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TRABALHO DE GRADUAÇÃO II
IMPACTOS DO ATENDIMENTO AO CLIENTE PARA A CREDIBILIDADE E O
DESENVOLVIMENTO DO NEGÓCIO
PRAIA GRANDE
2019
LUDMILLA COSTA GARCIA
MARCIO DE SOUZA ARAUJO LEMOS
TATIANA RIBEIRO
TRABALHO DE GRADUAÇÃO II
IMPACTOS DO ATENDIMENTO AO CLIENTE PARA A CREDIBILIDADE E O
DESENVOLVIMENTO DO NEGÓCIO
PRAIA GRANDE
2019
RESUMO
More than competitive price and quality product or service, customers are
looking for customer service experiences. This research aims to present studies of
quality of customer service and the fair effects in business. In this way, analyze how
they are impacted in building credibility and business development. The hypotheses
of solution raised for the improvement of organizational results resulted in an
analytical work through the metrics, research and light of studies of the area.
1. INTRODUÇÃO 6
3. Expectativa do Cliente 10
5.1 Qualidade 16
8. CONCLUSÃO 27
5. REFERÊNCIAS 28
1. INTRODUÇÃO
Portanto, fica claro que as raízes etimológicas da palavra estão ligadas à semântica
atual, explicitado através do caráter protetor por parte do antigo patrono, hoje
substituído para advogado, tabelião, ou procurador como nas definições 1 e 2, em
suma, alguém que defenda e ou/proteja os clientes.
No que se refere a origem da palavra ‘consumidor’, sua etimologia também vem da
língua latina, é uma palavra derivada do verbo Consumere, que significa comer,
desgastar, desperdiçar. Afim de seguir a fidedignidade semântica atual através da
descrição da mesma fonte, o dicionário Michaelis define consumidor como aquele
que consome; aquele que compra produtos ou serviços para seu próprio gasto (ou
de sua família); comprador, cliente, freguês.
Pode-se identificar o uso da palavra cliente na definição de significado de
consumidor, subentendendo-se que ambas sejam sinônimas. Esta confusão
semântica pode levar algumas organizações a cometerem falhas que as levam ao
fracasso. Para pormenorizar esta afirmação, Almeida descreve uma história a partir
de fatos reais que ilustra as consequências de cometer este erro:
Cachorro é cliente?
Imagine a seguinte situação: Por não saber disso, uma empresa produtora
de ração para animais se deu muito mal. Foi lançada no mercado uma nova
ração que tinha tudo para ser um verdadeiro “boom”. Logo no lançamento,
as vendas extrapolaram, em volume, as expectativas mais otimistas.
Entretanto, após alguns meses, o produto começou a “encalhar”. Ninguém
conseguia entender nada. A mídia fora muito bem-feita; foram gastos
milhões de dólares em publicidade... O preço estava muito competitivo, e
isso agradava muito aos donos dos cachorros... A marca do fabricante era
conhecida e bem-aceita. O produto continha bons e novos nutrientes; era
tecnicamente muito bom. Isso agradava aos veterinários, que
recomendavam o produto aos seus clientes. Enfim, esse novo produto tinha
tudo para se consolidar como o novo líder do mercado. E por que isso não
aconteceu? Muito simples. A empresa perguntou a todos os segmentos de
clientes envolvidos nesse processo o que eles queriam: o dono do cachorro
queria preço; o veterinário, um produto eficaz quanto ao aspecto nutritivo; os
distribuidores e lojas especializadas queriam boas condições de preço e
prazo para comercializar o produto. Tudo isso foi dado. Todos estavam
satisfeitos, exceto o “totó”, que rejeitava a ração, pois o sabor não era de
seu agrado. Resultado: um fracasso total.
(ALMEIDA, Sérgio. 2001).
Com isso, a diferença está clara e pode-se entender que a palavra ‘cliente’
contemporaneamente está vinculada a uma simpatia com determinada organização
e/ou marca, é aquele que tem o hábito de sempre comprar, é fiel. Por outro lado, o
consumidor é aquele que consome o produto, mas não necessariamente é um
cliente.
CONSUMIDOR CLIENTE
Entra em contato com um grande número de Preza pelo bom atendimento dos profissionais
empresas, a fim de encontrar o preço mais da empresa.
viável.
