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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL

ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROMOVENDO A SAÚDE NO CAMPO

SANEAMENTO BÁSICO
NO MEIO RURAL
INFRAESTRUTURA E
EDUCAÇÃO AMBIENTAL

“O SENAR-AR/SP está permanentemente


empenhado no aprimoramento profissional e
na promoção social, destacando-se a saúde
do produtor e do trabalhador rural.”
FÁBIO MEIRELLES
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Gestão 2020-2024

FÁBIO DE SALLES MEIRELLES


Presidente

JOSÉ CANDEO SERGIO ANTONIO EXPRESSÃO


Vice-Presidente Diretor 2º Secretário

EDUARDO LUIZ BICUDO FERRARO MARIA LÚCIA FERREIRA


Vice-Presidente Diretor 3º Secretário

MARCIO ANTONIO VASSOLER LUIZ SUTTI


Vice-Presidente Diretor 1º Tesoureiro

TIRSO DE SALLES MEIRELLES PEDRO LUIZ OLIVIERI LUCCHESI


Vice-Presidente Diretor 2º Tesoureiro

ADRIANA MENEZES DA SILVA WALTER BATISTA SILVA


Diretor 1º Secretário Diretor 3º Tesoureiro

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL


ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
CONSELHO ADMINISTRATIVO

FÁBIO DE SALLES MEIRELLES


Presidente

DANIEL KLÜPPEL CARRARA SUSSUMO HONDO


Representante da Administração Central Representante do Segmento das Classes Produtoras

ISAAC LEITE CYRO FERREIRA PENNA JUNIOR


Presidente da FETAESP Representante do Segmento das Classes Produtoras

MÁRIO ANTONIO DE MORAES BIRAL


Superintendente

SÉRGIO PERRONE RIBEIRO


Coordenador Geral Administrativo e Técnico
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL
ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

SANEAMENTO BÁSICO
NO MEIO RURAL
INFRAESTRUTURA E
EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Ana Paula Zimbardi Lombardi

Elisangela Cristina Cendretti Bernardes de Souza

Francisco Coelho Paim Neto

SENAR-AR/SP
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
São Paulo - 2017 - 2ª Edição
IDEALIZAÇÃO
Fábio de Salles Meirelles
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

COORDENAÇÃO EXECUTIVA
Tirso de Salles Meirelles
Mário Antonio de Moraes Biral
Roberto de Almeida Duarte

COORDENAÇÃO TÉCNICA RESPONSÁVEIS TÉCNICOS


Dr. Roberto de Almeida Duarte Claudete Morandi Romano
Coordenador do Programa Promovendo a Saúde Chefe da Divisão de Saúde, Promoção Social,
no Campo - PPSC Esporte e Lazer do SENAR-AR/SP

AUTORES Tiago Schuind da Costa Guedes

Ana Paula Zimbardi Lombardi Técnico do Programa Promovendo a Saúde no


Campo - PPSC
Engenheira Agrônoma

Elisangela Cristina Cendretti Bernardes de Souza FOTOS


Engenheira Agrônoma André Moraes Gonçalves
Ana Paula Zimbardi Lombardi
Francisco Coelho Paim Neto
Engenheiro Agrônomo Divio Gomes

DIAGRAMAÇÃO
Thais Junqueira Franco
Diagramadora do SENAR-AR/SP

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


Carolina Malange Alves CRB-8/7281

Lombardi, Ana Paula Zimbardi


Saneamento básico no meio rural infraestrutura e educação
ambiental / Ana Paula Zimbardi Lombardi, Elisangela Cristina Cendretti
Bernardes de Souza, Francisco Coelho Paim Neto. – 2. ed. - São
Paulo : SENAR-AR/SP, 2017.
53 p. : il. color. ; 30 cm

Bibliografia
ISBN 978-85-99965-93-1

1. Saneamento básico 2. Esgoto 3. Fossa séptica I. Lombardi, Ana


Paula Zimbardi II. Souza, Elisangela Cristina Cendretti Bernardes de
III. Paim Neto, Francisco Coelho IV. Título

CDD 628.3

Direitos Autorais: é proibida a reprodução total ou parcial desta cartilha, e por qualquer processo, sem a ex-
pressa e prévia autorização do SENAR-AR/SP.
Material impresso no SENAR-AR/SP

4 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..................................................................................................................................................9

SANEAMENTO BÁSICO NO MEIO RURAL....................................................................................................9

I. ESCOLHER O LOCAL DAS CONSTRUÇÕES RURAIS............................................................................10

II. CONHECER SOBRE A CAPTAÇÃO DE ÁGUA........................................................................................13

III. CONHECER SOBRE TIPOS DE POÇOS.................................................................................................24

IV. CONHECER SOBRE O ESGOTO.............................................................................................................27

V. CONHECER SOBRE O LIXO.....................................................................................................................43

VI. CONHECER SOBRE A RECICLAGEM DE MATERIAIS..........................................................................50

BIBLIOGRAFIA...............................................................................................................................................52

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 5


APRESENTAÇÃO

O
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL – SENAR, criado em 23 de
dezembro de 1991 pela Lei n.º 8.315 e regulamentado em 10 de junho de 1992
como Entidade de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos,
teve a Administração Regional do Estado de São Paulo criada em 21 de maio de 1993.

Instalado no mesmo prédio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São


Paulo – FAESP, o SENAR-AR/SP tem como objetivo organizar, administrar e executar, em
todo o Estado de São Paulo, o ensino de Formação Profissional e de Promoção Social
Rurais dos pequenos produtores, trabalhadores rurais e seus familiares que atuam na
produção primária de origem animal e vegetal, na agroindústria, no extrativismo, no apoio
e na prestação de serviços rurais.

A Divisão de Saúde, Promoção Social, Esporte e Lazer do SENAR-AR/SP, com o intuito


de contribuir com a melhoria da qualidade das atividades desenvolvidas, apresenta esta
cartilha relacionada à linha de ação de Saúde.

As cartilhas são recursos instrucionais de extrema relevância para o processo de Promoção


Social e, seguindo metodologia própria, constituem um reforço para o conhecimento
adquirido pela família rural nas atividades promovidas pelo SENAR-AR/SP em todo o
Estado.

Fábio de Salles Meirelles


Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP

“Plante, Cultive e Colha a Paz”

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INTRODUÇÃO

A presente cartilha tem o objetivo de reforçar os conteúdos referentes às atividades de


Saneamento Básico no Meio Rural, Infraestrutura e Educação Ambiental. Estes assuntos
são apresentados neste módulo específico do Programa Promovendo a Saúde no Campo
(PPSC), oferecido pelo SENAR-AR/SP.

O assunto Saneamento Básico é abordado nesta cartilha na sua amplitude e conceitua os


itens referentes à água, lixo e esgoto.

Além do aspecto conceitual, apresenta informações no sentido de despertar o interesse do


homem do campo em melhorar as suas condições de higiene e de prevenção de doenças, por
meio de sistema de abastecimento de água, afastamento do esgoto doméstico e destinação
correta dos lixos de acordo com a legislação vigente.

Oferece caminhos e fontes para a aquisição de maiores informações e formas detalhadas


da construção dos sistemas aqui apresentados, sobre o Saneamento Básico no Meio Rural.

Parte-se da realidade de que a relação homem e meio ambiente, praticada de forma


harmoniosa, reflete na saúde de ambos, caminha para a sustentabilidade e deixa exemplos
para as gerações futuras.

SANEAMENTO BÁSICO NO MEIO RURAL

Saneamento Básico é o conjunto de medidas adotadas para preservar e/ou modificar as


condições do meio ambiente para melhorar a saúde e prevenir a poluição, com o aumento
da rede de água e esgoto. Esta atitude melhora a qualidade de vida do homem no campo,
o seu convívio social, físico, mental, e suas atividades econômicas.

São exemplos de medidas adotadas no sistema de Saneamento Básico: o abastecimento


de água potável, a rede de coleta e tratamento de esgoto, o afastamento do lixo dos locais
de moradia ou instalações agrícolas e da drenagem e manejo das águas pluviais.

A falta de Saneamento Básico pode gerar uma série de doenças (verminoses, diarreias,
hepatite A, cólera, micoses, entre outras) no ser humano, causando inclusive a morte,
principalmente em crianças e idosos. As doenças são transmitidas pelo uso ou ingestão de
água contaminada e pelo contato da pele com o solo e lixo contaminados.

Há leis que protegem o meio ambiente e regulamentam as ações de captação de água e


lançamento de esgotos e águas servidas, assim como a reciclagem e disposição final de lixo.

Nas comunidades agrícolas, o saneamento básico evolui conforme as características locais


e de acordo com a renda e cultura do homem do campo.

