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APICULTURA -
PRODUTOS
AGROINDUSTRIAIS
COMO FORMA DE
AGREGAÇÃO DE
VALOR
APICULTURA -
PRODUTOS
AGROINDUSTRIAIS COMO
FORMA DE AGREGAÇÃO
DE VALOR
SUPERVISÃO GERAL
Jair Kaczinski
Chefe da Divisão Técnica do SENAR-AR/SP
RESPONSÁVEL TÉCNICO
Teodoro Miranda Neto
Chefe Adjunto da Divisão Técnica do SENAR-AR/SP
AUTORES
Ana Carolina Vargas de Mello Pelegrini
Heloisa Helena Favara
Celso Ribeiro Cavalcante de Souza
COLABORADOR
Centro de Pesquisa da Qualidade da Cachaça – UNESP/ARARAQUARA
REVISÃO GRAMATICAL
André Pomorski Lorente
DIAGRAMAÇÃO
Felipe Prado Bifulco
Diagramador do SENAR-AR/SP
Direitos Autorais: é proibida a reprodução total ou parcial desta cartilha, e por qualquer processo, sem a
expressa e prévia autorização do SENAR-AR/SP.
VII - BIBLIOGRAFIA........................................................................................................................................ 45
O
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL - SENAR-AR/SP, criado em 23
de dezembro de 1991, pela Lei n° 8.315, e regulamentado em 10 de junho de 1992,
como Entidade de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, teve
a Administração Regional do Estado de São Paulo criada em 21 de maio de 1993.
Acreditamos que esta cartilha, além de ser um recurso de fundamental importância para os
trabalhadores e produtores, será também, sem sombra de dúvida, um importante instrumento
para o sucesso da aprendizagem a que se propõe esta Instituição.
Naquela época, as abelhas já assumiam tanta importância para o homem que eram
consideradas sagradas para muitas civilizações. Com isso várias lendas e cultos surgiram a
respeito desses insetos. Com o tempo, elas também passaram a assumir grande importância
econômica e a ser consideradas símbolo de poder para reis, rainhas, papas, cardeais,
duques, condes e príncipes, fazendo parte de brasões, cetros, coroas, moedas, mantos
reais, entre outros.
No Brasil, a apicultura teve seu início em 1839 com a chegada das abelhas europeias do
gênero Apis melífera, trazidas por imigrantes portugueses. Das 100 colmeias trazidas pelos
imigrantes, só sete sobreviveram e se multiplicaram, dando origem à apicultura brasileira.
Com o objetivo de melhorar a comercialização de seus produtos com maior valor agregado,
torna-se necessário que o apicultor adote melhorias na tecnologia de produção, na
capacitação técnica e no gerenciamento de sua produção.
Kg/Colmeia/Ano 15 32 31 30 a 35 50 a 100
1º China 367.219
2ª Turquia 82.003
3ª Argentina 81.000
4ª Ucrânia 74.000
5ª EUA 65.000
6ª Índia 65.000
7ª Rússia 53.598
8ª Etiópia 42.000
9ª Brasil 38.764
10ª Canadá 29.387
Fonte: Embrapa
Cadeia de Apicultura:
Apiário
Casa do mel
Entreposto
Consumidor
4. VISÃO DE FUTURO
A apicultura brasileira pode passar a ser muito competitiva no mercado nacional e internacional
(exportação) por ter um produto de excelente qualidade e um grande potencial agrícola,
basta somente avançar na aplicação de tecnologia de produção e investir no profissionalismo
de seus apicultores.
O mercado apícola nacional está bastante atrativo, principalmente pelo Programa Nacional
de Alimentação Escolar (PNAE), que tem viabilizado a compra de mel para a merenda
escolar, beneficiando centenas de apicultores.
