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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL

ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCESSAMENTO
ARTESANAL DE
PRODUTOS DE HIGIENE
E LIMPEZA
“O SENAR-AR/SP está permanentemente
empenhado no aprimoramento profissional e
na promoção social, destacando-se a saúde
do produtor e do trabalhador rural.”
FÁBIO MEIRELLES
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Gestão 2020-2024

FÁBIO DE SALLES MEIRELLES


Presidente

JOSÉ CANDEO SERGIO ANTONIO EXPRESSÃO


Vice-Presidente Diretor 2º Secretário

EDUARDO LUIZ BICUDO FERRARO MARIA LÚCIA FERREIRA


Vice-Presidente Diretor 3º Secretário

MARCIO ANTONIO VASSOLER LUIZ SUTTI


Vice-Presidente Diretor 1º Tesoureiro

TIRSO DE SALLES MEIRELLES PEDRO LUIZ OLIVIERI LUCCHESI


Vice-Presidente Diretor 2º Tesoureiro

ADRIANA MENEZES DA SILVA WALTER BATISTA SILVA


Diretor 1º Secretário Diretor 3º Tesoureiro

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL


ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
CONSELHO ADMINISTRATIVO

FÁBIO DE SALLES MEIRELLES


Presidente

DANIEL KLÜPPEL CARRARA SUSSUMO HONDO


Representante da Administração Central Representante do Segmento das Classes Produtoras

ISAAC LEITE CYRO FERREIRA PENNA JUNIOR


Presidente da FETAESP Representante do Segmento das Classes Produtoras

MÁRIO ANTONIO DE MORAES BIRAL


Superintendente

SÉRGIO PERRONE RIBEIRO


Coordenador Geral Administrativo e Técnico
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCESSAMENTO ARTESANAL
DE PRODUTOS DE HIGIENE E
LIMPEZA

Leonel Aparecido Balatore Liporoni

SENAR-AR/SP
São Paulo - 2017
IDEALIZAÇÃO
Fábio de Salles Meirelles
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

SUPERVISÃO GERAL
Claudete Morandi Romano
Chefe da Divisão de Saúde, Promoção Social, Esporte e Lazer do SENAR-AR/SP

RESPONSÁVEIS TÉCNICOS
Isabela Pennella Rocha de Oliveira
Divisão de Saúde, Promoção Social, Esporte e Lazer do SENAR-AR/SP

AUTOR REVISÃO GRAMATICAL


Leonel Aparecido Balatore Liporoni André Pomorski Lorente
Químico
FOTOS
COLABORADORA TÉCNICA NOS ITENS Pierre Mendes Alves de Souza
ESCOLHA, HIGIENIZAÇÃO DO LOCAL E
INSTALAÇÕES DIAGRAMAÇÃO
Roberta Zanovelli Rossini Thais Junqueira Franco
Engenheira de Alimentos Diagramadora do SENAR-AR/SP

COLABORADORA TÉCNICA NO ITEM 8. SIGA AS AGRADECIMENTOS


RECOMENDAÇÕES ABAIXO PARA OS CASOS Sindicato Rural de Bebedouro
DE ACIDENTE
Regina Salioni Duarte
Enfermeira, especialista em Administração
Hospitalar e Saúde Pública

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD

Liporoni, Leonel Aparecido Balatore


Processamento artesanal de produtos de higiene e limpeza / Leonel
Aparecido Balatore Liporoni. – São Paulo : SENAR/AR-SP, 2017.
65 p. : il. color. ; 30 cm

Bibliografia
ISBN 978-85-99965-95-5

1. Produtos de limpeza 2. Detergentes 3. Sabão 4. Amaciante de


roupas 5. Álcool perfumado I. Liporoni, Leonel Aparecido Balatore
II. Título

CDD 668

Elaborado por Carolina Malange Alves - CRB-8/7281

Direitos Autorais: é proibida a reprodução total ou parcial desta cartilha, e por qualquer processo, sem a
expressa e prévia autorização do SENAR-AR/SP. Material impresso no SENAR-AR/SP

4 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO...................................................................................................................................................... 7

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................................... 9

PROCESSAMENTO ARTESANAL DE PRODUTOS DE HIGIENE E LIMPEZA ..................................................... 9

I. PREPARAR O LOCAL DE TRABALHO....................................................................................................11



I. REUNIR MATERIAL.................................................................................................................................. 13

III. PREPARAR-SE PARA A ATIVIDADE....................................................................................................... 14

IV. PRESERVAR OS PRODUTOS QUÍMICOS............................................................................................... 17



V. PREPARAR O BRANCOL......................................................................................................................... 18

VI. PREPARAR O SEBO................................................................................................................................. 21

VII. PREPARAR O SABÃO COM SEBO E POLPA DE FRUTAS................................................................... 24

VIII. PREPARAR O SABÃO COMUM EM BARRA........................................................................................... 29

IX. PREPARAR O SABÃO COMUM CANFORADO...................................................................................... 32

X. PREPARAR O SABÃO EM PASTA........................................................................................................... 36

XI. PREPARAR O SABÃO LÍQUIDO.............................................................................................................. 38

XII. PREPARAR DETERGENTE SEM GORDURAS (ALCALINO)................................................................. 41

XIII. PREPARAR AMACIANTE DE ROUPAS................................................................................................... 45

XIV. PREPARAR REPELENTE DE INSETOS PARA AMBIENTES................................................................. 48

XV. PREPARAR LAVA-ROUPAS LÍQUIDO..................................................................................................... 51

XVI. PREPARAR O DETERGENTE AMONIACAL........................................................................................... 54

XVII. PREPARAR ALVEJANTE À BASE DE CLORO....................................................................................... 58

XVIII. PREPARAR ÁLCOOL PERFUMADO....................................................................................................... 60

XIX. HIGIENIZAR AS EMBALAGENS PARA REAPROVEITAMENTO............................................................ 62

XX. HIGIENIZAR AS EMBALAGENS DE PRODUTOS QUÍMICOS PARA DESCARTE................................ 63

XXI. HIGIENIZAR RECIPIENTES E UTENSÍLIOS UTILIZADOS EM FÓRMULAS COM PRODUTOS


QUÍMICOS ......................................................................................................................................... 63

XXII. IDENTIFICAR OS PRODUTOS PRONTOS.............................................................................................. 64

XXIII. ARMAZENAR OS PRODUTOS PRONTOS.............................................................................................. 64

BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................................................... 65

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APRESENTAÇÃO

O
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL – SENAR, criado em 23 de
dezembro de 1991, pela Lei n.º 8.315, e regulamentado em 10 de junho de 1992
como Entidade de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos,
teve a Administração Regional do Estado de São Paulo criada em 21 de maio de 1993.

Instalado no mesmo prédio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São


Paulo – FAESP, o SENAR-AR/SP tem como objetivo organizar, administrar e executar, em
todo o Estado de São Paulo, o ensino de Formação Profissional e de Promoção Social
Rurais dos pequenos produtores, trabalhadores rurais e seus familiares que atuam na
produção primária de origem animal e vegetal, na agroindústria, no extrativismo, no apoio
e na prestação de serviços rurais.

A Divisão de Saúde, Promoção Social, Esporte e Lazer do SENAR-AR/SP, com o intuito


de contribuir para a melhoria da qualidade das atividades desenvolvidas, apresenta esta
cartilha relacionada à linha de ação Artesanato.

As atividades da linha de ação Artesanato da Promoção Social do SENAR/AR-SP têm


por finalidade a produção artesanal de objetos úteis, artísticos e decorativos, utilizando
matéria-prima disponível na região. O Artesanato rural deve contribuir para a preservação e
divulgação das expressões culturais regionais. Pode ou não ter fim comercial, estimulando
a organização de grupos.

As atividades relacionadas a esta área têm caráter educativo e preventivo e apresentam


informações básicas sobre a extração e coleta da matéria-prima, respeitando a legislação
ambiental, buscando a produção artesanal com sustentabilidade.

