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Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2020
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Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2020
II
Índice
AGRADECIMENTOS .............................................................................................................IX
Resumo ...................................................................................................................................... X
Introdução ................................................................................................................................. 10
5. Bibliografia........................................................................................................................ 31
Apêndices ................................................................................................................................. 35
IV
ÍNDICE DE TABELA
Tabela 1: Análise de variância para as variáveis, dias para germinação (DPG), Índice de
velocidade de germinação (IVG), percentagem de germinação (G%), comprimento do caule
(CC), diâmetro do caule (DC) e comprimento da folha (CF). .................................................. 22
ÍNDICE DE FIGURAS
Ilustração 1: Ilustração da semente de Malambe, lima e medição do diâmetro do caule. ..................... 36
Ilustração 2: Ilustração das mudas de Adansónia digitata e medição do comprimento do caule. ......... 36
VII
DECLARAÇÃO DE HONRA
Eu, Delmiro Mathula Jeremias Leo Malôa, filho de Leo Jeremias e de Ania Jagaje, natural
do Niassa – Lichinga, declaro por minha honra que esta Monografia Científica é resultado da
minha investigação pessoal e das orientações do meu supervisor, o seu conteúdo é original e
todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto e na bibliografia.
Declaro ainda que este trabalho científico não foi apresentado em nenhuma outra instituição
para obtenção de qualquer grau académico.
DEDICATÓRIA
Dedico essa conquista em primeiro lugar ao Meu Pai que já não se encontra entre nos, dedico
a minha família, em especial a minha mãe Ania Jagaje pelo apoio moral, material e financeiro
nesta etapa da vida, sem desistir apesar de todas as dificuldades, aos meus irmãos que me
apoiaram ao longo dessa caminhada, aos meu colegas e amigos de turma.
Muito obrigado!
IX
AGRADECIMENTOS
Resumo
Introdução
A dormência é um acontecimento essencial para a semente, que elabora um mecanismo
natural de resistência a factores externos imposto pelo meio, que podem apresentar dormência
no tegumento, dormência no embrião e, também por desequilíbrio de substâncias inibidoras
de germinação. Nas espécies florestais nativas é comum a presença de sementes que
necessitam de quebra de dormência para que haja germinação, mesmo em condições
ambientais aparentemente favoráveis (BEWLEY & BLACK, 1994).
A dormência impede a germinação, mas é uma adaptação para a sobrevivência das espécies a
longo prazo, pois geralmente faz com que as sementes mantenham-se viáveis por maior
período de tempo, sendo quebrada em situações especiais. Para o silvicultor, a dormência
tanto pode servir para manter as sementes por longos períodos, como pode ser um empecilho
à germinação, impedindo-a ou tornando-a irregular e, como consequência, dificultando a
produção de mudas por via sexuada. (KRAMER E KOSLOWSKI,1972).
Portanto, a dormência das sementes é um recurso utilizado pelas plantas para germinarem na
estação mais propícia ao seu desenvolvimento, buscando através disto a perpetuação da
espécie (VIEIRA; FERNADES, 1997). Entretanto, em muitos casos, é necessário acelerar e
uniformizar a germinação de sementes, sendo normalmente utilizados vários métodos, a
exemplo da escarificação mecânica e imersão em água quente por tempo variável
(AZEREDO; ALCANTRA; ANDRADE; CUNHA, 2003). Para muitas espécies, a
escarificação química tem sido necessária na superação da dormência, enquanto, para outras,
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a imersão em água quente tem sido muito eficiente (AZEREDO; ALCANTRA; ANDRADE;
CUNHA, 2003).
Para fins de cultivo, a dormência tegumentar pode ser superada através da imersão em água
fria ou quente durante vários minutos, escarificação mecânica ao cortar ou perfurar
cuidadosamente o tegumento da semente ou ainda por meio da escarificação química,
procedimento que consiste na degradação do tegumento com o uso de ácidos e bases fortes
(BRASIL, 2009).