1.2. Gestão
No mercado as exigências são cada vez maiores com relação à garantia da qualidade de
qualquer produto a ser consumido e comercializado, sendo a cadeia de produtos alimentícios
uma das mais exigentes. Isto posto, a rastreabilidade não pode ser considerada um entrave
ou apenas uma exigência, mas sim uma ferramenta fundamental e indispensável para atingir
e atender o mercado de produtos apícolas.
Vantagens da rastreabilidade:
- “Auditoria – A concessão do selo SisOrg é feita por uma certificadora pública ou privada
credenciada no Ministério da Agricultura. O organismo de avaliação da conformidade
obedece a procedimentos e critérios reconhecidos internacionalmente, além dos requisitos
técnicos estabelecidos pela legislação brasileira.”
- “Controle Social na Venda Direta (OCS) – A legislação brasileira abriu uma exceção na
obrigatoriedade de certificação dos produtos orgânicos para a agricultura familiar. Exige-
se, porém, o credenciamento numa organização de controle social cadastrado em órgão
fiscalizador oficial. Com isso, os agricultores familiares passam a fazer parte do Cadastro
Nacional de Produtores Orgânicos.”
1.5. Tipificação
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define o mel como uma substância açucarada
obtida a partir do néctar das plantas ou que se encontre sobre elas, a qual as abelhas
trabalham, transformam e combinam com matérias específicas, depositando depois nos
favos da colmeia.
2.1.1. Sache
2.1.3. Favo
Produto em que o mel ainda está inserido em seu depósito natural, construído em cera de
abelhas, com sabor maravilhoso.
Composto de mel é um produto natural elaborado com mel puro de abelhas e algum extrato.
Extratos mais utilizados para composição do mel composto são: própolis, agrião, guaco,
poejo e gengibre.
2.1.8. Cosméticos
É um produto altamente proteico, rico em vitaminas e sais minerais. Atualmente tem ocupado
importante papel na apicultura como fonte de renda do apicultor.
2.2.3. Cosméticos
2.3. Própolis
A própolis é uma substância resinosa que as abelhas colhem dos brotos, botões e cascas
de árvores.
O aspecto da própolis varia conforme a florada, a região e o clima. Sua cor comumente vai
do verde ao preto (podendo ter características avermelhadas, esbranquiçadas, entre outras),
com sabor característico, amargo e perfumado.
2.3.1. Extrato
2.3.2. Cápsula
2.3.4. Spray
2.3.5. Cosméticos
A geleia real é uma secreção de glândulas específicas das abelhas operárias, ou seja, um
leite denso, cremoso, com sabor ácido, doce e picante.
2.4.4. Cosméticos
É uma substância oleosa, graxa, secretada pelas glândulas cerígenas das abelhas
operárias e sintetizada pela redução de açúcares. Apresenta cores diversas e é
insolúvel em água.
2.5.4. Velas
2.5.5. Artesanato
2.6. Aptoxina
2.6.1. Pomadas
É certo que tais enxames não podem permanecer ou mesmo serem criados em área
urbana; desta forma, a remoção deve ser providenciada por pessoa qualificada, ou seja,
os apicultores. Os enxames devem ser removidos com total segurança e alocados em
criadouros apropriados.
A polinização realizada por abelhas é uma das melhores alternativas para o aumento da
produtividade de várias culturas, além de contribuir na preservação de áreas nativas.
Polinização
Aumento na
Nome Comum Nome científico
produtividade (%)
Abóbora Curcubitamaxima 76,9
Café Coffeaarabica 39,2
Cebola Allium cepa 89,3
Maçã Pirus malus (Wealthy) 75,0
Maçã Pirus malus (Jonathan) 94,4
Pêssego Pirus persica 94,0
Laranja Citussinensis (Hamlin) 36,3
Laranja Citussinensis (Natal) 15,5
Fonte: Plantas visitadas por abelhas e polinização – USP/ESALQ - 2003
Visitar o Apiário e conhecer o processo produtivo do sistema apícola é uma forma de agregar
valor. Além de conhecer todo o processo produtivo, os turistas aprendem sobre as atividades
das abelhas e experimentam os produtos produzidos por elas. No final passam pelo ponto
de vendas, onde podem adquirir diversos produtos.
