Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Operador de
Empilhadeira
1
emprego
transporte
1
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Geraldo Alckmin
Governador
Cláudio Valverde
Secretário-Adjunto
Maurício Juvenal
Chefe de Gabinete
Agradecemos aos seguintes profissionais e instituições que colaboraram na produção deste material:
Coparts Com. de Peças e Serviços Ltda, DiCico, Jesus Inácio Bueno, Nacco Materials Handling Group Brasil,
Pallets de Paula, Saur Equipamentos, Sest-Senat Santo André e Somov
Caro(a) Trabalhador(a)
CDD: 331.12513884
FICHA CATALOGRÁFICA
Tatiane Silva Massucato Arias - CRB-8/7262
Unidade 1
Quando tudo começou?
© Dmitry Kalinovsky/123RF
Você acaba de começar um curso de qualificação profissional
de operador de empilhadeira. Parabéns por sua iniciativa!
Agora, o primeiro passo é estar aberto para a construção de
novas aprendizagens, pois todos somos capazes de aprender e,
independentemente de nossas experiências passadas, sempre
é tempo de recomeçar.
Atividade 1
Para começo de conversa
O trabalho
O trabalho é uma atividade humana por meio da qual se transforma a natureza.
Por meio do trabalho, o homem modifica a natureza em seu benefício quando, por
exemplo, cultiva a terra e produz alimentos, faz da madeira um móvel, do barro um
utensílio, do algodão, tecido e assim por diante. Essa capacidade humana de trans-
formar a natureza também nos transforma.
Atividade 2
A transformação da natureza
© Fabio Colombini
Atividade 3
A capacidade de planejar
2. Você mudaria a sua resposta da Atividade 2 depois da leitura desse texto? Por quê?
A necessidade de armazenar
O ato de armazenar representou um momento importante na história da hu-
manidade. Antes de dominar essa técnica, os povos eram nômades, ou seja, não
viviam em um lugar fixo, estavam sempre mudando de um lugar para outro.
Quando as condições de subsistência (sustento) se esgotavam, eles partiam em
busca de um novo espaço.
Contudo, quando o homem começou a se dedicar à agricultura, ele passou a plan-
tar, colher e armazenar para o consumo próprio e esse domínio possibilitou que os
povos começassem a viver em um só lugar, deixando de ser nômades.
Esse aprendizado foi essencial, pois a partir dele o homem passou a identificar os
períodos de plantio, de colheita farta e de escassez e, dessa forma, começou a esto-
car alimentos para o próprio consumo futuro. Assim não precisaria buscar outro
lugar para viver, nem passaria fome.
Ao trabalhar, o homem foi transformando a natureza com a finalidade de atender
às suas necessidades. A princípio, para sua subsistência, ele aprendeu a caçar e a
coletar frutos. Porém, com o tempo, suas necessidades evoluíram. Ao mesmo tem-
po que foi aperfeiçoando sua capacidade de transformação da natureza, o homem
desenvolveu instrumentos que favoreceram a realização de seu trabalho. Desse modo,
foram sendo criados os meios de trabalho, que também permitiam o aprimoramen-
to das técnicas de plantio, de colheita e de criação de animais.
© Bettmann/Corbis/Latinstock
O verdadeiro avanço tecnológico alcançado pelo ser humano e que viria a revolu-
cionar os meios de locomoção terrestre foi a invenção da roda. Estudos indicam
que ela teria surgido antes de 3 500 a.C. (antes de Cristo), na Mesopotâmia, região
na qual hoje se localiza o Iraque. Essa primeira roda era constituída por três
tábuas, presas por suportes cruzados, de modo que a tábua central possuía um
furo no nó da madeira. Apesar de rudimentar, ela permitiu a criação de instru-
mentos puxados por animais, ao estilo das carroças.
Com a invenção da roda, nossos ancestrais conseguiram tornar o transporte terres-
tre mais rápido e fácil. Aliada à domesticação de animais e ao uso da tração animal,
ela permitiu o transporte por longas distâncias, não só de carga como das próprias
pessoas. O fluxo de pessoas e produtos que então se criou favoreceria o crescimento
dos primeiros ajuntamentos humanos transformando-os em povoados maiores.
