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Organizações
Rio de Janeiro
UVA
2017
Luciana Nunes Viter
Teoria das
Organizações
Rio de Janeiro
UVA
2017
Copyright © UVA 2017
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer
meio sem a prévia autorização desta instituição.
ISBN: 978-85-69287-41-4
Autoria do Conteúdo
Luciana Nunes Viter
Projeto Gráfico
UVA
Diagramação
Isabelle Martins
Revisão
Débora Silvestre Costa
Lydianna Lima
Imagens
www.shutterstock.com
3,2 MB.
ISBN 978-85-69287-41-4
Disponível também impresso.
Considerações finais.....................................................160
7
APRESENTAÇÃO
Assim, antes mesmo de começar a ler este livro, considere que, mesmo
ao seu final, ele ainda não estará pronto, pois nem ele nem nenhum ou-
tro serão capazes de esgotar as óticas pelas quais podemos enxergar as
organizações, e também porque a eles falta a principal perspectiva pela
qual serão construídas as suas visões do que sejam as organizações:
a sua perspectiva. Sua atuação profissional, sua observação atenta,
suas experiências, muito mais do que quaisquer estudos teóricos, são
o que será capaz de levá-lo a efetivamente entender o funcionamento
e os propósitos de uma organização e de seus elementos, incluindo as
pessoas que a ela integram-se e dela fazem parte. No entanto, cremos
que as elaborações teóricas dos principais especialistas que refletiram
sobre essas questões antes de nós poderão ajudá-lo a iniciar esse pro-
cesso de reflexão. Por isso oferecemos a você esta obra.
Assim, desejamos que sua leitura seja proveitosa para sua formação
profissional e pessoal, e que ela também possa contribuir para desen-
volver sua compreensão dos conteúdos abordados, de modo a enri-
quecer seus conhecimentos e permitir que você venha a ser capaz de
refletir criticamente sobre o que é e como funciona uma organização,
construindo suas próprias visões sobre esse assunto.
8
SOBRE A AUTORA
Luciana Nunes Viter é graduada em Letras, tendo concluído mestra-
do em Linguística Aplicada, pela Universidade Federal do Rio de Ja-
neiro – UFRJ, com ênfase na investigação das interações em contextos
digitais. Possui experiência na gestão de organizações, com foco no
planejamento estratégico, redesenho estrutural, avaliação de riscos e
gerenciamento de crises. Possui também formação em Auditoria In-
terna de Sistemas de Gestão de Qualidade pela Fundação de Apoio à
Escola Técnica – Faetec, onde atua como professora. É, ainda, autora de
disciplina virtual da UVA e pesquisadora vinculada ao Núcleo de Pequi-
sas LingNet/UFRJ, com foco na investigação de temas relacionados à
linguagem, educação e tecnologia.
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Abordagem científica 9
CAPÍTULO 1
TEORIAS CLÁSSICAS
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10 Teorias clássicas
ABORDAGEM CIENTÍFICA
Frederick W. Taylor
Frederick Winslow Taylor, o fundador da abordagem cien-
tífica, nasceu em 1856 em uma família da Filadélfia finan-
ceiramente abastada. Seu pai foi um advogado, embora se
mantivesse fora do exercício da profissão, assim como seu
irmão, que era um médico não praticante. A abstenção de
trabalho era uma evidência da riqueza e da posição social
de seus familiares em ambos os casos. Esperava-se que
Taylor, um aluno talentoso desde sempre, se formasse em
Direito por Harvard, mas, em vez disso, ele decidiu tornar-
-se um engenheiro da área siderúrgica, começando como
aprendiz até ser promovido a engenheiro-chefe.
