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Texto: Lidiane Medeiros

Ilustraço es: Alexandre Jales

Fortaleza ● Ceara ● 2018


Copyright © 2018 Lidiane Medeiros
Copyright © 2018 Alexandre Jales

Governador Coordenador de Cooperaça o


Camilo Sobreira de Santana com os Municpios (COPEM)
Vice-Governadora Ma rcio Pereira de Brito
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Orientadora da Ce lula de Apoio a Gesta o Municipal
Secreta rio da Educaça o Gilgleane Silva do Carmo
Rogers Vasconcelos Mendes
Orientador da Ce lula
Secreta ria-Executiva da Educaça o de Fortalecimento da Aprendizagem
Rita de Ca ssia Tavares Colares Idelson de Almeida Paiva Ju nior

Coordenaça o Editorial, Conselho Editorial


Preparaça o de Originais e Revisa o Maria Fabiana Skeff de Paula Miranda
Raymundo Netto Sammya Santos Arau jo
Anto nio lder Monteiro de Sales
Projeto e Coordenaça o Gra fca
Sandra Maria Silva Leite
Daniel Dias
Anto nia Varele da Silva Gama
Revisa o Final
Catalogaça o e Normalizaça o
Marta Maria Braide Lima
Gabriela Alves Gomes

Dados Internacionais de Catalogaça o na Publicaça o (CIP)

M485p Medeiros, Lidiane.


Preservando o meio ambiente: para crianças / Lidiane Medeiros; ilustraço es
de Alexandre Jales. - Fortaleza: SEDUC, 2018.
40p.; il.
ISBN 978-85-8171-200-0
1. Literatura infanto-juvenil. I. Jales, Alexandre. II. Ttulo.
CDU 028.5

Ao meu esposo Edson, a minha flha Ester, ao meu irma o


SEDUC - Secretaria da Educaça o do Estado do Ceara Felipe e aos meus pais Kelson e Regina, por serem minhas
Av. Gen. Afonso Albuquerque Lima, s/n - Cambeba - Fortaleza - Ceara | CEP: 60.822-325
(Todos os Direitos Reservados) grandes inspiraço es e meus maiores torcedores.
Ester, uma menina muito curiosa e que ama
descobrir coisas novas, mora em uma cidade grande
com seus pais, dona Luana e seu Edmilson, sua irma
Isabelle, que e tambe m a sua coleguinha de escola, e a
cachorrinha Lili.
Um dia, era o primeiro dia de aula, dona Luana
acordou as irma zinhas:
— Meninas, vamos levantar que hoje e o grande dia!
As meninas, ansiosas em conhecer a nova turma,
levantaram, tomaram banho, cafe da manha e logo,
logo caminharam rapidinho para a escola.
La , na primeira aula, conheceram a simpa tica
professora Regina:
— Crianças, esse ano temos uma grande novidade:
vamos aprender a cuidar do meio ambiente, ou seja, do
lugar onde no s vivemos. Vamos aprender a ser verdes!
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Ester assustou-se. Gostava muito da cor da sua
pele e verde na o era la uma das suas cores favoritas...
Confessou para a professora:
— Professora, eu na o quero ser verde.
Regina riu. Explicou:
— Na o e isso, Esterzinha. Ser verde e aprender como
cuidar melhor de nosso planeta. Voce ja ouviu falar de
ecologia? Pois a ecologia e o estudo de nossa casa, do
mundo, dos seres vivos e de como eles se relacionam
AA
 GA: BM PRCIS
entre si e com o meio ambiente. Voce s va o ver como vai
ser gostoso ser verde.
No dia seguinte, a professora Regina iniciou a aula
falando sobre a a gua:
— Voce s sabiam que a a gua, apesar de ser ta o
importante para nossas vidas, existe cada vez menos
na Terra?
Ningue m acreditava. Pensava que a gua era para
sempre. Ester ate lembrou que viu uma foto da Terra,
vista do espaço, no livro de geograa. O planeta tinha
uma cor azul muito linda. Como era possvel acabar
aquilo tudo?
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A professora, percebendo a surpresa da turma, • Minha vizinha sempre lava o carro e a calçada
explicou: com a mangueira. Tem preguiça de usar o balde e de
— Gente, o nosso planetinha tem mesmo muita espalhar a a gua na calçada com a vassoura;
a gua, mas a maior parte dela na o serve para nosso • As pessoas escovam os dentes ou se ensaboam
consumo, sabiam? Sabemos que a a gua salgada na o durante o banho, deixando a torneira aberta o tempo todo;
serve para nosso uso. Enta o, imaginem que toda a gua • Muitas casas têm vazamentos e os donos deixam
doce da Terra coubesse numa latinha de refrigerante. para consertar depois e enquanto isso tem desperdcio;
Dessa latinha, apenas 8 gotas serviriam para nosso uso. • Algumas crianças se divertem brincando no
E pouco, na o e ? banheiro e deixando a torneira e o chuveiro abertos.
Ningue m acreditou. Ficaram ate com sede depois
dessa: “Se rio, professora?”
— Pior e que e . E no s sabemos que sem a gua no s
na o podemos viver, assim como os outros animais e
plantas. Ou seja, a vida na Terra na o existe sem a gua.
A faladeira Ester levantou a ma o e foi logo
dizendo:
— Professora, e como e que pode a gente ver as
pessoas gastando essas gotas a toa. Como somos
descuidados!

