Você está na página 1de 7

Universidade de São Paulo

Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” CULTURA DO MAMÃO


Departamento de Produção Vegetal
Centro de origem: América
Dispersão
Brasil: 1967 = vírus do mosaico do mamoeiro ou da mancha anelar
Usos: fruta, papaina

PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS


CULTURA DO MAMÃO (porcentagem)
PRINCIPAIS PAÍSES PRODUTORES
(Milhões de toneladas) Bahia ......................... 45
Espírito Santo .......... 35
India .............. 4.200 Ceará ........................ 4
Brasil ............. 1.900 Rio Grande Norte .... 2
Prof. Angelo P. Jacomino Nigéria .......... 700 Paraíba ..................... 2
Fruticultura Tropical e Subtropical Indonésia ..... 676 São Paulo ................ 0,3
México .......... 620
MUNDO ........ 10.000

PRINCIPAIS PAÍSES EXPORTADORES


(mil toneladas)
EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS -
México ............. 120 (porcentagem)
EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE PAPAYA (em 1.000 t)
Belize .............. 30
Brasil .............. 30 Europa ...................... 80
Malásia ............ 25 Estados Unidos ....... 15
India …………. 15
EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS
(mil toneladas)
1991 ............. 4 a 5
2001 ............. 22
2002 ............. 28
2003 ............. 39
2004 ............. 36
2005 ............. 39
2006 ............. 36
2007 ............. 22
2008 ……….. 30
2009 ……….. 28
2010 ……….. 27
BRAPEX (2008)

BIOLOGIA FLORAL DO MAMOEIRO


CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA
Classificação em 15 tipos florais
Família = Caricaeae (4 Gêneros) 3 tipos básicos
Gênero = Carica (23 espécies)
Espécie = C. papaya

DESCRIÇÃO DA PLANTA

Planta
Caule
Sistema radicular
Folhas
Flores
Frutos
Sementes

1
BIOLOGIA FLORAL DO MAMOEIRO BIOLOGIA FLORAL DO MAMOEIRO

d a
c
b
b
c

a d

A B C D A B C D

A- as flores femininas em geral se apresentam em forma isolada.


A- as flores hermafroditas formam pequenos rácimos axilares.
B- botão fusiforme da flor feminina.
B- flor fechada.
C- flor aberta.
C- for aberta.
D- corte longitudinal de uma flor: a) cálice; b) ovário; c) estilo; d) estigma.
D- corte longitudinal de uma flor: a) estigma; b) antera; c) ovário; d) cálice.

BIOLOGIA FLORAL DO MAMOEIRO BIOLOGIA FLORAL DO MAMOEIRO

PLANTA FLOR GENÓTIPO


c Ginóicas (feminina) ........... Só feminina ........................... mm
Andróicas (masculinas) .... Variável para hermafrodita ... M1m
Hermafrodita ....................... Variável para feminina .........M2m

b
a Herança do Sexo: carpeloidia
partenocarpia
A B C D
ovocarpisco
polinização
A- as flores masculinas se apresentam em forma de rácimos axilares de longos
sexagem
pedúnculos.
B- flor fechada.
C-flor aberta, gamopétala.
D- corte longitudinal de uma flor: a) cálice; b) pistilo rudimentar; c) anteras.

VARIEDADES CULTIVADAS NO BRASIL

GRUPO SOLO
Mamão papaya ou Havai
Frutos 300 a 400 gramas, mais de 50t/ha
Precoce (8-9 meses)
Boa coloração e sabor
Mercado interno e externo
- Sunrise solo
- Improved sunrise solo
- Improved sunrise solo 72-12
GRUPO FORMOSA
- Baixinho de Santa Amália
Híbridos de Sunrise com outras variedades
- Golden
- THB Sementes de alto custo
Frutos com 900g a 1kg, mais de 100 t/ha
Mercado interno
Tainung
Calimosa

2
Mamão Solo
CICLO DE PRODUÇÃO
ESPAÇAMENTO

Semeadura

2 meses

Plantio no campo 1500 pls/ha

3 a 4 meses

Início Florescimento

5 a 6 meses

Início Colheita

2000 pls/ha

ADUBAÇÃO Exigências de Clima e Solo


Produção de mudas
Adubação de plantio:
Época da adubação: ano todo Ciclo de produção
5 a 15L esterco de curral
Espaçamento
20 a 60g P2O5
Relação N - P2O5 - K2O: Sexagem
10 a 30g de K2O
Antes do início do florescimento: 1:2:1 Talhões
Após o início do florescimento: 2:1:3 Quebra-vento
Adubação de manutenção Irrigação e Fertigação
Cultivo intercalar
Doses de adubo (g/planta)
Desbrota
Nutientes 1o ano 2o ano
Controle de plantas daninhas
N 72-128 64-136 Pragas e Doenças
P2O5 40-151 32-119 Colheita e Pós-colheita
K2O 36-192 36-208
Fonte: FRUPEX, Mamão para exportação.

Cigarrinha verde (Empoasca sp)


PRAGAS sugam seiva das folhas mais velhas,
normalmente na página inferior do
limbo, as quais apresentam manchas
amareladas.

Mosca-das-frutas (Ceratitis capitata)


• as larvas da mosca se alimentam da polpa do mamão, tornando
flácida a região atacada do fruto.

