O REAL

PRODUCT
OWNER
+50 dicas práticas para
dominar o dia a dia da
gestão de produtos

Daiany Corrêa
Rafael Targino
O REAL PRODUCT OWNER
Daiany Corrêa e Rafael Targino
1a Edição publicada em outubro de 2021

© 2021 #mentoriaProduto
 INTRODUÇÃO
Existe um papel que deve cuidar de um produto. E isso é fato!

E por cuidar do produto queremos dizer pensar em tudo o que o rodeia, desde a sua
criação até a escala, levando em consideração todas as pessoas, sistemas e processos
para gerar valor para o negócio e encantar clientes.

O Scrum veio nos anos 2000 e começou a difundir o papel do Product Owner. A
transformação digital veio e começou a transformar tudo em produto. E assim o circo
estava armado...

Com o tempo vieram outras nomenclaturas. Gerente de Produto/Product Manager ganhou

força com a expansão além do Scrum e o incremento das atribuições para o papel.

Confusões foram armadas. Discussões sem fins foram feitas. Hierarquias foram montadas.
No final, você não deveria se preocupar tanto com o "nome" ou "cargo", mas sim com a
disciplina de gestão de produtos e suas responsabilidades. Por que?

O Brasil é muito diverso e somos relativamente novos nessa coisa de gerenciar produtos.
Das startups as multinacionais, das empresas do interior as organizações da metrópole.
Estamos todos aprendendo juntos a chegar no melhor cenário.

Então se você está começando, não se apegue tanto ao nome do papel e sim no que a
empresa está te pedindo de competências e entregáveis. Continue estudando, e
praticando modelos, técnicas e ferramentas no seu dia a dia e se adapte sempre!

Existem muitas novas nomenclaturas, mas não é algo que nos apegamos muito nesse
ebook. Endentemos que existe um papel que deve cuidar de um produto e você pode
executar esse papel tendo o cargo de PO, PM, APM, TPM, etc.

Adotamos aqui a nomenclatura do PO ou Product Owner como responsável por lidar com
toda a disciplina de gestão de produtos. Fique a vontade para mudar o nome para outro
mais adequado a sua realidade e até mesmo dividir em dois papéis.

O mais importante é que o Real Product Owner equilibra sua rotina entre interações e
influências, além dos processos contínuos que acontecem para gerar valor. Portanto, você
verá que o real está longe de ser um PO que só prioriza o backlog e olha para o "tático".
Assim como é ilusório acreditar que ele "só faz discovery".

É por esse motivo que trouxemos nossas melhores dicas para você não cair nessas
armadilhas. Dicas que usamos no nosso dia a dia. De POs para POs!

Daiany Corrêa e Rafael Targino

Outubro de 2021
MENSAGEM DOS
AUTORES
Nos conhecemos no final de 2019 pelo convite do
Antonio Muniz e Analia Irigoyen para
participarmos como co-organizadores e co-autores
do Livro Jornada Ágil de Produtos.

Depois de muitas madrugadas escrevendo e

revisando capítulos a química estava formada e
surgiu a ideia de fazermos um workshop juntos.

O primeiro workshop foi um sucesso e de lá pra cá

estamos firmes e fortes rodando um processo de
formação em gestão de produtos que inclui
Workshop de PO, Mentoria para preparação para
certificação PSPO e Mentoria no dia a dia da gestão
de produtos que muito nos orgulha.

São mais de 200 alunos impactados e dezenas de

feedbacks positivos de autêntica transformação em
nossos alunos.

Toda essa vivência ajudando pessoas desde aqueles

em transição de carreira aos que já estão tocando
estratégias em suas empresas, ascendeu a chama
de querer ajudar mais e mais.

Da repercussão positiva dos conteúdos frequentes

no Instagram veio a ideia. Por que não organizar,
estruturar e colocar em uma sequência lógica todo
esse conteúdo? Daí surgiu o ebook.

É uma grande alegria esse primeiro lançamento.

Sabemos que não está perfeito e que precisa de
alguns ajustes. Mas como bons PO sabemos a
importância de colocar na rua e coletar feedbacks.

Estamos ansiosos para saber a sua opinião.

