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16/10/2012

Universidade de São Paulo


Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
A manga

A cultura da mangueira

100 g da cultivar Haden


Nutriente Quantidade Nutriente Quantidade
Água 84,12 g Magnésio 12 mg
Calorias 65 kcal Fósforo 10 mg
Proteínas 0,39 g Potássio 159 mg
Gorduras 0,02 g Ácido ascórbido 15,10 mg
Carboidratos 15,05 g Tiamina 0,041 mg

Prof. Marcel Bellato Spósito Fibras 0,54 g Riboflavina 0,057 mg


Cinzas 0,42 g Niacina 0,300 mg
Cálcio 8 mg Vitamina A 3813 UI

Centro de origem da mangueira História da manga


 península malaia, arquipélago indonésio, Indochina, Tailândia e Filipinas
 A domesticação e cultivo na Índia a 4.000 anos

 Buda meditava sob a copa de uma magueira

 flores de manga são usadas no culto das águas


do mar e na deusa da aprendizagem.

Entre os nomes:
Índico-Burma-Tailandês Filipino-Celeste-Timor Kamang - personificação do cupido
Indiana Indochinesa ou filipina

Casca rosa – vermelha Casca verde amarelada

monoembriônicas poliembriônica

História da manga Produção mundial de manga


 Séc X - persas levaram a manga da
Ásia para o centro e leste do continente  Por país, no ano de 2010
africano País 1000 Toneladas*
 Séc XVIII - portugueses dispersaram a Índia 15.026
planta para a América do Sul e oeste
China 4.351
africano
Tailândia 2.550
Paquistão 1.845
México 1.632
Indonésia 1.287
Brasil 1.188
1700 TOTAL 33.445

* Inclui goiaba e magostin


Fonte: FAO (2012)

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História da manga no Brasil Produtividade por hectare


- até a década de 1960 - predominava o cultivo de mangueiras BRASIL
poliembriônicas, denominadas pelos consumidores como mangas de Maior produtividade entre os
“chupar”; maiores produtores (2003-2005):

- Na década de 1960 - incentivos fiscais governamentais para • condições edafo-climáticas e

Índia

Indonésia
China
México
Brasil

Tailândia

Filipinas

Nigéria
Paquistão
instalação de áreas de reflorestamento – plantio de 500 ha de manga tecnologia de indução floral;
‘Haden’ no Estado de São Paulo;

- Em 1978 - a primeira exportação brasileira de manga dos cultivares


‘Haden’, ‘Tommy Atkins’ e ‘Palmer’, consideradas pelos consumidores
como mangas de “comer”;

- A década de 1980 - início dos plantios de mangueiras no semi-árido


do nordeste Grande destaque no cenário mundial:
• em 10 anos cresceu 258%
- Década de 1990 - o Brasil bateu sucessivo recorde de exportação da
fruta. • oferta o ano todo - conquista do mercado europeu e americano.

Vitti | 2008 / FAO | 2009

Exportações brasileiras de manga Exportações brasileiras de manga

Frutas Produção Exportação Exportado


(t) (t) (%)
Laranja 18.684.985 49.749 0,27
Banana 7.098.353 185.721 2,62
Abacaxi 3.537.521 36.764 1,04
Melancia 2.092.628 33.649 1,61
Coco 1.887.336 188 0,01
Mamão 1.811.535 32.267 1,78
Uva 1.371.555 79.081 5,76
Manga 1.272.184 116.047 9,12
Maçã 1.115.379 112.075 10,05
Limões 1.018.703 58.250 5,72
Melões 495.323 204.501 41,28
Goiaba 316.301 223 0,07
Abacate 154.096 1.489 0,96
Figo 23.225 1.598 6,88
Fonte: Ibraf (2009) Total 43.112.804 918.797 2,13
Fontes: IBGE(2007) e Secex (2009)

Importância da cultura no Brasil Importância da cultura no Brasil


Produção Nacional por Região - 2007

8a 5a

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Importância da cultura no Brasil Importância da cultura no Brasil


Produção Nacional por Estado - 2007 Produção Nacional por Estado - 2007

Quantidade Área Plantada 4%


Estado
Produzida (t) (ha) 3%
BA 634.715 30.420
SP 193.151 13.843
15%
PE 183.496 9.963
MG 76.515 7.350 2%
CE 40.948 4.918
54%
RN 37.516 2.984
SE 27.681 1.243 6%
Brasil 1.272.184 79.246
14%

Importância da cultura em São Paulo Importância da cultura em São Paulo

Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento, CATI/IEA, Projeto LUPA.


Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento, CATI/IEA, Projeto LUPA.

Sazonalidade da produção Evolução dos preços de manga no varejo


(R$/unid) – Cidade de São Paulo

• Condições climáticas
• Irrigação
• Indução floral

Fonte: IEA – Secretaria da Agricultura e Abastecimento Estado de São Paulo

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Aspectos botânicos Classificação Botânica

 Descrição

 Dicotiledonea

 Perene

 Ordem Sapindales

 Família Anacardiaceae (73 gêneros e 850 espécies)

 Gênero mais importante – Mangifera (69 espécies)

 Espécie mais importante Mangifera indica.

Taxonomia Classificação Botânica


Mangifera indica

 Mangifera indica
Raça Indiana X Raça Indochinesa
 Centro de origem nordeste da Índia

 Grande variabilidade dentro da espécie


Hibridação Intra-racial Hibridação Intra-racial
 Na Índia mais de 1000 cultivares

Hibridação Inter-racial  Brasil mais de 200 cultivares (Donadio et al., 1996)

Milhares de variedades distribuídas em todo mundo

São José| 1996 / Santos | 2008

Descrição da planta Descrição das raízes

 Raízes
 Bem copada
 Pivotante – 5 m profundidade;
 até 30 metros de altura
 Absorção e sustentação.
 Hábito de crescimento ereto ou
esparramado

 Sempre verde

 Fluxos vegetativos de agosto a março

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Descrição da caule Descrição das folhas

 Folhas

 Lignificado  Alternadas

 Numerosos ramos grossos  Com pecíolo (1,5 cm)


- os baixos esparramados
- os mais altos eretos  Coriáceas, lanceoladas com a base do limbo
arredondada
 vários fluxos vegetativos
 Face adaxial verde-escuro e nervura principal
amarelo-esverdeada

Descrição da inflorescência Descrição das flores


 Perfeitas e masculinas
 Tamanho 8 mm Ø
 Panículas - forma piramidal  Cálice
 nectário
 Desenvolve entre 35 – 42 dias  4-5 sépalas (3-7)
 4-5 pétalas (3-7)
 Comprimento: 60 cm  4-5 estames/estaminóides (1-2 funcionais)
 ovário súpero
 Planta: até 3.000 panículas tricarpelar – 1 fértil (fruto unilocular)

 Panícula: 200 a 6.000 flores

Fotos: Juliana H. de Sousa


 Flor: hermafrodita e masculina

 Abertura flores: 21 dias após


desenvolvimento

 Duração: 18 a 23 dias

Descrição das flores Descrição das flores


 Posicionamento na panícula

 Masculinas – base
70-85% das flores

 Hermafroditas - ápice
15-30% das flores
Fotos: Juliana H. de Sousa

Hermafrodita Masculina

Fotos: Juliana H. de Sousa

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Descrição do fruto Diferenciação floral

 drupas • Estresse hídrico ou estresse térmico


forma e tamanho variados
peso 50 a 2000 g (80 a 900 g)

 Exocarpo – lenticelas e estômatos


coloração variada

 Mesocarpo – carnoso com ou sem fibras Foto: Leucena (2006)


Coloração amarelo exocarpo
sabor doce acidulado
mesocarpo

 endocarpo - caroço endocarpo

 Climatérico

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Fitorreguladores no desenvolvimento da mangueira Fitorreguladores no desenvolvimento da mangueira


Sem estresse Com estresse
quebra da dormência das ++ ramos vegetativos =
gemas = + giberelina ++ giberelinas e AIA
Citocinina - quebra da dormência das ++ ramos florais
inibição do cresc. dos gemas, ABA – converte gema
-- ramos vegetativos =
ramos vegetativos vegetativa para floral
-- giberelinas e AIA

Xilema Floema Xilema Floema


(++CKs) (-- GA,AIA) (--CKs) (++GA,AIA) Xilema
(++CKs,ABA)

