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ORQUÍDEA -
PLANTIO E
MANEJO
“O SENAR-AR/SP está permanentemente
empenhado no aprimoramento profissional e
na promoção social, destacando-se a saúde
do produtor e do trabalhador rural.”
FÁBIO MEIRELLES
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Gestão 2020-2024
JAIR KACZINSKI
Gerente Técnico
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
ORQUÍDEA -
PLANTIO E MANEJO
SUPERVISÃO GERAL
Teodoro Miranda Neto
Chefe da Divisão de Formação Profissional Rural do SENAR-AR/SP
RESPONSÁVEL TÉCNICO
Marco Antônio de Oliveira
Divisão Técnica do SENAR-AR/SP
AUTORES
Adolfo Ricardo Mollina - Biólogo
Antônio Carlos Fischer - Engenheiro agrônomo
Márcio Nobuki Wada - Engenheiro agrônomo
COLABORADOR
Sindicato Rural de Ibiúna
Sindicato Rural de São José dos Campos
Sítio Recanto das Colinas
Orquidário Hasegawa
Alexandre Delgado Alves
FOTOS
Teruyuki Hozono
Carlos Roberto Kanegae
REVISÃO GRAMATICAL
André Pomorski Lorente
DIAGRAMAÇÃO
Felipe Prado Bifulco
Diagramador do SENAR-AR/SP
Direitos Autorais: é proibida a reprodução total ou parcial desta cartilha, e por qualquer processo, sem a
expressa e prévia autorização do SENAR-AR/SP.
INTRODUÇÃO...................................................................................................................................................9
CULTIVO DE ORQUÍDEAS............................................................................................................................. 10
II - CONHECER OS ASPECTOS M
ORFOLÓGICOS...................................................................................... 13
1. IDENTIFIQUE AS PARTES DA PLANTA........................................................................................... 13
2. IDENTIFIQUE AS PARTES DE UMA FLOR TÍPICA ......................................................................... 14
IX - CONTROLAR AS DOENÇAS................................................................................................................... 42
1. CONHEÇA OS FUNGOS................................................................................................................... 42
2. CONHEÇA AS BACTÉRIAS.............................................................................................................. 44
3. CONHEÇA OS VÍRUS....................................................................................................................... 44
4. FAÇA O CONTROLE PREVENTIVO PARA DOENÇAS.................................................................... 45
5. FAÇA O CONTROLE CURATIVO PARA DOENÇAS......................................................................... 45
XI - FAZER O REPLANTIO.............................................................................................................................. 48
1. FAÇA O REPLANTIO DE PLANTAS JOVENS.................................................................................. 48
2. FAÇA O REPLANTIO DAS PLANTAS ADULTAS ............................................................................. 50
XIV - BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................................... 62
O
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL - SENAR-AR/SP, criado em 23
de dezembro de 1991, pela Lei n° 8.315, e regulamentado em 10 de junho de 1992,
como Entidade de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, teve
a Administração Regional do Estado de São Paulo criada em 21 de maio de 1993.
Acreditamos que esta cartilha, além de ser um recurso de fundamental importância para os
trabalhadores e produtores, será também, sem sombra de dúvida, um importante instrumento
para o sucesso da aprendizagem a que se propõe esta Instituição.
Procura, ainda, fornecer subsídios que auxiliem o trabalhador a desenvolver seu senso
crítico e de observação, preservando a saúde e a segurança.
A família orquidácea é uma das mais numerosas do mundo das plantas, compreendendo
cerca de 2.500 gêneros com aproximadamente 35.000 espécies, sendo que no Brasil estão
catalogadas cerca de 2.700 espécies.
Elas podem ser encontradas em todos os continentes com exceção dos polos, desenvolvendo-
se em climas frios, quentes e temperados.
Muitas pessoas acreditam que as orquídeas são parasitas, mas na realidade elas utilizam
as árvores para se fixarem visando ao aproveitamento da luz solar.
Estima-se que o cultivo comercial da orquídea teve início na Inglaterra, pelo viveirista alemão
Conrad Loodiges, no ano de 1795 e, no Brasil, por volta de 1940.
São nomes derivados do latim e do grego, que são reconhecidos em qualquer lugar do
mundo, facilitando o estudo e troca de informações.
