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SANEAMENTO BÁSICO
NO MEIO RURAL
INFRAESTRUTURA E
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
SANEAMENTO BÁSICO
NO MEIO RURAL
INFRAESTRUTURA E
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
SENAR-AR/SP
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
São Paulo - 2017 - 2ª Edição
IDEALIZAÇÃO
Fábio de Salles Meirelles
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP
COORDENAÇÃO EXECUTIVA
Tirso de Salles Meirelles
Mário Antonio de Moraes Biral
Roberto de Almeida Duarte
DIAGRAMAÇÃO
Thais Junqueira Franco
Diagramadora do SENAR-AR/SP
Bibliografia
ISBN 978-85-99965-93-1
CDD 628.3
Direitos Autorais: é proibida a reprodução total ou parcial desta cartilha, e por qualquer processo, sem a ex-
pressa e prévia autorização do SENAR-AR/SP.
Material impresso no SENAR-AR/SP
INTRODUÇÃO..................................................................................................................................................9
BIBLIOGRAFIA...............................................................................................................................................52
O
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL – SENAR, criado em 23 de
dezembro de 1991 pela Lei n.º 8.315 e regulamentado em 10 de junho de 1992
como Entidade de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos,
teve a Administração Regional do Estado de São Paulo criada em 21 de maio de 1993.
A falta de Saneamento Básico pode gerar uma série de doenças (verminoses, diarreias,
hepatite A, cólera, micoses, entre outras) no ser humano, causando inclusive a morte,
principalmente em crianças e idosos. As doenças são transmitidas pelo uso ou ingestão de
água contaminada e pelo contato da pele com o solo e lixo contaminados.
É possível, com as técnicas apresentadas nesta cartilha, montar exemplo prático para
solucionar problemas reais existentes.
1. ANALISE O TERRENO
Um bom local para a construção da casa é aquele que apresenta solo seco, bem drenado
e de natureza rochosa ou argilosa. Os terrenos aterrados e úmidos ocasionam infiltrações
permanentes na casa. A topografia plana é a ideal, pois evita gastos com o nivelamento do
terreno. Na falta de terrenos planos, deve-se dar preferência aos pouco inclinados.
Casa saudável é um local de abrigo do homem e sua família que os protege das intempéries,
de animais silvestres e insetos. Este abrigo oferece local para seu repouso e alimentação e
atende o seu modo de vida e costumes. Todos os cômodos da casa (dormitórios, cozinha,
banheiro, entre outros), devem ser bem dimensionados, iluminados e arejados, para manter
os ambientes secos, com temperatura e odor agradáveis e livres de germes.
Atenção: Deve-se tomar cuidado para que o terreno esteja livre de áreas com riscos de
inundações, como caixas de contenção de águas de enxurradas.
A casa deve ser localizada perto de estradas internas, em média cerca de trinta metros,
para que sejam evitados gastos com a construção e manutenção de estradas dentro da
propriedade rural. No meio urbano, deve-se respeitar o Código de Obras do município.
Como forma de organizar os espaços, para evitar a poluição visual, ambiental e contaminações
comuns às atividades agrícolas pelas zoonoses e resíduos, propõem-se os seguintes
distanciamentos mínimos da casa em relação:
• à estrada: 30 m.
• às cercas laterais: 10 m.
• ao galinheiro: 20 a 50 m.
• ao galpão de máquinas: 20 a 40 m.
• ao estábulo: 50 a 100 m.
• à composteira: 200 m.
Precaução: Zoonoses são doenças típicas de animais que podem ser transmitidas aos seres
humanos e vice-versa. Os principais animais que transmitem estas doenças aos homens
são: cachorros, gatos, morcegos, ratos, aves e insetos.
• aos quebra-ventos: 20 m.
• à fossa: 10 a 15 m.
Atenção: A abertura mínima de um cômodo pode ser acrescida de mais de uma janela ou
uma porta, que somados equivalem à medida exigida no Código Sanitário Estadual. Para
melhores detalhes, pode-se buscar a legislação junto à Prefeitura da cidade local.
Para que o sistema de abastecimento funcione com a qualidade pretendida, é essencial que
se tenha o controle sobre a proteção do manancial e a facilidade de acesso da captação
para sua supervisão e manutenção.