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Dúvidas existem (e sempre haverão de existir).
Como gerenciar o produto? Como criar e
estruturar um time de produtos? Como
entender o problema? Como garantir que a

A GESTÃO DE PRODUTOS
solução vai entregar valor?

De forma simples, podemos atribuir a

disciplina de gestão de produtos como a
área de conhecimento que agrega todas as
teorias, práticas e ferramentas para criar e
manter produtos.

E por produtos iremos dar foco nos produtos

digitais, pelas suas particularidades de
criação, manutenção, mas principalmente,
evolução.

Como qualquer ativo digital, ele pode ser

moldado e evoluído de diferentes formas.

E é justamente por isso que precisamos de

alguém cuidando para que tendo tantas
possibilidades, a empresa faça boas
escolhas.

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 ANTES DE COMEÇAR...
AFINAL, É PO OU PM?
Mesmo não sendo consenso, quebrar o papel do PO e do PM (Product Manager) em
tático/operacional x estratégico está presente em muitas organizações.
O principal motivo dessa quebra é a complexidade de alguns produtos e tamanho do negócio que ele
atende, além da cultura da empresa e em como ela avalia e direciona a gestão de produtos. Então é
comum um PO priorizar e gerenciar os requisitos, cuidar do dia a dia com o time, e o PM se atentar mais a
questões de mercado, concorrência, pensando mais na estratégia para alcançar a visão de produto.
Vamos entender a origem e expectativas com esses papeis?

Product Owner Product Manager

Origem
O PO (Product Owner) é um papel do
Scrum e tem como principal
responsabilidade gerenciar o Product
Backlog e maximizar o valor entregue.
Para o Scrum, não há outros papéis
envolvidos na gestão de produtos. O
PO é "soberano".
Origem
O papel de gerente de produto sempre
existiu para o caso de produtos físicos,
sendo estudado na engenharia de
produção. Com o advento dos produtos
digitais, a nomenclatura foi adotada
também neste contexto.

O que se espera do PO/PM quando há essa quebra de papéis na organização?

Visão interna voltada para a entrega Visão estratégica

O PO tem um papel mais tático- O PM tem uma visão ampla (360º).

operacional, olhando para dentro. Ele
deve, de acordo com a estratégia da
empresa, levantar as necessidades de
negócio e produto junto com clientes e
stakeholders, planejar e priorizar o
product backlog baseado em fatos e
dados. Atua diretamente no dia a dia do
time de desenvolvimento.
Busca sempre alinhar a estratégia do
produto a estratégia do negócio. É
muito focado nas métricas do produto e
do negócio, interage e analisa o
comportamento de clientes, estuda
concorrentes e precisa estar sempre
atento as mudanças e novidades do
mercado.

Perceba que para gerenciar produtos as duas funções precisam ser feitas e a realidade que
encontramos é POs que atuam como PMs mas que não possuem esse cargo, PO e PM juntos se
ajudando nas funções ou apenas o PM que executa os dois papéis, afinal é preciso pensar em
estratégia assim como é preciso gerenciar e priorizar o backlog. É por isso que independente do
seu papel atual, o que será mostrado a seguir se aplica a qualquer um desses cenários.

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INTERAÇÕES, INFLUÊNCIAS
E INTERFERÊNCIAS
O papel do PO tem TUDO a ver com pessoas!

Construir produtos tem TUDO a ver com pessoas e conexões, seja aquelas que usam
seu produto, dependem, influenciam ou têm interesse nele, todas possuem
expectativas que precisam ser ouvidas e gerenciadas. Por isso, investir tempo em
inteligência emocional e negociação é essencial para o sucesso nessa área.
Precisamos interagir, lidar com interferências e influências o tempo todo, então de que
forma isso acontece no dia a dia?

Interações
Com quem mais trabalhamos? Outros POs e PMs, times de desenvolvimento, negócio,
times de suporte, UX, times de data analytics, e claro, nosso usuário.

O que fazer: Para construir e sustentar um produto, muitas áreas e pessoas diferentes
são necessárias, por isso é tão importante desenvolver habilidades de: comunicação,
negociação e escuta ativa, já que o PO é quem faz o elo entre todas elas!

Influências

Quem não gosta de conversar, alinhar, persuadir e convencer pessoas terá muita
dificuldade de participar do jogo de influências positivas que ocorrem em um
ecossistema de produto.