Inibição do cresc. radicular =


Cresc. Raízes = -- citoquininas
++ citocininas O desenvolvimento da planta dependerá da disponibilidade de 6 a 12 semanas de
carboidratos, compostos nitrogenados, água e nutrientes. Cresc. Raízes = ++ citocininas e estresse hídrico
++ ácido abscísico

Diferenciação floral Florescimento

• Temperatura no Florescimento
• SP
Estresse hídrico – set/out

Foto: Leucena (2006)


cv. Haden

T oC dia T oC % panículas Requerimento


noite formadas em dias • Vale do São Francisco
19 13 87 4-45 Uso de fitorregulador – o ano todo
25 19 60 12-20
31 25 0 -
Shu & Sheen (1987)

Polinização Polinização

 Dicogamia protogínica  Baixa – grão de pólen pesado

- não há autopolinização  Estigma receptivo 72 horas


Foto: Juliana H. de Sousa
Foto: Juliana H. de Sousa

- flores hermafroditas abrem à noite, com o estigma  Pólen (200-300/antera) viável 48 horas
receptivo, mas os grãos de pólen da mesma flor ainda
estão imaturos.  Entomófila e anemófila (polinização cruzada)

- o pólen só é liberado quando o estigma não está mais  Abelhas não costumam visitar – flores pouco atrativas
receptivo

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Polinização Polinização

Polinizadores mais efetivos - % polinização por visitas às flores: Principais polinizadores:

Vespas......................46% Diptera (moscas) – 51,6%;

Abelhas sem ferrão....42% Lepidoptera (mariposas) – 33%.

Formigas grandes......33%

Moscas grandes.........24%

(ANDERSON et al, 1982)

Fotos: Juliana H. de Sousa Fotos: Juliana H. de Sousa

Frutificação Frutificação

 no máximo 35% das flores são polinizadas

 Frutificação baixa: ~ 0,01% o nº de frutos no estande final

 25% das panículas mantém frutos até a maturação

Fatores que prejudicam a Frutificação Fatores que prejudicam a Frutificação


 Fisiológicos:
- exaustão da planta para manter um elevado número de flores e de frutos
 Biológicos: em desenvolvimento

- baixa quantidade de flores hermafroditas  Climáticos:


- luz: floresce mas não frutifica na sombra
- baixa % de polinização
- temperatura: < 15 oC reduz a viabilidade do grão de pólen
- estrutura da flor (posição oposta dos órgãos florais, estigma rudimentar)
- chuva: durante florescimento danifica as flores
- baixa viabilidade dos grãos de pólen dilui as secreções do estigma
impede a dispersão dos grãos de pólen
- ausência de agente polinizador favorece o aparecimento de doenças

- doenças - vento: derruba flores e frutos

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Desenvolvimento do fruto Biologia reprodutiva

 Maturação
- dependente da variedade

Graus dias
Tb: 10oC (Silva, 1996)

Variedade Graus Dias No dias


Haden 1270 92
Palmer 1962 115
Tommy Atkins 1627 118
Souza (2007)

Biologia reprodutiva Efeito da ambiente no cultivo da mangueira


 Temperatura
 20 a 24 °C
Alternância de produção - produção da safra anterior  não tolera geadas
- produção de carboidratos
 Umidade
- florescimento
 precipitações acima de 1.000 mm/ano
- polinização  chuvas no florescimento – fator limitante - derrubam
as flores, dificultam a polinização e fertilização,
- pegamento dos frutos
aumentam a incidência de doenças fúngicas sobre a
panícula (oídio e antracnose).

 Radiação solar
 abundante para florescer e frutificar
 espaçamentos inadequados florescem
mas não frutificam

Variedades comerciais Raças de mangueiras


Características dos frutos Raça indiana Raça indochinesa
forma Mais arredondados Mais alongados
Grupo Indiano
cor Bem coloridos Geralmente
• Sementes monoembriônicas;
variando de rosa a amarelo-
• Frutos coloridos e suscetíveis à antracnose. vermelho intenso esverdeados quando
maduros
fibra Podem ter ou não Geralmente não tem
sabor Doce e pouco Doce e pouco ácido.
ácido. Fortemente Não aromatizados
aromatizado
Grupo Indochinês ou Filipino
semente Monoembriônica Poliembriônica
• Sementes poliembriônicas;
• Frutos esverdeados e tolerantes à antracnose. Resistência à antracnose suscetíveis Geralmente
resistentes