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I. ESCOLHER O LOCAL DAS
CONSTRUÇÕES RURAIS
O local ideal deve respeitar a legislação vigente e se adequar à necessidade do homem,
seja na propriedade rural ou nas localidades urbanas.

É possível, com as técnicas apresentadas nesta cartilha, montar exemplo prático para
solucionar problemas reais existentes.

1. ANALISE O TERRENO

Um bom local para a construção da casa é aquele que apresenta solo seco, bem drenado
e de natureza rochosa ou argilosa. Os terrenos aterrados e úmidos ocasionam infiltrações
permanentes na casa. A topografia plana é a ideal, pois evita gastos com o nivelamento do
terreno. Na falta de terrenos planos, deve-se dar preferência aos pouco inclinados.

2. CONHEÇA UMA CASA SAUDÁVEL

Casa saudável é um local de abrigo do homem e sua família que os protege das intempéries,
de animais silvestres e insetos. Este abrigo oferece local para seu repouso e alimentação e
atende o seu modo de vida e costumes. Todos os cômodos da casa (dormitórios, cozinha,
banheiro, entre outros), devem ser bem dimensionados, iluminados e arejados, para manter
os ambientes secos, com temperatura e odor agradáveis e livres de germes.

Precaução: O material de construção e de acabamento da casa deve ser resistente ao


ataque de pequenos animais e insetos transmissores de doenças.

3. CONHEÇA AS ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA CASA


SAUDÁVEL

As informações desta cartilha possibilitam a construção de uma casa de moradia saudável


com baixo custo, com a utilização das condições naturais de ventilação, iluminação,
disposição de estradas dentro da propriedade e saneamento básico.

Atenção: Deve-se tomar cuidado para que o terreno esteja livre de áreas com riscos de
inundações, como caixas de contenção de águas de enxurradas.

Alerta Ecológico: É proibida a construção em locais considerados áreas de preservação


permanente (APPs) e em locais de drenagem de águas pluviais.

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3.1. Localize a casa

A casa deve ser localizada perto de estradas internas, em média cerca de trinta metros,
para que sejam evitados gastos com a construção e manutenção de estradas dentro da
propriedade rural. No meio urbano, deve-se respeitar o Código de Obras do município.

3.2. Conheça a distância da casa em relação a outras benfeitorias

Como forma de organizar os espaços, para evitar a poluição visual, ambiental e contaminações
comuns às atividades agrícolas pelas zoonoses e resíduos, propõem-se os seguintes
distanciamentos mínimos da casa em relação:

• à estrada: 30 m.

• às cercas laterais: 10 m.

• ao galinheiro: 20 a 50 m.

• ao galpão de máquinas: 20 a 40 m.

• ao estábulo: 50 a 100 m.

• à composteira: 200 m.

Precaução: Zoonoses são doenças típicas de animais que podem ser transmitidas aos seres
humanos e vice-versa. Os principais animais que transmitem estas doenças aos homens
são: cachorros, gatos, morcegos, ratos, aves e insetos.

Atenção: A composteira deve estar localizada próxima às instalações dos animais e em


posição contrária aos ventos predominantes para evitar odores, insetos e roedores.

• à pocilga (chiqueiro): 50 a 150 m.

• aos quebra-ventos: 20 m.

• à fossa: 10 a 15 m.

3.3. Observe a predominância dos ventos

Observar a orientação dos ventos predominantes para eliminação de odores domésticos,


assim como evitar a construção do banheiro e da cozinha do lado dos ventos mais fortes.

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3.4. Saiba sobre a iluminação e arejamento

A boa iluminação depende do tamanho e do posicionamento das janelas, da localização do


reflexo da luz no interior dos cômodos, etc. Deve haver uma relação prática entre o tamanho
da área de abertura mínima de passagem da iluminação e a superfície do piso do cômodo,
a saber:

• nos dormitórios 1/8 da superfície do piso do cômodo.

• nas salas, cozinha e copa 1/6 da superfície do cômodo.

• no banheiro 1/8 da superfície do cômodo.

Um dos fatores mais importantes, ao iniciar a construção, é a orientação da casa em relação


ao posicionamento do sol.

Atenção: A abertura mínima de um cômodo pode ser acrescida de mais de uma janela ou
uma porta, que somados equivalem à medida exigida no Código Sanitário Estadual. Para
melhores detalhes, pode-se buscar a legislação junto à Prefeitura da cidade local.

Atenção: O posicionamento correto da casa proporciona insolação, iluminação e ventilação


adequadas.

Ao se dividir a casa em três setores de uso, observam-se os setores de uso noturno, os de


uso diurno e os de uso noturno e diurno. O ideal é que os dormitórios, destinados ao uso
noturno, sejam servidos pelo sol durante o período da manhã, para que sejam higiênicos e
saudáveis. Desta forma, devem ser voltados para o sol nascente (leste), ou seja, o lado que
o sol nasce, visto que o sol da manhã tem efeitos benéficos à saúde. Porém, em regiões de
clima frio, pode-se orientar a colocação dos dormitórios para o sol poente (oeste), isto é, o lado
que o sol se põe, pois promove o aquecimento destes cômodos no período da tarde. Assim,
o ambiente ficará mais agradável à noite, pois diminui o risco de aparecimento de doenças
respiratórias. A cozinha e as salas podem ficar posicionadas para o sol poente (oeste),
visto que o sol da tarde é mais brando. Corredores, banheiros e despensa não precisam de
orientação privilegiada, visto que sua utilização é transitória, e podem ser localizados sem
receber iluminação direta.

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II. CONHECER SOBRE A CAPTAÇÃO DE ÁGUA

1. APRENDA SOBRE A CAPTAÇÃO DE ÁGUA

Captação de água é a retirada de água da natureza, adequação de sua qualidade e


transporte até o local de consumo para atender as necessidades humanas em qualidade e
quantidade, e para ser usada na produção agropecuária. Deve ser feita, preferencialmente,
em manancial que nasça na propriedade, onde se conheça a sua nascente e se garanta
que seu curso d’água passe por locais livres de contaminações como currais, chiqueiros
(pocilgas) e cultivos convencionais.

Para que o sistema de abastecimento funcione com a qualidade pretendida, é essencial que
se tenha o controle sobre a proteção do manancial e a facilidade de acesso da captação
para sua supervisão e manutenção.

Alerta Ecológico: A preservação dos mananciais é garantia da quantidade da água utilizada


para consumo humano.

1.1. Conheça as formas de captação de água

Há quatro formas de se captar a água: a superficial natural, superficial forçada, subterrânea


natural e subterrânea forçada. Há duas formas de se captar a água superficial: a natural e
a forçada.

1.1.1. Saiba sobre a superficial natural:


captação de córregos e rios, geralmente
próximos de suas nascentes. A água é
desviada de seu curso natural para entrar nas
caixas de limpeza e filtros, e dirigida para o
consumo pela força da gravidade, em função
da diferença de nível do terreno.

1.1.2. Saiba sobre a superficial forçada: entra


nos filtros e caixas de limpeza conduzidas para
o consumo por meio de bombas d’água.

Precaução: O aproveitamento de águas


superficiais, em geral, deve ser evitado, pois
a água de superfície é considerada suspeita,
o que obriga a uma desinfecção contínua,
impraticável devido a fatores econômicos e
operacionais.

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1.1.3. Saiba sobre a subterrânea natural:
poço artesiano.

1.1.4. Saiba sobre a subterrânea forçada:


captação por meio de bomba d´água em
poços semiartesianos.

A captação de água subterrânea é feita


apenas por meio de poços localizados onde
se presume haver água abundante.

Na zona rural, a captação de água é feita


principalmente em reservas subterrâneas.

2. CONSTRUA UM FILTRO DE AREIA NA PROPRIEDADE

A filtragem da água é um processo pelo qual a água passa por um filtro para retirar impurezas
e torná-la própria para consumo humano.

Atenção: A quantidade de água deve ser compatível com o volume da caixa do filtro, evitando
seu transbordamento e a ineficácia do processo.

2.1. Separe os materiais para nivelamento do solo

• Enxada: 1 unidade

• Enxadão: 1 unidade

• Pá: 1 unidade

• Nível de bolha de água: 1 unidade

2.2. Faça um piso nivelado para apoiar o reservatório

2.2.1. Arraste a terra com a ajuda da enxada

2.2.2. Retire o excedente da terra com o auxílio de uma pá

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2.2.3. Coloque o nível de bolha

Atenção: A bolha deve estar posicionada no


centro do nível.

