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Inseminação Artificial
em Bovinos
“O SENAR-AR/SP está permanentemente
empenhado no aprimoramento profissional e
na promoção social, destacando-se a saúde
do produtor e do trabalhador rural.”
FÁBIO MEIRELLES
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Gestão 2020-2024
JAIR KACZINSKI
Gerente Técnico
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
INSEMINAÇÃO
ARTIFICIAL
EM BOVINOS
COORDENAÇÃO
Teodoro Miranda Neto
Chefe da Divisão de Formação Profissional Rural do SENAR-AR/SP
AUTOR
RUAS, Ricardo Reuter
ANDRADE, Auro Levi
CHILITTI, Gustavo Monteiro
CORREA, André Bruzzi
CRIVELLENTI, Tais Lemos
HORBACH, Alexandre Nolibos
NATEL, Laudo
RODRIGUES, Lúcia Helena
RÚBIO JÚNIOR, Adriano
SANTOS, Reginaldo
VILELA, Fernando
WARSZAWSKY, Léo Fraga
FOTO
Jadir Bison
DIAGRAMAÇÃO
Thais Junqueira Franco
Diagramadora do SENAR-AR/SP
Introdução............................................................................................................................ 9
Manejo da propriedade..................................................................................................... 20
Reconheça o cio................................................................................................................ 24
Criador ou administrador................................................................................................. 45
Considerações finais........................................................................................................ 46
Bibliografia......................................................................................................................... 49
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 5
APRESENTAÇÃO
O
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL - SENAR-AR/SP, criado em 23
de dezembro de 1991, pela Lei n° 8.315, e regulamentado em 10 de junho de 1992,
como Entidade de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, teve
a Administração Regional do Estado de São Paulo criada em 21 de maio de 1993.
Acreditamos que esta cartilha, além de ser um recurso de fundamental importância para os
trabalhadores e produtores, será também, sem sombra de dúvida, um importante instrumento
para o sucesso da aprendizagem a que se propõe esta Instituição.
Acreditamos que esta cartilha, além de ser um recurso de fundamental importância para os
trabalhadores e pequenos produtores, será também, sem sombra de dúvida, um importante
instrumento para o sucesso da aprendizagem.
Segundo a lenda a inseminação artificial (IA) foi utilizada pela primeira vez no ano de 1332,
em eqüinos, pelos árabes. Mas a história registra como marco inicial da inseminação artificial
o ano de 1784, quando o monge italiano de nome Lázaro Spallanzani demonstrou pela
primeira vez ser possível a fecundação de uma fêmea sem o contato com o macho. Para
tanto, ele colheu sêmen de um cachorro através da excitação mecânica e aplicou em uma
cadela no cio, a qual veio a parir três filhotes 62 dias mais tarde. Era o nascimento de uma
técnica que iria revolucionar o campo da reprodução animal.
conservado por um longo tempo a baixas temperaturas. Até então o sêmen era conservado
refrigerado à temperatura de 5ºC, possibilitando aos espermatozóides sobrevida de 96
horas. Esta descoberta permitiu a sua conservação indefinidamente, dando maior difusão
à inseminação artificial. Atualmente muitos paises inseminam quase a totalidade de seus
rebanhos bovinos. Calcula-se que mais de 106 milhões de fêmeas sejam anualmente
inseminadas em todo o mundo.
A industria da IA em bovinos no mundo cresceu nos últimos trinta anos para situar-se hoje
em dia em aproximadamente 106 milhões de primeiras inseminações após o parto. Em 1998
foram produzidas mais de 240 milhões de doses de sêmen de bovinos e búfalos, oriundas de
40.000 reprodutores em 600 centros de IA segundo dados de Thibier e Wagner, 2000.
A vantagem econômica da Inseminação Artificial pode ser melhor compreendida pelo leitor
acessando o site www.asbia.org.br . Este site contém uma planilha interativa desenvolvida
pela EMBRAPA onde é comparado o resultado econômico da Inseminação Artificial X Monta
Natural, na qual cada proprietário pode lançar os valores existentes em sua propriedade.
A planilha avalia a diferença de resultados econômicos entre os dois processos de
reprodução.
Através da utilização de touros provados para facilidade de parto em novilhas ocorre redução
destes problemas. A facilidade com que os filhos dos reprodutores apresentam ao nascer em
relação à média da raça permite a escolha de touros adequados para que novilhas tenham
menor risco de problemas de parto.
