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MANUAL DE INSTRUÇÃO
Decreto 1666/2000
ASSUNTO PÁGINA
INTRODUÇÃO 03
REQUISITOS BÁSICOS EXIGIDOS DURANTE OS DOIS ANOS DO PERÍODO DE PROGRESSÃO PARA QUE O
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SERVIDOR PARTICIPE DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO.
QUAL O PROCEDIMENTO QUE DEVE SER ADOTADO PELA SUB-COMISSÃO QUANTO HOUVER DIVERGÊNCIA
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EM RELAÇÃO À NOTA A SER ATRIBUÍDA AO AVALIADO?
QUESITOS ADICIONAIS 12
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Introdução
Senhores avaliadores,
A partir do ano de 1999, através das Leis Complementares 240, tivemos a implantação de nosso
Plano de Carreira, Cargos e Salários.
O Plano de Carreira, Cargos e Salários é um instrumento que tem como objetivo a valorização
dos servidores municipais, com o estabelecimento de mecanismos que possibilitam o
desenvolvimento na carreira funcional, através de seu próprio mérito, apurado mediante o
desempenho/comportamento no exercício das atribuições do cargo.
Sendo assim, como servidores públicos, temos a responsabilidade e o dever de agir dentro dos
princípios estabelecidos para a Administração Pública, quais sejam: legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência. Desta forma, elaboramos este material de apoio que tem
como objetivo oferecer orientação aos avaliadores, no intuito de que exerçam seu papel em
conformidade com o estabelecido na legislação vigente.
Portanto, contamos com a sua colaboração para que este processo alcance resultados que
possam a cada dia enaltecer o papel do servidor público, estimulando-o na busca contínua da
qualificação profissional, resultando em benefícios para toda a população, através da constante
melhoria da qualidade dos serviços prestados.
Cristina Rubino
Francisco Bemvides
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Maria Sueli Torezan Presidente
É o meio pelo qual se dá a ascensão do servidor de um nível para outro dentro da tabela salarial
estabelecida para o cargo que exerce, tendo a progressão funcional a finalidade de premiar os
servidores de acordo com o seu comprometimento e dedicação frente as suas funções,
incentivando aqueles que já atingiram um grau de excelência na busca pelo crescimento
constante, bem como estimular os que ainda não atingiram o referido grau de desempenho a
buscá-lo.
A progressão funcional ocorre a cada dois anos, sendo que neste período o mérito do servidor é
apurado mediante avaliação de desempenho, a qual determinará a sua elevação salarial. Vale
ressaltar que a elevação obtida pelo servidor com a progressão funcional não é uma
recomposição salarial, pois a recomposição visa apenas à reposição da perda do poder aquisitivo
em decorrência da inflação, enquanto a progressão funcional representa ganho real na
composição do salário.
Requisitos básicos exigidos durante os dois anos do período de progressão para que o
servidor participe do processo de avaliação:
Ø não haver se afastado do cargo por prisão judicial;
Ø não haver sofrido penalidade de suspensão;
Ø não haver faltado ao serviço sem justificativa por mais de 10 dias;
Ø não haver se afastado em licença sem vencimentos;
Ø não haver se afastado em licença para o serviço militar;
Ø não haver se afastado em licença para tratamento de saúde por período igual ou superior
a seis meses, contínuos ou não;
Ø não haver se afastado sem vencimentos para tratamento de saúde de pessoa família;
Ø não haver se afastado por acidente de trabalho ou doença profissional por período igual
ou superior a 12 meses;
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q obs: afastando-se por mais de 12 meses por acidente de trabalho, o servidor fará jus a
um nível por antiguidade.
Ø não haver se afastado para o exercício de mandato eletivo;
Ø não haver se afastado para o exercício de mandato classista;
q obs: afastando-se para o exercício de mandato classista fará jus a um nível por
antiguidade.
Ø não haver se afastado por licença compulsória;
Ø não haver permanecido à disposição de órgão público não-vinculado ao município, por
período igual ou superior a 30 dias, sem ônus para o município;
q obs: haver ficado à disposição de órgão não vinculado ao município com ônus, fará jus a
um nível (só por antiguidade).
COMO É O PROCEDIMENTO PARA OCORRÊNCIA DA PROGRESSÃO FUNCIONAL?