2.2.4. Coloque a caixa no terreno nivelado

2.2.5. Assente a caixa do filtro

2.3. Separe os materiais para as conexões

• Fita de Hellerman:1 unidade

• Flange ¾: 3 unidade

• Mangueira preta

• Tubo de PVC ¾: 20 cm

2.4. Separe os materiais para a construção


do filtro

• Caixa d’água 1000L: 1 unidade

• Pedra brita n°1: 200 litros

• Pedra brita n°2: 400 litros

• Areia fina lavada: 200 litros

• Registro de gaveta 3/4”: 1 unidade

• Tecido poroso (bidim)

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2.5. Monte a entrada e a saída do filtro

2.5.1. Encaixe o flange de entrada de água 2.5.2. Assente o flange de saída do filtro
e o flange do excesso de água (ladrão)

Atenção: Esta é a saída da água para o consumo.

2.6. Faça as conexões

2.6.1. Insira o tubo da captação no furo feito 2.6.2. Insira o tubo do lançamento do
na caixa d’água no flange na parte de cima excesso de água no flange feito na caixa
da caixa d’água

2.6.3. Insira o flange e 20cm de tubo 3/4 para o lado de dentro da caixa

2.6.4. Envolva o tubo com o tecido poroso


sintético

2.6.5. Encaixe a fita Hellerman (enforca


gato) no tubo

2.6.6. Puxe a fita Hellerman até a fixação do


tecido poroso sintético junto ao tubo

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2.7. Faça o filtro de areia

2.7.1. Preencha a caixa com 200 litros de 2.7.2. Espalhe os 200 litros de pedra brita
pedra brita nº 1 nº 1 uniformemente no fundo da caixa

Atenção: A pedra brita nº1 deve cobrir o tubo de saída para garantir a filtragem dos resíduos.

2.7.3. Adicione 400 litros de pedra brita nº 2.7.4. Adicione 200 litros de areia fina lavada
2 uniformemente sobre a pedra brita nº 1 sobre a pedra brita nº2 uniformemente

2.7.5. Espalhe a areia até a altura de 5 cm


do tubo de entrada da água

2.7.6. Abra a captação da água para encher a caixa

2.7.7. Tampe a caixa

Precaução: É importante cercar a área para impedir a presença de animais e crianças, de


modo a evitar acidentes.
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3. CONHEÇA OS RESERVATÓRIOS D’ÁGUA ARTIFICIAIS

Reservatórios artificiais permitem armazenar água para atender às variações de consumo


e de captação ou em casos de emergência (incêndios). Mantêm a pressão na rede de
abastecimento das instalações rurais e das casas de moradia. Devem ter capacidade para
atender aos picos de consumo ao longo do dia.

Podem ser de caixas plásticas, de fibra de vidro ou também de alvenaria. É preferível que
sua forma seja circular com fundo côncavo para facilitar a limpeza. Quanto à localização,
podem ser suspensos, estarem ao nível do solo, semienterrados ou enterrados. O mais
importante é ter capacidade que supra a necessidade para 3 dias sem abastecimento. É
aconselhável, para fins de garantir uma adequada pressão, que tenha 10 metros de coluna
de água da saída da caixa (reservatório d’água localizado na parte externa da casa) até
o ponto de distribuição inicial da rede hidráulica (reservatório d’água localizado dentro da
casa), preferencialmente demarcada com um registro.

3.1. Conserve os reservatórios d’água

Para conservação, os reservatórios devem ter:

• Impermeabilização das paredes;

• Válvulas de descarga;

• Entrada de ar;

• Saída de excesso de água (popularmente chamado de ladrão);

• Tampa;

• Localização onde não ocorram enxurradas;

• Boa drenagem;

• Acesso fácil;

• Isolamento físico com cerca ou alambrado.

4. CONHEÇA SOBRE DESINFECÇÃO DOS RESERVATÓRIOS D’ÁGUA

A desinfecção da caixa d’água deve ser feita:

• Anualmente como controle preventivo de doenças;

• Para inspecionar o interior das caixas d’água;

• Após a construção de reservatório de captação de água;

• Depois de qualquer reparo no sistema de abastecimento;

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• Sempre que houver suspeita de contaminação.

Atenção: A ação desinfetante não previne a contaminação, apenas elimina a que estiver
presente na ocasião do tratamento.

4.1. Separe os materiais para desinfetar reservatório d’água interno

• Água sanitária: 1 litro para 1000 litros de capacidade do reservatório

• Balde de plástico de 20 litros: 1 unidade

• Escova: 1 unidade

• Pá: 1 unidade

• Pano para limpeza: 2 unidades

• Vassoura: 1 unidade

Atenção: Escovas de aço e sabão danificam os reservatórios e não devem ser utilizados.

4.2. Desinfete o reservatório d’água

4.2.1. Feche o registro principal ou amarre a boia do reservatório interno da casa

4.2.2. Esvazie o reservatório ao abrir as torneiras e verifique se há vazamento. Se houver,


conserte-o antes da limpeza

4.2.3. Deixe apenas 10 cm de água no interior do reservatório. Feche a saída de água com
um tampão para evitar que a sujeira entupa o cano

4.2.4. Escove toda a superfície a ser desinfetada com a ajuda da escova ou vassoura limpa

4.2.5. Com uma pá, remova a sujeira produzida pela escovação, e com o auxílio do balde
plástico e dos panos para limpeza, remova toda a água acumulada

4.2.6. Libere o fornecimento de água para o reservatório até completá-lo

4.2.7. Acrescente 1 litro de água sanitária para cada 1000 litros de água do reservatório

Atenção: A água sanitária deve ser aplicada conforme a capacidade total do reservatório.
Nunca utilize sabões, detergentes ou outros produtos.

4.2.8. Aguarde a ação da água sanitária por 2 horas

4.2.9. Abra todas as torneiras da residência para desinfecção do encanamento ao final das
3 horas

4.2.10. Esvazie completamente o reservatório

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Atenção: A água contida nesse reservatório contém produtos químicos nocivos à saúde e
deve ser totalmente descartada.

4.2.11. Tampe o reservatório

4.2.12. Libere o fornecimento de água para o uso habitual do reservatório

Atenção: Para maior controle de data de higienização do reservatório d’água, uma ficha
de controle de limpeza contendo a data da próxima higienização pode ser feita e fixada em
local de fácil visualização.

5. REGULARIZE A CAPTAÇÃO DE ÁGUA JUNTO AO ESTADO

A forma de regularizar a captação e o lançamento de água existente é consultar a legislação


vigente junto ao Departamento de Águas e Energia do Estado (DAEE).

Isto porque, os recursos hídricos das águas superficiais e subterrâneas são bens públicos.
Toda pessoa física ou jurídica tem direito ao acesso e utilização das águas, mas é o Poder
Público quem faz a sua administração e controle. Caso o produtor rural precise usar as
águas de um rio, lago ou mesmo de águas subterrâneas (poços profundos), deverá solicitar
uma autorização, concessão ou licença (Outorga) junto ao Poder Público. Mesmo que sua
captação seja para uso na irrigação de culturas, construção de obras hidráulicas, como
barragens, canalizações de rios, proteção de leito, travessias, execução de poços profundos,
entre outros.

A outorga dá o direito de uso ou interferência de recursos hídricos. É um ato administrativo,


de autorização ou concessão, mediante o qual o Poder Público possibilita ao produtor rural
(outorgado) a fazer uso da água por determinado tempo, finalidade e condição expressa no
respectivo ato.

A outorga é um instrumento da Política Estadual de Recursos Hídricos, e é essencial equilibrar


os anseios da sociedade e as responsabilidades e obrigações que devem ser exercidas pelo
Poder que a concede.

No Estado de São Paulo cabe ao DAEE o poder outorgante, por intermédio do Decreto
41.258, de 31/10/96, de acordo com o artigo 7º das disposições transitórias da Lei 7.663/91.

20 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


6. CONHEÇA OS TIPOS DE MATA

• As matas naturais são aquelas que


pouco sofreram com a ação do homem e
conservam as mais variadas espécies de
árvores e animais e têm uma renovação
constante das árvores.

• As matas perturbadas são aquelas que


sofreram a ação do homem e têm condições
de retornar ao original.

• As matas degeneradas são aquelas que perderam sua capacidade de se regenerar, e


necessitam de um trabalho de revegetação com árvores nativas.

• As matas permanentes são aquelas que


formam a Área de Preservação Permanente
(APP) dentro da propriedade rural, além da
Reserva Legal e das Matas Ciliares, que
têm por finalidade garantir a proteção dos
cursos de água, nascentes, fauna e flora
nativas. Em propriedades rurais onde há
rios e nascentes, a Mata Ciliar pode ser
somada à porcentagem da Reserva Legal
mínima necessária para cada tamanho de
área, estipulado por Lei (Código Florestal).
A Mata Ciliar diminui o assoreamento dos
rios e córregos causado pela erosão dos
campos de cultivos, evita a contaminação por produtos (agrotóxicos) causados por deriva
e determina o volume de água disponível ao homem e à agricultura.

