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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL

ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

OPERAÇÃO DE
PÁ CARREGADEIRA
“O SENAR-AR/SP está permanentemente
empenhado no aprimoramento profissional e
na promoção social, destacando-se a saúde
do produtor e do trabalhador rural.”
FÁBIO MEIRELLES
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Gestão 2020-2024

FÁBIO DE SALLES MEIRELLES


Presidente

JOSÉ CANDEO SERGIO ANTONIO EXPRESSÃO


Vice-Presidente Diretor 2º Secretário

EDUARDO LUIZ BICUDO FERRARO MARIA LÚCIA FERREIRA


Vice-Presidente Diretor 3º Secretário

MARCIO ANTONIO VASSOLER LUIZ SUTTI


Vice-Presidente Diretor 1º Tesoureiro

TIRSO DE SALLES MEIRELLES PEDRO LUIZ OLIVIERI LUCCHESI


Vice-Presidente Diretor 2º Tesoureiro

ADRIANA MENEZES DA SILVA WALTER BATISTA SILVA


Diretor 1º Secretário Diretor 3º Tesoureiro

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL


ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
CONSELHO ADMINISTRATIVO

FÁBIO DE SALLES MEIRELLES


Presidente

DANIEL KLÜPPEL CARRARA SUSSUMO HONDO


Representante da Administração Central Representante do Segmento das Classes Produtoras

ISAAC LEITE JOSÉ MAURÍCIO DE MELO LIMA VERDE


Presidente da FETAESP GUIMARÃES
Representante do Segmento das Classes Produtoras

MÁRIO ANTONIO DE MORAES BIRAL


Superintendente

JAIR KACZINSKI
Gerente Técnico
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

OPERAÇÃO DE
PÁ CARREGADEIRA

Edval Piatti

Marcelo Baccar Lopes

Rui Manuel Sousa de Oliveira Marrecas

SENAR-AR/SP
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
São Paulo - 2019
IDEALIZAÇÃO
Fábio de Salles Meirelles
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

SUPERVISÃO GERAL
Teodoro Miranda Neto
Chefe da Divisão de Formação Profissional Rural do SENAR-AR/SP

RESPONSÁVEL TÉCNICO
Jarbas Mendes da Silva
Técnico da Divisão de Formação Profissional Rural do SENAR-AR/SP

AUTORES
Edval Piatti - Engenheiro Mecânico e Técnico em Segurança do Trabalho
Marcelo Baccar Lopes - Técnico em Agricultura e Pecuária
Rui Manuel Sousa de Oliveira Marrecas - Tecnólogo em Agricultura e Pecuária

COLABORADORES
Sindicato Rural de Araraquara
Sindicato Rural de Fernandópolis
Sindicato Rural de Paraguaçu Paulista
Terraforte Terraplenagem – Paraguaçu Paulista
Usina São Martinho (unidade Santa Cruz) - Araraquara

REVISÃO GRAMATICAL DIAGRAMAÇÃO


André Pomorski Lorente Thais Junqueira Franco
Diagramadora do SENAR-AR/SP
FOTOS
Amauri Benvindo Maciel

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD

Piatti, Edval
Operação de pá carregadeira / Edval Piatti, Marcelo Baccar Lopes,
Rui Manuel Sousa de Oliveira Marrecas. – São Paulo : SENAR/AR-
SP, 2019.
93 p. : il. color. ; 30 cm

Bibliografia
ISBN 978-85-7125-029-1

1. Máquinas agrícolas l. Piatti, Edval II. Lopes, Marcelo Baccar III.


Marrecas, Rui Manuel Sousa de Oliveira IV. Título

CDD 631.3

Elaborado por Carolina Malange Alves - CRB-8/7281

Direitos Autorais: é proibida a reprodução total ou parcial desta cartilha, e por qualquer processo, sem a
expressa e prévia autorização do SENAR-AR/SP.

4 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO............................................................................................................................................ 7

INTRODUÇÃO..................................................................................................................................................9

I. CONHECER A PÁ CARREGADEIRA................................................................................................... 10

II. CONHECER A PREPARAÇÃO DA PÁ CARREGADEIRA PARA O TRABALHO............................ 27

III. CONHECER OS PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS DA PÁ CARREGADEIRA NO CAMPO.... 42

IV. CONHECER SOBRE LIMPEZA E CONSERVAÇÃO DA PÁ CARREGADEIRA.............................. 65

V. CONHECER AS NORMAS DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DA PÁ CARREGADEIRA............ 67

ANEXO 01.......................................................................................................................................................85

ANEXO 02.......................................................................................................................................................86

ANEXO 03.......................................................................................................................................................89

ANEXO 04.......................................................................................................................................................90

ANEXO 05.......................................................................................................................................................91

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................................................. 93

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APRESENTAÇÃO

O
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL - SENAR-AR/SP, criado em 23
de dezembro de 1991, pela Lei n° 8.315, e regulamentado em 10 de junho de 1992,
como Entidade de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, teve
a Administração Regional do Estado de São Paulo criada em 21 de maio de 1993.

Instalado no mesmo prédio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São


Paulo - FAESP, Edifício Barão de Itapetininga - Casa do Agricultor Fábio de Salles
Meirelles, o SENAR-AR/SP tem, como objetivo, organizar, administrar e executar, em todo
o Estado de São Paulo, o ensino da Formação Profissional e da Promoção Social Rurais
dos trabalhadores e produtores rurais que atuam na produção primária de origem animal e
vegetal, na agroindústria, no extrativismo, no apoio e na prestação de serviços rurais.

Atendendo a um de seus principais objetivos, que é o de elevar o nível técnico, social e


econômico do Homem do Campo e, consequentemente, a melhoria das suas condições
de vida, o SENAR-AR/SP elaborou esta cartilha com o objetivo de proporcionar, aos
trabalhadores e produtores rurais, um aprendizado simples e objetivo das práticas agro-
silvo-pastoris e do uso correto das tecnologias mais apropriadas para o aumento da sua
produção e produtividade.

Acreditamos que esta cartilha, além de ser um recurso de fundamental importância para os
trabalhadores e produtores, será também, sem sombra de dúvida, um importante instrumento
para o sucesso da aprendizagem a que se propõe esta Instituição.

Fábio de Salles Meirelles


Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

“Plante, Cultive e Colha a Paz”

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INTRODUÇÃO

A operação com a pá carregadeira não é tão simples, pois exige conhecimento técnico e
habilidade para execução das tarefas pertinentes ao seu trabalho. Para isso o operador terá
de preparar e manter a pá carregadeira adequada para as atividades do dia a dia.

Não basta apenas saber operar a pá carregadeira, mas ter o conhecimento da legislação
de trânsito, segurança, higiene, normas regulamentadoras vigentes, preservação do meio
ambiente, postura (ergonomia) e precauções de acidentes no trabalho. Isso fará com que o
operador aumente a vida útil da máquina e previna-se de acidentes no campo.

Existem muitas marcas e modelos de pá carregadeiras, portanto é indispensável que o


operador tenha sempre em mãos o manual do operador específico da máquina que ele
estiver operando, o qual deverá ser consultado sempre que possível. Isso ajuda o operador
a sanar possíveis dúvidas com relação ao bom funcionamento da pá carregadeira.

A profissionalização, por sua vez, proporciona ao trabalhador rural o preparo para a atuação
profissional e a competitividade no mercado de trabalho, deixando-o apto para desempenhar
as tarefas referentes à sua ocupação.

O SENAR-AR/SP oferece cursos e treinamentos de Formação Profissional Rural que


possibilitam a profissionalização ao trabalhador rural. Com isto, podemos oferecer melhor
serviço e, consequentemente, bons resultados, tanto no aspecto pessoal quanto financeiro,
proporcionando benefícios ao Homem do Campo.

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I. CONHECER A PÁ CARREGADEIRA

A Pá Carregadeira é um equipamento utilizado em serviços de terraplenagem, entre outros


(mineração, florestal, etc.). A sua operação requer a observação de alguns detalhes para se
obter um bom rendimento. O trabalho consiste em realizar a operação de curvas de nível,
lombadas, trincheiras, aterros, carregamentos e movimentações de materiais diversos. O
melhor rendimento será conseguido com a organização da praça de trabalho, de tal forma
que se minimize o tempo de percurso da máquina.

1. CONHEÇA OS TIPOS DE PÁ CARREGADEIRA

1.1. Conheça a pá carregadeira tração com rodas

É uma máquina autopropelida, que pode ser com chassi rígido ou articulado. Atualmente a
mais encontrada é a de chassi articulado.

Chassi Rígido Chassi Articulado

1.2. Conheça a pá carregadeira tração com esteiras

É uma máquina autopropelida que possui um chassi rígido. Suas esteiras podem ser de
ferro ou de borracha.

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2. CONHEÇA OS COMPONENTES DA PÁ CARREGADEIRA

2.1. Entenda o sistema de carregamento

O sistema de carregamento tem a função de transportar, nivelar, limpar terrenos, carregar


caminhões e retirar materiais diversos (areia, cascalho, pedras, entulhos, etc.). Este sistema
é composto por um conjunto de um braço “H”, mangueiras, cilindros hidráulicos e caçamba.

2.1.1. Entenda a função do braço “H”

Realiza a movimentação no sentido vertical, elevando ou abaixando a caçamba. Os


cinematismos das carregadeiras podem ser configurados em: Z-bar ou paralelo.

a) Entenda a configuração Z-bar

É um sistema formado por uma estrutura em formato de “Z” e seu acionamento é por
cilindro hidráulico. Indicado para escavação pesada e operação padrão. Seu ponto forte é
a desagregação ao nível do solo.

As vantagens são:

• Maior força de escavação;

• Maior força de desagregação;

• Menor número de componentes (pinos, buchas, barras, mangueiras e cilindros);

• Menor custo de manutenção.

As desvantagens são:

• Menor visibilidade frontal, devido à posição do cilindro hidráulico;

• Variação do ângulo da caçamba durante o levantamento dos braços, provocando certa


dificuldade para sua operação.

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b) Entenda a configuração paralela

É um sistema formado por uma estrutura do braço “H” paralelo em linha e seu acionamento
é por cilindro hidráulico.

As vantagens são:

• Aplicação em operações que necessitem de vários acessórios (garfos, garras, etc.);

• Maior visibilidade operacional;

• Maior alcance dos braços no sentido vertical.

As desvantagens são:

• Maior número de componentes (pinos, buchas, barras, mangueiras e cilindros);

• Maior custo de manutenção;

• Menor força de desagregação.

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2.1.2. Entenda a função das mangueiras

A função das mangueiras é conduzir o fluxo de óleo hidráulico até os cilindros (pistões).

2.1.3. Entenda a função dos cilindros hidráulicos (pistões)

Fechar e abrir a caçamba, elevar, sustentar e abaixar o braço “H”.

2.1.4. Entenda a função da Caçamba

É um acessório utilizado para a movimentação de materiais diversos. Existem alguns modelos


de acordo com o tipo de operação a ser realizada, tais como caçamba de lâmina lisa, bico
de pato ou dentada.

a) Conheça a caçamba de lâmina lisa

Utilizada para uso nas operações de carregamento de materiais soltos (areias, entulhos,
bagaços, etc.).

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b) Conheça a caçamba bico de pato

Utilizada para uso nas operações de carregamento em pedreiras.

c) Conheça a caçamba dentada

Utilizada para uso nas operações de penetração do solo.

d) Conheça as Ferramentas de Penetração no Solo (FPS)

São acessórios utilizados na caçamba com a finalidade de melhorar a penetração dos


materiais e o seu carregamento dependendo da operação, além de aumentar a vida útil da
caçamba.

Bordas e Lâminas Dentes e Unhas Pontas e Adaptadores

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3. C O N H E Ç A O S C O M P O N E N T E S D A P L ATA F O R M A E C A B I N E D A P Á
CARREGADEIRA

A pá carregadeira é composta de cabine, painel de instrumentos e alavancas de controle.