O substrato tem a função de suprir a água nas sementes e proporcionar condições adequadas à
germinação delas e ao posterior desenvolvimento das plântulas (FIGLIOLIA et al., 1993),
devendo manter uma proporção adequada entre a disponibilidade de água e a aeração e,
assim, evitar a formação de uma película aquosa sobre a semente, que impede a penetração de
oxigénio (POPINIGIS, 1985) e contribui para a proliferação de patógenos. Ao escolher um
substrato, alguns aspectos devem ser considerados, como o tamanho da semente, a exigência
com relação à água e à luz, a facilidade que ele oferece durante a instalação, a realização das
contagens e a avaliação das plântulas (BRASIL, 2009).
1.1. Justificativa
Frente a necessidade urgente da reposição da vegetação nativa ou recuperação de áreas
desmatadas, a compreensão da biologia reprodutivo (modo como as espécies se reproduzem
no natureza) das essências nativas (espécies da flora Moçambicana) se tornou de fundamental
importância, para que esta recomposição florestal possa ser feita de forma racional. Dentre os
vários factores a serem estudados, existe um em especial que atinge directamente a produção
de mudas, que é o processo de dormência das sementes.
1.2. Problema:
1.3. Objectivos:
1.3.1. Geral:
1.3.2. Específicos:
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. A espécie
Suas sementes são recobertas por uma polpa com aspecto farináceo que endurece ao final do
processo de maturação, tornando o tegumento dessas sementes impermeável a água (TOMÁS,
2008). Essa impermeabilidade do tegumento a água é um fenómeno conhecido como
dormência, que é caracterizado pela interrupção do processo de germinação das sementes.
Essa dormência é responsável por manter as sementes de várias espécies viáveis por muito
tempo no solo, sendo um mecanismo utilizado pelas sementes para controle da germinação. A
impermeabilidade do tegumento a água é um tipo de dormência muito frequente, encontrado
em espécies das famílias Fabaceae, Cannaceae, Malvaceae, Solanaceae (CARVALHO &
NAKAGAWA, 2000).
No continente Africano verifica-se o seu uso na alimentação, onde folhas, flores, frutos e
sementes, assim como as raízes tenras da planta jovem, são utilizadas como ingredientes
comuns em tradicionais pratos em áreas rurais e urbanas (KAMATOU et al., 2011), já o
tronco e os ramos são utilizados na fabricação de pasta de papel e tecidos, constituindo-se
portanto, em uma importante fonte de renda (TOMÁS, 2008).
Nos últimos anos, os produtos de consumo derivados do óleo das sementes e da polpa do
fruto vêm sendo exportados para a Europa e mercados dos Estados Unidos e com isso a
demanda por esses produtos tendem a aumentar (GRUENWALD & GALIZIA, 2005).
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O processo de germinação inicia com a retomada do crescimento pelo embrião das sementes,
desenvolvendo-se até o ponto em que forma uma nova planta com plenas condições de nutrir-
se por si só, tornando-se independente (KRAMER E KOZLOWSKI, 1972).
Segundo HOPPE e BRUN (2004), as sementes têm um tempo de vida que vária de espécie
para espécie e depende das condições de armazenamento. Para a produção e comercialização
de mudas é importante saber quantas sementes daquele lote ainda conservam a sua capacidade
de germinar, isto é, qual sua percentagem de germinação. Logo, conhecer e controlar os
factores ambientais permitem optimizar a quantidade, velocidade e uniformidade da
germinação e produzir mudas vigorosas de baixo custo.
A dormência das sementes é uma estratégia adaptativa das espécies, no que se refere à
sobrevivência e perpetuação. Porém, muitas vezes é uma característica negativa para o
homem manejar e fazer as sementes germinarem (COSTA et al, 2010).
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Dormência é um fenómeno pelo qual sementes de uma determinada espécie, mesmo sendo
viáveis e tendo todas as condições ambientais, não germinam (MARTINS, 2015).