As cartilhas são recursos instrucionais de extrema relevância para o processo de Promoção


Social e, seguindo metodologia própria, constituem um reforço para o conhecimento
adquirido pela família rural nas atividades promovidas pelo SENAR-AR/SP em todo o
Estado.

Fábio de Salles Meirelles


Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

“PLANTE, CULTIVE E COLHA A PAZ”

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INTRODUÇÃO

Nesta cartilha, são descritas algumas técnicas artesanais para a confecção de produtos de
higiene e limpeza, utilizando como matérias-primas básicas o sebo e o óleo de cozinha usado.

Mesmo considerando as técnicas descritas e seus respectivos produtos, pode-se obter itens
diferenciados feitos com essas matérias-primas, pois há vários outros meios existentes para
se chegar ao mesmo resultado.

Contém informações sobre o local, preparo e manuseio das matérias-primas e execução


das técnicas.

Trata dos cuidados necessários para evitar acidentes e ainda informa sobre os aspectos de
preservação do meio ambiente e assuntos que possam interferir na melhoria da qualidade
dos produtos.

PROCESSAMENTO ARTESANAL DE
PRODUTOS DE HIGIENE E LIMPEZA

No meio rural, a atividade artesanal faz parte do cotidiano das pessoas. São confeccionados
artefatos de utilidade doméstica e/ou para a lida rural, ou ainda objetos para decoração,
utilizando, muitas vezes, matéria-prima obtida na natureza. É desenvolvido de forma
sustentável, com vistas à preservação ambiental, e permite a difusão cultural.
Nesta cartilha, a matéria-prima é o sebo e o óleo de cozinha, muito comuns de se encontrar
no meio rural e que podem ser aproveitados para a confecção de produtos de higiene e
limpeza.
Por Higiene entende-se o ato que permite às pessoas manterem ou promoverem uma boa
saúde através do hábito de limpeza pessoal, bem como a do ambiente que as rodeia, e
quando necessário através da aplicação de algum bactericida nas superfícies, equipamentos,
materiais e objetos de uso pessoal ou não, a fim de impedir uma infecção.
Convencionalmente, pode-se definir Limpeza como a remoção mecânica ou química de tudo
aquilo que é sujo, podendo ser um objeto ou um local.
Historicamente não se tem registro de quando o homem começou a confeccionar seus
produtos de higiene e limpeza, com exceção da produção do sabão.
O sabão sempre foi conhecido pela maior parte das culturas antigas (egípcia, grega, romana),
que o usava tanto para lavar o corpo quanto para as roupas. Era feito com água, gorduras
vegetais e animais (sebo) e cinzas de vegetais.
Sua fabricação é, sem dúvida, uma das atividades industriais mais antigas de nossa
civilização, podendo ter sido originada em algum período anterior ao século XXV a.C.

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O processo de formação do sabão como uma reação química era desconhecido.
Verdadeiramente o sabão nunca foi “descoberto”. Surgiu gradualmente de misturas de
materiais alcalinos e matérias graxas (alto teor de gordura) experimentadas pelos povos
durante muito tempo.
O início da evolução tecnológica e os primeiros aperfeiçoamentos no processo de fabricação
foram obtidos substituindo as cinzas de madeira pela lixívia (água de cinzas) rica em hidróxido
de potássio, obtida pela passagem da água através de uma mistura de cinzas e cal.
Nos primeiros anos do século XIII o sabão passou a ser produzido em quantidades
significativas e suficientes para ser considerado uma indústria de verdade. Até o princípio
do século XIX, pensava-se que o sabão fosse uma mistura mecânica de qualquer gordura
com qualquer álcali (menos ácido).
Foi quando um químico francês mostrou que a formação do sabão era na realidade uma
reação química que dependia de vários fatores para ocorrer. Nessa época, estas pesquisas
completavam estudos para a recuperação da glicerina nas misturas da saponificação (reação
do sabão).
Durante aproximadamente 2.000 anos, os processos básicos utilizados para fabricação de
sabões permaneceram praticamente imutáveis. As modificações maiores começaram quando
foi descoberto o pré-tratamento das gorduras e dos óleos, na obtenção de novas e melhores
matérias-primas, para o processo de fabricação e acabamento do sabão.
Atualmente, seria inimaginável viver sem os produtos de higiene e limpeza feitos pela indústria,
para a promoção da saúde da população.
Os países em desenvolvimento possuem um alto índice de doenças resultantes de maus
hábitos de higiene. O aparecimento de certas doenças infecciosas nas casas, locais de
trabalho e em outros locais públicos indica que há muitos aspectos a melhorar.
Vários estudos mostram que alguns tipos de germes podem persistir nas superfícies
das cozinhas, banheiros, lavanderias e outros lugares da casa, entre eles a Samonella e
Escherichia coli, que podem causar várias infecções gastrointestinais graves. A maioria destes
germes reproduz-se em áreas úmidas e escuras dos locais, como lavatórios, chuveiros,
sanitários e esgotos, enquanto os fungos e bolores podem crescer em superfícies úmidas
claras, tais como paredes com azulejos e tintas laváveis.
Outras bactérias, tais como os Estafilococos, que causam infecções na pele, nas feridas e
nos olhos, além dos vírus, podem sobreviver em superfícies secas, tais como toalhas de
banho e rosto, roupa de cama, maçanetas das portas, torneiras e teclados de computador.
É nesse contexto que os produtos de higiene e limpeza desempenham um papel de relevante
importância, tanto dentro como fora de casa. São indispensáveis para a conservação
adequada dos bens pessoais e combatem a proliferação de germes e doenças, quando
associados a práticas de higiene habituais e regulares.
No âmbito rural, a higiene e limpeza no ambiente doméstico contribuem para a prevenção
de doenças nos membros da família, evitando gastos com tratamentos. Nas áreas relativas
à produção, o ambiente limpo contribui para o aumento da produtividade e obtenção de
produtos com qualidade.
A limpeza das instalações rurais são práticas que devem ser rotineiras na propriedade, pois
são essenciais para preservar a saúde dos animais, prevenir, controlar e eliminar doenças
no rebanho.
I. PREPARAR O LOCAL DE TRABALHO

O local deve ser amplo, coberto, fechado,


com boa exaustão, bem iluminado,
ventilado, porém sem corrente de vento,
preferencialmente com telas nas janelas.
Deve possuir rede de esgoto, pias e torneiras
servidas de água potável, apresentar mesa,
bancada e uma estrutura básica para o
processamento dos produtos.

1. HIGIENIZE O LOCAL E AS INSTALAÇÕES

1.1. Separe o material

• Água sanitária

• Balde

• Borrifador

• Detergente neutro

• Escova

• Esponja

• Luvas

• Pá de lixo

• Pano limpo

• Rodo

• Vassoura

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1.2. Colete todo o resíduo ou outro material existente no 1.3. Varra o local
chão, na mesa de manipulação e nos utensílios

1.4. Lave todo o local (paredes, pisos, mesas, portas e janelas) com água e detergente

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II. REUNIR MATERIAL

Para esta atividade são utilizados sebo animal e óleo de cozinha usado, bem como os
seguintes utensílios e ferramentas:

• Arco e serra

• Avental

• Bacia plástica 15 litros

• Bacia plástica 5 litros

• Balança até 10 kg

• Balança até 125 gramas

• Balde capacidade 18 litros

• Botas
• Garrafa PET 600 ml
• Cabos de vassoura ou pedaços de
• Luvas amarelas (látex)
madeira limpos
• Máscara
• Caixas de papelão médias
• Mesa
• Caneca plástica graduada 1 litro
• Óculos de proteção
• Caneta piloto
• Palha de aço
• Colher (sopa) descartável
• Panela capacidade 10 litros
• Colher de madeira
• Panela capacidade 5 litros
• Copo graduado 500 ml
• Peneira média
• Embalagem de plástico grosso (como
amaciante de roupas) • Peneira pequena com malha fina
• Esponja dupla face • Placa de polietileno
• Estilete • Potes de margarina
• Faca aço inox • Ralador
• Fogão • Saco plástico de lixo (30 litros)
• Funil médio • Termômetro
• Galão 5 litros • Toucas descartáveis
• Garrafa PET 2L

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III. PREPARAR-SE PARA A ATIVIDADE

Essa atividade apresenta alguns riscos para a saúde e segurança da pessoa que manipula
produtos químicos.