3.1. Conheça a cabine

A pá carregadeira pode ser constituída de modelos de plataforma ou cabine.

Modelo Plataforma Modelo Cabine

Precaução!!!

1. De acordo com as normas de segurança vigentes, todas as plataformas e cabines


da pá carregadeira são equipadas com estrutura de proteção contra capotamento
“ROPS” (É a abreviação do termo inglês Roll Over Protective Structure, que
significa Estrutura Protetora Contra Capotamento).

2. Alguns modelos de máquinas podem ser equipados com cabine de estrutura com
proteção contra queda de objetos “FOPS” (é a abreviação do termo inglês Falling
Objects Protective Structure).

3. Ao realizar a manutenção na estrutura de proteção contra capotamento, utilize


somente peças originais.

3.2. Conheça o acesso aos degraus

É utilizado para o operador subir e/ou descer


da plataforma ou cabine da máquina. Os
degraus de acesso são dotados de superfície
antiderrapante.

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3.3. Conheça as alças de acesso

São utilizadas como apoio para que o operador tenha acesso à plataforma ou cabine da
máquina.

Operador subindo

Operador descendo

Precaução!!!

1. Como norma de segurança, o operador deve sempre subir ou descer de frente


para a máquina utilizando os três pontos de apoio (duas mãos e um pé).

2. Para sua maior segurança, o operador deverá subir ou descer sempre com a pá
carregadeira estacionada.

3. Mantenha sempre limpos os degraus livres de graxa, lama, sujeira e objetos.

3.4. Conheça o uso do acento do operador

Serve para acomodar de forma ergonômica


o operador nas suas atividades de trabalho.
Em algumas máquinas e modelos, podem
possuir regulagens de altura, inclinação, peso,
deslocamento para frente e/ou para trás e
encosto.

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3.5. Conheça o uso do cinto de segurança

O cinto de segurança tem a função de proteger o operador em colisões de qualquer espécie,


em tombamentos ou capotamentos da pá carregadeira.

Precaução!!!

1. De acordo com as normas de segurança, o operador deverá sempre utilizar o


cinto de segurança durante a operação da pá carregadeira.

2. Ajuste o cinto de segurança de acordo com a estrutura física do operador.

3. Sempre observe a etiqueta de validade do cinto de segurança, conforme


especificação do fabricante.

3.6. Entenda sobre o uso dos espelhos retrovisores (internos e externos)

É item de fundamental importância para auxiliar o operador a ter melhor visão na sua área
de trabalho e para efetuar manobras e visualizar pessoas e objetos, durante o deslocamento
da pá carregadeira em marcha a ré.

Precaução!!!

De acordo com normas de segurança, durante o deslocamento da pá carregadeira


em marcha a ré, é obrigatório que o sinal sonoro de ré esteja acionado.

3.7 Entenda sobre o uso do dispositivo de segurança (martelo de emergência)

É um dispositivo de emergência usado em caso de tombamento e/ou capotamento da pá


carregadeira, aonde quebra-se os vidros (porta, para-brisa, ou o vidro na parte de trás da
cabine etc.), caso estiver obstruído ou travando a saída do operador pra fora da cabine.

Precaução!!!

1. Em alguns modelos de martelo de emergência, também, encontra-se uma lâmina


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para ser utilizado para cortar o cinto de segurança, caso seja necessário.

2. Ressaltamos que o dispositivo de segurança (martelo de emergência) não


encontra-se em todas as marcas e modelos, caso tenha, siga recomendação
descrita no manual do operador.

Martelo de
emergência

3.8. Conheça o painel de instrumentos

O painel da pá carregadeira é composto por instrumentos medidores e indicadores que


mostram ao operador se a máquina está em condições ideais de funcionamento. Os símbolos
do painel de instrumentos têm a função de orientar o operador a diagnosticar como se
encontra o funcionamento da pá carregadeira para operação.

Em alguns modelos de máquinas e fabricantes, pode haver até três


níveis de alerta:

• Nível de alerta 1 (atenção), quando pisca apenas o símbolo indicador. ALERTA 1


Está associado aos filtros e níveis dos fluidos da máquina.

• Nível de alerta 2 (ação), quando pisca o símbolo indicador e acende uma luz vermelha
de ação. Está associado ao aquecimento nos sistemas. O operador deve parar a máquina
e identificar a causa.

ALERTA 2

• Nível de alerta 3 (desligamento imediato), quando pisca o símbolo indicador, acende


uma luz vermelha de ação e dispara um alarme sonoro. Está associado à pressão nos
sistemas. O operador deve desligar imediatamente a máquina.

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ALERTA 3
É importante que o operador entenda as funções de cada um deles e sempre os observe
durante a operação da pá carregadeira.

Estes instrumentos são:

• Tacômetro (conta-giros) - Mede a rotação do motor em rpm;

Baixa Rotação Em Aceleração

• Horímetro - Mede o número de horas trabalhadas pelo motor. O seu funcionamento é


fundamental para o controle da manutenção e da operação da pá carregadeira;

• Manômetro do motor - Mede ou indica a pressão de óleo do sistema de lubrificação;

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• Termômetro do líquido de arrefecimento - Mede ou indica a temperatura do líquido de
arrefecimento do motor;

• Termômetro do óleo da transmissão - Indica a temperatura de óleo do sistema de


lubrificação do câmbio ou transmissão;

• Termômetro do óleo hidráulico - Indica a temperatura do óleo hidráulico;

• Vacuômetro (indicador de restrição) - Mede a pressão negativa na tubulação de


admissão do ar no sistema de alimentação, podendo ser elétrico ou mecânico, indicando
o momento da manutenção;

Vacuômetro (indicador de restrição)

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• Amperímetro - Mede o nível de carga enviado à bateria pelo alternador, ou seja, verifica
se a bateria está sendo recarregada;

• Medidor de combustível - Mede o nível de combustível contido no tanque;

• Botão de desligamento do neutralizador da transmissão – Desliga a neutralização no


pedal do modulador da transmissão (opcional, conforme o fabricante da máquina);

• Luz indicadora do freio de estacionamento - Indica se o freio de estacionamento está


acionado;

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• Indicador de posição da caixa de câmbio - Indica a marcha que está engatada. Pode ser
indicado pela manopla da alavanca do câmbio ou digitalmente no painel de instrumentos.

Mudança de marcha manual Mudança de marcha automática

• Luz indicadora dos faróis altos - Indica se os faróis estão com luz alta;

• Indicador do sentido de deslocamento - Indica o sentido de deslocamento frente, ré e/


ou neutro da pá carregadeira.

Frente Neutro Ré

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• Indicador do sentido de conversão - Indica o sentido da mudança de conversão para
direita e/ou esquerda da pá carregadeira.

Alavanca de acionamento Painel conversão a Painel conversão a direita


esquerda

3.9. Entenda o funcionamento dos controles da pá carregadeira

É um conjunto de alavancas que têm por finalidade acionar os comandos de operação da


pá carregadeira. Estas alavancas podem ser acionadas individualmente ou realizar várias
funções em uma única alavanca.

3.9.1. Alavanca de controle da transmissão

Esta alavanca tem a finalidade de selecionar a marcha de velocidade correspondente a cada


tipo de operação, podendo ser acionada de forma mecânica ou eletromecânica.

Mecânica Eletromecânica

Atenção!!!

1. Quando estiver realizando trabalhos com a pá carregadeira, consulte o manual do


operador com relação à marcha a ser utilizada.

2. Em alguns modelos de pá carregadeira, esta função pode ser realizada no


joystick.

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3.9.2. Alavanca do sentido de deslocamento

Esta alavanca tem a finalidade de acionar o sentido de deslocamento da pá carregadeira


para frente e/ou para trás e também neutralizar a transmissão. Em algumas máquinas a
mesma função está presente no joystick.

As alavancas eletromecânicas também realizam a seleção de marchas.

Atenção!!!

1. A máquina possui um dispositivo de segurança: o operador não conseguirá


acionar o motor de partida se a alavanca não estiver em neutro.

2. Quando a pá carregadeira possuir a alavanca de deslocamento e joystick, utilize


apenas um desses dispositivos, para não ocasionar falha no sistema.

3.9.3. Alavanca de controle do braço “H” e da caçamba

Alavanca que aciona as funções de subir e descer o braço “H”, abrir e fechar, acionar o
sistema de flutuação e nivelamento automático da caçamba, podendo ser acionados por
alavancas individuais, multifuncional ou por joystick. Em alguns modelos de pá carregadeiras
ela não possui a função de nivelamento automático da caçamba.

a) Controle individual

Possui duas alavancas que fazem o acionamento mecânico através de hastes de um carretel
hidráulico com até seis funções: subir e descer o braço “H”, abrir e fechar, acionar o sistema
de flutuação e nivelamento automático da caçamba. Em alguns modelos de pá carregadeiras
ela não possui a função de nivelamento automático da caçamba.

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Atenção!!!

Alguns modelos de pás carregadeiras podem possuir uma terceira alavanca,


utilizada para o acionamento de acessórios (garras florestais, garfos, etc.).

Controle individual com a terceira alavanca

b) Controle multifuncional

Possui uma alavanca que faz o acionamento mecânico através de hastes de um carretel
hidráulico com até seis funções: subir e descer o braço “H”, abrir e fechar, acionar o sistema
de flutuação e nivelamento automático da caçamba.

c) Controle joystick

É uma alavanca de acionamento eletro-hidráulico que pode possuir até seis funções: subir e
descer o braço “H”, abrir e fechar, acionar o sistema de flutuação e nivelamento automático
da caçamba.

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Atenção!!!

Alguns modelos de pás carregadeiras podem possuir uma segunda alavanca,


utilizada para o acionamento de acessórios (garras florestais, garfos, etc.).

3.9.4. Alavanca e/ou botão do freio de estacionamento

A função é manter a máquina parada e estacionada. Em alguns modelos de máquinas e


fabricantes este acionamento pode ser mecânico, pneumático e eletropneumático.

Acionamento mecânico Acionamento pneumático Acionamento


eletropneumático

Precaução!!!

1. Ao estacionar a máquina, sempre coloque a trava mecânica de segurança da


articulação, para evitar acidentes.

2. Recomenda-se, ao estacionar a máquina em local com declive, calçar as rodas


traseiras da pá carregadeira.

Atenção!!!

1. O operador deve estar familiarizado com os comandos de operação da pá


carregadeira. Essa ação vai garantir segurança, preservação e integridade da
máquina e do operador, além de possibilitar uma operação correta e mais eficiente.

2. Os comandos podem variar entre modelos e marcas conforme seu nível


tecnológico, potência da pá carregadeira ou origem do fabricante.

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II. CONHECER A PREPARAÇÃO DA PÁ
CARREGADEIRA PARA O TRABALHO

1. REALIZE O CHECK-LIST DE VERIFICAÇÕES DIÁRIAS DA PÁ CARREGADEIRA

A relação de check-list destas tarefas encontra-se em anexo nesta cartilha.

1.1. Verifique o estado dos decalques de advertência da máquina

1.2. Verifique a água, cabos, terminais e a limpeza da bateria

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1.3. Verifique o líquido arrefecedor do motor

1.4. Verifique as colmeias dos trocadores de calor

1.5. Verifique o nível do óleo do cárter

1.6. Verifique o nível do óleo hidráulico

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1.7. Verifique o nível do fluido de freio

Inspeção nos 2 reservatórios


de fluido de freio

Atenção!!!

Em máquinas com o sistema de freio pneumático, não há freio hidráulico.

1.8. Verifique o nível do óleo da transmissão

Atenção!!!

Verifique o nível do óleo da transmissão com o motor em funcionamento.

1.9. Verifique o estado do tanque de combustível

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1.10. Verifique o nível de combustível

1.11. Verifique se existem impurezas no separador primário (pré-filtro) do combustível

Atenção!!!

Caso haja impurezas, drene o separador primário (pré-filtro).