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Abordagem científica 11
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12 Teorias clássicas
Pesquisa
Segundo Taylor, os melhores artesãos sabiam como as ta-
refas poderiam ser melhor executadas. Seu conhecimento,
que derivava da sua experiência prática, havia lhes permi-
tido desenvolver um processo mais eficiente de trabalho,
propiciando que fosse alcançado o domínio do melhor
modo para executar uma tarefa. Em uma perspectiva cien-
tífica e ampliada para uma empresa, essa melhor forma de
executar algo deveria ser descoberta por meio de pesqui-
sas, investigando os vários componentes do trabalho de
uma forma completa e rigorosa, o que envolveria estudos
da natureza e das medidas de trabalho, a partir das quais
seria proposta a fragmentação de atividades em tarefas
menores, com avaliação de suas medidas de tempo. Essas
análises chegariam a definir o melhor modo para se fazer
algo, assim como o trabalhador mais adequado para exe-
cutar determinada tarefa, o que também seria avaliado
por testes a fim de maximizar resultados. A partir dessas
proposições, percebe-se que Taylor considerava que o mé-
todo científico também deveria ser aplicado à seleção do
trabalhador, à atribuição de tarefas e ao desenvolvimento
das condições ambientais apropriadas para trabalhar.
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Abordagem científica 13
Padronização
Taylor acreditava que preceitos científicos teóricos para a
gestão emergiriam dos estudos de dados e das experimen-
tações realizadas. Sendo assim, os princípios da boa admi-
nistração deveriam ser estabelecidos pela organização com
uso de construtos científicos e consubstanciados em regras
e princípios claramente definidos, incluindo os melhores
modos de executar as tarefas previstas. Esses padrões de-
veriam ser divulgados aos demais trabalhadores, a fim de
que todos, e não apenas alguns, pudessem conhecê-los e tê-
-los como referências de prática de suas ações na empresa.
Planejamento
Taylor considerava mais produtivo que o planejamento
fosse realizado pelos gestores, enquanto as tarefas práticas
propriamente ditas seriam realizadas pelos trabalhadores.
Assim, os novos papéis de Taylor para a gestão incluíam
o planejamento e a coordenação das atividades, algo que
antes também era da responsabilidade dos trabalhadores.
Na perspectiva científica, os gestores passam, então, a ter
mais relevância nas organizações, sendo incentivados a
realizar experiências para descobrir as técnicas mais efi-
cientes disponíveis e a planejar processos de trabalho que
pudessem trazer benefícios. Isso se tornou cada vez mais
necessário às organizações, uma vez que o planejamento
de todos os processos e atividades da organização adqui-
riram novo status no contexto dos processos de produção.
Controle
Na base dos postulados de Taylor, encontra-se o estudo
do comportamento individual dos trabalhadores, a fim de
que sua eficiência pudesse ser aprimorada. Construiu-se a
visão de que eles são peças de uma máquina, que devem
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14 Teorias clássicas
Cooperação
Taylor encarava a gestão científica como uma revolução
tanto por parte do trabalhador em relação aos seus em-
pregadores como por parte dos gestores em relação aos
seus subordinados, o que caracteriza os princípios de Tay-
lor como uma visão sociológica a respeito da organiza-
ção e de seus participantes para além dos mecanismos de
produção que ele propunha. A partir dessa perspectiva, o
gestor deveria passar a ser visto pelos seus subordinados
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Abordagem científica 15
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16 Teorias clássicas
0 5 10 15 20 25 30
Tarefa 1
Tarefa 2
Tarefa 3
Tarefa 4
Tarefa 5
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Abordagem científica 17
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18 Teorias clássicas
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Abordagem científica 19
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20 Teorias clássicas
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Teorias clássica e neoclássica 21
Elementos da gestão
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22 Teorias clássicas
Preparação Ação
Planejar Comandar
Organizar Verificar
Coordenar
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Teorias clássica e neoclássica 23
Princípios administrativos
Fayol desejou construir uma estrutura normativa da ad-
ministração, na qual os princípios que designou servissem
tanto como preceitos teóricos como para aplicação prática
nas organizações. Tais princípios são:
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24 Teorias clássicas
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Teorias clássica e neoclássica 25
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26 Teorias clássicas
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Teorias clássica e neoclássica 27
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28 Teorias clássicas
Teorias neoclássicas
O termo “neoclássico” foi adotado por Chiavenato (2003)
para caracterizar abordagens surgidas a partir de meados
do século XX e que tinham em comum a retomada de alguns
pontos originalmente propostos pelas escolas científica e
clássica, embora sendo menos ortodoxas e mais heterogê-
neas em relação àquelas. Os principais diferenciais dessas
visões, que são derivadas das teorias clássicas propriamen-
te ditas, é que são marcadas por visões mais pragmáticas,
caracterizadas pela maior preocupação com práticas ado-
tadas e objetivos alcançados, conforme exemplificam dois
nomes da época: Alfred Sloan e Peter Drucker.
