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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL

ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROGRAMA OLERICULTURA ORGÂNICA

COMERCIALIZAÇÃO

“O SENAR-AR/SP está permanentemente


empenhado no aprimoramento profissional e
na promoção social, destacando-se a saúde
do produtor e do trabalhador rural.”
FÁBIO MEIRELLES
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Gestão 2020-2024

FÁBIO DE SALLES MEIRELLES


Presidente

JOSÉ CANDEO SERGIO ANTONIO EXPRESSÃO


Vice-Presidente Diretor 2º Secretário

EDUARDO LUIZ BICUDO FERRARO MARIA LÚCIA FERREIRA


Vice-Presidente Diretor 3º Secretário

MARCIO ANTONIO VASSOLER LUIZ SUTTI


Vice-Presidente Diretor 1º Tesoureiro

TIRSO DE SALLES MEIRELLES PEDRO LUIZ OLIVIERI LUCCHESI


Vice-Presidente Diretor 2º Tesoureiro

ADRIANA MENEZES DA SILVA WALTER BATISTA SILVA


Diretor 1º Secretário Diretor 3º Tesoureiro

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL


ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
CONSELHO ADMINISTRATIVO

FÁBIO DE SALLES MEIRELLES


Presidente

DANIEL KLÜPPEL CARRARA SUSSUMO HONDO


Representante da Administração Central Representante do Segmento das Classes Produtoras

ISAAC LEITE CYRO FERREIRA PENNA JUNIOR


Presidente da FETAESP Representante do Segmento das Classes Produtoras

MÁRIO ANTONIO DE MORAES BIRAL


Superintendente

SÉRGIO PERRONE RIBEIRO


Coordenador Geral Administrativo e Técnico
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROGRAMA OLERICULTURA
ORGÂNICA

COMERCIALIZAÇÃO

São Paulo - 2016


IDEALIZAÇÃO
Fábio de Salles Meirelles
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

SUPERVISÃO GERAL
Jair Kaczinski
Chefe da Divisão Técnica do SENAR-AR/SP

RESPONSÁVEL TÉCNICO
Marco Antonio de Oliveira
Divisão Técnica do SENAR-AR/SP

AUTORES
Diego Mendes
João César Martins de Castro
Mariley Castro Almeida da Silva

COLABORADORES
Sindicato Rural de São José do Rio Preto

REVISÃO GRAMATICAL
André Pomorski Lorente

DIAGRAMAÇÃO
Felipe Prado Bifulco
Diagramador do SENAR-AR/SP

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


Carolina Malange Alves CRB-8/7281

Mendes, Diego
Programa olericultura orgânica : comercialização / Diego
Mendes, João César Martins de Castro, Mariley Castro Almeida
da Silva. - São Paulo : SENAR, 2016.
46 p. : il. color. ; 30 cm

Bibliografia
ISBN 978-85-99965-69-6

1. Olericultura 2. Olericultura – comercialização 3. Agricultura


orgânica I. Mendes, Diego II. Castro, João César Martins de III.
Silva, Mariley Castro Almeida da IV. Título

CDD 635

Direitos Autorais: é proibida a reprodução total ou parcial desta cartilha, e por qualquer processo, sem a
expressa e prévia autorização do SENAR-AR/SP.

4 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO............................................................................................................................................ 7

INTRODUÇÃO..................................................................................................................................................9

COMERCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS OLERÍCOLAS........................................................................... 10

I - CONHECER AS FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO DIRETA............................................................. 12

II - CONHECER AS FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO INDIRETA........................................................ 16

III - CONHECER A LEGISLAÇÃO PARA A COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS ORGÂNICOS...... 18


1. CONHEÇA A LEI 10.831 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003............................................................ 18

IV – CONHECER OS MECANISMOS DE CONTROLE PARA A GARANTIA DA QUALIDADE


ORGÂNICA............................................................................................................................................ 37
1. CONHEÇA O MECANISMO DA CERTIFICAÇÃO ........................................................................ 38
2. CONHEÇA O MECANISMO DA CERTIFICAÇÃO EM GRUPO.................................................... 39
3. CONHEÇA O MECANISMO DO SISTEMA PARTICIPATIVO DE GARANTIA (SPG)................. 40
4. CONHEÇA O MECANISMO DO CONTROLE SOCIAL NA VENDA DIRETA SEM
CERTIFICAÇÃO . ........................................................................................................................... 41

V - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................................... 45

ANOTAÇÕES..................................................................................................................................................46

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6 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
APRESENTAÇÃO

O
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL - SENAR-AR/SP, criado em 23
de dezembro de 1991, pela Lei n° 8.315, e regulamentado em 10 de junho de 1992,
como Entidade de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, teve
a Administração Regional do Estado de São Paulo criada em 21 de maio de 1993.

Instalado no mesmo prédio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São


Paulo - FAESP, Edifício Barão de Itapetininga - Casa do Agricultor Fábio de Salles
Meirelles, o SENAR-AR/SP tem, como objetivo, organizar, administrar e executar, em todo
o Estado de São Paulo, o ensino da Formação Profissional e da Promoção Social Rurais
dos trabalhadores e produtores rurais que atuam na produção primária de origem animal e
vegetal, na agroindústria, no extrativismo, no apoio e na prestação de serviços rurais.

Atendendo a um de seus principais objetivos, que é o de elevar o nível técnico, social e


econômico do Homem do Campo e, consequentemente, a melhoria das suas condições
de vida, o SENAR-AR/SP elaborou esta cartilha com o objetivo de proporcionar, aos
trabalhadores e produtores rurais, um aprendizado simples e objetivo das práticas agro-
silvo-pastoris e do uso correto das tecnologias mais apropriadas para o aumento da sua
produção e produtividade.

Acreditamos que esta cartilha, além de ser um recurso de fundamental importância para os
trabalhadores e produtores, será também, sem sombra de dúvida, um importante instrumento
para o sucesso da aprendizagem a que se propõe esta Instituição.

Fábio de Salles Meirelles


Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

“Plante, Cultive e Colha a Paz”

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8 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
INTRODUÇÃO

O conhecimento de mercado de produtos orgânicos é quem vai determinar o planejamento


de produção. Por isso, o produtor deve conhecer a realidade dos mercados local, regional,
nacional e internacional.

Uma vez conhecendo a demanda do mercado de produtos orgânicos, é possível desenvolver


as estratégias de comercialização.

A comercialização pode ser feita das mais variadas formas devido aos diferentes canais de
distribuição, porém os fatores como constância na produção e produtos de qualidade são
primordiais para obter sucesso.

Esta cartilha procura apresentar de maneira simples as formas de comercialização de


olerícolas no Brasil e a legislação brasileira pertinente aos produtos orgânicos. Procura,
ainda, fornecer subsídios que auxiliem o produtor/trabalhador a desenvolver seu senso crítico
e de observação, preservando a saúde e a segurança, praticando assim uma agricultura
menos agressiva ao meio ambiente e obtendo um produto mais saudável.

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COMERCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS
OLERÍCOLAS
A agricultura orgânica ganha cada vez mais espaço na cadeia agrícola brasileira. Em 2014,
ela movimentou cerca de R$ 2 bilhões e a expectativa é que em 2016 este número alcance
R$ 2,5 bilhões, segundo o setor.

A área de produção orgânica no Brasil abrange 950 mil hectares. Nela, são produzidas
hortaliças, cana-de-açúcar, arroz, café, castanha do Brasil, cacau, açaí, guaraná, palmito,
mel, sucos, ovos e laticínios. O Brasil exporta para mais de 76 países. Os principais produtos
exportados são açúcar, mel, oleaginosas, frutas e castanhas.

Em 2015, segundo Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos do MAPA, no Brasil existem


11.084 produtores. Os estados com maior número de produtores orgânicos são: Rio Grande
do Sul (1.554), São Paulo (1.438), Paraná (1.414) e Santa Catarina (999).

A comercialização é a venda da produção tendo como destino o consumidor, podendo ser


feita de forma direta ou indireta.

Menos de 5% dos brasileiros consomem produtos orgânicos. Destes, cerca de 70% fazem
suas compras em supermercados, os quais não suprem as necessidades dos consumidores,
que complementam suas compras em lojas especializadas e feiras livres.

As regiões metropolitanas são os principais mercados consumidores de produtos orgânicos.


Nestes locais a demanda é crescente e superior à oferta. (Guia do Consumidor Orgânico
de 2015)

O preço dos produtos convencionais é cotado diariamente pela CEAGESP. Para a definição
do preço do dia é levada em consideração a quantidade ofertada de cada produto em função
da demanda de mercado.

A variação de preços ao longo do ano é uma constante no mercado de olerícolas


convencionais, em razão das estações do ano, que influenciam na quantidade produzida
e no custo de produção, afetando a quantidade ofertada. No entanto, para os produtos
orgânicos essa variação tende a ser menor em função dos contratos de vendas com alguns
pontos de comercialização que fixam os preços durante o ano.

O preço dos produtos orgânicos numa média anual é 30% maior que os produtos
convencionais. Esse valor mais elevado é devido à menor escala de produção e aos custos
de certificação e manutenção de sua qualidade orgânica.