Da Constituição da Comissão Especial de Coordenação da Progressão
A Administração Municipal designará uma Comissão Especial composta por servidores municipais
estáveis que terá como função coordenar, orientar, fiscalizar e executar todo processo de
avaliação de desempenho, fornecendo todo suporte e subsídios necessários aos avaliadores para
que o processo transcorra dentro do que é estabelecido pela legislação municipal.
A partir de 1988, com a entrada em vigor da Constituição Federal, visando dotar o quadro de
pessoal com servidores que tivessem o perfil para o exercício de cargo público, procurando
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melhorar a eficiência dos serviços prestados pela Administração pública, foi estabelecido o
instituto do concurso público como exigência para acesso a cargo público.
Também como forma de seguir o princípio da eficiência, a Constituição Federal estabeleceu a
exigência de estágio probatório pelo período de três anos, com o fim de que aqueles servidores
que ingressarem no serviço público mediante concurso público comprovem a sua aptidão no
exercício do cargo público, mediante avaliação periódica de desempenho.
A partir de 1998, através da Emenda Constitucional 19, na busca contínua da eficiência na
Administração pública, houve o estabelecimento da exigência de avaliação periódica de
desempenho também para os servidores estáveis, que deverá ocorrer durante toda a vida
funcional do servidor público, com a previsão da perda do cargo público por insuficiência de
desempenho. A referida emenda exige regulamentação por lei específica, encontrando-se em
fase de tramitação no Congresso Nacional.
Assim, podemos verificar que vários são os institutos implementados pela nossa legislação na
busca da eficiência no serviço público, através da permanente avaliação de desempenho do
servidor, exigindo de nós servidores comprometimento no exercício da função pública e o
constante aperfeiçoamento de nossas habilidades.
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Planejamento e organização
Ø mantém sempre organizado o seu ambiente de trabalho, ferramentas, máquinas e
equipamentos;
Ø mantém sempre em ordem as suas atividades, organizando de forma a proporcionar um
melhor desenvolvimento dos serviços;
Ø planeja suas atividades, possibilitando o seu desenvolvimento dentro de prazos
aceitáveis, evitando atropelos de última hora;
Ø suas atividades são planejadas e organizadas de forma que a ocorrência de ausência ao
trabalho não chega a acarretar transtorno para a continuidade dos serviços;
Qualidade no atendimento
Ø presteza e agilidade com que atende aos usuários, aos contribuintes e à comunidade em
geral, dando resolução satisfatória para os problemas surgidos;
Ø Capacidade de relacionamento com contribuinte, usuários, chefia, colegas de trabalho,
mantendo sempre um ambiente harmonioso.
Iniciativa
Ø Iniciativa para buscar soluções para as situações imprevistas surgidas na rotina de
trabalho, apresentando resolução satisfatória;
Ø Iniciativa para propor inovações, melhorias, soluções e idéias que na prática resultem em
benefícios para o trabalho;
Dedicação, vontade e determinação.
Ø desempenho, entusiasmo, ânimo, com que desenvolve suas atividades;
Ø disposição com que se coloca a serviço da unidade de trabalho;
Ø Anseio demonstrado na busca dos objetos da unidade de trabalho;
Ø Perseverança demonstrada para atingir um fim proposto.