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— E na o e so em casa que vemos isso, na o, Ester. Na Cozinha
Algumas fa bricas tambe m se acostumaram a jogar as • Ao lavar louça, ensaboe
suas sujeiras nos rios ou no mar, poluindo a a gua e tudo que tem que ser lavado
matando os seres vivos desses locais. Que desperdcio... e, so depois, abra a torneira
Algue m la de tra s da sala perguntou o que era novamente para enxa gue.
aquela parecida com estrupcio... Regina aproveitou:
— Adonias, desperdcio e gastar sem necessidade.
Perder algo que e valioso. Mas voce s podem ajudar a
evitar isso. Sabem como? Na Lavanderia
• Junte bastante roupa suja antes de
No Banheiro ligar a ma quina ou usar o tanque.
• Peçam ao papai e a mamãe Na o lave uma ou poucas peças por
que examinem e mantenham as vez. Procure usar a ma quina no
torneiras e as descargas de sanita rios ma ximo tre s vezes por semana;
funcionando direitinho; • Se as roupas são lavadas no
• Fechem as torneiras enquanto tanque, deixe-as de molho e use
escovam os dentes e se ensaboam a mesma a gua para esfregar e
na hora do banho; ensaboar. Use a gua nova apenas
• Não brinquem com mangueiras, nem no enxa gue. Aproveite esta u ltima
deixem a a gua derramando apenas a gua para lavar o quintal ou a a rea
para brincar. Com a gua na o se brinca. de serviço, carros e calçadas;
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No Jardim NRGIA: D ND VM? PARA q CNMIAR?
• Use um regador para
aguar as plantas, ao inve s Ester percebeu que seu pai estava preocupado com
de utilizar a mangueira; o aumento do valor da conta de energia.
Ela, como sempre, estava curiosa: de onde vem a
Vazamentos
energia que aparece quando ele aperta o interruptor da
• Você sabia que um pequeno
sala ou do quarto.
buraco no encanamento desperdiça
milhares de litros de a gua, podendo
esvaziar um pequeno rio em apenas
um dia? Pois bem, por isso fale
para seus pais que consertem os
vazamentos de casa o mais ra pido
que puderem.
Ester e Isabelle, ao terminar a aula, correram para
casa e, na hora do almoço, contaram para os pais todas
aquelas novidades que haviam aprendido.
O pai delas foi o que cou ainda mais feliz, pois
imaginou que, a partir de enta o, pagaria uma conta
menor de a gua.
E por falar em pagar contas...
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No dia seguinte, Ester foi uma das primeiras a Nem vamos dizer aqui, mas as respostas foram as
chegar a classe e, antes de começar a aula, foi logo mais engraçadas. Para eles, essa coisa de energia era
perguntando para a professora Regina tudo sobre quase ma gica. Regina, apo s rir bastante, foi bem clara:
energia ele trica. Regina cou feliz com o interesse da — Voce s acreditam que a maior fonte de energia que
aluna. Quando os outros alunos chegaram, a professora utilizamos vem da a gua?
despertou a curiosidade de todos: “A gua? De novo?”, perguntavam todos.
— Crianças, ontem falamos sobre o desperdcio — Sim, por meio das hidrele tricas, construço es
da a gua. Algum de voce s sabe de onde vem a energia imensas com ma quinas que transformam a força das
ele trica que usamos todos os dias? a guas em energia.