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Teorias clássica e neoclássica 29
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30 Teorias clássicas
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Teoria da burocracia 31
TEORIA DA BUROCRACIA
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32 Teorias clássicas
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Teoria da burocracia 33
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34 Teorias clássicas
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Teoria da burocracia 35
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36 Teorias clássicas
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Teoria da burocracia 37
Marben / Shutterstock.com
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38 Teorias clássicas
SIM NÃO
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Teoria da burocracia 39
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40 Teorias clássicas
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41
REFERÊNCIAS
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42 Teorias clássicas
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Relações humanas 43
CAPÍTULO 2
ABORDAGEM COMPORTAMENTAL
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44 Abordagem comportamental
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Relações humanas 45
RELAÇÕES HUMANAS
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46 Abordagem comportamental
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Relações humanas 47
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48 Abordagem comportamental
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Relações humanas 49
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50 Abordagem comportamental
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Relações humanas 51
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52 Abordagem comportamental
ENFOQUE MOTIVACIONAL
Hierarquia de Maslow
Abraham Maslow (1908-1970), psicólogo americano, for-
mulou a teoria da motivação baseada em estudos compor-
tamentais, que foi consubstanciada na chamada “hierar-
quia de necessidades de Maslow”. Ela estava focada nas
necessidades básicas do indivíduo organizadas por ordem
de importância em uma pirâmide: fisiologia, segurança,
amor e relacionamento, estima e realização pessoal.
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Enfoque motivacional 53
Moralidade,
criatividade,
espontaneidade,
solução de problemas,
ausência de preconceito,
Realização pessoal aceitação dos fatos.
Autoestima, confiança,
conquista, respeito dos outros,
Estima
respeito aos outros.
Amizade, família,
Amor/relacionamento intimidade sexual.
Fonte: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/65/
Hierarquia_das_necessidades_de_Maslow.svg/450px-Hierarquia_das_
necessidades_de_Maslow.svg.png>.
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54 Abordagem comportamental
Teoria Y e Teoria X
Douglas McGregor (1906-1964), psicólogo social america-
no e professor do MIT e de Harvard, desenvolveu dois mo-
delos contrastantes de motivação aplicáveis a contextos
organizacionais. Dois conjuntos opostos de suposições
de como os trabalhadores são motivados formam a base
para dois diferentes estilos de gestão: a teoria X reforça
a importância de supervisão rigorosa, das recompensas
externas e de penalidades, enquanto a teoria Y enfatiza o
papel motivador da satisfação no trabalho e encoraja os
trabalhadores a executarem suas atividades sem supervi-
são direta. Os trabalhadores da teoria X são mais passíveis
de incentivo mediante a oferta de recompensas de vários
tipos, enquanto o desafio para o gestor em relação aos
trabalhadores da teoria Y é organizar um contexto de tra-
balho em que o funcionário se sinta estimulado a desen-
volver-se e a atuar com qualidade.
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Enfoque motivacional 55
Teorias X e Y: McGregor
Teoria X
• Abordagem tradicional.
• As pessoas são
preguiçosas, evitam o
trabalho e responsabilidades
— precisam ser controladas.
Teoria Y
• Abordagem moderna.
• As pessoas são esforçadas,
gostam de ocupar-se,
consideram o trabalho
algo natural, aceitam
responsabilidades —
conseguem autodirigir-se.
Inovações
Descentralização
de decisões, ampliação
do cargo e autoavaliação
de desempenho.