2.7.4. ApiterapiaFoto
Apiterapia é uma modalidade da medicina alternativa que usa os produtos da abelha para
fins terapêuticos em seres humanos e animais. No mundo, são muitos os países que fazem
ATENÇÃO!!!
A apiterapia deve ser exercida por profissionais habilitados e registrados no CRT
(Conselho Regional de Terapia)
• Individualmente - produtor rural pessoa física, produtor rural pessoa jurídica - MEI, EI,
EIRELI
É um modelo de organização em que o produtor rural não precisa constituir uma personalidade
jurídica para comercializar o seu produto, sendo necessária apenas a emissão de nota de
produtor rural (NPR).
I – a agricultura;
II – a pecuária;
Todo produtor rural paulista, desde 1º de julho de 2007, está obrigado a ter sua inscrição no
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), em substituição à Declaração Cadastral de
Produtor (DECAP), para comercializar sua produção (determinação embasada na Instrução
Normativa 568 de 08/09/2005). Importante saber que, mesmo inscrito no Cadastro Nacional
de Pessoa Jurídica, o produtor rural não perde a condição de pessoa física, mantendo a
mesma tributação, ou seja, 2,3% recolhidos ao Instituto Nacional de Seguridade Social –
INSS e, por ocasião da declaração do Imposto de Renda, o referido imposto nos limites
da legislação tributária. Atentando ainda para o fato de que a Nota Fiscal é que justifica a
origem do dinheiro do produtor, além de trazer outros benefícios.
O apicultor pode optar por abrir uma empresa pessoa jurídica ampliando o mix de produtos
(além do previsto na lei 8.023/1990 – V) e o canal de comercialização.
É um modelo de organização em que se constitui uma pessoa jurídica com fins específicos.
Neste modelo de organização o faturamento máximo permitido é de R$60.000,00 ao ano,
sendo permitida a contratação de apenas um (1) funcionário registrado. Esta modalidade
empresarial poderá ser utilizada pelo produtor no caso deste desejar beneficiar seus produtos,
uma vez que com a atividade de beneficiamento perde-se a condição de produtor rural.
ATENÇÃO!!!
A atividade rural (Lei 8.023/1990) não se enquadra como MEI segundo Anexo XIII da
Resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011.
Uma única pessoa física constitui a empresa cujo nome empresarial deve ser composto
pelo nome civil do proprietário, completo ou abreviado, podendo aditar ao nome civil uma
atividade do seu negócio ou um apelido. Um empresário individual atua sem separação
jurídica entre os seus bens pessoais e seus negócios, ou seja, não vigora o princípio da
separação do patrimônio. O proprietário responde de forma ilimitada pelas dívidas contraídas
no exercício da sua atividade perante os seus credores com todos os bens pessoais que
integram o seu patrimônio (casas, automóveis, terrenos etc.) e os do seu cônjuge (se for
casado num regime de comunhão de bens).
É uma natureza jurídica criada por lei em julho de 2010 e que pode ser constituída desde
o dia 9 de janeiro de 2012. Ela possibilita a solução de vários problemas atuais, como a
situação de responsabilidade ilimitada do empresário individual e a formação de sociedades
limitadas com a participação de sócios, tais como filho(a), mulher ou marido, ou terceiros
com um percentual mínimo, somente para atender o requisito de se ter um segundo sócio.
A EIRELI deve ter um titular, pessoa física maior de 18 anos (ou menor emancipado),
brasileiro ou estrangeiro, e capital mínimo de 100 vezes o maior salário-mínimo do País
(totalmente integralizado), sendo a responsabilidade do titular limitada ao valor do capital. O
titular pessoa física não poderá ter mais de uma EIRELI. A administração deve ser exercida
por uma ou mais pessoas, podendo o administrador ser o próprio titular ou não.