3
Ácaro rajado (Tetranychus urticae)
dilaceram as células do tecido foliar
Ácaro branco
(mesófilo), provocando amarelecimento do
(Polyphagotarsonemus latus) limbo foliar, seguido de necrose e ,
“careca” do mamoeiro posteriormente perfurações.
ocorre em folhas jovens, localizadas
no ápice da planta

MARTINS (2003)

DOENÇAS
Vírus do mosaico do mamoeiro
ou Vírus da mancha anelar
Sintomas:
amarelecimento, mosaico e deformação no limbo foliar
manchas oleosas alongadas nos pecíolos
manchas em forma de anéis nos frutos

Transmissão: Afídeos

Hospedeiros: cucurbitáceas

Controle:
treinamento de pessoal para reconhecimento
produção de mudas criteriosamente
erradicação de hospedeiros
erradicação de mamoeiros velhos
vistoria e erradicações freqüentes

Meleira

• década de 80: afetando pomares no Sul da Bahia e no Norte do Espírito


Santo (VIDAL et al., 2004).

• O vírus da meleira é transmitido mecanicamente,através de ferimentos


produzidos por instrumentos perfurantes contaminados (Barbosa et al.,
1998).

• temperaturas médias mais baixa: aumento na percentagem de plantas


sintomáticas, especialmente com necrose nas folhas (Tatagiba et al. ,2002).

Sintomas:
Nos frutos: escorrimento de látex

4
Meleira
Varíola ou pinta preta (Asperisporium caricae)
Sintomas:
Ocorre nas folhas e nos frutos
Folhas:
•página superior -manchas necróticas arredondadas, perdo-
escuras, circundadas por halo amarelado
•página inferior crescimento pulverulento do fungo, de coloração
cinza a preto
Frutos: inicialmente áreas circulares de aspecto aquoso, com a
evolução torna-se marrons, salientes, com pontuações
esbranquiçadas.
Não atingem a polpa
Controle
• práticas culturais
•controle químico

Varíola ou pinta preta (Asperisporium caricae)


Podridão do pé (Phytophtora palmivora)
Sintomas:
 aparece no colo da planta, coalescem, aprodrecem e anelam o
caule, podendo haver exsudação gomosa na área lesionada
 os tecidos parenquimatosos são destruídos, mas os vasculares
ficam intactos
 amarelecimento de folhas, queda prematura de frutos, murcha
do topo, tombamento e morte da planta.
Controle:
• evitar o plantio em solos excessivamente argilosos;
• efetuar a rotação de culturas preferêncialmente com gramíneas;
• utilizar solo esterilizado para semeadura;
• utilizar sementes sadias e tratadas com fungicidas;
• evitar ferimentos nas plantas durante os tratos culturais; e
• remover as plantas e os frutos doentes do pomar.

Podridão do pé (Phytophtora palmivora)


Podridão nas raízes e região do colo Antracnose (Colletrotrichum gloesporioides)

Sintomas:
•A infecção pode ocorrer em qualquer estádio de
desenvolvimento e permanecer quiescente até que os
frutos se tornem maduros.

•As lesões nos frutos são arredondadas e profundas

•Com a evolução - crescimento róseo disposto em


camadas concêntricas, gelatinoso e posteriormente se
torna escuro.

Controle:
• escolha da área;
• evitar o excesso de umidade;
• práticas culturais;
• redução do inóculo;
• controle químico;
•Resistência genética.

5
Antracnose Mancha chocolate –(Colletotricum
(Colletrotrichum gloesporioides) gloeosporioides (Penz) Sacc)

Agente causal é uma outra raça de Colletotricum gloeosporioides


(Penz) Sacc.

Caracteriza-se por manchas superficiais vermelho-amarronzadas que


podem se expandir e aprofundar na polpa, BLEINROHT & SIGRIST
(1989).

Mancha chocolate Podridão peduncular


(Phoma caricae-papayae, Lasiodiplodia, Phomopsis,
Fusarium, Colletotrichum gloeosrioides, Mycosphaerella sp.,
Alternaria alternata, Stemphylium Iycopersici e Rhizopus
stolonifer)

Sintomas:

Surge após a colheita na região de corte do pedúnculo, tomando


a parte basal do fruto no início do amadurecimento

Tornando o tecido negro, rugoso e seco, coberto por uma massa


esponjosa de cor acizentada

Controle:

Controle químico

Podridão peduncular Mancha fisiológica: Pequenas pontuações escuras nos frutos


(vários fungos)

PRATEAMENTO

6
Geleificação da polpa: Aspecto de geléia em parte da polpa
“SYSTEM APPROACH”
Sistema integrado de medidas para diminuição do Risco

• Monitorar e controlar moscas das frutas nos


pomares
• Campo de produção em boas condições de sanidade
• Colher frutos nos estádios 0 a 2
• Levar frutos colhidos para casa de embalagem
protegida contra isentos
• Usar “pallets” telados e lacrados

COLHEITA E PÓS-COLHEITA

Mercado interno x exportação

• Colheita
• Acondicionamento
• beneficiamento,
• Seleção e classificação
• Tratamento hidrotérmico (48ºC/20min + 14ºC/20min)
• Cera, fungicida
• Embalagem e paletização
• Transporte refrigerado

Você também pode gostar