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56 Abordagem comportamental
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Enfoque motivacional 57
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58 Abordagem comportamental
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Enfoque motivacional 59
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60 Abordagem comportamental
TEORIA ESTRUTURALISTA
ETAPAS DESCRIÇÃO
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Teoria estruturalista 61
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62 Abordagem comportamental
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Teoria estruturalista 63
Teoria das
Teoria clássica Teoria estruturalista
relações humanas
Homem
Homo Economicus Homo Socialis
organizacional
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64 Abordagem comportamental
Tipos de
Tipos de participação
controle
Utilitário X
Normativo X
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Teoria estruturalista 65
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66 Abordagem comportamental
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Teoria estruturalista 67
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68 Abordagem comportamental
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Teoria estruturalista 69
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70 Abordagem comportamental
REFERÊNCIAS
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71
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72
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Teoria dos sistemas 73
CAPÍTULO 3
TEORIA SISTÊMICA E
CONTINGENCIAL
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74 Teoria sistêmica e contingencial
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Teoria dos sistemas 75
Ambiente
SISTEMA
Processos
Entradas Saídas
Trabalho dos
Matéria-prima empregados Produtos e serviços
Recursos humanos
Atividades dos Retorno financeiro
Capital
gestores Informações
Tecnologia
Ações operacionais Recursos humanos
Informações
Feedback
Ambiente
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76 Teoria sistêmica e contingencial
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Teoria dos sistemas 77
Chester Barnard
Nascido em uma família humilde, ainda que tendo acesso à
boa educação, Barnard trabalhou desde cedo e graduou-se
em Economia por Harvard, vindo a atuar como estatísti-
co, gestor e presidente da companhia American Telephone
and Telegraph – AT&T, na qual permaneceu por 40 anos,
experiências a partir das quais foram escritos seus livros,
que consistiam, na verdade, em compilações de palestras
ministradas por Barnard, nas quais buscava trazer respos-
tas a preocupações práticas de gestores e, ao mesmo tem-
po, responder a questões formuladas pelos especialistas
acadêmicos na área de administração.
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78 Teoria sistêmica e contingencial
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Teoria dos sistemas 79
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80 Teoria sistêmica e contingencial
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Teoria da contingência 81
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
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82 Teoria sistêmica e contingencial
Woodward
Na década de 1950, Joan Woodward, trabalhando na In-
glaterra, edificou os primeiros alicerces da teoria da con-
tingência, trabalho que constatou que, entre as indústrias
que investigou, havia profundas diferenças na forma como
elas organizavam-se. Sua análise levou-a a categorizar as
estruturas organizacionais e descobrir que o modo como
elas eram construídas relacionava-se aos métodos de pro-
dução e tecnologias utilizados pela empresa, o que tam-
bém dependia dos produtos fabricados e das demandas
do mercado.
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Teoria da contingência 83
Burns e Stalker
A partir de pesquisas em indústrias britânicas de produ-
tos eletrônicos, Tom Burns e Graham Stalker, em 1961,
demonstraram que as organizações que operam em am-
bientes estáveis são muito diferentes das que precisam
enfrentar ambientes dinâmicos e em constante transfor-
mação. Os autores descobriram que as diferenças no modo
como as empresas encaravam as mudanças e a inovação
relacionavam-se aos valores e à missão das empresas. Ba-
seados nessas investigações, Burns e Stalker classificaram
as empresas em mecanicistas e orgânicas.
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84 Teoria sistêmica e contingencial
Lawrence e Lorsch
Outro estudo significativo foi conduzido nos Estados Uni-
dos por Paul Lawrence e Jay Lorsch, em 1967, que também
investigou empresas que atuavam em contextos comple-
xos e caracterizados por incertezas, abordando as relações
entre características ambientais e estruturas organizacio-
nais eficazes.
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Teoria da contingência 85
Fiedler
A proposta teórica de Fred Fiedler (1967) também é co-
nhecida como “modelo de contingência da eficácia da li-
derança” e foi construída a partir de uma modelagem de
traços comportamentais que sugere que o desempenho de
um grupo depende da orientação psicológica do líder e de
três variáveis contextuais: atmosfera de grupo, estrutura
de tarefa e posição de poder do líder. Esse modelo de con-
tingência sublinha tanto a importância do perfil do líder
quanto da situação em que ele atua.
