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AGROTÓXICOS:
APLICAÇÃO COM
TURBOPULVERIZADOR
“O SENAR-AR/SP está permanentemente
empenhado no aprimoramento profissional e
na promoção social, destacando-se a saúde
do produtor e do trabalhador rural.”
FÁBIO MEIRELLES
Presidente do Sistema FAESP-SENAR-AR/SP
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Gestão 2020-2024
AGROTÓXICOS:
APLICAÇÃO COM
TURBOPULVERIZADOR
SUPERVISÃO GERAL
Jair Kaczinski
Chefe da Divisão Técnica do SENAR-AR/SP
RESPONSÁVEL TÉCNICO
Jarbas Mendes da Silva
Divisão Técnica do SENAR-AR/SP
AUTORES
Luiz Atílio Padovan - Engenheiro Agrônomo
Júlio Cezar Marques Soares - Engenheiro Agrônomo
Solymar Ghizzi Bentos - Engenheiro Agrônomo/Pedagogo
Bibliografia
ISBN 978-85-7125-000-0
CDD 632.95
Direitos Autorais: é proibida a reprodução total ou parcial desta cartilha, e por qualquer processo, sem a
expressa e prévia autorização do SENAR-AR/SP.
APRESENTAÇÃO..............................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO...................................................................................................................................................9
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................................................. 82
ANEXO 1..........................................................................................................................................................83
ANEXO 2..........................................................................................................................................................84
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................................................ 86
O
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL - SENAR-AR/SP, criado em 23
de dezembro de 1991, pela Lei n° 8.315, e regulamentado em 10 de junho de 1992,
como Entidade de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, teve
a Administração Regional do Estado de São Paulo criada em 21 de maio de 1993.
Acreditamos que esta cartilha, além de ser um recurso de fundamental importância para os
trabalhadores e produtores, será também, sem sombra de dúvida, um importante instrumento
para o sucesso da aprendizagem a que se propõe esta Instituição.
Esta cartilha descreve, de forma detalhada e generalizada para diferentes marcas e modelos,
todos os procedimentos necessários para a aplicação de agrotóxicos com turbopulverizador,
levando ao operador, as informações técnicas e de segurança para a correta execução da
operação.
Trata também dos aspectos da tecnologia de aplicação e das pontas de pulverização, que
são parâmetros para a correta regulagem e calibragem do pulverizador, enfatizando-os como
itens fundamentais no processo da aprendizagem do operador desse pulverizador.
A aplicação é uma operação que pode ocorrer várias vezes durante o ciclo de uma cultura,
além de ser um dos itens de grande impacto no custo da lavoura. Esses fatos, junto com a
questão de eficiência e segurança, determinam a condição de se ter pulverizadores cada
vez mais evoluídos. Por isso, as pessoas envolvidas nesse processo devem atualizar-se
constantemente para acompanhar esse desenvolvimento por meio de treinamento.
A preservação da saúde não traz vantagem maior a não ser aos próprios trabalhadores.
O operador do pulverizador deve estar capacitado e autorizado para essa atividade. Para
isso, deve ser capaz de compreender as instruções inerentes a sua função, por meio de
cursos de formação, e conhecer as normas de segurança relativas ao trabalho que realiza.
Devido aos riscos de acidentes a que o operador rural está sujeito, foram criadas pelo
Ministério do Trabalho e Emprego normas de segurança, que visam diminuir os acidentes no
trabalho. Especificamente, no que tange ao assunto de máquinas e implementos agrícolas,
citam-se as Normas Regulamentadoras (NRs) 06, 12 e 31.
No ambiente de trabalho o trabalhador está exposto a diversos fatores de riscos que podem
ocasionar acidentes ou doenças de trabalho.
• Condição insegura: são condições presentes no ambiente de trabalho que oferecem perigo
ou riscos ao trabalhador.
São aquelas que podem ser adquiridas ou desencadeadas pelas condições inadequadas
em que o trabalho é realizado e que expõem o trabalhador aos agentes nocivos à saúde.
Precaução!!!
O trabalhador deve cuidar da sua saúde diminuindo sua exposição aos fatores de
riscos, pois o fato de não haver sinais ou sintomas de intoxicação imediatos não
quer dizer que a doença não possa aparecer no futuro.