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Os alunos caram admirados com o tamanho que que passam o dia se bronzeando... – divertiu-se a
essas coisas deveriam ter. professora. — Mas, aluninhos e aluninhas, o importante
— Pois e , crianças — alertou a professora – as e que voce s saibam que o mais importante e que na o
hidrele tricas modicam o ambiente onde sa o construdas podemos desperdiçar energia, assim como na o devemos
e por isso podem fazer mal a animais e plantas. Por isso, desperdiçar a a gua, lembram?
quanto menos desperdiçarmos a gua, menos hidrele tricas — Professora, e como podemos economizar essa
precisara o ser construdas e o meio ambiente agradece. energia?
— E na o existe outra forma, professora, de conseguir — Muito simples, Ester. Quando virar costume, voce
essa energia? economizara sem nem perceber. Quer ver?
— Existe, Isabelle. Algumas na o sa o muito
• Só use o ar-condicionado,quando tiver a
aconselha veis, porque prejudicam o planeta. Mas
certeza que as portas e as janelas esta o bem
existem duas que sa o “limpas”: as usinas eo licas e
fechadas... e se for preciso, e claro;
solares. A primeira funciona da mesma forma que as
• Quando não estiver na sala, no quarto, na
hidrele tricas, mas, ao inve s de usar a força das a guas,
cozinha, apague sempre as luzes. So na o apague
usa a força dos ventos.
aquelas que servem para a sua segurança e a de
— Sa o aqueles ventiladores gigantes que a gente ve
seus familiares;
perto da praia, professora?
• Evite acender as lâmpadas durante o dia.
— Sim, Lus, aqueles mesmos. E tambe m tem a
Aproveite ao ma ximo a luz do sol;
energia solar que e guardada a partir de umas placas

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• Avise para seus pais que não devem usar a  LI  A RCICLAGM
lavadora de roupas ou o ferro de passar para
lavar ou passar poucas peças de roupas. Esperem No nal de semana, Ester brincava com seus primos
acumular um pouco mais; quando percebeu passar pela rua algumas pessoas,
• Na lavadora, não deve utilizar sabão demais carregando uns carrinhos muito pesados e cheios de
e deve tomar cuidado de manter o seu ltro coisas. Essas pessoas abriam sacos de lixo, tiravam
sempre limpo; algumas dessas coisas e as colocavam no carrinho.
• Não abra a geladeira sem necessidade. Cada Ester na o entendia como e que algue m ia querer
vez que abre a porta, o ar quente entra e o guardar lixo.Correu ate onde sua ma e estava, apontou
motor da geladeira tem que trabalhar mais para para eles e perguntou:
esfriar, gastando mais energia; — Manhe , o que aquelas pessoas esta o fazendo?
— Minha lha, sa o catadores de lixo.
— E por que catam lixo?
— Filha, o que e lixo para alguns, para outros te m
valor. O lixo seco pode ser reciclado. Pessoas compram.
Por isso eles pegam.
— Reciclagem? Nunca ouvi falar.
Dona Luana, prevendo que a conversa ia mais
longe, sentou-se num banquinho na cozinha:

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— Filha, o lixo pode ser seco ou u mido. Sa o
chamados de lixo seco os metais, latas de refrigerantes
ou de sardinhas, garrafas de vidro ou pla stico etc. O
lixo u mido e formado por restos de vegetais ou animais,
como sobras de alimentos, de papel, madeira, tecido...
O ser humano esta produzindo cada vez mais lixo, ja
que a maior parte dos alimentos que compramos no
supermercado vem em embalagens. Haja lixo!