Escala LPC
Insatisfatório __:__:__:__:__:__:__:__ Satisfatório
Antipático __:__:__:__:__:__:__:__ Simpático
Fechado __:__:__:__:__:__:__:__ Receptivo
Tenso __:__:__:__:__:__:__:__ Relaxado
Frio __:__:__:__:__:__:__:__ Caloroso
Hostil __:__:__:__:__:__:__:__ Acolhedor
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86 Teoria sistêmica e contingencial
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Teoria da contingência 87
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88 Teoria sistêmica e contingencial
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Cultura organizacional 89
CULTURA ORGANIZACIONAL
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90 Teoria sistêmica e contingencial
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Cultura organizacional 91
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92 Teoria sistêmica e contingencial
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Cultura organizacional 93
Pressupostos
Poder, mais procurados: Limites
Meios para autoridade O que é verdade? de grupo e
Metas
atingir e status. Tempo. identidades.
derivadas
metas Espaço. da missão.
(estruturas, Natureza humana.
sistemas, Natureza da relação humana.
processos). Atividade humana
Regras para apropriada. Recompensas
relacionamentos. e punições.
Gerenciando o
inimaginável
e explicando o Medidas
inexplicável. de resultados
Estratégias
de reparação. e mecanismos
de correção.
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94 Teoria sistêmica e contingencial
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Cultura organizacional 95
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96 Teoria sistêmica e contingencial
A B C D
0 35 45 55 100
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Cultura organizacional 97
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98 Teoria sistêmica e contingencial
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Cultura organizacional 99
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100 Teoria sistêmica e contingencial
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Cultura organizacional 101
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102 Teoria sistêmica e contingencial
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Cultura organizacional 103
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104 Teoria sistêmica e contingencial
• Decisões negociadas.
• Menor rigidez nos controles.
• Poucos padrões e regras.
• Maior autonomia do indivíduo.
• Espaço para preferências individuais.
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Cultura organizacional 105
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106 Teoria sistêmica e contingencial
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Cultura organizacional 107
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108 Teoria sistêmica e contingencial
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Cultura organizacional 109
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110 Teoria sistêmica e contingencial
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Cultura organizacional 111
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112 Teoria sistêmica e contingencial
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REFERÊNCIAS
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114 Teoria sistêmica e contingencial
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115
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116
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Qualidade total, benchmarking e reengenharia 117
CAPÍTULO 4
ADMINISTRAÇÃO
CONTEMPORÂNEA
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118 Administração contemporânea
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Qualidade total, benchmarking e reengenharia 119
Histórico
No início do século XX, algumas das primeiras sementes
de gestão da qualidade haviam sido plantadas com o ad-
vento da administração científica na indústria dos Esta-
dos Unidos, que buscava melhor organizar os processos
de produção ao enfatizar a preocupação com a eficiência
e os resultados obtidos pelas organizações. A partir de
1924, Walter Shewhart desenvolveu métodos para análise
estatística e controle de qualidade de produtos, que mais
tarde foram aplicados durante a Segunda Guerra Mundial,
visando melhorar a qualidade da fabricação nos ramos de
aviação e de artefatos bélicos.
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120 Administração contemporânea
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Qualidade total, benchmarking e reengenharia 121
Princípios
Na GQT, uma ampla gama de técnicas e instrumentos é
usada para identificar, medir, priorizar e melhorar os pro-
cessos que são críticos para a qualidade. Essas ferramen-
tas de aprimoramento incluem: mapeamento de processos,
fluxogramas, listas para conferência, controles estatísticos
e gráficos. Diferentes recursos são usados para resoluções
de problemas distintos, tendo o objetivo de orientar a lide-
rança e a equipe da organização a adotarem as melhores
práticas, incluindo dinâmicas de condução de reuniões,
como brainstorm e grupos focais. Esses instrumentos bus-
cam organizar e avaliar ideias, analisar processos, deter-
minar causas-raiz, estabelecer planejamentos e levantar
dados estatísticos que possam ser examinados e manipu-
lados, visando à eficácia, padronização e melhoria da qua-
lidade geral dos procedimentos, produtos ou ambiente de
trabalho de uma empresa.