1.12. Verifique o estado da bomba alimentadora de combustível

1.13. Verifique o estado das correias do ventilador e alternador

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1.14. Verifique o indicador de restrição do filtro de ar

VACUÔMETRO (Indicador de Restrição)

Atenção!!!

A obstrução do filtro de ar da pá carregadeira pode impactar na perda de potência


do motor.

1.15. Verifique o filtro do ar condicionado (em máquinas com cabine)

1.16. Verifique o estado da trava mecânica de segurança da articulação

Precaução!!!

Certifique-se de que a trava mecânica de segurança da articulação esteja na


pá carregadeira, caso contrário poderá acarretar acidente ao operador e danos
mecânicos ao equipamento.

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1.17. Verifique o estado da articulação

1.18. Verifique o estado da trava mecânica de segurança do braço “H”

Precaução!!!

Certifique-se de que a trava mecânica de segurança do braço “H” esteja na pá


carregadeira, caso contrário poderá acarretar acidente ao operador e danos
mecânicos ao equipamento.

32 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


1.19. Verifique o estado geral do braço “H”

1.20. Verifique o estado das placas de desgaste da caçamba

1.21. Verifique o estado do diferencial

1.22. Verifique o estado da caçamba

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1.23. Verifique o estado das ferramentas de penetração do solo (FPS)

1.24. Verifique o estado geral e pressão dos pneus

Atenção!!!

Verifique se a pressão dos pneus está conforme o recomendado pelo manual do


operador.

1.25. Verifique as porcas e parafusos das rodas

Atenção!!!

Verifique o torque, conforme recomendado pelo manual do operador.

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1.26. Verifique o estado dos degraus de acesso

Acesso para cabine Acesso para plataforma de manutenção

1.27. Verifique o estado das alças (manípulos) de acesso

Acesso para cabine Acesso para plataforma de manutenção

1.28. Verifique o estado do acento do operador

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1.29. Verifique o estado do cinto de segurança

Precaução!!!

Sempre observe a etiqueta de validade do cinto de segurança, conforme


especificação do fabricante.

1.30. Verifique o estado dos espelhos retrovisores externos e interno

1.31. Verifique o funcionamento do freio de estacionamento

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1.32. Verifique o funcionamento do acelerador

1.33. Verifique o funcionamento do freio de serviço

1.34. Verifique o acionamento do modulador, quando houver

1.35. Verifique o acionamento do bloqueio do diferencial, quando houver

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1.36. Verifique o interruptor do bloqueio hidráulico

Atenção!!!

Este recurso está disponível apenas em alguns modelos de máquinas.

Precaução!!!

Quando houver este recurso na máquina, ao trafegar em vias, acione o interruptor


do bloqueio hidráulico.

1.37. Verifique o extintor de incêndio

Precaução!!!

Certifique a validade, pressão e o lacre do extintor de incêndio.

1.38. Verifique o funcionamento da buzina

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1.39. Verifique os instrumentos do painel

1.40. Verifique os faróis de advertência e noturno

1.41. Verifique o sinal sonoro de marcha à ré

Atenção!!!

Antes de iniciar a jornada de trabalho, realize a inspeção de verificação diária.


Caso ocorra alguma irregularidade em algum item do check-list, faça a correção
conforme consta no manual do operador.

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2. E N T E N D A O F U N C I O N A M E N TO D O S I S T E M A H I D R Á U L I C O D A P Á
CARREGADEIRA

É um conjunto de elementos que estão interligados, utilizando o óleo hidráulico (fluido)


como meio de transferência de energia, permitindo a transmissão e o controle da força em
movimento. O sistema é constituído de:

• Reservatório;

• Mangueiras e tubos de distribuição;

• Filtros;

• Bomba hidráulica;

• Alavancas;

• Comandos hidráulicos (carretel);

• Válvulas;

• Cilindros e/ou pistões;

• Trocador de calor (radiador de óleo hidráulico).

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3. ENTENDA SOBRE OS PNEUS E RODAS DA PÁ CARREGADEIRA

Os pneus e rodas têm fundamental importância na pá carregadeira. As funções deles são


de suportar a carga da máquina, amortecer as irregularidades do solo, transmitir força de
tração, locomoção, direção e frenagem.

Atenção!!!

1. As pressões de calibragem dos pneus podem variar para cada tipo de operação.

2. Calibre os pneus se necessário, consultando o manual do operador da máquina.

3. Os fatores que podem influenciar a calibragem de todos os pneus são: o peso de


uma máquina pronta para o trabalho e a carga útil nominal.

4. ENTENDA SOBRE OS OUTROS ACESSÓRIOS DA PÁ CARREGADEIRA

Além do carregamento de materiais com a pá carregadeira (caçamba), existem outros


acessórios que possibilitam a operação em diversos tipos, como: acoplador rápido, lâmina,
garras, garfos, etc.

Ressaltamos que nesta cartilha iremos apresentar a operação com o acessório tipo “caçamba”.

Acoplador rápido Garra Porta garfo

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III. CONHECER OS PROCEDIMENTOS
OPERACIONAIS DA PÁ CARREGADEIRA NO
CAMPO

Para realizar os procedimentos operacionais nas operações com a pá carregadeira, devem


ser observados os seguintes critérios:

Precaução!!!

Antes de iniciar qualquer operação com a pá carregadeira, o operador deverá


utilizar os equipamentos de proteção individual (EPIs), conforme a atividade a ser
realizada.

1. CONHEÇA AS CONDIÇÕES DE TRABALHO

A pá carregadeira é um equipamento que pode trabalhar em solos com topografia irregular.


Em carregamento de materiais, é preferível que o solo seja nivelado e/ou ligeiramente em
declive.

1.1. Embarcar e desembarcar da pá carregadeira

Ao embarcar ou desembarcar da pá carregadeira, certifique-se de que a prancha de transporte


está com o freio estacionário acionado, calçada e em um terreno nivelado.

Para o embarque da pá carregadeira, realize os seguintes procedimentos:

1.1.1. Alinhe a pá carregadeira ao caminhão prancha

42 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


1.1.2. Selecione a primeira marcha

1.1.3. Acelere a pá carregadeira

1.1.4. Embarque a pá carregadeira na prancha

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1.1.5. Acione o freio de estacionamento

1.1.6. Trave a articulação usando a trava mecânica

1.1.7. Abaixe a caçamba até se apoiar no piso do veículo de transporte

1.1.8. Mova o controle do implemento até tirar toda a pressão da linha

44 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


1.1.9. Coloque o interruptor do sistema hidráulico na posição travar

1.1.10. Desligue o motor

1.1.11. Desligue a chave geral

1.1.12. Feche todas as portas e coloque os retrovisores na posição de transporte

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1.1.13. Calce todas as rodas do equipamento

1.1.14. Amarre o equipamento pelo menos em quatro pontos

1.1.15. Cubra a saída do escape da máquina

1.1.16. Verifique a rota do percurso de transporte

46 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


Atenção!!!

1. Embarque a máquina com a posição do motor ao contrário da cabine do


caminhão prancha, evitando que durante o deslocamento em via o ar não entre
pelo escapamento da máquina, provocando o giro do turbo alimentador em falso,
evitando o desgaste pela falta de lubrificação.

2. Se estiver equipada a máquina com rádio comunicador, retire a antena a fim de


evitar possíveis acidentes durante o transporte.

Precaução!!!

1. Isole a área sinalizando o local de embarque com cones, fitas de sinalização ou


telas tapume, evitando que pessoas fiquem próximas.

2. Os procedimentos supracitados deverão ser realizados por um profissional


habilitado.

1.2. Selecionar as marchas adequadas

A fim de realizar o deslocamento da pá carregadeira utilize a marcha adequada para cada


tipo de operação, conforme o manual do operador.

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1.3. Selecionar a rotação do motor

A fim de realizar o deslocamento da pá carregadeira utilize a rotação adequada para cada


tipo de operação, conforme o manual do operador.

Baixa Rotação Em Aceleração

1.4. Deslocar a pá carregadeira ao local de trabalho

A fim de realizar o deslocamento da pá carregadeira, o operador deverá manter a caçamba


a uma altura aproximada de 40 cm em relação ao solo.

1.5. Inspecionar o local de trabalho

Antes de iniciar qualquer atividade com a pá carregadeira, inspecione o local a fim de verificar
possíveis obstáculos, valetas, buracos, pontas de lascas, redes elétricas, entre outros, que
possam comprometer o trabalho da máquina.

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2. ENTENDA A OPERAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA PÁ CARREGADEIRA

2.1. Suba na pá carregadeira de frente para a máquina, utilizando os três pontos de


apoio

2.2. Ajuste os retrovisores interno e externos

2.3. Sente no acento do operador e ajuste-o ergonomicamente

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2.4. Ajuste o cinto de segurança

2.5. Ajuste a coluna de direção

2.6. Ligue a chave de ignição para reconhecer os instrumentos do painel

2.7. Acione a buzina

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2.8. Coloque a alavanca do sentido de deslocamento na posição neutro

2.9. Verifique se o freio de estacionamento está ativado

2.10. Acione o motor de partida

2.11. Digite o código de partida

2.12. Dê enter

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2.13. Acione o botão de partida

Atenção!!!

Antes de dar partida, consulte e siga as recomendações do manual do operador em


relação ao tempo de funcionamento do motor para o preaquecimento dos fluidos.

Precaução!!!

Antes de dar partida na máquina, verifique se não há algum cartão de identificação


de manutenção nos controles ou no interruptor de partida.

Cartão de bloqueio

3. ENTENDA SOBRE A OPERAÇÃO DO SISTEMA BRAÇO “H” E CAÇAMBA

3.1. Abaixe o braço “H” próximo ao solo

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3.2. Nivele a caçamba rente ao solo

3.3. Selecione a marcha e utilize a rotação (rpm) adequada para trabalho conforme o
manual do operador

Atenção!!!

Quando estiver realizando trabalhos de escavação, selecione a primeira marcha.

3.4. Direcione a pá carregadeira ao local do material a ser movimentado

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3.5. Posicione a caçamba no material

Atenção!!!

Recomenda-se que, ao entrar com a pá carregadeira no material, ela esteja de


forma frontal. Não articule a máquina, pois causa a perda de 40% de sua força de
sustentação.

3.6. Levante o braço “H” lentamente, forçando os pneus dianteiros a terem aderência
ao solo

3.7. Encha a caçamba com material

3.8. Feche a caçamba com material

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3.9. Engate a marcha a ré e manobre a pá carregadeira

3.10. Engate a marcha a frente e desloque a pá carregadeira até o local de


descarregamento

Atenção!!!

Sempre que for realizar o carregamento em caminhões, o operador da pá


carregadeira deverá posicionar o caminhão em sentido “V” de 45º em relação à
máquina, evitando que o equipamento dê mais de uma volta e meia nos pneus,
proporcionando melhor desempenho no carregamento.

3.11. Levante o braço “H” até a altura desejada

Precaução!!!

Ao deslocar a máquina para o descarregamento, não manobre com excesso


de levante do braço “H”, pois pode alterar o centro de gravidade da máquina,
ocasionando possível tombamento.

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3.12. Abra a caçamba descarregando o material

Atenção!!!

Sempre que for realizar o descarregamento do material, utilize o pedal do


modulador para neutralizar a transmissão da máquina.

3.13. Engate a marcha a ré e desloque a máquina

3.14. Abaixe o braço “H” e ao mesmo tempo nivele a caçamba

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3.15. Volte ao local inicial e repita as operações anteriores

Quando ficar sobra de material espalhada na área de trabalho, o operador pode utilizar o
recurso do sistema de flutuação da caçamba, acionando a alavanca de comando conforme
consta no manual do operador, assim o sistema entra em operação limpando e nivelando
o solo.