A filtragem da água é um processo pelo qual a água passa por um filtro para retirar impurezas
e torná-la própria para consumo humano.
Atenção: A quantidade de água deve ser compatível com o volume da caixa do filtro, evitando
seu transbordamento e a ineficácia do processo.
• Enxada: 1 unidade
• Enxadão: 1 unidade
• Pá: 1 unidade
• Flange ¾: 3 unidade
• Mangueira preta
• Tubo de PVC ¾: 20 cm
2.5.1. Encaixe o flange de entrada de água 2.5.2. Assente o flange de saída do filtro
e o flange do excesso de água (ladrão)
2.6.1. Insira o tubo da captação no furo feito 2.6.2. Insira o tubo do lançamento do
na caixa d’água no flange na parte de cima excesso de água no flange feito na caixa
da caixa d’água
2.6.3. Insira o flange e 20cm de tubo 3/4 para o lado de dentro da caixa
2.7.1. Preencha a caixa com 200 litros de 2.7.2. Espalhe os 200 litros de pedra brita
pedra brita nº 1 nº 1 uniformemente no fundo da caixa
Atenção: A pedra brita nº1 deve cobrir o tubo de saída para garantir a filtragem dos resíduos.
2.7.3. Adicione 400 litros de pedra brita nº 2.7.4. Adicione 200 litros de areia fina lavada
2 uniformemente sobre a pedra brita nº 1 sobre a pedra brita nº2 uniformemente
Podem ser de caixas plásticas, de fibra de vidro ou também de alvenaria. É preferível que
sua forma seja circular com fundo côncavo para facilitar a limpeza. Quanto à localização,
podem ser suspensos, estarem ao nível do solo, semienterrados ou enterrados. O mais
importante é ter capacidade que supra a necessidade para 3 dias sem abastecimento. É
aconselhável, para fins de garantir uma adequada pressão, que tenha 10 metros de coluna
de água da saída da caixa (reservatório d’água localizado na parte externa da casa) até
o ponto de distribuição inicial da rede hidráulica (reservatório d’água localizado dentro da
casa), preferencialmente demarcada com um registro.
• Válvulas de descarga;
• Entrada de ar;
• Tampa;
• Boa drenagem;
• Acesso fácil;
Atenção: A ação desinfetante não previne a contaminação, apenas elimina a que estiver
presente na ocasião do tratamento.
• Escova: 1 unidade
• Pá: 1 unidade
• Vassoura: 1 unidade
Atenção: Escovas de aço e sabão danificam os reservatórios e não devem ser utilizados.
4.2.3. Deixe apenas 10 cm de água no interior do reservatório. Feche a saída de água com
um tampão para evitar que a sujeira entupa o cano
4.2.4. Escove toda a superfície a ser desinfetada com a ajuda da escova ou vassoura limpa
4.2.5. Com uma pá, remova a sujeira produzida pela escovação, e com o auxílio do balde
plástico e dos panos para limpeza, remova toda a água acumulada
4.2.7. Acrescente 1 litro de água sanitária para cada 1000 litros de água do reservatório
Atenção: A água sanitária deve ser aplicada conforme a capacidade total do reservatório.
Nunca utilize sabões, detergentes ou outros produtos.
4.2.9. Abra todas as torneiras da residência para desinfecção do encanamento ao final das
3 horas
Atenção: Para maior controle de data de higienização do reservatório d’água, uma ficha
de controle de limpeza contendo a data da próxima higienização pode ser feita e fixada em
local de fácil visualização.
Isto porque, os recursos hídricos das águas superficiais e subterrâneas são bens públicos.
Toda pessoa física ou jurídica tem direito ao acesso e utilização das águas, mas é o Poder
Público quem faz a sua administração e controle. Caso o produtor rural precise usar as
águas de um rio, lago ou mesmo de águas subterrâneas (poços profundos), deverá solicitar
uma autorização, concessão ou licença (Outorga) junto ao Poder Público. Mesmo que sua
captação seja para uso na irrigação de culturas, construção de obras hidráulicas, como
barragens, canalizações de rios, proteção de leito, travessias, execução de poços profundos,
entre outros.
No Estado de São Paulo cabe ao DAEE o poder outorgante, por intermédio do Decreto
41.258, de 31/10/96, de acordo com o artigo 7º das disposições transitórias da Lei 7.663/91.