A roda também foi usada em contextos de guerra. Na Mesopotâmia, onde os
conflitos eram constantes, os soldados dos exércitos derrotados que sobreviviam
às batalhas eram, com suas famílias, transformados em escravos e transportados
pelos vencedores em uma espécie de carroça dotada de rodas com aros.
© Bridgeman Images/Keystone
© Corbis/Latinstock
Modelo de transporte em cerâmica, utilizando roda e Fragmento de relevo que retrata prisioneiros de guerra, do
sendo puxado por animais. Essa peça está no Museu palácio de Assurbanípal em Nínive, na Mesopotâmia.
Karachi, no Paquistão.
© Imagem do acervo do Projeto Portinari - Reprodução autorizada por João Cândido Portinari
Candido Portinari. Café, 1935. Óleo sobre tela, 130 cm × 195 cm.
e) Como você acredita que o café é transportado da lavoura para os armazéns nos
dias atuais?
© Portal de Mapas
PARÁ
Curionópolis
660 km
A 1a Revolução Industrial
Quando se fala em revolução, com frequência associamos a palavra a algum acon-
tecimento muito conturbado. Pense nas situações em que você emprega essa palavra
no dia a dia. Alguns a utilizam para expressar confusão: um dia de mudança, águas
das chuvas invadindo a casa, um dia de greve nos transportes etc.
Mas quando nos referimos a um acontecimento histórico, a palavra revolução in-
dica um fenômeno que alterou profundamente a sociedade, que causou grandes
mudanças em vários aspectos da vida cotidiana, na política, na economia, na cul-
tura e na relação entre as pessoas.
A 1a Revolução Industrial aconteceu no século XVIII (18), na Inglaterra, região
europeia rica em carvão mineral e ferro. Nesse período, a utilização de máqui-
nas causou muitas mudanças na economia, no modo de vida das pessoas, na
política, nas artes e também na organização do trabalho. Antes disso, no mo-
delo artesanal, o trabalhador acompanhava todo o processo de produção.
© sampics/Corbis/Latinstock
Se tiver oportunidade, faça uma busca na internet e assista à abertura dos Jogos Olímpicos de 2012, em
Londres, na Inglaterra. Ela apresentou a transformação daquele país quando o campo deu lugar às cha-
minés e os agricultores se transformaram em operários.
Com as máquinas, o trabalho, antes realizado do começo ao fim por uma mesma
pessoa, passou a ser dividido em etapas: surgiu assim a divisão do trabalho e o
trabalho especializado.
© Album Art/Latinstock
Jean-François Millet. Um joeireiro, c. 1848. Jean-François Millet. Plantadores de batata, c. 1861. Óleo sobre tela,
Óleo sobre tela, 79,5 cm × 58,5 cm. 82,5 cm × 101,3 cm.
O ser humano sempre procurou ampliar ou substituir sua força pelo uso de instrumentos e pelo uso das forças de que dispunha na
natureza: os animais, as águas e os ventos. Foi seguindo esse caminho que ele inventou máquinas e, em consequência, criou as indústrias.
Imagem superior esquerda: Julien Dupré. Camponesa e feno, século XIX (19). Óleo sobre tela, 60,4 cm × 73 cm. Imagem inferior:
A pithead [Entrada de mina], c. 1800. Óleo sobre tela, 95,5 cm × 153 cm.
© Bettmann/Corbis/Latinstock
800 km
© Mary Evans/Diomedia
Trabalho infantil na Revolução Industrial. Movimento ludista.
Atividade 6
M aquinaria e emprego
Antes do Com o
Produtividade: “Resultado taylorismo taylorismo
da divisão da produção física
obtida numa unidade de tem- Número de
75 75
po (hora, dia, ano) por um carregadores
dos fatores empregados na
produção (trabalho, terra, ca- Toneladas
12,5 47
pital). Em termos globais, a transportadas por dia
produtividade expressa a uti-
lização eficiente dos recursos
produtivos, tendo em vista Como Taylor conseguiu aumentar a produtividade?
alcançar a máxima produção
na menor unidade de tempo Segundo ele, uns planejam e outros executam o trabalho,
e com os menores custos.”
