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Tratos Culturais
Módulo V
OLERICULTURA Orgânica
Tratos Culturais
RESPONSÁVEL TÉCNICO
Marco Antonio de Oliveira
Divisão Técnica do SENAR-AR/SP
AUTORES
André de Moraes Costa - Engenheiro Agrônomo e Doutor em Agonomia
Eduardo Mendoza Rodriguez - Engenheiro Agrônomo e Doutor em Agonomia
Marcelo Fabiano Sambiase - Produtor Rural
Marco Antonio de Oliveira - Biólogo e Especialista em Gestão Ambiental do SENAR-AR/SP
REVISÃO GRAMATICAL
André Pomorski Lorente
REVISÃO TÉCNICA
Sandro Secon - Técnico em Agropecuária
Sônia Masumi Yamamoto - Engenheira Agrônoma
colaboradores
APTA - São Roque
Celso dos Santos
Issão Ishimura
José Rodolfo Lopes de Toledo
Sindicato Rural de Monteiro Lobato
Sindicato Rural de São Bento do Sapucaí
DIAGRAMAÇÃO
Thais Junqueira Franco - Diagramadora do SENAR-AR/SP
Introdução............................................................................................................................9
Tratos Culturais................................................................................................................10
I - Irrigar a área................................................................................................................. 11
1. Faça o teste de umidade do solo...........................................................................12
V - Escarificar....................................................................................................................23
1. Selecione a ferramenta..........................................................................................23
2. Escarifique o solo..................................................................................................23
VI - Ralear ou desbastar....................................................................................................24
1. Verifique o espaçamento ideal entre plantas.........................................................24
2. Retire as plantas....................................................................................................24
VIII - Tutorar......................................................................................................................26
1. Tutore em V invertido............................................................................................26
2. Tutore com fios de arame......................................................................................27
3. Tutore com fitilhos.................................................................................................27
4. Tutore em i.............................................................................................................28
XIII - Polinizar....................................................................................................................32
1. Faça a polinização manual....................................................................................32
Bibliografia........................................................................................................................34
O
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL - SENAR-AR/SP, criado em 23
de dezembro de 1991, pela Lei n° 8.315, e regulamentado em 10 de junho de 1992,
como Entidade de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, teve
a Administração Regional do Estado de São Paulo criada em 21 de maio de 1993.
Acreditamos que esta cartilha, além de ser um recurso de fundamental importância para os
trabalhadores e produtores, será também, sem sombra de dúvida, um importante instrumento
para o sucesso da aprendizagem a que se propõe esta Instituição.
Após instalada, a cultura necessita de uma série de cuidados para o seu pleno
desenvolvimento.
São operações aplicadas durante todo o ciclo da cultura, após sua implantação, tendo como
objetivo minimizar o estresse e oferecer um maior conforto à planta, visando obter produtos
de qualidade e maior produtividade.
- Gotejamento;
A freqüência de irrigação depende do tipo de solo, clima, cultura, presença ou não de cobertura
morta no solo e quantidade e constância de chuvas. O período mais recomendado para a
irrigação é no início da manhã.
Os sintomas de uma planta com déficit hídrico variam conforme a cultura, mas em geral o
enrolamento, o murchamento, as mudanças da tonalidade das cores e da textura das folhas
são os sintomas de fácil visualização.
Para verificarmos a umidade do solo, podemos utilizar o tensiômetro, aparelho que mede a
tensão da água no solo, ou fazer um teste bastante simples e prático:
Atenção!!!
Alerta ecológico!!!
Consiste em cobrir o solo com diferentes materiais de origem vegetal ou filmes plásticos,
para protegê-lo do sol forte, das chuvas, para reter a umidade natural, manter a temperatura
mais amena, facilitar a infiltração de água no solo, diminuir a erosão e a perda de nutrientes
e, por meio da decomposição da matéria orgânica, disponibilizar mais nutrientes. Também
contribui para a manutenção da estrutura e atividade biológica do solo, para confundir insetos
e dificultar o desenvolvimento de ervas espontâneas (supressão mecânica).
1. conheça os materiais
Folhas de arvores;
Palhada;
Poda de grama;
Serragem;
Capim picado;
Alerta ecológico!!!
A água é indispensável para a nutrição vegetal. Para absorver água, a planta necessita da
energia captada do sol e armazenada como açúcar. Porém, a transformação de energia em
açúcar exige oxigênio, que deverá existir em quantidade suficiente no solo. Na insuficiência
deste elemento, a planta libera pouca energia, comprometendo seu metabolismo e diminuindo
a absorção de nutrientes e a transformação desses em substâncias orgânicas.
Os Macronutrientes são:
Nitrogênio (N), Fósforo (P), Potássio (K), Cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e Enxofre (S).
Os Micronutrientes são:
Boro (B), Zinco (Zn), Molibdênio (Mo), Cobre (Cu), Manganês (Mn), Ferro (Fe) e Cloro
(Cl).
Atenção!!!
Temos ainda os Micronutrientes Benéficos, aqueles não essenciais, mas que quando
absorvidos trazem benefícios à planta.
São eles:
Termo grego
A teoria da trofobiose diz que todo ser vivo só sobrevive se houver alimento adequado e
disponível para ele. A planta ou parte dela, só será atacada por insetos, ácaros, nematóides
ou microorganismos (fungos ou bactérias), quando tiver na sua seiva o alimento que eles
precisam, principalmente aminoácidos (Chaboussou, 1987).
