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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL

ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

ELETRICISTA -
INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS DE
BAIXA TENSÃO
“O SENAR-AR/SP está permanentemente
empenhado no aprimoramento profissional e
na promoção social, destacando-se a saúde
do produtor e do trabalhador rural.”
FÁBIO MEIRELLES
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Gestão 2016-2020

FÁBIO DE SALLES MEIRELLES


Presidente

EDUARDO LUIZ BICUDO FERRARO ADRIANA MENEZES DA SILVA


Vice-Presidente Diretor 2º Secretário

TIRSO DE SALLES MEIRELLES MARIA LÚCIA FERREIRA


Vice-Presidente Diretor 3º Secretário

MARCIO ANTONIO VASSOLER LUIZ SUTTI


Vice-Presidente Diretor 1º Tesoureiro

MARCOS ANTÔNIO MAZETI PEDRO LUIZ OLIVIERI LUCCHESI


Diretor 1º Secretário Diretor 2º Tesoureiro

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL


ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
CONSELHO ADMINISTRATIVO

FÁBIO DE SALLES MEIRELLES


Presidente

DANIEL KLÜPPEL CARRARA SÉRGIO ANTONIO EXPRESSÃO


Representante da Administração Central Representante do Segmento das Classes Produtoras

ISAAC LEITE ADRIANA MENEZES DA SILVA


Presidente da FETAESP Representante do Segmento das Classes Produtoras

MÁRIO ANTONIO DE MORAES BIRAL


Superintendente

SÉRGIO PERRONE RIBEIRO


Coordenador Geral Administrativo e Técnico
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

ELETRICISTA -
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
DE BAIXA TENSÃO

Denis Batista Silva


Evandro Tassinari Medeiros
João Manoel dos Santos Reis

SENAR-AR/SP
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
São Paulo - 2019
IDEALIZAÇÃO
Fábio de Salles Meirelles
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

SUPERVISÃO GERAL
Jair Kaczinski
Chefe da Divisão Técnica do SENAR-AR/SP

RESPONSÁVEL TÉCNICO
Marco Antonio de Oliveira
Técnico do SENAR-AR/SP

AUTORES
Denis Batista Silva
Evandro Tassinari Medeiros
João Manoel dos Santos Reis

COLABORADORES
Sindicato Rural de Rio Claro
Sindicato Rural de São Carlos

REVISÃO GRAMATICAL
André Pomorski Lorente

DIAGRAMAÇÃO
Felipe Prado Bifulco
Diagramador do SENAR-AR/SP

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD

Silva, Denis Batista


Eletricista – instalações elétricas de baixa tensão / Denis Batista
Silva, Evandro Tassinari Medeiros, João Manoel dos Santos Reis. –
São Paulo : SENAR/AR-SP, 2019.
78 p. : il. color. ; 30 cm

Bibliografia
ISBN 978-85-7125-042-0

1. Instalações elétricas – baixa tensão 2. Eletricidade l. Silva, Denis


Batista II. Medeiros, Evandro Tassinari III. Reis, João Manoel dos
Santos IV. Título

CDD 621.3

Elaborado por Carolina Malange Alves - CRB-8/7281

Direitos Autorais: é proibida a reprodução total ou parcial desta cartilha, e por qualquer processo, sem a
expressa e prévia autorização do SENAR-AR/SP.

4 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO............................................................................................................................................ 7

INTRODUÇÃO..................................................................................................................................................8

ELETRICISTA - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO........................................................... 9

I - CONHECER A LEGISLAÇÃO PARA AS ­I NSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO........... 10


1. CONHEÇA A NORMA NBR 5410..................................................................................................... 10
2. CONHEÇA A NORMA NR 10........................................................................................................... 10
3. CONHEÇA A NORMA NR 6............................................................................................................. 11

II - IDENTIFICAR OS ­INSTRUMENTOS, ­E QUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO E ­F ERRAMENTAS


UTILIZADAS.............................................................................................................................................13
1. CONHEÇA ALGUNS INSTRUMENTOS......................................................................................... 13
2. CONHEÇA ALGUNS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO............................................................. 14
3. CONHEÇA ALGUMAS FERRAMENTAS UTILIZADAS................................................................. 15

III - DIFERENCIAR CONCEITOS BÁSICOS DA ELETRICIDADE............................................................ 17


1. CONHEÇA AS GRANDEZAS ELÉTRICAS.................................................................................... 17
2. CONHEÇA UM SISTEMA ELÉTRICO............................................................................................ 19
3. CONHEÇA OS CIRCUITOS ELÉTRICOS...................................................................................... 22
4. SAIBA SOBRE A LEI DE OHM........................................................................................................ 23
5. CONHEÇA SOBRE CONDUTORES, ISOLANTES E CONECTORES........................................ 24
6. CONHEÇA OS TIPOS DE TENSÃO E CORRENTE ELÉTRICA.................................................. 25
7. CONHEÇA AS FORMAS DE LIGAÇÃO DE CARGAS.................................................................. 26
8. CONHEÇA OS TIPOS DE LINHAS ELÉTRICAS........................................................................... 28
9. SAIBA SOBRE O ATERRAMENTO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS...................................... 31
10. CONHEÇA OS TIPOS DE LÂMPADAS E SUAS APLICAÇÕES................................................ 32
11. SAIBA CALCULAR O CONSUMO DO APARELHO ELÉTRICO EM USO................................. 35
12. SAIBA REALIZAR A LEITURA DOS MEDIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA.......................... 37

IV - ELABORAR O CROQUI DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS.............................................................. 39


1. CONHEÇA A SIMBOLOGIA BÁSICA UTILIZADA NAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS............... 39
2. DETERMINE A LOCALIZAÇÃO DO PONTO ELÉTRICO............................................................. 40
3. DETERMINE A DIVISÃO DE CIRCUITOS..................................................................................... 47
4. SAIBA SOBRE A POTÊNCIA DOS PONTOS ELÉTRICOS.......................................................... 48
5. SAIBA SOBRE A CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS........................................... 49
6. SAIBA SOBRE A DEMANDA DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS................................................. 49
7. SAIBA SOBRE O DIMENSIONAMENTO DO CONDUTOR.......................................................... 51
8. DETERMINE O DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO DO CIRCUITO ELÉTRICO ............................ 54
9. SAIBA SOBRE O QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO.......................................................................... 57
10. CONHEÇA O CROQUI FINALIZADO........................................................................................... 58

V - EXECUTAR AS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO .................................................. 59


1. ANALISE O CROQUI....................................................................................................................... 59
2. VERIFIQUE OS MATERIAIS NECESSÁRIOS, FERRAMENTAS ADEQUADAS E ÓCULOS
DE PROTEÇÃO................................................................................................................................ 59
3. ORGANIZE O LOCAL DE TRABALHO, MANTENDO-O SEMPRE LIMPO................................. 60
4. MARQUE NA PLACA OS LOCAIS PARA FIXAÇÃO DE TODOS OS COMPONENTES
(ISOLADORES, CAIXAS, LÂMPADAS, ETC.)............................................................................... 60
5. FIXE OS ISOLADORES TIPO ROLDANA PARA LINHA AÉREA................................................. 60

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6. FIXE AS CAIXAS DE PASSAGEM PVC, CONDULETES, ELETRODUTOS, RELÉ
FOTOCÉLULA, SENSOR DE PRESENÇA E POSICIONE A LUMINÁRIA PARA TUBOLED... 60
7. INSTALE OS CABOS DA LINHA AÉREA DE ILUMINAÇÃO........................................................ 60
8. INSTALE OS DOIS CABOS DE ALIMENTAÇÃO DA LINHA AÉREA DE ILUMINAÇÃO
PELOS CONDULETES E CAIXAS DE PASSAGEM PVC........................................................... 60
9. FAÇA AS EMENDAS NOS CABOS DE ALIMENTAÇÃO DA LINHA AÉREA DE ILUMINAÇÃO
NA CAIXA DE PASSAGEM PVC.................................................................................................... 60
10. INSTALE OS CABOS DA TOMADA.............................................................................................. 60
11. PREPARE OS CABOS PARA ILUMINAÇÃO................................................................................ 60
12. INSTALE OS CABOS PARA O PONTO DE LUZ COM RECEPTÁCULO E27 E
INTERRUPTOR SIMPLES DE UMA TECLA................................................................................. 60
13. INSTALE OS CABOS PARA OS PONTOS DE LUZ COM RECEPTÁCULOS E27 E
INTERRUPTOR SIMPLES DE DUAS TECLAS............................................................................ 61
14. INSTALE OS CABOS PARA O PONTO DE LUZ COM RECEPTÁCULO E27 E
INTERRUPTOR AUTOMÁTICO TIPO DIMMER........................................................................... 61
15. INSTALE OS CABOS PARA O PONTO DE LUZ COM RECEPTÁCULO E27 E
INTERRUPTORES PARALELOS COM INTERMEDIÁRIO.......................................................... 61
16. INSTALE OS CABOS PARA O PONTO DE LUZ COM RECEPTÁCULO E27 E
INTERRUPTOR AUTOMÁTICO TIPO FOTOCÉLULA................................................................. 61
17. INSTALE OS CABOS PARA O PONTO DE LUZ COM RECEPTÁCULO E27 E
INTERRUPTOR AUTOMÁTICO TIPO SENSOR DE PRESENÇA.............................................. 61
18. INSTALE OS CABOS PARA O PONTO DE LUZ COM LUMINÁRIA DE UMA LÂMPADA
TUBULAR LED SEM REATOR E INTERRUPTOR SIMPLES DE UMA TECLA......................... 61
19. FINALIZE OS SERVIÇOS NA REDE ELÉTRICA......................................................................... 61
20. EXECUTE O ATERRAMENTO...................................................................................................... 61
21. INSTALE OS CABOS DE ALIMENTAÇÃO NO QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO (FASE E
NEUTRO OU DUAS FASES).......................................................................................................... 62
22. TESTE A CONTINUIDADE NOS CIRCUITOS DE TOMADA E ILUMINAÇÃO.......................... 62
23. CERTIFIQUE AS CONEXÕES DOS CONDUTORES................................................................. 64
24. REALIZE A MEDIÇÃO DA TENSÃO ENTRE OS CONDUTORES NA ENTRADA DO
QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO, UTILIZANDO O MULTÍMETRO................................................. 64
25. REALIZE A MEDIÇÃO DA CORRENTE UTILIZANDO O MULTÍMETRO.................................. 65
26. SAIBA SOBRE A MANUTENÇÃO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS....................................... 67