Os riscos no trabalho rural são inerentes à atividade, assim o trabalhador deve estar
capacitado para o uso dos equipamentos a fim de minimizar estes riscos e assim diminuir
os acidentes.
Os riscos no ambiente laboral podem ser classificados em cinco tipos, de acordo com o
Ministério do Trabalho e Emprego.
Os agentes de risco físico são: ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiações ionizantes e
não-ionizantes, vibração, etc.
São agentes de risco biológico as bactérias, vírus, fungos, parasitos, protozoários, entre
outros.
Os riscos de acidentes são provocados por fatores que colocam o trabalhador em situação
vulnerável e podem afetar sua integridade e seu bem-estar físico e psíquico, como as
máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico
inadequado, curto-circuito, armazenamento e iluminação inadequados, animais peçonhentos,
uso de ferramentas inadequadas ou defeituosas, etc.
Cada tipo de risco é identificado por uma cor, o que facilita a sinalização, contribuindo para
a segurança a do trabalhador.
Levantamento e Máquinas e
Vibrações Fumos Bactérias transporte manual equipamentos
de peso sem proteção
Exigência Ferramentas
Radiações
Névoas Protozoários de postura inadequadas ou
ionizantes
inadequada defeituosas
Imposição de
Frio Gases Parasitas Eletricidade
rítmos excessivos
Probabilidade
Trabalho em turno
Calor Vapores Bacilos de incêndio ou
e noturno
explosão
Substâncias
Jornada de
Pressões compostas ou Armazenamento
trabalho
anormais produtos químicos inadequado
prolongadas
em geral
Monotonia e Animais
Umidade
repetitividade peçonhentos
Outras situações
Outras situações
de risco que
causadoras de
poderão contribuir
estresse físico ou
para a ocorrência
psíquico
de acidentes
Não há
RISCO
Tempo de exposição: -
Medidas preventivas: -
ERGONÔMICO
força, etc.)
RISCO DE ACIDENTES
A sinalização de segurança pode ser dividida em vários grupos, com seus respectivos
símbolos.
A sinalização deve ter caráter permanente, exceto quando as situações a identificar forem
de caráter acidental, como ações específicas de evacuação ou orientação, por exemplo.
Atenção!!!
Exemplos de EPC:
• Corrimão;
• Fitas sinalizadoras;
• Placas de alertas;
• Extintores de incêndio;
• Chuveiro de segurança;
• Cones e sinalizadores.
• O operador deve ser habilitado conforme o Código Nacional de Trânsito e estar ciente
das exigências da legislação vigente;
• Nos reboques utilize exclusivamente cambão nos pontos de engate indicados no manual
do operador;
Algumas noções para prestação de primeiros socorros devem ser conhecidas pelo trabalhador.
• Não tente remover objetos estranhos dos olhos. Deixe que o pessoal médico qualificado
o faça;
• No caso de respingos de substâncias nocivas nos olhos, lave-os com uma quantidade
abundante de água limpa;
• Caso haja suspeita de contusão séria ou fratura da coluna, não mova o acidentado. A sua
remoção deve ser feita por pessoal da área médica;
• Substâncias perigosas sobre a pele poderão ser removidas com quantidade abundante
de água, evitando-se esfregar o local;
Nessas culturas, para que se possa ter eficácia na aplicação, há a necessidade do uso de
um volume de ar que possa levar as gotas até o alvo. Primeiramente o líquido é fragmentado
em gotas pelo princípio hidráulico e posteriormente sofre uma subdivisão suplementar pelo
princípio pneumático.
Quanto ao acoplamento no trator, essas máquinas podem ser montadas sobre os três pontos
de engate do sistema hidráulico ou de arrasto.
1. CONHEÇA O TANQUE
A agitação hidráulica pode ser feita pelo simples retorno da calda para o tanque, podendo
ser potencializada com inserção de um ejetor (agitador hidráulico), que é um componente
do circuito hidráulico de pulverização, instalado na parte interna do reservatório principal
do pulverizador, que funciona com o efeito de venturi, aumentando a vazão para agitação
e homogeneização da calda.
