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Excelência
Operacional
com Lean
Manufacturing
2020
Exemplo 2 de retenção:
1. Checklist de liberação:
Auditar o recebimento do material do processo anterior,
acompanhar o setup da máquina e garantir que todos os parâmetros
foram ajustados corretamente para entregarmos o produto conforme
especificação técnica. (Página 45)
2. Controle de Qualidade & Retenção da Produção:
Um checklist de pontos críticos que devem ser avaliados durante
o processo produtivo, com uma determinada frequência a fim de
garantir que não ocorreu variações maiores que os limites das
especificações. (Página 46)
3. Retenção:
As amostras coletadas e validadas durante o processo produtivo
devem ser armazenadas por um determinado período (conforme a
garantia que cada empresa fornece), como histórico de produção,
para eventuais análises, melhorias ou estudos de causa raiz.
(Página 47)
4. Padrão de Trabalho:
Todos os documentos acima, são descritos e padronizados para
que os colaboradores executem a atividade da mesma forma,
garantindo o atingimento do resultado esperado. (Página 48)
É importante lembrar que inspeção NÃO É qualidade na fonte e
sim um custo operacional para a empresa que os clientes nem
sempre estão dispostos a pagar. Qualidade na fonte, portanto,
é uma sistemática que envolve o operador ter as ferramentas e
comprometimento para garantir aquilo que faz (Processos +
Treinamentos).
Explicado o que é Qualidade na fonte, vamos entender agora o
conceito de Loop da Qualidade, que consiste em garantirmos a
qualidade do que executamos em um determinado processo,
enviando apenas peças boas ao processo seguinte, onde este novo
processo deve auditar o que está recebendo para não agregar valor
em peças não conformes, criando assim um sistema que se
autoavalia para evitar o envio de falhas/defeitos para o cliente final.
Para ilustrar e explicar de maneira mais clara, vamos observar o
diagrama abaixo com um exemplo real:
1º Loop de detecção da anomalia:
Extrusão (EXT) - Auditando a MP que está recebendo, analisando
o que está produzindo e garantindo a qualidade na fonte.
2º Loop de detecção da anomalia:
Impressão (IMP) - Auditando a EXT, analisando o que está
produzindo e garantindo a qualidade na fonte.
3º Loop de detecção da anomalia:
Rebobinadeira (REB) - Auditando a IMP + EXT, analisando o que
está produzindo e garantindo a qualidade na fonte.
4º Loop de detecção da anomalia:
Corte e Solda (C&S) - Auditando a REB + IMP + EXT, analisando
o que está produzindo e garantindo a qualidade na fonte.
5º Loop de detecção da anomalia:
Auditoria de produto, avaliação da conformidade do item, após
produção, através da tabela NQA (amostragem).
• Auditar o processo anterior
Checklist de Liberação, analisando pontos críticos do processo
anterior que afetam a qualidade do processo em execução desde a
primeira peça.
• Analisar o que está produzindo
Checklist de Qualidade e Retenção da Produção, análise com
frequência pré-determinada e realizada pela própria produção em
cima de características críticas do processo em execução.
Portanto existe uma ligação, uma relação direta entre Qualidade
na Fonte & Loop da Qualidade, onde um completa o outro em um
ciclo que visa garantirmos 100% de conformidade no fornecimento
de produtos aos nossos clientes internos e, por sua vez, ao cliente
externo, assim como a satisfação deles em relação à qualidade dos
nossos serviços prestados, como:
• Qualidade do Produto
• OTIF - On Time In Full (Entrega no Prazo e na Quantidade
Solicitada Pelo Cliente)
• Assistência Técnica (Pós vendas, com ações preventivas e de
acompanhamento junto ao cliente)
• Desenvolvimento de Produtos
Lembrando que todo o processo de Qualidade na Fonte se
repete dentro de cada Loop da Qualidade, olhando sempre para
o processo anterior e trabalhando para garantir a qualidade do
que está sendo executado, se tornando um ciclo virtuoso.
Cadeia de Ajuda
Primeiramente é importante estarmos alinhados ao conceito de
Qualidade na Fonte que, conforme abordado em outro capítulo, é
um processo que está diretamente ligado ao pilar do Jidoka no Lean
e se trata de darmos aos colaboradores do chão de fábrica e/ou às
maquinas e equipamentos, as ferramentas necessárias para que
eles possam garantir a execução do serviço conforme as
especificações, deixando de gerar peças não conformes desde o
setup até a última peça produzida.
Este processo precisa ser prático, pois deve ser executado com
uma equipe multidisciplinar no “Gemba”, ou seja, no local onde
ocorreu a NC, para que todos os participantes possam visualizar as
potenciais falhas e gerar ideias para atingir o resultado do ECR
(descobrir a causa da NC).
E como funciona este processo?
1. Após o recebimento da reclamação do cliente, é necessário
levantar as evidências do processo, como retenções, OP,
carta de controle, checklist de liberação, padrões, etc,
nos registros que cada empresa mantém arquivados.
2. Deve ser acionada uma equipe multidisciplinar para
atuação na NC apontada pelo cliente, por exemplo,
uma equipe formada por colaboradores de áreas como
Qualidade, Engenharia de Produto, Manutenção,
Produção, Planejamento, entre outras, onde se avalie o
que é necessário para a condução do estudo (Brainstorming).
Obs.: não é necessário chamar todas as áreas, mas apenas
as que serão impactantes para o estudo.