Uma proteína é composta por uma seqüência de aminoácidos. As plantas que estão em
crescimento juntam aminoácidos para trasnformar em proteínas.
Quando isto acontece, a seiva fica carregada de aminoácidos livres, açúcares e nitrato. Estes
são os alimentos preferenciais de fungos, bactérias, ácaros, nematóides e insetos.
Nutrir a planta não é apenas jogar adubo orgânico. Como anteriormente citado, o manejo
visando à nutrição da planta começa com o reconhecimento da área (topografia, disponibilidade
de água, incidência de ventos, insolação), diagnóstico do solo (tipo de solo, compactação,
análise nutricional, vegetação existente na área), preparo do solo (subsolagem, calagem e
incorporação de biomassa, adubação verde) e adição de adubo orgânico no plantio (restos
vegetais, esterco curtido, compostagem).
Plantas Motivo
Atenção!!!
Ervas espontâneas são aquelas de ocorrência natural, podendo ser nativas ou não. Estas
plantas surgem no terreno pré e pós-plantio. Estas plantas também são indicadoras das
condições do solo (compactação, distribuição dos nutrientes) e contribuem para o controle
biológico.
No pré-plantio estas plantas são aproveitadas, tem uma função de adubação verde, produção
de biomassa e proteção da superfície do solo, assim como da vida do solo. A natureza tem
seus processos regenerativos e de manutenção dos seus diferentes ecossistemas (sucessão
vegetal).
Exemplos de plantas espontâneas: diferentes capins, caruru, beldroega, picão branco, picão
preto, tiririca, etc.
Concorrência por luz da erva espontânea com a cultura causa alterações como o estiolamento
(mudanças na textura e cor). (VI 1 foto)
2. Faça a roçada
Corte as ervas espontâneas rente ao solo, deixando-as no local. Esta palhada servirá de
cobertura morta. Repita esta operação conforme necessário. (VI 2 foto)
Atenção!!!
A escarificação pode ser feita com ancinho, sacho, rastelo, enxada e implemento de tração
animal, de preferência com o solo um pouco úmido. As hortaliças de raízes, bulbos e
tubérculos precisam de escarificação com maior freqüência do que as folhosas.
1. Selecione a ferramenta
2. Escarifique o solo
Nos canteiros, covas e sulcos de semeadura direta, assim com nas sementeiras, deve ser feita
a raleação ou desbaste, isto é, a eliminação do excesso de plantas para evitar a competição
por nutrientes. Assim, deixa-se um espaçamento adequado entre as plantas restantes,
permitindo que estas cresçam bem. Em geral, a raleação é feita quando as plantas têm pelo
menos 5 cm de altura. O espaçamento entre plantas pode variar de cultura para cultura.
2. Retire as plantas
1. Tutore em V invertido
1.3. Estique dois fios de arame e amarre de um esteio a outro, a uma altura aproximada
de 1,8 metros
1.5. Insira a ponta do bambu entre os arames e o pé do bambu rente a planta da outra
linha
Atenção!!!
Fitilhos são fitas plásticas que substituem plenamente as fibras vegetais tipo “embira”.
3.3. Estique o fio de arame e amarre-o de um esteio a outro, a uma altura aproximada
de 1,8 metros
3.4. Estique o fio de arame e amarre-o de um esteio a outro, a uma altura aproximada
de 30 centímetros
4. Tutore em i
4.3. Estique um fio de arame e amarre de um esteio a outro, a uma altura aproximada
de 1,8 metros
Esta operação tem por objetivo fixar as hastes das plantas nos tutores, conduzindo-as no
seu desenvolvimento. O amarrio pode ser feito de forma manual ou com uma máquina
específica para esta operação, chamada “alceador”. Quando de forma manual, deve ser
feito “oito” para não estrangular o caule. Os materiais mais utilizados são embiras, sisal e
fitas de polietileno.
Em culturas como tomate, abobrinha, berinjela, melão e melancia, é bom eliminar o excesso
de brotos e galhos, pois os brotos laterais diminuem o vigor vegetativo da planta e consomem
nutrientes que poderiam ser conduzidos para a formação dos frutos.
Depois de realizada a desbrota, areja-se a planta: a luz pode penetrar com mais facilidade
e há um melhor desenvolvimento da planta.
A desbrota é feita quando os brotos ainda estão pequenos, manualmente ou com ferramenta
apropriada e desinfetada.
Desbrota
Capação
É a retirada de frutos em uma penca ou planta, quando esses estão com defeitos ou em
quantidades elevadas, comprometendo o crescimento e a uniformidade.
Consiste na amarração não muito apertada das folhas superiores das plantas, formando um
feixe para proteger a flor ou o broto.
Com esta prática, obtém-se um produto de coloração branco-creme, melhorando seu aspecto
e sabor. A época e a forma de executar esta prática varia de cultura para cultura.
Esta prática é recomendada para aumentar a porcentagem de vingamento dos frutos, quando
a população de agentes polinizadores (insetos) é baixa ou quando as condições climáticas
são adversas.
A retirada pode ser tocando-as com as pontas dos dedos, com cotonetes ou com um chumaço
de algodão.
Encoste levemente os dedos ou o objeto com o pólen, nos estigmas das flores femininas.
O pólen de uma flor masculina pode polinizar até 8 flores femininas, usando-se o dedo.
Atenção!!!
Esta prática visa promover a distribuição correta das ramas de plantas rasteiras, facilitando
as demais operações, além de evitar a podridão das ramas e dos frutos que se alojam nos
sulcos.