Espírito de cooperação e colaboração
Ø disposição com que se coloca o servidor para contribuir com a unidade de trabalho;
Ø comportamento do servidor ao ser solicitado seu auxílio ou colaboração nas atividades
gerais da unidade ou em atividades atribuídas a outro colega de trabalho;
Ø disposição para executar atividades independentemente de determinação,
acompanhamento ou cobrança da chefia;
Ø comportamento do servidor ao ser solicitado para colaborar em atividades
extraordinárias;
Conhecimento demonstrado na execução das atividades – capacidade de aplicar esses
conhecimentos
Ø grau de conhecimento do servidor na execução de suas atividades, buscando sempre a
reciclagem desses conhecimentos para manter-se atualizado;
Ø habilidade para aplicar esses conhecimentos na execução das atividades, bem como
repassar para outros colegas da unidade, atingindo resultados efetivos;
Ø utilização do conhecimento e da habilidade para solucionar os problemas rotineiros
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verificados no dia a dia e os problemas imprevistos de complexidade de resolução;
Produtividade e qualidade dos serviços
Ø capacidade de dar solução para os serviços sob sua responsabilidade dentro de prazos
estipulados ou considerados normais;
Ø busca constante de resultados para obtenção dos objetivos almejado pela unidade de
trabalho;
Ø Agilidade, rapidez com que manuseia ferramentas, máquinas, equipamentos utilizados na
execução de suas atividades, sendo fator de aumento de rendimento;
Ø Capricho, clareza, precisão, observância de padrões estabelecidos verificados no
resultados finais dos trabalhos, sem que haja queda de produção;
Responsabilidade
Ø capacidade de assumir as consequências de seus atos e atitudes;
Ø disciplina e respeito na observância das normas estabelecidas para o servidor público e
pela unidade de trabalho, tais como: cumprimento de horários, não ter faltas sem
justificativa, utilização correta do vale transporte, equipamento de segurança,
documento de identificação, uniformes, etc;
Ø capacidade de responder pelos compromissos assumidos;
Ø cuidado demonstrado com aquilo que é colocado sob sua responsabilidade;
Ø cumprimento de tarefas com entrega em data determinada dentro dos prazos;
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estabelecimento de justiça, onde os servidores com o melhor
desempenho/comportamento obterão pontuação acima dos demais;
motivação daqueles que apresentam maior potencial, estimulando o servidor a cada dia a
ter um envolvimento maior com suas atividades, pois se sentirá valorizado, trazendo
resultados cada vez mais positivos para a unidade administrativa;
demonstração para o servidor que ainda não atingiu a performance adequada para a
execução das atividades, sobre quais os pontos que apresentam deficiências e que
necessitam de correção do comportamento/desempenho;
o resultado da avaliação constituirá um instrumento de fundamental importância para
que a chefia imediata dê um “feedback” para o servidor sobre as deficiências apresentadas,
orientando-o no sentido de corrigi-las;
Quando se faz uma avaliação que não condiz com o real desempenho do servidor, trará
consequências prejudiciais para a unidade de trabalho, resultando em:
estabelecimento de injustiça nos locais de trabalho, com a padronização de pontuação
entre os servidores de maior e menor potencial;
desmotivação dos servidores que apresentam maior potencial, provocando desestímulo do
profissional, havendo uma mudança de postura de sua parte e queda no rendimento,
trazendo sérios prejuízos para o serviço público;
O servidor que tem comportamento/desempenho inferior, que no entanto foi avaliado
com pontuação igual aos de maior potencial, será colocado na condição de excelente
servidor, com a tendência de piorar ainda mais seu comportamento/desempenho, pois terá
a impressão de que não precisa mudar em nada;
a sub-comissão, e principalmente o superior hierárquico, perderá a confiança e o respeito
por parte dos demais servidores devido a sua atitude omissiva e negligente, ficando
desmoralizado para cobrar disciplina e cumprimento das obrigações, havendo resistência
quando o fizer;
perda dos objetivos estabelecidos por um plano de carreira, que é estabelecer a
valorização do servidor público, através de seus próprios méritos, estimulando-o a cada vez
mais melhorar seu desempenho, aperfeiçoar-se e perceber que está tendo seu esforço
reconhecido;
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Art. 169. (Lei Complementar 239/98) - São deveres do funcionário
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
II - ser leal às instituições a que servir;
III - observar normas legais e regulamentares;
VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades que tiver ciência em razão
do cargo;
IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
XV - representar contra a ilegalidade ou abuso de poder;
Art. 199 (Lei Complementar 239/98) – A autoridade que tiver ciência de irregularidade no
serviço público é obrigada, sob pena de tornar-se co-responsável, a promover a sua apuração
imediata, mediante processo administrativo, assegurando ao acusado a ampla defesa e/ou
contraditório.
Qual o procedimento deverá ser adotado pela sub-comissão quando houver divergência em
relação à nota a ser atribuída ao avaliado?
Conforme podemos verificar na legislação que disciplina a vida do servidor público (Lei
Complementar 239/98 – Estatuto dos Servidores Municipais de Maringá), a atribuição de uma
avaliação criteriosa, observando o real desempenho do avaliado, é responsabilidade não só da
chefia imediata, mas de todos os membros da subcomissão; portanto, no decorrer da avaliação
podem surgir divergências entre os membros da sub-comissão sobre a nota a ser atribuída ao
avaliado, o que é perfeitamente normal dentro de um processo de avaliação. Assim, quando essa
divergência não for tão significativa, os membros deverão ponderar entre si para se chegar a um
consenso e eliminar o impasse surgido; no entanto, poderão ocorrer situações que as
divergências são tão significativas que não permitirão o consenso entre os membros. Desta
forma, ocorrendo tal situação, o membro ou membros discordantes deverão encaminhar
relatório em separado relatando quais os fatores de discordância, bem como a fundamentação
que justifica a divergência para que a Comissão Especial possa ter subsídios para tomar as
devidas providências.
