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Accountability
A evolução da responsabilidade pessoal - o caminho da execução eficaz
Joao Cordeiro • Editora Évora © 2013 • 152 páginas

Desenvolvimento Pessoal / Accountability

Ideias Fundamentais
• A Accountability pessoal é composta por três elementos: proatividade, mão única e humildade.
• A Accountability pode ser experimentada em diversos níveis. O mais recomendado é o nível V, em que a
responsabilidade é assumida em cerca de 80%.
• O ciclo de vítima traz a ausência de responsabilização, por isso deve ser evitado já que é prejudicial para o
alcance da solução dos problemas.
• A Cultura da Transparência prioriza o enfrentamento saudável dos problemas, fazendo com que sejam
oportunidades de aprendizado.
• A felicidade e o bem-estar estão intimamente associados à Accountability.

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Recomendação
Neste livro, o autor João Cordeiro explica como funciona o modo de vida Accountability, que significa, de
modo prático, assumir a responsabilidade. Líderes de qualquer setor podem se beneficiar dessa leitura para
estimular as suas equipes a desenvolver mais adequadamente o senso de reponsabilidade e prestação de
contas. Além do ambiente corporativo, essa leitura serve a qualquer pessoa que deseja atingir a melhor
performance nos diversos setores da vida.

Resumo

A Accountability pessoal é composta por três elementos: proatividade, mão única e


humildade.

“Accountability” é um termo em inglês que pode ser entendido como uma espécie de virtude moral. É uma
forma de viver que se destina a praticar o bem. O grande filósofo Aristóteles já afirmava que ninguém nasce
pronto, os comportamentos são aprendidos e que por essa razão o que se conhece como virtude moral é
adquirida ao longo da vida.

“A Accountability talvez não seja garantia de alto saldo bancário, mas nunca encontrei
uma pessoa bem-sucedida que não seja Accountable em todos os aspectos de sua vida.”

A Accountability pessoal é uma competência que pode ser adquirida por quem quiser, para que essa pessoa
assuma as responsabilidades sem fugir, sem criar desculpas e para gerar bons resultados. Quem deseja se
tornar Accountable, ou seja, alguém pronto para assumir responsabilidades, também se tornará um gestor
melhor, pai e filho melhor, enfim, se tornará um ser humano mais desenvolvido, porque aprenderá a parar
de culpar os outros por responsabilidades e resultados que são seus. Essa pessoa se tornará alguém com um
nível de consciência mais aprimorado. Os três elementos da Accountability são:

• Proatividade – Significa assumir a responsabilidade e não esperar receber algum comando para agir.
Nesse sentido, a passividade é o antônimo da proatividade.
• Mão única – Tem a ver com a iniciativa para prestar contas. Uma pessoa Accountable não espera que
haja uma cobrança para prestar contas das suas responsabilidades, ao contrário, ela toma a iniciativa.
• Humildade – É uma característica essencial das pessoas Accountable, pois os outros dois elementos
não são exercidos se não houver humildade.

A Accountability pode ser experimentada em diversos níveis. O mais recomendado é


o nível V, em que a responsabilidade é assumida em cerca de 80%.

A responsabilidade pessoal é reduzida quando há a perspectiva de que outras pessoas também possam estar
buscando solução para uma determinada situação. Por exemplo, quanto mais pessoas forem co-responsáveis
sob algo, mais suscetível será a falta de cuidados e atenção. Para que isso não ocorra, é preciso que haja uma
liderança capaz de gerir essas questões, e esse líder precisa assumir características inerentes a uma pessoa
Accountable.

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“Quanto maior o número de pessoas envolvidas em qualquer situação, mais diluída fica a
responsabilidade individual.”