1.4.1. Microempresa (ME) – Lei 123/06 – receita bruta anual até R$ 360.000,00
1.4.2. Empresa de Pequeno Porte (EPP) – Lei 123/06 – receita bruta anual de R$ 360.000,01
até R$ 3.600.000,00
ATENÇÃO!!!
O apicultor deverá procurar um contador para esses trâmites e controles
empresariais.
São formas de organização em que, no mínimo, duas (2) pessoas ou empresas são
proprietárias do mesmo negócio. A principal vantagem em se organizar coletivamente está
na somatória de esforços para atingir objetivos comuns que beneficiem a todos, como por
exemplo:
• compra de insumos e;
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Administração Regional do Estado de São Paulo 23
• venda de produtos.
2.1. Sociedade
Uma sociedade caracteriza-se quando duas ou mais pessoas unem-se a fim de organizar
uma empresa para dela desfrutar de seu exercício e assumir suas responsabilidades, através
de um contrato social.
É caracterizada pela formação de uma pessoa jurídica apenas para o esforço de profissionais
desempenharem melhor suas funções, temos como exemplo escritórios de consultoria
agronômica, escritórios de advocacia, entre outros.
Caracteriza-se pela união de empresários que ao contrário da sociedade simples tem como
objetivo exercer uma atividade econômica organizada, constituindo elemento de empresa.
Temos como exemplos de sociedade empresária grupos de empresários rurais que reúnem
esforços e investimentos para a produção agrícola, industrialização e comercialização de
seus produtos. As formas de como devem se constituir são:
Tipo de sociedade formada por duas pessoas ou mais e restrito às pessoas físicas, podendo
ser empresário individual ou não. Não é permitido que uma pessoa jurídica participe do
quadro societário das empresas inclusas neste tipo de sociedade.
Esta sociedade pode explorar atividade econômica, comercial ou civil, na qual os sócios
respondem solidária e ilimitadamente perante terceiros. Ainda assim, os sócios podem
estipular uma limitação de responsabilidades, por meio de cláusulas contratuais ou aditivo
assinado por todos, no entanto sem validade perante terceiros. Em caso da existência de
dívidas que o capital da empresa não possa saldar com sua liquidação completa, ou em caso
de os sócios não poderem arcar com suas dívidas e obrigações sociais, os bens particulares
dos sócios podem ser atingidos.
A sociedade limitada é mais indicada a pequenos empresários pelo fato de que deixa a
responsabilidade dos sócios limitada ao valor do capital social e o patrimônio pessoal dos
sócios não é atingido, caso a sociedade contraia dívidas que ultrapassem o valor constante
do contrato social. Sua simplificada forma de sua constituição (ao contrário da estrutura
complexa das sociedades por ações) faz a sociedade limitada tornar-se a mais comum
Sociedade anônima é a empresa que tem o capital dividido em ações formada por no
mínimo sete sócios, e suas responsabilidades como sócios ou acionistas será limitada ao
preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas, sendo que estas dividem-se em dois
tipos de capital, o capital aberto em que o capital representado pelas ações é dividido entre
muitos e indeterminados acionistas e essas ações são negociadas nas bolsas de valores
ou no mercado de balcão, e o capital fechado em que o capital, representado pelas ações,
é dividido entre poucos acionistas e essas ações não podem ser negociadas.
2.2. Associação
Segundo o Código Civil (artigos 53 a 61), associação é a união de pessoas que se organizam
para fins NÃO econômicos. Essas pessoas se organizam por possuírem interesses comuns
que podem ser de ordem política, econômica ou social. É regida por um Estatuto Social,
elaborado segundo a legislação vigente e aprovado de comum acordo com seus fundadores.
ATENÇÃO!!!
As associações, por não terem fins econômicos, gozam de imunidade tributária,
isto é, são isentas de impostos (com exceção de encargos trabalhistas no caso de
ter funcionários, quando se aplica a CLT), porém devem ser observados os fins não
econômicos, ou seja, todos os recursos oriundos de comercialização de produtos e
serviços deverão ser aplicados integralmente na atividade fim.