• Portia - refere-se ao híbrido (entra no lugar de espécie), escrita com a inicial maiúscula
(C. labiata x C. bowringiana);
• Epífitas - são plantas que se desenvolvem sobre as árvores. Exemplos: Cattleya, Laelia,
Oncidium, Phalaenopsis;
Atenção
Em algumas publicações citam-se ainda orquídeas saprófitas (vegetam sobre
matéria orgânica) e saxícolas (vivem nas fendas das rochas).
FAMÍLIA
Sub-família Sub-família
MONANDRAE Divisão BASITONAE DIANDRAE
(1 antera fértil) (plantas terrestres sem (2 anteras férteis)
expressão e interesse
pelos orquidófilos)
DIVISÃO ACROTONAE Paphiopedilum
(antera caduca) (Sapatinho)
Série Série
ACRANTHAE PLERANTHAE
Inflorescências laterais
(Plantas com
Subsérie SYMPODIALES Subsérie
inflorescências terminais/
(Crescimento apical limitado) MONOPODIÁLES
ápice do pseudobulbo Bulbophyllum (125), Catasetum (126), (Crescimento
ou caule) Laélia (75), Cytopodium (125), Lycastre, Macradenia apical ilimitado)
Cattleya (65), coelogyne (12), Miltonia (20), Oncidium (750), Vanda (60), Aeridis
(120), Dentrobium (1500), Cymbidium (70), Gongora (20), Huntleya
(60), Ascocenda,
Epidendrum (1000), (4), Maxillaria (300), Zigopetalum (20),
Stanhopea (25), Aspasia (20), Bifrenaria Rhyncostylis (4),
Pleurothallis (1000),
(20), Brassia (50), Calanthe (150), Ascocentrum
Sophronits, Encyclia,
Gomesa (10), Ionopsis (4), Mormodes (10), Angraecum,
Liparis, Brassavola, Eria.
(20), Odontoglossum (300), Phaius (30), Araquis, Rubiquetia,
Rodriguesia (30), Tricocentrum (18), Aracnis (15),
Trigonidium (12) Dichae (35),
Phalaenopsis (40)
12 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
II - CONHECER OS ASPECTOS
M ORFOLÓGICOS
1. IDENTIFIQUE AS PARTES DA PLANTA
b) 3 pétalas (duas laterais e uma central). A pétala central é denominada “labelo”, muito
vistosa e com a coloração marcante. Pode ser perfumada para atrair os agentes
polinizadores;
c) Coluna ou ginostêmio (central). Órgão carnudo no centro da flor onde estão alojados
a antera e o estigma. Neste local ocorre a polinização;
h) Sementes são diminutas, sem reserva nutritiva necessárias para uma boa germinação.
Quando a haste cresce continuamente, ano após ano, sempre na vertical, produzindo flores
nas axilas das folhas.
1.1. Conheça algumas plantas que necessitam de praticamente luz direta (0 a 10% de
sombra)
- Vanda teres
- Renanthera coccinea
- Arundina bambusifolia
1.2. Conheça algumas plantas que necessitam de bastante luz (20% a 30% de sombra)
- Catasetum fimbriatum
- Laelia anceps
- Bifrenaria tyrianthina
1.3. Conheça algumas plantas que necessitam de meia luz (50% a 65% de sombra)
- Laelia purpurata
- Cymbidium grandiflorum
- Dendrobium farmeri
- Híbridos em geral
1.4. Conheça algumas plantas que necessitam de pouca luz (70% a 80% de sombra)
- Micro-orquídeas
- Phalaenopsis amabilis
- Cattleya aclandiae
1.5. Saiba quais são os sintomas nas orquídeas quando há pouca luminosidade:
- enfraquecimento;
- florescimento prejudicado.
1.6. Saiba quais são os sintomas visuais nas orquídeas quando há excesso de
luminosidade:
- florescimento prejudicado.
Atenção:
Na natureza o sombreamento é promovido pela copa das árvores; já para se obter o
sombreamento artificial, utilizam-se telas de sombreamento.
Atenção:
o melhor meio de verificar a necessidade da irrigação é colocar o dedo no interior
do substrato, sentindo pelo tato a existência ou não de umidade. Caso necessário,
a irrigação deve ser feita pela manhã.