Para lagos e lagoas naturais, uma faixa com largura mínima de:
• 50 metros para corpos d’água com superfície inferior a 20 ha, em zonas rurais;
• 100 metros para corpos d’água com superfície superior a 20 ha, em zonas rurais;
• 100 (cm) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos)
metros de largura;
• 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600
(seiscentos) metros de largura;
• 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600
(seiscentos) metros.
Para evitar a poluição dos cursos de água, devemos utilizar modernas práticas de agricultura,
racionalizando adubos químicos e insumos desnecessários. Uma dessas práticas é a
preservação das matas ciliares, que se comportam como grandes filtros naturais na retenção
de agrotóxicos quando estes são usados.
A lei florestal também considera como matas de proteção permanente as encostas fortes,
acima de 45% de inclinação, os topos dos morros de 25% a 45% são áreas de uso restrito. É
bom lembrar que o novo código florestal estabeleceu o critério de medida da largura do rio a
partir da borda da calha de seu leito regular, e não mais a partir da máxima cheia. Portanto,
as várzeas ou pelo menos parte delas não são mais consideradas Áreas de Preservação
Permanente.
Pode-se aumentar a retenção de água nos campos de cultivo se a aração for feita
acompanhando os terraços (curvas em nível). Se possível, deve-se fazer a construção de
terraços de base larga, para poder plantar em cima deles, por exemplo, cana-de-açúcar,
árvores, etc.
Ao longo das estradas, deve-se fazer a construção de caixas de retenção, para conter as
águas das enxurradas que vêm pelo leito das estradas rurais, conforme caída (declividade)
da estrada.
Na área de proteção permanente que não tem vegetação alta (árvores formadas) deve ser
feita a reposição florestal voluntária, com árvores nativas, típicas da região, plantado-as no
espaçamento adequado (normalmente de 3 metros x 2 metros), em quincôncio (plantio em
zig-zag). Toda a área a ser recuperada deve ser isolada com cerca de arame farpado para
que os animais não entrem. Este procedimento reduz o processo de erosão, que é o desgaste
da camada fértil do solo. Como todo novo plantio, as mudas das árvores deverão receber
os tratos culturais adequados (adubação, irrigação, coroamento, tutoramento, controle de
pragas, doenças e do mato).
• Perfurados por meio de trado com broca ou cavadeira articulada manual, com diâmetro
em média de 0,15 a 0,30 metro e profundidade de 8 a 20 metros. Este tipo de poço é
recomendado para lençóis freáticos de pequena profundidade e grande vazão.
• Os poços cravados são feitos com tubos metálicos de ponteiras, por batida ou rotação
destes tubos no solo. Possuem pequenos diâmetros, de 0,30 a 0,50 metro, e profundidade
de 20 metros. Este tipo de poço é recomendado para lençóis freáticos de pequena
profundidade e grande vazão.
• Em direção oposta de fontes de poluição como fossas negras, privadas higiênicas, poços
absorventes, esgotos, entre outros.
• Vazão: que se refere à quantidade de água que pode ser retirada do poço por unidade
de tempo.
• direta: quando impurezas caem no poço, se este for aberto sem os devidos cuidados, ou
por meio da corda, do balde ou outros objetos;
• pelo lençol freático: por meio de um foco de contaminação (fossa negra ou sumidouro);
Para a proteção do poço contra a contaminação direta, deve-se utilizar tampa de concreto
armado em sua abertura, e usar preferencialmente bombas para retirada da água. Se houver a
necessidade de se utilizar balde e corda para a retirada da água, estes devem ser higienizados
antes de serem guardados em local adequado por serem veículos de contaminação da água.
Precaução: Para evitar a entrada de animais deve-se cercar o poço, com a distância de 3
metros de seu centro até o portão de acesso.
Com a utilização da água há, inevitavelmente, a geração de esgotos. Deve-se ter cuidado para
que este seja transportado em meios seguros para seu tratamento, evitando poluição de solo
e contaminações de corpos de água (rios, lagoas e represas). No entanto, frequentemente
escoam a céu aberto, formando locais contaminados. Com a simples construção de um
sistema de tratamento de esgotos sanitários na propriedade, resolve-se a coleta de esgotos
de modo seguro.
• Esgotos domésticos são os efluentes (despejos) líquidos das casas, que também podem
ser chamados de esgoto bruto.