3. CONHEÇA OS FILTROS
1´´
O filtro de sucção está situado entre o tanque e a bomba, e visa protegê-la. Normalmente,
incorporado a este filtro, existe um registro de pressão que é utilizado quando se faz a limpeza
do filtro. O intervalo para a limpeza está em função da qualidade da água de abastecimento
e da formulação do agrotóxico.
Precaução!!!
Precaução!!!
As bombas de pistão variam de três a quatro pistões com capacidade de produzir uma vazão
entre 75 e 300 litros por minuto e resistir a uma pressão de até 35 bar, na rotação de 540
rotações por minuto.
A vazão total das pontas do pulverizador deve ser de no máximo 70% da vazão da bomba,
ou seja, o retorno deve ser de, no mínimo, 30% da vazão total da bomba.
Como regulador de pressão: tem a função de fazer a divisão do fluxo entre os bicos e o
retorno, determinando assim a pressão no sistema de pulverização.
Como válvula direcional: por meio de alavancas ou botões, tem a função de fazer a abertura
total ou parcial dos bicos nos ramais.
Este componente permite que o operador faça o preparo da calda de forma fácil e segura,
pois a colocação do agrotóxico no tanque é feita diretamente do solo.
Precaução!!!
Alerta Ecológico!!!
A calda deve ser preparada longe de córregos, nascentes e outras fontes de água.
O lavador de embalagens vazias sob pressão pode vir montado no incorporador de agrotóxico
ou no bocal do tanque.
Precaução!!!
Atenção!!!
Alerta Ecológico!!!
A lavagem deve ser realizada longe de córregos, nascentes e outras fontes de água.
A energia para a movimentação dos ventiladores pode ser fornecida pela TDP ou por um
motor próprio do pulverizador. Quando a energia for fornecida pela TDP a rotação é ampliada
para o ventilador por meio de polias e correias ou ainda por engrenagens.
Alguns turbopulverizadores são equipados com sensor de plantas, que tem a função de
fechar automaticamente a pulverização no vão livre entre as plantas, evitando perdas de
produto e diminuindo a contaminação ambiental.
Em um circuito de pulverização, a calda sai pela parte inferior do tanque, passa pelo filtro
de sucção e chega até a bomba.
A bomba recebe rotação da Tomada de Potência do Trator e tem a função de gerar uma
vazão, levando a calda até o comando. Em função da posição do regulador de pressão no
comando, a calda divide-se entre o retorno e os bicos.
Quanto maior for à obstrução da passagem da calda para o retorno, maior será a quantidade
enviada para os bicos, aumentando assim a pressão.
A qualidade da aplicação dos agrotóxicos na lavoura está sujeita a fatores que o aplicador
deverá conhecer e analisar previamente à tomada de decisão da aplicação. A interação
desses fatores fará com que o agrotóxico atinja plenamente seus objetivos.
O alvo é a espécie de praga, doença ou planta daninha a ser controlada. Também conhecido
como alvo biológico, que é onde o agrotóxico deve agir para exercer sua eficácia. O
conhecimento detalhado do alvo é importante para definir o agrotóxico, o tipo de pulverizador
e o momento para a aplicação.
O agrotóxico deve atingir o alvo químico para exercer sua eficácia no controle do alvo
biológico.
36 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo
O alvo químico é o local onde o agrotóxico pode ser colocado para que tenha capacidade
de atingir o alvo biológico selecionado.
Em relação ao uso, o agrotóxico deverá ser depositado de forma direta ou indireta, pelo
processo de aplicação. Diretamente, quando se coloca o agrotóxico em contato com o
alvo no momento da aplicação, e indiretamente, quando se atinge o alvo posteriormente,
pelo processo de redistribuição, que poderá se dar por meio da translocação sistêmica e
translaminar.
Por isso, é importante conhecer as características do agrotóxico como modo de ação, classe,
formulação, ingrediente ativo, concentração, dosagem, entre outras.
• Intervalo de aplicação;
A deriva leva à evaporação das gotas, uma vez que estas percorrerão um caminho maior
até o alvo. As pulverizações com gotas de tamanho menores são mais propensas a perdas
por esses fenômenos climáticos. Veja a seguir um quadro sobre as condições climáticas
limitantes para aplicação.
Atenção!!!
Alerta ecológico!!!