VI - ANEXOS...................................................................................................................................................68

BIBLIOGRAFIA..............................................................................................................................................75

6 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


APRESENTAÇÃO

O
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL - SENAR-AR/SP, criado em 23
de dezembro de 1991, pela Lei n° 8.315, e regulamentado em 10 de junho de 1992,
como Entidade de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, teve
a Administração Regional do Estado de São Paulo criada em 21 de maio de 1993.

Instalado no mesmo prédio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São


Paulo - FAESP, Edifício Barão de Itapetininga - Casa do Agricultor Fábio de Salles
Meirelles, o SENAR-AR/SP tem, como objetivo, organizar, administrar e executar, em todo
o Estado de São Paulo, o ensino da Formação Profissional e da Promoção Social Rurais
dos trabalhadores e produtores rurais que atuam na produção primária de origem animal e
vegetal, na agroindústria, no extrativismo, no apoio e na prestação de serviços rurais.

Atendendo a um de seus principais objetivos, que é o de elevar o nível técnico, social e


econômico do Homem do Campo e, consequentemente, a melhoria das suas condições
de vida, o SENAR-AR/SP elaborou esta cartilha com o objetivo de proporcionar, aos
trabalhadores e produtores rurais, um aprendizado simples e objetivo das práticas agro-
silvo-pastoris e do uso correto das tecnologias mais apropriadas para o aumento da sua
produção e produtividade.

Acreditamos que esta cartilha, além de ser um recurso de fundamental importância para os
trabalhadores e produtores, será também, sem sombra de dúvida, um importante instrumento
para o sucesso da aprendizagem a que se propõe esta Instituição.

Fábio de Salles Meirelles


Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

“Plante, Cultive e Colha a Paz”

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INTRODUÇÃO

Visando contribuir para o desenvolvimento do setor rural associado à melhoria da qualidade


de vida do produtor e trabalhador, a eletricidade possui papel fundamental nas diversas
atividades através dos equipamentos elétricos modernos que dependem de instalações
adequadas para o uso consciente e seguro da energia.

Esta cartilha viabiliza o aprendizado de maneira simplificada ao participante deste Curso


de Formação Profissional oferecido pelo SENAR/SP, com objetivo de executar serviços
nas instalações elétricas em baixa tensão, bem como possibilitar o compartilhamento com
seus familiares.

8 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


ELETRICISTA - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE
BAIXA TENSÃO
A descoberta do fenômeno da eletricidade está ligada ao filósofo grego Tales de Mileto
(535-640 a.C.) que, ao friccionar um pedaço de âmbar contra pele de carneiro, observou
que fragmentos de palha e madeira foram atraídos pelo próprio âmbar.

ÂMBAR: resina fóssil proveniente de árvores, que endurecida se torna pedra amarelada.

O nome “eletricidade” surgiu do âmbar-amarelo que em grego significa “elektron”.

A energia elétrica é um tipo especial de energia usada para transmitir ou transformar a


energia primária da fonte geradora em outros tipos de energia, causando diversos efeitos
como luminoso, térmico e mecânico.

A eletricidade representa suma importância ao nosso cotidiano, pois utilizamos a energia


direta ou indiretamente ao acender a luz, quando usamos água transportada por bombas
elétricas, além de móveis ou objetos produzidos por máquinas elétricas, vestuário, entre
outros. A energia elétrica é fundamental para a vida do homem moderno.

Para o uso racional e seguro desta energia, é necessário que as instalações elétricas sejam
construídas seguindo instruções normativas e aplicando técnicas adequadas por profissionais
devidamente capacitados.

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I - CONHECER A LEGISLAÇÃO PARA AS
­I NSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO
O setor elétrico é regido por instruções normativas para que as instalações elétricas
proporcionem desempenho adequado dos equipamentos, uso racional e segurança.

As Normas Brasileiras (NBR) são publicadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) que, desde 1940, é a responsável pela elaboração, compilação e organização das
Normas Técnicas brasileiras.

Já as Normas Regulamentadoras (NR), relativas à segurança e saúde do trabalho, são


publicadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil.

1. CONHEÇA A NORMA NBR 5410

Estabelece as condições a que devem satisfazer as instalações elétricas de baixa tensão


com circuitos elétricos alimentados sob tensão nominal igual ou inferior a 1.000V (1 KV),
em corrente alternada, a fim de garantir a segurança de pessoas e animais domésticos, o
funcionamento adequado da instalação e a conservação dos bens.

Aplica-se principalmente às instalações elétricas de edificações, qualquer que seja seu uso
(residencial, comercial, público, industrial, de serviços, agropecuário, hortigranjeiro, etc.),
incluindo as pré-fabricadas.

2. CONHEÇA A NORMA NR 10

Estabelece os requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de medidas de


controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores
que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade.

Dentre as instruções desta NR, será abordada a utilização dos equipamentos de proteção
coletiva e individual:

10.2.8 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA

10.2.8.1 Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser previstas e


adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis, mediante procedimentos,
às atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores.

10.2.8.2 As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a desenergização


elétrica conforme estabelece esta NR e, na sua impossibilidade, o emprego de tensão de
segurança.

10.2.8.2.1 Na impossibilidade de implementação do estabelecido no subitem 10.2.8.2., devem

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ser utilizadas outras medidas de proteção coletiva, tais como: isolação das partes vivas,
obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de seccionamento automático de alimentação,
bloqueio do religamento automático.

10.2.8.3 O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme


regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve atender
às Normas Internacionais vigentes.

10.2.9 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

10.2.9.1 Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção coletiva


forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados
equipamentos de proteção individual específicos e adequados às atividades desenvolvidas,
em atendimento ao disposto na NR 6.

10.2.9.2 As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar


a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas.

10.2.9.3 É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou
em suas proximidades.

3. CONHEÇA A NORMA NR 6

Estabelece o uso de Equipamento de Proteção Individual - EPI utilizado pelo trabalhador,


destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

“6.1 Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se Equipamento
de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo
trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde
no trabalho.

6.1.1 Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele


composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos
que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e
a saúde no trabalho.

6.2 O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá


ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido
pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério
do Trabalho e Emprego.

6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao


risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos
de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;

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b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,

c) para atender a situações de emergência.

6.4 Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado o disposto no


item 6.3, o empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo com
o disposto no ANEXO I desta NR.”

Dos diversos EPIs inseridos nesta NR, destacam-se os seguintes dispositivos voltados para
instalações elétricas:

A - EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA

A.1 – Capacete

B - EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE

B.1 – Óculos

B.2 – Protetor facial

E - EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO

E.1 – Vestimentas

F - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES

F.1 – Luvas

F.2 – Creme protetor

F.3 – Manga

G - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES

G.1 – Calçado

G.4 - Calça

I - EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL

I.1 - CINTURÃO DE SEGURANÇA com Dispositivo trava-queda

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II - IDENTIFICAR OS ­I NSTRUMENTOS,
­E QUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO E
­F ERRAMENTAS UTILIZADAS
1. CONHEÇA ALGUNS INSTRUMENTOS

MULTÍMETRO: Um instrumento indispensável para o eletricista é o multímetro. O tipo mais


utilizado é o ALICATE AMPERÍMETRO DIGITAL dotado da função PEAK HOLD (grava
momentaneamente a medição da corrente de pico).

Este equipamento é capaz de realizar medições de algumas grandezas muito usuais como
corrente, tensão e resistência elétrica.

Para regular o aparelho corretamente deve-se estar atento ao que se deseja medir.

Para medir corrente elétrica, deve-se envolver apenas 1 condutor por vez com a garra alicate.