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Depois de efetivada a avaliação de desempenho, a sub-comissão deverá comunicar ao servidor a
pontuação que lhe foi atribuída, sendo um momento de fundamental importância para os
objetivos a que se destina o processo, qual seja, de esclarecer ao servidor qual é o
comportamento/desempenho que se deseja e se espera, quais são seus méritos e a importância
de seu empenho para o serviço público, a necessidade da busca constante da melhoria na
prestação dos serviços, quais são as deficiências do servidor, quais os caminhos a seguir para a
correção dessas deficiências. A sub-comissão deverá observar os seguintes cuidados neste
momento:
Ø repasse o resultado da avaliação individualmente a cada servidor, sempre em local que
não o exponha;
Ø seja objetivo, claro e preciso;
Ø deixe o avaliado à vontade, não o ataque com lições de moral;
Ø converse com calma e abertamente;
Ø ouça com atenção as justificativas do avaliado;
Ø respeite as diferenças de opinião, mas seja firme ao expressar e justificar a opinião da
sub-comissão;
Ø de orientação quanto às medidas corretivas das deficiências de
desempenho/comportamento apresentada pela avaliado.
Após dar ciência ao avaliado, oriente-o de que em caso de não concordar com a pontuação
recebida poderá ingressar com pedido de reconsideração, o qual terá o prazo de cinco dias úteis
para apresentá-lo à própria sub-comissão, devendo constar no referido pedido quais os fatores
de discordância do avaliado, bem como a fundamentação individualizada de cada fator
demonstrando o seu inconformismo.
A sub-comissão, ao receber o pedido de reconsideração, deverá datar o recebimento do mesmo
para verificar posteriormente se está dentro do prazo legal de cinco dias úteis estabelecido para
que o avaliado o apresente.
As avaliações que não apresentarem pedido de reconsideração no prazo de cinco dias deverão ser
encaminhadas para as chefias de expediente das respectivas Secretarias, as quais as
encaminharão para a Comissão Especial de Progressão.
O parecer ao pedido de reconsideração deverá ser analisado no prazo de cinco dias úteis, em
conjunto por toda a sub-comissão, primeiro, verificando se o pedido foi entregue dentro do
prazo legal (cinco dias, a partir da ciência do avaliado), indeferindo-o se não atender esse
requisito. Na seqüência deverá ser avaliado o mérito do pedido e ser respondido de forma
fundamentada, fator por fator de avaliação apontado pelo avaliado, justificando o
posicionamento da sub-comissão.
OBS 1: A ficha de avaliação não poderá conter qualquer rasura ou ser utilizado qualquer espécie
de corretivo, não sendo aceita pela Comissão Especial a que apresentar essas condições.
OBS 2: O parecer ao pedido de reconsideração deverá ser efetuado em uma folha anexa ao
pedido de reconsideração, não podendo a sub-comissão, de forma nenhuma, efetuar alteração
das notas originais diretamente na ficha de avaliação.
Lembre-se: O deferimento do pedido de revisão da pontuação atribuída ao avaliado só deverá
ocorrer quando comprovadamente restar caracterizada falha por parte da sub-comissão na
avaliação original do servidor.
Após dar o parecer, a sub-comissão deverá encaminhar a avaliação de desempenho, junto com o
pedido de reconsideração, para análise e parecer da Comissão Especial de Progressão.
A Comissão Especial analisará, individualmente, todas as avaliações, os pedidos de
reconsideração, as observações efetuadas pelas sub-comissões, as respostas aos pedidos de
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reconsideração, podendo convocar os membros da sub-comissão para prestarem esclarecimentos
sobre uma avaliação específica ou sobre todas as avaliações efetivadas.
A Comissão Especial, após análise do pedido de reconsideração, dará ciência ao avaliado
indicando o resultado final de seu pedido de reconsideração.
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