SANDRONI, Paulo. Dicionário
ou seja, Taylor compreendia que alguns eram destinados
de economia do século XXI. a pensar e outros a executar. Por isso, havia a divisão
8. ed. revista e ampliada. Rio de
Janeiro: Editora Record, 2014. entre os que pensavam como carregar as barras e os que
p. 694.
só utilizavam a força física.
Atividade 7
S chmidt e Taylor
1. Leia, a seguir, o diálogo de Taylor com Schmidt, o trabalhador que ele pretendia
selecionar. Esse diálogo foi retirado do livro Princípios de administração científi-
ca, que teve sua primeira edição publicada em 1911.
– Se quero ganhar $ 1,85 dólar por dia? Isto é que quer dizer um ope-
rário classificado? Então, sou um operário classificado.
– Ora, você me irrita. Naturalmente que deseja ganhar $ 1,85 por dia;
todos o desejam. Você sabe perfeitamente que isso não é bastante
para fazer um operário classificado. Por favor, procure responder às
minhas perguntas e não me faça perder tempo. Venha comigo. Vê
esta pilha de barras de ferro?
– Sim.
– Vê este vagão?
– Sim.
– Bem, vou ganhar $ 1,85 dólar para pôr todas estas barras de ferro
no vagão, amanhã?
– Isso mesmo.
– Devagar. Você sabe, tão bem quanto eu, que um operário classifi-
cado deve fazer exatamente o que se lhe disser desde manhã à noite.
Conhece você aquele homem ali?
c) Volte ao texto Como era essa organização?. O que você achou das características
valorizadas por Taylor no operário “ideal” para a tarefa a ser executada?
Ora, o único homem, entre oito, capaz de fazer o trabalho, não tinha
em nenhum sentido característica de superioridade sobre os outros.
Apenas era um homem tipo bovino – espécime difícil de encontrar e,
assim, muito valorizado. Era tão estúpido quanto incapaz de realizar
a maior parte dos trabalhos pesados. A seleção, então, não consistiu
em achar homens extraordinários, mas simplesmente em escolher
entre homens comuns os poucos especialmente apropriados para o
tipo de trabalho em vista.
TAYLOR, Frederick W. Princípios de administração científica.
8. ed. São Paulo: Atlas, 1990. p. 54-5.
Toneladas médias/dia/homem 16 59
Custo do
carregamento/tonelada
us$ 0,072 us$ 0,033
Fonte: TAYLOR, Frederick W. Princípios de administração científica. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1990.
Atividade 8
Taylorismo hoje?
Como vocês puderam observar, o fenômeno da redução de pessoal não é novo, pois
esse é um dos motores que sustentam o capitalismo. Em outras palavras, diminuir
custos é um dos pilares para a acumulação de capital.
1. Em grupo, discutam:
a) Quais são, na opinião do grupo, os aspectos mais importantes na lógica de tra-
balho elaborada por Taylor?
Tempo de montagem
Etapas
de um veículo
Antes do taylorismo 12 horas e 30 minutos
Cena do filme Tempos modernos, de Charlie Chaplin (Estados Unidos da América, 1936).
Diego Rivera. Indústria de Detroit (ou Homem e máquina), parede norte, 1932-3. Afresco, Instituto de Artes de Detroit,
Estados Unidos.
O sentido do trabalho
Como foi estudado, o fordismo nasceu nos Estados Unidos
da América, motivado pelos mesmos princípios de Taylor.
Os operários, no entanto, percebiam que cada vez mais
executavam um trabalho mecanizado e sem qualificação.
Com isso, eles passaram a optar por outras atividades que
ainda garantissem maior envolvimento com o trabalho.
Nem sempre foi assim. Durante a 1a Revolução Industrial, não havia limite para a jornada
diária de trabalho. Mesmo as crianças trabalhavam 14, 16 horas por dia.
Foi em 1919 que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) estabeleceu uma convenção
que limitava a jornada de trabalho a 8 horas diárias e a jornada semanal a 48 horas.
No Brasil, foram necessárias diversas lutas sindicais, iniciadas no século XIX (19), para a
conquista das 8 horas diárias. No entanto, foi apenas em 1934 que a Constituição determinou
a jornada de trabalho de 8 horas diárias ou 48 semanais.