Antes de se aprofundar nos níveis da Accountability, é importante entender que entre esse termo e respon-
sabilidade há uma certa diferença. Responsabilidade tem a ver com o compromisso inicialmente assumido.
É você aceitar dar conta de algo. A Accountability, por sua vez, representa o compromisso final. É propria-
mente o dar conta do recado. Outra diferença que pode ser pontuada é que a responsabilidade adquirida é
algo externo, enquanto a Accountability é interna. Nesse sentido, os cuidados da mãe com o seu filho é uma
característica interna, enquanto que os cuidados de outra pessoa, por exemplo, são externos, por precisar de
instruções por escrito, muitas vezes. Com isso em mente, podemos considerar que as pessoas Accountable
atuam em seis níveis:

• Nível I – Encaixam-se nesse grupo as pessoas que assumem apenas 10% das oportunidades e deixam
os 90% restantes por conta das circunstâncias. Exemplo de pessoas que agem assim são as crianças
mimadas e os adultos que não possuem bom convívio social.
• Nível II – É composto por pessoas que assumem 20% das responsabilidades e deixam o restante por
conta das circunstâncias. Geralmente estão nesse grupo os adolescentes problemáticos, adultos imaturos
ou pessoas com problemas mais graves como o Transtorno de Personalidade Narcisista.
• Nível III – Essas pessoas assumem 40% da responsabilidade e deixam o restante por conta das circuns-
tâncias. Os adultos comuns se enquadram nesse nível que varia de acordo com a instrução.
• Nível IV – São os que deixam 40% por conta das circunstâncias e assumem 60% da responsabilidade.
• Nível V – Esse é o grupo de pessoas que se enquadra como pessoas Accountable. Elas assumem 80%
das responsabilidades e atribuem o restante às oportunidades fracassadas ou às responsabilidades que
foram recusadas. Todos podem se encaixar nesse nível, basta se dedicarem.
• Nível VI – É o nível máximo de Accountability. Esse grupo de pessoas assume 100% das responsabilida-
des e não atribuem as possíveis falhas a nenhuma circunstância.

Apesar de o nível VI abranger os super-Accountables, ele não é indicado porque possui alta carga de
estresse. Nesse nível, as pessoas se cobram mais, de forma sobre-humanas, o que torna esse nível exagerado
e às vezes cruel. Por isso, o nível V pode ser considerado o nível mais saudável de Accountability, podendo
ser exercido por todas as pessoas.

O ciclo de vítima traz a ausência de responsabilização, por isso deve ser evitado já
que é prejudicial para o alcance da solução dos problemas.

O objetivo de incentivar o comportamento Accountable é fazer com que a prática de dar desculpas seja
percebida e amenizada, pois, é um comportamento destrutivo. Apesar de ser comum, dar desculpas é
um comportamento que pode e deve ser controlado. Para isso, é preciso entender como ocorre o ciclo de
vítima: A pessoa resiste a críticas, geralmente cruzando os braços, apertando os lábios ou demonstrando de
algum modo que se sente mal por estar ouvindo aquilo. Em vez de ouvir, ela se preocupa em mostrar que foi
mal interpretada.

“Colocar a culpa nos outros é um dos mecanismos de defesa emocional e moral que todo
ser humano desenvolve.”

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A pessoa que tem esse comportamento de forma não controlada não consegue escutar ativamente, porque
fica todo o tempo buscando argumentos que contrariem a crítica recebida. A pessoa que permite evidenciar
o ciclo de vítima geralmente se atenta mais com a forma como a crítica é feita, do que com o conteúdo. Por
fim, ela aponta os culpados. Elas também demonstram sentir-se insignificantes, impotentes, incapacita-
das, assumindo um comportamento passivo, sem propor soluções ou alternativas, delegando isso a outra
pessoa.

Esse ciclo precisa ser observado para que seja quebrado e não gere efeitos destrutivos. Para isso, é crucial
aprender a não transferir as responsabilidades pelos possíveis fracassos para os outros, mas sim assumi-las.
A transferência da responsabilidade enseja um falso alívio, porque a pessoa se imagina livre daquela atribui-
ção ainda que temporariamente.

A Cultura da Transparência prioriza o enfrentamento saudável dos problemas,


fazendo com que sejam oportunidades de aprendizado. 