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Os limites de proteção para as matas ciliares obedecem uma distância definida pela Lei
12.727/2012:

Para nascentes, uma faixa com largura mínima de 50 metros.

Para lagos e lagoas naturais, uma faixa com largura mínima de:

• 50 metros para corpos d’água com superfície inferior a 20 ha, em zonas rurais;

• 100 metros para corpos d’água com superfície superior a 20 ha, em zonas rurais;

• 30 (trinta) metros, em zonas urbanas, independente do tamanho da superfície.

Para riachos e rios, uma faixa com largura mínima de:

• 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura;

• 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta)


metros de largura;

• 100 (cm) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos)
metros de largura;

• 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600
(seiscentos) metros de largura;

• 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600
(seiscentos) metros.

7. MANTENHA A QUALIDADE DO MANANCIAL QUE FORNECE ÁGUA À PROPRIEDADE

Para evitar a poluição dos cursos de água, devemos utilizar modernas práticas de agricultura,
racionalizando adubos químicos e insumos desnecessários. Uma dessas práticas é a
preservação das matas ciliares, que se comportam como grandes filtros naturais na retenção
de agrotóxicos quando estes são usados.

Alerta ecológico: Os agrotóxicos e adubos químicos utilizados na atividade agrícola


penetram na terra pela ação das chuvas, atingindo os lençóis freáticos, ou são arrastados
pelas enxurradas para os rios, poluindo-os.

A lei florestal também considera como matas de proteção permanente as encostas fortes,
acima de 45% de inclinação, os topos dos morros de 25% a 45% são áreas de uso restrito. É
bom lembrar que o novo código florestal estabeleceu o critério de medida da largura do rio a
partir da borda da calha de seu leito regular, e não mais a partir da máxima cheia. Portanto,
as várzeas ou pelo menos parte delas não são mais consideradas Áreas de Preservação
Permanente.

22 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


Nas áreas de plantio, onde se necessita do uso de agrotóxicos, deve-se evitar abastecer os
pulverizadores em área de proteção permanente (30 metros da água), pois acidentalmente
os agrotóxicos podem ir para o curso de água, poluindo-o.

Uma sugestão para amenizar esse problema de contaminação é a construção de pontos de


abastecimentos de pulverizadores distantes do rio, como é uma solução definitiva. Esses
locais também poderão ser usados para lavagem desses equipamentos.

Pode-se aumentar a retenção de água nos campos de cultivo se a aração for feita
acompanhando os terraços (curvas em nível). Se possível, deve-se fazer a construção de
terraços de base larga, para poder plantar em cima deles, por exemplo, cana-de-açúcar,
árvores, etc.

Ao longo das estradas, deve-se fazer a construção de caixas de retenção, para conter as
águas das enxurradas que vêm pelo leito das estradas rurais, conforme caída (declividade)
da estrada.

Na área de proteção permanente que não tem vegetação alta (árvores formadas) deve ser
feita a reposição florestal voluntária, com árvores nativas, típicas da região, plantado-as no
espaçamento adequado (normalmente de 3 metros x 2 metros), em quincôncio (plantio em
zig-zag). Toda a área a ser recuperada deve ser isolada com cerca de arame farpado para
que os animais não entrem. Este procedimento reduz o processo de erosão, que é o desgaste
da camada fértil do solo. Como todo novo plantio, as mudas das árvores deverão receber
os tratos culturais adequados (adubação, irrigação, coroamento, tutoramento, controle de
pragas, doenças e do mato).

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III. CONHECER SOBRE TIPOS DE POÇOS

Os poços rasos são os mais utilizados no meio rural e podem ser:

• Os poços escavados manualmente com pá, picareta, enxada, enxadão e cavadeira


articulada, com diâmetro de 0,80 a 1,50 metro e profundidade de 10 metros. Este tipo de
poço é chamado de “Cacimba ou Cacimbão”.

• Perfurados por meio de trado com broca ou cavadeira articulada manual, com diâmetro
em média de 0,15 a 0,30 metro e profundidade de 8 a 20 metros. Este tipo de poço é
recomendado para lençóis freáticos de pequena profundidade e grande vazão.

• Os poços cravados são feitos com tubos metálicos de ponteiras, por batida ou rotação
destes tubos no solo. Possuem pequenos diâmetros, de 0,30 a 0,50 metro, e profundidade
de 20 metros. Este tipo de poço é recomendado para lençóis freáticos de pequena
profundidade e grande vazão.

• Os poços artesianos e semiartesianos são perfurados com máquinas, com a colocação


de tubos de aço, PVC ou ferro fundido, até atingir um lençol profundo de água. Os
semiartesianos necessitam de bombas para a retirada de água, já os artesianos não.

1. SAIBA COMO LOCALIZAR UM POÇO

A localização adequada do poço é:

• Acima do nível da casa e o mais distante possível;

• Em direção oposta de fontes de poluição como fossas negras, privadas higiênicas, poços
absorventes, esgotos, entre outros.

As distâncias mínimas do poço em relação às fontes de poluição devem ser:

• 20 metros das privadas secas, tanques sépticos e linhas de esgoto;

• 30 metros das fossas de absorção sumidouro, linhas de irrigação sub-superficial e fossas


negras;

• 45 metros dos depósitos de lixo.

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2. SAIBA COMO LICENCIAR UM POÇO ARTESIANO

Para que se possa perfurar um poço


semiartesiano é exigido legalmente um
licenciamento prévio, ou seja, citar a outorga
de uso da água pelo DAEE e se houver
intervenção em APP ou corte de árvores
deverá ser feita a regularização na CETESB
também. Deve-se exigir do perfurador do
poço, e após sua perfuração, o Teste ou
Ensaio de Vazão de 24 horas, no mínimo,
de forma contínua, com a apresentação de
relatório indicando os seguintes parâmetros:

• Nível Estático: superior.

• Nível Dinâmico: do inferior até o superior.

• Vazão: que se refere à quantidade de água que pode ser retirada do poço por unidade
de tempo.

Outro documento necessário ao licenciamento é o Perfil Construtivo do poço que, juntamente


com o Teste de Vazão, deve ser arquivado, pois serão de grande valia na especificação ou
substituição da bomba, como também em futuras manutenções ou limpezas deste poço.

Os poços semiartesianos apresentam a vantagem de fornecer água de boa qualidade, em


quantidades uniformes e com pouca variação de nível. Como desvantagens, estes poços
são caros e existe a possibilidade de que as águas sejam portadoras de sais minerais ou
outra substância indesejável ao consumo humano, que deve ser evitado. Sua manutenção
é onerosa.

Atenção: A potabilidade da água é declarada mediante análise laboratorial. Em alguns


casos, a água deve ser filtrada, clorada ou tratada, como para a retirada do excesso de
ferro, conforme recomendação do laboratório, de acordo com a Portaria CONANA 2950 do
Ministério da Saúde.

3. CONHEÇA SOBRE CONTAMINAÇÃO DE POÇOS

A contaminação da água do poço ocorre das seguintes formas:

• direta: quando impurezas caem no poço, se este for aberto sem os devidos cuidados, ou
por meio da corda, do balde ou outros objetos;

• pelo escoamento superficial de enxurradas: quando a abertura superior está desprotegida


e esta água penetra no poço;

• pelo lençol freático: por meio de um foco de contaminação (fossa negra ou sumidouro);

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• por infiltração das águas na região próxima ao poço: quando o poço é atingido pela
porosidade de suas paredes.

3.1. Proteja a água do poço

Para proteger a água do poço da contaminação, a maior garantia é a sua localização


conveniente, acima de eventuais fontes de poluição, respeitando-se as distâncias mínimas
indicadas, o que garante a sanidade do lençol freático e a proteção sanitária do poço.

Para a proteção do poço contra a contaminação direta, deve-se utilizar tampa de concreto
armado em sua abertura, e usar preferencialmente bombas para retirada da água. Se houver a
necessidade de se utilizar balde e corda para a retirada da água, estes devem ser higienizados
antes de serem guardados em local adequado por serem veículos de contaminação da água.

3.2. Previna infiltração nos poços

Para prevenir infiltração e, consequentemente, a contaminação dos poços deve-se realizar:

• revestimento impermeável com profundidade de 3 a 4 metros abaixo da terra, o qual pode


ser feito de alvenaria (paredes de tijolos rejuntados com cimento e areia, rebocados ou
feitos de tubos ou anel de concreto);

• proteção da boca do poço 30 cm acima do nível do solo;

• valetas que desviem as águas de chuva da boca do poço;

• laje de concreto com 4 m2, inclinada para fora.

Precaução: Para evitar a entrada de animais deve-se cercar o poço, com a distância de 3
metros de seu centro até o portão de acesso.