De acordo com as condições climáticas, as principais épocas para se produzir e consumir


as olerícolas orgânicas são as apresentadas nas tabelas abaixo:

10 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


Fonte: Guia do Consumidor Orgânico de 2015

O mercado de produtos orgânicos é mais exigente em termos de informações do processo


produtivo do que o mercado convencional, assim a rastreabilidade e o selo da agricultura
familiar (SIPAF) passam a ser diferenciais na comercialização.

RASTREABILIDADE é a identificação, acompanhamento e registro de todas as fases


operacionais do processo produtivo, desde a fonte da produção até a sua comercialização.

Atenção!!!
No mercado brasileiro até o presente momento não há legislação definida sobre a
rastreabilidade de alimentos vegetais.

O SIPAF - Selo da Identificação da Participação da Agricultura Familiar


foi criado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) por meio da
Secretaria da Agricultura Familiar. É concedido a empresas e cooperativas
e a agricultores familiares, desde que portadores de DAP, a fim de identificar
produtos como verduras, legumes, polpas de frutas e laticínios, entre outros.
O uso deste selo é de caráter voluntário. A validade do Selo é de cinco
anos, podendo ser renovado. O SIPAF não substitui qualquer exigência
legal quanto à produção, industrialização ou consumo no âmbito municipal,
estadual ou federal.

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I - CONHECER AS FORMAS DE
COMERCIALIZAÇÃO DIRETA
Processo pelo qual o produtor participa da venda ao consumidor.

a) Venda direta na propriedade

É a forma de comercialização em que o produtor realiza a venda para o consumidor dentro


de sua propriedade. Podem ser realizadas de duas maneiras: o sistema colha e pague e o
sistema de ponto de venda (uma miniquitanda na propriedade).

Para tanto, a propriedade deve estar localizada próxima aos centros de consumo, ter fácil
acesso e oferecer uma grande variedade de produtos para atrair o consumidor. Esse tipo
de venda é ideal para pequenos produtores com mão de obra familiar e disponibilidade de
tempo para receber os consumidores.

Geralmente quando a propriedade está bem organizada para esse tipo de comercialização
ela apresenta potencial para trabalhar com turismo rural e/ou agroturismo, o que possibilita
a geração de uma receita a mais para o produtor.

b) CSA (Consumidor em Suporte à Agricultura)

O produtor faz um acordo com um grupo de consumidores, para produzir olerícolas. Os


consumidores contribuem com o financiamento das atividades do produtor e garantem
a compra dos produtos; este por sua vez se compromete a manter uma horta produtiva
e diversificada, ao longo do tempo, realizando a entrega dos produtos definidos pelos
consumidores em assembleia. O consumidor pode participar, quando desejar, do processo
produtivo. O termo CSA teve origem nos EUA na década de 80 (Community-Supported
Agriculture), porém o modelo já vinha sendo trabalhado desde a década de 70 no Japão.

c) Venda em Feira livre

Modelo no qual o produtor se cadastra no município para participar das feiras livres
disponíveis. A vantagem desse modo de comercialização é estar em contato direto com
os consumidores num ponto de grande concentração de pessoas com interesses em seus
produtos.

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d) Venda em pontos estratégicos

Essa forma de mercado visa atingir o consumidor em locais de grande circulação de


pessoas. Esses pontos estratégicos podem ser padarias, beiras de estradas ou vias de
acesso, condomínios, etc.

Nessa forma de comercialização o produtor necessita de um alvará municipal ou de uma


licença do parceiro do ponto estratégico de venda.

e) Venda de cestas orgânicas

Cestas orgânicas podem ter diversos tamanhos e frequência de entregas. Podem ser
trabalhadas em dois modelos:

Modelo 01: É o modelo de comercialização em que o produtor disponibiliza com antecedência


uma relação de produtos ao consumidor. O consumidor escolhe os produtos que deseja e
o produtor entrega no local e horário combinados.

Modelo 02: É quando o produtor, mediante um cadastro prévio, conhece o perfil de consumo
de seus parceiros consumidores (clientes fiéis) e disponibiliza as entregas dos produtos nos
locais e horários de preferência do consumidor.

A dificuldade deste tipo de comercialização consiste na logística e distribuição.

f) Vendas institucionais governamentais

As vendas institucionais governamentais podem ser em âmbito federal, estadual ou municipal.


Esta última depende do município aprovar uma lei específica para atender um programa
conhecido como PMAIS (Programa Municipal da Agricultura de Interesse Social).

Desde 24 de julho de 2006, com a aprovação da Lei Federal nº 11.326, alguns programas
foram criados para priorizar os agricultores familiares. No mínimo 30% das compras
institucionais federal e estadual devem ser designadas aos agricultores familiares.

Existem vários programas de comercialização para as vendas institucionais governamentais.


São elas:

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• PAA – Programa de Aquisição de Alimentos

Instituído pela Lei Federal nº 10.696/2003, o programa utiliza mecanismos de comercialização


que favorecem a aquisição direta de produtos de agricultores familiares ou de suas
organizações, estimulando os processos de agregação de valor à produção.

Os produtos são doados para entidades da rede socioassistencial, restaurantes populares,


bancos de alimentos e cozinhas comunitárias e ainda para cestas de alimentos distribuídas
pelo Governo Federal.

A compra pode ser feita sem licitação. Cada agricultor pode acessar até um limite anual de
R$ 8.000,00 (2015) e os preços não devem ultrapassar o valor dos praticados nos mercados
locais.

O PAA é executado com recursos dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do


Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), em parceria com estados, municípios
e com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

• PNAE - Programa Nacional de Alimentação Escolar

Instituído pela Lei Federal nº 11.947/2009, o PNAE prevê o uso de no mínimo 30% dos
recursos repassados pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) para
a alimentação escolar, na compra de alimentos da agricultura familiar para serem servidos
nas escolas da rede pública de ensino.

A aquisição de gêneros alimentícios será realizada, sempre que possível, no mesmo


município das escolas, priorizando os assentamentos de reforma agrária, as comunidades
tradicionais indígenas e quilombolas.

O limite de comercialização por DAP é de R$20.000,00/ano (2015).

• PPAIS - Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social

Instituído pela Lei Estadual no 14.591/2011, o PPAIS é uma ação que visa estimular a
produção e garantir a comercialização dos produtos da agricultura familiar, como frutas,
verduras, legumes e outros alimentos utilizados para a produção de refeições em órgãos
estaduais como hospitais, escolas, presídios, entre outras instituições.

No mínimo 30% das verbas estaduais destinadas à compra de alimentos serão utilizadas
para adquirir produtos oriundos da agricultura familiar, in natura e manufaturados.

O limite de comercialização anual por DAP/DCONP é de R$ 22.000,00 (2015).

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• PMAIS - Programa Municipal da Agricultura de Interesse Social

Este programa depende da aprovação de lei municipal com o objetivo de fortalecer a


agricultura familiar.

É o município quem define o percentual mínimo de compra; o que geralmente tem-se adotado
é 20% (vinte por cento) dos recursos destinados à aquisição de gêneros alimentícios
“in natura” ou processados. Também, define o valor máximo por DAP, normalmente de
R$ 10.000,00 por ano, salvo quando se tratar de aquisição efetuada de associação ou
cooperativa, hipótese em que esse valor deverá ser multiplicado pelo número de seus
integrantes.

Atenção!!!
Os agricultores familiares que tiverem interesse em participar desses programas
deverão comparecer à Prefeitura Municipal.

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II - CONHECER AS FORMAS DE
COMERCIALIZAÇÃO INDIRETA
A comercialização indireta é quando o produto passa por um ou mais intermediários para
chegar até o consumidor final.

Isso pode ocorrer de duas maneiras:

Uma delas é a venda para um intermediário que fará os próximos passos até que o produto
chegue ao consumidor final, neste caso o produtor recebe o pagamento de suas mercadorias
no ato da entrega.

A outra maneira é quando o produtor delega a terceiros a venda de seus produtos, com um
preço determinado ou não. Quando o preço não for determinado o produtor ficará sabendo
do valor a receber apenas no final da comercialização.

a) Comercialização com as grandes redes de supermercados e hipermercados,


quitandas, sacolões e lojas especializadas (empórios/butiques)

A comercialização se dá por meio de negociação direta entre o produtor e o estabelecimento.


O ponto de comercialização estima um volume de venda para cada produto e passa para
o produtor que receberá o pagamento apenas dos produtos que forem vendidos; a isso
damos o nome de consignação de venda.

Ainda nesses estabelecimentos podemos encontrar o sistema de compra definitiva dos


produtos, ou seja, o estabelecimento faz um pedido e assume a venda.

O repasse das mercadorias para o varejista ocorre somente com um intermediário até o
consumidor. De acordo com o porte do estabelecimento, pode ser necessário que o produtor
tenha que embalar as mercadorias de forma individual ou entregá-las a granel.

b) Comercialização nos Entrepostos (CEAGESP / CEASA)

A comercialização se dá da seguinte maneira: o produtor fornece mercadoria a um atacadista


(permissionário do entreposto) para que ele realize a venda para o varejista. A mercadoria
pode ser retirada da propriedade pelo atacadista ou entregue junto ao CEAGESP / CEASA,
diretamente no “box” ou “pedra” pelo próprio produtor.