Foto: Toptropicals.com

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Variedades comerciais Principais variedades de copa


Grupo Indiano

Grupo Indochinês ou Filipino

Foto: Toptropicals.com

Principais variedades de copa Principais variedades de copa


 Haden

 porte médio – crescimento lento

 panícula 40 cm

Keitt Haden Palmer  fruto grande – ovalado-codiforme (12 cm)

 peso do fruto – 420 a 540 g

 polpa firme, bom sabor, com muitas fibras

 semente monoembriônica
Tommy  suscetível à antracnose
Van Dyke Atkins Kent
 suscetível à seca da mangueira

Principais variedades de copa Principais variedades de copa


 Keitt
 Kent
 copa aberta – ramos arcados
 fruto grande – ovalado (13 cm)
 produtividade regular - tardio
 peso do fruto – 560 g
 fruto grande – oval alongado (15 cm)
 Casca cor verde-amarelada
 peso do fruto – até 1 Kg
 polpa sucosa, doce com poucas fibras
 Casca amarela e vermelha
 caroço pequeno 30g
 polpa sucosa e firme, sem fibras
 monoembriônica
 caroço pequeno
 maturação tardia, produtividade regular
 monoembriônica
 suscetível à antracnose e ao oídio
 mediamente resistente à antracnose

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Principais variedades de copa Principais variedades de copa


Tommy Atkins
 Palmer  vigorosa e produtiva

fruto grande – oblongo (14 cm)


 fruto grande (15 cm)
 peso do fruto – 560 g
 peso do fruto – 900 g  Casca lisa amarela vermelha com serosidade
 Casca cor laranja-amarelada  polpa amarela, doce, firme e fibras finas
 polpa doce, amarela com poucas fibras
 caroço pequeno 40g
 caroço 50g  monoembriônica
 monoembriônica  meia-estação
 maturação tardia, produtividade regular
 problemas de ordem fisiológica

Principais variedades de copa Principais variedades para exportação

Van Dyke A variedade da fruta que melhor atende às exigências do mercado


internacional é a Tommy Atkins, em razão de sua coloração
 porte médio, produtiva avermelhada que a torna mais atraente para o consumidor e sua
casca grossa que a torna mais resistente ao armazenamento e
fruto codiforme transporte.

 peso do fruto – 300 a 350 g - Plantações brasileiras:

 Casca lisa amarelo-avermelhada Tommy Atkins: 80%

 polpa doce Haden: 10%

 caroço pequeno

 monoembriônica

 meia-estação

Principais variedades de porta-enxerto Principais variedades de porta-enxerto

• A escolha do porta-enxerto para a mangueira está condicionada à


disponibilidade de sementes, dando preferência às variedades locais,
de pequeno porte.

• A seleção do porta-enxerto varia com a região: Espada Ubá Coração de Boi


- Nordeste: Espada, Carlota, Rosa, Itamaracá e Coité

- Minas Gerais e São Paulo: Espada, Sapatinho, Ubá, Rosinha,


Coquinho e Coração de Boi

• A manga Espada - bem utilizada pelos viveiristas - vigorosa e


tolerante à seca-da-mangueira
coquinho Rosinha Carlota

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Propagação da manga Propagação da manga


 Sementes
 Sementes

 Poliembriônicas: 3 – 10 embriões Obtenção de porta-enxerto


1 zigótico, demais nucelares
- Colheita planta matriz
 Monoembriônicas: 1 zigótico (≠ parentais) - Frutos maduros
- Retira-se o caroço da polpa e coloca para secar à sombra
 Porta-enxertos: características desejáveis - Retira-se o endocarpo
-  poder germinativo (80% para 100%)
- Árvores vigorosas, sadias e produtivas - uniformidade crescimento
- Sistema radicular bem desenvolvido - menor tempo para a enxertia
- Poliembriônicas - Semeadura a 5 cm profundidade
- Tolerante a “seca da mangueira” - Germinação em 20 dias

Propagação da manga Propagação da manga


Enxertia
 Enxertia
 Garfagem – fenda cheia
 Garfagem
Porção terminal 4 a 12 meses