Para minimizar os riscos e evitar acidentes, são estabelecidas regras de segurança que
dependem do comportamento de cada um.

1. RETIRE RELÓGIOS, 2. C A L C E S A P A T O S 3. VISTA TOUCA


JOIAS, BIJUTERIAS E FECHADOS
ACESSÓRIOS No caso de cabelos
compridos, prenda-os antes
de vestir a touca.

4. COLOQUE ÓCULOS DE PROTEÇÃO 5. COLOQUE MÁSCARA

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6. CALCE AS LUVAS 7. VISTA O AVENTAL

Além do uso de EPIs e de vestimenta adequada, é necessário observar as seguintes


recomendações de segurança:

• Entre no local somente mediante autorização do responsável;

• Leve para o local apenas o material essencial para a atividade;

• Saia do local para comer, beber e fumar;

• Conheça a localização de equipamentos de segurança, de primeiros socorros, pias e


torneiras;

• Desligue gás, torneira, energia elétrica e equipamentos em situações de emergência;

• Abandone o local calmamente, caso surja alguma situação de emergência.

8. SIGA AS RECOMENDAÇÕES ABAIXO PARA OS CASOS DE ACIDENTE

Precaução: Em caso de acidentes com ferimentos, é proibida a utilização de materiais


caseiros não indicados pelo profissional de saúde, pois pode causar maiores danos ao
ferimento.

Incêndio no local

• Mantenha a calma;

• Desligue todos os equipamentos elétricos e eletrônicos, se possível;

• Abandone o local calmamente;

• Recorra aos métodos adequados para a extinção do fogo;

• Procure ajuda profissional caso o incêndio seja incontrolável.

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Incêndio na pessoa

• Peça ajuda aos responsáveis;

• Deite-se no chão;

• Role, remexendo-se até extinguir o fogo;

• Elimine o agente causador da queimadura ou remova a vítima do local;

• Molhe os lábios da vítima;

Precaução: Deve-se evitar oferecer água para a vítima beber, pois algumas queimaduras
danificam os rins, impedindo a eliminação da água pelo organismo.

• Peça ajuda ao profissional de saúde.

Precaução: O uso de extintores direcionados às pessoas é proibido, pois pode causar


acidentes.

Cortes

• Lave o ferimento com água fria abundante por 5 minutos;

• Certifique-se de que todo resíduo químico foi eliminado;

• Peça ajuda ao profissional de saúde.

Queimaduras

• Proteja a vítima com saco plástico limpo;

• Conduza a vítima ao hospital com cuidado, se possível;

• Chame socorro especializado imediatamente, caso não seja possível conduzir a vítima
ao hospital.

Produtos químicos na pele

• Remova o excesso de substância química da pele com escova ou pano;

• Molhe ou mergulhe a área atingida pelo produto em água limpa;

Precaução: Esse procedimento deve ser feito somente após a remoção do excesso de
substância química, pois alguns produtos reagem com a água, aumentando a lesão.

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• Aplique vinagre no local atingido se o produto for alcalino (soda cáustica) e bicarbonato de
sódio se o produto for ácido (ácido muriático), se tiver conhecimento sobre qual produto
causou a lesão.

Produtos químicos nos olhos

• Lave com água fria abundante por 15 minutos;

• Mantenha os olhos abertos durante a lavagem;

• Cubra o(s) olho(s) atingido(s) com gaze ou pano limpo gelado;

Precaução: Deve-se evitar esfregar os olhos, pois pode haver uma piora da lesão.

• Encaminhe a vítima ao hospital.

IV. PRESERVAR OS PRODUTOS QUÍMICOS

Para que seja preservada a qualidade, função e força reativa dos produtos químicos, é
necessário seguir as recomendações técnicas.

• Mantenha os produtos químicos em suas embalagens originais, preservando o rótulo e


a embalagem;

• Retire do frasco apenas a quantidade indicada nas fórmulas;

• Trate com cuidado, evitando que os resíduos atinjam o esgoto do local em sua forma
bruta.

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V. PREPARAR O BRANCOL

Este produto tem duas finalidades na


composição dos sabões. A primeira é a de
dar ou afinar a cor e a segunda é conservar
o sabão por mais tempo e melhorar o
desempenho dos componentes alcalinos.

É um produto utilizado para tornar um sabão


ou detergente opaco com tonalidades de
branco. Sua utilização contribui para manter
as características originais do produto,
agindo apenas na variação da tonalidade
das cores, e é utilizado na fabricação de sabão caseiro como apelo de beleza.

O rendimento esperado é de, aproximadamente, 200ml.

Pode ser utilizado em todos os produtos propostos nesta cartilha.

1. SEPARE OS MATERIAIS

• Água: 200 ml

• Cal de caiação: 20 gramas

• Soda cáustica: 1 grama

2. PESE 1 GRAMA DE SODA CÁUSTICA 3. COLOQUE A SODA CÁUSTICA NUM


COM O AUXÍLIO DE UMA COLHER DE RECIPIENTE PLÁSTICO COM 100 ML
SOPA DESCARTÁVEL DE ÁGUA

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4. MEXA COM O AUXÍLIO DA COLHER 6. PESE 20 GRAMAS DE CAL COM O
DE SOPA DESCARTÁVEL AUXÍLIO DE OUTRA COLHER DE
SOPA DESCARTÁVEL
5. RESERVE

7. A D I C I O N E N U M R E C I P I E N T E 8. MEXA COM O AUXÍLIO DA COLHER


PLÁSTICO COM 100 ML DE ÁGUA DE SOPA DESCARTÁVEL

9. COLOQUE NA BACIA A MISTURA DA 10. ADICIONE A SODA DISSOLVIDA


CAL

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11. MEXA COM AUXÍLIO DE COLHER DE 12. E N VA S E E M E M B A L A G E M D E
MADEIRA PLÁSTICO GROSSO

Precaução: É vedado o uso de recipientes do tipo PET, pois pode causar acidentes em
função do rompimento da embalagem provocado pelo alto teor de soda cáustica presente
no produto.

13. FECHE A EMBALAGEM 14. I D E N T I F I Q U E O P R O D U T O ,


CONFORME PASSOS DESCRITOS
NO CAPÍTULO XXIII, PÁGINA 64

15. ARMAZENE O PRODUTO CONFORME 16. H I G I E N I Z E A S E M B A L A G E N S


PASSOS DESCRITOS NO CAPÍTULO UTILIZADAS CONFORME PASSOS
XXIII, PÁGINA 64 DESCRITOS NOS CAPÍTULOS XIX E
XX, PÁGINA 62 E 63

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VI. PREPARAR O SEBO

Sebo é toda substância graxa consistente encontrada nas vísceras abdominais de alguns
quadrúpedes. É a gordura de origem animal.

Na produção de sabão, o sebo é utilizado puro ou como matéria-prima principal, misturado


com gordura vegetal, outras gorduras como banha e manteiga de leite ou gordura de outros
animais.

O sebo pode ser substituído por banha de porco ou manteiga de leite ou ainda outro elemento
gorduroso qualquer de origem animal.

1. SEPARE O MATERIAL

• Água: 200 ml

• Bicarbonato de sódio: 20 g

• Sebo de origem animal em bom estado: 2 kg

Atenção: O sebo pode ser substituído por


banha, caso não seja encontrado.