A aplicação deve ser feita nas horas mais frescas do dia, na ausência de chuvas e
de ventos fortes, diminuindo o risco de contaminação ambiental.
3. CONHEÇA A PRESSÃO
A pressão é definida como uma força aplicada sobre uma área e é medida por meio de
dispositivo chamado manômetro. A pressão no sistema de pulverização está relacionada à
vazão e ao tamanho de gota gerada pela ponta. Quanto maior a pressão maior será a vazão
gerada pela ponta e menor o tamanho das gotas de pulverização.
Atenção!!!
Alguns manômetros possuem escala colorida em que a cor vermelha indica o limite máximo
de utilização.
Alguns manômetros são banhados com glicerina, que tem as funções de aumentar a precisão
de leitura, evitando a oscilação do ponteiro, e de garantir a vida útil.
• Arquitetura da planta;
• Alvo desejado;
• Nível de infestação;
• Condições climáticas.
Atenção!!!
5. CONHEÇA A VELOCIDADE
• Tipo de pulverizador;
• Relevo;
• Habilidade do operador.
A maioria dos tratores não possui velocímetro; sendo assim, a velocidade de operação deverá
ser determinada de modo prático.
Quando a pulverização for realizada para cima e o trator passar uma vez por linha, a faixa
de aplicação será igual ao espaçamento de linhas entre da cultura.
O tamanho de gota gerada por uma ponta de pulverização depende do tipo de ponta, da
vazão e da pressão de trabalho. A gota é classificada de acordo com diâmetro mediano
volumétrico (DMV) e é medido em mícrons (micrômetros). Um mícron é igual a 0,001 mm.
Alguns órgãos normatizadores como o British Crop Production Council – BCPC, além da
Norma S-572 da American Society of Agricultural Engineeres - ASAE, estabelecem um padrão
de classificação que divide o tamanho de gotas em seis categorias:
As gotas grossas minimizam as perdas por deriva e evaporação. As gotas finas proporcionam
melhor cobertura e penetração, além de reduzir a possibilidade de escorrimento dos produtos
nas folhas.
Finas
RUIM RUIM BOM BOM BOM
(<175 µm)
Médias - grossas
MÉDIO MÉDIO MÉDIO MÉDIO MÉDIO
(175 - 375 µm)
Muito grossas
BOM BOM RUIM RUIM RUIM
(>375 µm)
As duas formas de perdas de produto emitidas pelo bico e que não atingem o alvo são a
deriva e a evaporação.
A deriva é o desvio das gotas em relação ao alvo. Os fatores que mais causam a deriva são:
o tamanho da gota e a velocidade do vento.
Alerta ecológico!!!
• Classe do agrotóxico;
• Volume de pulverização;
• Tamanho da gota;
O volume de pulverização e o tamanho de gota são as formas mais utilizadas para se alterar
a cobertura; por isso, ambas devem fazer parte da análise no momento da escolha da técnica
de aplicação a ser utilizada.
Fina
Média
Grossa
Muito Grossa
Ext. Grossa
Atenção!!!
De acordo com o tipo de agrotóxico, a bula traz recomendações sobre o tamanho da gota e
da cobertura (gotas/cm2), para melhor eficiência na aplicação. Quanto menor a gota, maior
a cobertura, com o mesmo volume aplicado.
Essas informações definem o tipo de ponta a ser utilizado. Os tipos de pontas mais utilizados
em turbopulverizadores são as pontas de jato cônico, que são tipicamente compostas por
dois componentes denominados disco e núcleo (difusor, caracol ou core). Pela combinação
dessas duas partes obtemos diferentes vazões, tamanho de gotas e ângulos de abertura
do cone de pulverização.
i) Inspecione se há vazamentos ou
dobras nas mangueiras e o estado das
abraçadeiras;
Alerta ecológico!!!
A inspeção do turbopulverizador deve ser feita em áreas que não causem poluição
de águas superficiais ou subterrâneas.
Precaução!!!
O local e o intervalo de tempo para a verificação do nível de óleo na bomba estão indicados
no manual do operador.
2.3. Faça a lubrificação com graxa nas cruzetas do eixo do cardan e demais pinos
graxeiros
O eixo do cardan é composto por duas ou mais cruzetas que devem ser lubrificadas
periodicamente com graxa específica, conforme informado no manual do operador.