Nesse jogo, o PO influencia e é influenciado de dentro e por fora da organização.

Como pode influenciar outras áreas:

Contribuir com o clima e engajamento dos times de desenvolvimento;
Usar fatos e dados para discutir com stakeholders e priorizar ou despriorizar
algo;
Definir, planejar e orientar a execução da estratégia definida pela empresa
Trazer insigths dos usuários, mercado, tendências, dados para UX na criação de
novas experiências

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INTERAÇÕES, INFLUÊNCIAS
E INTERFERÊNCIAS

Como pode ser Influenciado Como pode ser influenciado

(Internamente): (externamente):
Metas, KRs e objetivos da Mercado
companhia Economia
Estratégias da empresa que se Política
relacionam com o seu produto Perfil de consumo dos clientes
Dependências técnicas e Concorrentes (diretos e
conexões com outros produtos indiretos)
da cadeia de valor
Necessidades do negócio e dos
usuários
Estrutura organizacional

Interferências

Interferências sempre vão ocorrer e podem nos tirar do trilho. As interferências podem
ser coisas simples sobre a mudança de um layout na tela ou coisas mais difíceis de
engolir como a priorização sem sentido de uma determinada feature.

Um Alerta: é preciso ter cuidado ao interpretar uma "ajuda" ou contribuição sincera

como "interferência"...

Apoiar, ajudar ou assumir em certas situações, um papel ou atividade que na teoria

"não são do PO " é algo comum, assim como o inverso também pode acontecer.
Avalie se a "interferência" que você está tendo não é uma ajuda que você também
faria se estivesse na posição contrária.

O que fazer: É difícil aceitar uma interferência, principalmente quando ela ocorre
pelos motivos errados. Nessa hora é preciso ter calma, resiliência e usar todo o
arsenal de argumentação e negociação que você tiver.

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 O PO E O SEU PAPEL
NAS REUNIÕES SCRUM
As reuniões do Scrum existem por vários motivos: criar
regularidade e transparência durante o desenvolvimento,
realizar constantemente inspeção e adaptação no que está
sendo desenvolvido, além de garantir o alinhamento e
engajamento do time em torno da entrega de valor ao cliente.

A não participação do PO nas cerimônias traz riscos como:

desalinhamento, falta de clareza e envolvimento de todos os
membros do time.

#1 Tudo Começa na Planning

Como responsável pelo product backlog, a reunião de planejamento é
onde o PO apresenta e detalha todas as histórias de usuários priorizadas
para o time e explica os objetivos a serem alcançados.

Esse é o momento para realizar o refinamento das histórias de usuários

e esclarecer todas as dúvidas do time, para que eles tenham condições
de definir as tarefas, o "como" cada funcionalidade será construída e
estimarem esforço e tempo de entrega dos itens adicionados à sprint.

#2 Daily Meeting
A reunião diária é uma reunião com timebox de 15 minutos e de fato não
deve ser uma reunião de status report para PO, mas sim de alinhamento
sobre as atividades entre os desenvolvedores.

Apesar de não previsto no Scrum Guide, muitos POs gostam de participar

desta reunião para ficar por dentro do andamento do delivery e poder
contribuir no pós-daily, respondendo dúvidas do time, dando sugestões e
fazendo o refinamento de histórias de usuários se necessário. Nós
achamos isso 10!

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 O PO E O SEU PAPEL
NAS REUNIÕES SCRUM
#3 Sprint Review
A participação do PO nessa reunião é de extremamente importante. É
nela que os desenvolvedores irão apresentar o que foi desenvolvido, e o
PO por sua vez fará a avaliação através dos critérios de aceite descritos
nas histórias de usuários, de forma que se dê o processo de inspeção e
adaptação.

As histórias desenvolvidas podem ser validadas, assim como novas

histórias podem surgir a partir dos insights gerados.

#4 Sprint Retrospective
Diferente da reunião de revisão onde o time Scrum avalia o que foi
desenvolvido, na reunião de retrospectiva o time e o PO avaliam "os
meios" utilizados para chegar ao final da sprint.

São avaliados questões comportamentais do time durante a sprint, os

relacionamentos, a comunicação, os processos e as ferramentas, e é
assim que o time cria um plano de ação para evolução e melhoria
contínua.