As pontas de prova são necessárias para medir tensão e resistência elétrica.

Multímetro Alicate Amperímetro Digital

DETECTOR DE TENSÃO: O detector de tensão é um instrumento capaz de identificar se


a rede elétrica está energizada.

De modo geral, para executar serviços nas instalações elétricas com segurança, deve ser
utilizado o detector de tensão a fim de constatar que a rede está desligada.

Detector de tensão por proximidade

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2. CONHEÇA ALGUNS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

Capacete Óculos de proteção

Protetor facial Vestimenta retardante a chamas

Luva isolante Luva de cobertura

Luva de raspa Calçado isolante

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Perneira Cinto de segurança paraquedista e ­
trava-queda

3. CONHEÇA ALGUMAS FERRAMENTAS UTILIZADAS

Alicate universal isolado 8” Alicate de bico isolado

Alicate de corte Alicate decapador de fios e cabos

Chave de fenda simples e cruzada (Philips) Trena

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Escada em fibra de vidro Martelo

Faca curva desencapadora isolada Maleta e caixa para ferramentas

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III - DIFERENCIAR CONCEITOS BÁSICOS DA
ELETRICIDADE
A eletricidade é um conjunto de fenômenos naturais ou físicos que envolvem a existência
de cargas elétricas estacionárias ou em movimento, seja através de descargas atmosféricas
ou construção de instalações elétricas.

1. CONHEÇA AS GRANDEZAS ELÉTRICAS

Grandeza elétrica é a propriedade de um fenômeno, corpo ou substância, que pode ser


expressa por sua quantidade sob a forma de um número ou uma unidade de medida.

Os equipamentos elétricos são também chamados de “CARGA” e caracterizados por suas


grandezas elétricas nominais como potência, tensão, corrente ou resistência.

As unidades ou grandezas elétricas são definidas pelo Sistema Internacional de Medidas (SI).

Exemplo:

A ligação de um chuveiro elétrico com POTÊNCIA de 5.500 Watts na TENSÃO 220 Volts
necessita da CORRENTE de 25 Ampères.

1.1. Saiba sobre a Corrente Elétrica

O movimento ordenado de elétrons em um condutor forma uma CORRENTE ELÉTRICA.

Em outras palavras, a corrente elétrica é o deslocamento de elétrons livres dentro de um


condutor quando existe uma DDP (Diferença De Potencial) nas suas extremidades.

A unidade de corrente elétrica é representada pela letra “I”, medida em Ampères.

Exemplo: I = 20A, ou seja, a corrente elétrica é igual a 20 Ampères.

Ilustração do átomo e corrente elétrica

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1.2. Saiba sobre a Tensão Elétrica

A necessidade de uma força para atrair os elétrons livres através do condutor no mesmo
sentido e de forma ordenada, recebe o nome de TENSÃO ELÉTRICA.

A tensão elétrica é também conhecida como DDP (Diferença De Potencial elétrico entre as
extremidades de um circuito fechado) e tem como objetivo restabelecer o equilíbrio perdido.

A unidade de tensão elétrica é representada pela letra “U”, medida em Volts.

Exemplo: U = 220V, ou seja, a tensão elétrica é igual a 220 Volts.

1.3. Saiba sobre a Potência Elétrica

A quantidade de trabalho elétrico que um aparelho é capaz de realizar por unidade de tempo
pode ser chamada de POTÊNCIA ELÉTRICA.

A unidade de potência elétrica é representada pela letra “P”, medida em Watts.

Exemplo: P = 4.400W, ou seja, a potência elétrica é igual a 4.400 Watts ou 4,4kW.

1.4. Saiba sobre a Resistência Elétrica

Definida pela dificuldade que o material possui contra circulação de cargas elétricas.

Materiais maus condutores possuem alta resistência e os bons condutores, menor resistência.

A unidade de resistência elétrica é representada pela letra “R”, medida em Ohms.

Exemplo: R = 50Ω, ou seja, a resistência elétrica é igual a 50 ohms.

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2. CONHEÇA UM SISTEMA ELÉTRICO

Para chegar até os consumidores de propriedades rurais, centros urbanos ou indústrias, a


energia elétrica percorre um longo caminho desde o local onde é produzida.

Ilustração do sistema elétrico

2.1. Conheça a unidade de Geração

A primeira fase do processo recebe o nome de GERAÇÃO, em que a energia elétrica é


produzida a partir do movimento giratório das turbinas acopladas ao GERADOR, necessitando
de uma fonte primária de energia (mecânica, combustão, eólica, etc.).

A maioria das usinas brasileiras de geração são HIDRELÉTRICAS, isto é, a fonte mecânica
é provocada pelo impacto da queda d’água nas turbinas, a exemplo da Usina de Itaipu na
fronteira do Brasil com Paraguai.

Usina Hidrelétrica de Itaipu

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2.2. Conheça o sistema de Transmissão

As usinas de geração de energia elétrica nem sempre se situam próximas dos consumidores.
Por isso, é preciso transportar grande quantidade de energia elétrica produzida para Unidades
Consumidoras (UC).

Para realizar o transporte são construídas subestações elevadoras nas usinas, que são
conectadas nas linhas de transmissão, as quais recebem um nível da tensão conhecido
como ALTA TENSÃO, exemplo 138.000 volts (138 kV).

Torre de transmissão

2.3. Conheça o sistema de Distribuição

Próximo às cidades são construídas subestações abaixadoras, onde a tensão da linha de


transmissão é “reduzida” para valores padronizados na rede primária.

Exemplos: 11.900 Volts (11,9 kV) e 13.800 Volts (13,8 kV), tensões conhecidas por MÉDIA
TENSÃO (até 34.500V).

A rede de distribuição recebe energia elétrica em um nível de tensão adequada para


distribuir para toda a cidade, porém inadequada para sua utilização imediata em diversos
equipamentos.

Assim, são instalados transformadores em locais estratégicos pelas Distribuidoras que


fornecem energia diretamente para os consumidores na tensão adequada pela rede
secundária.

20 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


Exemplos: 127V, 220V, 380V, tensões conhecidas por BAIXA TENSÃO (até 1.000 Volts).

Rede de distribuição média e baixa tensão

Todo o sistema elétrico depende dos transformadores utilizados nas subestações, postes,
cabines abrigadas, etc., que elevam ou rebaixam a tensão.

Transformadores de força e distribuição


Existem vários modelos de transformadores, mas basicamente são formados por núcleo,
espiras (fios enrolados) e material isolante.

A entrada de energia nos transformadores é efetuada pelos bornes PRIMÁRIOS (voltagem


primária) e a saída da energia, pelos bornes SECUNDÁRIOS (voltagem secundária), como
ilustra a figura a seguir:

Transformadores de força e distribuição


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3. CONHEÇA OS CIRCUITOS ELÉTRICOS

Basicamente, quando um gerador de energia elétrica composto por apenas um enrolamento


(ESTATOR) for submetido à ação de um campo magnético provocado pelo ROTOR ligado
a uma carga, gera apenas uma fase e a corrente elétrica retorna pelo condutor neutro.

Temos então o circuito monofásico.

Ilustração de gerador monofásico

Se o gerador possuir mais dois enrolamentos, pode-se obter mais duas fases.

Assim, as cargas poderão ser ligadas em circuitos monofásicos, bifásicos ou trifásicos.

Ilustração de gerador trifásico

22 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


Ilustração de circuitos

4. SAIBA SOBRE A LEI DE OHM

Esta “Lei” foi definida pelo cientista alemão Georg Simeon Ohm (1789-1854).

Trata-se das relações entre corrente, tensão e resistência no circuito elétrico.

O enunciado da Lei de Ohm diz que:

“A corrente de um circuito elétrico é diretamente proporcional à tensão e inversamente


proporcional à resistência”.

Basicamente, quanto maior for a resistência oferecida, menor será a corrente elétrica que
irá circular no circuito e vice-versa.

Matematicamente temos:

Ilustração sobre cálculo da Lei de Ohm

I = Corrente, em ampères [A]

U = Tensão, em volts [V]

R = Resistência, em ohms [Ω]

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5. CONHEÇA SOBRE CONDUTORES, ISOLANTES E CONECTORES

5.1. Materiais condutores

São aqueles que facilitam o movimento dos elétrons (materiais com baixa resistência elétrica).

Neste caso, os elétrons das últimas camadas dos átomos destes materiais podem ser
retirados facilmente através de estímulo apropriado (atrito, contato ou campo magnético).

Exemplos: ouro, prata, platina, cobre e alumínio.

Os principais condutores utilizados nas instalações elétricas são de cobre ou alumínio, que
podem vir na forma de fio ou cabo, sendo que o FIO é composto por único condutor e o
CABO por vários fios condutores.

Ilustração de condutor e isolação


Os dados específicos como a seção (bitola), nível de isolação, nome do fabricante e Norma
construtiva da ABNT (NBR) são gravados na cobertura.

5.2. Materiais isolantes

Dependendo do nível da tensão elétrica aplicada, os materiais com resistência elevada


podem se tornar ISOLANTES. Estes materiais dificultam o movimento dos elétrons (materiais
com alta resistência elétrica).