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122 Administração contemporânea
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Qualidade total, benchmarking e reengenharia 123
Liderança
Foco no
cliente
Abordagem Gestão de
de processos relacionamentos
Melhoria
contínua
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124 Administração contemporânea
Princípio 2 – Liderança
Cabe aos líderes estabelecerem a unidade de propósito e
de direção da organização. Eles devem promover a comuni-
cação clara em todos os níveis da empresa, além de criar e
manter ambientes internos que favoreçam o comprometi-
mento do pessoal com seus objetivos. Lideranças eficazes
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Qualidade total, benchmarking e reengenharia 125
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126 Administração contemporânea
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Qualidade total, benchmarking e reengenharia 127
PLAN DO
ACT CHECK
Ciclo PDCA.
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128 Administração contemporânea
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Qualidade total, benchmarking e reengenharia 129
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130 Administração contemporânea
Metodologia 5S
Dentre o vasto repertório de recursos que podem ser uti-
lizados visando à qualidade total nas organizações, uma
abordagem de gestão, em especial, destaca-se: a metodo-
logia 5S. Trata-se de um conjunto de práticas sistemáticas
e metódicas que originariamente objetivavam conduzir as
equipes a organizarem seus locais de trabalho de forma
mais segura e eficiente. A implementação da metodolo-
gia 5S é dividida em cinco etapas, cada uma denomina-
da conforme uma palavra japonesa diferente que começa
com a letra S. A tradução desses termos, utilizando a pa-
lavra senso como parte inicial da expressão, foi uma das
mais divulgadas no Brasil a partir de meados da década
de 1990, remetendo à ideia de sensatez, uma acepção coe-
rente com a visão geral do programa 5S. Embora essa me-
todologia tenha se originado das concepções de qualidade
total construídas no Japão do pós-guerra e seja voltada
originariamente para as práticas em organizações, trata-se
de uma perspectiva que também pode ser implementada
em nossa vida cotidiana.
5S Ação
Assumir a responsabilidade de
Senso de disciplina (shitsuke)
manter padrões saudáveis.
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Qualidade total, benchmarking e reengenharia 131
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132 Administração contemporânea
Benchmarking
Trata-se de comparar os processos adotados em uma or-
ganização com padrões de referência relacionados às me-
lhores práticas. A origem do termo refere-se à medição
dos pés feita por sapateiros para estabelecer padrões de
tamanho para calçados: o pé era colocado em um “banco”
(ing. bench) para que se pudesse “marcar” seu contorno
(ing. mark). Portanto, o termo benchmarking, aplicado a
organizações, surgiu durante a década de 1980, quando
a Ford e a Motorola tornaram-se pioneiras nessa aborda-
gem, e a Xerox iniciou um programa de benchmarking que
foi considerado um marco histórico na busca por melho-
res práticas que levassem ao aumento de desempenho.
Benefícios do benchmarking
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Qualidade total, benchmarking e reengenharia 133
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134 Administração contemporânea
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Qualidade total, benchmarking e reengenharia 135
Reengenharia
No início dos anos 1990, Michael Hammer e James Cham-
py publicaram o livro Reengenharia: revolucionando a
empresa, que propunha, em alguns casos, o redesenho
e reorganização radicais de uma empresa como únicos
meios possíveis para efetivamente reduzir custos e me-
lhorar a qualidade de produtos de uma organização, uti-
lizando-se os modernos recursos de tecnologia da infor-
mação, que eram um elemento-chave para conduzir esse
processo. Para tanto, sugeriram sete princípios que pode-
riam ser usados para agilizar fluxos de trabalho, gerenciar
prazos e custos e aprimorar a qualidade:
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136 Administração contemporânea
Etapas da reengenharia
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Qualidade total, benchmarking e reengenharia 137
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138 Administração contemporânea
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Aprendizagem organizacional 139
APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL
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140 Administração contemporânea
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Aprendizagem organizacional 141
1. Domínio pessoal
Essa disciplina envolve a formulação de uma imagem coe-
rente dos resultados que as pessoas mais desejam obter
como indivíduos (a visão pessoal) em relação a uma ava-
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142 Administração contemporânea
• Empatia e compaixão.