Atualmente, a jornada semanal de trabalho definida pela Constituição Federal de 1988 é de
44 horas. Esse tema está sendo debatido na atualidade, pois há forte pressão para que a
jornada legal seja limitada a 40 horas.
Na França, por exemplo, no auge da crise do emprego na década de 1980, o governo determinou
a redução da jornada de trabalho semanal para 35 horas, com o intuito de criar mais empregos.
Fonte: DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS
SOCIOECONÔMICOS (DIEESE). Redução da jornada de trabalho no Brasil. Nota
Técnica, n. 16, mar. 2006. Disponível em: <http://www.dieese.org.br/
notatecnica/2006/notatec16ReducaoDaJornada.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2015.
1 Situação normal
2 Situação intermediária
3 Situação crítica
No kanban, a produção orienta-se pelo quadro de cartões coloridos. Na primeira situação (linha 1), no quadro, há apenas o cartão
verde, pois os demais cartões estão com os produtos no estoque (estoque cheio) – isso indica que não é necessário produzir. Na
segunda situação (linha 2), o último cartão do quadro é o amarelo, mostrando que o estoque está em situação mediana e que a
produção é necessária. Na terceira situação (linha 3), o último cartão do quadro é o vermelho: o estoque está desabastecido e é
preciso produzir com urgência.
Fordismo Toyotismo
Fonte: SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sdect). Educação de Jovens e Adultos
(EJA) – Mundo do Trabalho. Geografia, História e Trabalho: 9º ano/4º termo do Ensino Fundamental. São Paulo: Sdect, 2013.
© Hudson Calasans
Esse conjunto de mudanças, que nos países desenvolvidos – como Estados Unidos,
França, Alemanha e Japão – aconteceu com mais intensidade nos anos 1980, chegou
com força ao Brasil na década de 1990. Pelas características históricas do País, que
concede amplos benefícios ao capital privado, as mudanças aconteceram de forma
mais objetiva para as empresas movidas pela busca da redução de custo e do au-
mento da competitividade. A corda rompeu-se do lado dos trabalhadores, que foram
demitidos em massa.
Se a ordem era a redução de custos, as empresas adotaram também a terceirização
de várias etapas da produção.
Fonte: SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia
(Sdect). Educação de Jovens e Adultos (EJA) – Mundo do Trabalho. Geografia, História e
Trabalho: 9º ano/4º termo do Ensino Fundamental. São Paulo: Sdect, 2013.
Atividade 10
O sistema organizacional do trabalho
Essa atividade traz questões relacionadas ao tema que estamos estudando e que apa-
receram em vestibulares ou provas de concurso. Vamos testar seus conhecimentos?
Atividade 11
Tirinha em questão
2. Você considera importante conhecer bem sua atividade profissional? Por quê?
Atividade 1
Tudo muda o tempo todo
Atividade 2
Tinha uma pedra no meio do caminho
Mudar não é fácil, toda mudança envolve momentos de insegurança e medo, mas
também nos ajuda a crescer e avançar. Leia, a seguir, o poema de Carlos Drummond
de Andrade (1902-1987), um dos grandes poetas brasileiros.
2. Que sentimentos ele despertou em você? No que ele faz você pensar?
Agora que você já registrou os fatos mais marcantes da sua vida, pense nas suas
experiências profissionais. Procure se lembrar de todas elas e registre na tabela a
seguir o que precisou fazer nesse(s) trabalho(s), o que você já sabia e o que preci-
sou aprender.
Atividade 3
R ecordar é viver
1. Pensando nas experiências profissionais que você já teve, quais foram as “pedras
no caminho”? Qual experiência você considerou a mais difícil e por quê?
Atividade 4
C ompartilhando experiências
1. Leia ou, se possível, aprecie a canção a seguir, que foi gravada também pelo
grupo Roupa Nova:
O sal da terra
Beto Guedes e Ronaldo Bastos
3. Pense na ocupação que estamos estudando: Que outros profissionais você acha
que atuam junto ao operador de empilhadeira?
Você sabia?