O QUE FOI BOM E O QUE O QUE NÃO FOI

DEVEMOS DEVEMOS LEGAL E
CONTINUAR COMEÇAR A DEVEMOS PARAR
FAZENDO? FAZER? DE FAZER?

Independente da metodologia ágil utilizada, o sucesso do produto

está diretamente ligado ao nível de envolvimento, clareza e
alinhamento de todos os membros do time.

A DICA É: Entenda o valor e as vantagens de promover e participar

das cerimônias junto ao time e se planeje para que esses momentos
estejam presentes em sua rotina.

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O PO NO DISCOVERY
A palavra que não sai da boca dos produteiros é "Discovery", e é uma
preocupação real de sempre fazer um ótimo trabalho de descoberta e
refinamento. Porém, não é incomum ver os mesmos produteiros "pecando" com
coisas básicas, como por exemplo não envolver o time de desenvolvimento nas
etapas de Discovery e descobrir só no final que a ideia não é viável, por isso
separamos algumas dicas para não escorregar nesse processo tão importante.
(mais detalhes sobre o ciclo de vida de produtos em https://mentoriaproduto.com.br/ciclodevida)

1 - Primeiro, onde você 2 - Validar, Validar e Validar!

quer chegar?
O risco de criar algo que ninguém irá usar ou
Não comece sem um OBJETIVO claro! que não irá gerar valor algum para o negócio
é REAAAL! Garanta que você encontrará as
O início para o Discovery deve ser sempre respostas para:
ter a clareza sobre qual o real objetivo e qual O cliente irá comprar ou escolher essa
problema você espera resolver com o novo solução?
produto/funcionalidade. O cliente entenderá e saberá como
utilizar?
Temos a capacidade técnica para
3 - Envolva o time de
construir?
tecnologia A solução vai gerar valor para o negócio?
O time de tecnologia não é "responsável"
pelo Product Discovery, mas devem sim
participar dessa etapa. 5 - O que você tem em
mãos, certezas ou
Além de estar dentro do contexto do produto
desde o início, eles irão agregar ideias e hipóteses?
visões diferentes, e assim antecipar a
Discovery é ferramenta para
mitigação de risco!
eliminar/diminuir/mitigar riscos.

4 - Discovery sem envolver Se está claro o problema que precisa ser

o cliente não é Discovery
Aliás, são os problemas dele que você quer
resolver, não é mesmo?
Pois bem... o cliente deve estar inserido de
fato nesse processo de descoberta, criação e
validação. Ah, lembrando que você e seus
stakeholders não contam como clientes
nesse caso!
resolvido, você já possui dados relevantes e
suficientes para comprovar o valor da
iniciativa, os riscos estão claros e mitigados
ou até o esforço de desenvolver é menor que
o da descoberta, você não precisa de
Discovery. Pode ir direto para o Delivery!
#boradesenvolver e experimentar.

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O PO NO DELIVERY
Se engana quem pensa que PO só faz discovery de
produto. O papel vai muito além, sendo necessário uma
interação intensa no dia a dia do time.

#1 Contar as Histórias
Um PO deve ser um bom contador de histórias. Ele vai contar para o time como
aquela nova feature vai facilitar a vida daquele usuário, ou irá gerar um resultado
positivo para o negócio. Você pode usar o formato de História de Usuário ou
qualquer outro para começar, mas é fundamental que você se comunique com o
time, discuta e promova a colaboração.

#2 Participar das Cerimônias do Time

Estar presente nas cerimônias do time faz total diferença. Nas dailys por
exemplo, além de ficar por dentro do andamento do delivery, é o momento onde
podemos esclarecer as dúvidas do time e alinhar sobre o que está sendo
desenvolvido. Mas como é uma reunião dos Devs para os Devs, a ideia é apoiar
apenas se for necessário.

#3 Estar disponível para o Time. Sempre!

Um bom PO participa do dia a dia do time. Ele está próximo e disponível para
tirar quaisquer dúvidas. Essa atitude, com o tempo, desenvolve uma espécie de
6o sentido em alguns POs. Eles conseguem perceber possíveis causas de mal
entendidos e atuar preventivamente para minimizar impactos e riscos.