2.4. Faça a lubrificação com graxa nos cubos das rodas do turbopulverizador de arrasto
A simples presença da capa de proteção não é garantia suficiente de segurança. Por isso
o operador deve seguir boas práticas de segurança na operação.
Precaução!!!
Alguns turbopulverizadores de grande porte possuem um filtro de linha para cada ramal.
Para realizar a limpeza desse filtro, retire o elemento e lave-o com água limpa utilizando
uma escova, ou ar comprimido.
Para realizar a limpeza desse filtro, desmonte o bico, retirando-o, e lave-o com água limpa
utilizando uma escova, ou ar comprimido.
Precaução!!!
O critério que deve ser adotado para o descarte das pontas é o desgaste, o qual é determinado
pelo aumento da vazão.
A intensidade do desgaste das pontas não é uniforme no ramal de bicos. Por isso deve ser
feita a avaliação da vazão das pontas para verificar o desgaste de cada uma.
Uma ponta deverá ser substituída quando apresentar excesso de vazão ou deformação no
jato de pulverização.
Atenção!!!
Horas de trabalho não devem ser utilizadas como referência para substituição das
pontas, pois sua durabilidade da ponta depende de outros fatores.
É imprescindível que se faça uma correta regulagem do pulverizador, para que se tenha
qualidade na aplicação, evitando perdas de tempo e de produto.
Para fazer a regulagem do turbopulverizador, deve-se escolher o tipo e a vazão das pontas,
ajustar o bico e os defletores para a cultura a ser tratada.
Esses ramais, usualmente, possuem bicos que podem ser fechados e direcionados
individualmente, de forma que o equipamento possa ser ajustado para fornecer a quantidade
ideal de líquido em função das diferenças no enfolhamento das diversas partes das plantas-
alvo.
Atenção!!!
Quando o turbopulverizador for equipado com defletores de ar, estes devem ser ajustados,
na parte superior e inferior da saída do ventilador, em ambos os lados, de forma a confinar
e cortina de ar à cultura alvo e evitar que a calda pulverizada caia no chão ou que seja
arrastada pelo vento além das plantas.
Atenção!!!
Ao ajustar o defletor observe o correto posicionamento para que este não obstrua a
passagem da calda resultando em escorrimentos.
Esses procedimentos visam determinar o volume de calda a ser aplicada por área (l/ha) ou
o volume de calda a ser aplicado por planta (l/planta), de acordo com as informações do
fabricante do agrotóxico.
O turbopulverizador tem aplicações para diversas culturas que variam de porte, arquitetura,
espaçamento entrelinhas e entre plantas e volume por planta. No processo de calibragem,
algumas variáveis, como o número de plantas pulverizadas, podem ser alteradas para uma
maior precisão da calibragem ou para uma maior praticidade.
O número de plantas a serem pulverizadas deve ficar entre 50 e 100 metros lineares. Nos
processos descritos abaixo será apresentados a calibragem de um pulverizador em duas
situações: cultura de porte alto (ex: citros) e cultura de porte baixo (ex: café).
Faça então a transformação dos dados obtidos para litros por planta e depois para litros por
hectare.
Exemplo:
• Cultura: Laranja com aplicação bilateral
• Espaçamento entrelinhas: 6,5 metros
• Espaçamento entre plantas: 4,0 metros
• Número de plantas a serem pulverizadas na calibração: 20 plantas
ntas
pla
20
5 20 PLANTAS
metros
PONTO INICIAL
e) Reabasteça o tanque até a marca anterior, medindo o volume gasto, com uso de um
recepiente ou vazilha graduado (ex: 130 litros);
f) Calcule o volume de pulverização em litros por plantas, dividindo o volume gasto pelo
número de plantas pulverizadas;
Para obter o volume de pulverização em litros por hectare deve-se multiplicar o volume por
planta pelo número de plantas por hectare. Para se obter o número de plantas por hectare
divida a área de um hectare (10.000 m2) pela área de uma planta, que é o espaçamento
entrelinhas multiplicado pelo espaçamento entre plantas.
Atenção!!!
• Aumente ou diminua a pressão dentro dos limites indicados pelo fabricante do bico;
Neste processo, marque o volume inicial do tanque, pulverize uma determinada área e
reabasteça o tanque até o volume inicial, medindo a quantidade gasta de água.