A descrição de cada
ocupação da CBO é feita
pelos próprios trabalhado-
res. Dessa forma, temos a
garantia de que as infor-
mações vêm de quem
atua no ramo e, portanto,
O que diz o Ministério do Trabalho e
conhece bem a ocupação. Emprego sobre a ocupação de operador
Você pode consultar esse
documento na íntegra
de empilhadeira
acessando o site da CBO.
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) produz
Disponível em: <http://www.mtec
bo.gov.br>. Acesso em: 20 mar. um documento conhecido como Classificação Brasileira
2015.
de Ocupações (CBO). Nesse documento é possível
Formação e experiência
Atividade 7
O que eu preciso saber
Certificar-se para
movimentação de cargas
especiais
Para saber mais sobre o que é preciso
Saber interpretar códigos para exercer a função de operador de
para movimentação de empilhadeira e conhecer alguns dos
principais procedimentos para
cargas conduzir esse equipamento, assista
aos vídeos da ocupação.
Disponível em: <http://www.viarapida.
Demonstrar confiabilidade sp.gov.br>. Acesso em: 20 mar. 2015.
no desenvolvimento de
seu trabalho
Ter iniciativa
Demonstrar destreza
manual
Trabalhar em equipe
Fonte: BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Classificação Brasileira de Ocupações
(CBO). Disponível em: <http://www.mtecbo.gov.br>. Acesso em: 20 mar. 2015.
© Mario Henrique/Latinstock
Um chamado João
Projetava na gravatinha
a quinta face das coisas,
inenarrável narrada?
Um estranho chamado João
para disfarçar, para farçar
o que não ousamos compreender?
Tinha pastos, buritis plantados
no apartamento?
no peito?
Vegetal ele era ou passarinho
sob a robusta ossatura com pinta
de boi risonho?
Atividade 1
C onhecendo sua atividade
4. Para quais anúncios você estaria qualificado? Qual escolheria? Justifique sua
resposta.
5. Agora, discuta suas respostas com seu monitor e com seus colegas.
Coletor de dados
Como você pôde constatar pela lista de atividades, o
operador de empilhadeira não só é responsável por diri-
gir a empilhadeira, mas também possui atribuições que
vão além disso. Para dar conta de tantas funções, ele
conta com alguns equipamentos facilitadores. Um deles
é o coletor de dados, instrumento de trabalho indispen-
sável para esse profissional.
66 A rco Oc upacio nal T r a n s p o rt e O p e r a d o r de Empilhadeira 1
© Mario Henrique/Latinstock
O coletor de dados é um aparelho utilizado em diversos segmentos. Por sua versa-
tilidade, é utilizado em empresas de fornecimento de energia elétrica, de gás, em
bares, restaurantes, empresas farmacêuticas etc. Aliado da organização, necessária
a todo profissional, esse equipamento efetua a coleta de informações, auxiliando o
operador de empilhadeira a fazer a transferência dos paletes para diversas áreas,
separar as cargas e também armazenar todos os produtos que chegam ao local de
trabalho, podendo fazer o controle e o recebimento de produtos.
A coleta dos dados é feita por meio da leitura do código de barras ou manual-
mente, digitando o número referente ao produto no teclado do aparelho. Todas
as informações digitadas são armazenadas na memória do coletor e posterior-
mente transmitidas ao terminal de informações, que pode ser um computador
ou um microterminal. A transmissão pode ser por meio de cabo, wi-fi, infraver-
melho ou bluetooth.
Os códigos de barras vieram para agilizar as transações bancárias, o armazena-
mento e a venda de produtos em um supermercado, por exemplo. Sua representação
gráfica é uma sequência de barras para leitura feita por equipamentos. Eles estão
impressos em embalagens de produtos, em contas de luz e de água, em boletos
bancários etc.
© kmitu/123RF
Atividade 3
Um pouco sobre os códigos de barras
1. Você já reparou nos códigos de barras que há nos produtos que usa no dia a dia?
Já parou para pensar o que os números que acompanham esse código podem
representar? Escreva a sua opinião nas linhas a seguir.
Creme dental
Gelatina
Arroz
Refrigerante
Papel higiênico
Código do
Prefixo do país Código do produto Dígito de controle
fabricante
XXX FFFF PPPPP D
... que localiza os dados do ... que são transmitidos para a tela do
produto em um arquivo... computador ou para a impressora.