ACASALAMENTO CORRETIVO
A inseminação artificial permite ao criador cruzar suas fêmeas zebuínas com touros taurinos
e vice-versa, o que muitas vezes é dificultado na monta natural pela baixa resistência dos
touros europeus a um ambiente desfavorável. Além disso, quando o rebanho é constituído de
fêmeas com diferentes graus de sangue, torna-se prático e eficaz o acasalamento adequado
a cada uma delas através da escolha de diferentes touros da mesma ou de diferentes raças.
O que é inviável por monta natural é possível pela IA utilizando-se o mesmo botijão para
vários touros e diferentes raças.
Assim, fica fácil entender como a inseminação favorece o melhoramento do rebanho, pois
esses touros superiores estão sendo usados em vários rebanhos, no país de origem e no
exterior com grande número de filhos nascidos.
PADRONIZAÇÃO DO REBANHO
Com melhoramento nos ganhos de produção de leite, melhoramento das carcaças, aumento
de produção de carne, redução no período necessário para a terminação dos animais,
padronização racial, de pelagens e porte dos animais.
Pela monta natural, o touro pode transmitir às fêmeas algumas doenças e vice-versa, o
que pelo processo da inseminação artificial não ocorre, pois depois de cada inseminação a
bainha descartável é jogada fora.
As empresas associadas à ASBIA mantêm rigorosa vigilância sanitária em seus touros além
dos exames básicos exigidos pelo MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil).
Esta é uma característica comum aos bons profissionais. As tarefas de observação de cios,
horário da inseminação, cuidados no momento de manuseio, descongelamento e aplicação
do sêmen, devem ser realizadas com rigor e dedicação. Dentro do programa de inseminação,
o inseminador constitui-se em pessoa fundamental. Os resultados do trabalho dependem
em grande parte de sua habilidade e de sua responsabilidade profissional. Somente com
responsabilidade, eficiência e interesse o inseminador desempenha corretamente esta
função.
INTERESSE
Esta é em qualquer profissão a característica mais importante. Gostar do que faz, querer
fazer e fazer sempre o melhor que pode. De um modo geral, o bom profissional, que gosta
do trabalho com os animais, calmo, educado, trabalhador e honesto desenvolverá com êxito
a Inseminação Artificial.
EFICIÊNCIA
É básico e fundamental que o inseminador esteja bem preparado para este trabalho. Este
é o objetivo do curso de inseminadores. Espera-se que todos ao final do curso tenham
aprendido corretamente a técnica da Inseminação Artificial, sua importância no mercado
de trabalho e na sociedade, e que ao longo do tempo continuem a aplicar corretamente os
conhecimentos adquiridos. O êxito nos trabalhos dependerá principalmente do esforço e da
dedicação de cada um.
Todas as fêmeas devem estar bem identificadas através de número a ferro quente ou brinco.
A tatuagem pode ser útil para os recém-nascidos. Cada animal deve ter uma ficha individual
onde são anotadas todas as ocorrências. Estas anotações constituem excelente instrumento
para a seleção do rebanho, pois através delas serão facilmente identificados os animais mais
produtivos e os animais problema. Os programas de computador para gestão da pecuária
facilitam enormemente este controle.
Cabe ao inseminador manter estas fichas atualizadas. Neste manual você encontra modelos
de fichas que poderão ser adotadas em sua fazenda.
É de extrema importância que seja feito anualmente pelo veterinário o exame ginecológico
de todas as fêmeas em idade de reprodução, permitindo assim a seleção das fêmeas aptas
à inseminação e favorecendo o descarte ou tratamento das demais.
• FÊMEAS AMOJADAS
30 dias antes da data prevista para o parto as fêmeas amojadas devem ser conduzidas para
piquetes-maternidade onde permanecem até alguns dias depois do parto.
• BEZERROS RECÉM-NASCIDOS
devem ter o umbigo curado e mamar o colostro nas primeiras horas após o nascimento.
As vacas devem interromper a lactação 60 dias antes da data prevista para o parto, o que
favorece ao nascimento de crias mais fortes, ganho de peso da vaca para a adequada
condição corporal ao parto, produção de colostro de alta qualidade e e recuperação do
tecido mamário.
• NOVILHAS
Devem estar separadas em lotes homogêneos e são consideradas aptas à reprodução após
atingirem o peso mínimo que varia conforme a raça ou cruzamento.