4. CONHEÇA OS TIPOS DE ESCAVAÇÕES

4.1. Conheça sobre a curva de nível

A curva de nível serve para identificar e unir todos os pontos de igual altitude de um
determinado lugar. Algumas vantagens na construção da curva de nível estão no melhor
aproveitamento do terreno e na diminuição dos problemas de erosão, já que esta técnica
facilita o escoamento e infiltração da água da chuva e controla a velocidade das águas
pluviais, evitando a perda de minerais, matéria orgânica e minimizando impactos ambientais.

4.2. Conheça sobre lombada

É uma elevação no terreno em estradas, com o objetivo de reduzir a velocidade das


águas pluviais e dos veículos, possibilitando o tráfego e servindo como acabamento nas
extremidades de uma curva de nível.

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4.3. Conheça sobre trincheiras

Escavação aberta no solo no sentido longitudinal, servindo para proteção ou armazenamento


de produtos diversos.

4.4. Conheça sobre aterro seco

Consiste no preenchimento ou reposição de material em escavações, com a finalidade de


nivelar uma superfície irregular.

4.5. Conheça sobre o carregamento de material

Consiste na movimentação do material (terra, cascalho, brita, etc.) e seu depósito em algum
compartimento, como caminhões, carretas, etc.

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4.6. Conheça sobre conservação de estradas

Consiste no conjunto de operações que visam repor materiais (terra, cascalho, brita, etc.) e
possibilitando as condições para o tráfego de veículos.

4.7. Conheça sobre corte de talude (quebra de barranco)

É um terreno inclinado que limita um aterro ou uma encosta e tem como função garantir a
sua estabilidade.

4.8. Conheça sobre construção de reservatório de água (açude)

É uma construção destinada a represar e armazenar água, com o objetivo de geração de


energia, agricultura e abastecimento em geral. Ela pode ser construída com terra, pedra,
cimento, etc.

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4.9. Conheça sobre construção da vírgula

É uma construção destinada a desviar águas pluviais das estradas, com objetivo de minimizar
a erosão. Este desvio pode ser canalizado para uma caixa de contenção (micro bacias) ou
descarregado em uma área aberta.

5. ENTENDA SOBRE O DESLIGAMENTO DA PÁ CARREGADEIRA

5.1. Direcione a máquina em local apropriado

Atenção!!!

Ao trafegar com a máquina por um período longo, consulte o manual do operador


quanto ao deslocamento e tempo de parada para resfriamento dos pneus e dos
sistemas de funcionamento.

5.2. Estacione a máquina

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5.3. Acione o freio de estacionamento 5.4. Coloque a alavanca do sentido de
deslocamento na posição neutro

5.5. Posicione a máquina para o travamento da articulação

5.6. Ajuste a coluna de direção

5.7. Desengate o cinto de segurança

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5.8. Desça da máquina

Precaução!!!

Como norma de segurança, o operador deve sempre subir ou descer de frente para
a máquina utilizando os três pontos de apoio (duas mãos e um pé).

5.9. Trave a articulação da máquina

5.10. Suba na máquina

Precaução!!!

Como norma de segurança, o operador deve sempre subir ou descer de frente para
a máquina utilizando os três pontos de apoio (duas mãos e um pé).

62 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


5.11. Abaixe o braço “H” e caçamba 5.12. Coloque o interruptor do sistema
nivelada ao solo hidráulico na posição travar

5.13. Desligue o motor

Atenção!!!

Antes de desligar o motor consulte e siga as recomendações do manual do


operador em relação ao tempo de funcionamento para estabilização dos fluidos.

5.14. Desça de frente para a máquina, utilizando os três pontos de apoio

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5.15. Feche todas as portas

5.16. Desligue a chave geral

5.17. Inspecione ao redor da máquina

Atenção!!!

Caso encontre qualquer irregularidade na máquina, entre em contato com o setor


responsável pela manutenção.

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IV. CONHECER SOBRE LIMPEZA E
CONSERVAÇÃO DA PÁ CARREGADEIRA
A limpeza e conservação da pá carregadeira são boas práticas para manter a máquina em
plena condição de uso. Além de prolongar sua vida útil, você consegue visualizar danos,
tais como vazamentos, trincas, ressecamento de mangueiras, etc.

1. PROCEDA À LAVAGEM DA PÁ CARREGADEIRA

Lave a pá carregadeira em local apropriado, eliminando o máximo possível de resíduos


(óleo, graxa, terra, etc.).

Alerta Ecológico!!!

Recomendamos que, no local de lavagem, haja estação de tratamento de afluentes


(ETA), de modo a evitar a contaminação do meio ambiente.

2. PROCEDA À LUBRIFICAÇÃO DA PÁ CARREGADEIRA

Lubrifique os pinos graxeiros conforme descrito no plano de manutenção do manual do


operador. Após efetuar esse procedimento, desloque a pá carregadeira a um local apropriado.

2.1. Identifique os pinos graxeiros

Para realização da lubrificação dos pinos consulte o manual do operador ou decalque na


máquina.

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2.2. Limpe os pinos graxeiros

Utilizando um pano limpo ou papel toalha, limpe os pinos para não contaminar o local de
aplicação da graxa.

2.3. Aplique graxa nos pinos graxeiros

Com uso de uma bomba engraxadora manual ou pneumática, engraxe os pinos.

Atenção!!!

1. Para lubrificação com bomba manual, aplique no máximo três bombadas. Na


lubrificação com bomba pneumática, dois estalos.

2. Os excessos de graxa deverão ser retirados para evitar acúmulo de poeiras e


contaminações.

3. As graxas recomendadas para uso em máquinas são à base de lítio, classificação


NLGI 2, ou conforme recomendação do fabricante.

4. Não coloque graxa em excesso nos pontos de lubrificação, para evitar


desperdício e possível risco de rompimento de retentores.

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V. CONHECER AS NORMAS DE SEGURANÇA
NA OPERAÇÃO DA PÁ CARREGADEIRA

No meio rural, são utilizados ferramentas, máquinas, veículos e implementos que, se não
forem manuseados de maneira adequada, poderão comprometer a saúde e a segurança das
pessoas envolvidas. Dentre essas, a pá carregadeira é o equipamento de maior importância,
porém pode causar danos materiais e pessoais.

O operador de pá carregadeira deve estar capacitado e autorizado para essa atividade e,


para isso, deve ser capaz de compreender as instruções inerentes a sua função, através de
cursos de formação, e conhecer as normas de segurança relativas ao trabalho que realiza.

Devido aos riscos de acidentes em que o trabalhador rural está envolvido, criaram-se normas
de segurança que visam diminuir os acidentes na área agrícola. Especificamente, no que
tange ao assunto de máquinas e implementos agrícolas, há algumas normas.

1. CONHEÇA A NORMA REGULAMENTADORA NR - 6

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

6.1 - Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se Equipamento
de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo
trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde
no trabalho.

6.1.1 - Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele


composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos
que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e
a saúde no trabalho.

6.2 - O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importada, só poderá


ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido
pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério
do Trabalho e Emprego. (206.001-9 /I3)

6.3 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao


risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos
de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;

(206.002-7/I4)

b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e, (206.003-5 /


I4)

c) para atender a situações de emergência. (206.004-3 /I4)

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 67


6.4 - Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado o disposto no
item 6.3, o empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo com
o disposto no ANEXO I desta NR.

6.4.1 - As solicitações para que os produtos que não estejam relacionados no ANEXO I,
desta NR, sejam considerados como EPI, bem como as propostas para reexame daqueles
ora elencados, deverão ser avaliadas por comissão tripartite a ser constituída pelo órgão
nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, após ouvida a CTPP,
sendo as conclusões submetidas àquele órgão do Ministério do Trabalho e Emprego para
aprovação.

6.5 - Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do


Trabalho - SESMT, ou a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, nas empresas
desobrigadas de manter o SESMT, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco
existente em determinada atividade.

6.5.1 - Nas empresas desobrigadas de constituir CIPA, cabe ao designado, mediante


orientação de profissional tecnicamente habilitado, recomendar o EPI adequado à proteção
do trabalhador.

6.6 - Cabe ao empregador

6.6.1 - Cabe ao empregador quanto ao EPI:

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade; (206.005-1 /I3)

b) exigir seu uso; (206.006-0 /I3)

c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria


de segurança e saúde no trabalho;

(206.007-8/I3)

d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; (206.008-6


/I2)

e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; (206.009-4 /I2)

f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e, (206.010-8 /I1)

g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. (206.011-6 /I1)

6.7 - Cabe ao empregado

6.7.1 - Cabe ao empregado quanto ao EPI:

a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;

c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,

d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

68 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


ANEXO I

LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

A - EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA

A.1 - Capacete

a) Capacete de segurança para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio;

C - EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA

C.1 - Protetor auditivo

a) Protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de


pressão sonora superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II;

b) protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão
sonora superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II;

c) protetor auditivo semi-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão
sonora superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II.

G - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES

G.1 - Calçado

a) Calçado de segurança para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os


artelhos;

b) calçado de segurança para proteção dos pés contra choques elétricos;

c) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de
operações com uso de água;

2. CONHEÇA A NORMA REGULAMENTADORA NR - 12 ANEXO XI

1. Este Anexo aplica-se às fases de projeto, fabricação, importação, comercialização,


exposição e cessão a qualquer título de máquinas estacionárias ou não e implementos
para uso agrícola e florestal, e ainda a máquinas e equipamentos de armazenagem e
secagem e seus transportadores, tais como silos e secadores.

2. As proteções, dispositivos e sistemas de segurança previstos neste Anexo devem


integrar as máquinas desde a sua fabricação, não podendo ser considerados itens
opcionais para quaisquer fins.

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 69


3. Os dispositivos de partida, acionamento e parada das máquinas e dos equipamentos
estacionários devem ser projetados, selecionados e instalados de modo que:

a) não se localizem em suas zonas perigosas;

b) impeçam acionamento ou desligamento involuntário pelo operador ou por qualquer


outra forma acidental;

c) não acarretem riscos adicionais;

d) não possam ser burlados; e

e) possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por outra pessoa que
não seja o operador.

4. Os comandos de partida ou acionamento das máquinas estacionárias devem possuir


dispositivos que impeçam seu funcionamento automático ao serem energizadas.

5. As máquinas cujo acionamento por pessoas não autorizadas possam oferecer risco
à saúde ou integridade física de qualquer pessoa devem possuir sistema ou, no caso
de máquinas autopropelidas, chave de ignição, para o bloqueio de seus dispositivos
de acionamento.

6. As zonas de perigo das máquinas e implementos devem possuir sistemas de


segurança, caracterizados por proteções fixas, móveis e dispositivos de segurança
interligados ou não, que garantam a proteção à saúde e à integridade física dos
trabalhadores.

6.1. A adoção de sistemas de segurança, em especial nas zonas de operação que apresentem
perigo, deve considerar as características técnicas da máquina e do processo de trabalho
e as medidas e alternativas técnicas existentes, de modo a atingir o nível necessário de
segurança previsto nesta Norma.

6.1.1. Os componentes funcionais das áreas de processo e trabalho das máquinas


autopropelidas e implementos, que necessitem ficar expostos para correta operação,
devem ser protegidos adequadamente até a extensão máxima possível, de forma a permitir
a funcionalidade operacional a que se destinam, atendendo às normas técnicas vigentes e
às exceções constantes do Quadro II deste Anexo.

6.2. Para fins de aplicação deste Anexo, considera-se proteção o elemento especificamente
utilizado para prover segurança por meio de barreira física, podendo ser:

a) proteção fixa, que deve ser mantida em sua posição de maneira permanente ou por
meio de elementos de fixação que só permitam sua remoção ou abertura com o uso de
ferramentas específicas; e

b) proteção móvel, que pode ser aberta sem o uso de ferramentas, geralmente ligada por
elementos mecânicos à estrutura da máquina ou a um elemento fixo próximo, e deve se
associar a dispositivos de intertravamento.