É fundamental para um bom desenvolvimento das plantas. O ar deve circular, porém o vento
direto é prejudicial. A utilização de quebra-ventos, cortina vegetal ou tela de sombreamento
ameniza o vento direto. A distância entre as plantas permite um bom arejamento, evitando
o surgimento de pragas e doenças.
- Altura: 03 a 04 metros;
- Em toda a lateral deve existir um barrado plástico (transparente ou translúcido) com altura
coincidindo com a altura da bancada, com o objetivo de manter a umidade relativa do ar
próxima da ideal.
Estufa - pode ser feita de madeira ou aço galvanizado, nos modelos de arco, conjugada
ou capela.
- Cumieira 04 a 05 metros;
- Tela de sombreamento;
- Em toda a lateral deve existir um barrado plástico (transparente ou translúcido) com altura
coincidindo com a altura da bancada.
Bancadas – Podem ser utilizadas tanto em telados como em estufas. Construídas em ripas
ou telas com largura de 80 a 90 cm para bancadas laterais e até 1,50 metros para bancadas
centralizadas (manejo em ambos os lados). Altura do chão de 50 a 80 cm e distância entre
as bancadas de 60 a 80 cm. O comprimento pode variar conforme o tamanho do telado ou
da estufa.
É o material utilizado para o plantio das orquídeas. Deve ser bem arejado e drenado, de
maneira que retenha certa umidade sem se encharcar.
• Carvão;
• Musgo (Sphagnum);
• Piaçava;
• Casca de macadâmia;
• Pedrisco;
• Areia grossa;
• Carvão.
• Carvão;
• Terra vegetal;
• Areia média.
Atenção:
É muito utilizado o substrato mix (casca de Pínus + Substrato para semeadura de
hortaliças na proporção de 06:04).
• Vasos plásticos;
• Vasos de barro;
• Mesa coletiva.
Alerta ecológico:
Os toquinhos devem ser provenientes de madeira reflorestada e com a devida
autorização dos órgãos ambientais.
1. PREPARE O SUBSTRATO
O substrato pode variar conforme o tipo de habitat ou variedade da orquídea a ser plantada.
Para o plantio em vaso, estes devem ser pequenos (de 7 a 9 cm de diâmetro) para estimular
o metabolismo e consequentemente um rápido crescimento da planta, evitando-se assim
o metabolismo lento.
A mesa coletiva com fibra de coco dispensa o uso de vasos. A finalidade deste cultivo é
para a venda das hastes florais.
Utilize caco de telha ou tijolos, pedra brita ou argila expandida para forrar o fundo dos vasos
em até 1/3 de altura, visando a uma perfeita drenagem.
3. FAÇA O PLANTIO
Atenção:
O substrato deve ficar mais ou menos um centímetro abaixo da borda do vaso.
Imediatamente após o plantio irrigue as mudas com água pura, até que a água escorra pelo
fundo do vaso.
Nutrir a planta não é apenas jogar o adubo. A nutrição da planta começa com o
conhecimento da função de cada nutriente, da necessidade mínima de nutriente para o
pleno desenvolvimento, dos sintomas de deficiência, de quanto, como e quando aplicar o
nutriente, seja ele orgânico ou mineral.
- Os Macronutrientes:
Nitrogênio (N), Fósforo (P), Potássio (K), Cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e Enxofre (S).
- Os Micronutrientes:
Boro (B), Zinco (Zn), Molibdênio (Mo), Cobre (Cu), Manganês (Mn), Ferro (Fe) e Cloro (Cl)
- Nitrogênio (N)
- Fósforo (P)
Nitrogênio (N)
Fósforo (P)
Potássio (K)
Exemplo: 04-14-08
A aplicação pode ser feita via foliar, quando diluímos o adubo na água e pulverizamos nas
folhas, ou fertirrigação, quando diluímos o adubo na água e aplicamos a solução com jato
dirigido ao substrato do vaso.
A aplicação pode ser via Foliar ou Fertirrigação, devendo ser repetida a cada período de 7
a 10 dias.
A aplicação pode ser via Foliar ou Fertirrigação, devendo ser repetida a cada período de 7
a 10 dias.
A aplicação pode ser via Foliar ou Fertirrigação, devendo ser repetida a cada período de 7
a 10 dias.