#4 Preparar os Requisitos para as próximas Sprints

Enquanto o time mete a mão na massa nas histórias da sprint atual, o PO
sempre está um passo a frente, refinando, analisando, escrevendo e preparando
os próximos itens que irão gerar as conversas futuras.

#5 Comunicar e Alinhar Stakeholders

Devemos garantir que os stakeholders estejam alinhados quanto ao andamento
do Delivery. É muito produtivo elaborar um mapa de "poder x interesse" dos
seus stakeholders. Dessa forma fica mais fácil organizar e gerir a comunicação
sem deixar ninguém de fora!
(mais detalhes em https://mentoriaproduto.com.br/stakeholders)

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O PO NA HOMOLOGAÇÃO
A homologação de um produto é o processo de controle de
qualidade do que foi desenvolvido e realizado antes do lançamento
para o cliente final.

É nessa etapa onde validamos o funcionamento do produto,

garantindo que tudo está funcionando como deveria ANTES DE
SUBIR EM PRODUÇÃO!

Por que fazer?

Uma boa homologação garante que o que foi executado está como
foi planejado. Se não estiver, permite que o time corrija antes que
o produto chegue nas mãos do cliente.

Dessa forma, aumentamos a confiabilidade e qualidade do que

está sendo lançado.

Etapas da Homologação
Homologação Interna Homologação Integrada Homologação Final
O que irá subir em Projeto, feature ou Rodada de validação
produção é somente do iniciativa que possuam do produto juntamente
seu time (uma nova +1 time envolvido e com o cliente e/ou
funcionalidade por vocês é necessário a stakeholders. Também
exemplo) e que não colaboração entre POs, podem ser feitos testes
depende de outros Devs e QAs para validar assistidos em
produtos, então você, o fluxo 360° e garantir produção para prevenir
Devs e QA puxam os que todas as pontas erros de ambiente e
testes internamente. unitárias e cross são minimizar impactos.
atendidas (passando por
todos os produtos
envolvidos).

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O PO NA HOMOLOGAÇÃO
Mas é o PO que deve homologar o produto?
Em algumas empresas existe o papel do QA (analista de
qualidade), que é o responsável por criar cenários de testes,
validar o produto, sua performance e resultados.

Já em outras empresas, como pequenas startups, o controle de

qualidade dos produtos/features é distribuído entre os membros do
time...
O PONTO É QUE O PO É UMA DAS PESSOAS QUE MAIS
CONHECEM DO PRODUTO E DO VALOR QUE ELE DEVE
GERAR. PORTANTO,SEJA JUNTAMENTE COM O QA OU
CONDUZINDO DE FORMA AUTÔNOMA COM OS TIMES,
TEMOS A RESPONSABILIDADE DE GARANTIR QUE O
PRODUTO SEJA TESTADO E VALIDADO ANTES DE SER
OFICIALMENTE LANÇADO AO CLIENTE!

Etapas da Homologação
#1 Fazer o mapeamento de todos os possíveis cenários e quais são os resultados
esperados
ex: Botão "adicionar na sacola". Resultado esperado: Ao clicar no botão, o item deve ser
incluído na sacola de compras.

#2 Para produtos cross-times, deixar claro a esteira de testes (etapas do processo) e o

que cada time tem como responsabilidade de validar em cada etapa.

#3 Registrar os Resultados esperados vs Resultados obtidos.

Ao executar a ação, aconteceu de fato o que era esperado?

#4 EVIDENCIAR TUDO!
Deixar registrado os prints das telas, o número dos pedidos de venda utilizados durante
os testes etc... As evidências serão importantes para que o time tenha registro do que
deu e o que não deu certo, para a partir disso estabelecer o plano de ação para
correção ou melhoria.

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O PO NA OPERAÇÃO
Depois de desenvolvido e homologado, é hora de lançar e
colocar o produto no ar. E depois de colocar no ar, vem o
acompanhamento do dia a dia da operação.

#1 Estruturar o Lançamento do Produto/Feature

Algumas atividades antecedem o lançamento do produto/feature e o PO precisa
ter tudo isso muito bem planejado: plano de comunicação e marketing, quem
serão os primeiros usuários a utilizar o novo produto/feature e o cronograma de
piloto/rollout.