Numa cultura transparente algumas características são perceptíveis nos comportamentos individuais e
coletivos, tais como a simplicidade, a franqueza e a humildade. Também compõem a cultura da Trans-
parência o desprendimento em vez do apego, a comparação saudável em vez da comparação imatura, e a
gratidão. Quando se fala em comparação saudável, a atenção é voltada para o interior, não uma compara-
ção externa, de uma pessoa com a outra, mas sim da pessoa para a própria pessoa, em que ela avalia a sua
própria evolução.

“O comportamento de apontar falhas é percebido por todos como uma grande


oportunidade de aprendizado e não como um momento de humilhação.”

Outra característica percebida é a do enfrentamento saudável, em que as pessoas se posicionam de forma a


não concordar com tudo, mostrando os seus pontos de divergência. Essa característica é muito importante
para que uma cultura transparente se desenvolva, porque quando a concordância vem de forma apenas
aparente, não gera efeito prático e, portanto, não gera resultado. Para que seja implantada a Cultura da
Transparência, é preciso que cinco desafios sejam observados:

• Quantidade de colaboradores – Havendo muitos colaboradores, surge a necessidade de líderes


ou palestrantes internos que atuem no sentido de compartilhar a cultura da empresa ou a mudança de
cultura que a empresa visa aplicar.
• Dispersão ou concentração dos colaboradores – Quanto maior a dispersão dos funcionários,
maior a dificuldade de aplicar mudanças culturais. Uma empresa multinacional, por exemplo, presente
em vários países diferentes, acaba tendo mais dificuldade para mudar a sua cultura, porque essa cultura
também varia de um lugar para outro.
• Número de players no mercado – Empresas que não possuem muita concorrência são mais acomo-
dadas e, por isso, não costumam ser facilmente suscetíveis a mudanças na sua performance.
• Tempo de existência da empresa – Geralmente as empresas mais antigas costumam ser mais resis-
tentes a mudanças porque são mais conservadoras. Claro que há exceções, mas são poucas.
• Ambição por aprimorar-se – Como a mudança cultural de uma empresa sempre exige muito
esforço, é mais comum que empresas que possuem sucesso em seus negócios não queiram aplicar

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mudanças na sua performance. Por isso, é importante que a gestão tenha uma ambição focada, pois
mesmo com uma situação favorável, está disposta a aprimorar a sua cultura.

A felicidade e o bem-estar estão intimamente associados à Accountability.

No documentário Happy, de Roko Belic, são apontados alguns fatores responsáveis pela felicidade, em
que 10% correspondem às circunstâncias como remuneração, cargo, idade, posses, pessoas com as quais
se mantém relações; 40% corresponde àquilo em que se pode interferir, como o pensamento, diálogos e
expressões que se escolhe usar com as pessoas; e 50% corresponde aos fatores genéticos que interferem na
felicidade. O modo de vida Accountable é um grande estimulador da felicidade, pois é um modelo que incen-
tiva as pessoas a terem comportamentos construtivos e faz com que elas entendam que são as responsáveis
pelo próprio humor e estado de espírito, por meio das decisões pequenas que elas tomam cotidianamente.

“Felicidade é uma forma poderosa de produtividade, as pessoas felizes se relacionam


melhor, comunicam-se melhor e produzem mais.”

O modo de vida Accountable é um modo de ver a vida de forma positiva que interfere diretamente em como
lidamos com as emoções negativas, fazendo com que elas perdurem ou não. A Accountability favorece a resi-
liência e pode melhorar a forma de ver a vida após sofrer algo ruim, por exemplo, pois estimula a adaptação
e a flexibilidade necessárias para a superação. Uma pessoa Accountable possui compaixão, empatia, e, por
isso, ela é tolerante. São comportamentos como esses que abrem espaço para a felicidade.

Sobre o autor
Formado em Psicologia, o coach João Cordeiro é especialista em Marketing e em Administração, além de
ter feito diversos cursos no exterior. É palestrante e escritor de Desculpability.

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