2. C O R T E O S E B O E M P E D A Ç O S
PEQUENOS

Caso desejar, o sebo pode ser moído.

Precaução: Deve-se ter cuidado ao manusear


materiais perfurocortantes, a fim de evitar
acidentes e ferimentos.

3. PESE 125 GRAMAS DE BICARBONATO


DE SÓDIO

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4. COLOQUE O SEBO, A ÁGUA E O 7. COZINHE OS INGREDIENTES ATÉ
BICARBONATO EM UMA PANELA QUE A PARTE GORDUROSA FIQUE
GRANDE DOURADA

5. MEXA COM COLHER DE MADEIRA 8. APAGUE O FOGO

6. LEVE AO FOGO 9. DEIXE A GORDURA AMORNAR,


EVITANDO QUE ESPIRRE

10. COE A GORDURA NA PENEIRA 11. DEIXE ESCORRER TODA A GORDURA


NA BACIA
Atenção: Pode-se obter melhores resultados ao coar forrando a peneira com palha de aço,
permitindo reter mais resíduos.

12. ENVAZE O PRODUTO

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13. I D E N T I F I Q U E O P R O D U T O , 14.
ARMAZENE O PRODUTO
CONFORME PASSOS DESCRITOS CONFORME PASSOS DESCRITOS
NO CAPÍTULO XXII, PÁGINA 64 NO CAPÍTULO XXIII, PÁGINA 64

15. FAÇA O DESCARTE CORRETO DO


SEBO

Alerta ecológico: O sebo deve ser


descartado no lixo orgânico da casa, pois é
altamente poluente: 1 kg de sebo contamina
130 m³ de água.

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VII. PREPARAR O SABÃO
COM SEBO E POLPA DE FRUTAS
O sabão em barra é uma mistura de gordura
com soda cáustica, enriquecido com água e
polpa de frutas. A polpa de frutas é utilizada
para compensar a falta de gordura ou
aumentar o volume de sabão, conferindo-lhe
as características especiais de cada fruta.

Trata-se de um produto auxiliar para limpeza


geral com necessidade de ação por longo
tempo. Pode ser utilizado para lavagem de
roupas excessivamente sujas oriundas da lida
rural, de cimentado grosso, de utensílios de
cozinha e de banheiro, de granjas e de currais.

O rendimento esperado desta receita é de, aproximadamente, 6 quilos de sabão, dependendo


da umidade do produto e/ou do clima.

1. SEPARE OS MATERIAIS

• Água fria: 1030 ml

• Brancol: 200 ml Etanol

• Essência floral (opcional): 50 ml

• Etanol: 300 ml

• Polpa de abacate ou mamão ou manga ou


abóbora cozida ou outra fruta qualquer: 4 kg

• Saco de lixo: 1 unidade

• Sebo filtrado: 4 litros

O sebo pode ser substituído por banha.

• Soda cáustica, pureza de 97%: 1030 g

• Suco de limão: 300 ml

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2. PREPARE A POLPA DA FRUTA ESCOLHIDA

Neste caso, para exemplificação, a fruta escolhida é o abacate.

2.1. Retire a semente e a casca do 2.2. Passe o abacate pela peneira


abacate

2.3. Pese a polpa com auxílio da balança 2.4. Coloque a polpa do abacate em um
balde

2.5. Faça o suco de limão 2.6. Adicione o suco de limão à polpa de


abacate

O uso do limão evita o escurecimento da


polpa.
Precaução: Deve-se utilizar luvas durante a manipulação do limão com o hipoclorito de
sódio, a fim de evitar lesões graves na pele.
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2.7. Mexa com cabo de madeira 3. PESE A SODA CÁUSTICA COM O
AUXÍLIO DE UMA COLHER DE SOPA
2.8. Reserve DESCARTÁVEL

4. M I S T U R E A Á G U A E A S O D A 5. ACRESCENTE A SODA CÁUSTICA


CÁUSTICA EM OUTRO BALDE DISSOLVIDA NO BALDE DA POLPA
DE ABACATE COM LIMÃO

6. MEXA COM CABO DE MADEIRA 7. ACRESCENTE O SEBO FILTRADO


L E N TA M E N T E , M E X E N D O D E
Atenção: Deve-se mexer constantemente FORMA CONTÍNUA
durante todo o procedimento de mistura da
fórmula a fim de não prejudicar a qualidade Atenção: Esse procedimento garante a
do produto final. qualidade do produto final.

8. MEXA CONTINUAMENTE POR 20


MINUTOS
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9. ACRESCENTE O ETANOL 10. MEXA CONTINUAMENTE POR 40
MINUTOS ATÉ FORMAR UM ANEL
NA SUPERFÍCIE INTERNA DO
BALDE

Atenção: Deve-se mexer vigorosamente durante todo o tempo a fim de que a reação química
da saponificação aconteça.

11. PREPARE A EMBALAGEM PARA ENFORMAR O SABÃO

11.1. Corte a parte de cima da caixa de 11.2. Forre com saco de lixo grosso
papelão com auxílio de estilete

Precaução: Deve-se ter cuidado ao manusear ferramentas cortantes, a fim de evitar


ferimentos.

12. COLOQUE O SABÃO NA CAIXA DE PAPELÃO


PREPARADA

13. DEIXE EM REPOUSO ATÉ SECAR

Atenção: O local adequado para secagem deve


ser arejado e com boa ventilação para que ocorra
uma boa secagem.

Precaução: Durante a secagem o produto ainda


está reagindo quimicamente, por isso deve ser
colocado para secar fora do alcance de crianças e
animais a fim de evitar queimaduras e ferimentos.

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14. DESENFORME O SABÃO APÓS O ENDURECIMENTO

O ponto adequado para desenformar é obtido após aproximadamente 48 horas de repouso.

14.1. Vire a caixa sobre uma superfície 14.2. Retire o plástico


limpa e seca

15. CORTE O SABÃO COM AUXÍLIO DE 16. COLOQUE EM CAIXA DE PAPELÃO


UMA FACA SECA E LIMPA

Precaução: Deve-se ter cuidado ao manusear ferramentas cortantes, a fim de evitar


ferimentos.

17. IDENTIFIQUE O PRODUTO COM 18.


ARMAZENE O PRODUTO,
ETIQUETA, CONFORME PASSOS CONFORME PASSOS DESCRITOS
DESCRITOS NO CAPÍTULO XXII, NO CAPÍTULO XXIII, PÁGINA 64
PÁGINA 64

28 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


VIII. PREPARAR O SABÃO COMUM EM BARRA

O sabão comum em barra é uma mistura


de gordura com soda cáustica. Trata-se de
um produto auxiliar para limpeza geral onde
há a necessidade de ação por longo tempo.
Pode ser utilizado para lavagem de roupas
excessivamente sujas oriundas da lida rural,
de cimentado grosso, de utensílios de cozinha
e de banheiro, de granjas e currais.

1. SEPARE O MATERIAL

• Água fria: 410 ml

• Essência (opcional): 50 ml

• Etanol: 300 ml Etanol

• Óleo de fritura usado e filtrado: 2 litros

• Palha de aço: 1 unidade

• Soda cáustica, concentração de 97%: 410 g

2. FILTRE O ÓLEO

2.1. Cubra uma peneira fina com palha 2.2. Coloque o óleo lentamente na
de aço peneira com auxílio de uma caneca

2.3. Amorne a gordura para dissolvê-la, Este procedimento deixa o produto final com
caso esteja cristalizada, antes de passar melhor aparência e livre de resíduos.
pela peneira

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 29


3. PESE A SODA CÁUSTICA COM 4. DESPEJE A SODA CÁUSTICA NO
O AUXÍLIO DE UMA COLHER DE BALDE COM ÁGUA
SOPA DESCARTÁVEL

Precaução: Nesta etapa é importante a utilização de máscara, óculos de proteção e luvas


de borracha, a fim de evitar queimaduras na pele.