Desta forma, os elétrons estão rigidamente ligados aos núcleos dos átomos destes materiais,
que somente com muita dificuldade poderão ser retirados.

Exemplos: Madeira, borracha, vidro e porcelana.

Ilustração de Isolador
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5.3. Conectores

Nas instalações elétricas devemos evitar as emendas, pois podem provocar a fuga de
energia, o aumento desnecessário do consumo, causar incêndios e interrupção do circuito
ou até provocar choques elétricos graves.

Quando necessário, elas devem ser bem executadas e apertadas, impedindo aquecimento
irregular, sempre localizadas em caixas de passagem (exceto em redes aéreas) e isoladas
em seguida com fitas isolantes adequadas e de qualidade, protegendo os circuitos contra
corrente de fuga.

Existem diversos tipos de conectores e terminais de fácil aplicação que garantem uma boa
qualidade de emenda ou conexões, tornando as instalações elétricas mais seguras.

Terminais elétricos

Atenção:
Nas emendas entre condutores de cobre e alumínio devem ser aplicados
conectores bimetálicos.

6. CONHEÇA OS TIPOS DE TENSÃO E CORRENTE ELÉTRICA

6.1. Tensão e Corrente Contínua

Neste circuito, tensão e corrente são invariáveis no decorrer do tempo.

As fontes de energia contínua são geralmente as pilhas ou baterias.

Ilustração gráfica de tensão contínua

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6.2. Tensão e Corrente Alternada

Neste circuito a amplitude de tensão e corrente oscilam em função do tempo, percorrendo


os condutores nos dois sentidos.

As concessionárias de distribuição abastecem nossas instalações elétricas com este tipo


de energia.

Ilustração gráfica de tensão e corrente alternada


A oscilação na tensão alternada mostrada no gráfico representa um ciclo. No Brasil este
ciclo é padronizado para ocorrer 60 vezes por segundo. Assim, podemos entender o que
é FREQUÊNCIA da rede com unidade de grandeza denominada em “Hz” (Hertz), ou seja,
a Frequência = 60Hz.

Atenção:
Ao contrário do Brasil, alguns países adotam a frequência de 50Hz.

7. CONHEÇA AS FORMAS DE LIGAÇÃO DE CARGAS

7.1. Ligação em Pararelo

Nas instalações elétricas de baixa tensão as cargas são ligadas em PARALELO.

Assim, o mesmo nível de tensão elétrica é aplicado nas cargas, e a corrente elétrica total
será a soma de todas as correntes de cada carga.

Circuito de cargas em paralelo

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7.2. Ligação em Série

As cargas ligadas em SÉRIE devem ser consideradas para circuitos eletrônicos.

Neste circuito, a corrente elétrica é a mesma que atravessa todas as cargas ligadas,
provocando queda da tensão elétrica entre elas.

Caso uma das cargas “queime”, o circuito será interrompido.

Circuito de cargas em série

7.3. Ligação Mista

Já num circuito caracterizado como MISTO, as cargas elétricas são ligadas em paralelo e
série na mesma fonte, aplicada apenas em circuitos eletrônicos.

Circuito misto de cargas

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8. CONHEÇA OS TIPOS DE LINHAS ELÉTRICAS

A norma NBR 5410 prevê diferentes maneiras para instalação dos condutores nas linhas
elétricas, devendo ser aplicada a opção mais adequada ao local de sua execução.

Os materiais isolantes usados nas instalações devem possuir propriedades antichama,


serem isentos de gases tóxicos e com baixa emissão de fumaça.

A instalação de linhas elétricas deve ser mantida afastada dos circuitos de comunicação
(telefonia, internet, antena, CFTV, etc.) seguindo em eletroduto exclusivo.

Fique atento para aplicar o tipo adequado de eletroduto nas instalações embutidas, aparentes
e subterrâneas:

Eletroduto leve, médio e pesado

8.1. Conheça as linhas elétricas “Aéreas”

Basicamente em linhas aéreas os condutores são apoiados sobre isoladores. Devemos


adotar medidas de segurança entre a distância destes condutores e qualquer vegetação,
solo ou construções, trânsito de veículos próximos das redes, evitando travessia sobre
lagos e rios.

Construções debaixo de linhas aéreas não são permitidas.

Atenção:
Em instalações abrigadas recomenda-se evitar execução de rede aérea, protegendo
os condutores isolados adequadamente, seja de forma embutida ou aparente.

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Linha elétrica aérea
8.2. Conheça as linhas elétricas “Embutidas”

Esta forma de instalação é a mais utilizada, devendo ser prevista em croqui ou projeto das
construções para evitar transtornos pela ausência de pontos elétricos necessários.

Os condutores de cobre isolados são protegidos por eletrodutos corrugados embutidos em


alvenaria, aplicando o tipo leve em paredes e o tipo médio em lajes.

Linha elétrica embutida

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8.3. Conheça as linhas elétricas “Aparentes”

Nas linhas aparentes os condutores são protegidos por eletrodutos, canaletas, perfilados,
eletrocalhas ou leitos, devendo ser fixados de maneira adequada.

Esta opção de linha é amplamente utilizada em galpões, oficinas, escritórios, etc.

Linha elétrica aparente

8.4. Conheça as linhas elétricas “Subterrâneas”

Esta instalação exige certas precauções, impedindo que as linhas sejam prejudicadas por
movimentações de terra, contato com materiais duros e ferramentas, umidade e ações
químicas causadas por elementos do solo.

Os condutores nas linhas subterrâneas devem possuir isolação mínima de 1kV (1.000
Volts), protegidos por eletroduto corrugado tipo pesado dispostos em valetas no solo nas
profundidades mínimas previstas pela Norma NBR-5410:

→ Terreno normal = 0,70m

→ Locais de trânsito de veículos = 1,00m

Destacam-se também as canaletas de concreto com suportes suspensos e tampas ou


grelhas.

Em alternativa, o uso de eletrodutos “envelopados” em bancos de areia e concreto pode evitar


o contato acidental com os circuitos elétricos, incluindo a sinalização com fita de advertência.

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Somente cabos com isolação especial podem ser enterrados diretamente no solo.

Linha elétrica subterrânea

9. SAIBA SOBRE O ATERRAMENTO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

O primeiro objetivo do aterramento em sistemas elétricos é proteger as pessoas e os


equipamentos contra correntes indesejáveis por fuga em falha de isolação ou curto-circuito.

O segundo objetivo é oferecer um caminho seguro, controlado e de baixa resistência em


direção à terra das correntes elétricas induzidas por descargas atmosféricas.

A falta de aterramento nas instalações elétricas durante uma descarga pode causar avarias
em equipamentos, além de sérios danos físicos ou resultar em óbito.

Aterramento e caixa de inspeção

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O eletrodo de aterramento (também conhecido por “haste”) mais utilizado é constituído
por aço cobreado, embora em alguns casos seja aplicada a cantoneira metálica zincada.
Suas dimensões podem variar de acordo com a necessidade do local ou tipo de instalação,
seguindo instruções normativas da NBR-5410 e NBR-5419.

A resistência do solo tem grande importância na aplicação da haste, cuja malha de


aterramento poderá ser executada de diversas maneiras até atingir o resultado desejado
de baixa resistência, a exemplo de algumas Concessionárias de energia que adotam limite
abaixo de 10 Ω.

Para ampliar a proteção, devem ser instalados dispositivos como DR e DPS associados ao
sistema de aterramento, minimizando os efeitos destas descargas.

Atenção:
As conexões devem ser bem executadas garantindo a continuidade entre haste e
condutor, seja através de conector apropriado ou solda exotérmica.

Algumas aplicações das hastes de aterramento

10. CONHEÇA OS TIPOS DE LÂMPADAS E SUAS APLICAÇÕES

A técnica para produção da luz iniciou-se quando o homem foi capaz de produzir o fogo,
realizando o atrito entre madeiras secas, e continua até hoje com as lâmpadas atuais.

Para lâmpadas roscáveis são amplamente utilizados receptáculos tipo E27 (menores
potências) e E40 (potências elevadas). Já as tubulares são conectadas em terminais de
diversos formatos (pinos, engates rápidos e giratórios, etc.).

Na escolha da lâmpada, além de sua eficiência energética vinculada à potência e luminária


adequada ao ambiente, deve ser verificada sua temperatura de cor definida pelo fator K
(kelvin):

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Temperatura de cor para iluminação

10.1. Conheça a Lâmpada Incandescente

Esta lâmpada representa a fonte de luz artificial mais antiga e difundida no mundo, porém
já substituída por lâmpadas mais eficientes.

Ela é constituída por um filamento de tungstênio alojado no interior de um bulbo de vidro.

Na passagem da corrente pelo filamento, os elétrons se chocam com os átomos de


tungstênio, liberando energia transformada em luz e calor.

Lâmpada incandescente

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10.2. Conheça a Lâmpada Fluorescente

Esta lâmpada é a forma clássica para uma iluminação econômica, que substitui as
incandescentes. No entanto, já foi superada pela eficiência da lâmpada LED.