Faça então a transformação para litros por hectare. Como em culturas de porte baixo, o
volume de calda aplicado é menor, a leitura do volume gasto, pelo marcador de nível do
tanque, muitas vezes, não dá precisão para fazer a calibragem.
Exemplo:
• Cultura: Café
• Espaçamento entrelinhas: 3,6 metros
• Espaçamento entre plantas: 0,75 metros
a) Meça a faixa de aplicação, que é igual ao espaçamento entrelinhas da cultura (ex: 3,6
metros);
• Obtenha maior precisão com o pulverizador na mesma posição antes e depois da operação.
Volume de Pulverização
• Aumentar ou diminuir a pressão dentro dos limites indicados pelo fabricante do bico;
Esse método é facilitado quando o turbopulverizador tiver tanque com grande capacidade
e possuir no ramal, bicos de mesmo tipo e vazão.
Meça a vazão de pelo menos três bicos de cada ramal, calcule a média da vazão e multiplique
pelo número total de bicos.
Exemplo:
Cultura: Laranja
Pulverização: bilateral
Reposta:
Q = 600 x (1,2 x 16) = 600 x 19,2 = 11.520 = 480 L/ha
4x6 24 24
Qualquer quantidade de agrotóxico que não atinja o alvo estará representando uma forma
de perda. Assim, a eficácia da aplicação está diretamente ligada ao volume que chega no
alvo e não ao volume pulverizado.
A fixação pouco exata do alvo leva a grandes perdas, pois o produto é também aplicado
sobre partes que não têm relação direta com o controle.
Qualquer que seja o alvo selecionado, o sistema de pulverização deverá ser capaz de produzir
sua cobertura adequada. A cobertura ideal varia de acordo com o agente a ser controlado
e o modo de ação do produto.
O método mais comum para fazer a avaliação da cobertura de gotas é o papel hidrossensível,
que é um papel com tratamento químico que indica onde as gotas foram depositadas.
A unidade de densidade de gotas é dada pelo número de gotas por área (gotas/cm2). Esta
informação está na bula do agrotóxico ou como sugere o quadro de cobertura de gotas.
Atenção!!!
Precaução!!!
Alguns agrotóxicos possuem formulações que exigem fazer a pré-diluição. Esse processo
consiste em diluir o produto num recipiente, com uma pequena quantidade de água num
recipiente, o qual, após bem misturado, será incorporado ao tanque do turbopulverizador.
No preparo da calda, desde que recomendado pelo fabricante do agrotóxico, podem ser
adicionados os produtos adjuvantes. Os adjuvantes possuem funções específicas e os
mais comuns são: espalhantes adesivos, supressores de espuma, reguladores de ph,
solubilizantes, penetrantes, entre outros.
O preparo da calda exige muito cuidado, pois é o momento em que o trabalhador está
manuseando o produto concentrado e tem maior exposição a este.
Precaução!!!
Atenção!!!
• Evite beber, comer ou fumar durante o preparo da calda, pois pode causar intoxicação;
Precaução!!!
Esses utensílios (balanças, copos graduados, baldes e funis) devem ser utilizados
somente para essa finalidade.
• Faça a tríplice lavagem ou a lavagem sob pressão logo após seu esvaziamento, caso a
embalagem seja lavável;
Atenção!!!
O preparo da calda deve ser o mais próximo da área que vai ser tratada.
Alerta ecológico!!!
A calda deve ser preparada longe de córregos, nascentes e outras fontes de água.
• L/100 L d’água
• g/100 L d’água
• ml/100 L d’água
Resposta:
Quantidade de agrotóxico por tanque = 4000 x 0,02 = 0,8 Kg por tanque
100
20 gramas = 0,02 quilograma
A dosagem por área é a quantidade de produto comercial por unidade de área dada em:
• Kg/ha
• L/ha
• g/ha
• ml/ha
Atenção!!!
Precaução!!!
Alerta ecológico
1. Evite que o agrotóxico atinja o solo, nascentes, rios e outras fontes de água.
A sequência para o preparo da calda no incorporador pode variar de acordo com a marca
e modelo do turbopulverizador, porém o princípio da operação é semelhante para todos.