6.3 Para fins de aplicação deste anexo consideram-se dispositivos de segurança os


componentes que, por si só ou interligados ou associados a proteções, reduzam os riscos

70 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


de acidentes e de outros agravos à saúde, sendo classificados em:

a) comandos elétricos ou interfaces de segurança: dispositivos responsáveis por realizar


o monitoramento, que verificam a interligação, posição e funcionamento de outros
dispositivos do sistema e impedem a ocorrência de falha que provoque a perda da função
de segurança, como relés de segurança, controladores configuráveis de segurança e
controlador lógico programável - CLP de segurança;

b) dispositivos de Intertravamento: chaves de segurança eletromecânicas, com ação e


ruptura positiva, magnéticas e eletrônicas codificadas, optoeletrônicas, sensores indutivos
de segurança e outros dispositivos de segurança que possuem a finalidade de impedir o
funcionamento de elementos da máquina sob condições específicas;

c) sensores de segurança: dispositivos detectores de presença mecânicos e não mecânicos,


que atuam quando uma pessoa ou parte do seu corpo adentra a zona de perigo de uma
máquina ou equipamento, enviando um sinal para interromper ou impedir o início de
funções perigosas, como cortinas de luz, detectores de presença opto eletrônicos, laser
de múltiplos feixes, barreiras óticas, monitores de área, ou scanners, batentes, tapetes e
sensores de posição;

d) válvulas e blocos de segurança ou sistemas pneumáticos e hidráulicos de mesma eficácia;

e) dispositivos mecânicos, como: dispositivos de retenção, limitadores, separadores,


empurradores, inibidores, defletores e retráteis; e

f) dispositivos de validação: dispositivos suplementares de comando operados manualmente,


que, quando aplicados de modo permanente, habilitam o dispositivo de acionamento,
como chaves seletoras bloqueáveis e dispositivos bloqueáveis.

6.3.1 Os componentes relacionados aos sistemas de segurança e comandos de acionamento


e parada das máquinas estacionárias, inclusive de emergência, devem garantir a manutenção
do estado seguro da máquina quando ocorrerem flutuações no nível de energia além dos
limites considerados no projeto, incluindo o corte e restabelecimento do fornecimento de
energia.

6.4. As proteções devem ser projetadas e construídas de modo a atender aos seguintes
requisitos de segurança:

a) cumprir suas funções apropriadamente durante a vida útil da máquina ou possibilitar a


reposição de partes deterioradas ou danificadas;

b) ser constituídos de materiais resistentes e adequados à contenção de projeção de peças,


materiais e partículas;

c) fixação firme e garantia de estabilidade e resistência mecânica compatíveis com os


esforços requeridos;

d) não criar pontos de esmagamento ou agarramento com partes da máquina ou com outras
proteções;

e) não possuir extremidades e arestas cortantes ou outras saliências perigosas;

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 71


f) resistir às condições ambientais do local onde estão instaladas;

g) impedir que possam ser burladas;

h) proporcionar condições de higiene e limpeza;

i) impedir o acesso à zona de perigo;

j) ter seus dispositivos de intertravamento utilizados para bloqueio de funções perigosas das
máquinas protegidos adequadamente contra sujidade, poeiras e corrosão, se necessário;

k) ter ação positiva, ou seja, atuação de modo positivo;

l) não acarretar riscos adicionais; e

m) possuir dimensões conforme previsto no Item A do Anexo I desta Norma.

6.4.1. Quando a proteção for confeccionada com material descontínuo, devem ser observadas
as distâncias de segurança para impedir o acesso às zonas de perigo, conforme previsto
Item A do Anexo I desta Norma.

6.5. A proteção deve ser móvel quando o acesso a uma zona de perigo for requerido uma
ou mais vezes por turno de trabalho, observando-se que:

a) a proteção deve ser associada a um dispositivo de intertravamento quando sua abertura


não possibilitar o acesso à zona de perigo antes da eliminação do risco; e

b) a proteção deve ser associada a um dispositivo de intertravamento com bloqueio quando


sua abertura possibilitar o acesso à zona de perigo antes da eliminação do risco.

6.5.1. Para as máquinas autopropelidas e seus implementos, a proteção deve ser móvel
quando o acesso a uma zona de perigo for requerido mais de uma vez por turno de trabalho.

6.5.2. As máquinas e implementos dotados de proteções móveis associadas a dispositivos


de intertravamento devem:

a) operar somente quando as proteções estiverem fechadas;

b) paralisar suas funções perigosas quando as proteções forem abertas durante a operação;
e

c) garantir que o fechamento das proteções por si só não possa dar início às funções perigosas

6.5.2.1. As máquinas autopropelidas ficam dispensadas do atendimento das alíneas “a” e


“b” do subitem 6.5.2 deste Anexo para acesso em operações de manutenção e inspeção
desde que realizadas por trabalhador capacitado ou qualificado.

6.5.3 Para as máquinas autopropelidas, é permitida a utilização de dispositivo de intertravamento


mecânico de atuação simples e não monitorado para proteção do compartimento do motor.

6.5.4. Os dispositivos de intertravamento com bloqueio associados às proteções móveis das


máquinas e equipamentos devem:

a) permitir a operação somente enquanto a proteção estiver fechada e bloqueada;

72 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


b) manter a proteção fechada e bloqueada até que tenha sido eliminado o risco de lesão
devido às funções perigosas da máquina ou do equipamento; e

c) garantir que o fechamento e bloqueio da proteção por si só não possa dar início às funções
perigosas da máquina ou do equipamento.

6.5.4.1. As máquinas autopropelidas ficam dispensadas do atendimento das alíneas “a”


e “b” do subitem 6.5.3 para acesso em operações de manutenção e inspeção, desde que
realizadas por trabalhador capacitado ou qualificado.

6.6. As transmissões de força e os componentes móveis a elas interligados, acessíveis ou


expostos, devem ser protegidos por meio de proteções fixas ou móveis com dispositivos
de intertravamento, que impeçam o acesso por todos os lados, ressalvado o disposto no
subitem 6.1.1 deste Anexo e as exceções previstas no Quadro II deste Anexo.

6.6.1. Quando utilizadas proteções móveis para o enclausuramento de transmissões de força


que possuam inércia, devem ser utilizados dispositivos de intertravamento com bloqueio.

6.7. O eixo cardã deve possuir proteção adequada, em perfeito estado de conservação
em toda a sua extensão, fixada na tomada de força da máquina desde a cruzeta até o
acoplamento do implemento ou equipamento.

6.8. As máquinas e equipamentos que ofereçam risco de ruptura de suas partes, projeção de
peças ou material em processamento devem possuir proteções que garantam a saúde e a
segurança dos trabalhadores, salvo as exceções constantes dos Quadros I e II deste Anexo.

6.8.1. As roçadoras devem possuir dispositivos de proteção contra o arremesso de materiais


sólidos.

6.9. As máquinas de cortar, picar, triturar, moer, desfibrar e similares devem possuir sistemas
de segurança que impossibilitem o contato do operador ou demais pessoas com suas zonas
de perigo.

6.10 Nas proteções distantes de máquinas estacionárias, em que haja possibilidade de alguma
pessoa ficar na zona de perigo, devem ser adotadas medidas adicionais de proteção coletiva
para impedir a partida da máquina, enquanto houver a presença de pessoas nesta zona.

6.11. As aberturas para alimentação de máquinas ou implementos que estiverem situadas


ao nível do ponto de apoio do operador ou abaixo dele, devem possuir proteção que impeça
a queda de pessoas em seu interior.

6.12. Quando as características da máquina ou implemento exigirem que as proteções sejam


utilizadas também como meio de acesso, estas devem atender aos requisitos de resistência
e segurança adequados a ambas as finalidades.

6.12.1. O fundo dos degraus ou da escada deve possuir proteção – espelho, sempre que
uma parte saliente do pé ou da mão do trabalhador possa contatar uma zona perigosa.

7. As baterias devem atender aos seguintes requisitos mínimos de segurança:

a) localização de modo que sua manutenção e troca possam ser realizadas facilmente a
partir do solo ou de uma plataforma de apoio;

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 73


b) constituição e fixação de forma a não haver deslocamento acidental; e

c) proteção do terminal positivo, a fim de prevenir contato acidental e curto-circuito.

8. As máquinas autopropelidas fabricadas a partir de maio de 2008, sob a égide da


redação da NR 31 dada pela Portaria nº 86, de 3 de março de 2005, devem possuir faróis,
lanternas traseiras de posição, buzina, espelho retrovisor e sinal sonoro automático
de ré acoplado ao sistema de transmissão, salvo as exceções listadas no Quadro I
deste Anexo.

9. As máquinas autopropelidas devem possuir Estrutura de Proteção na Capotagem -


EPC e cinto de segurança, exceto as constantes do Quadro II deste anexo, que devem
ser utilizadas em conformidade com as especificações e recomendações indicadas
nos manuais do fabricante.

10. As máquinas autopropelidas que durante sua operação ofereçam riscos de queda
de objetos sobre o posto de trabalho devem possuir Estrutura de Proteção contra
Queda de Objetos - EPCO.

11. Na tomada de potência – TDP dos tratores agrícolas deve ser instalada uma proteção
que cubra a parte superior e as laterais, conforme Figura 1 deste Anexo.

12. As máquinas e equipamentos tracionados devem possuir sistemas de engate para


reboque pelo sistema de tração, de modo a assegurar o acoplamento e desacoplamento
fácil e seguro, bem como a impedir o desacoplamento acidental durante a utilização.

12.1. A indicação de uso dos sistemas de engate mencionados no item 12 deve ficar em
local de fácil visualização e afixada em local próximo da conexão.

12.2. Os implementos tracionados, caso o peso da barra do reboque assim exija, devem
possuir dispositivo de apoio que possibilite a redução do esforço e a conexão segura ao
sistema de tração.

13. As correias transportadoras devem possuir:

a) sistema de frenagem ao longo dos trechos em que haja acesso de trabalhadores;

b) dispositivo que interrompa seu acionamento quando necessário;

c) partida precedida de sinal sonoro audível em toda a área de operação que indique seu
acionamento;

d) sistema de proteção contra quedas de materiais, quando oferecer risco de acidentes aos
trabalhadores que operem ou circulem em seu entorno;

e) sistemas e passarelas que permitam que os trabalhos de manutenção sejam desenvolvidos


de forma segura;

f) passarelas com sistema de proteção contra queda ao longo de toda a extensão elevada
onde possa haver circulação de trabalhadores; e

g) sistema de travamento para ser utilizado nos serviços de manutenção.

74 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


13.1. Excetuam-se da obrigação do item 13 as correias transportadoras instaladas em
máquinas autopropelidas, implementos e em esteiras móveis para carga e descarga.

14. As máquinas e implementos devem possuir manual de instruções fornecido


pelo fabricante ou importador, com informações relativas à segurança nas fases de
transporte, montagem, instalação, ajuste, operação, limpeza, manutenção, inspeção,
desativação e desmonte.

14.1. Os manuais devem:

a) ser escritos na língua portuguesa - Brasil, com caracteres de tipo e tamanho que
possibilitem a melhor legibilidade possível, acompanhado das ilustrações explicativas;

b) ser objetivos, claros, sem ambiguidades e em linguagem de fácil compreensão;

c) ter sinais ou avisos referentes à segurança realçados; e

d) permanecer disponíveis a todos os usuários nos locais de trabalho.

14.2. Os manuais das máquinas e equipamentos fabricados no Brasil ou importados devem


conter, no mínimo, as seguintes informações:

a) razão social, endereço do fabricante ou importador, e CNPJ quando houver;

b) tipo e modelo;

c) número de série ou de identificação, e ano de fabricação;

d) descrição detalhada da máquina ou equipamento e seus acessórios;

e) diagramas, inclusive circuitos elétricos, em particular a representação esquemática das


funções de segurança, no que couber, para máquinas estacionárias.

f) definição da utilização prevista para a máquina ou equipamento;

g) riscos a que estão expostos os usuários;

h) definição das medidas de segurança existentes e aquelas a serem adotadas pelos usuários;

i) especificações e limitações técnicas para a sua utilização com segurança, incluindo os


critérios de declividade de trabalho para máquinas e implementos, no que couber;

j) riscos que poderiam resultar de adulteração ou supressão de proteções e dispositivos de


segurança;

k) riscos que poderiam resultar de utilizações diferentes daquelas previstas no projeto;

l) procedimentos para utilização da máquina ou equipamento com segurança;

m) procedimentos e periodicidade para inspeções e manutenção;

n) procedimentos básicos a serem adotados em situações de emergência.