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IV. CONHECER SOBRE O ESGOTO

Com a utilização da água há, inevitavelmente, a geração de esgotos. Deve-se ter cuidado para
que este seja transportado em meios seguros para seu tratamento, evitando poluição de solo
e contaminações de corpos de água (rios, lagoas e represas). No entanto, frequentemente
escoam a céu aberto, formando locais contaminados. Com a simples construção de um
sistema de tratamento de esgotos sanitários na propriedade, resolve-se a coleta de esgotos
de modo seguro.

A disposição segura de esgotos representa melhores condições sanitárias locais, conservação


dos recursos naturais, eliminação de focos de poluição e de contaminantes, melhoria dos
aspectos visuais, da potencialidade do trabalho humano e redução das doenças relacionadas
com a falta de saneamento básico.

1. CONHEÇA TIPOS DE ESGOTOS

• Esgotos domésticos são os efluentes (despejos) líquidos das casas, que também podem
ser chamados de esgoto bruto.

• Esgoto tratado é aquele que passa por etapas de tratamento.

2. CONHEÇA FOSSA SÉPTICA BIODIGESTORA MODELO EMBRAPA

A fossa séptica biodigestora modelo EMBRAPA canaliza o esgoto diretamente de vasos


sanitários e substitui fossas rudimentares (fossas negras ou sumidouros) que, embora
construídas em áreas distantes das residências, contaminam solos, águas subterrâneas e
lençóis freáticos, comprometendo a saúde do homem do campo.

Nesta fossa, o esgoto é lançado em um conjunto de três caixas d’água ligadas entre si, por
tubos e conexões de PVC, e não ocorre o contato do esgoto com o solo, córrego ou rio.

O esgoto bruto, ao entrar no conjunto de três caixas d’água, é tratado pelo processo de
biodigestão, que reduz os agentes biológicos perigosos à saúde humana. O tempo da
biodigestão varia de acordo com a temperatura e a quantidade de pessoas que utilizam a
fossa. Neste processo se produz gás na primeira e segunda caixas, e se acumula um líquido,
que é um biofertilizante, na terceira. Este biofertilizante não possui cheiro desagradável, é
rico em nutrientes, como: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, ferro, manganês,
zinco, cobre, e sem a presença de microrganismos causadores de doenças ao ser humano.
O biofertilizante pode ser usado para irrigar as áreas de preservação permanentes – APP´s,
culturas perenes e pastagens (via solo). É muito importante salientar que o efluente não
pode ser adicionado diretamente sobre as hortaliças de nenhuma forma (via solo ou foliar).

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Atenção: O biofertilizante pode ser aplicado diretamente no solo como adubo líquido e não
deve ser colocado diretamente em contato com a parte comestível da planta (adubação foliar).
A aplicação via solo traz comprovada eficácia, segurança e economia para o produtor rural.

Atenção: Na primeira caixa para acelerar a fermentação dos resíduos que saem dos vasos
sanitários da casa utiliza-se esterco bovino e 70% das bactérias já são eliminadas.

Atenção: A importância de adicionar esterco bovino ou o esterco de ruminantes dá-se por


conterem uma flora rica que digere e transforma todo o lodo do esgoto doméstico de forma
acelerada.

Na segunda caixa, o processo continua e, na terceira, o material está livre de bactérias e


micróbios responsáveis por doenças patogênicas, tais como hepatite e verminoses.

Atenção: Esse efluente não deve apresentar cheiro. E pode ser utilizado para irrigação em
APP’s e pastagens.

2.1. Escolha o local para construção da fossa séptica biodigestora

A fossa séptica biodigestora deve:

• Ser construída em local seco, evitando-se locais alagadiços.

• Ser instalada na distância da casa de 3 a 5 metros, e nunca acima de 30 metros, para


não comprometer a fermentação.

• Ficar, no mínimo, 40 cm abaixo do nível do sanitário.

• Estar distante de cursos de água ou do lençol freático.

• Respeitar áreas de APPs.

• Ficar próxima ao sanitário e de janelas da casa.

• Ficar exposta ao Sol para facilitar o processo de biodigestão.

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Atenção: Essa localização próxima de janela ajuda no controle da manutenção das fossas
pelos moradores. Isso porque, se os equipamentos não receberem os cuidados mínimos
indicados, a fossa vai exalar mau cheiro. Este é alerta de que alguma coisa não está
funcionando bem.

Separe o material para a fossa biodigestora

• Adaptador de serra copo para furadeira elétrica (suporte): 1 unidade

• Anel de borracha para vedação 100 mm (O’ring): 10 unidades

• Aplicador de silicone: 1 unidade

• Arco de serra com lâminas de 24 dentes: 1 unidade

• Arruelas: 9 unidades

• Broca de 3 mm: 1 unidade

• Caixa de fibrocimento ou fibra de vidro de 1.000 litros: 3 unidades

Atenção: Não é recomendada a utilização de caixas d’água de plástico (polietileno), pois


elas podem se deformar com facilidade com a pressão do solo e elevadas temperaturas,
prejudicando a vedação.

• Cap PVC DN 100 (100 mm): 2 unidades

• Cap PVC DN 25 (25 mm): 2 unidades

• Cola de PVC de 200 ml: 1 tubo

• Cola de silicone de 300 g: 2 tubos

• Curva 90º longa de PVC DN 100 (100 mm): 2 unidades

• Fita métrica ou trena: 1 unidade

• Flange de PVC soldável DN 25 (25 mm): 2 unidades

• Flange de PVC soldável DN 50 (50 mm): 1 unidade

• Frasco de silicone para vedação de 500 ml: 1 tubo

• Lixa comum nº 100: 2 folhas

• Luva de PVC DN 100 (100 mm): 4 unidades

• Parafusos: 9 unidades

• Pasta lubrificante para juntas elásticas em PVC rígido 400 g: 1 tubo

• Picareta, pá, enxadão e cavadeira: 1 unidade

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• Porcas borboletas: 9 unidades

• Registro de esfera compacto soldável de PVC DN 50 (50 mm): 1 unidade

• Serra copo 100 mm: 1 unidade

• Serra copo 25 mm: 1 unidade

• Serra copo 38 mm: 1 unidade

• Tê de PVC DN 100 (100 mm): 2 unidade

• Tubo de PVC DN 100 (100 mm) para esgoto: 6 metros

• Tubulação de PVC soldável DN 25 (25 mm): 1 metro

• Tubulação de PVC soldável DN 50 (50 mm): 1 metro

• Válvula de retenção de PVC DN 10 (100 mm): 1 unidade

válvula de registro de
alívio de tubos e esfera 50 mm
pressão conexão de soldável
válvula de curva de 90º PVC 100 mm “T” de
retenção longa inspeção

1000 litros 1000 litros 1000 litros

caixa de fibrocimento ou caixa coletora de


fibra de vidro efluentes

2.2. Separe os materiais para a perfuração da fossa séptica biodigestora

• Pá: 1 unidade

• Enxadão 1 unidade

• Carrinho de mão: 1 unidade

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2.3. Separe os materiais para as conexões

• Anel de vedação (O’ring): 15 unidades

• Cap de 100 mm (4 polegadas): 2


unidades

• Cotovelo: 5 unidades

• Luva: 2 unidades

• Pasta lubrificante: 1 unidade (400


gramas)

• Tubo de PVC de 100 mm (4 polegadas):


6 metros

• “T” de inspeção de 100 mm (4 polegadas): 2 unidades

• Válvula retenção: 1 unidade (observação: esta válvula deve ser acoplada a uma inspeção
= caixa de inspeção onde se coloca o esterco)

2.4. Separe os materiais para a perfuração das caixas

• Adaptador de serra copo para furadeira


elétrica (suporte) : 1 peça

• Serras copo: 1 unidade de 100 mm (4


polegadas), 1 unidade de 50 mm (2
polegadas)

• Lixa nº 100: 2 unidade

2.5. Separe os materiais para o respiro

• Caps de 25 mm soldável: 2 unidades

• Cola de PVC: 1 unidade

• Flange de PVC soldável DN 25 (25 mm):


2 peças

• Tubo 25 mm: 2 pedaços de 1 metro

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• Furadeira: 1 unidade

• Serra copo: 1 unidade de 25 mm

• Broca 3 mm: 1 unidade

2.6. Separe material para o enchimento


da caixa 3

• Tecido poroso: 2 unidades de 2x2 metros


(bidim)

• Pedra brita nº1: 200 litros

• Pedra brita nº2: 400 litros

• Areia fina: 200 litros

• Fita Hellermann: 1 unidade

2.7. Separe os materiais para a vedação

• Aplicador de silicone: 1 unidade

• Cola de silicone: 2 tubos

• Parafusos: 9 parafusos, 9 arruelas e 9


porcas borboletas

2.8. Separe os materiais para o


funcionamento da fossa

• Balde: capacidade 40 litros

• Água: 20 litros

• Esterco bovino fresco: 20 litros

• Pá: 1 unidade

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2.9. Construa a fossa séptica biodigestora

2.9.1. Meça o terreno em 6,5 metros de


comprimento (1,5m de diâmetro de cada
caixa; 0,5m de distância entre uma caixa
a outra; 0,5m da entrada da primeira caixa
e 0,5m da saída da terceira caixa) por 2,5
metros de largura e 70 cm de profundidade,
com auxílio de uma trena ou fita métrica

Atenção: O terreno deve ser mais baixo do que a casa e em posição contrária aos ventos
predominantes para evitar odores.