Recursos de trabalho
* Empilhadeira
* Elevador
* Telefone
* Calibrador
* Jogo de chaves combinadas
Cabo de força
Tifor
* Alongador
* Cabo de aço
Alavanca
Ship-loader (fala-se “chip louder”)
Transtainer (fala-se “transteiner”)
Atividade 4
E studo do meio
Por mil anos, a Europa dividida em feudos foi controlada pela Igreja
e por nobres. A Idade Média moldou o continente que dominaria o
planeta, mas a vida era dura
Durante mil anos, no período conhecido como Idade Média – entre os séculos V (5)
e XV (15) –, 90% da população da Europa viveu dessa forma. Homens e mulheres
tinham uma vida com características muito parecidas em razão das relações estabe-
lecidas em determinado contexto social, político e econômico.
As ricas horas do duque de Berry é considerado um dos mais finos e luxuosos manuscritos medievais.
Seus autores, os três irmãos Limbourg – Paul, Hermann e Jean –, eram artistas flamengos e foram
contratados pelo duque de Berry por volta de 1405. Essa iluminura (tipo de ilustração comum na Idade
Média) mostra setembro, o período da colheita das uvas ao redor do castelo de Saumur.
Atividade 1
A rotina de cada dia ...
1. E como é hoje? Pense em você, em seu dia a dia. Escreva nas linhas a seguir, de
forma objetiva, como é um dia “normal” em sua vida desde o momento em que
acorda até a hora em que vai dormir.
Pois bem, é pensando na perspectiva apontada por Madalena Freire que queremos
conversar com você sobre rotinas básicas no setor de movimentação de cargas.
Ainda que as tarefas exercidas pelos operadores de empilhadeiras sejam habituais e
exercidas com regularidade, elas não precisam ser alienantes e mecânicas, não acha?
A atenção e o cuidado na realização das tarefas têm estreita ligação com a maior ou
a menor consciência da importância e do sentido dessas tarefas durante a sua reali-
zação. Ou seja, se o trabalhador sabe o que tem de fazer, sabe por que e para que
tem de fazer, quais são os riscos do seu fazer, provavelmente ele terá maiores opor-
tunidades de planejar suas tarefas, organizar seu tempo e seus compromissos e
cumprir suas atividades de forma mais estruturada e responsável.
1. Escreva algumas das atividades que você imagina ou que já sabe serem específi-
cas da função do operador de empilhadeira.
4. Compare as atividades que você escreveu no exercício 1 com aquelas que você
identificou na entrevista do Rodrigo e escreveu no exercício 3. Você descobriu
alguma atividade nova realizada pelo operador de empilhadeira?
© Mario Henrique/Latinstock
Operadores de empilhadeira e suas atividades
Segundo a CBO, as funções do operador de empilhadeira compreendem seis áreas de
atividades:
• preparar movimentações de carga;
• movimentar carga;
• organizar ambiente de trabalho;
• organizar carga;
• realizar manutenções previstas em equipamentos para movimentação de cargas;
• trabalhar com segurança.
Conforme aprendemos na Unidade 3, a própria CBO detalha cada uma dessas áreas
com tarefas bem específicas.
Para realizar essas tarefas de maneira consciente, é fundamental que o operador de
empilhadeira conheça bem sua ordem de serviço e saiba interpretar corretamente os
símbolos estampados nas embalagens.
Símbolo Significado
Vazio
OXIDANTE
Substância oxidante e peróxido orgânico
5.1 5.2
Substância radioativa
Gás comprimido
Substância corrosiva
Símbolo Significado
Animais vivos
Empilhamento máximo
Substância inflamável
Substância infectante
Frágil
Içamento
Centro de gravidade
Símbolo Significado
Substância explosiva
Mercadoria perecível
Reúna-se com três colegas para trocar ideias e conversar sobre as áreas de atividades
e as tarefas descritas na CBO que o operador de empilhadeira deve realizar.
A seguir, você encontrará uma lista com as áreas de atividades representadas por
cores e também um quadro com as tarefas previstas para o operador de empilha-
deira. Estabeleçam a correspondência correta entre as áreas de atividades (cores) e
cada item do quadro, pintando cada tarefa com uma cor.