Normalmente a mercadoria é consignada para a venda, sendo descontados do valor de


venda o frete, o valor referente à carga e descarga e a comissão do atacadista, após a qual
é emitida a fatura em nome do produtor.

16 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


c) Comercialização com as Distribuidoras

As distribuidoras são empresas especializadas em intermediação entre o produtor e o


mercado varejista. Geralmente o produtor faz uma programação de venda com volume e
preço predeterminado.

Estas empresas compram de vários produtores a fim de ter uma diversidade de produtos para
atender seus clientes, que podem ser: restaurantes, supermercados, lojas especializadas,
prefeituras, cesta orgânicas, etc.

d) Venda a hotéis e restaurantes

É um mercado que necessita de frequência de entrega além de fornecimento de produtos


com alta qualidade para atender os chefes de cozinha desse nicho de mercado.

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III - CONHECER A LEGISLAÇÃO PARA
A COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS
ORGÂNICOS
O Ministério da Agricultura e do Abastecimento, em 17 de maio de 1999, regulamentou os
processos de produção orgânica de alimentos no Brasil, por meio da publicação da Instrução
Normativa no 007/99. Seu texto foi elaborado a partir de inúmeras discussões com os
representantes de setores envolvidos com a Agricultura Orgânica em todo o país, baseado
na experiência dos produtores nacionais, associado a diversas referências internacionais.

No dia 23 de dezembro de 2003, foi aprovada a lei que oficializou a Agricultura Orgânica
no Brasil. A partir desta lei, vieram os Decretos e as Instruções Normativas, sempre com a
participação da Sociedade Civil.

1. CONHEÇA A LEI 10.831 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003

Dispõe sobre a agricultura orgânica e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA:

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Considera-se sistema orgânico de produção agropecuária todo aquele em que


se adotam técnicas específicas, mediante a otimização do uso dos recursos naturais e
socioeconômicos disponíveis e o respeito à integridade cultural das comunidades rurais,
tendo por objetivo a sustentabilidade econômica e ecológica, a maximização dos benefícios

18 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


sociais, a minimização da dependência de energia não-renovável, empregando, sempre que
possível, métodos culturais, biológicos e mecânicos, em contraposição ao uso de materiais
sintéticos, a eliminação do uso de organismos geneticamente modificados e radiações
ionizantes, em qualquer fase do processo de produção, processamento, armazenamento,
distribuição e comercialização, e a proteção do meio ambiente.

§ 1º A finalidade de um sistema de produção orgânico é:

I - a oferta de produtos saudáveis isentos de contaminantes intencionais;

II - a preservação da diversidade biológica dos ecossistemas naturais e a recomposição


ou incremento da diversidade biológica dos ecossistemas modificados em que se insere
o sistema de produção;

III - incrementar a atividade biológica do solo;

IV - promover um uso saudável do solo, da água e do ar; e reduzir ao mínimo todas as


formas de contaminação desses elementos que possam resultar das práticas agrícolas;

V - manter ou incrementar a fertilidade do solo a longo prazo;

VI - a reciclagem de resíduos de origem orgânica, reduzindo ao mínimo o emprego de


recursos não-renováveis;

VII - basear-se em recursos renováveis e em sistemas agrícolas organizados localmente;

VIII - incentivar a integração entre os diferentes segmentos da cadeia produtiva e de


consumo de produtos orgânicos e a regionalização da produção e comércio desses
produtos;

IX - manipular os produtos agrícolas com base no uso de métodos de elaboração


cuidadosos, com o propósito de manter a integridade orgânica e as qualidades vitais
do produto em todas as etapas.

§ 2º O conceito de sistema orgânico de produção agropecuária e industrial abrange os


denominados: ecológico, biodinâmico, natural, regenerativo, biológico, agroecológicos,
permacultura e outros que

atendam os princípios estabelecidos por esta Lei.

Art. 2º Considera-se produto da agricultura orgânica ou produto orgânico, seja ele in natura
ou processado, aquele obtido em sistema orgânico de produção agropecuário ou oriundo
de processo extrativista sustentável e não prejudicial ao ecossistema local.

Parágrafo único. Toda pessoa, física ou jurídica, responsável pela geração de produto definido
no caput deste artigo é considerada como produtor para efeito desta Lei.

ServiçoNacionaldeAprendizagemRural Administração Regional do Estado de São Paulo 19


Art. 3º Para sua comercialização, os produtos orgânicos deverão ser certificados por
organismo reconhecido oficialmente, segundo critérios estabelecidos em regulamento.

§ 1º No caso da comercialização direta aos consumidores, por parte dos agricultores


familiares, inseridos em processos próprios de organização e controle social, previamente
cadastrados junto ao órgão fiscalizador, a certificação será facultativa, uma vez assegurada
aos consumidores e ao órgão fiscalizador a rastreabilidade do produto e o livre acesso aos
locais de produção ou processamento.

§ 2º A certificação da produção orgânica de que trata o caput deste artigo, enfocando


sistemas, critérios e circunstâncias de sua aplicação, será matéria de regulamentação desta
Lei, considerando os diferentes sistemas de certificação existentes no País.

Art. 4º A responsabilidade pela qualidade relativa às características regulamentadas para


produtos orgânicos caberá aos produtores, distribuidores, comerciantes e entidades
certificadoras, segundo o nível de participação de cada um.

Parágrafo único. A qualidade de que trata o caput deste artigo não exime os agentes dessa
cadeia produtiva do cumprimento de demais normas e regulamentos que estabeleçam outras
medidas relativas à qualidade de produtos e processos.

Art. 5º Os procedimentos relativos à fiscalização da produção, circulação, armazenamento,


comercialização e certificação de produtos orgânicos nacionais e estrangeiros, serão objeto
de regulamentação pelo Poder Executivo.

§ 1º A regulamentação deverá definir e atribuir as responsabilidades pela implementação


desta Lei no âmbito do Governo Federal.

§ 2º Para a execução desta Lei, poderão ser celebrados convênios, ajustes e acordos entre
órgãos e instituições da Administração Federal, Estados e Distrito Federal.

Art. 6º Sem prejuízo das responsabilidades civil e penal cabíveis, a infração das disposições
desta Lei será apurada em processo administrativo e acarretará, nos termos previstos em
regulamento, a aplicação das seguintes sanções, isolada ou cumulativamente:

I - advertência;

II - multa de até R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais);

III - suspensão da comercialização do produto;

IV - condenação de produtos, rótulos, embalagens e matérias-primas;

V - inutilização do produto;

VI - suspensão do credenciamento, certificação, autorização, registro ou licença; e

20 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


VII - cancelamento do credenciamento, certificação, autorização, registro ou licença.

Art. 7º Caberá ao órgão definido em regulamento adotar medidas cautelares que se


demonstrem indispensáveis ao atendimento dos objetivos desta Lei, assim como dispor
sobre a destinação de produtos apreendidos ou condenados na forma de seu regulamento.

§ 1º O detentor do bem que for apreendido poderá ser nomeado seu depositário.

§ 2º Os custos referentes a quaisquer dos procedimentos mencionados neste artigo correrão


por conta do infrator.

Art. 8º As pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que produzam,


transportem, comercializem ou armazenem produtos orgânicos ficam obrigadas a promover
a regularização de suas atividades junto aos órgãos competentes.

Parágrafo único. Os procedimentos de registro, cadastramento, licenciamento e outros


mecanismos de controle deverão atender ao disposto no regulamento desta Lei e nos demais
instrumentos legais pertinentes.

Art. 9º Os insumos com uso regulamentado para a agricultura orgânica deverão ser objeto
de processo de registro diferenciado, que garanta a simplificação e agilização de sua
regularização.

Parágrafo único. Os órgãos federais competentes definirão em atos complementares os


procedimentos para a aplicabilidade do disposto no caput deste artigo.

Art. 10. Para o atendimento de exigências relativas a medidas sanitárias e fitossanitárias, as


autoridades competentes deverão, sempre que possível, adotar medidas compatíveis com as
características e especificidades dos produtos orgânicos, de modo a não descaracterizá-los.

Art. 11. O Poder Executivo regulamentará esta Lei, definindo as normas técnicas para a
produção orgânica e sua estrutura de gestão no âmbito da União, dos Estados e do Distrito
Federal.

§ 1º A regulamentação deverá contemplar a participação de representantes do setor


agropecuário e da sociedade civil, com reconhecida atuação em alguma etapa da cadeia
produtiva orgânica.

§ 2º A regulamentação desta Lei será revista e atualizada sempre que necessário e, no


máximo, a cada quatro anos.

ServiçoNacionaldeAprendizagemRural Administração Regional do Estado de São Paulo 21


Art. 12. (VETADO).

Parágrafo único. O regulamento desta Lei deverá estabelecer um prazo mínimo de 01 (um)
ano para que todos os segmentos envolvidos na cadeia produtiva possam se adequar aos
procedimentos que não estejam anteriormente estabelecidos por regulamentação oficial.

Art. 13. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 23 de dezembro de 2003; 182o da Independência e 115o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA


Márcio Thomaz Bastos
Roberto Rodrigues
Marina Silva

2. Conheça o Decreto N° 6.323, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2007.

Foram elencados aqui somente os itens referentes à Comercialização.