5. MEXA COM UM CABO DE MADEIRA 6. DESPEJE O ÓLEO FILTRADO NO


ATÉ DISSOLVER BALDE COM A SODA CÁUSTICA
D I S S O LV I D A , M E X E N D O
CONTINUAMENTE

7. CONTINUE MEXENDO POR 5 A 10 8. ACRESCENTE O ETANOL SEM


MINUTOS ATÉ FORMAR UM ANEL PARAR DE MEXER
ESPESSO NA PAREDE DO BALDE

Caso decida utilizar essência, deve-se dissolvê-la no etanol.

30 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


A mistura pode reagir de diversas formas, sendo necessário tomar algumas providências a
fim de se obter a consistência desejada.
REAÇÃO DA MISTURA O QUE FAZER
Deve-se deixar 1 litro de água próximo e adicionar aos poucos
Mistura endurece rápido
na mistura até obter a consistência correta.
Mistura fica com Deve-se deixar 100 ml de etanol próximo e adicionar à mistura,
consistência mole mexendo vigorosamente até obter a consistência correta.
Mistura coalhou Deve-se acrescentar água até obter a consistência correta.

9. M E X A C O N T I N U A M E N T E AT É 10. ENFORME, SEGUINDO OS PASSOS


AMORNAR DESCRITOS NO CAPÍTULO VII, ITENS
12 A 16, PÁGINAS 27 E 28

11. CORTE O SABÃO COM AUXÍLIO DE 12. COLOQUE EM CAIXA DE PAPELÃO


UMA FACA SECA E LIMPA

13. IDENTIFIQUE O PRODUTO COM 14.


ARMAZENE O PRODUTO,
ETIQUETA, CONFORME PASSOS CONFORME PASSOS DESCRITOS
DESCRITOS NO CAPÍTULO XXII, NO CAPÍTULO XXIII, PÁGINA 64
PÁGINA 64
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 31
IX. PREPARAR O SABÃO COMUM CANFORADO

O sabão canforado em barra é uma mistura


de gordura com soda cáustica e essência de
cânfora.
Trata-se de um produto para limpeza geral
onde há necessidade de ação por longo tempo.
Pode ser utilizado para lavagem de cimentado
grosso, canil, banheiro, granjas e currais, além
de roupas excessivamente sujas oriundas da
lida rural.

1. SEPARE O MATERIAL

• Água fria: 410 ml


Etanol
• Etanol: 300 ml

• Óleo de fritura usado: 2 litros

• Palha de aço: 1 unidade

• Pedra de cânfora: 8 unidades

• Soda cáustica, concentração 97%: 410 g

2. FILTRE O ÓLEO

2.1. Cubra uma peneira fina com palha 2.2. Coloque o óleo lentamente na
de aço peneira com auxílio de uma caneca

Este procedimento deixa o produto final com melhor aparência e livre de resíduos.

Atenção: Caso a gordura esteja cristalizada, amorne para dissolver, antes de passar pela
peneira.

32 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


3. PESE A SODA CÁUSTICA COM O 4. DESPEJE A SODA CÁUSTICA NO
AUXÍLIO DE UMA COLHER DE SOPA BALDE COM ÁGUA
DESCARTÁVEL

Precaução: Nesta etapa é importante a utilização de máscara, óculos de proteção e luvas


de borracha, a fim de evitar queimaduras na pele.

5. MEXA COM UM CABO DE MADEIRA


ATÉ DISSOLVER

6. DESPEJE O ÓLEO FILTRADO NO 7. CONTINUE MEXENDO POR 5 A 10


BALDE COM A SODA CÁUSTICA MINUTOS
D I S S O LV I D A , M E X E N D O
CONTINUAMENTE

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 33


8. COLOQUE AS PEDRAS DE CÂNFORA 9. MEXA COM COLHER DE MADEIRA
NO ETANOL ATÉ DISSOLVER AS PEDRAS DE
CÂNFORA

10.
A C R E S C E N T E O E TA N O L 11. C O N T I N U E M E X E N D O A T É
C A N F O R A D O S E M PA R A R D E FORMAR UM ANEL NA SUPERFÍCIE
MEXER INTERNA DO BALDE

Atenção: Deve-se mexer vigorosamente durante todo o tempo a fim de que a reação química
de saponificação aconteça.

A mistura pode reagir de diversas formas, sendo necessário tomar algumas providências a
fim de se obter a consistência desejada.

REAÇÃO DA MISTURA O QUE FAZER


Deve-se deixar 1 litro de água próximo e adicionar aos poucos
Mistura endurece rápido
na mistura até obter a consistência correta.

Mistura fica com Deve-se deixar 100 ml de etanol próximo e adicionar à mistura,
consistência mole mexendo vigorosamente até obter a consistência correta.

Mistura coalhou Deve-se acrescentar água até obter a consistência correta.

34 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


12. CONTINUE MEXENDO ATÉ AMORNAR 13. ENFORME, SEGUINDO OS PASSOS
DESCRITOS NO CAPÍTULO VII, ITENS
12 A 16, PÁGINAS 27 E 28

14. COLOQUE EM CAIXA DE PAPELÃO 15. IDENTIFIQUE O PRODUTO COM


SECA E LIMPA ETIQUETA, CONFORME PASSOS
DESCRITOS NO CAPÍTULO XXII,
PÁGINA 64

16.
ARMAZENE O PRODUTO,
CONFORME PASSOS DESCRITOS
NO CAPÍTULO XXIII, PÁGINA 64

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 35


X. PREPARAR O SABÃO EM PASTA

O sabão em pasta é a mistura da gordura e da soda cáustica


presentes no sabão em barra, enriquecido com água para melhoria
no tempo de reação onde for aplicado.

Trata-se de um produto auxiliar para limpeza geral com necessidade


de ação por longo tempo. Pode ser utilizado para lavagem de
roupas excessivamente sujas oriundas da lida rural, cimentado
grosso, de utensílios de cozinha e de banheiro, granjas, currais e
oficinas.

1. SEPARE O MATERIAL

• Açúcar: 1 copo americano

• Água: 5 litros

• Barra de sabão comum: 2 barras

• Vinagre: 1 copo americano

2. RALE O SABÃO 3. COLOQUE 5 LITROS DE ÁGUA EM


UMA PANELA

4. ADICIONE O SABÃO RALADO

36 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


5. LEVE AO FOGO BAIXO, MEXENDO 7. M E X A C O N S TA N T E M E N T E AT É
CONTINUAMENTE ATÉ DISSOLVER O AMORNAR, EVITANDO A FORMAÇÃO
SABÃO, SEM DEIXAR FERVER DE GRUMOS
6. APAGUE O FOGO

8. ACRESCENTE O AÇÚCAR 9. A C R E S C E N T E O VINAGRE


LENTAMENTE

10. MEXA ATÉ FORMAR UMA PASTA 11. E N VA S E E M E M B A L A G E M D E


PLÁSTICO GROSSO

12. IDENTIFIQUE O PRODUTO COM 13.


ARMAZENE O PRODUTO,
ETIQUETA, CONFORME PASSOS CONFORME PASSOS DESCRITOS
DESCRITOS NO CAPÍTULO XXII, NO CAPÍTULO XXIII, PÁGINA 64
PÁGINA 64
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 37
XI. PREPARAR O SABÃO LÍQUIDO

O sabão líquido é uma mistura de gordura com soda cáustica,


enriquecido com água para melhoria do tempo de reação onde
for aplicado. Trata-se de um produto auxiliar para limpeza geral
com necessidade de ação por longo tempo. Pode ser utilizado
para lavagem de roupas excessivamente sujas oriundas da
lida rural, de cimentado grosso, de utensílios de cozinha e de
banheiro, de granjas, de currais e de oficinas.