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 75


15. As máquinas, equipamentos e implementos devem dispor de acessos
permanentemente fixados e seguros a todos os seus pontos de operação,
abastecimento, inserção de matérias-primas e retirada de produtos trabalhados,
preparação, manutenção e de intervenção constante.

15.1. Consideram-se meios de acesso elevadores, rampas, passarelas, plataformas ou


escadas de degraus.

15.1.1. Na impossibilidade técnica de adoção dos meios previstos no subitem 15.1, poderá
ser utilizada escada fixa tipo marinheiro.

15.1.2. As máquinas autopropelidas e implementos com impossibilidade técnica de adoção


dos meios de acesso dispostos no subitem 15.1, onde a presença do trabalhador seja
necessária para inspeção e manutenção e que não sejam acessíveis desde o solo, devem
possuir meios de apoio como manípulos ou corrimãos, barras, apoio para os pés ou degraus
com superfície antiderrapante, que garantam ao operador manter contato de apoio em três
pontos durante todo o tempo de acesso, de modo a torná-lo seguro, conforme o item 15.21
deste Anexo.

15.1.2.1. Deve-se utilizar uma forma de acesso seguro indicada no manual de operação,
nas situações em que não sejam aplicáveis os meios previstos no subitem 15.1.2.

15.2. Os locais ou postos de trabalho acima do nível do solo em que haja acesso de
trabalhadores para intervenções devem possuir plataformas de trabalho estáveis e seguras.

15.3. Devem ser fornecidos meios de acesso se a altura do solo ou do piso ao posto de
operação das máquinas for maior que 0,55 m (cinquenta e cinco centímetros).

15.4. Em máquinas autopropelidas da indústria de construção com aplicação agroflorestal,


os meios de acesso devem ser fornecidos se a altura do solo ao posto de operação for maior
que 0,60 m (sessenta centímetros).

15.5. Em colhedoras de arroz, colhedoras equipadas com esteiras e outras colhedoras


equipadas com sistema de autonivelamento, os meios de acesso devem ser fornecidos se
a altura do solo ao posto de operação for maior que 0,70 m (setenta centímetros).

15.6. Nas máquinas, equipamentos e implementos os meios de acesso permanentes devem


ser localizados e instalados de modo a prevenir riscos de acidente e facilitar sua utilização
pelos trabalhadores.

15.7. Os meios de acesso de máquinas estacionárias, exceto escada fixa do tipo marinheiro e
elevador, devem possuir sistema de proteção contra quedas com as seguintes características:

a) ser dimensionados, construídos e fixados de modo seguro e resistente, de forma a suportar


os esforços solicitantes;

b) ser constituídos de material resistente a intempéries e corrosão;

c) possuir travessão superior de 1,10 m (um metro e dez centímetros) a 1,20 m (um metro e
vinte centímetros) de altura em relação ao piso ao longo de toda a extensão, em ambos
os lados;

76 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


d) o travessão superior não deve possuir superfície plana, a fim de evitar a colocação de
objetos; e

e) possuir rodapé de, no mínimo, 0,20 m (vinte centímetros) de altura e travessão intermediário
a 0,70 m (setenta centímetros) de altura em relação ao piso, localizado entre o rodapé e
o travessão superior.

15.7.1. Havendo risco de queda de objetos e materiais, o vão entre o rodapé e o travessão
superior do guarda corpo deve receber proteção fixa, integral e resistente.

15.7.1.1. A proteção mencionada no subitem 15.7.1 pode ser constituída de tela resistente,
desde que sua malha não permita a passagem de qualquer objeto ou material que possa
causar lesões aos trabalhadores.

15.7.2. Para o sistema de proteção contra quedas em plataformas utilizadas em operações


de abastecimento ou que acumulam sujidades, é permitida a adoção das dimensões da
Figura 5 do Anexo III desta Norma.

15.8. O emprego dos meios de acesso de máquinas estacionárias deve considerar o ângulo
de lance conforme Figura 1 do Anexo III desta Norma.

15.9. As passarelas, plataformas, rampas e escadas de degraus devem propiciar condições


seguras de trabalho, circulação, movimentação e manuseio de materiais e:

a) ser dimensionadas, construídas e fixadas de modo seguro e resistente, de forma a suportar


os esforços solicitantes e movimentação segura do trabalhador;

b) ter pisos e degraus constituídos de materiais ou revestimentos antiderrapantes;

c) ser mantidas desobstruídas e;

d) ser localizadas e instaladas de modo a prevenir riscos de queda, escorregamento,


tropeçamento e dispêndio excessivo de esforços físicos pelos trabalhadores ao utilizá-las.

15.10. As rampas com inclinação entre 10º (dez) e 20º (vinte) graus em relação ao plano
horizontal devem possuir peças transversais horizontais fixadas de modo seguro, para impedir
escorregamento, distanciadas entre si 0,40 m (quarenta centímetros) em toda sua extensão.

15.11. É proibida a construção de rampas com inclinação superior a 20º (vinte) graus em
relação ao piso.

15.12. As passarelas, plataformas e rampas devem ter as seguintes características:

a) largura útil mínima de 0,60 m (sessenta centímetros) para máquinas, exceto para as
autopropelidas e implementos que devem atender a largura mínima determinada conforme
norma técnica específica;

b) meios de drenagem, se necessário; e c) não possuir rodapé no vão de acesso.

15.13. Em máquinas estacionárias as escadas de degraus com espelho devem ter:

a) largura mínima de 0,60 m (sessenta centímetros);

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 77


b) degraus com profundidade mínima de 0,20 m (vinte centímetros);

c) degraus e lances uniformes, nivelados e sem saliências;

d) altura entre os degraus de 0,20 m (vinte centímetros) a 0,25 m (vinte e cinco centímetros);

e) plataforma de descanso de 0,60m (sessenta centímetros) a 0,80m (oitenta centímetros)


de largura e comprimento a intervalos de, no máximo, 3,00 m (três metros) de altura.

15.14. Em máquinas estacionárias as escadas de degraus sem espelho devem ter:

a) largura mínima de 0,60 m (sessenta centímetros);

b) degraus com profundidade mínima de 0,15 m (quinze centímetros);

c) degraus e lances uniformes, nivelados e sem saliências;

d) altura máxima entre os degraus de 0,25 m (vinte e cinco centímetros);

e) plataforma de descanso com 0,60m (sessenta centímetros) a 0,80 m (oitenta centímetros)


de largura e comprimento a intervalos de, no máximo, 3,00 m (três metros) de altura;

f) projeção mínima de 0,01 m (dez milímetros) de um degrau sobre o outro e;

g) degraus com profundidade que atendam à fórmula: 600≤ g +2h ≤ 660 (dimensões em
milímetros),

15.15. Em máquinas estacionárias as escadas fixas do tipo marinheiro devem ter:

a) dimensão, construção e fixação seguras e resistentes, de forma a suportar os esforços


solicitantes;

b) constituição de materiais ou revestimentos resistentes a intempéries e corrosão, caso


estejam expostas em ambiente externo ou corrosivo;

c) gaiolas de proteção, caso possuam altura superior a 3,50 m (três metros e meio), instaladas
a partir de 2,0 m (dois metros) do piso, ultrapassando a plataforma de descanso ou o piso
superior em pelo menos de 1,10 m (um metro e dez centímetros) a 1,20 m (um metro e
vinte centímetros);

d) corrimão ou continuação dos montantes da escada ultrapassando a plataforma de


descanso ou o piso superior de 1,10 m (um metro e dez centímetros) a 1,20 m (um metro
e vinte centímetros);

e) largura de 0,40 m (quarenta centímetros) a 0,60 m (sessenta centímetros), conforme


Figura 3 do Anexo III desta Norma;

f) altura total máxima de 10,00 m (dez metros), se for de um único lance;

g) altura máxima de 6,00 m (seis metros) entre duas plataformas de descanso, se for de
múltiplos lances, construídas em lances consecutivos com eixos paralelos, distanciados
no mínimo em 0,70 m (setenta centímetros), conforme Figura 3 do anexo III desta Norma;

78 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


h) espaçamento entre barras de 0,25 m (vinte e cinco centímetros) a 0,30 m (trinta
centímetros), conforme Figura 3 do Anexo III desta Norma;

i) espaçamento entre o piso da máquina ou da edificação e a primeira barra não superior


a 0,55 m (cinquenta e cinco centímetros), conforme Figura 3 do Anexo III desta Norma;

j) distância em relação à estrutura em que é fixada de, no mínimo, 0,15 m (quinze


centímetros), conforme Figura 4 do Anexo III desta Norma;

k) barras de 0,025m (vinte e cinco milímetros) a 0,038 m (trinta e oito milímetros) de


diâmetro ou espessura; e l) barras com superfícies, formas ou ranhuras a fim de prevenir
deslizamentos.

15.15.1. As gaiolas de proteção devem possuir:

a) diâmetro de 0,65m (sessenta e cinco centímetros) a 0,80 m (oitenta centímetros), conforme


Figura 4 do Anexo III desta Norma e;

b) vãos entre grades protetoras de, no máximo, 0,30 m (trinta centímetros), conforme Figura
3 do Anexo III desta Norma.

5.16. Os meios de acesso das máquinas autopropelidas e implementos devem possuir as


seguintes características:

a) ser dimensionados, construídos e fixados de modo seguro e resistente, de forma a suportar


os esforços solicitantes;

b) ser constituídos de material resistente a intempéries e corrosão;

c) o travessão superior não deve ter superfície plana, a fim de evitar a colocação de objetos.

15.17. A direção não pode ser considerada manípulo de apoio.

15.18. Os pneus, cubos, rodas e para-lamas não são considerados degraus para acesso
aos postos de trabalho.

15.19. Os para-lamas podem ser considerados degraus para acesso desde que projetados
para esse fim.

15.20. Em máquinas de esteira, as sapatas e a superfície de apoio das esteiras podem ser
utilizadas como degraus de acesso desde que projetados para esse fim e se for garantido
ao operador apoio em três pontos de contato durante todo tempo de acesso.

15.21. As máquinas autopropelidas e implementos devem ser dotados de corrimãos ou


manípulos – pega mãos, em um ou ambos os lados dos meios de acesso que ofereçam
risco de queda ou acesso às áreas de perigo, que devem possuir:

a) projeto de forma que o operador possa manter contato de apoio em três pontos durante
todo o tempo de acesso;

b) largura da seção transversal entre 0,025m (vinte e cinco milímetros) e 0,038 m (trinta e
oito milímetros);

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 79


c) extremidade inferior em pelo menos um corrimão ou manípulo localizada no máximo a
1600 mm (mil e seiscentos milímetros) da superfície do solo;

d) espaço livre mínimo de 0,050m (cinquenta milímetros) entre o corrimão ou manípulo e as


partes adjacentes para acesso da mão, exceto nos pontos de fixação;

e) um manípulo instalado do último degrau superior do meio de acesso a uma altura de 0,85
m (oitenta e cinco centímetros a 1,10 m (um metro e dez centímetros); e

f) manípulo com comprimento mínimo de 0,15 m (quinze centímetros).

15.21.1. Os pontos de apoio para mãos devem ficar a pelo menos 0,30 m (trinta centímetros)
de qualquer elemento de articulação.