É um modelo de organização coletiva, com fins lucrativos, formada por pelo menos 3
cooperativas singulares. O objetivo da cooperativa central é organizar em maior escala os
serviços das cooperativas filiadas, facilitando a utilização dos serviços.
ATENÇÃO!!!
O produtor tem participação no resultado de uma cooperativa, proporcionalmente
às suas operações com esta; já vendendo para entreposto particular o mesmo não
acontece.
Independentemente da forma de organização adotada pelo produtor rural, as
atividades podem ser desenvolvidas de diversas formas, as quais podem demandar
diferentes tipos de relacionamento entre as organizações.
Até o presente momento, foi falado das possibilidades de se agregar valor ao produto
primário no sentido de melhorar os preços recebidos pelo apicultor; todavia, antes de tomar
qualquer decisão de investimento, o apicultor deverá avaliar a viabilidade do negócio, que é
o resultado da análise de um conjunto de informações relacionadas ao investimento inicial,
ao mercado e às condições econômico-financeiras necessárias à produção.
Um estudo realizado pelo IBGE em 2010 mostrou que em média 50% das empresas abertas
fecham antes de completar três (3) anos de idade e 24% encerram as atividades logo no
primeiro ano.
Para minimizar os riscos inerentes aos negócios, o apicultor deverá realizar uma análise
minuciosa do empreendimento conhecida como Plano de Negócios, em que poderá avaliar
seus pontos fortes e fracos, bem como as oportunidades e ameaças que encontrar no
entorno do negócio.
ATENÇÃO!!!
Para ajudar a elaborar o Plano de Negócios, o apicultor poderá realizar o Programa
Empresário Rural do SENAR-AR/SP e/ou procurar o SEBRAE/SP para atendimento
nessa área.
Para ajudar na realização do Plano de Negócio, é bom que o apicultor tenha alguns
conhecimentos básicos.
Onde:
• COE - Custo Operacional Efetivo: pode ser entendido como os gastos com recursos
de produção que exigem desembolso (pagamento em dinheiro). Exemplo: compra de
cera, alimento das abelhas, combustível, serviços, impostos e outros desembolsados.
• COT - Custo Operacional Total: engloba o COE, a mão de obra familiar, a manutenção
e conservação de máquinas, equipamentos e benfeitorias, e as depreciações.
A grande maioria dos apicultores não contabiliza em suas anotações de custo de produção
o seu tempo de trabalho dedicado à atividade.
1.2. Depreciação
Geralmente o produtor rural preocupa-se com o preço e “deixa de lado” os custos. Lembramos
que o preço é formado pelo mercado, uma variável externa e pelo custo, um elemento interno
em que o produtor rural pode interferir e controlar.
Por exemplo, se a sua empresa tem uma lucratividade de 8%, isso significa que, de cada
R$ 100,00 vendidos, R$ 8,00 “sobram” sob a forma de lucro, depois de pagas todas as
despesas e os impostos.
Município: Olímpia-SP
Especificações Resultados
Especificações Resultados
Especificações Resultados
Especificações Resultados
Com o exemplo acima se demonstra que agregar valor certamente é algo positivo.
O mel vendido tal como é extraído da colmeia tem pouco valor agregado em comparação
ao produto vendido fracionado. Ao processá-lo, vai se agregando valor ao mel, porém este
raciocínio não é suficiente para analisar o produto final comercializado, há de se levar em
consideração o custo dessa agregação e da comercialização.
No exemplo citado, a produtora faz parte de uma associação de apicultores que terceiriza
em conjunto o beneficiamento do mel, uma vez que em muitos casos o custo é menor do
que o beneficiamento em estrutura própria.
As linhas de crédito podem ser obtidas nos bancos e cooperativas integrantes do Sistema
Nacional de Crédito Rural. Podem ser pleiteadas como pessoa física ou jurídica.
ATENÇÃO!!!
