo. Escola de Educação Física:


Sexagésimo aniversário do início das atividades didáticas 1934-1994. (1994).
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 HOMEM, M. C. Desvendando a cidade de São Paulo, na primeira metade do


século XIX Revista de História e Estudos Culturais. Instituto de Estudos
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 MARINHO, I.P. Contribuição para a história da educação física no


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1943. 570p.

 MEDALHA, J. (et. al.) Educação física no currículo da escola de 1º. Grau. São
Paulo: 1985. 75p.
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E-mail(s):______________________________________________________________

Data:___/___/____

Tenha uma boa verificação da aprendizagem!

Após o estudo da apostila do Curso de Educação Física Escolar responda às questões a


seguir:

01. Como você compreende a origem da Educação Física?

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02. Classifique a Educação Física na antiguidade:

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03. Fale da Educação Física Escolar no Brasil:

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04. Faça uma síntese da Educação Física Escolar perspectiva de ; Rogério da Cunha Voser e
Esp. João Gisberto Giusti:

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05. Como você concebeu a proposta de atividades para a Educação Infantil segundo
Gilson Brun ?

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