15.22. As escadas usadas no acesso ao posto de operação das máquinas autopropelidas


e implementos devem atender a um dos seguintes requisitos:

a) a inclinação α deve ser entre 70º (setenta graus) e 90° (noventa graus) em relação à
horizontal conforme Figura 2 desta Norma ou;

b) no caso de inclinação α menor que 70° (setenta graus), as dimensões dos degraus
devem atender à equação (2B + G) ≤ 700 mm, onde B é a distância vertical, em mm, e
G a distância horizontal, em mm, entre degraus, permanecendo as dimensões restantes
conforme Figura 2 do Anexo III desta Norma.

15.22.1. Os degraus devem possuir:

a) superfície antiderrapante;

b) batentes verticais em ambos os lados;

c) projeção de modo a minimizar o acúmulo de água e de sujidades, nas condições normais


de trabalho;

d) altura do primeiro degrau alcançada com os maiores pneus indicados para a máquina;

e) espaço livre adequado na região posterior, quando utilizado sem espelho, de forma a
proporcionar um apoio seguro para os pés;

f) dimensões conforme a Figura 2 do Anexo III desta Norma;

g) altura do primeiro deles em relação ao solo de até 700mm (setecentos milímetros) para
colhedoras de arroz ou colhedoras equipadas com esteiras e outras colhedoras equipadas
com sistema de autonivelamento e;

h) altura do primeiro deles em relação ao solo de até 600 mm (seiscentos milímetros) para
máquinas autopropelidas da indústria da construção com aplicação agroflorestal.

15.22.2. A conexão entre o primeiro degrau e o segundo degrau pode ser articulada.

15.22.3. Não deve haver riscos de corte, esmagamento ou movimento incontrolável para o
operador na movimentação de meios de acesso móveis.

80 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


15.23. As plataformas de máquinas autopropelidas e implementos que apresentem risco de
queda de trabalhadores devem ser acessados por degraus e possuir sistema de proteção
contra quedas conforme as dimensões da Figura 5 do Anexo III desta Norma.

15.24. A plataforma de operação ou piso de trabalho das máquinas autopropelidas e


implementos deve:

a) ser plana, nivelada e fixada de modo seguro e resistente;

b) possuir superfície antiderrapante;

c) possuir meios de drenagem, se necessário;

d) ser contínua, exceto para tratores denominados “acavalados”, em que poderá ser de dois
níveis e;

e) não possuir rodapé no vão de entrada da plataforma.

15.24.1. Os meios de acesso móveis ou retráteis das plataformas e cabines, para fins de
transporte, devem possuir sistema para limitação do vão de acesso.

15.25. O bocal de abastecimento do tanque de combustível e de outros materiais deve ser


localizado, no máximo, a 1,5 m (um metro e cinquenta centímetros) acima do ponto de apoio
do operador.

15.25.1. Caso não seja possível atender ao disposto no subitem 15.25 para as operações
de abastecimento de combustível e de outros materiais, nas máquinas autopropelidas deve
ser instalado degrau de acesso com manípulos que garantam três pontos de contato durante
toda a tarefa.

15.25.2. Caso não seja possível atender ao disposto no subitem 15.25 para as operações
de abastecimento de combustível das máquinas autopropelidas que possuam o tanque
localizado na parte traseira ou lateral, poderá ser utilizada plataforma ou escada externa
que servirá de apoio para execução segura da tarefa.

3. CONHEÇA A NORMA REGULAMENTADORA NR - 18.6 – ANEXO ESCAVAÇÕES

18.6 Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas.

18.6.1 A área de trabalho deve ser previamente limpa, devendo ser retirados ou escorados
solidamente árvores, rochas, equipamentos, materiais e objetos de qualquer natureza, quando
houver risco de comprometimento de sua estabilidade durante a execução de serviços.

18.6.2 Muros, edificações vizinhas e todas as estruturas que possam ser afetadas pela
escavação devem ser escorados.

18.6.3 Os serviços de escavação, fundação e desmonte de rochas devem ter responsável


técnico legalmente habilitado.

18.6.4 Quando existir cabo subterrâneo de energia elétrica nas proximidades das escavações,
as mesmas só poderão ser iniciadas quando o cabo estiver desligado.

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 81


18.6.4.1 Na impossibilidade de desligar o cabo, devem ser tomadas medidas especiais junto
à concessionária.

18.6.5 Os taludes instáveis das escavações com profundidade superior a 1,25 m (um metro
e vinte e cinco centímetros) devem ter sua estabilidade garantida por meio de estruturas
dimensionadas para este fim.

18.6.6 Para elaboração do projeto e execução das escavações a céu aberto, serão observadas
as condições exigidas na NBR 9061/85 - Segurança de Escavação a Céu Aberto da ABNT.

18.6.7 As escavações com mais de 1,25m (um metro e vinte e cinco centímetros) de
profundidade devem dispor de escadas ou rampas, colocadas próximas aos postos de
trabalho a fim de permitir, em caso de emergência, a saída rápida dos trabalhadores,
independentemente do previsto no subitem 18.6.5.

18.6.8 Os materiais retirados da escavação devem ser depositados a uma distância superior
à metade da profundidade, medida a partir da borda do talude.

18.6.9 Os taludes com altura superior a 1,75m (um metro e setenta e cinco centímetros)
devem ter estabilidade de garantida.

18.6.10 Quando houver possibilidade de infiltração ou vazamento de gás, o local deve ser
devidamente ventilado e monitorado.

18.6.10.1 O monitoramento deve ser efetivado enquanto o trabalho estiver sendo realizado
para, em caso de vazamento, ser acionado o sistema de alarme sonoro e visual.

18.6.11 As escavações realizadas em vias públicas ou canteiros de obras devem ter sinalização
de advertência, inclusive noturna, e barreira de isolamento em todo o seu perímetro.

18.6.12 Os acessos de trabalhadores, veículos e equipamentos às áreas de escavação


devem ter sinalização de advertência permanente.

18.6.13 É proibido o acesso de pessoas não autorizadas às áreas de escavação e cravação


de estacas.

18.6.14 O operador de bate-estacas deve ser qualificado e ter sua equipe treinada.

18.6.15 Os cabos de sustentação do pilão devem ter comprimento para que haja, em qualquer
posição de trabalho, um mínimo de 6 (seis) voltas sobre o tambor.

18.6.16 Na execução de escavações e fundações sob ar comprimido, deve ser obedecido


o disposto no Anexo nº 6 da NR 15 Atividades e Operações Insalubres.

18.6.17 Na operação de desmonte de rocha a fogo, fogacho ou mista, deve haver um blaster,
responsável pelo armazenamento, preparação das cargas, carregamento das minas, ordem
de fogo, detonação e retirada das que não explodiram, destinação adequada das sobras de
explosivos e pelos dispositivos elétricos necessários às detonações.

18.6.18 A área de fogo deve ser protegida contra projeção de partículas, quando expuser a
risco trabalhadores e terceiros.

18.6.19 Nas detonações é obrigatória a existência de alarme sonoro.

82 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


18.6.20 Na execução de tubulações a céu aberto, aplicam-se as disposições constantes no
item 18.20 - Locais confinados.

18.6.20.1 Toda escavação somente pode ser iniciada com a liberação e autorização
do Engenheiro responsável pela execução da fundação, atendendo o disposto na NBR
6122:2010 ou alterações posteriores (Incluído pela Portaria MTE n.º 644, de 9 de maio de
2013).

18.6.21 Os tubulões a céu aberto devem ser encamisados, exceto quando houver projeto
elaborado por profissional legalmente habilitado que dispense o encamisamento, devendo
atender os seguintes requisitos: (Alterado pela Portaria MTE n.º 644, de 9 de maio de 2013):

a) sondagem ou estudo geotécnico local, para profundidade superior a 3 metros;

b) todas as medidas de proteção coletiva e individual exigidas para a atividade devem


estar descritas no Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção - PCMAT, bem como plano de resgate e remoção em caso de acidente, modelo
de check-list a ser aplicado diariamente, modelo de programa de treinamento destinado
aos envolvidos na atividade contendo as atividades operacionais, de resgate e noções
de primeiros socorros, com carga horária mínima de 8 horas;

c) as ocorrências e as atividades sequenciais das escavações dos tubulações a céu aberto


devem ser registradas diariamente em livro próprio pelo engenheiro responsável;

d) é proibido o trabalho simultâneo em bases alargadas em tubulações adjacentes, sejam


estes trabalhos de escavação e/ou de concretagem;

e) é proibida a abertura simultânea de bases tangentes.

f) a escavação manual só pode ser executada acima do nível d’água ou abaixo dele nos
casos em que o sol o se mantenha estável, sem risco de desmoronamento, e seja possível
controlar a água no interior do tubulação.

g) o diâmetro mínimo para escavação de tubulação a céu aberto é de 0,80m.

h) o diâmetro de 0,70m somente poderá ser utilizado com justificativa técnica do Engenheiro
responsável pela fundação.

18.6.22 O equipamento de descida e içamento de trabalhadores e materiais utilizados na


execução de tubulações a céu aberto devem ser dotados de sistema de segurança com
travamento, atendendo aos seguintes requisitos para a sua operação:

(Alterado pela Portaria MTE n.º 644, de 9 de maio de 2013)

a) liberação de serviço em cada etapa (abertura de fuste e alargamento de base) registrado


no livro de registro diário de escavação de tubulações a céu aberto;

b) dupla trava de segurança no sarilho, sendo uma de cada lado;

c) corda de cabo de fibra sintética que atenda as recomendações do item 18.16 da NR - 18,
tanto da corda de içamento do balde como do cabo - guia para o trabalhador;

d) corda de sustentação do balde deve ter comprimento para que haja, em qualquer posição
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 83
de trabalho, no mínimo de 6 (seis) voltas sobre o tambor;

e) gancho com trava de segurança na extremidade da corda do balde;

f) sistema de ventilação por insuflação de ar por duto, captado em local isento de fontes de
poluição, e em caso contrário, adotar processo de filtragem do ar;

g) sistema de sarilho fixado no terreno, fabricado em material resistente e com rodapé de


0,20 m em sua base, dimensionado conforme a carga e apoiado com no mínimo 0,50 m
de afastamento em relação à borda da tubulação;

h) depositar materiais afastados da borda do tubulação com distância determinada pelo


estudo geotécnico;

i) cobertura translúcida tipo tenda, com película ultravioleta, sobre montantes fixados no
solo;

j) possuir isolamento de área e placas de advertência;

k) isolar, sinalizar e fechar os poços nos intervalos e no término da jornada de trabalho;

l) impedir o trânsito de veículos nos locais de trabalho;

m) paralisação imediata das atividades de escavação das tubulações no início de chuvas;


utilização de iluminação blindada e a prova de explosão.

18.6.23 A escavação de tubulações a céu aberto, alargamento ou abertura manual de base


e execução de taludes, deve ser precedida de sondagem ou de estudo geotécnico no local.

18.6.23.1 Em caso específico de tubulações a céu aberto e abertura de base, o estudo


geotécnico será obrigatório para profundidade superior a 3,00m (três metros)

4. CONHEÇA A NORMA REGULAMENTADORA NR - 31.12.77

a) legislação de segurança e saúde no trabalho e noções de legislação de trânsito;

b) identificação das fontes geradoras dos riscos à integridade física e à saúde do trabalhador;

c) noções sobre acidentes e doenças decorrentes da exposição aos riscos existentes na


máquina e implementos;

d) medidas de controle dos riscos: Equipamento Proteção Coletiva e Equipamento de


Proteção Individual;

e) operação da máquina e implementos com segurança;

f) inspeção, regulagem e manutenção com segurança;

g) sinalização de segurança;

h) procedimentos em situação de emergência e;

i) noções sobre prestação de primeiros socorros.