TÍTULO II

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO III
DA COMERCIALIZAÇÃO
Seção I
Do Mercado Interno
Art. 11. Para a comercialização no mercado interno, os produtos orgânicos deverão atender
ao disposto neste Decreto e demais disposições legais.

Art. 12. Os produtos orgânicos deverão ser protegidos continuadamente para que não se
misturem com produtos não orgânicos e não tenham contato com materiais e substâncias
cujo uso não esteja autorizado para a produção orgânica.

Art. 13. Os produtos orgânicos passíveis de contaminação por contato ou que não possam
ser diferenciados visualmente devem ser identificados e mantidos em local separado dos
demais produtos não orgânicos.

22 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


Art. 14. No comércio varejista, os produtos orgânicos passíveis de contaminação por contato
ou que não possam ser diferenciados visualmente dos similares não orgânicos devem ser
mantidos em espaço delimitado e identificado, ocupado unicamente por produtos orgânicos.

Art. 15. Todos os produtos orgânicos comercializados a granel devem trazer a identificação
do seu fornecedor no respectivo espaço de exposição.

Art. 16. Os restaurantes, hotéis, lanchonetes e similares que anunciarem em seus cardápios
refeições preparadas com ingredientes orgânicos deverão:

I - manter, à disposição dos consumidores, lista atualizada dos itens orgânicos ofertados,
dos itens que possuem ingredientes orgânicos e de seus fornecedores de produtos
orgânicos; e

II - apresentar, quando solicitado pelos órgãos fiscalizadores, informações sobre seus


fornecedores de produtos orgânicos, as quantidades adquiridas e as quantidades
comercializadas de produtos orgânicos.

Art. 17. No momento da venda direta de produtos orgânicos aos consumidores, os


agricultores familiares deverão manter disponível o comprovante de cadastro junto ao órgão
fiscalizador de que trata o art. 22.

Art. 22. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estabelecerá as regras para


a identificação dos agricultores familiares que comercializam diretamente aos consumidores,
nos termos do art. 17 deste Decreto.

Parágrafo único. As regras previstas no caput deverão contemplar a emissão de comprovante


de cadastramento do agricultor familiar pelo órgão fiscalizador.

Seção II

Da Exportação

Art. 18. Não poderão ser comercializados como orgânicos, no mercado interno, os produtos
destinados à exportação em que o atendimento de exigências do país de destino ou do
importador implique a utilização de produtos ou processos proibidos na regulamentação
brasileira.

Parágrafo único. Os produtos de que trata o caput não poderão receber o selo do sistema
brasileiro de avaliação da conformidade orgânica.

ServiçoNacionaldeAprendizagemRural Administração Regional do Estado de São Paulo 23


Seção III

Da Importação

Art. 19. Para serem comercializados no País como orgânicos, os produtos orgânicos
importados deverão estar de acordo com a regulamentação brasileira para produção
orgânica.

§ 1° Para os fins do disposto no caput, o produto deverá:

I - possuir certificação concedida por organismo de avaliação da conformidade orgânica


credenciado junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; ou

II - ser proveniente de país que possua acordo de equivalência ou de reconhecimento


mútuo de sistemas de avaliação da conformidade orgânica com o Brasil.

§ 2° Perderão a condição de orgânicos os produtos importados que forem submetidos a


tratamento quarentenário não compatível com a regulamentação da produção orgânica
brasileira.

CAPÍTULO IV

DA INFORMAÇÃO DA QUALIDADE

Seção I

Da Rotulagem

Art. 20. Além de atender aos regulamentos técnicos vigentes específicos para o produto
que está sendo rotulado, os produtos inseridos no Sistema Brasileiro de Avaliação da
Conformidade Orgânica de que trata o art. 29 deverão obedecer às determinações para
rotulagem de produtos orgânicos e conter o selo deste Sistema.

Art. 29. Fica instituído o Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica,


integrado por órgãos e entidades da administração pública federal e pelos organismos
de avaliação da conformidade credenciados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.

§ 1° Os Estados e o Distrito Federal poderão integrar o Sistema Brasileiro de Avaliação


da Conformidade Orgânica mediante convênios específicos firmados com o Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

§ 2° O Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica é integrado pelos


Sistemas Participativos de Garantia da Qualidade Orgânica e pela Certificação por
Auditoria.

24 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


Art. 21. Somente poderão utilizar o selo do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade
Orgânica os produtos comercializados diretamente aos consumidores que tenham sido
verificados por organismo de avaliação da conformidade credenciado junto ao Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Parágrafo único. No ponto de comercialização ou no rótulo dos produtos previstos no caput,


poderá constar a seguinte expressão: “produto orgânico não sujeito à certificação nos termos
da Lei no 10.831, de 23 de dezembro de 2003”.

Seção II

Da Identificação na Venda Direta

Art. 22. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estabelecerá as regras para


a identificação dos agricultores familiares que comercializam diretamente aos consumidores,
nos termos do art. 17 deste Decreto.

Parágrafo único. As regras previstas no caput deverão contemplar a emissão de comprovante


de cadastramento do agricultor familiar pelo órgão fiscalizador.

Seção III

Da Publicidade e Propaganda

Art. 23. É proibido, na publicidade e propaganda de produtos que não sejam produzidos
em sistemas orgânicos de produção, o uso de expressões, títulos, marcas, gravuras ou
qualquer outro modo de informação capaz de induzir o consumidor a erro quanto à garantia
da qualidade orgânica dos produtos.

TÍTULO III

DOS MECANISMOS DE CONTROLE

CAPÍTULO II

DO CONTROLE SOCIAL NA VENDA DIRETA SEM CERTIFICAÇÃO

Art. 28. Para que possam comercializar diretamente ao consumidor, sem certificação, os
agricultores familiares deverão estar vinculados a uma organização com controle social
cadastrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou em outro órgão
fiscalizador federal, estadual ou distrital conveniado.

ServiçoNacionaldeAprendizagemRural Administração Regional do Estado de São Paulo 25


§ 1° No caso previsto no caput, os agricultores terão de garantir a rastreabilidade de
seus produtos e o livre acesso dos órgãos fiscalizadores e dos consumidores aos locais
de produção e processamento.

§ 2° Para que possa realizar convênio com o Ministério da Agricultura, Pecuária e


Abastecimento objetivando atuar no controle da venda direta sem certificação, o órgão
da esfera federal, estadual ou distrital deverá possuir em seus quadros servidores com
poderes para atuar na fiscalização, capacitados para trabalhar com agricultura orgânica.

§ 3° O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estabelecerá, em ato próprio,


os procedimentos para o cadastramento de que trata o caput, ouvindo os Ministérios do
Desenvolvimento Agrário e do Meio Ambiente.

CAPÍTULO VI

DAS PROIBIÇÕES

Art. 75. É proibida a produção, o beneficiamento, a manipulação, a industrialização, o


processamento, a embalagem, o armazenamento, a comercialização, a oferta, a distribuição,
a propaganda e o transporte de produtos orgânicos que não atendam às exigências legais.

Art. 78. Nos estabelecimentos onde houver área específica, isolada e devidamente
identificada para a exposição, a oferta e a comercialização de produtos orgânicos, será
proibida a mistura, sob qualquer pretexto, com produtos não oriundos de sistemas orgânicos
de produção agropecuária.

CAPÍTULO VIII

DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES APLICÁVEIS

Seção II

Dos Produtores, Comercializadores, Transportadores e Armazenadores

Art. 89. Veicular qualquer forma de propaganda, publicidade ou apresentação de produto


que contenha denominação, símbolo, desenho, figura ou qualquer indicação que possa
induzir a erro ou equívoco quanto à origem, natureza, qualidade orgânica do produto ou
atribuir características ou qualidades que não possua:

Penalidade: advertência, multa, suspensão da comercialização do produto, condenação


de produtos, de rótulos, de embalagens e de matérias-primas ou inutilização do produto,
podendo ser aplicadas cumulativamente ou não.

§ 1° Nos casos de aplicação de multa, será ela aplicada em valor equivalente a até
duzentos e cinquenta por cento do valor de comercialização do produto que apresenta
irregularidades, até o limite de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais).

26 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


§ 2° Quando não for possível aplicar o disposto no § 1°, a pena de multa será aplicada
a partir de R$ 100,00 (cem reais) até o limite de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais)

Art. 90. Comercializar produtos orgânicos não certificados ou, quando em venda direta ao
consumidor, nos termos do § 1° do art. 3° da Lei no 10.831, de 2003, sem apresentação
do comprovante de cadastro do agricultor familiar inserido em estrutura organizacional
cadastrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento:

Penalidade: advertência, multa, suspensão da comercialização do produto, condenação de


produtos, rótulos, embalagens e matérias-primas ou inutilização do produto, podendo ser
aplicadas cumulativamente ou não.

§ 1° Nos casos de aplicação de multa, será ela aplicada em valor equivalente a até
duzentos e cinquenta por cento do valor de comercialização do produto que apresenta
irregularidades, até o limite de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais).

§ 2° Quando não for possível aplicar o disposto no § 1º, a pena de multa será aplicada
a partir de R$ 100,00 (cem reais) até o limite de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais).