Nesta fossa, o esgoto é lançado em um conjunto de três caixas d’água ligadas entre si, por
tubos e conexões de PVC, e não ocorre o contato do esgoto com o solo, córrego ou rio.
O esgoto bruto, ao entrar no conjunto de três caixas d’água, é tratado pelo processo de
biodigestão, que reduz os agentes biológicos perigosos à saúde humana. O tempo da
biodigestão varia de acordo com a temperatura e a quantidade de pessoas que utilizam a
fossa. Neste processo se produz gás na primeira e segunda caixas, e se acumula um líquido,
que é um biofertilizante, na terceira. Este biofertilizante não possui cheiro desagradável, é
rico em nutrientes, como: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, ferro, manganês,
zinco, cobre, e sem a presença de microrganismos causadores de doenças ao ser humano.
O biofertilizante pode ser usado para irrigar as áreas de preservação permanentes – APP´s,
culturas perenes e pastagens (via solo). É muito importante salientar que o efluente não
pode ser adicionado diretamente sobre as hortaliças de nenhuma forma (via solo ou foliar).
Atenção: Na primeira caixa para acelerar a fermentação dos resíduos que saem dos vasos
sanitários da casa utiliza-se esterco bovino e 70% das bactérias já são eliminadas.
Atenção: Esse efluente não deve apresentar cheiro. E pode ser utilizado para irrigação em
APP’s e pastagens.
• Arruelas: 9 unidades
• Parafusos: 9 unidades
válvula de registro de
alívio de tubos e esfera 50 mm
pressão conexão de soldável
válvula de curva de 90º PVC 100 mm “T” de
retenção longa inspeção
• Pá: 1 unidade
• Enxadão 1 unidade
• Cotovelo: 5 unidades
• Luva: 2 unidades
• Válvula retenção: 1 unidade (observação: esta válvula deve ser acoplada a uma inspeção
= caixa de inspeção onde se coloca o esterco)
• Água: 20 litros
• Pá: 1 unidade
Atenção: O terreno deve ser mais baixo do que a casa e em posição contrária aos ventos
predominantes para evitar odores.
2.9.3. Deixe 50 cm de separação entre as 2.9.4. Abra um buraco com auxílio de pá,
caixas enxadão ou picareta
2.10.1. Nivele o fundo da vala 2.10.2. Compacte com pilão de mão o solo
no fundo da vala
2.11.1. Fure com o auxílio de furadeira e 2.11.2. Fure com o auxílio de furadeira e
broca serra copo de 100 mm o topo das serra copo de 100 mm o topo da caixa 3,
caixas 1 e 2, em lados opostos (entrada e em apenas 1 lado (entrada)
saída)
2.12.2. Reserve
34 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
2.13. Prepare os caps
2.13.2. Reserve
2.14.1. Pegue o cotovelo de PVC DN100 2.14.3. Passe pasta lubrificante ao redor do
(100 mm) Anel de vedação (O’ring)
2.14.2. Encaixe um anel de vedação (O’ring) 2.14.4. Repita este procedimento no outro
no cotovelo de PVC DN100 (100 mm) cotovelo
2.14.5. Reserve
2.14.7. Passe pasta lubrificante para juntas elásticas em PVC rígido ao redor do Anel de
vedação (O’ring)
2.14.8. Após passar a pasta lubrificante solde os canos imediatamente, pois a pasta seca
rapidamente.
2.14.10. Reserve
2.14.13. Passe a Pasta lubrificante para juntas elásticas em PVC rígido ao redor do Anel de
vedação (O’ring)
2.14.15. Reserve
2.14.18. Passe a Pasta lubrificante para juntas elásticas em PVC rígido ao redor do Anel de
vedação (O`ring)
2.14.19. Reserve
2.15.4. Encaixe uma luva por fora da caixa 1 2.15.6. Encaixe o “T” de inspeção
2.16.1. Faça um furo no centro da tampa das caixas 1 e 2 com auxílio da furadeira e serra
copo de 25 mm
Precaução: A biodigestão libera gás metano; por isso, são instalados na primeira e segunda
caixas os suspiros, os quais evitam explosão pelo gás metano acumulado no interior destas.
Atenção: As caixas são vedadas para assegurar a manutenção de alta temperatura no seu
interior. Apenas as caixas 1 e 2 são vedadas.
