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Produção de Própolis
Módulo V
“O SENAR-AR/SP está permanentemente
empenhado no aprimoramento profissional e
na promoção social, destacando-se a saúde
do produtor e do trabalhador rural.”
FÁBIO MEIRELLES
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Gestão 2020-2024
CAPACITAÇÃO
NA APICULTURA
Produção de Própolis
RESPONSÁVEL TÉCNICO
Teodoro Miranda Neto
Chefe Adjunto da Divisão Técnica do SENAR-AR/SP
AUTOR
Celso Ribeiro Cavalcante de Souza
Técnico em Agropecuária, Bacharel e Licenciado em Ciências Biológicas, Farmacêutico, Proprietário do
Apiário D’terra e da Estação do Mel - Pindamonhangaba
REVISÃO GRAMATICAL
André Pomorski Lorente
FOTOS
Celso Ribeiro Cavalcante de Souza
DIAGRAMAÇÃO
FUNVIC - Fundação Universitária Vida Cristã
Direitos Autorais: é proibida a reprodução total ou parcial desta cartilha, e por qualquer processo, sem a
expressa e prévia autorização do SENAR-AR/SP.
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................9
I. PRÓPOLIS............................................................................................................................ 10
1. Composição da própolis.................................................................................................... 10
2. Utilização da própolis........................................................................................................ 11
3. Propriedades farmacológicas da própolis......................................................................... 11
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.................................................................................................... 24
O
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL - SENAR-AR/SP, criado em 23
de dezembro de 1991, pela Lei n° 8.315, e regulamentado em 10 de junho de 1992,
como Entidade de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, teve
a Administração Regional do Estado de São Paulo criada em 21 de maio de 1993.
Acreditamos que esta cartilha, além de ser um recurso de fundamental importância para os
trabalhadores e produtores, será também, sem sombra de dúvida, um importante instrumento
para o sucesso da aprendizagem a que se propõe esta Instituição.
A própolis hoje é utilizada nas mais diversas áreas, tendo destaque a área farmacológica e
o uso medicinal e odontológico, além do veterinário.
É sem dúvida um produto de alto potencial econômico na exploração apícola e que deve
ser explorado de maneira racional, trazendo ao apicultor mais uma alternativa de renda em
sua atividade.
São várias as teorias a respeito da própolis, mas o mais correto é dizer que ela é uma resina
das plantas coletada pelas abelhas.
São resinas coletadas das gemas apicais, em troncos que secretam estas substâncias e
que são mastigadas pelas abelhas e transformadas em própolis.
Defesa - a própolis pode ser colocada pelas abelhas na porta de entrada, diminuindo seu
tamanho e impedindo inimigos de entrarem.
Assepsia dos alvéolos antes da postura da rainha - é feita uma limpeza (assepsia) nos
alvéolos com uma tintura feita de própolis antes da rainha ovopositar, garantido a saúde
da nova cria.
1. COMPOSIÇÃO DA PRÓPOLIS
A própolis é uma massa resinosa e pegajosa, cuja cor varia do amarelo e verde ao marrom
escuro, dependendo da procedência e idade do produto.
Nela são encontrados microelementos como alumínio, cálcio, estrôncio, ferro, vanádio,
manganês e silício, entre outros.
30% de cera
Em sua composição já foram descritos pelo menos 200 tipos de compostos químicos. Além
destes há muitos outros que ainda não foram descritos, pois a própolis é uma mistura, o
que dificulta a extração e fracionamento de seus componentes. Por esta razão pouco ainda
se sabe a seu respeito.
2. UTILIZAÇÃO DA PRÓPOLIS
A própolis serve para vários fins medicinais, mas também tem sido usada em outras áreas,
como:
Na indústria de:
Cosméticos e outros.
ATENÇÃO!!!
Esta resina é depositada nas cortícolas para serem transportadas para a colmeia, de onde
segue para o local no qual está sendo requisitada.