Fenda cheia Inglês complicado

Produção de mudas
Propagação da manga
Colheita dos frutos e
Enxertia semeadura Transplante
 Garfagem – inglês complicado 20 a 40 dias

60 a 90 dias
Germinação e
emergência Enxertia
Foto: I.S.E. Bally

60 a 120 dias

Muda pronta

Total
260 a 430 dias
3 meses após enxertia

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Produção de mudas Produção de mudas

Instalação da cultura Instalação da cultura


Preparo do solo
Escolha da cultivar
 aração, gradagem, calcário e coveamento
 Região  Dimensões das covas: 0,6 x 0,6 x 0,6 m.
- época de produção  Adubação na cova:
- precoces e tardias são melhores 20-40 L de MO
- meia estação: há excesso de produção SS: 1 kg
Cloreto de potássio: 100 g
 Copa
- mercado externo: Haden, Tommy Atkins, Keitt, Kent Plantio

 Porta-enxerto mudas de torrão 1-2 anos


- Rosinha, coquinho, espada, etc. período de chuva
Espaçamento 10 x 10 m, 10 x 12 m, 8 x 5 m,
etc
 o espaçamento depende do uso de poda.

Espaçamento Tratos culturais


- Década de 1960: 10 m x 10 m (100 plantas/ha)

- Evolução: 5 m x 5 m – retirando-se depois uma linha (10 m x 5 m


– 200 plantas/ha)

- Padrão atual: 8 m x 5 m (250 plantas/ha)

- 7 m x 4 m (357 plantas/ha)

- Superadensados:

Egito: 4 m x 2 m (1250 plantas/ha)

África do Sul: 3 m x 1m (3.333 plantas/ha)

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Adubação Adubação

• Plantio • Adubação de formação


P resina, mg.dm-3 K+ trocável, mmolc.dm-3
Idade Nitrogênio
0-12 13-30 >30 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
Quantidades de P2O5 e K2O indicadas para a adubação de plantio da
Anos N, g.planta-1 ------------P2O5, g.planta-1---------- ---------------------K2O, g.planta-1------------------
mangueira.
P no solo, mg.dm-3 K no solo, cmolc.dm-3 0-1 30 0 0 0 40 0 0 0

<10 10-20 21-40 >40 <0,16 0,16-0,30 0,31-0,45 >0,45 1-2 60 160 80 60 80 40 0 0
P2O5 em g.planta-1 K2O em g. planta-1 2-3 120 240 160 100 160 120 80 40
150 120 90 60 100 80 40 20 3-4 160 320 240 120 240 180 120 80
Fonte: Embrapa

Fonte: Boletim 100

Adubação Adubação
• Amostragem das folhas:
• Adubação de produção
- Coletar na época de florescimento, do meio do último fluxo de
vegetação, de ramos com flores na extremidade em função da produtividade das plantas e da disponibilidade de
nutrientes.
- Amostrar 4 folhas por planta, 20 plantas por talhão Produtividade N nas folhas, g.kg-1 P no solo, mg.dm-3 K no solo, cmolc.dm-3
esperada <12 12-14 14-16 >16 <10 10-20 21-40 >40 <0,16 0,16-0,30 0,31-0,45 >0,45
t/ha Kg.ha-1 de N Kg.ha-1 de P2O5 Kg.ha-1 de K2O
<10 30 20 10 0 20 15 8 0 30 20 10 0
Mangueira Faixas de teores de nutrientes consideradas adequados 10-15 45 30 15 0 30 20 10 0 50 30 15 0
15-20 60 40 20 0 45 30 15 0 80 40 20 0
Macronutrientes N P K Ca Mg S
20-30 75 50 25 0 65 45 20 0 120 60 30 0
g/kg 12-14 0,8-1,6 5-10 20-35 2,5-5,0 0,8-1,6 30-40 90 60 30 0 85 60 30 0 160 80 45 0
Micronutrientes B Cu Fe Mn Mo Zn 40-50 105 70 35 0 110 75 40 0 200 120 60 0
mg/kg 50-100 10-50 50-200 50-100 - 20-40 >50 120 80 40 0 150 100 50 0 250 150 75 0

Fonte: Boletim 100 Fonte: Embrapa

Irrigação Irrigação

• sistemas de irrigação: aspersão subcopa, microaspersão e gotejamento.