1. SEPARE O MATERIAL

• Água: 7 litros
Etanol
• Etanol: 1 litro
• Óleo vegetal novo: 1 litro
• Soda cáustica em escamas, concentração
97%: 200 g

2. PESE A SODA CÁUSTICA COM O 3. MISTURE A SODA CÁUSTICA EM 200


AUXÍLIO DE UMA COLHER DE SOPA ML DE ÁGUA
DESCARTÁVEL

4. COLOQUE A MISTURA DE ÁGUA 5. ACRESCENTE LENTAMENTE 1 LITRO


COM SODA CÁUSTICA NO BALDE DE ÓLEO VEGETAL

38 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


6. ADICIONE O ETANOL LENTAMENTE 7. CONTINUE MEXENDO ATÉ FORMAR
UM ANEL NA PAREDE INTERNA DO
BALDE
Atenção: Deve-se mexer vigorosamente durante todo o tempo a fim de que a reação química
da saponificação aconteça.

8. COLOQUE 6 LITROS DE ÁGUA EM 9. AQUEÇA A 60 GRAUS


UMA PANELA

10. ADICIONE A ÁGUA AQUECIDA À 11. M E X A C O N T I N U A M E N T E AT É


MISTURA ANTERIOR AMORNAR

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 39


12. A N A L I S E A V I S C O S I D A D E D O 13. ENVASE COM AUXÍLIO DE FUNIL
PRODUTO E, SE NECESSÁRIO,
ACRESCENTE MAIS 3 LITROS DE
ÁGUA

Atenção: A análise da viscosidade deve constatar se o produto escureceu e formou uma


escuma em sua superfície.

Atenção: Para o envase deste produto deve-se utilizar apenas recipientes de plástico grosso
do tipo das embalagens de água sanitária, amaciantes e desinfetantes, pois o alto teor de
soda cáustica pode corroer o material.

Precaução: O uso de recipientes do tipo PET é inadequado, pois pode ocorrer o rompimento
da embalagem, provocado pelo alto teor de soda cáustica presente no produto, causando
acidentes.

14. IDENTIFIQUE O PRODUTO COM 15.


ARMAZENE O PRODUTO,
ETIQUETA, CONFORME PASSOS CONFORME PASSOS DESCRITOS
DESCRITOS NO CAPÍTULO XXII, NO CAPÍTULO XXIII, PÁGINA 64
PÁGINA 64

40 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


XII. PREPARAR DETERGENTE SEM GORDURAS
(ALCALINO)

O detergente sem gorduras (alcalino) é uma


mistura de espessante com soda cáustica.

Este produto deve ser utilizado na lavagem


pesada de máquinas que apresentam sujeiras
de origem gordurosa não mineral como graxa
e óleo queimado. Seu uso é inadequado em
residências, exceto em casos de remoção de
ceras.

Precaução: Sua preparação e aplicação devem ser feitas com a utilização de EPIs completos,
ou seja, bota, avental, luva, óculos de segurança e máscara, pois provoca queimaduras
graves na pele e olhos.

1. SEPARE O MATERIAL

• Água fria: 5 litros

• Amido de milho: 100 g

• Corante azul para sabão (opcional): 15


gotas

• Soda cáustica, concentração 97%: 1 kg

2. COLOQUE 2,5 LITROS DE ÁGUA EM 3. PESE O AMIDO DE MILHO


UM BALDE

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4. ACRESCENTE O AMIDO DE MILHO À
ÁGUA

5. AGITE COM O CABO DE MADEIRA 7. COLOQUE O RESTANTE DA ÁGUA


ATÉ DISSOLVER TODO O AMIDO DE EM OUTRO BALDE
MILHO

6. RESERVE

8. ADICIONE A SODA CÁUSTICA 9. AGITE COM OUTRO CABO DE


MADEIRA ATÉ DISSOLVER TODA A
SODA CÁUSTICA

42 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


10. D E S P E J E A S O D A C Á U S T I C A 11. MEXA
D I S S O LV I D A S O B R E O A M I D O
DE MILHO DISSOLVIDO, NESSA
O R D E M , E V I TA N D O Q U E A
MISTURA FERVA

12. ACRESCENTE O CORANTE 13. MEXA POR APROXIMADAMENTE 5


MINUTOS

14. ENVASE EM EMBALAGENS DE


PLÁSTICO GROSSO

Atenção: Para o envase deste produto deve-se utilizar apenas recipientes de plástico grosso
do tipo das embalagens de água sanitária, amaciantes e desinfetantes, pois o alto teor de
soda cáustica pode corroer o material.

Precaução: O uso de recipientes do tipo PET é inadequado, pois pode ocorrer o rompimento
da embalagem, provocado pelo alto teor de soda cáustica presente no produto, causando
acidente.

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 43


16. IDENTIFIQUE O PRODUTO COM 17.
ARMAZENE O PRODUTO,
ETIQUETA, CONFORME PASSOS CONFORME PASSOS DESCRITOS
DESCRITOS NO CAPÍTULO XXII, NO CAPÍTULO XXIII, PÁGINA 64
PÁGINA 64

18. FAÇA A DILUIÇÃO DO PRODUTO DE ACORDO COM A QUANTIDADE DE


CONCENTRAÇÃO DE SODA CÁUSTICA DESEJADA

O detergente sem gorduras deve ser diluído de acordo com a tabela abaixo.

Quantidade de Proporção de soda


Água TOTAL
Detergente cáustica

Zero 20% 5 litros

5 litros 10% 10 litros

10 litros 7% 15 litros

15 litros 5% 20 litros
5 litros
20 litros 4% 25 litros

25 litros 3,2% 30 litros

30 litros 2,8% 35 litros

35 litros 2,5% 40 litros

44 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


XIII. PREPARAR AMACIANTE DE ROUPAS

Tem apenas a função de branquear, amaciar


e perfumar levemente os tecidos em que é
aplicado.

Deve ser utilizado na proporção de 20 ml de


amaciante para cada 1 kg de roupa.

1. SEPARE O MATERIAL

• Água: 5 litros

• Glicerina para sabão: 100 ml

• Leite de rosas (pode ser substituído por


essências de lavanda, floral, etc.): 100 ml

• Sabonete branco ou azul: 100 g

2. COLOQUE 2 LITROS DE ÁGUA EM 3. AQUEÇA A 60 GRAUS


UMA PANELA
4. RESERVE

5. RALE O SABONETE EM UMA BACIA 6. RESERVE


Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 45
7. COLOQUE A ÁGUA AQUECIDA EM 8. ADICIONE O SABONETE RALADO
UM BALDE

9. MEXA ATÉ O SABONETE ESTAR 11. SEPARE O RESTANTE DA ÁGUA EM


COMPLETAMENTE DISSOLVIDO 3 PARTES

10. ESPERE ESFRIAR

12. AMORNE UMA DAS PARTES 13. ACRESCENTE A GLICERINA EM UMA


DAS PARTES DE ÁGUA MORNA

14. M E X A C O M U M A C O L H E R D E 15. ACRESCENTE O LEITE DE ROSAS


MADEIRA EM UMA DAS PARTES DE ÁGUA FRIA
46 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
16. M E X A C O M U M A C O L H E R D E 17. ADICIONE A GLICERINA E O LEITE
MADEIRA DE ROSAS NO BALDE COM O
SABÃO DISSOLVIDO

18. C O L O Q U E VA G A R O S A M E N T E 19. MEXA POR 5 MINUTOS


O R E S TA N T E D A Á G U A PA R A
DILUIR O PRODUTO FINAL
20. T R A N S F I R A PARA AS
EMBALAGENS ADEQUADAS COM
AUXÍLIO DE UM FUNIL

Atenção: O envase deste produto deve


ser feito em recipientes de plástico grosso,
do tipo das embalagens de água sanitária,
amaciantes e desinfetantes, pois pode
haver corrosão da embalagem.
Precaução: O uso de recipientes do tipo PET é inadequado, pois pode ocorrer o rompimento
da embalagem, provocado pelo alto teor de soda cáustica presente no produto, causando
acidente.