O Manual de Crédito Rural pode ser visualizado no seguinte endereço eletrônico:
http://www3.bcb.gov.br/mcr/
Existem no mercado diferentes linhas de crédito disponíveis, entre elas o crédito específico
ao meio rural, o crédito empresarial e o crédito para pessoa física.
O Crédito Rural abrange recursos que podem ser alocados no custeio, no investimento ou
na comercialização.
a) O agricultor familiar deve avaliar o projeto que pretende desenvolver. Os projetos devem
gerar renda aos agricultores familiares e assentados da reforma agrária. Podem ser
destinados para o custeio da safra, para atividade agroindustrial, seja para investimento
em máquinas, equipamentos ou infraestrutura.
ATENÇÃO!!!
A renda bruta anual dos agricultores familiares deve ser de até R$ 360 mil.
b) Após a decisão do que financiar, o produtor rural deve procurar o sindicato rural ou uma
empresa de ATER para obtenção da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP).
c) Em seguida o produtor rural deve procurar a empresa de ATER do município para elaborar
o Projeto Técnico de Financiamento.
d) O projeto deve ser encaminhado para análise de crédito e aprovação do agente financeiro.
Com o Projeto Técnico, deve-se negociar o financiamento junto ao agente financeiro.
e) Aprovado o Projeto Técnico, o produtor rural está apto a acessar o recurso e começar
a implementar o projeto.
ATENÇÃO!!!
O agricultor deve estar com o CPF regularizado e livre de dívidas.
Limite do financiamento: projetos individuais de até R$ 150 mil e coletivos de até R$ 750
mil.
Pode ser solicitado por pessoas físicas enquadradas como agricultores familiares do
Pronaf; empreendimentos familiares rurais definidos no Manual de Crédito Rural (MCR)
que apresentem Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) Pessoa Jurídica válida para a
agroindústria familiar; cooperativas, singulares ou centrais, ou associações da agricultura
familiar.
ATENÇÃO!!!
Verifique os requisitos necessários para as cooperativas quanto ao número de
participantes e à produção a ser beneficiada, processada ou comercializada no
projeto.
Limite do financiamento
- Pessoa física - até R$ 150 mil por beneficiário, aplicável a uma ou mais operações.
- Empreendimento familiar rural - até R$ 300 mil, por sócio relacionado na DAP.
- Até 15% do valor do financiamento de cada unidade agroindustrial pode ser aplicado na
unidade central de apoio gerencial, no caso de projetos de agroindústrias em rede ou
no caso de agroindústrias isoladas, para pagamento de serviços como contabilidade,
desenvolvimento de produtos, controle de qualidade, assistência técnica gerencial e
financeira.
Taxa de juros
- Produtores rurais, pessoas físicas, que possuam Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP)
válida;
Limite do financiamento
- Produtor Rural Pessoa Física: até R$ 12 mil por beneficiário, em cada safra;
- Empreendimento Familiar Rural (pessoa jurídica): até R$ 210 mil, por safra, observado
o limite individual de R$ 12 mil por sócio;
- Associações: até R$ 4 milhões, por safra, observado o limite individual de R$ 12 mil por
associado;
- Cooperativa Central: até R$ 30 milhões, por safra, para cooperativas com, no mínimo,
duas singulares filiadas.
- Produtores Rurais, pessoa física, com renda agropecuária anual de até R$ 800.000,00,
que deverá representar no mínimo 50% do total de sua renda bruta anual.
ATENÇÃO!!!
Verifique os requisitos para efeito de enquadramento no FEAP/BANAGRO sobre o
cálculo de renda bruta agropecuária anual (http://www.agricultura.sp.gov.br/quem-
somos/feap-credito-e-seguro-rural/183-feap-linhas-de-financiamento)
- Produtores Rurais cadastrados como pessoas jurídicas, com renda bruta anual de até
R$ 2.400.000,00.