— E onde entra aquela histo ria de reci..reci... reci o


que , mesmo?
— Reciclagem, meu amor! Riu dona Luana. –
Reciclar e reaproveitar esses produtos e transforma -
los em outras coisas. O lixo da cozinha, por exemplo,
pode virar adubo, e garrafas de pla sticos podem ser
transformadas em baldes. O papel, por exemplo, lha,
quanto mais no s o reciclamos, menos a rvores sa o
derrubadas e menos a gua e utilizada no processo.

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— Puxa, mas catar esse lixo enta o da um trabalho...
— Se todos zessem a separaça o do lixo, nem
teriam esse trabalho, ale m de que esse material seria • Evitamos colocar em nosso prato aquilo que
mais facilmente reciclado. Pape is, vidros, pla sticos, na o vamos comer;
metais, restos de comida, tudo isso deveria ser colocado • Usamos sobras de verduras e de alguns
em sacos ou coletores separados. Na sua escola, por alimentos como adubo em jardim ou hortas
exemplo, as lixeiras te m cores diferentes, na o e ? E a caseiras;
coleta seletiva. E a forma correta de se separar o lixo. • Roupas, calçados e outros utensílios que não
Ester nem sabia que havia tanta coisa a se aprender utilizamos mais, doamos para bazares ou para
sobre lixo. Alia s, ja estava descobrindo que lixo nem pessoas que precisam;
sempre e so lixo... • Quando na rua, papéis de chocolates,
Dona Luana lhe disse. Voce na o sabia, mas seus pais balas, caixinhas de suco e outras coisas
ja tomam alguns cuidados para diminuir a produça o de que consumimos, levamos com a gente ate
lixo. Por exemplo: encontrar uma lixeira. E se na o encontrarmos,
• Evitamos comprar legumes, rios e carnes em trazemos ate em casa, mas NUNCA jogamos
bandejas de isopor; nas ruas, nas calçadas, pelas janelas de carros.
• Preerimos comprar produtos embalados em Temos que cuidar da cidade que e tambe m a
vidro, em vez daqueles embalados em pla stico, casa de todos no s.
porque podemos reutilizar;

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— E os carros poluem o ar, na o e papai? — emendou
Isabelle.
— Infelizmente, sim. Por conta do petro leo, que e
de onde vem a gasolina. Os cientistas esta o produzindo
outros tipos de combustveis, como o a lcool e o
biodiesel, que poluem menos e sa o produzidos a partir

TRANSPRTS  PLIçA de plantas. Mas, felizmente, existem algumas formas de
reduzir a poluiça o do ar:
As meninas naquele dia acordaram mais tarde e
por isso o seu pai as levou de carro. No caminho, havia • Escolher veículos e combustíveis menos
um grande engarrafamento. Foi quando Ester percebeu poluentes;
como naquela cidade existiam tantos carros: • Reduzir o número de veículos na rua sem
— Sim, Ester, como os o nibus, trens e transporte necessidade. Estimular o ha bito de carona entre
pu blico sa o, em maioria, desconforta veis, inseguros familiares e amigos;
e em reduzido nu mero, muita gente ainda prefere • Fazer manutenção de rotina no veículo;
usar seu pro prio carro. O ideal era que as pessoas • Não abastecer o veículo em postos que adulteram
compartilhassem os carros, como carona, e revezassem. o combustvel;
Quem pudesse ir a pe ou de bicicleta, tambe m na o • Sempre que possível, optar por caminhar, andar
precisaria tirar o carro da garagem. Assim, seria mais de bicicleta, utilizar transporte pu bico ou ta xi.
fa cil escapar de engarrafamentos na cidade.
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PBLICIDAD  CNSM CNSCINT

Sa bado, pela manha , Isabelle acordou muito


feliz porque ia fazer compras com sua ma e. Ela ama
comprar e estava ansiosa, pois queria levar tudo que
pudesse carregar.