Evapotranspiração da cultura (ETc) e consumo médio diário da
mangueira cv. Tommy Atkins, aos 6 anos de idade, em Petrolina – PE.
• a escolha baseada na capacidade de retenção e distribuição da água do
solo.
Etc média
Duração
• formação do pomar - imprescindível a irrigação nos períodos de Períodos diária (mm/dia. planta
(dias)
estiagem - bom desenvolvimento vegetativo ou L/dia.planta)
Floração 20 2,3 ou 44,2
Queda de frutos 39 3,2 ou 61,4
• produção (>4-5 ano) - irrigar durante o período de estiagem e Desenvolvimento de frutos 51 4,0 ou 76,8
interromper a irrigação dois a três meses antes da época de Maturação 39 4,6 ou 88,3
florescimento Fonte: Silva (2000), Silva et al. (2000)

•Durante a formação e desenvolvimento do fruto as regas devem ser


frequentes, a fim de evitar a queda dos frutos recém-formados

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Irrigação Irrigação

Gotejamento

Microaspersão

Irrigação Poda
 Poda de formação

- Dar a forma adequada a planta

 Poda de Produção

• Limpeza
• Levantamento da copa
• Lateral
• De topo
• Abertura central
• De equilíbrio
• Correção da arquitetura da planta

Poda de Formação Poda de Formação


 Pomar em formação
 Pomar em formação Após a
5ª poda
 primeiros 2-3 anos após o plantio
2ª poda
 1ª poda de formação (60-80 cm) – três pernadas
1ª poda
 As podas subsequentes deverão ser realizadas removendo-se o
segundo fluxo vegetativo de cada ramo maduro

 A planta deve ser continuamente podada até a 5ª poda ~ 30 meses


de idade e passará a possuir acima de 220 ramos produtivos

Castro Neto (2004)

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Poda de Formação
 Pomar em formação

Brotações em ramos podados acima (esquerda) e abaixo


(direita) do internódio.
Castro Neto (2004)

Podas de Produção Podas de Produção


 Correção da Arquitetura da Planta

- Forma Piramidal

Inserção Rua: 45% do Altura: 55% do


70 cm do solo
inferior a 45º espaçamento espaçamento
entre fileiras entre fileiras

Podas de Produção
 Correção da Arquitetura da Planta

- Forma em Vaso Aberto

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Podas de Produção Forma em Vaso Aberto

 Correção da Arquitetura da Planta

- Forma em Vaso Aberto

Foto: Flávia Breda

Tratos culturais Espada – 10 anos

Foto: Flávia Breda

Espada – 10 anos Palmer – 10 anos

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Tommy Atkins – 10 anos Tratos culturais


 Uso de reguladores de crescimento para indução floral

 Utilizado no Vale do São Francisco (BA e PE)

 Paclobutrazol (PBZ)

- Solo : 1 mL do i.a./1 m de Ø de copa - em 1 L água

4 aplicações semanais de
Paclobutrazol nitrato de cálcio 2,5%

Fonte: Silva & Vilela

Fitorreguladores no desenvolvimento da mangueira Fitorreguladores no desenvolvimento da mangueira


Sem estresse PBZ – inibi a síntese de
quebra da dormência das ++ ramos vegetativos = giberelina
gemas = + giberelinas ++ giberelinas e AIA
quebra da dormência das -- ramos vegetativos
inibição do cresc. dos gemas = + giberelinas
-- ramos vegetativos =
ramos vegetativos
-- giberelinas e AIA

Xilema Floema Xilema Floema


(++CKs) (-- GA,AIA) (--CKs) (++GA,AIA) Xilema
(++CKs)

Inibição do cresc. radicular =


Cresc. Raízes = -- citoquininas
++ citocininas
Cresc. Raízes =
++ citocininas

Principais pragas

 Mosca das frutas


Ceratitis capitata e
Anastrepha fraterculus
Controle Fitossanitário
 Importância
- problemas com exportação

 controle
- eliminar plantas hospedeiras Rossetto | IAC | 2009

- retirar frutos atacados.