Garantia: de, no mínimo, 100% do valor financiado, podendo ser constituída de penhor,
hipoteca, fiança, aval e/ou outras formas de garantia reais.
ATENÇÃO!!!
CRITÉRIOS PARA CONCESSÃO DE MAIS DE UM FINANCIAMENTO:
Para os produtores rurais, pessoa física, serão concedidos mais de um
financiamento, para o mesmo tomador, desde que a somatória dos valores
financiados dos contratos, “em ser”, acrescida do financiamento solicitado, não
ultrapasse o valor de R$ 600.000,00.
Itens Financiáveis:
Beneficiários: produtores rurais organizados como pessoa jurídica, bem como cooperativas
e associações, enquadrados como beneficiários do FEAP/BANAGRO;
Limite do financiamento: até R$ 500.000,00 para o produtor rural organizado como pessoa
jurídica e até R$ 800.000,00 para cooperativas e associações de produtores rurais;
- Não detenha, a qualquer título, inclusive sob a forma de arrendamento, área de terra
superior a 15 módulos fiscais;
Limite do financiamento: Individual: até R$ 48 mil; coletivo até R$ 240 mil, respeitado o
teto individual.
Taxa de Juros: Taxa efetiva de juros de até 8% ao ano, equalizado pelo Tesouro Nacional.
ATENÇÃO!!!
As normas e procedimentos do RIISPOA, do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA), encontram-se em processo de atualização.
Registro do Estabelecimento
1. PRIMEIRAS PROVIDÊNCIAS
Todas as empresas que dependem de edificações para o seu funcionamento devem pedir
a aprovação do terreno antes de iniciar qualquer atividade.
ATENÇÃO!!!
Após a inspeção e aprovação, você receberá um Laudo de Inspeção de Terreno e
deverá, a seguir, elaborar um projeto detalhado.
A área do terreno deve ser compatível com as instalações, prevendo-se futuras expansões.
É recomendado um afastamento de 10 (dez) metros dos limites das vias públicas ou outras
divisas, salvo quando se tratar de estabelecimentos já construídos, que tenham condições
fáceis de entrada e saída e circulação interna de veículos.
ATENÇÃO!!!
Os pátios e vias de acesso devem ser pavimentados e urbanizados, evitando a
formação de poeira e facilitando o escoamento das águas. As demais áreas deverão
receber jardinagem completa.
4. INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS
O complexo industrial deve ser compatível com a capacidade de produção, de acordo com
a classificação do estabelecimento.
5. PROJETO
• Cópia do CNPJ;
• Licença Ambiental;
• Análises da água.
• Termo de compromisso;
• Plantas: Situação - escala 1/500, Baixa - escala 1/100 ou 1/50, Fachadas - escala 1/50,
Cortes - escala1/50, Coberta - escala 1/50, Hidro sanitária - escala 1/100, Elétrica - escala
1/100, Detalhes de equipamentos - escala 1/100;
6. DA CONSTRUÇÃO
Durante o desenrolar das obras, o Serviço de Inspeção fará várias visitas para vistoriar os
trabalhos de construção. Nenhuma alteração poderá ser procedida no projeto aprovado
previamente, sem a devida consulta ao órgão fiscalizador.
Após o término das obras, em conformidade com o projeto aprovado, o órgão emitirá um
laudo de inspeção final, o número de registro (E.R.), cabendo ao proprietário providenciar
a seguir a idealização, confecção e o registro dos rótulos dos produtos.
Site: http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/consultarLegislacao.
do?operacao=visualizar&id=7916
http://www2.aptaregional.sp.gov.br/artigo.php?id_artigo=998
http://www.portaldoempreendedor.gov.br/empresario-individual/me-microempresa-epp-
empresa-de-pequeno-porte
http://www.eumed.net/cursecon/ecolat/br/06/pbb.htm
http://www.agricultura.gov.br/animal/mercado-interno/requisitos-sanitarios
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/C%C3%A1lculo-da-lucratividade-do-
seu-neg%C3%B3cio