A energia luminosa é consequência da descarga elétrica através de um gás (vapor mercúrio


ou argônio de baixa pressão).

Basicamente, os elétrons circulando dentro do tubo de vidro com extremidades metálicas


(filamentos de tungstênio) se esbarram com átomos do gás que se torna condutor (ionizado).

O efeito luminoso somente é possível porque a radiação entra em contato com as paredes
internas do tubo que são pintadas com materiais fluorescentes (cristais de fósforo).

A ligação deste tipo de lâmpada depende de reator para o funcionamento.

Lâmpada fluorescente tubular e compacta


As lâmpadas fluorescentes compactas roscáveis foram desenvolvidas objetivando a
substituição de lâmpadas incandescentes.

Possuem princípio de funcionamento similar ao das lâmpadas fluorescentes tubulares, mas


suas dimensões são bastante reduzidas.

Com formato compacto de vários tipos, elas oferecem excelente qualidade de luz, alta
eficiência energética e longa durabilidade, quase 10 vezes superior às incandescentes. Sua
base possui circuitos eletrônicos internos que incorporam o reator.

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10.3. Conheça a Lâmpada LED

É um componente eletrônico semicondutor, ou seja, um diodo emissor de luz. Mesma


tecnologia utilizada nos chips de computadores, que têm a propriedade de transformar
energia elétrica em luz.

Lâmpada LED

Tal transformação é diferente da encontrada nas lâmpadas convencionais que utilizam


filamentos metálicos, radiação ultravioleta e descarga de gases, dentre outras. Nos LEDs,
a transformação de energia elétrica em luz é feita na matéria, sendo por isso chamada de
Estado Sólido.

O LED é um componente do tipo bipolar, que possui um terminal chamado anodo e outro
catodo. Dependendo de como for polarizado, permite ou não a passagem de corrente elétrica
e consequentemente a geração ou não de luz.

Também são produzidas nos formatos com rosca E27, tubular (TUBOLED) e refletores,
possibilitando a substituição de incandescentes, fluorescentes e outras.

Atenção:
Existe uma infinidade de tipos de lâmpadas para aplicação em locais específicos,
destacando-se a fluorescente HO, mista e descargas (sódio, mercúrio e metálico).

11. SAIBA CALCULAR O CONSUMO DO APARELHO ELÉTRICO EM USO

Para obter a estimativa do consumo de energia devemos recordar o significado de potência:

“Quantidade de trabalho elétrico que o aparelho é capaz de realizar no tempo determinado”

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Deve-se multiplicar a potência do aparelho pelo tempo ligado:

Cálculo do consumo

Na prática, o consumo é registrado pelos medidores em kWh, onde:

k = 1.000 (quilo)

W = Watts (potência)

h = hora (tempo)

Então podemos simplesmente estimar o consumo das seguintes maneiras:

Cálculo do consumo em kWh

Supondo que se um chuveiro 4400W for ligado em média 30 minutos ao dia, podemos
concluir que estaria consumindo:

Cálculo do consumo em minutos ao dia

Se outro equipamento de 6200W for ligado em média 2 horas ao dia, o consumo seria:

Cálculo do consumo em horas ao dia

Para obter o consumo médio mensal, basta multiplicar o valor estimado por 30 dias.

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12. SAIBA REALIZAR A LEITURA DOS MEDIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA

12.1. Conheça o medidor de ponteiros

Tipo mais comum de medidor utilizado por muitos anos e substituído gradativamente pelas
Concessionárias.

Medidor de energia com ponteiros


→ A leitura é iniciada pelo marcador da unidade à direita.

→ Repare que os ponteiros giram nos sentidos horário e anti-horário, e sempre no sentido
crescente dos números.

→ Anote sempre o último número ultrapassado pelo ponteiro, desprezando a fração do


intervalo entre números.

Verifique o exemplo:

Leitura do medidor com ponteiros


Subtraindo a leitura do mês atual pelo mês anterior, obtém-se o valor do período em kWh.

Consumo = 4805– 4590 = 215 kWh

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12.2. Conheça o medidor ciclométrico

Sucessor do medidor de ponteiros, atualmente está dividindo a preferência das


concessionárias com o tipo eletrônico de display digital.

O mecanismo do medidor ciclométrico não possui “relógios”, cuja aferição é realizada por
dígitos que circulam.

Medidor de energia ciclométrico e eletrônico

Atenção:
Em unidades consumidoras de maior potência, a Concessionária poderá determinar
a leitura utilizando “Fator de Multiplicação” para obter o consumo registrado no
período.

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IV - ELABORAR O CROQUI DAS INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS
1. CONHEÇA A SIMBOLOGIA BÁSICA UTILIZADA NAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

A execução de serviços nas instalações elétricas segue instruções contidas em projetos


elétricos que utilizam símbolos e informações necessárias para atender exigências
normativas.

Na tabela a seguir podemos visualizar alguns símbolos padronizados conforme Norma


NBR-5444:

Alguns símbolos utilizados em projeto de instalações elétricas

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 39


2. DETERMINE A LOCALIZAÇÃO DO PONTO ELÉTRICO

Cada ponto elétrico indicado em projeto representa uma carga, ou seja, o equipamento que
será ligado.

Para facilitar acesso aos pontos, a instalação deve ser realizada em alturas distintas como
segue:

Ilustração de altura dos pontos elétricos


2.1. Determine a localização do quadro de distribuição

Deve estar o mais próximo do centro de cargas e livre acesso, exceto em ambientes úmidos.

Planta baixa com localização do quadro de distribuição

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2.2. Determine a localização da iluminação

Luminárias, arandelas e refletores devem atender a melhor condição luminotécnica com


respectivos interruptores em locais estratégicos para facilitar o comando.

Planta baixa com localização da iluminação e interruptores

2.2.1. Conheça sobre o acionamento simples para iluminação

Interruptores com teclas de acionamento manual podem ser aplicados em comando de


apenas um ponto ou pontos distintos, conforme a necessidade.

Circuito com fase e neutro – Tecla simples, paralela, intermediária e dimmer:

Esquema de ligações simples com 1 e 2 teclas

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Esquema de ligações com paralelo simples e intermediário

Esquema de ligações com dimmer

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Circuito com 2 fases – Tecla bipolar simples ou paralela:

Esquema de ligações bipolar simples com 1 e 2 teclas

Esquema de ligações paralelo bipolar

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Esquema de ligações com dimmer utilizando 2 fases

2.2.2. Conheça sobre o acionamento automático para iluminação

Interruptores dotados de sensores são mais comuns em iluminação automática, tais como
sensor de presença e relé fotoeletrônico (fotocélula).

Esquema de ligação com sensor de presença (bivolt)

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Esquema de ligação fotocélula (bivolt)

2.3. Determine a localização das Tomadas

Instaladas em alturas que facilitem a utilização dos equipamentos e acessibilidade.

Conheça sobre a instalação de tomadas

Todo circuito de tomada deve receber o condutor de aterramento individual derivando do


barramento no quadro de distribuição, utilizando tomada de capacidade adequada para
respectiva aplicação.

Atenção:
Verifique a capacidade das tomadas (10A ou 20A) padrão ABNT 2P+T para sua
respectiva aplicação nos circuitos:

Tomadas padrão ABNT 2P+T

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O número mínimo de pontos é definido pela NBR 5410:

→ Banheiros – Um ponto próximo ao lavatório.

→ Cozinhas, copas, áreas de serviço – Um ponto para cada 3,5m de perímetro e dois pontos
na bancada da pia.

Precaução:
Tomadas com altura de 0,30m devem ser instaladas somente em área seca.

→ Varandas – Um ponto.

→ Salas e dormitórios – Um ponto para cada 5m de perímetro. Para alimentação de mais de


um equipamento no mesmo local, recomenda-se instalar quantidade suficiente de tomadas.

→ Demais cômodos e dependências – Um ponto até 6m² ou um ponto a cada 5m de


perímetro acima de 6m².

Tomada de Uso Geral - TUG - Destinadas aos circuitos de equipamentos que não possuem
localização definida, cuja quantidade mínima a ser instalada depende do tipo de ambiente.

Tomada de Uso Especifico - TUE - Destinadas aos circuitos de equipamentos com


localização fixa ou com potência superior a 1200VA.

Planta baixa com localização das tomadas

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2.4. Determine a localização dos Eletrodutos

Os eletrodutos ou conduítes são instalados em locais adequados, sem conflito com outras
instalações alheias aos circuitos elétricos (hidráulica, ferragens, etc.).

Planta baixa com localização dos eletrodutos


3. DETERMINE A DIVISÃO DE CIRCUITOS

Um circuito compreende todas as cargas ligadas ao mesmo par de condutores e ao mesmo


dispositivo de proteção (disjuntor ou fusível).