Quanto melhor entendemos as pressões que in-
fluenciam o comportamento humano, mais seremos
capazes de desenvolver nosso senso de empatia e
compaixão.
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Aprendizagem organizacional 143
2. Modelos mentais
Essa disciplina é focada em torno do desenvolvimento da
consciência das atitudes e das percepções que influen-
ciam o pensamento e a interação. Ao refletir continuamen-
te sobre as próprias representações do mundo, é possível
ganhar maior capacidade para governar as próprias ações
e decisões. Modelos mentais são crenças ou pressupostos
que têm o poder de influenciar nossa visão do mundo e
nossas atitudes, frequentemente sem que tenhamos cons-
ciência disso.
3. Visão compartilhada
Essa disciplina, de caráter coletivo, estabelece um foco
no propósito mútuo: as pessoas devem aprender a nutrir
uma percepção de compromisso quando inseridas em um
grupo ou uma organização, desenvolvendo imagens com-
partilhadas do futuro que procuram criar, bem como com-
preender os princípios e as práticas compartilhados pelas
quais esperam atingir suas metas em comum. Uma visão
genuína e que seja compartilhada por todos os membros
da organização gera excelência e aprendizagem, pois pas-
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144 Administração contemporânea
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Aprendizagem organizacional 145
4. Aprendizado em equipe
Essa disciplina relaciona-se à interação que ocorre em um
grupo, pela qual, por meio do diálogo, as equipes transfor-
mam o seu pensamento coletivo, aprendendo a mobilizar
as suas energias e capacidades de forma a gerar resulta-
dos superiores à soma dos talentos individuais isolados
de seus membros, o que se constitui no fenômeno deno-
minado “sinergia”.
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146 Administração contemporânea
5. Pensamento sistêmico
Nessa disciplina, as pessoas aprendem a melhor com-
preender a interdependência e a mudança e, assim, a lidar
de maneira mais eficaz com as forças que moldam as con-
sequências de suas ações. O pensamento sistêmico é uma
ferramenta útil para que se consiga enxergar os sistemas
organizacionais de forma holística e agir como mais sin-
tonia em relação aos processos externos com os quais as
empresas e indivíduos interagem.
Domínio
pessoal
Pensamento Modelos
sistêmico mentais
Aprendizado Visão
em equipe compartilhada
As cinco disciplinas.
Fonte: Senge (2006).
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Aprendizagem organizacional 147
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148 Administração contemporânea
Organização Organização
Características
tradicional contemporânea
Centralização e
Hierarquia. Descentralização.
concentração.
Muitos níveis Menor número de
Formato.
hierárquicos. níveis hierárquicos.
Controle mais Controle menos
Controle.
estrito . estrito.
Rigidez de pro- Flexibilidade de
Adaptabilidade.
cedimentos. procedimentos.
Orientação Organização Organização
para tarefas. estática. inovadora.
Estrutura Burocrática e
Orgânica e adaptativa.
organizacional. mecanizada.
Autoridade do
Comunicação. Trabalho em equipe.
indivíduo.
Pessoas não são Valorização das
Relacionamentos.
individualizadas. pessoas.
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O moderno ambiente organizacional 149
Controle
A estrutura organizacional tradicional é uma pirâmide
com um chefe executivo no topo. Ele delega parte de sua
autoridade a subordinados imediatos que, por sua vez,
têm várias camadas de gerentes que se reportam aos ges-
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150 Administração contemporânea
Flexibilidade
A organização contemporânea alcança o empoderamento
de funcionários de nível de trabalho por meio da introdução
de elementos horizontais na estrutura organizacional. Prin-
cipalmente nas grandes empresas, em vez de ter um único
gerente em uma hierarquia formal, os funcionários em es-
truturas organizacionais reportam-se a diferentes gestores
especialistas em seus segmento; trata-se de estrutura que
incentiva a formação de equipes que tomam suas próprias
decisões. Ao diluir a responsabilidade pelas tomadas de
decisão, a estrutura organizacional contemporânea atinge
maior flexibilidade para enfrentar os desafios externos.