• DESCANSO PÓS-PARTO
A primeira inseminação só deve ser realizada 45 dias após o parto, pois antes deste período
a vaca está em processo de involução uterina (regressão do útero ao tamanho normal) e
limpeza das paredes internas através dos corrimentos uterinos.
• DESMAME
em gado de corte, tradicionalmente recomenda-se que seja feito entre 7-8 meses de idade,
quando machos e fêmeas deverão ser separados.
O tronco deve ser coberto para evitar raios solares e águas de chuva, extremamente
prejudiciais aos espermatozóides. Na maioria das fazendas uma simples adaptação nas
instalações já existentes é suficiente para torná-las adequadas. Veja as figuras abaixo:
FEMININO
Segundo: pode acontecer que o sêmen seja todo colocado em um dos cornos uterinos,
diminuindo as chances de concepção, pois a ovulação poderá ter ocorrido no ovário oposto.
HEMORRAGIA DE METAESTRO
Outro ponto importante a ser observado é com relação ao sangramento que ocorre
normalmente em todas as fêmeas 3 a 4 dias após o cio, independentemente de realizada
ou não a inseminação. Geralmente as fêmeas de raças européias apresentam maior volume
de sangue. No gado leiteiro, pela proximidade diária com o pessoal de trabalho, é mais
facilmente observado, mas ocorre normalmente em todas as fêmeas bovinas.
O cio é o período em que a fêmea aceita a monta, ou seja, se deixa montar, na maioria
delas dura de 10 a 18 horas.
A partir de determinado momento a fêmea passa a aceitar a monta, tendo desta forma
iniciado o cio. Observe que no cio o animal apresenta os mesmos sinais do pré-cio, com a
diferença de que no cio a fêmea além de montar também aceita ser montada.
ALTERAÇÕES OBSERVADAS NO PRÉ-CIO:
Recomenda-se um esquema prático proposto por Trimberger e que há muito vem sendo
utilizado com bons resultados:
Assim, apenas a fêmea que amanhece aceitando a monta pode ser inseminada na tarde do
mesmo dia, aquela que aceita a monta durante a observação feita a tarde será inseminada
na manhã do dia seguinte, podendo ser estabelecido que a inseminação é o primeiro e o
último serviço a ser feito no dia.
É um cio falso, que pode ocasionalmente ocorrer numa pequena porcentagem de fêmeas,
provavelmente por um distúrbio hormonal ainda
não bem esclarecido. Ocorre entre o quarto e
quinto mês de gestação em vacas e entre o
terceiro e o quinto mês em novilhas, sendo que
em novilhas é mais comum sua repetição.
Ocorre com a presença normal dos sinais de cio, no entanto o corrimento observado na vulva
apresenta-se misturado com pus ou sangue o que faz com que o muco ao invés de cristalino
se torne turvo ou sujo. Neste caso existe uma infecção uterina que impede a permanência
da prenhez, devendo ser anotado em ficha própria e comunicado ao técnico responsável.
Ocorre também com a presença normal dos sinais de cio, no entanto o útero ainda não está
preparado para uma nova gestação pois se encontra em processo de involução (retorno ao
tamanho normal) e limpeza das paredes internas, mostrando um corrimento sujo ao invés
de cristalino.
Em conseqüência de problemas de parto pode ocorrer que a cérvix fique torta o que muitas
vezes impede a passagem do aplicador. Se houver suspeita de tortuosidade, antes de
descongelar o sêmen, deve-se verificar a possibilidade de passagem do aplicador montado
sem o sêmen. Vacas com impedimento da passagem do aplicador até o corpo do útero
devem ser descartadas do programa de Inseminação Artificial, podendo ser normalmente
cobertas por touros.
Cio silencioso
É um outro tipo de cio que ocorre também em uma pequena percentagem do rebanho. É
chamado “cio silencioso” pois, embora ocorra a ovulação, o animal não apresenta nenhum
sinal externo de cio, passando por isso despercebido pelo inseminador. Às vezes ocorre que
a fêmea tenha uma fraca manifestação dos sinais de cio criando dúvidas no inseminador. Se
o cio for percebido como um cio de discreta manifestação, a fêmea deve ser inseminada.
03 - Sêmen
04 - Luvas descartáveis
05 - Bainhas descartáveis
06 - Aplicador
07 - Termômetro
08 - Cortador de palhetas
09 - Pinça
11 - Camisa sanitária
Para que o sêmen mantenha a mesma qualidade proveniente das empresas fornecedoras,
a sua transferência de um botijão para outro seja na entrega do sêmen adquirido ou no
almoxarifado da propriedade, deve ser feita com o mínimo de exposição do sêmen à
temperatura ambiente.