#2 Acompanhar a Performance do Produto

Essa é a hora de colher feedbacks dos usuários e acompanhar as métricas do
novo produto/feature.

As métricas de produto são medidas quantificáveis que têm como objetivo

analisar o desempenho do produto em relação a um ou vários aspectos:
A estratégia do produto está no caminho certo?
Estamos conseguindo atingir os objetivos de negócio?
Estamos crescendo?
Os usuários estão utilizando o produto?
Os usuários estão felizes com o produto?
Estamos conseguindo fidelizar e reter nossos usuários?

(mais detalhes em https://mentoriaproduto.com.br/metricas)

#3 Monitorar a Satisfação dos Clientes

Tudo que foi lançado, realmente eliminou dores dos clientes e entregou valor de
verdade? As hipóteses que foram feitas anteriormente foram confirmadas? Esse
é o momento de validar a satisfação do usuário e gerar novos insigths para
evolução do produto.

#4 Engajar Usuários
Quando você observa e acompanha os seus usuários para entender o que está
funcionando e como você pode engaja-los cada vez mais no uso do seu produto,
eliminando objeções e formando hábitos de uso.

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O PO NA OPERAÇÃO
BUG EM PRODUÇÃO
Por melhor que seja o seu produto e seu time de
desenvolvimento, bugs sempre vão existir. O ponto é como
podemos ajudar estando no papel de pessoa de produto?

01. Entender o problema e

os impactos
O PO contribui identificando em qual etapa do fluxo do
produto o problema está ocorrendo, qual o tamanho e
quais são os usuários e áreas impactadas.

02. Gestão do Caos

O PO deve fazer a gestão do caos, "blindando" o time de
tecnologia para que eles tenham FOCO e resolvam o
problema no menor tempo possível.

03. Comunicar
Comunicar as áreas envolvidas sobre o problema e os
impactos gerados para os clientes e para o negócio,
além de mantê-los atualizados conforme o time de
tecnologia avança na tratativa da solução.

E depois de resolvido?
Com os Clientes:
Ser transparente na comunicação sobre o problema e pedir desculpas pelos
transtornos causados. Ressarcir o cliente (se for o caso) ou oferecer algum
benefício adicional.

Com o Time e Áreas de Negócio:

Identificar e documentar as causas do problema, o real impacto gerado durante
o incidente e o que foi feito para a correção paliativa e/ou definitiva, mantendo
sempre as áreas de negócio informadas e atualizadas.

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6 PERRENGUES QUE
TODO PO JÁ PASSOU
(OU VAI PASSAR)
Antes de finalizarmos, vai um recado - mesmo estando preparados,
perrengues e imprevistos vão acontecer, até listamos alguns aqui para
adiantar o que pode estar por vir, mas nada que com leveza não se resolva
não é?! Alguma desses já aconteceu com você?

#1 Explicar que "não é só incluir um botão"

#2 Esquecer de algum critério de aceite e só

lembrar na Review com o time
#3 Esquecer de fazer a apresentação (ppt) e só
lembrar 10 minutos antes da reunião

#4 Na hora de testar a nova feature com o

cliente, nada funciona (lei de murphy ne?!)
#5 Ficar horas tentando convencer o
stakeholder que a ideia dele não irá gerá valor
(mesmo mostrando fatos e dados)
#6 Ver o roadmap priorizado ir por água abaixo
com o top-down da área de negócio
O que fazer quando chega esses momentos? Por em ação nossas
SOFT SKILLS!
1) SINCERIDADE: Ser sincero com você mesmo e aceitar que você não
é perfeito e nem deveria tentar ser!
2) ADAPTABILIDADE: no mundo VUCA em que vivemos, quem não se
adapta não sobrevive, entenda que imprevistos vão acontecer...

3) INTELIGÊNICA EMOCIONAL: Trabalhe sua inteligência emocional para

AGIR e não REAGIR em situações em que somos pegos de surpresa,
que exigem paciência para explicar os porquês dos porquês, negociar,
priorizar, oficializar, pedir ajuda e ajudar, responder da forma correta, no
tom correto, de forma que as pessoas entendam sua mensagem.
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“O bom profissional de
produto sabe tirar o
melhor de cada técnica
e ferramenta e adaptar
para um modelo que
atenda melhor a
realidade do seu
produto ou negócio”.

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