Ao chegar ao supermercado, ela correu e pegou


logo um carrinho. Começou a colocar todas as coisas
coloridas e perfumadas que via pela frente, e na o eram
poucas. Sua ma e observava a lha, esperando para ver
no que ia dar, enquanto colocava, em seu carrinho,
apenas os itens de sua lista de compras.
Pouco tempo depois, Isabelle, satisfeita, pediu para
ir embora, pois ja tinha tudo o que queria. Luana,
paciente, perguntou para a lha:
— Querida, quantas coisas que esta o no carrinho
voce realmente precisa?
— De tudo, ne ma e? — respondeu, estranhando
a pergunta.
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— Voce tem certeza? E por que precisa de tantas nosso meio ambiente. Por isso , quando venho para o
coisas? supermercado, levo sempre as minhas sacolas de casa,
— Ah, ma e... esta aqui e cheirosa. Esta outra porque para na o carregar sacos pla sticos daqui.
e brilhosa. E olha isso, e bonita demais. Ah, esta outra — Mas eles na o da o essas sacolas de graça?
esta em promoça o... — Sim, sa o. Mas sa o feitas de pla stico, que ja vem
— Hummm... Enta o voce quer levar esse carrinho do petro leo, e quando na o sa o jogadas no lixo correto,
lotado de coisas, algumas ate bem caras, apenas por acabam entupindo bueiros ou va o parar no meio do
isso? Sa o bonitas, brilham, esta o em promoça o... mar, matando tartarugas e outros pequenos animais
— Acho que sim, agora ja na o sei mais... marinhos.
— Belle, eu entendo. Voce ouve muito ra dio, — Puuuuuxa... Quem diria? Essa coisa de lixo e
assiste muito a TV, e muito ligada na internet e acaba mesmo coisa se ria...
recebendo um monte de propaganda de um tudo. E, em
todas elas, sempre e a mesma coisa: voce na o pode car
sem isso ou aquilo, mesmo quando no s sabemos que
na o precisamos de nada disso.
— Esta certa, mama e. Na o preciso de nada disso.
E so vontade de ter por ter. E isso nem me faz sentir
melhor nem pior do que sou.
— Exatamente. Consumindo menos, desperdiçamos
menos tambe m, o que e muito bom para a natureza e

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PLANTAS  ANIMAIS: SRS VIVS CM NS! — As civilizaço es antigas tinham respeito e atença o
especial a s a rvores. Para alguns povos elas eram ate
Num domingo ensolarado, Ester e Isabelle foram ao consideradas sagradas. Voce s sabiam que as a rvores
zoolo gico com seus pais. Ao chegarem, observaram que vivem em harmonia com diversas formas de vida que
na o havia so animais, mas tambe m um imenso jardim as habitam, formando uma teia de relaço es entre elas?
com diversas plantas. Assim, quando uma a rvore e derrubada, aves, animais e
O guia do local os acompanhou e falou um pouco ate pequeninos organismos sa o prejudicados.
sobre a importância das plantas; — E verdade — conrmou dona Luana. Muitas vezes
nos esquecemos de que tambe m nos, seres humanos,
somos animais. Tambe m fazemos parte dessa teia.
— Sim, necessitamos de outros animais e plantas para
a nossa sobrevive ncia no planeta — conrmou o guia. As
plantas, por exemplo, sa o muito importantes, pois:

• Elas estão constantemente produzindo o


oxige nio que respiramos, ale m dos frutos e
mate ria-prima;
• Por meio de processos, controlam os fuxos
de a gua e de temperatura que nos permitem
viver em condiço es ideais.