É bom lembrar que próximo à boca do botijão o sêmen se expõe a temperaturas que
causam danos irreversíveis aos espermatozóides. Por esta razão é extremamente impor-
tante que o sêmen seja retirado o mais profundamente possível do botijão. Para tanto é
necessária a utilização de uma pinça apropriada.
O caneco que contém o sêmen deve ser levado no máximo até 7 cm abaixo da boca
do botijão e para a retirada do sêmen não se deve gastar mais que 5 segundos com o
caneco suspenso.
DESCONGELAMENTO DO SÊMEN
Muitos estudos comprovam que nenhum outro método se mostra tão eficiente para o trabalho
de campo quanto o descongelamento feito em água à temperatura entre 35 e 37 °C por 30
segundos. Quando o sêmen é descongelado em temperaturas inferiores a esta (no bolso, na
mão, água a temperatura ambiente, direto na vaca, etc.) o tempo de descongelamento é maior
permitindo nova organização de cristais de gelo, o que provoca danos em várias partes dos
espermatozóides. Na temperatura
entre 35 e 37°C por 30 segundos
a velocidade de descongelamento
é rápida o bastante para evitar a
reorganização destes cristais, o que
promove a sobrevivência de um maior
número de espermatozóides viáveis,
proporcionando assim maior poder
fecundante da dose descongelada
conforme mostra o gráfico ao lado.
PALHETAS
•Palheta média
•Palheta fina
Esta embalagem é hoje mundialmente utilizada. Para usá-la devemos montar o aplicador na
extremidade própria, pois o mesmo tem uma extremidade adequada à palheta média (maior
diâmetro interno) e a outra adequada à palheta fina (menor diâmetro interno).
São pastilhas do tamanho de um grão de ervilha, com 0,1 ml de sêmen que precisam ser
descongeladas em meio especial no momento da inseminação.
AMPOLA
São embalagens de vidro com volume de sêmen entre 0,5 e 1,2ml. Foram produzidas até
os anos 80, ainda hoje se encontram saldos de estoque, em utilização.
MINITUBO
Foi muito utilizado devido ao baixo custo de produção e armazenagem, até o surgimento da
palheta fina, ainda hoje é utilizado na inseminação artificial
Pela sua pequena dimensão, apresenta baixo custo de armazenagem, pois dobra a
capacidade de armazenagem do botijão em relação às palhetas médias.
Para se tomar esta medida basta introduzir lentamente a régua no centro do botijão até
que ela encoste-se no fundo, aguardar alguns segundos, retirar, balançar suavemente e
observar uma faixa branca que se forma pela condensação do ar e que corresponde ao
nível de nitrogênio dentro do botijão.
Outro ponto importante nos cuidados com o botijão diz respeito à válvula de vácuo, cuja
tampa externa de borracha está situada próximo à alça. Ela tem extrema importância no
poder de conservação do frio e não deve ser tocada pelo usuário.
O abastecimento do nitrogênio deve ser feito sem que haja transbordamento do líquido para
fora do botijão, evitando assim o ressecamento da tampa da câmara de vácuo por contato
com o mesmo.
- Manter o botijão em ambiente ventilado, seco, sem raios solares diretos, sobre estrado ou
dentro de uma caixa rígida (pode ser de madeira);
- Sempre tampar adequadamente o botijão após o uso. Utilize sempre a tampa original, ela
tem aberturas ideais para evitar o aumento de pressão no interior do botijão, imprescindível
à conservação adequada do mesmo e do sêmen.
- Mantenha sempre os canecos vazios dentro do botijão, assim permanecem bem conservados
e ajudam a diminuir a evaporação do nitrogênio.
- Fabricante e distribuidor
A - Tampa Proterora
B - Apoio da Tampa
C - Estrutura de Alumínio
D - Pescoço em Isolante
E - Trava da Tampa
F - Canecas Identificadas
G - Sistema Químico para Retenção do Vácuo
H - Apoio das Canecas
J - Super Isolamento à Vácuo
Todo o material deve ser utilizado com muito cuidado para evitar contaminação durante a
inseminação.
A bainha é uma embalagem esterilizada e deve-se abrir o pacote apenas o suficiente para a
retirada de uma por vez, mesmo assim é recomendado que guarde todo o pacote juntamente
com o aplicador em tubo fechado para evitar a contaminação das mesmas com a poeira do
ambiente.