Eficiência
Embora a estrutura contemporânea seja mais flexível, ela
também pode ser menos eficiente. Determinar a autono-
mia para decisões em camadas hierárquicas mais baixas
na estrutura organizacional significa que a empresa preci-
sa fazer circular as informações necessárias para embasar
essas decisões e para análise dos seus impactos para toda
a organização, o que nem sempre é fácil realizar. O preço
da flexibilidade adicional é o custo da coordenação neces-
sária para articulá-la.
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O moderno ambiente organizacional 151
Capacidade de resposta
A flexibilidade só é útil se resultar em respostas eficazes.
As empresas podem obter alguma flexibilidade dentro da
estrutura organizacional tradicional, mas os gerentes e exe-
cutivos tomam suas decisões geralmente de forma distan-
te de onde o trabalho está sendo realizado. Uma estrutura
contemporânea que deslocou as decisões para o nível das
atividades que a elas relacionam-se assegura que funcio-
nários mais familiarizados com o trabalho tomarão as de-
cisões correspondentes, que provavelmente responderão
melhor às exigências do mercado e permitirão que a empre-
sa adapte-se rapidamente às mudanças nessas condições.
Adaptabilidade
Nós nos acostumamos facilmente a fazer as coisas de uma
certa maneira, usando as mesmas tecnologias e os mes-
mos processos, mas isso não significa que essas tecno-
logias e formas de fazer as coisas são as melhores para
as nossas empresas ou para nós mesmos. Participar de
uma nova força de trabalho significa estar aberto a adotar
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152 Administração contemporânea
Autonomia
Uma vez que as tecnologias permitem, em muitos casos,
que os funcionários tenham a capacidade de trabalhar em
qualquer lugar e momento, a autonomia torna-se cada vez
mais crucial. Trata-se de um privilégio, mas também é um
aumento de responsabilidades que são delegadas aos tra-
balhadores no exercício de suas tarefas.
Compartilhamento
Tradicionalmente, os funcionários podem desejar manter
suas ideias apenas para si mesmos, visando obter crédito
por suas próprias contribuições. No entanto, esse modelo
não se enquadra mais nos contextos contemporâneos, em
que os conhecimentos tornam-se cada vez mais complexos,
exigindo a interação dos profissionais em equipes para que
se consiga resolver problemas e atingir metas traçadas.
Foco
No ambiente de trabalho atual, somos compelidos a atuar
no modo multitarefa: editamos textos e verificamos nossas
mensagens digitais enquanto participamos de reuniões,
por exemplo, o que nos induz a não ter a capacidade dese-
jada de concentrarmo-nos, de fato, em uma tarefa de im-
portância. As informações bombardeiam-nos de todas as
direções, mas devemos estar aptos a filtrá-las e a aprender
a concentrarmo-nos naquilo que é prioridade, gerenciando
nossos esforços e nosso tempo de forma adequada.
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O moderno ambiente organizacional 153
Liderança compartilhada
A ideia tradicional de gestão baseava-se na liderança pelo
medo e na noção de comando e controle. Hoje, os geren-
tes não podem acreditar em acumular informações, mas
em compartilhar informações e inteligência coletiva. Os
gerentes precisam certificar-se de que os funcionários
podem conectar-se uns aos outros e com as informações
de que precisam para realizar seus trabalhos, a qualquer
hora, em qualquer lugar e em qualquer dispositivo. Os ge-
rentes agora dependem dos funcionários para ajudar a to-
mar decisões, em vez de isolá-los desse processo.
Conhecimento tecnológico
Os gerentes precisam entender o panorama geral da tec-
nologia e como ele está impactando as organizações e a
forma como trabalhamos. Gerentes que têm uma boa com-
preensão do que está acontecendo com a tecnologia serão
mais capazes de adaptar-se e evoluir frente à concorrên-
cia. Não é que os gestores necessitem tornar-se especia-
listas na área, mas devem procurar deter conhecimento
suficiente que lhes permita fazer bom uso das novas fer-
ramentas tecnológicas.
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154 Administração contemporânea
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O moderno ambiente organizacional 155
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156 Administração contemporânea
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REFERÊNCIAS
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158 Administração contemporânea
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CONSIDERAÇÕES FINAIS