2.9.2. Faça a medição para os 3 buracos

Atenção: Deixe 50 cm de separação entre as caixas.

2.9.3. Deixe 50 cm de separação entre as 2.9.4. Abra um buraco com auxílio de pá,
caixas enxadão ou picareta

2.9.5. Reserve a terra retirada das perfurações

2.10. Assente as caixas

2.10.1. Nivele o fundo da vala 2.10.2. Compacte com pilão de mão o solo
no fundo da vala

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2.10.3. Coloque as caixas em posição
sequencial

Atenção: As bordas superiores das caixas


devem ficar no mínimo 5 centímetros acima
do nível do solo.

2.11. Perfure as caixas

2.11.1. Fure com o auxílio de furadeira e 2.11.2. Fure com o auxílio de furadeira e
broca serra copo de 100 mm o topo das serra copo de 100 mm o topo da caixa 3,
caixas 1 e 2, em lados opostos (entrada e em apenas 1 lado (entrada)
saída)

2.11.3. Fure com o auxílio de furadeira e


serra copo de 50 mm na base da caixa 3,
do lado oposto ao furo de 100 mm

Atenção: Esse último furo não deve ser feito


quando não houver o desnível do terreno,
pois não haverá como retirar o efluente
tratado.

2.11.4. Fure a caixa 3 com serra copo de


50 mm e encaixe o flange de PVC soldável
DN 50 (50 mm)

2.12. Prepare as conexões

2.12.1. Corte tubo de PVC de 100 mm em


7 partes de 60 cm com auxílio da trena e
do arco de serra com lâmina de 24 dentes

2.12.2. Reserve
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2.13. Prepare os caps

2.13.1. Faça 4 furos de 3 mm na superfície


dos caps com o auxílio de uma furadeira

2.13.2. Reserve

2.14. Faça o encaixe das conexões

2.14.1. Pegue o cotovelo de PVC DN100 2.14.3. Passe pasta lubrificante ao redor do
(100 mm) Anel de vedação (O’ring)

2.14.2. Encaixe um anel de vedação (O’ring) 2.14.4. Repita este procedimento no outro
no cotovelo de PVC DN100 (100 mm) cotovelo

2.14.5. Reserve

2.14.6. Encaixe um Anel de vedação (O’ring)


em cada extremidade da luva

2.14.7. Passe pasta lubrificante para juntas elásticas em PVC rígido ao redor do Anel de
vedação (O’ring)

2.14.8. Após passar a pasta lubrificante solde os canos imediatamente, pois a pasta seca
rapidamente.

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2.14.9. Repita estes procedimentos nas luvas restantes

2.14.10. Reserve

2.14.11. Pegue o “T” de inspeção

2.14.12. Encaixe um Anel de vedação (O’ring) no “T” de inspeção

2.14.13. Passe a Pasta lubrificante para juntas elásticas em PVC rígido ao redor do Anel de
vedação (O’ring)

2.14.14. Repita estes procedimentos no “T” de inspeção restante

2.14.15. Reserve

2.14.16. Pegue a válvula retenção

2.14.17. Encaixe um Anel de vedação


(O’ring) na válvula de retenção

2.14.18. Passe a Pasta lubrificante para juntas elásticas em PVC rígido ao redor do Anel de
vedação (O`ring)

2.14.19. Reserve

2.15. Monte as conexões nas caixas

2.15.1. Encaixe no cano uma curva de 90


graus em cada uma das extremidades

2.15.2. Vire as curvas de 90 graus para


lados opostos

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2.15.3. Coloque a conexão dentro da caixa 1

2.15.4. Encaixe uma luva por fora da caixa 1 2.15.6. Encaixe o “T” de inspeção

2.15.5. Encaixe o cano 2.15.7. Encaixe uma luva

2.15.8. Encaixe outro cano

2.15.9. Faça a união com a caixa 2

2.15.10. Repita as operações anteriores na 2.15.11. Faça a união com um cano de 50


caixa 2 mm no orifício da base da caixa 3 (saída)
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2.15.12. Amarre o tecido poroso no tudo de 2.15.13. Cole a válvula esférica de PVC de
saída, dentro da terceira caixa d´água com 50 mm no cano de saída, após o flange fora
a fita Hellermann da caixa d´água

2.15.14. Vede todas as conexões de


100 mm de todas as caixas com silicone
utilizando o aplicador

2.15.15. Aplique a borracha de vedação,


com cola silicone ao redor do tubo de PVC

2.16. Faça o respiro

2.16.1. Faça um furo no centro da tampa das caixas 1 e 2 com auxílio da furadeira e serra
copo de 25 mm

2.16.2. Pegue o flange de PVC soldável DN


25 (25 mm)

38 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo


2.16.3. Encaixe um pedaço do tubo de 25 2.16.5. Encaixe um cap na ponta superior
mm na base do flange do tubo de 25 mm

2.16.4. Encaixe o cano no flange

Precaução: A biodigestão libera gás metano; por isso, são instalados na primeira e segunda
caixas os suspiros, os quais evitam explosão pelo gás metano acumulado no interior destas.

2.17. Faça a vedação

2.17.1. Coloque as tampas vedadas na


caixa 1 e 2

2.17.2. Fure a tampa e coloque os parafusos 2.17.3. Aperte os parafusos


de fixação

Atenção: As caixas são vedadas para assegurar a manutenção de alta temperatura no seu
interior. Apenas as caixas 1 e 2 são vedadas.

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Atenção: As três caixas são parafusadas para garantir que as tampas fiquem bem fixas nas
caixas e não se soltem.

2.17.4. Faça a montagem do filtro de polimento final da caixa 3

2.17.5. Fixe um retalho do tecido sintético 2.17.6. Adicione a pedra brita nº 1


30x30 cm com a fita Hellermann no tubo de uniformemente
saída de efluente tratado

2.17.7. Encaixe a tela de tecido sintético


forrando a superfície da caixa da pedra
brita nº 1

2.17.8. Adicione a pedra brita nº 2

2.17.9. Envolva as pedras brita nº 2 com o restante do tecido sintético

2.17.10. AAdicione a areia na caixa nº 3 e 2.17.11. Coloque a tampa


proteja a saída com tecido sintético fixado

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2.18. Ativação da fossa

2.18.1. Coloque em balde as quantidades de água e o esterco bovino recomendado

Atenção: A importância do esterco bovino ou o esterco de ruminantes dá-se por conterem


uma flora riquíssima que digere e transforma todo o lodo do esgoto doméstico de forma
acelerada.

2.18.2. Mexa a mistura com auxílio de uma


pá pequena até sua homogeneização

2.18.3. Coloque a mistura na caixa da válvula de retenção

2.18.4. Localize o cano de saída do vaso


sanitário que segue para fora da casa

2.18.5. Faça a escavação para a nova 2.18.7. Faça à união dessa tubulação com
tubulação de esgoto da casa e ligue a canos de esgoto de 100 mm em direção à
válvula de retenção da fossa biodigestora entrada da válvula de retenção

2.18.6. Interrompa em local apropriado a 2.18.8. Faça o teste de estanqueidade


ligação do esgoto da casa para a fossa dando descarga no vaso sanitário da casa e
negra observe o trajeto da tubulação para verificar
possíveis vazamentos antes de enterrar a
nova tubulação
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Apenas o esgoto proveniente do vaso sanitário deve ser conectado à caixa. O esgoto da
pia, chuveiro, área de serviços, e cozinha não deverá ser lançado na fossa, pois prejudica
o processo de Biodigestão.

2.18.9. Faça a finalização do aterro

2.18.10. Jogue a terra nos vãos entre as caixas

2.18.11. Faça um reaterro nas áreas que solo abater e executar esse serviço em 2 meses
após o início da operação da fossa biodigestor

Atenção: As tampas devem ficar expostas no mínimo a 5cm do nível do solo.

Atenção: As caixas são enterradas para assegurar a manutenção de alta temperatura no


seu interior.