Art. 91. Deixar de atender a exigências no prazo determinado em notificação:

Penalidade: aplicação da penalidade superior entre as previstas para a infração que gerou
a notificação.

Art. 92. Impedir ou dificultar por qualquer meio a ação fiscalizadora:

Penalidade: advertência, multa no valor de R$100,00 (cem reais) a R$ 10.000,00 (dez mil
reais), suspensão do credenciamento, da certificação, da autorização, do registro ou da
licença e cancelamento do credenciamento, da certificação, da autorização, do registro ou
da licença, podendo ser aplicadas cumulativamente ou não.

Art. 93. Comercializar, substituir, subtrair ou remover, total ou parcialmente, produto com
comercialização suspensa pelo órgão fiscalizador:

Penalidade: multa, suspensão ou cancelamento do credenciamento, da certificação, da


autorização, do registro ou da licença, podendo ser aplicadas cumulativamente ou não.

§ 1° Nos casos de aplicação de multa, será ela aplicada em valor equivalente a até
duzentos e cinquenta por cento do valor de comercialização do produto que apresenta
irregularidades, até o limite de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais).

§ 2° Quando não for possível aplicar o disposto no § 1º, a pena de multa será aplicada
a partir de R$ 500,00 (quinhentos reais) até o limite de R$ 1.000.000,00 (um milhão de
reais).

ServiçoNacionaldeAprendizagemRural Administração Regional do Estado de São Paulo 27


Art. 94. Distribuir, substituir, subtrair ou remover, total ou parcialmente, produtos, rótulos,
embalagens ou matérias-primas condenadas pelo órgão fiscalizador, sem a sua autorização
prévia:

Penalidade: multa, suspensão ou cancelamento do credenciamento, da certificação, da


autorização, do registro ou da licença, podendo ser aplicadas cumulativamente ou não.

§ 1º Nos casos de aplicação de multa, será ela aplicada em valor equivalente a até
duzentos e cinquenta por cento do valor de comercialização do produto que apresenta
irregularidades, até o limite de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais).

§ 2° Quando não for possível aplicar o disposto no § 1º, a pena de multa será aplicada
a partir de R$ 500,00 (quinhentos reais) até o limite de R$ 1.000.000,00 (um milhão de
reais).

Art. 95. Utilizar-se de falsa declaração perante o órgão fiscalizador:

Penalidade: advertência, multa, suspensão ou cancelamento do credenciamento, da


certificação, da autorização, do registro ou da licença, podendo ser aplicadas cumulativamente
ou não.

§ 1° Nos casos de aplicação de multa, será ela aplicada em valor equivalente a até
duzentos e cinquenta por cento do valor de comercialização do produto que apresenta
irregularidades, até o limite de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).

§ 2° Quando não for possível aplicar o disposto no § 1º, a pena de multa será aplicada
a partir de R$ 500,00 (quinhentos reais) até o limite de R$ 500.000,00 (quinhentos mil
reais).

Art. 96. Expor à venda ou comercializar produto como orgânico sem que tenha sido
observado período de conversão estabelecido nas normas vigentes:

Penalidade: advertência, multa, suspensão da comercialização do produto, suspensão ou


cancelamento do credenciamento, da certificação, da autorização, do registro ou da licença,
podendo ser aplicadas cumulativamente ou não.

§ 1° Nos casos de aplicação de multa, será ela aplicada em valor equivalente a até duzentos
e cinquenta por cento do valor de comercialização do produto que apresenta irregularidades,
até o limite de R$ 100.000,00 (cem mil reais).

§ 2° Quando não for possível aplicar o disposto no § 1º, a pena de multa será aplicada a
partir de R$ 100,00 (cem reais) até o limite de R$ 100.000,00 (cem mil reais).

Art. 97. Embalar, expor à venda ou comercializar produtos orgânicos utilizando-se de


rótulos ou identificação em desacordo com as disposições legais definidas neste Decreto
e legislação complementar:

28 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


Penalidade: advertência, multa, suspensão da comercialização do produto, suspensão ou
cancelamento do credenciamento, da certificação, da autorização, do registro ou da licença,
podendo ser aplicadas cumulativamente ou não.

§ 1° Nos casos de aplicação de multa, será ela aplicada em valor equivalente a até
duzentos e cinquenta por cento do valor de comercialização do produto que apresenta
irregularidades, até o limite de R$ 100.000,00 (cem mil reais).

§ 2° Quando não for possível aplicar o disposto no § 1º, a pena de multa será aplicada
a partir de R$ 100,00 (cem reais) até o limite de R$ 100.000,00 (cem mil reais).

Art. 98. Transportar, comercializar ou armazenar produtos orgânicos juntamente com


produtos não orgânicos sem o devido isolamento e identificação, ou de maneira que
prejudique sua qualidade orgânica ou induza o consumidor a erro:

Penalidade: advertência, multa, suspensão da comercialização do produto, suspensão ou


cancelamento do credenciamento, da certificação, da autorização, do registro ou da licença,
podendo ser aplicadas cumulativamente ou não.

§ 1° Nos casos de aplicação de multa, será ela aplicada em valor equivalente a até
duzentos e cinquenta por cento do valor de comercialização do produto que apresenta
irregularidades, até o limite de R$ 100.000,00 (cem mil reais).

§ 2° Quando não for possível aplicar o disposto no § 1º, a pena de multa será aplicada
a partir de R$ 100,00 (cem reais) até o limite de R$ 100.000,00 (cem mil reais).

Art. 99. Produzir produtos orgânicos mediante utilização de equipamentos e instalações


em desacordo com os dispositivos legais pertinentes à produção orgânica:

Penalidade: advertência, multa, suspensão da comercialização do produto, suspensão ou


cancelamento do credenciamento, da certificação, da autorização, do registro ou da licença,
podendo ser aplicadas cumulativamente ou não.

§ 1° Nos casos de aplicação de multa, será ela aplicada em valor equivalente a até
duzentos e cinquenta por cento do valor de comercialização do produto que apresenta
irregularidades, até o limite de R$ 100.000,00 (cem mil reais).

§ 2° Quando não for possível aplicar o disposto no § 1º, a pena de multa será aplicada
a partir de R$ 100,00 (cem reais) até o limite de R$ 100.000,00 (cem mil reais).

Art. 100. Operar produção paralela em desacordo com os dispositivos legais pertinentes
à produção orgânica:

Penalidade: advertência, multa, suspensão da comercialização do produto, suspensão ou


cancelamento do credenciamento, da certificação, da autorização, do registro ou da licença,
podendo ser aplicadas cumulativamente ou não.

ServiçoNacionaldeAprendizagemRural Administração Regional do Estado de São Paulo 29


§ 1° Nos casos de aplicação de multa, será ela aplicada em valor equivalente a até
duzentos e cinquenta por cento do valor de comercialização do produto que apresenta
irregularidades, até o limite de R$ 100.000,00 (cem mil reais).

§ 2° Quando não for possível aplicar o disposto no § 1º, a pena de multa será aplicada
a partir de R$ 100,00 (cem reais) até o limite de R$ 100.000,00 (cem mil reais).

Art. 101. Não atender às características e requisitos básicos dos sistemas orgânicos
de produção em seus aspectos técnicos, ambientais, econômicos e sociais, conforme
dispositivos legais pertinentes à produção orgânica:

Penalidade: advertência, multa, suspensão da comercialização do produto, suspensão ou


cancelamento do credenciamento, da certificação, da autorização, do registro ou da licença,
podendo ser aplicadas cumulativamente ou não.

§ 1° Nos casos de aplicação de multa, será ela aplicada em valor equivalente a até
duzentos e cinquenta por cento do valor de comercialização do produto que apresenta
irregularidades, até o limite de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais).

§ 2° Quando não for possível aplicar o disposto no § 1º, a pena de multa será aplicada
a partir de R$ 100,00 (cem reais) até o limite de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais)

Art. 102. Comercializar produto orgânico importado em desacordo com o previsto neste
Decreto:

Penalidade: advertência, multa, suspensão da comercialização do produto, suspensão ou


cancelamento do credenciamento, da certificação, da autorização, do registro ou da licença,
podendo ser aplicadas cumulativamente ou não.

§ 1° Nos casos de aplicação de multa, será ela aplicada em valor equivalente a até
duzentos e cinquenta por cento do valor de comercialização do produto que apresenta
irregularidades, até o limite de R$ 100.000,00 (cem mil reais).

§ 2° Quando não for possível aplicar o disposto no § 1º, a pena de multa será aplicada
a partir de R$ 1.000,00 (mil reais) até o limite de R$ 100.000,00 (cem mil reais).

Art. 103. Não manter ou deixar de apresentar à autoridade competente documentos, licenças,
relatórios e outras informações pertinentes ao processo de produção, processamento e
avaliação da conformidade orgânica na unidade de produção, estabelecimento ou local de
produção:

Penalidade: advertência, multa de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 20.000,00 (vinte mil reais),
suspensão da comercialização do produto, suspensão ou cancelamento do credenciamento,
da certificação, da autorização, do registro ou da licença, podendo ser aplicadas
cumulativamente ou não.