Movimentar carga
Organizar carga
Monitorar condições de
Carregar carga conforme Carregar o equipamento de funcionamento do
programação acordo com sua capacidade equipamento durante a
operação
Testar funcionamento de
Identificar disfunções e avarias Ajustar equipamentos
equipamentos
Atividade 1
A cionando conhecimentos
Você sabia?
Em espanhol, as empi-
lhadeiras são denomina-
das montacargas, em
inglês, forklift truck (fala-
-se “fork lifit trâk”). Em grupo, façam um levantamento dos tipos de empi-
lhadeira que vocês conhecem e dos lugares onde já viram
uma empilhadeira sendo utilizada.
Atividade 2
P esquisando a invenção da empilhadeira
Torre de elevação
Motor que
faz a tração
Garfo
© Alex Varlakov/123RF
Torre de elevação
Força motriz
Garfo
• Empilhadeiras manuais: são
© Saur
© Vereshchagin Dmitry/123RF
© Mario Henrique/Latinstock
Dicionário da empilhadeira
Conhecer cada componente de uma empilhadeira está entre os saberes que todo
operador desse equipamento precisa ter, pois esse conhecimento favorecerá tanto a
condução quanto a manutenção da empilhadeira.
© Mario Henrique/Latinstock
Cilindro
de gás
Compartimento
do motor
Protetor de carga
Contrapeso
Garfo/lança
Chassi
Alavanca de câmbio
Mecanismo utilizado na alteração da velocidade e direção da empilhadeira (frente
e ré). A função principal do câmbio é determinar a força que o motor oferece à
empilhadeira, de acordo com a intensidade com que o operador pressiona o pedal.
As possibilidades de condução da alavanca estão afixadas no veículo.
Caixa de mudanças
Agrupa as engrenagens utilizadas na alteração de velocidade e no sentido de direção
da empilhadeira. Além disso, por meio desse instrumento, é possível alterar a velo-
cidade e a direção.
Carregadores de bateria
Os carregadores de bateria são responsáveis por mantê-las com a carga necessária.
Portanto, eles devem estar sempre regulados.
Para isso, é de suma importância verificar com frequência as condições de funcio-
namento dos carregadores, pois qualquer inadequação poderá reduzir o tempo de
vida útil da bateria.
Chassi
Também chamado de carcaça, é o “esqueleto” da empilhadeira. Geralmente é
constituído de ferro fundido. Funciona como proteção aos outros elementos, assim
como contrapeso para a carga.
© Mario Henrique/Latinstock
Console de controle
Nele estão reunidos todos os comandos que servem para determinar o sentido de
direção do veículo e também o direcionamento tanto das torres quanto dos garfos
da empilhadeira.
Contrapeso ou lastro
Compõe a própria estrutura da empilhadeira. Posto na traseira, auxilia no equilíbrio,
principalmente quando o equipamento está carregado, evitando seu tombamento.
© Mario Henrique/Latinstock
Filtro de ar
Esse equipamento é responsável por filtrar o ar usado pelo motor ao entrar em
funcionamento.
© Mario Henrique/Latinstock
© Saur
Clamps
Podemos aumentar o tamanho dos garfos da empilhadeira. Isso mesmo! Com alongadores de garfos
(também chamados garfos telescópicos ou luvas de prolongamento). Esses acessórios, quando acoplados
às lanças já existentes, permitem seu alongamento a fim de manusear cargas compridas ou que estejam
mais afastadas. É necessária muita cautela ao utilizá-los, pois existe um modelo específico para cada
empilhadeira. Portanto, é imprescindível considerar o modelo da empilhadeira, o comprimento do garfo
existente e o peso da carga a ser transportada. Se esses cuidados não forem considerados, a segurança
do operador e da carga pode ser comprometida.
© Saur
Painel de instrumentos
O painel de instrumentos indica as condições de funcionamento de alguns elemen-
tos essenciais da empilhadeira, tais como luzes indicadoras de temperatura alta,
pressão do óleo, problemas nos freios, horímetro, carga de bateria, combustível,
fluidos dos freios etc. Caso o operador perceba algum problema com o painel de
instrumentos, ele deverá, primeiro, desligar o veículo e, depois, verificar quais são
as providências necessárias para sanar o problema.