2.18.5. Faça a escavação para a nova 2.18.7. Faça à união dessa tubulação com
tubulação de esgoto da casa e ligue a canos de esgoto de 100 mm em direção à
válvula de retenção da fossa biodigestora entrada da válvula de retenção
2.18.11. Faça um reaterro nas áreas que solo abater e executar esse serviço em 2 meses
após o início da operação da fossa biodigestor
Uma vez por mês, deve-se despejar uma mistura de 10 litros de água e 10 litros de esterco
bovino repetindo a ação realizada na primeira carga. Mantenha calendário de reabastecimento
de esterco bovino.
O período médio para enchimento das três caixas de 1000 L é de 90 dias. Esta capacidade
foi projetada para uma família de 4 a 5 pessoas. Se houver enchimento em menor tempo,
faça uma derivação de equilíbrio na entrada da 1º caixa, que deverá funcionar em paralelo
com uma segunda caixa de volume igual.
Periodicamente, a última caixa deverá ser esvaziada, normalmente, uma vez ao mês.
Lixo é tudo o que já não tem mais utilidade, ou é indesejável, ou descartável, e é jogado
fora. Pode ser de origem doméstica, industrial ou agrícola.
Lixo espalhado pela propriedade rural sem qualquer cuidado representa uma grave ameaça
à saúde humana, animal, vegetal e ao meio ambiente. O seu reaproveitamento promove a
redução da poluição na propriedade rural e é uma fonte de economia ao homem do campo.
LIXO ORGÂNICO: é todo resíduo de origem animal ou vegetal (restos de alimentos, cascas
de frutas, folhas, sementes, estercos de diversas origens, papéis, entre outros). Em geral é
usado na compostagem para a produção de adubos.
LIXO INORGÂNICO: é todo material de origem não biológica (plásticos, metais, vidro, entre
outros). Este tipo de lixo deve ser separado para reciclagem ou retornar ao fabricante para
descarte apropriado.
LIXO HOSPITALAR: é todo material de origem biológica e não biológica de hospitais humanos
e veterinários (seringas usadas, bolsa de sangue, órgãos, placenta, roupas contaminadas
entre outros). Este tipo de lixo não pode ser reciclado, por serem considerado perigoso e
causador de doenças. Ele precisa ser coletado por empresas especializadas para descarte
apropriado.
Atenção: O lixo orgânico da propriedade rural deve ser compostado ou destinado ao aterro
sanitário municipal.
O lixo não disposto adequadamente é uma grave ameaça à saúde humana, pois se torna
um ambiente propício à proliferação de vetores responsáveis pela transmissão de doenças
ao homem e aos animais.
Um litro de óleo polui 20.000 litros de água. Evite jogar no meio ambiente. Destine este óleo
lubrificante a um rerrefinador, que retirará os contaminantes do óleo lubrificante usado ou
contaminado e recuperará a máxima quantidade possível de óleo lubrificante básico.
A coleta do lixo doméstico deve ser realizada a cada 48 horas, pois após esse tempo o lixo
começa a se decompor e produzir odores.
Vidros quebrados e superfícies cortantes devem ser embrulhados em jornal para não
causarem acidentes.
O óleo de cozinha deve ser retirado após o uso e acondicionado em garrafas próprias ou
recicladas, para posterior utilização na fabricação de sabão caseiro ou envio à Associação
de Coleta de Óleo Local.
O lixo deve ser depositado em locais adequados (cestos de lixo com tampa, sacos de plástico,
lixeiras suspensas, entre outros) fora do alcance de animais que possam dele se alimentar.
• Furadeira: 1 unidade
• Neutrol: 1 galão
• Pá: 1 unidade
• Tambor plástico de 200 litros com tampa removível de boca larga: 2 unidades
4.2.1. Demarque uma área de 29,7 x 21,5 4.2.2. Fure os cantos da área demarcada
cm com a caneta piloto que servirá de porta com o auxílio da furadeira e broca
de saída
4.2.3. Faça 4 furos em cada canto da área
demarcada
Atenção: Os furos devem abrir espaço suficiente para passar a serra tico-tico.
Atenção: Os parafusos devem ser aplicados de forma que as arruelas fiquem sempre do
lado de dentro do tambor em todas as etapas da construção da composteira.