Outras abelhas retiram a resina aos poucos da pata coletora, até liberá-la para uma nova
coleta. Cada coleta leva em média 15 a 60 minutos, variando de acordo com a temperatura
ambiente. Em dias mais quentes leva-se menos tempo para fazer uma coleta.
O horário médio de coleta está entre 10 e 16 horas, sendo que no verão começa mais cedo
e termina mais tarde.
A coleta durante períodos de clima mais frio tende a aumentar, pois exige-se mais para
manter uma temperatura constante. Nesta época a entrada de ar deve ser diminuída.
Sabendo que as abelhas coletam própolis de acordo com a necessidade da colmeia, utilizam-
se mecanismos para as estimular.
Para que isso seja possível é necessário coletar toda a própolis existente a cada revisão.
Ao retirarmos a própolis da colmeia, esta sentirá necessidade de coletar mais, para devolver
as mesmas condições anteriores de proteção e temperatura.
ATENÇÃO!!!
5. Moldura coletora
6. C P I
Consiste em calçar a tampa da colmeia com pequenos toquinhos de madeira (de + 1,5
cm).
Após alguns dias verificar se os espaços foram preenchidos com própolis. O tempo de
preenchimento do espaço vazio varia muito de colmeia para colmeia. Após verificar que o
espaço está preenchido, deve-se coletar a própolis, seguindo os passos:
O apicultor e o auxiliar deverão estar vestidos com o EPI e ter o fumigador aceso.
Este procedimento é importante para que se elimine todos os ovos de traças possíveis.
Transfira quadro a quadro de cria para nova melguera coletora, em seguida troque as
melgueras, deixando no lugar a melguera coletora (CPI), retirando o primeiro sarrafo do
coletor e leve a melguera original embora.
Após alguns dias verificar se os espaços foram preenchidos com própolis. O tempo de
preenchimento do espaço vazio varia muito de colmeia para colmeia. Após verificar que
o espaço está preenchido, retire o outro sarrafo inferior e assim sucessivamente ate que
preencham todos os espaços com própolis.
Este procedimento é importante para que elimine se todos os ovos de traças possíveis.
Muito utilizada no passado, hoje somente utilizada por aqueles que produzem própolis para
consumo próprio.
ATENÇÃO!!!
Se o apicultor forçar as abelhas para coleta de própolis e este não estiver disponível na
natureza, outros produtos serão coletados, como: terra, barro, piche ou qualquer outra coisa.
Também uma grande quantidade de cera poderá ser depositada no local, juntamente com
a própolis, formando um produto de péssima qualidade.
Alguns cuidados devem ser tomados para que a própolis seja de boa qualidade. São eles:
Fazer a limpeza da própolis logo após a coleta, retirando qualquer tipo de impurezas como
asas, abelhas mortas, insetos, pedaços de madeira, etc.
Não aquecê-la.
1. PROCEDIMENTO
Este serviço deve ser realizado em ambiente limpo, higiênico, apropriado para este fim,
através de pessoal treinado e paramentado com luvas, máscaras e avental.
Para a limpeza do produto bruto, a maneira utilizada é a catação manual, em que são
retiradas as impurezas visíveis, tais como lascas de madeira, pedaços de cera, abelhas,
traças, folhas, entre outros.
Avental, luva, máscara, touca, pinça, recipiente limpo e sacos plásticos com vedação.
3. CONSERVAÇÃO
4. TRANSPORTE
Quando o produto for retirado de refrigeração, deve-se colocá-lo em local seco, fresco e
escuro. Deve-se tomar o cuidado para que não haja a formação de de água, pois estas
gotículas podem proporcionar o aparecimento de bolores devido ao aumento da umidade,
comum quando retiradas para transporte.
5. COMERCIALIZAÇÃO
A própolis deve ser comercializada pelo produtor na forma “in natura”, bruta e em quilo.
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