© Mario Henrique/Latinstock
© Mario Henrique/Latinstock
Pedal de velocidade
e direção: para trás
Pedal de velocidade
e direção: para frente
Freio
Freio de
estacionamento Acelerador
© Mario Henrique/Latinstock
Neutralizador de Freio de pé
torque (embreagem)
© Paletrans
Placa de identificação
Nessa placa você encontrará data de fabricação, número do modelo, classe, código,
capacidade de levantamento, modelo de motor, configuração e peso bruto do veí-
culo, assim como a especificação do centro de carga e a carga suportada, dos quais
falaremos adiante.
Pneus
Eles possibilitam os movimentos da empilhadeira, garantindo melhor desempenho
e estabilidade durante os deslocamentos. É importante que o pneu seja adequado
para cada tipo de empilhadeira e para o piso do local onde ela será utilizada, pois
a escolha incorreta dos pneus pode diminuir sua vida útil. Existem hoje no mer-
cado três tipos de pneu para empilhadeira: pneumático, de borracha maciça e de
poliuretano.
As principais características dos pneus pneumáticos são a durabilidade e a
resistência, o que favorece o deslocamento da empilhadeira em pisos abrasivos.
Esses pneus são feitos de borracha densa e possuem também câmaras de ar em
seu interior.
Roda de tração
Garante o movimento, a frenagem e também o direcionamento do veículo.
Roda-livre
Rodagem que auxilia no apoio e no equilíbrio da empilhadeira.
Sapata de suporte
É a base de apoio para a empilhadeira.
Sistema elétrico
É constituído por: motor de partida, bateria, velas, gerador, instrumentos do painel
de controle, lâmpadas, motor elétrico, alternador e distribuidor, entre outros. É um
dos elementos mais importantes para a empilhadeira, pois, além de possibilitar seu
funcionamento inicial por meio da partida, é responsável por todo o seu funciona-
mento em trânsito e pelas informações destinadas aos operadores.
© Mario Henrique/Latinstock
Fonte: SERVIÇO SOCIAL DO TRANSPORTE (SEST); SERVIÇO NACIONAL DE
APRENDIZAGEM DO TRANSPORTE (SENAT). Curso para operador de transporte de cargas.
Brasília: Sest/Senat, 2011.
© Mario Henrique/Latinstock
1 1·6 6
2 2·6 12
3 3·6 18
4 4·6 24
5 5·6 30
6 6·6 36
7 7·6 42
8 8·6 48
9 9·6 54
© Daniel Beneventi
100 kg 100 kg
ponto de equilíbrio
contrapeso 100 kg
100 kg 100 kg
ponto de equilíbrio
Capacidade Peso
2 500 kg 2 500 kg
50 cm
Capacidade
2 500 kg
Peso
70 c 2 500 kg
m
2 250 5 000
Capacidade de carga (kg)
2 000 4 500
1 750 4 000
1 500 3 500
1 250 3 000
50 60 70 80 90 100
Distância do centro de carga ao protetor de carga (cm)
Com base no que estudou até agora, você saberia dizer por que as empilhadeiras
tombam?
Atividade 5
O triângulo da estabilidade
A empilhadeira pode ser montada com três ou quatro rodas. De qualquer forma,
ela se apoiará sempre em três pontos, que constituem o chamado triângulo de
estabilidade.
Sabendo disso, observe a imagem e responda às questões a seguir.
© Daniel Beneventi
CG CG
CG
CG
Tipos de tombamento
Tombamento frontal
Ocorre quando o centro de carga está deslocado para a frente da empilhadeira ou
quando há excesso de peso sobre a máquina.
Obs:
No campo abaixo registrar a data e as horas da máquina no momento da entrada. Se fizer a limpeza colocar data e horário.
HORA
DATA / /
LIMPEZA Data: / / Hora:
Checklist de Máquinas
Observações:
Data: / /
© Mario Henrique/Latinstock
Para conhecer mais sobre os
principais tipos de empilhadeira
existentes e sobre a maneira
de operá-las, assista aos vídeos
da ocupação.
Disponível em: <http://www.viarapida.sp.gov.
br>. Acesso em: 20 mar. 2015.
www.viarapida.sp.gov.br