4.4.2. Prenda o fecho da tramela na parte plástica que foi recortada do tambor do lado oposto
de onde foi fixada a dobradiça, utilizando os parafusos, arruelas e porcas
Atenção: Caso a matéria orgânica úmida esteja muito molhada, dobre a quantidade de
matéria orgânica seca, com a preocupação de sempre cobrir toda a matéria orgânica úmida.
Atenção: Caso o tambor alcance a capacidade máxima em um período menor que 90 dias,
será necessário outro tambor, pois o material só estará pronto para uso após o descanso
de 90 dias na composteira.
As poluições mais comuns são: do solo, do ar, da água, térmica, sonora, entre outras:
• POLUIÇÃO DA ÁGUA: É promovida pela contaminação dos corpos d’água pelos elementos
físicos, químicos e biológicos, que podem ser nocivos ou prejudiciais às atividades
humanas, às plantas e aos organismos. Este tipo de poluição influencia na qualidade da
água dos lençóis freáticos, lagos, rios, mares e oceanos. Estes locais são considerados
como o destino final de todo o elemento poluente solúvel, em água, lançado no ar ou
no solo. Dessa forma, além dos poluentes já lançados nos corpos d’água receptores, as
águas ainda recebem os poluentes vindos da atmosfera e litosfera (solo).
Os princípios dos 3Rs para controle do lixo são REDUZIR, REUTILIZAR e RECICLAR.
Reduzindo e reutilizando evitar-se-á que maior quantidade de produtos se transforme em lixo.
Reciclando se prolonga a utilidade de recursos naturais, além de reduzir o volume de lixo.
1. APRENDA A REDUZIR
É a etapa principal, que tem por objetivo a diminuição da geração de resíduos por meio da
minimização na fonte ou redução de desperdício, que implica em reduzir o consumo de tudo
o que é desnecessário. Isto significa rejeitar produtos com embalagens plásticas e isopor,
preferindo as de papelão que são biodegradáveis, não poluem o ambiente e desperdiçam
menos energia.
Exemplos de ações:
2. APRENDA A REUTILIZAR
A reutilização é implantada através de ações que possibilitem sua utilização para várias
finalidades, antes do seu descarte final ou reenvio ao processo produtivo.
• Guardar, mesmo que não tenham uso imediato, caixas de papelão ou de plástico, pois
são sempre necessárias.
MARROM: CINZA:
LARANJA: BRANCO: ROXO: orgânicos, resíduo geral
perigosos/ ambulatóriais/ radioativos como restos de não reciclável ou
contaminados serviço de saúde alimento misturado
Atenção: O lixo deve ser depositado em lugares adequados (cestos de lixo com tampa,
sacos de plástico, etc.) e não desperdiçado, materiais agressivos ou perigosos devem ser
acondicionados em separado do restante do lixo para a correta disposição. Os líquidos devem
ser previamente retirados, vidro quebrado e superfícies cortantes devem ser embrulhados
em jornal para não causar acidentes. O óleo de cozinha após o uso e acondicionado em
garrafas próprias ou recicladas para posterior utilização na fabricação de sabão caseiro ou
envio para a Coleta de Óleo Local.
A sua disposição final, do rejeito da propriedade rural, deve ser de acordo com as normas
da legislação pertinente (federal/estadual/municipal) para evitar danos ou riscos à saúde
pública, segurança e a minimizar os impactos ambientais.
AZEVEDO NETTO, José M. de. Manual de Hidráulica, 4. ed. [S.l.]: EDUSP, 1966.
CETESB. Água, Lixo e Meio Ambiente. São Paulo: [s.n.],1987. (Série Educação
Ambiental).
DACACH, Gandur Nelson. Saneamento Básico. 3. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Científicos, 1990.
LIMA, Luiz Mário Queiroz. Lixo, Tratamento e Bioremediações. 3. ed. São Paulo:
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MORAES, Luís Carlos Silva de; OGAWA, Gilmar. Cadastramento dos elementos da
natureza. In: ______.Manual de Cadastro Ambiental Rural – CAR: Teoria e Prática. São
Paulo: FAESP, 2014. cap. 4., p. 18-32.
SILVA, W. T. L. da. Saneamento básico rural. São Paulo: Embrapa, 20144. Disponível
em: <https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1001357/saneamento-
basicorural >. Acesso em: 25 out. 2017.