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• Reduzem o aquecimento da Terra; a reas, locais de difcil acesso, falta de envolvimento da
• Proporcionam-nos lazer e diversão, populaça o, ale m de falta de alternativas econo micas de
por meio de suas trilhas, onde, ale m exploraça o de recursos naturais sem desmata -los.
das a rvores e plantas, encontramos rios, E a ma e disse:
cachoeiras e lagoas, e podemos fazer — A participaça o da populaça o e uma das
piqueniques com a famlia, entre outras necessidades mais urgentes para acabar com o
coisas legais; desmatamento.
• Protegem as margens dos rios com a — Enta o ela deve ter falado tambe m que podemos
mata ciliar. evitar esse desmatamento, na o e ?
— Falou, sim — gritou Ester, que estava muito calada.
Ela nos disse que devemos:
— Por isso e que a professora nos falou do mal
causado pelos desmatamentos – lembrou Isabelle.
E o guia continuou a explicaça o:
— Um dos maiores problemas enfrentados no Brasil
e que embora tenhamos uma das mais avançadas
legislaço es ambientais do mundo, ela ainda na o tem
sido suciente para impedir a devastação das forestas.
— Por que ? — perguntou Isabelle.
— Devido a insucie ncia de pessoal dedicado a
scalizaça o, a s diculdades de monitorar extensas
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• Diminuir o uso de material que seja eito a
partir de papel e madeira e reutiliza -lo sempre
que possvel;
• Reutilizar papel de embrulho de presentes;
• Economizar o uso de papel em atividades
dia rias, usando os dois lados de sua folha e
ter o cuidado de revisar bem o texto antes de
imprimi-lo;
• Quando comprarmos produtos eitos a
partir de madeira e de papel, procurar sempre
aqueles que trazem selos de certicaça o, como
o do Conselho de Manejo Florestal (FSC);
• Sempre que possível, devemos preerir
comprar produtos feitos, total ou parcialmente,
com material reciclado.

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— Exatamente, menina. Voce aprendeu mesmo... porque na o conseguem mais viver em “sua casa
E mais: na foresta” e por isso precisam de um lugar onde
possam viver.
• Quando seus pais zerem churrasco ou
— Que maldade... As pessoas veem os animais,
montarem uma fogueira, te m que tomar cuidado
sabem que sa o raros, acham bonitos, e querem ter esses
para que a brasa na o caia no mato;
bichos so para eles... E muito egosmo! – disse chateada
• Fumar az mal à saúde e ao meio ambiente,
a pequena Ester.
mas se fumar, na o devera jogar suas pontas
acesas no cha o;
• Nunca solte balão nas estas juninas ou em
qualquer outra e poca do ano. Ele e o responsa vel
por grandes incêndios nas matas e forestas.

Quando o guia passou pelos recintos dos animais,


informou:
— Esses sa o animais selvagens. No s sabemos que
eles na o deveriam estar nesses recintos, mas, sim, livres
na natureza. O zoolo gico recebe animais que ja foram
caçados e estavam em circos, em stios ou nas casas
de pessoas. A lei na o permite isso. Em alguns desses
lugares eles eram maltratados. Assim, eles esta o aqui

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— Por isso e muito importante toda a famlia Mais importante ainda, e que a famlia de Ester e
conhecer a educação ambiental. Saber da importância Isabelle na o guarda o que aprendeu so para ela, mas
de cada elemento da natureza, que e a pro pria vida. divulga isso para os outros, ensinando todo mundo a
O mundo e de todos, mas na o para que possamos amar este mundo.
destru-lo, mas para ama -lo, protege -lo, conserva -lo
e guarda -lo rico de vida para os outros que vira o no
futuro – explicou aquele guia, muito entusiasmado por
ter encontrado mais uma famlia atenta a beleza e a
riqueza do meio ambiente.

38 39
Apoio

Realizaça o

O Governo do Estado do Ceara desenvolve, com os seus 184 municpios, o


Programa de Aprendizagem na Idade Certa - MAIS PAIC, com o compro-
misso de garantir e elevar a qualidade e os resultados da educaça o de suas
crianças e seus jovens.
Publicada pela Secretaria da Educaça o do Estado, atrave s do MAIS PAIC, a
Coleça o Paic, Prosa e Poesia, rica em identidade cultural, reu ne narrativas
de autores do Ceara que tiveram seus textos selecionados por meio de se-
leça o pu blica. Esse acervo constitui um estmulo a mais para se ler e contar
histo rias em sala de aula, garantindo, assim, um letramento competente.

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