30 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


Art. 104. Não manter à disposição dos consumidores e dos órgãos fiscalizadores informações
atualizadas sobre os produtos utilizados, quando restaurantes, hotéis, lanchonetes e similares
anunciarem em seus cardápios refeições preparadas com ingredientes orgânicos:

Penalidade: advertência, multa, suspensão da comercialização do produto, suspensão ou


cancelamento do credenciamento, da certificação, da autorização, do registro ou da licença,
podendo ser aplicadas cumulativamente ou não.

§ 1° Nos casos de aplicação de multa, será ela aplicada em valor equivalente a até
duzentos e cinquenta por cento do valor de comercialização do produto que apresenta
irregularidades, até o limite de R$ 20.000,00 (vinte mil reais).

§ 2° Quando não for possível aplicar o disposto no § 1º, a pena de multa será aplicada
a partir de R$ 1.000,00 (mil reais) até o limite de R$ 20.000,00 (vinte mil reais).

3. Conheça a Instrução Normativa no 19, de 28 de maio de 2009

Foram elencados aqui somente os itens referentes à Comercialização.

TÍTULO I

DOS MECANISMOS DE CONTROLE PARA A GARANTIA DA QUALIDADE ORGÂNICA

CAPÍTULO IV

DA QUALIDADE ORGÂNICA NO ARMAZENAMENTO, TRANSPORTE E COMERCIALIZAÇÃO

Seção I

Da Integridade dos Produtos e Ingredientes Orgânicos

Art. 107. Em todas as etapas do processo de produção, nas operações de armazenagem,


transporte e comercialização, deve-se manter a integridade dos produtos e ingredientes
orgânicos, aplicando as seguintes medidas:

I - em todo momento, os produtos orgânicos deverão ser protegidos para que não se
misturem com produtos não obtidos em sistemas orgânicos e não tenham contato
com materiais e substâncias cujo uso não está autorizado no cultivo e pós-colheita de
produtos orgânicos; e

II - os produtos orgânicos passíveis de contaminação por contato ou que não possam


ser diferenciados visualmente devem ser identificados e mantidos em local separado
dos demais produtos não obtidos em sistemas orgânicos.

Art. 108. O atendimento do disposto neste regulamento não exime o cumprimento de outras
exigências sobre comercialização, interna e externa, dispostas nas legislações específicas.

ServiçoNacionaldeAprendizagemRural Administração Regional do Estado de São Paulo 31


Art. 109. No comércio varejista, os produtos orgânicos passíveis de contaminação por contato
ou que não possam ser diferenciados visualmente dos similares não obtidos em sistemas
orgânicos devem ser mantidos em espaço delimitado e identificado, exclusivamente ocupado
por produtos orgânicos.

Parágrafo único. Todos os produtos comercializados a granel devem ter identificado seu
fornecedor no respectivo espaço de exposição.

Art. 110. Os restaurantes, hotéis, lanchonetes e similares que anunciarem em seus cardápios
refeições preparadas com ingredientes orgânicos deverão:

I - manter à disposição dos consumidores lista atualizada dos itens orgânicos ofertados
ou que possuem ingredientes orgânicos, assim como seus fornecedores; e

II - informar, quando solicitado pelos órgãos fiscalizadores, os fornecedores de produtos


orgânicos e as quantidades adquiridas.

Art. 111. No momento da venda direta de produtos orgânicos aos consumidores, os


agricultores familiares deverão manter disponível a Declaração de Cadastro de Produtor
Vinculado à OCS emitida pelo órgão fiscalizador.

Seção II

Da Importação

Art. 112. Só poderão ser comercializados no país os produtos orgânicos importados que
estejam de acordo com a regulamentação brasileira para a produção orgânica.

Art. 113. A entrada no país, de produtos orgânicos importados, só será autorizada se a


garantia do produto for realizada pelo OAC credenciado no MAPA ou se o país de origem
já possuir um acordo de equivalência de seu sistema de avaliação da conformidade com o
Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica.

Art. 114. Perderão a condição de orgânicos os produtos importados que forem submetidos
a tratamento quarentenário não compatível com a regulamentação da produção orgânica
brasileira.

32 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


TÍTULO II

DA INFORMAÇÃO DA QUALIDADE ORGÂNICA

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 115. A informação da qualidade orgânica pode se dar por meio da Declaração de
Transação Comercial, da rotulagem dos produtos, por material de publicidade e propaganda
e por dizeres expostos nos locais de comercialização.

CAPÍTULO II

DA ROTULAGEM DE PRODUTOS ORGÂNICOS NO SISTEMA BRASILEIRO DE


AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE ORGÂNICA

Art. 116. O atendimento do disposto neste regulamento não exime o cumprimento de outras
exigências sobre rotulagem contidas nas legislações específicas para os diferentes produtos.

Seção I

Da Rotulagem para o Mercado Interno

Art. 117. O rótulo dos produtos orgânicos para o mercado interno deverá conter informações
sobre a unidade de produção constando, no mínimo, o nome ou nome empresarial, endereço
e o número do CNPJ ou CPF.

Art. 118. Os produtos orgânicos e os produtos com ingredientes orgânicos, que atendam o
estabelecido no inciso II, do art. 120, deste anexo, serão identificados pelo selo do Sistema
Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica.

§ 1º O selo, de que trata o caput deste artigo, deverá estar na parte frontal do produto e
logo abaixo dele deverá haver a identificação do sistema de avaliação da conformidade
orgânica utilizado.

§ 2º O selo do Organismo de Avaliação da Conformidade Orgânica poderá ser utilizado


concomitantemente com o do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica.

Art. 119. A informação da qualidade orgânica nos rótulos deverá se dar na parte frontal do
produto e será identificada pelo uso dos termos: “ORGÂNICO”, “PRODUTO ORGÂNICO”,
“PRODUTO COM INGREDIENTES ORGÂNICOS” ou suas variações de gênero (masculino
ou feminino) e número (singular ou plural) gramaticais.

Parágrafo único. Os termos previstos no caput deste artigo poderão ser complementados pelos
termos ECOLÓGICO, BIODINÂMICO, DA AGRICULTURA NATURAL, REGENERATIVO,
BIOLÓGICO, AGROECOLÓGICO, PERMACULTURA e EXTRATIVISMO SUSTENTÁVEL

ServiçoNacionaldeAprendizagemRural Administração Regional do Estado de São Paulo 33


ORGÂNICO e outros que atendam os princípios estabelecidos pela regulamentação da
produção orgânica.

Art. 120. Para produtos que contenham ingredientes, incluindo aditivos, que não sejam
orgânicos aplicam-se as seguintes regras:

I - para produtos com 95% ou mais de ingredientes orgânicos, deverão ser identificados
os ingredientes não orgânicos e poderão utilizar o termo “ORGÂNICO” ou “PRODUTO
ORGÂNICO”;

II - para produtos com 70% a 95% de ingredientes orgânicos, os rótulos deverão identificar
esses ingredientes orgânicos e apresentar os dizeres: “PRODUTO COM INGREDIENTES
ORGÂNICOS”; e

III - os produtos com menos de 70% de ingredientes orgânicos não poderão ter nenhuma
expressão relativa à qualidade orgânica.

Parágrafo único. Água e sal adicionados não devem ser incluídos no cálculo do percentual
de ingredientes orgânicos.

Seção II

Da Rotulagem para os Produtos Exclusivos para Exportação

Art. 121. Nos casos de produtos destinados exclusivamente para exportação, em que o
atendimento de exigências do país importador implique a utilização de produtos ou processos
proibidos na regulamentação brasileira, seus rótulos deverão conter os dizeres: “PRODUTO
EXCLUSIVO PARA EXPORTAÇÃO”.

Parágrafo único. No caso referido no caput deste artigo, o produto não poderá receber o
selo do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica.

Seção III

Da Rotulagem de Produtos Importados

Art. 122. Nos casos de importação de produtos controlados por organismos credenciados
no Brasil ou por acordo de equivalência, os rótulos dos produtos deverão conter o selo do
Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica (SisOrg).

CAPÍTULO III

DA IDENTIFICAÇÃO DA QUALIDADE ORGÂNICA PARA A VENDA DIRETA SEM


CERTIFICAÇÃO

34 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


Art. 123. Os produtos orgânicos não certificados comercializados diretamente entre
agricultores familiares e consumidores finais devem ser identificados de forma que permitam
associar o produto ao agricultor responsável pela sua produção e este à Organização de
Controle Social a que está ligado.

Art. 124. Os produtos a que se refere o art. 123 não poderão utilizar o selo do Sistema
Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica; entretanto, o produtor poderá incluir na
rotulagem, quando existir, ou no ponto de comercialização a expressão: “Produto orgânico
para venda direta por agricultores familiares organizados não sujeito à certificação de acordo
com a Lei n° 10.831, de 23 de dezembro de 2003”.

Art. 125. Os produtos e os pontos de comercialização podem conter ou utilizar marcas ou


outras formas de identificação referentes à organização responsável pelo controle social
da qualidade orgânica.

4. Conheça a Instrução Normativa Conjunta No 18, de 28 de maio de 2009

Foram elencados aqui somente os itens referentes à Comercialização.