2.19. Mantenha o processo de biodigestor

Uma vez por mês, deve-se despejar uma mistura de 10 litros de água e 10 litros de esterco
bovino repetindo a ação realizada na primeira carga. Mantenha calendário de reabastecimento
de esterco bovino.

Atenção: Para proteger a fossa séptica biodigestora da ação de animais ou crianças é


imprescindível que haja uma cerca ou alambrado ao seu redor a uma distância segura entre
a cerca e as caixas. Plante grama ao redor das caixas da fossa biodigestora.

O período médio para enchimento das três caixas de 1000 L é de 90 dias. Esta capacidade
foi projetada para uma família de 4 a 5 pessoas. Se houver enchimento em menor tempo,
faça uma derivação de equilíbrio na entrada da 1º caixa, que deverá funcionar em paralelo
com uma segunda caixa de volume igual.

Periodicamente, a última caixa deverá ser esvaziada, normalmente, uma vez ao mês.

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V. CONHECER SOBRE O LIXO

Lixo é tudo o que já não tem mais utilidade, ou é indesejável, ou descartável, e é jogado
fora. Pode ser de origem doméstica, industrial ou agrícola.

No meio rural, o problema do lixo é semelhante ao das cidades e precisa de cuidados no


seu tratamento e locais para deposição para não se tornar um problema irreversível.

As definições de tipos de lixo obedecem a norma da NBR 10.004/87 da Associação Brasileira


de Normas Técnicas (ABNT).

Lixo espalhado pela propriedade rural sem qualquer cuidado representa uma grave ameaça
à saúde humana, animal, vegetal e ao meio ambiente. O seu reaproveitamento promove a
redução da poluição na propriedade rural e é uma fonte de economia ao homem do campo.

1. IDENTIFIQUE OS TIPOS DE LIXO

Os lixos são classificados em:

LIXO ORGÂNICO: é todo resíduo de origem animal ou vegetal (restos de alimentos, cascas
de frutas, folhas, sementes, estercos de diversas origens, papéis, entre outros). Em geral é
usado na compostagem para a produção de adubos.

LIXO INORGÂNICO: é todo material de origem não biológica (plásticos, metais, vidro, entre
outros). Este tipo de lixo deve ser separado para reciclagem ou retornar ao fabricante para
descarte apropriado.

LIXO ELETRÔNICO: são equipamentos eletroeletrônicos (computadores, celulares,


televisores, geladeiras, pilhas, baterias, entre outros). Este tipo de lixo exige maior controle
no destino final e na reciclagem por possuir substâncias tóxicas.

LIXO HOSPITALAR: é todo material de origem biológica e não biológica de hospitais humanos
e veterinários (seringas usadas, bolsa de sangue, órgãos, placenta, roupas contaminadas
entre outros). Este tipo de lixo não pode ser reciclado, por serem considerado perigoso e
causador de doenças. Ele precisa ser coletado por empresas especializadas para descarte
apropriado.

DESCARTE DE EMBALAGEM DE AGROTÓXICO: são embalagens (galões, sacos flexíveis


e caixas de papelão) que precisam ser descartadas em unidade de recebimento. Os galões
devem ser lavados (trípice lavagem ou lavagem sob pressão) e inutilizados (perfurados). As
caixas de papelão e sacos flexíveis não precisam ser lavados.

Atenção: O lixo orgânico da propriedade rural deve ser compostado ou destinado ao aterro
sanitário municipal.

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Propriedades rurais localizadas na região periurbana (área de transição entre a zona rural e
zona urbana) geralmente têm coleta domiciliar de lixo. Deve-se dispor todo o lixo produzido
de forma adequada (contido em sacos de lixo) para ser recolhido pelo coletor e ser enviado
para o aterro sanitário municipal. Em muitas cidades há a coleta seletiva para o lixo inorgânico.

O lixo não disposto adequadamente é uma grave ameaça à saúde humana, pois se torna
um ambiente propício à proliferação de vetores responsáveis pela transmissão de doenças
ao homem e aos animais.

Um litro de óleo polui 20.000 litros de água. Evite jogar no meio ambiente. Destine este óleo
lubrificante a um rerrefinador, que retirará os contaminantes do óleo lubrificante usado ou
contaminado e recuperará a máxima quantidade possível de óleo lubrificante básico.

2. SAIBA COMO SEPARAR O LIXO

A coleta do lixo doméstico deve ser realizada a cada 48 horas, pois após esse tempo o lixo
começa a se decompor e produzir odores.

As embalagens que contenham líquidos devem ser esvaziadas.

Vidros quebrados e superfícies cortantes devem ser embrulhados em jornal para não
causarem acidentes.

O óleo de cozinha deve ser retirado após o uso e acondicionado em garrafas próprias ou
recicladas, para posterior utilização na fabricação de sabão caseiro ou envio à Associação
de Coleta de Óleo Local.

O lixo deve ser depositado em locais adequados (cestos de lixo com tampa, sacos de plástico,
lixeiras suspensas, entre outros) fora do alcance de animais que possam dele se alimentar.

Materiais agressivos ou perigosos devem ser acondicionados separados do restante do lixo


doméstico, para o correto descarte (ex. embalagem de agrotóxicos).

3. SAIBA O QUE É COMPOSTAGEM

É um processo fermentativo, realizado pela ação de microrganismos na matéria de origem


orgânica, no qual ocorrem reações bioquímicas contínuas que atuam nos materiais até a
sua transformação final. A fermentação começa no momento em que a pilha de composto é
preparada e sejam oferecidas condições ideais para a liberação de odor agradável. Nas fases
da compostagem ocorre aumento da temperatura, que diminui gradativamente até atingir a
temperatura ambiente, quando o composto está pronto. A umidade, a temperatura, o ar e
a relação C/N (carbono/nitrogênio) são fatores fundamentais para a qualidade do produto
final. Quando esses fatores forem bem controlados, temos um produto de boa qualidade, em
menor tempo e sem poluir o meio ambiente. Os materiais inorgânicos, como a terra, a água,
o ar, os calcários, o pó-de-rocha etc., enriquecem o composto e melhoram a fermentação.
Para acelerar a fermentação da compostagem pode-se aplicar ao composto o inoculante,
que é um produto à base de microrganismos.

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A matéria orgânica utilizada para o processo de compostagem pode estar com aparência
seca (capim, grama, palhas, estercos secos de animais, serragem, folhas, entre outros) ou
úmida (esterco fresco de animais, restos de alimentos crus ou cozidos sem tempero, cascas,
polpas e extratos de frutas e legumes, soro, leite, entre outros).

4. CONSTRUA A COMPOSTEIRA DOMÉSTICA

4.1. Separe os materiais

• Arruelas de latão 3/16”: 16 unidades

• Broca 3/16”: 1 unidade

• Caneta piloto: 1 unidade

• Dobradiça de 10 x 2,5 cm: 1 unidade

• Furadeira: 1 unidade

• Grosa de 30 cm: 1 unidade

• Material seco (palha, folhas, grama ou serragem)

• Material úmido (resto de alimentos, esterco animal)

• Neutrol: 1 galão

• Pá: 1 unidade

• Parafusos de latão 3/16” x 1/2”: 16 unidades

• Porcas de latão 3/16” x 1/2”: 16 unidades

• Puxador simples com 4 parafusos: 1 unidade

• Serra tico-tico: 1 unidade

• Tambor plástico de 200 litros com tampa removível de boca larga: 2 unidades

• Tramela simples: 1 unidade

• Trincha 3cm de largura: 1 unidade

Atenção: A quantidade de matéria orgânica seca deve corresponder a 50% do total da


compostagem.

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4.2. Prepare o tambor

4.2.1. Demarque uma área de 29,7 x 21,5 4.2.2. Fure os cantos da área demarcada
cm com a caneta piloto que servirá de porta com o auxílio da furadeira e broca
de saída
4.2.3. Faça 4 furos em cada canto da área
demarcada

Atenção: Os furos devem abrir espaço suficiente para passar a serra tico-tico.

4.2.4. Passe a serra tico-tico 4.2.5. Serre o retângulo demarcado

4.3. Construa a porta

4.3.1. Pegue a parte plástica que foi


recortada do tambor

4.3.2. Retire as rebarbas com a grosa

4.3.3. Prenda a dobradiça na parte plástica


que foi recortada do tambor utilizando os
parafusos, arruelas e porcas

Atenção: Os parafusos devem ser aplicados de forma que as arruelas fiquem sempre do
lado de dentro do tambor em todas as etapas da construção da composteira.