Verifique as exigências para divisão da instalação em circuitos descritas na Norma NBR-


5410 da ABNT:

• Segurança — Evitando que a falha em um circuito prive de alimentação toda uma área;

• Conservação de energia — Possibilitando que cargas de iluminação e/ou de climatização


sejam acionadas na justa medida das necessidades;

• Funcionais — Viabilizando a criação de diferentes ambientes, como os necessários em


auditórios, salas de reuniões, espaços de demonstração, recintos de lazer, etc.;

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• Produção — Minimizando as paralisações resultantes de uma ocorrência;

• Manutenção — Facilitando ou possibilitando ações de inspeção e de reparo.

Na divisão da instalação devem ser consideradas também as necessidades futuras.

As ampliações previsíveis devem se refletir não só na potência de alimentação, mas também


na taxa de ocupação dos eletrodutos e quadros de distribuição.

Divisões obrigatórias em circuitos exclusivos (cada circuito deve possuir o condutor neutro
e terra independente):

→ Iluminação geral

→ Iluminação de emergência (se houver)

→ Cargas superiores a 1.200W ou 1.200VA deverão possuir circuitos individuais para


cada aparelho (chuveiro, ar condicionado, micro-ondas, refrigeradores, máquinas de lavar,
motores, etc.)

→ Tomadas de cozinha e área de serviço

→ Tomadas para dormitórios, salas e banheiros.

Atenção:
Dividir em quantos circuitos forem necessários, de acordo com somatório da
potência desejada, desde que não ultrapasse 1.200VA.

4. SAIBA SOBRE A POTÊNCIA DOS PONTOS ELÉTRICOS

Os equipamentos indicados nos pontos em planta devem ser relacionados com sua potência
em WATTS.

As potências dos equipamentos podem ser descritas pelos fabricantes também em VA,
BTU, CV ou HP.

Conversão de grandezas

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5. SAIBA SOBRE A CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

5.1. Conheça sobre a capacidade de condução da corrente pelos condutores

É definida como a máxima corrente elétrica que pode ser conduzida pelo condutor, sem que
sua temperatura de regime permanente ultrapasse a temperatura máxima para o serviço.

Os condutores são fabricados para operar dentro de certos limites de temperatura, geralmente
70ºC (isolação 750V) para instalação embutida e aparente. Já para instalação subterrânea
será de 90ºC (isolação 0,6/1KV ou 600/1.000V).

Atenção:
Quando o valor da corrente elétrica ultrapassa a capacidade máxima do condutor,
tem início uma alteração nas características do isolamento, que deixa de cumprir
sua finalidade.

5.2. Conheça sobre a capacidade de ocupação dos eletrodutos

É obrigatório que os condutores não ocupem espaço superior a 40% da área útil dos
eletrodutos.

Quando o condutor estiver instalado no eletroduto embutido ou subterrâneo, a troca de calor


com o meio ambiente será menor.

Taxa de ocupação do eletroduto

6. SAIBA SOBRE A DEMANDA DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Entende-se por “Demanda” na área elétrica como o somatório de cargas elétricas das
instalações que em um determinado período pode ser ligado ao sistema elétrico no mesmo
instante.

São poucas as instalações que utilizam todas as cargas ao mesmo tempo.

Por exemplo, quando utilizamos metade dos equipamentos elétricos no mesmo instante,
podemos afirmar que o “Fator de Demanda” é de 50% ou 0,5.

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6.1. Determine o Fator de demanda referente a iluminação e TUG (tomada de uso geral):

Demanda para iluminação e TUG

6.2. Determine o Fator de demanda referente a TUE (tomada de uso específico):

Demanda para TUE

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6.3. Determine o Fator de demanda referente a motores:

Demanda para motores

7. SAIBA SOBRE O DIMENSIONAMENTO DO CONDUTOR

O condutor ideal para a instalação elétrica desejada deve ser dimensionado analisando-
se “basicamente” a potência do circuito, demanda da instalação e sua respectiva corrente
elétrica, que poderá ser calculada da seguinte maneira:

Cálculo da corrente elétrica


I = Corrente, em ampères (A)

P = Potência, em watts (W)

U = Tensão, em volts (V)

Atenção:
A) Aplicar a maior tensão nominal disponível no circuito.
B) A potência também poderá ser expressa em VA.
C) Considerar cálculo da queda de tensão, se necessário.

Bitolas mínimas de condutores elétricos


É importante que os condutores sejam identificados sobre a sua finalidade, principalmente
pelas cores:

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Identificação dos condutores elétricos pela cor

Identificação dos condutores elétricos em projetos

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Tabela para dimensionar a instalação:

Dados para dimensionamento do condutor, proteção e eletroduto


Exemplo:

Vamos dimensionar a instalação para um chuveiro de potência 4400W com tensão 220V
(fase-fase).

Exemplo cálculo da corrente

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Condutor – Bitola 2,5mm2 (2F+T)

Atenção:
Será adotado 4mm² (2F+T) devido à proximidade do limite de capacidade da
condução elétrica do condutor 2,5mm².

Proteção – Disjuntor bipolar 25A, acompanhado do dispositivo DR.

Eletroduto – 20mm ou 3/4”

8. DETERMINE O DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO DO CIRCUITO ELÉTRICO

A função principal dos dispositivos de proteção é oferecer segurança para as instalações


elétricas e consequentemente pessoas, equipamentos e outros bens materiais.

O dimensionamento dos dispositivos de proteção considera principalmente o limite da


capacidade dos condutores, protegendo automaticamente as cargas.

O padrão DIN é muito utilizado nas instalações em quadros de distribuição e dispositivos


de proteção dos circuitos, a exemplo do chamado “mini-disjuntor”.

O termo norma DIN refere-se a Deutsches Institut für Normung ou Instituto Alemão para
Normatização, instituto que regulamenta as normas de padronização na Alemanha,
equivalente à ABNT no Brasil. Boa parte das normas brasileiras criadas pela ABNT segue o
modelo da norma DIN, tanto que na ausência de uma normatização ABNT específica pode
ser recomendada a adoção da norma DIN como modelo.

8.1. Conheça sobre curto-circuito e sobrecarga elétrica

Nas instalações elétricas, cada circuito possui seu limite de capacidade. Caso a corrente
elétrica ultrapasse esta capacidade, os condutores e os equipamentos conectados poderão
ser danificados por altas temperaturas, com possibilidade de causar incêndios.

O curto-circuito

Ocorre quando a corrente elétrica do circuito aumenta muito rápido até valores elevados, o
que é causado pela falha de isolação.

A sobrecarga elétrica

Ocorre quando a corrente elétrica é ligeiramente superior ao limite do circuito, seja por
equipamento de grande potência ou excesso de equipamentos ligados.

8.2. Conheça o disjuntor

Os disjuntores tradicionais são equipados com disparadores térmicos que atuam em


sobrecargas e disparadores magnéticos contra curto-circuito.

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O disjuntor é uma chave magnética que se desliga automaticamente quando a intensidade
da corrente supera sua capacidade.

Após resolver o problema que provocou a interrupção do circuito, basta religar o disjuntor
para restabelecimento.

Disjuntores padrão DIN (tripolar, bipolar e unipolar)

8.3. Conheça o Diferencial Residual – DR

O dispositivo DR foi desenvolvido para proteger as pessoas ou equipamentos contra fugas


de corrente elétrica que poderiam provocar acidentes graves.

Analisando fatores que contribuem para choques elétricos, sabemos que quando o corpo
humano for percorrido por uma corrente maior que 30mA (0,03A) a pessoa estará vulnerável
a um sério risco de morte, caso esta corrente não for interrompida rapidamente.

O nível de risco da possível vítima depende da amplitude da corrente, partes do corpo que
serão percorridas pela corrente, além da duração de passagem desta corrente.

A norma NBR-5410 da ABNT exige a instalação de DR de alta sensibilidade nos circuitos que
fornecem energia elétrica para ambientes úmidos ou equipamentos que requerem maiores
cuidados na proteção contra choques elétricos (chuveiros, torneiras elétricas, banheiras,
tomadas da cozinha e área de serviço, etc.). Fique atento para utilizar chuveiros e torneiras
elétricas compatíveis para uso do DR.

O DR está classificado em dois tipos:

IDR (Interruptor Diferencial Residual):

Este dispositivo atua na proteção contra fuga de corrente e sua instalação deve ser efetuada
após o disjuntor do circuito a ser protegido.

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DDR (Disjuntor Diferencial Residual):

Este dispositivo associa o IDR e o disjuntor termomagnético, protegendo o circuito contra


fuga de corrente, sobrecarga e curto circuito.

Diferencial Residual e ligações típicas


8.4. Conheça o Dispositivo de Proteção contra Surtos – DPS

É um dispositivo de proteção utilizado contra surtos de tensão na rede elétrica, seja pela
Concessionária ou por descargas atmosféricas (raios), previsto na NBR-5410 e NBR-5419.

Aplicando o DPS na instalação, a corrente elétrica é direcionada para o aterramento durante


a ocorrência de surto.

A capacidade do DPS pode variar entre 10 e 80kA e sua escolha depende do tipo de
instalação e respectiva localidade, sendo definida pela tensão e capacidade de corrente
em kA (quilo-Ampères). Capacidade igual ou superior a 10kA é utilizada em regiões com
diversos consumidores próximos, e mínima de 20kA é usada em áreas críticas com elevada
exposição a raios, tipicamente em regiões rurais.