ANEXO I

REGULAMENTO TÉCNICO PARA O PROCESSAMENTO, ARMAZENAMENTO E


TRANSPORTE DE PRODUTOS ORGÂNICOS

CAPÍTULO IV

DO ARMAZENAMENTO E DO TRANSPORTE

Art. 17. No armazenamento e transporte de produtos orgânicos, deverão ser utilizados


produtos de higienização de equipamentos e instalações permitidos na produção orgânica,
constantes do Anexo II da presente Instrução Normativa Conjunta.

Art. 18. Durante o armazenamento e o transporte, os produtos orgânicos deverão ser


devidamente acondicionados, identificados, assegurando sua separação dos produtos
não-orgânicos.

Art. 19. O produto orgânico a granel deverá ser armazenado em áreas separadas e
identificadas e transportado isoladamente.

ServiçoNacionaldeAprendizagemRural Administração Regional do Estado de São Paulo 35


CAPÍTULO V

DO CONTROLE DE PRAGAS NO PROCESSAMENTO, ARMAZENAMENTO E


TRANSPORTE DE PRODUTOS ORGÂNICOS

Art. 20. Nas áreas físicas de processamento, armazenamento e transporte de produtos


orgânicos, além de ser observada a legislação específica, deverão ser adotadas as seguintes
medidas para o controle de pragas, preferencialmente nessa ordem:

I – eliminação do abrigo de pragas e do acesso das mesmas às instalações, mediante


o uso de equipamentos e instalações adequadas;

II – métodos mecânicos, físicos e biológicos, a seguir descritos:

a) som;

b) ultrassom;

c) luz;

d) repelentes à base de vegetal;

e) armadilhas (de feromônios, mecânicas, cromáticas); e

f) ratoeiras;

III – uso de substâncias autorizadas pela regulamentação da produção orgânica.

Art. 21. É proibida a aplicação de produtos químicos sintéticos nas instalações de


processamento, armazenamento e transporte de produtos orgânicos.

36 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


IV – CONHECER OS MECANISMOS DE
CONTROLE PARA A GARANTIA DA
QUALIDADE ORGÂNICA
A qualidade dos produtos orgânicos produzidos no Brasil é garantida de três diferentes
maneiras: com a Certificação, os Sistemas Participativos de Garantia e o Controle Social
para a Venda Direta sem Certificação.

A Certificação/Cadastramento de uma unidade de produção pode ser parcial ou total, sendo


que no caso de ser parcial, existe um prazo predeterminado para tornar toda a área orgânica.

Para obter a Certificação/Cadastramento a unidade de produção deverá passar por um


período de conversão que pode variar conforme o histórico da propriedade. O período de
conversão é o tempo mínimo necessário para atender as diretrizes da IN46/2011. Para
produtos anuais o tempo de conversão é 12 meses e para culturas perenes e é de 18 meses.

Juntos, a Certificação e os Sistemas Participativos de Garantia formam o Sistema Brasileiro


de Avaliação da Conformidade Orgânica – SisOrg e são realizados por Organismos de
Avaliação da Conformidade Orgânica (OAC).

Os Organismos de Avaliação da Conformidade Orgânica (OAC), quando credenciados,


passam a ser responsáveis por lançar e manter atualizados os dados ligados a todas as
unidades de produção que estejam sob o seu controle no Cadastro Nacional de Produtores
Orgânicos e no Cadastro Nacional de Atividades Produtivas.

Para garantir a integridade do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade nas


relações comerciais, os Organismos de Avaliação da Conformidade Orgânica têm que
possuir procedimentos definidos para a emissão das Declarações de Transação Comercial
por eles próprios ou pelas unidades de produção que eles controlam. Essas declarações
devem conter as informações qualitativas e quantitativas sobre os produtos comercializados
e garantir o controle e a rastreabilidade deles.

Todos os produtos orgânicos brasileiros, com exceção dos que se originarem da venda
direta por agricultores familiares, passarão a ser identificados por meio do Selo do Sistema
Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica. Esse selo tem por objetivo facilitar ao
consumidor identificar os produtos orgânicos, reforçando a garantia, de acordo com os
regulamentos técnicos da produção orgânica.

O selo do Organismo de Avaliação da Conformidade Orgânica poderá ser utilizado juntamente


com o do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica.

Para a venda direta, os produtos são considerados não-certificados e por isso devem ser
identificados no rótulo como de responsabilidade do produtor que o está comercializando

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e à Organização de Controle Social a que ele está ligado.

Além disso, eles não podem utilizar o Selo do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade
Orgânica, mas podem incluir na rotulagem a seguinte expressão: “Produto orgânico para
venda direta por agricultores familiares organizados não sujeito à certificação de acordo
com a Lei no 10.831, de 23 de dezembro de 2003”.

1. CONHEÇA O MECANISMO DA CERTIFICAÇÃO

A certificação é o processo de acreditação pelo qual uma terceira parte, independente,


assegura, por escrito, que um produto, processo ou serviço obedece a determinados
requisitos, através da emissão de um certificado. Esse certificado representa uma garantia
de que o produto, processo ou serviço é diferenciado dos demais. No caso de produtos
orgânicos, a certificação é um instrumento, geralmente apresentado sob a forma de um
selo afixado ou impresso no rótulo ou na embalagem do produto, que garante que os
produtos rotulados como orgânicos foram produzidos de acordo com as normas e práticas
da agricultura orgânica (Souza, 2004; Maiorano, 2004).

A Certificação se dá por meio de empresas públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos.
Mais conhecidas como Certificadoras, essas empresas realizam inspeções e auditorias,
seguindo procedimentos básicos estabelecidos por normas reconhecidas internacionalmente.
Uma delas é não ter nenhum tipo de ligação com o processo produtivo que estão avaliando.
As Certificadoras devem garantir que cada unidade de produção e de comercialização
certificada cumpra, durante todas as etapas do processo de Certificação, as normas vigentes
da legislação.

Cada unidade de produção certificada tem que apresentar um registro do tipo de produção
que permita a obtenção de informações para realizar as verificações necessárias sobre
produção, armazenamento, processamento, aquisições e vendas.

As unidades de produção devem ser inspecionadas no mínimo uma vez ao ano, sendo
que no intervalo entre as vistorias são utilizados outros mecanismos de controle. Para
as atividades de avaliações mais complexas, como cultivos ou criações de vários ciclos
anuais, processamento em estabelecimentos com produção paralela, a certificadora tem que
estabelecer um trabalho de fiscalização mais frequente. As certificadoras devem também
realizar visitas sem aviso prévio em pelo menos 5% das unidades certificadas durante o ano.

Certificadoras Credenciadas junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária

• Instituto de Tecnologia do Paraná - • ECOCERT Brasil Certificadora Ltda


TECPAR Credenciamento OAC MAPA 002
Credenciamento OAC MAPA 001

38 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


• IBD Certificações Ltda • IMO Control do Brasil Ltda
Credenciamento OAC MAPA 003 Credenciamento OAC MAPA 007

• OIA - Agricontrol Ltda • INT - Instituto Nacional de Tecnologia


Credenciamento OAC MAPA 008 Credenciamento OAC MAPA 010

• Instituto Chão Vivo de Avaliação da • IMA - Instituto Mineiro de Agropecuária


Conformidade Credenciamento OAC MAPA 012
Credenciamento OAC MAPA 011

2. CONHEÇA O MECANISMO DA CERTIFICAÇÃO EM GRUPO

A certificação também pode ser feita por Grupos de Produtores, desde que sejam formados
por pequenos produtores, agricultores familiares, projetos de assentamento e outros
grupos formados por ribeirinhos, quilombolas, indígenas e extrativistas que possuam uma
organização e estrutura suficientes para assegurar um Sistema de Controle Interno dos
procedimentos regulamentados. No entanto, para que a Certificação em Grupo de Produtores
possa ocorrer, é necessário que seja realizado um acordo formal por todos os responsáveis
pela produção, com o objetivo de definir a responsabilidade do grupo e de seu Sistema de
Controle Interno.

ServiçoNacionaldeAprendizagemRural Administração Regional do Estado de São Paulo 39


3. CONHEÇA O MECANISMO DO SISTEMA PARTICIPATIVO DE GARANTIA (SPG)

Os Sistemas Participativos de Garantia caracterizam-se pelo controle social e pela


responsabilidade solidária, podendo abrigar diferentes métodos de geração de credibilidade
adequados a diferentes realidades sociais, culturais, políticas, territoriais, institucionais,
organizacionais e econômicas.

O Controle social é um processo de geração de credibilidade, necessariamente reconhecido


pela sociedade, organizado por um grupo de pessoas que trabalham com comprometimento
e seriedade. Ele é estabelecido pela participação direta dos seus membros em ações
coletivas para avaliar a conformidade dos fornecedores aos regulamentos técnicos da
produção orgânica. Em outras palavras, o comprometimento deles com as normas exigidas
para esse tipo de produção.

Já a Responsabilidade Solidária acontece quando todos os participantes do grupo


comprometem-se com o cumprimento das exigências técnicas para a produção orgânica e
responsabilizam-se de forma solidária nos casos de seu não-cumprimento.