21. IDENTIFIQUE O PRODUTO COM 22.


ARMAZENE O PRODUTO,
ETIQUETA, CONFORME PASSOS CONFORME PASSOS DESCRITOS
DESCRITOS NO CAPÍTULO XXII, NO CAPÍTULO XXIII, PÁGINA 64
PÁGINA 64
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 47
XIV. PREPARAR REPELENTE
DE INSETOS PARA AMBIENTES
Trata-se de produto repelente aquele capaz
de inibir a presença de insetos nos locais
aplicados.

O repelente apresenta apenas a função de


afastar os insetos vivos do local. Para matar
os insetos, utiliza-se inseticidas próprios.

O rendimento esperado é de, aproximadamente,


500 a 600 ml de repelente.

Precaução: Este produto deve ser usado exclusivamente nas residências e locais onde se
encontram insetos, prevenindo alergias e intoxicações.

1. SEPARE O MATERIAL

• Água: 270 ml

• Cravo-da-índia: 40 gramas
Etanol
• Etanol: 1 litro

• Óleo de amêndoas: 100 ml

• Pedra de cânfora: 2 unidades

2. COLOQUE O CRAVO DA ÍNDIA 3. ADICIONE O ETANOL COM AUXÍLIO


DENTRO DA GARRAFA DE 2 LITROS DO FUNIL

48 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


4. FECHE A GARRAFA 7. A G I T E D U A S V E Z E S A O D I A
DURANTE OS 4 DIAS
5. IDENTIFIQUE O PRODUTO COM
ETIQUETA, CONFORME PASSOS
DESCRITOS NO CAPÍTULO XXII,
PÁGINA 64

6. DEIXE EM INFUSÃO POR 4 DIAS

8. COE 10. COLOQUE O ÓLEO DE AMÊNDOAS


EM UMA GARRAFA VAZIA
9. DESCARTE O CRAVO

11. ADICIONE A PEDRA DE CÂNFORA 12. ADICIONE A INFUSÃO COADA

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 49


13. ADICIONE 270 ML DE ÁGUA FILTRADA
PARA PADRONIZAR A INFUSÃO

14. FECHE A GARRAFA 16. TRANSFIRA O LÍQUIDO PARA A


GARRAFA MENOR
15. AGITE POR 5 MINUTOS
17. FECHE A GARRAFA

A garrafa deve ser agitada a cada uso.

18. IDENTIFIQUE O PRODUTO COM 19.


ARMAZENE O PRODUTO,
ETIQUETA, CONFORME PASSOS CONFORME PASSOS DESCRITOS
DESCRITOS NO CAPÍTULO XXII, NO CAPÍTULO XXIII, PÁGINA 64
PÁGINA 64

50 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


XV. PREPARAR LAVA-ROUPAS LÍQUIDO

O lava-roupas é um pouco mais concentrado do que o


sabão em pó e dilui com mais facilidade, não deixando
resíduos.

É mais econômico por exigir menor quantidade de produto


a cada uso.

1. SEPARE O MATERIAL

• Água: 10 litros

• Sabão em barra amarelo: 1 unidade

• Sabão em pó: 850 g

2. RALE O SABÃO COM AUXÍLIO DO 3. COLOQUE 2 LITROS DE ÁGUA NA


RALADOR PANELA

4. ADICIONE O SABÃO RALADO NA


PANELA

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5. LEVE AO FOGO BAIXO, MEXENDO 7. MEXA LENTAMENTE PARA NÃO
CONTINUAMENTE SEM DEIXAR ESPUMAR ATÉ O SABÃO DISSOLVER
FERVER, ATÉ QUE O SABÃO SE POR COMPLETO
DISSOLVA
8. RESERVE ATÉ AMORNAR
6. APAGUE O FOGO

9. DESPEJE O SABÃO EM PÓ NA BACIA 10. HIDRATE O SABÃO EM PÓ COM 8


LITROS DE ÁGUA FRIA

11. MEXA ATÉ DISSOLVER O SABÃO 12. D E S P E J E O S A B Ã O E M P Ó


HIDRATADO NA PANELA COM O
SABÃO DERRETIDO

52 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


13. AGITE ATÉ OBTER UMA MASSA 14. MEXA LENTAMENTE PARA NÃO
HOMOGÊNEA FORMAR ESPUMA

15. E N VA S E E M E M B A L A G E M D E 16. IDENTIFIQUE O PRODUTO COM


PLÁSTICO GROSSO ETIQUETA, CONFORME PASSOS
DESCRITOS NO CAPÍTULO XXII,
PÁGINA 64

17.
ARMAZENE O PRODUTO,
CONFORME PASSOS DESCRITOS
NO CAPÍTULO XXIII, PÁGINA 64

O uso recomendado deste produto é de 25


ml para cada 1 kg de roupa.

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 53


XVI. PREPARAR O DETERGENTE AMONIACAL

O detergente amoniacal é uma mistura de gordura com


soda cáustica e hidróxido de amônia.
Trata-se de um produto para limpeza geral onde há
necessidade de ação rápida e intensa com duplo ataque
às sujidades antigas.
Este produto está indicado para limpeza pesada. Pode ser
usado em pedras, cimentado grosso e azulejos. Seu uso
é evitado em superfícies metálicas, pois pode manchar, e
em superfícies envernizadas e pintadas, pois pode diluir
esses produtos.

1. SEPARE O MATERIAL

• Água: 15 litros

• Amoníaco ou sal amoníaco: 100 ml

• Sabão amarelo: 1 barra

• Sabão de coco: 1 barra

• Sabão em pó: 150 g

2. RALE A BARRA DE SABÃO AMARELO 3. COLOQUE NA PRIMEIRA PANELA


NA PRIMEIRA BACIA

4. ACRESCENTE 2 LITROS DE ÁGUA


FRIA

54 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


5. L E V E A O F O G O M É D I O AT É 7. MEXA ATÉ AMORNAR
DERRETER O SABÃO, MEXENDO
SEM DEIXAR FERVER

6. DESLIGUE O FOGO

8. RALE A BARRA DE SABÃO DE COCO 9. COLOQUE NA SEGUNDA PANELA


NA SEGUNDA BACIA

10. ACRESCENTE 2 LITROS DE ÁGUA 11. L E V E A O F O G O M É D I O AT É


FRIA DERRETER O SABÃO, MEXENDO
SEM DEIXAR FERVER

12. DESLIGUE O FOGO

13. MEXA ATÉ AMORNAR

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 55


14. PESE 150G DE SABÃO EM PÓ 15. HIDRATE O SABÃO EM PÓ EM 2
LITROS DE ÁGUA

16. DESPEJE O SABÃO AMARELO 17. MEXA LENTAMENTE PARA NÃO


DISSOLVIDO, O SABÃO DE COCO ESPUMAR
DERRETIDO E O SABÃO EM PÓ
HIDRATADO NO BALDE

18. ADICIONE O RESTANTE DA ÁGUA 20. ACRESCENTE O AMONÍACO


LENTAMENTE
19. M E X A AT É D I S S O LV E R P O R
COMPLETO

21. MEXA ATÉ O AMONÍACO FICAR


COMPLETAMENTE DISSOLVIDO

56 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


22. ENVASE EM EMBALAGENS DE
PLÁSTICO GROSSO

Atenção: Para o envase deste produto


deve-se utilizar apenas recipientes de
plástico grosso do tipo das embalagens de
água sanitária, amaciantes e desinfetantes,
pois pode corroer o material pelo alto teor
de amoníaco.

Precaução: O uso de recipientes do tipo PET é inadequado, pois pode ocorrer o rompimento
da embalagem, provocado pelo alto teor de soda cáustica presente no produto, causando
acidentes.