84 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


ANEXO 01
MEDIDAS DE SEGURANÇA

1. Não dê carona na pá carregadeira;


2. Evite velocidade excessiva;
3. Acione o freio de estacionamento antes de descer da pá carregadeira;
4. Desça da pá carregadeira na mesma posição que subiu;
5. Não pule ao descer da pá carregadeira;
6. Coloque a trava mecânica na articulação da pá carregadeira;
7. Calce os pneus da pá carregadeira;
8. Dê partida no motor somente se estiver sentado no banco da pá carregadeira;
9. Não deixe a pá carregadeira em funcionamento em ambientes fechados;
10. Mantenha os freios bem regulados;
11. Não passe com a pá carregadeira muito próxima a valetas ou barrancos;
12. Cuidado ao retirar a tampa do radiador com o motor quente;
13. Não use roupas folgadas e adornos (relógio, pulseiras, correntes, etc.);
14. Nunca desça da pá carregadeira estando esta em movimento;
15. Nunca dirija sob efeito de substâncias químicas (álcool, drogas, remédios, etc.);
16. Mantenha a pá carregadeira engrenada em aclives e declives;
17. Com a pá carregada, sempre desça em marcha ré;
18. Ao rebocar a pá carregadeira utilize equipamento adequado, o qual seja igual ou maior
ao peso e potência da máquina, utilizando olhais e pontos adequados para reboque;
19. Ao rebocar a pá carregadeira utilize cinta ou barra (cambão) apropriada com uma
resistência de pelo menos 1,5 vezes o peso bruto da máquina;
20. Não permita que pessoa não capacitada opere a pá carregadeira;
21. Mantenha as mãos afastadas de todas as partes em movimento;
22. Não faça reparos com o motor em funcionamento;
23. Durante o abastecimento da pá carregadeira, desligue o motor;
24. Não abasteça próximo a chamas ou faíscas;
25. Não abasteça em ambientes fechados e sem ventilação;
26. Mantenha as mãos e corpo longe de furos que soltem fluidos sob alta pressão. Use
sempre um pedaço de papelão para procurar por vazamentos;
27. Um operador cuidadoso é sempre a melhor segurança contra acidentes.

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 85


ANEXO 02

PROTEÇÃO AUDITIVA
RISCO E FONTE FOTO
NOME DO EPI DESCRIÇÃO TÉCNICA
GERADORA ILUSTRATIVA

Protetor auditivo, do tipo inserção


Protetor Auditivo
pré-moldado, de silicone, com
(Tipo Plugue de
cordão de algodão, plástico ou
Silicone)
silicone.

Ruídos gerados por


máquinas, ferramentas Protetor Auditivo Protetor auditivo, tipo inserção
e equipamentos (Tipo Espuma moldável, de espuma de poliuretano,
presentes no processo de Moldável no formato cilíndrico.
manutenção.

Protetor auditivo tipo concha,


constituído por duas conchas em
Protetor Auditivo plástico, apresentando almofadas
(Tipo Concha) de espuma em suas laterais e em
seu interior. Possui uma haste em
plástico rígido almofadado e metal.

PROTEÇÃO DA OCULAR E FACIAL


RISCO E FONTE FOTO
NOME DO EPI DESCRIÇÃO TÉCNICA
GERADORA ILUSTRATIVA

Projeção de partículas nas


operações de limpeza das peças
Óculos de segurança com
e componentes, com a utilização Óculos de
lente incolor, amarela,
de ar comprimido e/ou durante as Segurança
marrom, verde, cinza.
atividades pertinentes à função da
manutenção.

Protetor facial constituído


Projeção de partículas nas de coroa e carneira de
operações de esmerilhamento Protetor Facial plástico, com regulagem de
de metais ou outras atividades de Segurança tamanho através de ajuste
pertinentes à função. simples e visor de material
plástico incolor.

86 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
RISCO E FONTE FOTO
NOME DO EPI DESCRIÇÃO TÉCNICA
GERADORA ILUSTRATIVA

Respirador purificador de ar tipo peça


Respiradores
semifacial filtrante para partículas, com
PFF-2 para
formato tipo concha, com solda térmica
Poeiras, Névoas,
em todo seu perímetro. O respirador
Hidrocarbonetos e Fumos e baixas
possui, em sua parte central, um
outros compostos concentrações de
dispositivo branco com uma válvula de
de carbono Vapores Orgânicos
exalação.
principalmente no
processo para lavar a Respirador purificador de ar tipo peça
retroescavadeira e/ou semifacial filtrante para partículas, com
Respirador PFF2
peças impregnadas formato tipo concha, com solda térmica
- Poeiras, Névoas,
com óleo e/ou graxa. em todo seu perímetro. O respirador
Fumos, baixas
possui, em sua parte central, um
concentrações de
dispositivo branco com uma válvula
Gases Ácidos
de exalação e na sua parte superior
externa uma tira metálica moldável.

PROTEÇÃO DAS MÃOS (CREMES)


RISCO E FONTE DESCRIÇÃO FOTO
NOME DO EPI
GERADORA TÉCNICA ILUSTRATIVA

Hidrocarbonetos e outros
compostos de carbono no Creme de proteção
Creme Protetor de
manuseio de peças metálicas classificado como
Segurança
impregnadas com óleo e/ou grupo 3.
graxa.

PROTEÇÃO SOLAR (CREMES)


RISCO E FONTE DESCRIÇÃO FOTO
NOME DO EPI
GERADORA TÉCNICA ILUSTRATIVA

Queimadura Solar durante os


trabalhos a céu aberto com
Protetor Solar FPS 30.
abusiva exposição à Radiação
UVA e UVB.

PROTEÇÃO DOS PÉS


RISCO E FONTE DESCRIÇÃO FOTO
NOME DO EPI
GERADORA TÉCNICA ILUSTRATIVA

Calçado de Segurança Calçado de


Tipo Botina (com Bico de Segurança Tipo Botina
Queda de materiais diversos Aço) (com Bico de Aço).
no manuseio de ferramentas,
peças e equipamentos durante
as atividades pertinentes à
função da manutenção. Calçado de Segurança Calçado de Segurança
Tipo Sapato (com Bico de Tipo Sapato (com Bico
Aço) de Aço).

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PROTEÇÃO DAS MÃOS (LUVAS)
DESCRIÇÃO FOTO
RISCO E FONTE GERADORA NOME DO EPI
TÉCNICA ILUSTRATIVA

Luva de segurança
Luva de
tricotada,
Segurança
confeccionada em
Contra Agentes
nylon e elastano,
Mecânicos,
banho nitrílico, palma
Antiderrapante e
Lesões, Ferimentos e/ou Cortes antiderrapante, punho
Impermeável.
(mãos, dedos, etc) no manuseio de em elástico.
ferramentas e peças metálicas.
Luva de segurança
Hidrocarbonetos e outros compostos confeccionada com
de carbono no manuseio de peças suporte têxtil de
metálicas impregnadas com óleo e/ou Luva de algodão; palma,
graxa. Segurança dedos; ou palma,
Contra Agentes dedos e dorso com
Mecânicos revestimento em látex
(Nitrilon). natural, ou totalmente
revestida em látex
natural, punho em
malha.

Luva de segurança,
confeccionada em
látex de borracha
Luva de
Ácidos Sulfúricos, Hidrocarbonetos natural, revestida
Segurança
e outros compostos de carbono internamente com
a Base de
no manuseio de peças metálicas flocos de algodão.
Borracha Natural
impregnadas com óleo e/ou graxa. Com superfície externa
(Látex).
antiderrapante (na
palma e nos dedos),
cor amarela e verde.

VESTIMENTAS ESPECIAIS E OUTROS EPIS


RISCO E FONTE DESCRIÇÃO FOTO
NOME DO EPI
GERADORA TÉCNICA ILUSTRATIVA

Macacão de
segurança,
Umidade, Hidrocarbonetos e confeccionado em não
outros compostos de carbono tecido de polietileno
no processo para lavar a Vestimenta de Segurança de alta densidade
retroescavadeira e/ou peças Tipo Macacão (Tyvek). com tratamento
impregnadas com óleo e/ou antiestático, ou
graxa. revestimento 100%
polietileno ou
multilaminado.

88 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


ANEXO 03
Check-list

Pá carregadeira n°____________ Horímetro ______________ Data:_____/______/______

INSPEÇÃO BOM AJUSTAR OBSERVAÇÕES


Bateria (água, cabos, terminais,
limpeza)
Nível do Líquido Arrefecedor do
Motor
Nível do óleo do cárter

Nível do óleo hidráulico

Nível do óleo de transmissão

Nível de combustível
Dreno Separador de água do
combustível
Bomba alimentadora de combustível

Correias do ventilador e alternador

Indicador de Restrição do filtro de ar

Filtro de ar primário e secundário

Filtro do ar condicionado
Trava mecânica de segurança da
articulação
Estado Geral Braço “H” e caçamba
Estado dos FPS (ferramentas
penetração solo)
Freio de estacionamento

Freio de Serviço

Modulador

Estado geral e pressão dos pneus


Porcas e parafusos das Rodas
(verifique o aperto)
Cinto de segurança

Extintor de incêndio

Buzina e alarme de ré

Instrumentos do Painel

Faróis de Advertência e Noturno


Espelhos retrovisores internos/
externos

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 89


ANEXO 04

Diagnósticos de defeitos e causas em relação às cores da fumaça.

COR DA
DEFEITO POSSÍVEIS CAUSAS
FUMAÇA
- Filtro de ar sujo

- Bicos injetores desregulados

- Muito combustível - Bomba injetora desregulada


Preta
- Pouco ar - Junta do cabeçote queimada

- Sobre carga

- Marcha inadequada
- Muito ar Sistema de alimentação de combustível
Branca
- Pouco combustível deficiente

Desgaste nos anéis dos pistões,


Queima de óleo do cárter na
Azul camisas dos cilindros, guias de
câmara de combustão
válvulas e anéis alinhados

Cinza transparente Condições normais de funcionamento

90 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


ANEXO 05

SÍMBOLOS DO MODO VEÍCULO


Lavador do para-
Desligado Pressurizado
brisas

Indicadores de Sinalização de
Fusível
direção (seta) emergência

Luz alta do farol Ligado Condicionador de ar

Limpador do para-
Buzina Indicador de parada
brisas

Desembaçador Luz baixa do farol

SÍMBOLOS EM LETRAS E SIGLAS

P “Park” - Parado - Estacionamento F-R Frente e Ré

N Neutro

SÍMBOLOS INDIVIDUAIS

Motor Horímetro Temperatura

Sistema hidráulico Aquecimento Óleo

Pressão Luz de ação Ar

Líquido de
Combustível Nível
arrefecimento

Filtro Transmissão Bateria

Sistema elétrico Modo automático Sistema de freios

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SÍMBOLOS CONJUGADOS

Temperatura do líquido de
Pressão do óleo do motor
arrefecimento do motor

Nível do líquido de arrefecimento do


Filtro do ar do motor
motor

Rotação do motor - rpm Filtro de óleo do motor

Aquecedor de partida do motor Rotação do motor

Temparatura da admissão de ar no
Temperatura do óleo da transmissão
motor

Pressão do óleo de transmissão Nível do óleo da transmissão

Filtro de óleo da transmissão Neutro da transmissão

Modo automático da transmissão Alavanca de transmissão

Temperatura do óleo hidráulico Nível do óleo hidráulico

Freio de estacionamento “Park” Pressão do filtro de óleo hidráulico

Nível de combustível Óleo do freio

SÍMBOLOS DO MODO OPERAÇÃO

Velocidade lenta Velocidade rápida

Bloqueio do diferencial no modo


Bloqueio do diferencial
automático
AUTO

92 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CATERPILLAR, 2010. Manual de operação e manutenção da pá carregadeira de rodas


938H e Porta-ferramentas Integrado IT38H.

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL. Administração Regional de São Paulo.


Operação de Retroescavadeira, São Paulo, SENAR, 2017. 92 p.

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL. Administração Regional de São Paulo.


Manutenção de Retroescavadeira, São Paulo, SENAR, 2018. 112 p.

SOTREQ, 2007. Vídeo de operação pá carregadeira Caterpillar 950H/962H.

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SENAR-AR/SP
Rua Barão de Itapetininga, 224
CEP: 01042-907 - São Paulo/SP
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