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4.3.4. Prenda a dobradiça na parte externa 4.4. Coloque a trava da porta
do tambor utilizando os parafusos, arruelas
e porcas 4.4.1. Prenda a tramela na parte externa do
tambor do lado oposto de onde foi fixada a
dobradiça utilizando os parafusos, arruelas
e porcas

4.4.2. Prenda o fecho da tramela na parte plástica que foi recortada do tambor do lado oposto
de onde foi fixada a dobradiça, utilizando os parafusos, arruelas e porcas

4.5. Fixe os puxadores 4.6. Finalize a composteira

4.5.1. Prenda o puxador na porta da 4.6.1. Faça a pintura interna e externa


composteira utilizando os parafusos, da tampa e da composteira com neutrol
arruelas e porcas utilizando a tricha

4.6.2. Feche a porta de saída


Atenção: A pintura com neutrol é necessária para que haja isolamento e se mantenha a
temperatura da composteira acima da temperatura ambiente.
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4.7. Armazene a matéria orgânica seca

4.7.1. Armazene a matéria orgânica seca


no outro tambor de 200 litros

Precaução: O tambor para o armazenamento


da matéria orgânica seca deve permanecer
fechado para não atrair animais ou insetos
e também para não molhar em caso de
chuvas.

4.8. Inicie a compostagem

4.8.1. Inicie o carregamento da composteira 4.8.2. Adicione na composteira a mesma


despejando a matéria orgânica úmida quantidade de matéria orgânica seca com
dentro do tambor a ajuda de uma pá

Atenção: Caso a matéria orgânica úmida esteja muito molhada, dobre a quantidade de
matéria orgânica seca, com a preocupação de sempre cobrir toda a matéria orgânica úmida.

Precaução: Entre as matérias orgânicas secas e úmidas, há restrições de uso para a


compostagem, como: serragem de madeira tratada, restos de alimentos crus ou cozidos
com tempero, frutas cítricas, alho, cebola, carnes, nozes pretas, trigo, papel, arroz, carvão
vegetal, plantas doentes. Estes materiais comprometem a degradação da matéria orgânica
e atraem vetores para a composteira.

Precaução: De acordo com a legislação brasileira é estritamente proibida a utilização na


compostagem de fezes de cães, gatos e humanos.

4.8.3. Repita estas operações até a


capacidade total do tambor ou até que
tenham passado 90 dias do lançamento da
primeira porção da matéria orgânica úmida

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4.9. Retire o material já compostado

4.9.1. Abra a porta de saída

4.9.2. Retire o material já compostado com o auxílio de uma pá de jardim

Atenção: Caso o tambor alcance a capacidade máxima em um período menor que 90 dias,
será necessário outro tambor, pois o material só estará pronto para uso após o descanso
de 90 dias na composteira.

5. IDENTIFIQUE OS TIPOS DE POLUIÇÃO

A poluição é a interferência no equilíbrio do meio ambiente com a introdução de substâncias.


Este processo pode ocorrer de forma natural ou pela ação do homem. Pode promover danos
a todo ecossistema: saúde humana, animais, plantas, águas, ar, entre outros. Desta forma
a destinação correta do lixo poderá reduzir os vários tipos de poluições no meio ambiente.

As poluições mais comuns são: do solo, do ar, da água, térmica, sonora, entre outras:

• POLUIÇÃO DO SOLO: É a alteração das características físico-químicas do solo pela


adição de produtos químicos ou alteração do ambiente do solo pela ação do homem.
Essas substâncias químicas poluem o solo de forma direta ou indireta, contaminando a
água e o ar. Os principais produtos químicos responsáveis por este tipo de contaminação
são: os hidrocarbonetos de petróleo, metais pesados (chumbo, cádmio, mercúrio, cromo
e arsênio), agrotóxicos e solventes.

• POLUIÇÃO DA ÁGUA: É promovida pela contaminação dos corpos d’água pelos elementos
físicos, químicos e biológicos, que podem ser nocivos ou prejudiciais às atividades
humanas, às plantas e aos organismos. Este tipo de poluição influencia na qualidade da
água dos lençóis freáticos, lagos, rios, mares e oceanos. Estes locais são considerados
como o destino final de todo o elemento poluente solúvel, em água, lançado no ar ou
no solo. Dessa forma, além dos poluentes já lançados nos corpos d’água receptores, as
águas ainda recebem os poluentes vindos da atmosfera e litosfera (solo).

• POLUIÇÃO DO AR OU POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA: É a introdução de qualquer


substância contaminante ao ar por gases, líquidos e partículas sólidas em suspensão
(material biológico), que na sua concentração pode ser prejudicial à saúde e ao meio
ambiente. Esta poluição pode ocorrer pelos gases ou partículas provenientes de fontes
naturais (vulcões e neblinas) ou fontes artificiais produzidas pelas atividades humanas.

• POLUIÇÃO TÉRMICA: Ocorre quando a temperatura é aumentada ou diminuída em um


meio do ecossistema, como por exemplo um rio, o ar, causando um impacto direto na
população que habita nesse ambiente (plantas, animais, microrganismos).

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VI. CONHECER SOBRE A RECICLAGEM
DE MATERIAIS
A separação do lixo e seu encaminhamento para a reciclagem são procedimentos que ajudam
a poluir menos o ambiente e minimizar o uso de recursos naturais.

Os princípios dos 3Rs para controle do lixo são REDUZIR, REUTILIZAR e RECICLAR.
Reduzindo e reutilizando evitar-se-á que maior quantidade de produtos se transforme em lixo.
Reciclando se prolonga a utilidade de recursos naturais, além de reduzir o volume de lixo.

1. APRENDA A REDUZIR

É a etapa principal, que tem por objetivo a diminuição da geração de resíduos por meio da
minimização na fonte ou redução de desperdício, que implica em reduzir o consumo de tudo
o que é desnecessário. Isto significa rejeitar produtos com embalagens plásticas e isopor,
preferindo as de papelão que são biodegradáveis, não poluem o ambiente e desperdiçam
menos energia.

Exemplos de ações:

• Racionalizar o consumo de papel;

• Evitar empacotamentos desnecessários, levando ao supermercado ou feira a própria


bolsa de compras;

• Planejar bem as compras para não haver desperdício;

• Comprar sempre produtos duráveis e resistentes;

• Preferir comprar produtos que tenham embalagens retornáveis ou refil.

2. APRENDA A REUTILIZAR

A reutilização é implantada através de ações que possibilitem sua utilização para várias
finalidades, antes do seu descarte final ou reenvio ao processo produtivo.

Podemos adotar algumas ações como:

• Reutilizar embalagens, potes de vidro e envelopes de plástico ou de papel (desde que


não sejam de defensivos agrícolas);

• Restaurar móveis antigos ao invés de comprar um novo;

• Vender no ferro-velho os aparelhos quebrados, ou desmontá-los, reaproveitando-se as


peças;

• Guardar, mesmo que não tenham uso imediato, caixas de papelão ou de plástico, pois
são sempre necessárias.

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3. APRENDA A RECICLAR

É o conjunto de técnicas utilizadas para aproveitar os resíduos e reutilizá-los no ciclo de


produção de que saíram. Materiais que se tornariam lixo são coletados e processados para
serem usados como matéria-prima na manufatura de novos produtos. Reciclar é usar um
material para fazer outro.

CORES DEFINEM UM COLETOR PARA CADA TIPO DE MATERIAL

AZUL: VERMELHO: VERDE: AMARELO: PRETO:


papel/papelão plástico/isopor vidro metal madeira

MARROM: CINZA:
LARANJA: BRANCO: ROXO: orgânicos, resíduo geral
perigosos/ ambulatóriais/ radioativos como restos de não reciclável ou
contaminados serviço de saúde alimento misturado

Atenção: O lixo deve ser depositado em lugares adequados (cestos de lixo com tampa,
sacos de plástico, etc.) e não desperdiçado, materiais agressivos ou perigosos devem ser
acondicionados em separado do restante do lixo para a correta disposição. Os líquidos devem
ser previamente retirados, vidro quebrado e superfícies cortantes devem ser embrulhados
em jornal para não causar acidentes. O óleo de cozinha após o uso e acondicionado em
garrafas próprias ou recicladas para posterior utilização na fabricação de sabão caseiro ou
envio para a Coleta de Óleo Local.

Alerta Ecológico: É proibido queimar ou enterrar o lixo.

4. CONHEÇA SOBRE REJEITOS

Os rejeitos são um tipo específico de resíduo sólido, onde todas as possibilidades de


reaproveitamento ou reciclagem já foram esgotadas e não houve solução final por completo.

A sua disposição final, do rejeito da propriedade rural, deve ser de acordo com as normas
da legislação pertinente (federal/estadual/municipal) para evitar danos ou riscos à saúde
pública, segurança e a minimizar os impactos ambientais.

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BIBLIOGRAFIA

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de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de
setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de
24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Disponível em:< http://www.planalto.gov.
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