Ainda segundo os autores (ibidem), as causas desse tipo de dormência são: a) interferências na
absorção de água- as sementes apresentam um tecido osteoscleides que impede a entrada de
água e causa a dormência por longos períodos; b) impedimento mecânico - se o embrião não
consegue vencer a barreira dos tecidos que o envolve, ou não produzir, em alguns casos a
enzima manana ele não consegue germinar; c) interferências nas trocas gasosas - os tecidos
que envolvem o embrião não permite trocas gasosas, assim não permitem a entrada de
oxigénio; d) presença de inibidores - em algumas sementes, os inibidores químicos presentes
no tegumento quando a sementes fica embebida, ao invés de se dispersar, mantém o embrião
dormente.
b) Impermeabilidade a água: neste caso o tegumento impede a absorção da água, este tipo de
dormência acontece mais nas leguminosas.
forrados internamente com lixa para desgastar o seu tegumento, proporcionando condições
para que estas absorvam água e iniciem o processo germinativo, (HOPPE e BRUN, 2004).
Ainda segundo os autores (ibidem), o recipiente pode apresentar como factor negativo a má
formação e desenvolvimento do sistema radicular, ocasionado pelo dimensionamento
incorrecto de recipientes
O recipiente age principalmente sobre a temperatura, aeração das raízes, humidade, luz e têm
influência sobre a conformação do sistema radicular em desenvolvimento (FLORIANO,
2004).
Segundo CARNEIRO (1995), o substrato é o meio que fornece o suporte para que as raízes
proliferem-se. É, portanto dele que dependerá o crescimento inicial da plântula, já que a raiz é
a ligação entre ele e a parte aérea que terá um desenvolvimento em função das suas
propriedades físicas, químicas e biológicas desde que, as condições de humidade,
temperatura, luz e vento não sejam limitantes.
2. MATERIAL E MÉTODOS
O presente trabalho foi realizado em 2019 nos Campus da Universidade Rovuma – Lichinga,
no Laboratório de Biologia. Utilizou-se sementes de Malambe obtidas de frutos colectados no
mercando Chiuaula, sendo que as sementes permaneceram no interior dos frutos armazenados
em condições de ambiente.
As sementes após a sua extracção e posterior retirada da polpa seca foram submetidas aos
seguintes tratamentos:
a) Tratamento controle;
b) Imersão em água quente a 80º C por 24´ com posterior resfriamento em água fria a
temperatura ambiente por 24´;
c) Escarificação mecânica (raspagem da semente com lima em um ângulo oposto ao
hilo);
d) Imersão em ácido sulfúrico concentrado por 2, 3 e 5 horas.
As sementes depois de passarem pelos tratamentos foram semeadas em sacos de linha, foram
utilizados seguintes substratos:
a) Terra do rio lucheringo;
b) Terra do bairro petromoc e;
c) Terra da redonda.
Os dados foram submetidos a análise de variância pelo teste F, e as médias foram comparadas
através do teste de Tukey, a 5% de probabilidade, com o auxílio do programa SISVAR.
As contagens foram feitas diariamente a partir do 5o dia após a sementeira até ao 16o dia, em
cada repetição e anotado o número de sementes germinadas, em fichas de recolha de dados
respeitando os tratamentos e as respectivas repetições. Foram consideradas germinadas todas
as plântulas que emergiram do substrato e apresentaram um par de folhas cotiledóneas. Para o
cálculo desses parâmetros foram usadas as seguintes fórmulas:
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Onde:
(2)
Onde:
T1, T2, T3,Tx - é o número de dias que as plântulas levaram para emergir no i-ésimo dia de
contagem.
Os dados foram submetidos ao pacote estatístico SISVAR desenvolvido por Ferreira (2000),
aplicando-se análise de variância, em virtude do delineamento experimental, para a
dependência entre os níveis das variáveis estudadas foi feita o teste de Tukey a 5% de
probabilidade para a compactação de médias.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para o experimento, os efeitos dos métodos de superação de dormência diferiram
estatisticamente entre si.
Tabela 1: Análise de variância para as variáveis, dias para germinação (DPG), Índice de
velocidade de germinação (IVG), percentagem de germinação (G%), comprimento do caule
(CC), diâmetro do caule (DC) e comprimento da folha (CF).