Sempre que necessário o aplicador deve ser limpo com água ou álcool antes de ser
guardado.
O local da inseminação e a área em volta devem ser mantidos sempre limpos para evitar
o levantamento de sujeira durante a inseminação, o que pode contaminar o aplicador já
montado. Também limpos e asseados devem estar o cômodo e equipamentos utilizados
na inseminação.
HIGIENE DO AMBIENTE
Todo o material descartável como luvas, bainhas, pipetas, papel, etc. deve ser jogado em
lixeira próximo ao local da inseminação e posteriormente queimados ou jogados em fossa
seca.
1) Verifique na ficha da fêmea se ela pode 2) Meça o nível de nitrogênio antes de iniciar
ser inseminada. os outros procedimentos.
7) Enxugue bem ou apenas limpe com papel 8) Exteriorize a ponta de uma bainha de
toalha ou higiênico e vista o aplicador com cada vez. Só retire a bainha no momento
camisa sanitária. de inseminação.
11) Escolha o lado certo do aplicador 12) Levante o caneco contendo sêmen
conforme seja a palheta média ou fina. Para escolhido até o máximo de 7cm abaixo da
palheta média, use a extremidade mais boca do botijão e retire a dose de sêmen
larga para frente. Para palheta fina, use a com o auxílio de uma pinça apropriada
extremidade mais fina para frente. em até 5 segundos. Se houver qualquer
demora neste procedimento, abaixo o
caneco até o fundo do botijão por alguns
segundos e tente novamente.
16) Use o cortador de palhetas tanto para 17) Pressione levemente o encaixe da
as médias como para as finas. O corte deve bainha e fixe nela a extremidade cortada
ser reto em ambas as palhetas para evitar da palheta. Ela proporciona encaixe perfeito
o refluxo do sêmen. evitando o refluxo de sêmen tanto para as
palhetas médias quanto para as finas.
- Saiba também realizar uma inseminação: fica mais fácil gerenciar os resultados;
- Acompanhe de perto os trabalhos do inseminador e do técnico;
- Verifique sistematicamente se as anotações e os resultados da inseminação estão de
acordo com o esperado. Isso garantirá elevada eficiência de serviço;
- Estabelecer prêmio pela eficiência do inseminador estimula e desperta nele maior interesse
pelos resultados dos trabalhos;
- Tenha mais de um inseminador na fazenda;
- Procure conhecer as empresas que fornecem o sêmen;
- Os resultados do programa estão na dependência direta de como os trabalhos estão sendo
conduzidos. Falhas devem ser corrigidas tão logo sejam observadas;
- Utilize acasalamento adequado para cada fêmea;
- Adquira sêmen apenas das empresas associadas à ASBIA.
É oportuno lembrar que os tópicos de manejo aqui destacados são igualmente importantes
para uma elevada eficiência reprodutiva, seja por monta ou por inseminação.
Somente um rebanho bem nutrido, bem manejado, livre de doenças, irá responder de forma
eficiente, seja por inseminação artificial, seja em regime de monta natural.
Consideramos de extrema importância que o criador antes de optar pela inseminação artificial,
conheça bem todas as condições que devem ser atendidas. Esta deve ser uma decisão
consciente, para que se possa criar as condições favoráveis a um bom desempenho dos
trabalhos.
2. J.M.DeJarnette, M.S. Factors affecting the quality of frozen semen after thawing. Ed. J.
L. Martin, in: Manegement of reproduction, Alta 2000 conference, U.S.A. 2000.
5. Morrow, David A. Current Teray in Theriogenology II, Dianosis, Treatment And Preven-
tion of Reprodutive Diseases in Small and Large Animals. Philadelphia: W.B. Suaders
Company, v.2, p. 1143, 1986.
6. O’Connor, L.L. Storing and handling frozen semen. Pensilvania State Universit, E.U.A.,
2000.
7. Thibier e Wagner: World statistics for artificial insemination in cattle, In: 14th ICAR, Sto-
ckholm, 2-6 July 2000)
8. Thibier e coll. World statistics for artificial insemination in cattle, In: 14th ICAR, Stockholm,
2-6 July 2000)
9. Trimberger, G.W.;Davis, H.P. The relation of morphology to bull semen. J.Dairy Sci., 25
(8): 692-3, Champaign, 1942.
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