- iscas atrativas à base de melaço (7%) ou proteína hidrolisada (1%).
- aplicação de inseticidas

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Principais pragas Principais doenças


 Antracnose
 Tripes Colletotrichum gloeosporioides
Selenothrips rubrocinctus

 Importância
- Atacam folhas, flores e inflorescências
- página inferior da folha
- prejudica a polinização
- danos em frutos

 controle
- químico – pulverização inseticidas

Rossetto | IAC | 2009

Principais doenças Principais doenças


 Antracnose
 Antracnose Colletotrichum gloeosporioides
Colletotrichum gloeosporioides

 Importância
- afeta ramos novos, folhas, inflorescências e frutos
- morte total ou parcial da planta
- pós-colheita a principal doença

controle
- controle químico

 + suscetíveis: Haden, Kent, Bourbon e Palmer


 - suscetíveis: Tommy Atkison e Van Dyke

Variedade ‘Haden’

Principais doenças Principais doenças


 Oídio  Oídio
Oidium mangiferae Oidium mangiferae

 Importância
- folhas, flores e frutos novos
- abortamento, queda de frutos e folhas
- ambiente seco (20 – 65% UR)

controle
- químico - antes florescimento até frutificação
Fotos: S. Nelson

 + resistentes:
- Keitt, Bourbon e Tommy Atkison

Foto: S. Nelson Rossetto | IAC | 2009

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Principais doenças Principais doenças


 Oídio  Seca da mangueira
Oidium mangiferae Ceratocystis fimbriata

 Importância
- a mais destrutiva de SP
- seca de ramos → tronco ← raízes
- pode matar a planta
- associada a coleobrocas

controle
- poda 40 cm abaixo do tecido morto
- monitorar o inseto
- aplicação inseticida pasta ou pincelado
- plantio de mudas sadias
Foto: S. Nelson
Rossetto | IAC | 2009

Principais doenças Principais doenças


 Mancha angular
 Mal formação floral e vegetativa
Xanthomonas campestris pv. mangiferaeindicae
Fusarium moniliforme f.sp. subglutinans

 Importância
- erradicação de pomares de Tommy Atkins
 Importância
- redução da panícula - embonecamento
- folhas: manchas angulares
- panículas murcham - massas negras
- inflorescências: lesões negras e profundas
- produção de brotos vegetativos
- ramos: murcha e seca da porção terminal Rossetto | IAC | 2009
- frutos: lesões circulares
 controle
- mudas sadias
 controle
- eliminação de brotos e inflorescências malformadas,
- mudas sadias
com posterior queima
- desinfecção do material de propagação
- químico: cúpricos a cada 15 dias períodos chuvosos
 tolerantes
- Haden e Palmer

Colheita Colheita
Variedades precoces
A cor da casca não está relacionada com a cor da - Haden: fim de nov. início de dez.
polpa e com a época de colheita
Variedades de meia estação
- Tommy Atkins: segunda quinzena de dez.

Variedades tardias
- Keitt: fim de dez .e início de jan.

Tommy Atkins Kent Keitt Frutos colhidos de vez

Determinação do ponto de colheita


Cor - verde escuro para verde claro
Látex - quando de vez não escorre
Ombro – na altura do pedúnculo ou acima
Haden Florescimento a colheita - 105 a 120 dias

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Colheita Colheita

Pós-Colheita Casa de embalagem Pós-Colheita Casa de embalagem

Pós-Colheita Casa de embalagem Pós-Colheita Casa de embalagem


Tanque: água a 53oC + fungicida / 5 min

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Pós-Colheita Casa de embalagem Pós-Colheita Casa de embalagem

Pós-Colheita Casa de embalagem Pós-Colheita Casa de embalagem

Pós-Colheita Casa de embalagem Pós-Colheita Casa de embalagem

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16/10/2012

Pós-Colheita Casa de embalagem Pós-Colheita Casa de embalagem

Pós-Colheita Casa de embalagem Pós-Colheita Casa de embalagem

Pós-Colheita Casa de embalagem Pós-Colheita

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Pós-Colheita Grade de Agroquímicos – PI manga

Grade de Agroquímicos – PI manga


Grade de Agroquímicos – PI manga

Grade de Agroquímicos – PI manga


Grade de Agroquímicos – PI manga

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Grade de Agroquímicos – PI manga Grade de Agroquímicos – PI manga

Grade de Agroquímicos – PI manga Grade de Agroquímicos – PI manga

mbsposito@usp.br

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