FV GL DPG IVG G% CC DC CF
Bloco 2 0,21ns 0,0001ns 0,12ns 0,16ns 0,64ns 0,16ns
Trat 5 5,63** 5,71** 129,38** 15,41** 15,39** 152,76**
Subs 2 0,73* 0,14** 5,18** 3,65** 2,91** 3,02**
TratxSubs 9 1,03** 0,34** 9,61** 1,52** 1,35** 2,21**
Erro 34 0,21 0,01 0,12 0,51 0,43 0,61
CV (%) 20,94 20,94 0,81 5,11 33,13 26,30 23,43
Media Geral 2,18 2,18 1,01 6,75 2,15 2,48 3,34
Onde: * = significativo a 5% de probabilidade; ** = significativo a 1% de probabilidade; ns =
não significativo.
Para os blocos, todas as variáveis analisadas os valores obtidos foram não significativo. Para
os tratamentos, todas as variáveis analisadas foram altamente significativo a 1% de
probabilidade. Para os substratos, apenas a vaiável dia para germinação foi significativo a 5%
de probabilidade, sendo que as de mais variáveis foram altamente significativo a 1% de
probabilidade. Para os tratamentos dentro do substrato, todas as variáveis analisadas foram
altamente significativo a 1% de probabilidade.
No presente estudo ficaram evidentes esses resultados, visto que, as sementes não submetidas
a nenhum método de superação, não brotaram durante o período de estudo.
Verifica-se que o tratamento com desponte com lima na região oposta ao hilo proporcionou a
maior percentagem de sementes germinadas, apresentando resultados iguais aos tratamentos
com ácido e superiores que o tratamento com água quente.
Em conformidade com HERMANSEN et al. (2000), entre os métodos utilizados para superar
a dormência física, a escarificação mecânica é uma técnica frequentemente empregada e
constitui uma opção mais prática e segura, além de ser um método simples, de baixo custo e
eficaz para promover uma rápida e uniforme germinação. Porém, neste estudo a limaa foi
eficiente para aumentar significativamente a taxa de germinação das sementes.
O ácido foi efectivo para aumentar a percentagem de germinação. Neste caso, o tempo de
imersão de 2, 3 e 5 horas foi suficiente para o completo rompimento do tegumento das
sementes, promovendo uma escarificação imparcial das sementes de Adansónia digitata.
O tratamento com ácido sulfúrico tem sido citado por vários autores como um dos mais
promissores para superar a dormência em sementes de diversas espécies (ALCALAY &
AMARAL, 1982; EIRA et al., 1993; TORRES & SANTOS, 1994; RIBAS et al., 1996;
JELLER & PEREZ, 1999). De acordo com NASCIMENTO et al. (2009), o sucesso do
tratamento está relacionado com o tempo de exposição ao ácido e à espécie.
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Outro método usado para a quebra de dormência física da semente é a água quente.
BIANCHETTI (1981) comenta que esse método tem a vantagem de ser prático, de baixo
custo e de fácil manuseio, sendo, portanto, recomendado para uso pelos viveiristas.
O uso da água quente não foi eficiente para aumentar a percentagem de plântulas normais
para a espécie Adansónia digitata, nesse tratamento houve ocorrência de sementes
deterioradas no final do teste.
Esses resultados podem estar relacionados com a temperatura e o período de imersão, pois tais
factores podem ter ocasionado a morte das sementes. A não eficiência da água quente (85 °C
por 60 e 30 segundos) também foi relatada por BORGES et al. (2004) em sementes de
Tachigalia multijuga Benth., nas quais não ocorreu nem a germinação nem a morte das
sementes. Todavia, mudanças nas temperaturas e no tempo de exposição das sementes podem
apresentar resultados diferenciados.
Contudo, a aplicação do tratamento com água quente e o uso de substrato Lucheringo não foi
eficiente para promover elevadas taxas de sementes germinadas. No presente estudo,
provavelmente o facto se explica devido ao tamanho das sementes, à abertura do tegumento
proporcionada pela água quente e à quantidade de água liberada pelo substrato. As
características físicas do material e, consequentemente, a distribuição das sementes,
capacidade de aeração e retenção de água podem ter influenciado de forma negativa a
germinação nesse substrato.