Um Sistema Participativo de Garantia é formado, basicamente, por dois componentes:

Os Membros do Sistema e o Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade - OPAC.

Os Membros do Sistema são pessoas físicas ou jurídicas que fazem parte de um


grupo classificado em duas categorias: os fornecedores, constituídos pelos produtores,
distribuidores, comercializadores, transportadores e armazenadores; e os colaboradores,
constituídos pelos consumidores e suas organizações, técnicos, organizações públicas ou
privadas, ONGs e organizações de representação de classe.

O Organismo Participativo de avaliação da conformidade – OPAC é uma organização


que assume a responsabilidade formal pelo conjunto de atividades desenvolvidas num
Sistema Participativo de Garantia - SPG. A sua estrutura organizacional se constitui de uma
Comissão de Avaliação e um Conselho de Recursos, ambos compostos por representantes
dos membros de cada Sistema Participativo de Garantia.

Os Sistemas Participativos de Garantia promovem as visitas de verificação da conformidade.


O objetivo é a troca de experiências entre os participantes do sistema e a orientação aos
fornecedores para que eles possam resolver possíveis não-conformidades e melhorar a
qualidade dos sistemas produtivos.

As visitas de verificação da conformidade são realizadas pelas Comissões de Avaliação


e pelas visitas de pares. Elas acontecem, no mínimo, uma vez por ano no grupo ou no
fornecedor individual. Mas no intervalo entre elas é necessária a utilização de outros
mecanismos de controle social, como, por exemplo, a participação dos fornecedores nas
atividades do Sistema Participativo de Garantia e nas reuniões do Organismo Participativo
de Avaliação da Conformidade.

Os responsáveis pelas visitas de verificação da conformidade precisam ter livre acesso às


instalações, registros e documentos das unidades de produção, além de qualquer área de
produção não-orgânica da própria unidade ou das demais que apresentarem alguma ligação
com a atividade verificada.

40 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


No caso das visitas de pares encontrarem alguma irregularidade, o grupo solicita à Comissão
de Avaliação uma Visita de Verificação.

OPACs sediados no Estado de São Paulo, Credenciados junto ao Ministério da Agricultura


e Pecuária

• Associação de Agricultura Natural de • Associação Brasileira de Agricultura


Campinas e Região - ANC Biodinâmica - ABD
Credenciamento OAC MAPA 004 Credenciamento OAC MAPA 009

4. CONHEÇA O MECANISMO DO CONTROLE SOCIAL NA VENDA DIRETA SEM


CERTIFICAÇÃO

A venda direta é aquela que acontece entre o produtor e o consumidor final, sem
intermediários. A legislação brasileira também aceita que a venda seja feita por outro produtor
ou membro da família que participe da produção e que também faça parte do grupo vinculado
à Organização de Controle Social - OCS.

A Organização de Controle Social pode ser formada por um grupo, associação, cooperativa
ou consórcio, com ou sem personalidade jurídica, de agricultores familiares. Mas para que
a organização seja reconhecida pela sociedade e ganhe credibilidade, é preciso que entre
os participantes exista uma relação de organização, comprometimento e confiança.

Uma OCS deve ter controle próprio, estar ativa e garantir que os produtores a ela ligados
garantam o direito de visita dos consumidores às suas unidades de produção, assim como
o livre acesso do órgão fiscalizador. Além disso, ela também tem a obrigação de manter
atualizadas as listas dos principais produtos e quantidades estimadas por unidade de
produção familiar.

Para que consumidores e produtores sérios não saiam prejudicados, a legislação determina
que a Organização de Controle Social se cadastre em um órgão fiscalizador.

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42
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
SECRETARIA DE MOBILIDADE SOCIAL, DO PRODUTOR RURAL E DO COOPERATIVISMO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO DAS CADEIAS PRODUTIVAS E DA PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL
COORDENAÇÃO DE AGROECOLOGIA

TERMO DE COMPROMISSO MÚTUO COM A GARANTIA DA QUALIDADE ORGÂNICA

Nós, membros da Organização de Controle Social ___________________________________________________________________________, nos


declaramos responsáveis pela garantia da qualidade orgânica dos produtos produzidos pelos produtores orgânicos de nossa OCS e, afirmamos ter
pleno conhecimento da regulamentação brasileira de produção orgânica e nos comprometemos a zelar pelo seu cumprimento.

N° 01 NOME DO MEMBRO 02 CPF 03 CATEGORIA* 04 ASSINATURA

Federação da Agricultura e Pecuária


do Estado de São Paulo
Termo de Compromisso Mútuo com a Garantia da Qualidade Orgânica

* Categoria: Produtor Orgânico ou Colaborador


Solicitação de cadastramento de Organização de Controle Social
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
SECRETARIA DE MOBILIDADE SOCIAL, DO PRODUTOR RURAL E DO COOPERATIVISMO
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO DAS CADEIAS PRODUTIVAS E DA PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL
COORDENAÇÃO DE AGROECOLOGIA

SOLICITAÇÃO DE CADASTRO DE ORGANIZAÇÃO DE CONTROLE SOCIAL

01 NOME DA ORGANIZAÇÃO OU GRUPO 02 CNPJ (se aplicável)

03 ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA 04 BAIRRO

05 MUNICÍPIO 06 UF 07 CEP

09 TELEFONES DE CONTATO 10 E-MAIL

11 NOME DO REPRESENTANTE 12 FUNÇÃO 13 CPF

14 TERMO DE COMPROMISSO
Nós, membros da Organização de Controle Social acima identificada, que assinamos o
Termo de Compromisso com a Garantia da Qualidade Orgânica anexo, declaramos ter
pleno conhecimento dos requisitos para o cadastro solicitado e, concordamos em
atendê-los, bem como comprometemo-nos a fornecer todas as informações
necessárias para a efetivação do processo de cadastro no Órgão Fiscalizador.
15 ASSINATURA DO REPRESENTANTE DA ORGANIZAÇÃO OU GRUPO 16 DATA

DOCUMENTOS QUE DEVEM ACOMPANHAR A SOLICITAÇÃO DE CADASTO


 Dados Cadastrais de cada Produtor Vinculado;
 Termo de Compromisso Mútuo com a Garantia da Qualidade Orgânica;
 Descrição acerca do procedimento para o controle social sobre a produção e
comercialização dos produtos de forma a garantir que todos estão cumprindo os regulamentos
técnicos e assegurar a rastreabilidade dos produtos;
 Declarações oficiais que comprovem a condição de agricultor familiar de cada um de seus
membros.

Uma vez cadastrada, cada produtor da organização deve receber uma Declaração de
Cadastro para comprovar aos consumidores a sua condição de produtor orgânico.

ServiçoNacionaldeAprendizagemRural Administração Regional do Estado de São Paulo 43


Declaração de cadastro de produtor vinculado a OCS

Declaração de cadastro de OCS

O acompanhamento e cadastramento das Organizações de Controle Social são realizados


pelos órgãos fiscalizadores. São eles: as Superintendências Federais da Agricultura do
Estado ou ainda outros órgãos estaduais, federais e do Distrito Federal conveniados.

Atenção:
Todos os produtores rurais, OCSs, SPGs, OPACs e Certificadoras de produtos
orgânicos cadastrados no Ministério da Agricultura podem ser localizados no site
deste Ministério, no endereço: http://www.agricultura.gov.br/desenvolvimento-
sustentavel/organicos em Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos.

44 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


V - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Decreto nº 6.323, de 27 de dezembro de 2007. Disponível em: <http://www.


agricultura.gov.br/arq_editor/file/Desenvolvimento_Sustentavel/Organicos/Legislacao/
Nacional/Decreto_n_06_323_de_27-12-2007.pdf>. Acesso em: 02 dez. 2015.

BRASIL. Instrução Normativa nº 19, de 28 de maio de 2009. Disponível em: <http://www.


agricultura.gov.br/arq_editor/file/Desenvolvimento_Sustentavel/Organicos/Legislacao/
Nacional/Instrucao_Normativa_n_0_019_de_28-05-2009.pdf>. Acesso em: 02 dez. 2015.

BRASIL. Lei nº 10.831, de 23 de dezembro de 2003. Disponível em: <http://www.agricultura.


gov.br/arq_editor/file/Desenvolvimento_Sustentavel/Organicos/Legislacao/Nacional/
Lei_n_010_831_de_23-12-2003.pdf>. Acesso em: 02 dez. 2015.

GUIA do consumidor orgânico 2015. Disponível em: <http://issuu.com/


organicsnetalimentosorganicos/docs/guia_do_consumidor>. Acesso em: 02 dez. 2015.

MAIORANO, J. A. Certificação de produtos orgânicos. In: Semana da Agricultura Orgânica


de Campinas, 3., 2004, Campinas. Anais... Campinas: [s. n.], 2004. p. 9-11.

SOUZA, J. L.; RESENDE, P. Manual de Horticultura Orgânica. Viçosa: Prenda Fácil


Editora, 2003. 555 p.

ServiçoNacionaldeAprendizagemRural Administração Regional do Estado de São Paulo 45


ANOTAÇÕES

46 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


SENAR-AR/SP
Rua Barão de Itapetininga, 224
CEP: 01042-907 - São Paulo/SP
www.faespsenar.com.br

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