Atenção:
Para produtores que possuem suas plantas sem separação por fases de
crescimento, recomendam-se os adubos com a formulação balanceada.
Exemplos: 20-20-20 e 18-18-18, utilize 1g e/ou 1 ml por litro de água a cada 07-15 dias.
Torta de mamona
Farinha de osso
Cinza
A primeira adubação deve ser feita com trinta dias após o plantio.
A quantidade utilizada é sempre a mesma, uma colher de chá por vaso e a cada sessenta
dias.
Os materiais orgânicos mais utilizados são a torta de mamona, a farinha de ossos e a cinza
da madeira.
7 kg de torta de mamona
2 kg de farinha de osso
1 kg de cinza de madeira
A primeira adubação deve ser feita com trinta dias após o plantio.
A quantidade utilizada é sempre a mesma, uma colher de chá por vaso e a cada sessenta
dias.
Atenção:
Para a adubação orgânica, quando utilizar o Bokashi não será necessária a Mistura
orgânica e vice-versa.
Alerta ecológico:
Descarte das embalagens em local adequado.
Pragas são todos os organismos que prejudicam as culturas a ponto de causar danos
econômicos. Os ataques podem ocorrer em qualquer parte da planta e em qualquer estágio
de desenvolvimento, quando esta tem algum tipo de desequilíbrio nutricional ou fisiológico.
Sugam a seiva da planta por meio da introdução do aparelho bucal (rostro) nas diversas partes
da planta, normalmente em período de proteólise, brotação, florescimento e senescência.
As pragas retiram pedaços da planta e transportam até o ninho. Estes materiais servirão
para cultivar o fungo para a sua alimentação.
As pragas rasgam a célula com seu aparelho bucal raspador, ingerindo o seu conteúdo.
Cochonilha com
escudo
Cochonilha sem
escudo
Nematoides
Percevejo
Pulgão
Tripes
Besouros Besouros
Lagartas Lagartas
Vaquinhas Vaquinhas
Gafanhotos Gafanhotos
Tatuzinhos Tatuzinhos
Vespinhas Vespinhas
Cortadores Formigas
Raspadores Ácaros
Atenção:
Outros animais que podem causar danos: abelha arapuá, pássaros e ratos.
Os percevejos picam e sugam a seiva das plantas, injetando pela saliva substâncias tóxicas
e irritantes, necrosando o tecido.
Sugam a seiva de folhas novas, rotos, botões florais e flores, definhando e dando má
formação à planta. Transmitem virose.
Controle: limpeza com escova (macia) ou espuma + sabão neutro ou pulverização com
óleo mineral.
Atacam folhas, brotos novos, rizomas, gemas e espatas fechadas, sugando continuamente
a seiva e definhando a planta. Secretam grande quantidade de açúcar atraindo o fungo
Fumagina e formigas doceiras.
Controle: Poda e destruição das partes mais afetadas e limpeza com escova (macia) ou
espuma + sabão neutro.
Taeniothrips xantius.
Raspam a face superior das folhas novas ainda fechadas, sugando a seiva e causando
lesões simétricas em forma de V, definhando e podendo até causar a morte.
Controle: Armadilhas adesivas pintadas de branco ou bandejas com água contendo gotas
de detergente neutro.
Atta sexdens.
Castnia therapon.
As lagartas que são conhecidas como brocas do pseudobulbo penetram no tecido vegetal e
efetuam galerias, transformando em pupas. Os adultos saem pelo orifício pelo qual a lagarta
elimina suas excreções. A parte atacada torna-se amarelada.
Controle: Armadilha luminosa para captura dos adultos. Poda e eliminação dos pseudobulbos
infectados.
Oniscus sp.
3. CONTROLE AS PRAGAS
O controle químico das referidas pragas deve ser realizado sob orientação de técnicos
habilitados.
Precaução:
Utilizar equipamento de proteção individual (EPI) durante a manipulação e aplicação
dos inseticidas.
Alerta Ecológico:
Os resíduos e as embalagens dos produtos químicos devem ser descartados em
local apropriado.
As doenças podem ser causadas por microrganismos, quando são chamadas bióticas,
ou por fatores ambientais, quando são chamadas abióticas. As doenças causadas por
microrganismos podem ser transmissíveis. As causadas por fatores ambientais não são
transmissíveis.