23. FECHE 24. LAVE-AS POR FORA APÓS O ENVASE

25.
ENXUGUE COM PA P E L 26. IDENTIFIQUE O PRODUTO COM
DESCARTÁVEL ETIQUETA, CONFORME PASSOS
DESCRITOS NO CAPÍTULO XXII,
PÁGINA 64

27.
ARMAZENE O PRODUTO,
CONFORME PASSOS DESCRITOS
NO CAPÍTULO XXIII, PÁGINA 64

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 57


XVII. PREPARAR O ALVEJANTE
À BASE DE CLORO

Os Alvejantes são misturas que podem ser aplicadas na


sua forma pura ou diluídos em água. Têm a função de
alvejar ou branquear através de reações químicas.

O rendimento esperado desta fórmula é de,


aproximadamente, 5 litros de alvejante.

1. SEPARE O MATERIAL

• Água fria: 4 litros

• Barrilha leve ou bicarbonato de sódio: 100 g

• Hipoclorito de sódio (cloro líquido) de 10% a 12%: 1


litro

Precaução: Deve-se utilizar EPI ao executar essa fórmula,


pois a manipulação de seus ingredientes pode causar
lesões graves na pele.

2. COLOQUE A ÁGUA EM UM BALDE 3. ADICIONE O HIPOCLORITO DE


SÓDIO COM AUXÍLIO DO COPO
GRADUADO

4. MEXA COM CABO DE MADEIRA POR


2 MINUTOS

58 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


5. PESE A BARRILHA LEVE COM 6. ACRESCENTE A BARRILHA LEVE
AUXÍLIO DE COLHER DE SOPA
DESCARTÁVEL

7. M E X A A T É D I S S O L V E R 8. E N VA S E E M E M B A L A G E M D E
COMPLETAMENTE A BARRILHA PLÁSTICO GROSSO
LEVE

9. IDENTIFIQUE O PRODUTO COM 10.


ARMAZENE O PRODUTO,
ETIQUETA, CONFORME PASSOS CONFORME PASSOS DESCRITOS
DESCRITOS NO CAPÍTULO XXII, NO CAPÍTULO XXIII, PÁGINA 64
PÁGINA 64

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 59


XVIII. PREPARAR ÁLCOOL PERFUMADO

Este produto tem baixa toxidade e elimina os microorganismos


que prejudicam a saúde.

1. SEPARE O MATERIAL

• Água fria: 270 ml

• Essência de eucalipto ou outro aroma de


acordo com a preferência: 5 ml ou 100 gotas

• Etanol: 1 litro

2. COLOQUE ÁGUA EM UMA BACIA 3. ACRESCENTE A ESSÊNCIA

Atenção: O aromatizante à base de álcool, com componente ativo de essências, evapora


com facilidade. As embalagens devem ser bem fechadas para garantir sua qualidade e
durabilidade.

60 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


4. ACRESCENTE O ETANOL

5. MEXA COM AUXÍLIO DE UMA COLHER 6. ENVASE EM GARRAFA PET COM


DE MADEIRA AUXÍLIO DE UM FUNIL

7. IDENTIFIQUE O PRODUTO COM 8. A R M A Z E N E O P R O D U T O ,


ETIQUETA, CONFORME PASSOS CONFORME PASSOS DESCRITOS
DESCRITOS NO CAPÍTULO XXII, NO CAPÍTULO XXIII, PÁGINA 64
PÁGINA 64

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XIX. HIGIENIZAR AS EMBALAGENS PARA
REAPROVEITAMENTO

As embalagens para envase dos produtos devem ser higienizadas para sua reutilização,
evitando que os resíduos alterem o novo produto.

1. SEPARE AS EMBALAGENS 2. RETIRE OS RÓTULOS

3. LAVE EM ÁGUA CORRENTE

62 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


XX. HIGIENIZAR AS EMBALAGENS DE
PRODUTOS QUÍMICOS PARA DESCARTE
As embalagens de produtos químicos para descarte devem ser higienizadas corretamente,
evitando impacto ambiental e à saúde pública.

1. LAVE EM ÁGUA CORRENTE

Precaução: Ao manusear embalagens de


produtos químicos, deve-se utilizar luvas
para evitar ferimentos e queimaduras.

Alerta ecológico: Os recipientes utilizados


na fórmula devem ser lavados com água
em abundância e lançados no esgoto
doméstico, pois contribuem para a sua boa
degradação.

2. SEPARE PARA RECICLAGEM

3. DESCARTE

XXI. HIGIENIZAR RECIPIENTES E


UTENSÍLIOS UTILIZADOS EM FÓRMULAS
COM PRODUTOS QUÍMICOS
Os recipiente utilizados na confecção das fórmulas devem ser higienizados corretamente a
fim de evitar contaminação do produto na próxima vez que for utilizado.

1. LAVE EM ÁGUA CORRENTE COM


AUXÍLIO DE UMA BUCHA

Precaução: Ao manusear recipientes e


utensílios utilizados para a preparação de
fórmulas químicas, deve-se utilizar luvas
para evitar ferimentos e queimaduras.

Alerta ecológico: Os recipientes utilizados


na fórmula devem ser lavados com água em
abundância e lançados no esgoto.

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 63


XXII. IDENTIFICAR OS PRODUTOS PRONTOS

Os produtos confeccionados devem ser identificados para que sejam utilizados corretamente
para o fim a que se destinam.

1. COLE UMA FITA CREPE EM LOCAL 2. ESCREVA O NOME DO PRODUTO E


VISÍVEL NA EMBALAGEM PLÁSTICA A DATA DE FABRICAÇÃO

XXIII. ARMAZENAR OS PRODUTOS PRONTOS

O armazenamento é importante para conservar a qualidade dos produtos e para


evitar acidentes.

1. ARMAZENE OS PRODUTOS EM
LOCAL VENTILADO E FRESCO,
A O A B R I G O D A L U Z D I R E TA ,
PRODUTOS DE GARANTINDO A QUALIDADE
LIMPEZA
2. I D E N T I F I Q U E O L O C A L C O M
ETIQUETA

Precaução: O local para armazenamento deve ser de difícil acesso a crianças e animais
domésticos, evitando acidentes e intoxicação.

Precaução: Deve-se evitar o armazenamento de produtos químicos de qualquer espécie fora


da sua embalagem original ou sem identificação, a fim de prevenir acidentes e intoxicação.

64 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


BIBLIOGRAFIA

ARGENTIÈRE, R. Novíssimo receituário industrial. São Paulo: Editora Ícone, 1989. 411
p.

HIGIENE PESSOAL. Disponível em: <http://higiene-pessoal.info/>. Acesso em: 26 maio


2017.

MARCOS, José. Como fazer sabão com óleo usado. Disponível em: <http://www.
formulasgratis.com/2009/05/como-fazer-sabao-com-oleo-usado.html>. Acesso em: 26
maio 2017.

MELLO, Ribeiro. Como fazer sabão e artigos de toucador. São Paulo: Editora Ícone,
1986. 194 p.

PORTAL SÃO FRANCISCO. História do sabão. Disponível em: <http://www.


portalsaofrancisco.com.br/historiageral/historia-do-sabao>. Acesso em: 26 maio 2017.

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL. ADMINISTRAÇÃO CENTRAL.


Atividades da promoção social. 3. ed. atual. São Paulo: SENAR, 2005. 52 p.

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL. ADMINISTRAÇÃO CENTRAL.


Elaboração de conteúdos programáticos das atividades da promoção social. 3. ed.
atual. Brasília: SENAR, 2005. 44 p.

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL. ADMINISTRAÇÃO CENTRAL.


Produção de cartilhas para a formação profissional rural e promoção social. 3. ed.
Brasília: SENAR, 2005. 80 p.

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CEP: 01042-907 - São Paulo/SP
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