O DPS pode ser incorporado em filtros de linha e estabilizadores de tensão, que além
de minimizar pequenas variações de tensão na rede, ajustando ruídos ou interferências
eletromagnéticas, também protege contra surtos.

Em outras aplicações, são utilizados DPS específicos para antenas, TV a cabo ou telefonia.

Dispositivo de Proteção contra Surtos

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8.5. Conheça o Fusível

Os fusíveis possuem um filamento que se queima interrompendo o circuito, tornando-se


dispensáveis diante da aplicação mais eficiente dos disjuntores em instalações elétricas
de baixa tensão.

9. SAIBA SOBRE O QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO

Em conjunto com a divisão de circuitos, é essencial a utilização de um quadro de distribuição


para abrigar os dispositivos de proteção.

O objetivo é buscar um equilíbrio das cargas ligadas entre fases, garantir a integridade dos
condutores e funcionamento ideal dos equipamentos.

Desta forma estamos protegendo as instalações e as pessoas contra acidentes causados


por irregularidades no sistema elétrico, distúrbios de correntes ou curto-circuito.

É de extrema importância a identificação dos circuitos de forma legível.

Existem vários modelos de quadros de distribuição, inclusive sem a necessidade de


barramento para fases em que os dispositivos são interligados diretamente em pentes de
alimentação.

Quadro de distribuição padrão DIN


Componentes básicos do quadro de distribuição:

• Placa ou trilhos de montagem

• Barramentos para fases e neutro (isolar partes energizadas)

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• Barramento de aterramento

• Dispositivos (disjuntores, DPS, DR, etc.)

• Tampas de proteção

10. CONHEÇA O CROQUI FINALIZADO

As instalações elétricas são representadas através de projetos ou croqui simplificado e uso


da simbologia adequada.

Planta baixa finalizada e com simbologia adequada


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V - EXECUTAR AS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
EM BAIXA TENSÃO
A execução deve ser feita conforme o croqui apresentado abaixo, instalando os componentes
em placa de compensado ou madeirit 1,10x1,60m espessura 10mm (metade de uma placa
tradicional de 2,20x1,60m).

O primeiro passo será preparar a infraestrutura “seca”, em seguida instalar os cabos e


finalizar com instalação dos componentes (interruptores, tomadas e quadro de distribuição).

- Em locais onde houver tensão 220V (fase/fase), identifique a fase 2 na cor vermelho e
utilize interruptores com dispositivos específicos adequando as respectivas ligações.

- Não será utilizado eletroduto em parte do circuito de iluminação para possibilitar testes
com detector de tensão e medição da corrente elétrica com multímetro.

1. ANALISE O CROQUI

Croqui
2. VERIFIQUE OS MATERIAIS NECESSÁRIOS, FERRAMENTAS ADEQUADAS E
ÓCULOS DE PROTEÇÃO

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 59


3. ORGANIZE O LOCAL DE TRABALHO, MANTENDO-O SEMPRE LIMPO

4. MARQUE NA PLACA OS LOCAIS PARA FIXAÇÃO DE TODOS OS COMPONENTES


(ISOLADORES, CAIXAS, LÂMPADAS, ETC.)

5. FIXE OS ISOLADORES TIPO ROLDANA PARA LINHA AÉREA

6. FIXE AS CAIXAS DE PASSAGEM PVC, CONDULETES, ELETRODUTOS, RELÉ


FOTOCÉLULA, SENSOR DE PRESENÇA E POSICIONE A LUMINÁRIA PARA
TUBOLED

7. INSTALE OS CABOS DA LINHA AÉREA DE ILUMINAÇÃO

8. INSTALE OS DOIS CABOS DE ALIMENTAÇÃO DA LINHA AÉREA DE ILUMINAÇÃO


PELOS CONDULETES E CAIXAS DE PASSAGEM PVC

Deve ser reservada sobra de uma volta completa de cabos para interligar no quadro de
distribuição (juntar as pontas) e para emendas nas caixas de passagem dos interruptores.

9. FAÇA AS EMENDAS NOS CABOS DE ALIMENTAÇÃO DA LINHA AÉREA DE


ILUMINAÇÃO NA CAIXA DE PASSAGEM PVC

10. INSTALE OS CABOS DA TOMADA

#2,5mm², cor escura para fase, azul claro para neutro e verde para aterramento

Deve ser reservada sobra de uma volta completa de cabos para interligar no quadro de
distribuição (juntar as pontas) e para emendas nas caixas de passagem da tomada.

11. PREPARE OS CABOS PARA ILUMINAÇÃO

#1,5mm², cor escura para fase e cores claras para retornos

12. INSTALE OS CABOS PARA O PONTO DE LUZ COM RECEPTÁCULO E27 E


INTERRUPTOR SIMPLES DE UMA TECLA

60 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


13. INSTALE OS CABOS PARA OS PONTOS DE LUZ COM RECEPTÁCULOS E27 E
INTERRUPTOR SIMPLES DE DUAS TECLAS

14. INSTALE OS CABOS PARA O PONTO DE LUZ COM RECEPTÁCULO E27 E


INTERRUPTOR AUTOMÁTICO TIPO DIMMER

15. INSTALE OS CABOS PARA O PONTO DE LUZ COM RECEPTÁCULO E27 E


INTERRUPTORES PARALELOS COM INTERMEDIÁRIO

16. INSTALE OS CABOS PARA O PONTO DE LUZ COM RECEPTÁCULO E27 E


INTERRUPTOR AUTOMÁTICO TIPO FOTOCÉLULA

17. INSTALE OS CABOS PARA O PONTO DE LUZ COM RECEPTÁCULO E27 E


INTERRUPTOR AUTOMÁTICO TIPO SENSOR DE PRESENÇA

18. INSTALE OS CABOS PARA O PONTO DE LUZ COM LUMINÁRIA DE UMA


LÂMPADA TUBULAR LED SEM REATOR E INTERRUPTOR SIMPLES DE UMA
TECLA

19. FINALIZE OS SERVIÇOS NA REDE ELÉTRICA

19.1. Instale a tomada, interruptores e pontos de luz utilizando terminais nas


extremidades dos cabos

19.2. Instale o quadro de distribuição interligando os circuitos de iluminação e tomada

Atenção:
Mantenha os disjuntores desligados.

20. EXECUTE O ATERRAMENTO

20.1. Insira a haste cobreada no solo

20.2. Faça a conexão do cabo de aterramento na haste

20.3. Envolva a conexão do aterramento com massa de calafetar

20.4. Interligue o cabo de aterramento na barra de cobre exclusiva no quadro de


distribuição

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 61


21. INSTALE OS CABOS DE ALIMENTAÇÃO NO QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO (FASE
E NEUTRO OU DUAS FASES)

22. TESTE A CONTINUIDADE NOS CIRCUITOS DE TOMADA E ILUMINAÇÃO

O objetivo é verificar se o “caminho” para circulação da corrente está ou não impedido,


facilitando a correção de defeitos.

Este teste dever ser realizado com multímetro alicate amperímetro digital em boas condições
de uso, inclusive o estado da bateria.

22.1. Certifique-se de que a rede do local esteja desligada

22.2. Prepare o multímetro

22.2.1. Regule o multímetro na unidade de resistência Ω com escala 200, que indica uma
“sirene” (O ajuste pode ser diferente conforme modelo de multímetro a ser utilizado)

22.2.2. Instale as pontas de prova

22.2.3. Ligue o multímetro

22.2.4. Encoste as pontas de prova uma na outra até ouvir o barulho de um “bip”

Este teste significa que existe continuidade entre as pontas com leitura da resistência no
display do multímetro próxima de zero.

22.3. Efetue testes de continuidade na tomada

22.3.1. Certifique-se de que o disjuntor do circuito de tomada está desligado

22.3.2. Prepare um jumper provisório

O Jumper é um pedaço de condutor elétrico para interligar duas extremidades, formando


a continuidade do circuito.

22.3.3. Instale o jumper provisório nos pólos fase e neutro da tomada (ou pólos das duas
fases/se houver)

Trabalhe sempre com apoio de eletricista auxiliar, realizando os testes com um eletricista
no quadro de distribuição e outro no ponto de teste desejado.

22.3.4. Encoste uma ponta de prova do multímetro no borne de saída do disjuntor para tomada

22.3.5. Encoste a outra ponta de prova no barramento do neutro (ou borne de saída da fase
2 no disjuntor, se houver.)

22.3.6. Verifique a leitura no display do multímetro.

A leitura estando próxima de zero e a ocorrência de um “bip” sinalizam a continuidade do


circuito que confirma a normalidade.

62 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


Atenção:
Caso não ocorra o resultado acima, verifique se as conexões em todo circuito estão
bem apertadas para possibilitar a passagem da corrente elétrica. Repita os três
últimos passos.

22.3.7. Remova o jumper provisório para os pólos fase e terra da tomada

22.3.8. Encoste uma ponta de prova do multímetro no borne de saída do disjuntor para tomada

22.3.9. Encoste a outra ponta de prova no barramento do aterramento

22.3.10. Verifique a leitura no display do multímetro

A leitura estando próxima de zero e a ocorrência de um “bip” sinalizam a continuidade do


circuito confirmando a normalidade.