O substrato redonda também não foi o mais indicado para a germinação das sementes dessa
espécie, observa-se na literatura que as respostas das espécies ao substrato para germinação
são variáveis.
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Neste estudo, o menor tempo e a melhor velocidade de germinação também foram obtidos
quando se utilizaram a escarificação química por imersão a 2, 3 e 5 horas, e a germinação
conduzida em substratos Lucheringo, petromoc e redonda.
germinação para as sementes, ressaltando que nesse substrato não foi necessário o
reumedecimento deste.
Isso indica que as sementes foram prejudicadas possivelmente pela capacidade apresentada do
substrato redonda em não reter a água. LIMA et al. (2006) relatam que a capacidade de
retenção de água de um substrato pode influenciar a velocidade de embebição da semente e,
por consequência, a germinação.
Tabela 2: Resultados médios de percentagens para: Dias para germinação (DPG), Índice de
velocidade de germinação (IVG), Percentagem de germinação (G%), Comprimento do caule
(CC), Diâmetro do caule (DC) e Comprimento da folha (CF) em sementes de Adansónia
digitata submetidas a diferentes tratamentos para superar a dormência e substratos.
As Medias seguidas da mesma letra minúsculas na coluna e maiúsculas na linha não diferem
entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Tratamento controlo (TC), choque térmico
(CT), escarificação mecânica (EM); imersão em ácido sulfúrico concentrado por 2, 3 5 horas
(A2H, A3H E A5H).
Pode-se afirmar que tanto na percentagem final, tempo e velocidade de germinação, quanto a
qualidade fisiológica das sementes também são influenciadas pelo substrato utilizado, por isso
é fundamental estudar o efeito dos factores e sua interacção.
Os resultados (Tabela 2) mostraram que as sementes que não foram submetidas aos
tratamentos de superação de dormência apresentaram uma percentagem de emergência
semelhante à encontrada em outros tratamentos em alguns substratos (imersão em água
quente por 24´), demostrando que possivelmente as sementes já não estavam com uma
dormência tão acentuada, possivelmente causaram danos ao eixo embrionário, sendo
inferiores estatisticamente aos demais tratamentos. O facto das sementes utilizadas estarem
armazenadas por um período de um ano favoreceu uma desorganização dos sistemas de
membranas, e consequentemente proporcionou um acréscimo na permeabilidade do
tegumento. Por sua vez os tratamentos de escarificação mecânica e química (imersão em
acido sulfúrico concentrado por 2, 3 e 5 horas) foram os que proporcionaram a maior
percentagem de germinação (Tabela 2).
Esses resultados colaboram com os resultados observados por ARAUJO et al. (2014) que ao
submeterem as sementes de Adansónia digitata L. a diferentes tratamentos (imersão em água
a 80º C por 2 horas; escarificação) para a superação da dormência, verificaram que as
sementes submetidas aos tratamentos proporcionaram percentagem de emergência
significativamente superior as que não foram tratadas. O mesmo foi observado por TOMÁS
(2008) que ao submeter as sementes de baobá a diferentes concentrações (96%, 72%, 48%,
24% e 0%) de H2SO4 por diferentes tempos (2, 4, 6 e 8 horas) de imersão, verificou que as
sementes imersas em H2SO4 à 96% por 8 horas resultaram em uma percentagem de
germinação de 100%.
Assim os métodos que utilizam ácido sulfúrico e lima foram superiores que o demais,
levando-se em conta a eficiência e praticidade.
4. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
4.1. Conclusões:
De acordo com os resultados obtidos no presente trabalho pode concluir-se que:
Os tratamentos por Imersão em ácido sulfúrico a 2, 3 e 5h, foram os melhores
tratamentos para a quebra de dormência de sementes de Adansónia digitata. E o
tratamento escarificação mecânica também apresentou resultados satisfatórios.
4.2. Recomendações:
Que façam o uso dos métodos de quebra dormência para as sementes de Malambe (A.
digitata);
Aos outros estudantes a repetir ensaio do mesmo género com outros métodos de
quebra de dormência, ou mesmo com outras espécies que apresentam o mesmo
problema da dormência;
5. Bibliografia
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Apêndices
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