Doenças não transmissíveis podem ser causadas por excesso ou falta de umidade, toxicidade
causada por agrotóxicos ou adubos aplicados incorretamente, deficiências nutricionais,
poluição do ar, extremos de temperatura (baixa ou elevada), excesso de insolação e outros.
1. CONHEÇA OS FUNGOS
São organismos eucarióticos, tem uma parede celular dura e crescem como uma célula
única ou em colônias multicelulares, podem ser benéficos ou maléficos. A maior parte dos
fungos causadores de doenças produz esporos ou conídios, que podem ser disseminados
pela água, vento, máquinas, ferramentas, animais e pelo próprio homem. A elevada umidade
favorece a propagação dos fungos, no entanto há espécies que se multiplicam em locais
frios e secos.
Doença de solo causada pelos fungos Pythium ultimum e Phythophora cactorum. São
altamente agressivos durante os períodos de alta umidade, provenientes da irrigação,
ferramentas, substratos e vasos contaminados.
Doença de solo causada pelo fungo Fusarium oxysporum. Sua principal entrada é através
de ferimentos nos rizomas causados pela divisão das plantas. É identificado pela presença
de um anel de coloração púrpura no interior do rizoma, tornando as folhas flácidas, que se
desprendem do pseudobulbo.
Doença de solo causada pelo fungo Rhizoctonia solani. Causa o apodrecimento das raízes
e a podridão de aparência seca, no rizoma. O principal sintoma é a murcha na parte aérea.
Doença da parte aérea causada pelos fungos Sphenospora sp., Uredo sp. E Hemileia sp..
Ocorre com frequência em região baixa e úmida, onde o vapor de água condensa-se à
noite. O principal sintoma é o aparecimento de manchas de coloração amarelo-laranja ou
marrom-avermelhada na face inferior da folha; podem enegrecer e formar anéis concêntricos
(lembrando a aparência de um alvo).
Doença da parte aérea causada pelo fungo Cercospora sp.. De início surgem pequenas
manchas marrom-escuras com áreas irregulares deprimidas e com o tempo as manchas
tornam-se púrpuras e escuras.
Doença da parte aérea causada pelo fungo Botrytis cinerea. Ocorre em condições de
alta umidade, baixa ventilação e temperaturas amenas. Ataca as flores com manchas de
coloração castanha nas pétalas.
Doença da parte aérea causada pelos fungos Phyllosticta sp. e Selenophoma sp.. Há o
surgimento de manchas de coloração castanha, circulares ou ovaladas com bordas bem
definidas e parte central mais clara.
Doença da parte aérea causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides. Surge através
de ferimentos ou injúrias causadas por frio, sol, etc. É favorecido por umidade elevada,
períodos de dias encobertos e temperaturas amenas. Os sintomas são reconhecidos por
manchas circulares levemente deprimidas de coloração parda, o centro das manchas possui
a cor castanho-pardo com vários anéis concêntricos.
2. CONHEÇA AS BACTÉRIAS
3. CONHEÇA OS VÍRUS
Atenção:
Para as recomendações de tratamentos fitossanitários com uso de defensivos
químicos, procure a orientação de um técnico habilitado.
Precaução:
Utilizar equipamento de proteção individual (EPI) durante a manipulação e aplicação
dos inseticidas.
Alerta Ecológico:
Os resíduos e as embalagens dos produtos químicos devem ser descartados em
local apropriado.
São todas as atividades que realizamos na planta ou ao seu redor, com a finalidade de
proporcionar-lhe um bom desenvolvimento e floração.
1. INSPECIONE O ORQUIDÁRIO
2. LIMPE O ORQUIDÁRIO
As instalações devem ser limpas tanto interna quanto externamente. Livre-se de todos os
materiais que possam originar doenças e pragas. As plantas invasoras devem ser eliminadas
tanto dos vasos como do chão. Os vasos e outros materiais devem estar acondicionados
em local adequado.
3. IRRIGUE AS PLANTAS
Tipo de instalações;
Substrato utilizado;
Época do ano;
O replantio é quando transferimos a planta de um recipiente para outro, seja planta jovem
ou planta adulta pronta para a propagação.