22.3.11. Remova o jumper provisório dos pólos fase e terra da tomada

22.4. Efetue teste de continuidade no ponto luz com interruptor simples de uma tecla

22.4.1. Instale o jumper provisório no ponto luz com interruptor simples de uma tecla

22.4.2. Encoste uma ponta de prova do multímetro no borne de saída do disjuntor para
iluminação

22.4.3. Encoste a outra ponta de prova no barramento do neutro (ou borne de saída da fase
2 no disjuntor / se houver)

22.4.4. Acione o interruptor simples de uma tecla

22.4.5. Verifique a leitura no display do multímetro

A leitura estando próxima de zero e a ocorrência de um “bip” sinalizam a continuidade do


circuito confirmando a normalidade.

22.4.6. Remova o jumper provisório do ponto de luz com interruptor simples de uma tecla

22.5. Aplique o procedimento de teste da continuidade em todos os pontos de luz com


acionamentos manuais

22.6. Faça o teste da continuidade nos acionamentos automáticos (dimmer, fotocélula


e sensor de presença)

22.6.1. Instale um jumper provisório nas extremidades do receptáculo no ponto luz com
dimmer

22.6.2. Instale outro jumper provisório nas extremidades do dimmer

22.6.3. Encoste uma ponta de prova do multímetro no borne de saída do disjuntor para
iluminação

22.6.4. Encoste a outra ponta de prova no barramento do neutro (ou borne de saída da fase
2 no disjuntor, se houver.)

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 63


22.6.5. Verifique a leitura no display do multímetro

A leitura estando próxima de zero e a ocorrência de um “bip” sinalizam a continuidade do


circuito confirmando a normalidade.

22.7. Repita o teste de continuidade para acionamento com fotocélula e para sensor
de presença

22.8. Instale as lâmpadas

22.9. Energize o quadro de distribuição

Faça a conexão dos cabos de alimentação na rede elétrica mais próxima.

23. CERTIFIQUE AS CONEXÕES DOS CONDUTORES

As ligações dos circuitos após o quadro de distribuição dependem da correta alimentação na


fonte. Para a verificação dos condutores fase, neutro e aterramento na entrada do quadro
de distribuição deve ser utilizado o detector de tensão por proximidade.

24. REALIZE A MEDIÇÃO DA TENSÃO ENTRE OS CONDUTORES NA ENTRADA


DO QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO, UTILIZANDO O MULTÍMETRO

24.1. Regule o multímetro na unidade de tensão alternada (ACV ou ~) na escala até 750V

24.2. Instale as pontas de prova no multímetro

24.3. Meça a tensão dos condutores de aterramento e fase

24.3.1. Encoste as pontas de provas nas extremidades dos condutores na entrada do quadro
de distribuição

24.3.2. Efetue a leitura de tensão

24.3.3. Anote o valor obtido

24.4. Meça a tensão dos condutores de fase e neutro

24.4.1. Encoste as pontas de provas nas extremidades dos condutores na entrada do quadro
de distribuição

24.4.2. Efetue a leitura de tensão

24.4.3. Anote o valor obtido

64 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


24.5. Meça a tensão dos condutores de aterramento e neutro

24.5.1. Encoste as pontas de provas nas extremidades dos condutores na entrada do quadro
de distribuição

24.5.2. Efetue a leitura de tensão

24.5.3. Anote o valor obtido

24.6. Meça a tensão dos condutores de fase 1 e fase 2 (se houver)

24.6.1. Encoste as pontas de provas nas extremidades dos condutores na entrada do quadro
de distribuição

24.6.2. Efetue a leitura de tensão

24.6.3. Anote o valor obtido

24.7. Meça a tensão na tomada

24.7.1. Ligue os disjuntores e DR no sentido fonte-carga

24.7.2. Encoste as pontas de provas na tomada

24.7.3. Efetue a leitura de tensão

24.7.4. Anote o valor obtido

Atenção:
Verifique se os valores obtidos estão dentro dos padrões informados pela
concessionária de energia local.

25. REALIZE A MEDIÇÃO DA CORRENTE UTILIZANDO O MULTÍMETRO

25.1. Regule o multímetro na unidade de corrente alternada (ACA ou ~).

Identifique a capacidade do disjuntor de iluminação e regule na primeira escala com valor


superior.

Caso não seja possível identificar a capacidade do disjuntor no circuito desejado, regule o
multímetro na última escala, reduzindo até que o valor da medição esteja logo abaixo desta
escala.

25.2 Ligue o interruptor simples de uma tecla, de duas teclas e paralelo

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 65


25.3. Meça a corrente do condutor fase na entrada do circuito de iluminação

25.3.1. Envolva o condutor com a garra do alicate amperímetro

25.3.2. Efetue a leitura de tensão

25.3.3. Anote o valor obtido

25.4. Meça a corrente dos demais condutores

Sendo eles:

Condutor de corrente do neutro

Condutor de corrente da fase 2 (se houver)

Condutor de corrente da fase e neutro após a conexão do interruptor paralelo

Condutor de corrente da fase e neutro após a conexão do sensor de presença e fotocélula

25.4.1. Envolva o condutor com a garra do alicate amperímetro

25.4.2. Efetue a leitura de tensão

25.4.3. Anote o valor obtido

25.5. Verifique a normalidade dos circuitos

Esta verificação é realizada acionando todos os interruptores e consequentemente


energizando as instalações.

25.6. Desligue o QDFL

25.7. Retire os cabos de alimentação e demais componentes

Atenção:
Verifique que o valor obtido após as conexões de fase e neutro foi zero, entretanto
os condutores permanecem energizados (somente tensão).

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26. SAIBA SOBRE A MANUTENÇÃO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Manutenção Preventiva

Periodicamente as instalações elétricas devem sofrer uma inspeção com objetivo de


encontrar irregularidades que possam comprometer o bom funcionamento do sistema elétrico.

A execução dos serviços de reparo poderá ser programada com antecedência, incluindo
limpeza e reaperto das conexões mediante desligamento da proteção geral.

Manutenção Corretiva

Ocorre quando os serviços de reparo em caráter de emergência são inevitáveis, podendo


causar prejuízos, transtornos e acidentes desnecessários.

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VI - ANEXOS

EXERCÍCIO DE REVISÃO 1

I - Complete os espaços em branco:

A) O sistema elétrico é composto por três etapas sendo ___________________,

_______________________ e ______________________ de energia elétrica.

B) A função básica dos transformadores é ___________________ ou ________________

a tensão, conforme a necessidade.

C) Os motores elétricos necessitam de energia _____________________ para

transformá-la em energia _______________________.

D) A corrente elétrica é o movimento ordenado de ________________________ que

circula num _________________________, medida em _____________________.

E) Podemos dizer que a tensão elétrica é conhecida como a ___________________ que

empurra os ____________________ livres no ________________________ num

mesmo sentido de forma ordenada, medida em _____________________.

F) A quantidade de trabalho que um equipamento elétrico é capaz de realizar em um

determinado tempo é chamada de ______________________________, medida em

______________________.

G) Entendemos que resistência elétrica é a _____________________ interna que o

material possui contra a _______________________ das cargas

______________________, medida em ____________________.

II – Informe como são conhecidos os tipos de redes de distribuição a seguir:

68 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


EXERCÍCIO DE REVISÃO 2

I – Identifique os condutores dos circuitos que abastecem os equipamentos e sua


respectiva tensão de acordo com as instalações elétricas da região onde você reside:

II – Separe os materiais abaixo conforme suas características elétricas:

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III - Identifique como CONTÍNUA ou ALTERNADA os tipos de energia elétrica nos exemplos
abaixo, indicando suas respectivas unidades:

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EXERCÍCIO DE REVISÃO 3
Calcule o consumo de uma residência que possui as características a seguir:

ILUMINAÇÃO: 20 lâmpadas de 15W ligadas em média 30 minutos ao dia.

CHUVEIRO: 5400W ligado em média 45 minutos ao dia.

FERRO ELÉTRICO: 1200W ligado em média 15 minutos ao dia.

LAVADORA DE ROUPAS: 600W ligada em média 50 minutos por semana

O CONSUMO MENSAL (Kwh) DA RESIDÊNCIA SERÁ:

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EXERCÍCIO DE REVISÃO 4

I - Na sua opinião, qual é a importância do ATERRAMENTO nas instalações elétricas?


________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________

II - Complete as informações abaixo para iniciar o dimensionamento das instalações


elétricas.

72 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


III - Preencha o quadro de cargas para dimensionar os circuitos.

IV – Identifique os condutores com as cores recomendadas.

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V - Elabore o croqui simplificado
As instalações elétricas são representadas através de projetos ou croqui simplificado
incluindo quadro de cargas e uso da simbologia adequada.
 Insira os pontos elétricos e eletrodutos na planta conforme a relação de aparelhos e
circuitos do quadro de cargas.

74 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


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