Atenção!!
É recomendado o enxágue final das embalagens com água para limpeza após a lavagem sob
pressão com calda. Neste caso, siga as instruções que se encontram no manual do operador.
Este método pode ser realizado por outra pessoa treinada, chamado de preparador de
calda, enquanto o operador está aplicando, o que reduz o tempo de abastecimento e diminui
os riscos para o operador, uma vez que ele não precisará vestir e retirar os EPIs a cada
abastecimento.
No sistema de calda pronta, o preparo da calda é feito no caminhão ou carreta que acompanha
o pulverizador, enquanto este está aplicando. Sendo assim, o tempo de reabastecimento é
reduzido, o que aumenta a capacidade operacional.
A aplicação do agrotóxico é uma das operações mais onerosas e arriscadas do ciclo produtivo.
A sua realização de forma correta e segura está relacionada com a segurança do trabalhador,
com o meio ambiente e com a eficácia do agrotóxico.
Para que a pulverização seja realizada de forma correta e segura, alguns cuidados devem
ser tomados antes, durante e depois da aplicação.
No momento de iniciar a aplicação deve-se levar em conta alguns fatores que irão afetar o
êxito do processo. Dentre os mais importantes citam-se:
A velocidade do vento deve estar entre 3 e 12 km/h, a umidade relativa superior a 50% e a
temperatura deve estar abaixo de 35ºC.
• Possibilidade de chuva;
A aplicação deve ocorrer preferencialmente nas primeiras horas da manhã ou no final da tarde.
Durante a aplicação o operador deve estar atento a todos os itens do trator, do pulverizador
e do ambiente a sua volta.
Precaução!!!
3. Todo e qualquer tipo de inspeção ou manutenção deve ser feita com a máquina
parada em local seguro, com o motor do trator desligado.
Ao final da aplicação deve-se atentar para alguns cuidados tanto com o pulverizador, quanto
com o operador.
a) Caso sobre calda no tanque pulverizador, acrescente água 10 vezes em relação ao volume
da sobra e aplique nas áreas marginais da lavoura.
b) No final da aplicação, coloque água limpa no tanque (50% da capacidade), retire os bicos
e os filtros em local adequado e funcione o equipamento até esgotar toda a água, a fim
de limpar o circuito de defensivo.
Alerta ecológico!!!
Essa operação deve ser realizada em locais onde não haja riscos de contaminação
para pessoas, solos, animais, fontes de água, residências, etc.
d) Limpe o filtro de sucção, os filtros dos bicos e as pontas de pulverização utilizando água
limpa, detergente neutro e uma escova com cerdas de náilon.
Precaução!!!
Precaução!!!
Uma vez finalizados os cuidados com o turbopulverizador, retire os EPIs, tome um banho
com água e sabão e vista roupas limpas.
Esta cartilha teve o propósito de levar ao operador conceitos técnicos e práticos sobre
operação do turbopulverizador, permitindo-lhe que realize a aplicação com segurança e
qualidade, utilizando todos os recursos da máquina, aumentando o rendimento operacional
e reduzindo riscos de contaminação.
Com a constante evolução das tecnologias nas máquinas, melhorias no processo produtivo
e novas exigências legais, fazem-se necessários aprimoramento e atualização contínuos
dos operadores.
Quanto maior o conhecimento sobre a atividade que está sendo realizada, maiores serão
os resultados obtidos.
Capacitação
31.12.76 O programa deve abranger partes teórica e prática, com o seguinte conteúdo mínimo:
c) como, por quem e em que circunstâncias pode ser removida uma proteção;
d) o que fazer se uma proteção é danificada ou perde sua função, deixando de garantir uma
segurança adequada;
b) identificação das fontes geradoras dos riscos à integridade física e à saúde do trabalhador;
g) sinalização de segurança;
31.12.78 A parte prática da capacitação pode ser realizada na máquina que o trabalhador irá
operar e deve ter carga horária mínima de doze horas, ser supervisionada e documentada.
31.12.80 Deve ser realizada capacitação para reciclagem do trabalhador sempre que
ocorrerem modificações significativas nas instalações e na operação de máquinas e
implementos ou troca de métodos, processos e organização do trabalho.