Em média, após 18 meses do plantio deve ser realizado o replantio em vaso, pois a planta
necessita de um espaço maior para o desenvolvimento das raízes.
Utilize caco de telha ou tijolos, pedra brita ou argila expandida, visando a uma perfeita
drenagem.
Nas plantas simpódicas a traseira deve ser encostada na borda do vaso e a frente dirigida
ao centro. Nas monopódicas plantam-se no centro.
Atenção:
Utilize o substrato adequado para cada tipo de orquídea.
Imediatamente após o replantio irrigue as plantas com água pura, até que a água escorra
pelo fundo do vaso.
A planta na fase adulta necessita de um espaço maior pra o desenvolvimento de suas raízes.
Utilize caco de telha ou tijolos, pedra brita ou argila expandida, visando a uma perfeita
drenagem.
É a poda de limpeza, a retirada de resto de folhas, espata, bainhas secas, restos de raízes
velhas ou mortas.
Nas plantas simpódicas a traseira deve ser encostada na borda do vaso e a frente dirigida
ao centro. Nas monopódicas plantam-se no centro.
É a maneira mais comum e fácil de obter mudas de uma planta adulta. Consiste em dividir
a planta saudável em partes.
O momento correto dessa divisão deve ocorrer quando a frente da planta emite raízes novas,
geralmente ocorrendo 20 a 30 dias após o fim do florescimento.
Para a maioria dos gêneros a planta a ser dividida deve conter de 7 a 8 pseudobulbos com
gemas viáveis.
É a poda de limpeza, a retirada de resto de folhas, espata, bainhas secas, restos de raízes
velhas ou mortas.
Atenção:
Para o plantio segue-se o procedimento da planta adulta.
2. FAÇA A ESTAQUIA
Obtêm-se mudas a partir do corte dos internódios (gomos do pseudobulbo), muito utilizado
para os Dendrobium, Denphal e Epidendrum. Esta operação é feita na primavera e a floração
ocorre após 3 a 4 anos.
A planta deverá ter em média três anos, utilizando o pseudobulbo mais antigo.
Com uma faca esterilizada proceda ao corte, obtendo estacas com 3 nós e 2 entrenós.
Numa bandeja plástica, forre com pó de fibra de coco até uma altura de 2 centímetros.
Atenção:
Após emitirem brotos (aproximadamente 6 meses), utiliza-se o mesmo
procedimento de plantio de mudas novas.
A propagação por sementes, além de complexa, é demorada, pois leva cerca de 6 a 7 anos
desde a fecundação da flor até a primeira florada.
É inconveniente porque produzem uma grande variedade de flores com novas características,
diferentes da planta-mãe. Existem dois processos de semeadura:
A partir de uma simples gema, um broto, uma ponta de raiz ou uma haste floral obtêm-se
plantas idênticas à planta-mãe. É realizada em laboratório com temperatura e luminosidade
controladas, possibilitando a obtenção de muitas mudas uniformes num período de tempo
menor com florescimento precoce.
• Ceasas;
• Supermercados;
• Floriculturas;
• Exposições;
• Ambulantes.
São separadas de acordo com os aspectos fitossanitários, haste floral, ponto de maturação
e padronização e exigências do mercado.
2. LIMPE OS VASOS
3. TUTORE AS FLORES
O tutoramento das flores é feito com arame de aço galvanizado ou estacas de bambu,
amarrio ou presilhas.
Os vasos devem ser embalados em plástico transparente resistente, de forma que proteja
bem as plantas, e em seguida colocados em caixa de papelão.
Endesfelds, Waldyr Fochi. Cultivo de orquídeas - Para fins comerciais ou hobby. Viçosa,
CPT, Manual Técnico, 1997, 70 páginas.
Shiraki, Juscelino Nobuo e Elaine Martinez Diaz. Orquídeas. São Paulo, Prefeitura Municipal
de São Paulo - Divisão Técnica Escola Municipal de Jardinagem, 2012, 175 páginas.
Suttleworth, Zim, Dillon. Orquídeas, Guia dos orquidófilos. 5 ed., 1997, 158 páginas.
Watanabe, Denitiro et. al. Orquídeas Manual de Cultivo. AOSP – Associação Orquidófila de
São Paulo, volume 01, 2002, 296 páginas.