Dificilmente faz repetidas compras em uma Considera as indicações de pessoas próximas.
mesma organização.
Evita cadastros de e-mail ou em newsletters. Cadastra-se em e-mails e newsletter
Atraído por promoções. Interação com os canais de comunicação da
organização.
Sem relacionamento com a empresa Formador de opinião.
Não se importa com as estratégias de Precisa de atenção.
marketing.
Não gasta muito tempo para planejar a Atenta-se às estratégias de marketing.
compra.
Compra por impulso. Repetidas compras, fiel à empresa.
Envia sugestões
Fonte: https://www.ibccoaching.com.br/portal/entenda-diferenca-entre-cliente-e-consumidor/
Por meio de uma rápida análise na tabela acima, percebe-se que um consumidor
pode se transformar em um cliente se a estratégia utilizada convencê-lo
positivamente. Inclusive, contribuindo para o um bom marketing boca-a-boca e
consequente crescimento da organização.
3. EXPECTATIVA DO CLIENTE
Uma vez que o consumidor foi atraído pela estratégia de marketing
direcionada a este público e saiu plenamente satisfeito, este alcançará o patamar de
cliente, foi conquistado. E partir de agora será necessário mantê-lo, de acordo com
BROWN (2001) “Para serem bem-sucedidas as organizações precisarão entender
melhor o que os clientes querem”.
Entender e ouvir os clientes, poderá direcionar com eficácia os esforços de
atendimento às expectativas, favorecendo a fidelização do cliente e consolidação da
marca. Assim, GREENBERG (2001) reforça que cada vez que um consumidor
procura uma empresa, ele chegará com alguma expectativa.
O grande problema é definir estratégias que contemplem um conjunto tão
heterogêneo em expectativas, mesmo dentro de um público-alvo selecionado. O
parâmetro para satisfação do cliente depende do que ele percebe em relação ao
desempenho do produto em comparação com suas expectativas.
Se esse desempenho não corresponder às expectativas do cliente, o mesmo
ficará insatisfeito, na situação inversa, ele ficará satisfeito. E, se o produto exceder
as expectativas, a organização atingiu seu objetivo de maneira triunfante: o cliente
ficará altamente satisfeito.
As empresas consideradas como referência em marketing se desdobram para
manter seus clientes importantes satisfeitos. Muitos estudos mostram que níveis
mais altos de satisfação do cliente levam a maior lealdade por parte dele, o que, por
sua vez, resulta em melhor desempenho da empresa. Empresas inteligentes têm
como objetivo encantar o cliente prometendo somente aquilo que podem oferecer e
entregando mais do que Ciclo
prometem. Clientes
Virtuoso encantados
do Atendimento ao não apenas repetem as
cliente
compras como também se tornam “evangelizadores de clientes” que contam aos
outros suas boas experiências com o produto.
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Fonte: Livro - Atendimento ao Cliente - Novos cenários, velhos desafios, Profº Dr. Victor Aguiar.
Estes cinco fatores confluem para responder a pergunta: O que eu desejo como
cliente?. Ou seja, para concluir estes cinco fatores, sem minimizar a complexidade
de cada um deles, poderíamos citar um ditado popular: o que não quero pra mim,
não desejo aos outros.
E é aí que o atendimento ao cliente é um fator mais do que relevante para
construção de uma vantagem competitiva que contribua para o contínuo crescimento
de uma empresa. Está claro o quão essencial é construir uma imagem positiva com
o consumidor no contexto histórico atual. Rodrigo Tavares, Head of Experience &
Relationship da 99, reafirma esta proposição quando diz que “Mais do que serem
bem atendidos, clientes não querem ter problemas e esperam ter experiências “tipo
Google”, esforço zero!. E ainda a complementa quando cita: “O público consumidor
está muito apto a experimentar coisas e as pessoas não se veem fiéis a uma
empresa, elas se veem fiéis às experiências”.
Parafraseando o último parágrafo, sob a perspectiva de Rodrigo, a
experiência está cada vez mais em um patamar superior do que a fidelização do
ponto de vista do consumidor, deixando subentendido e em segundo plano, a marca.
Colocar a fonte
Quando se faz uma intersecção entre o maior índice da pesquisa que mais de 70%
dos consumidores entrevistados consideram a resolução do problema em primeiro contato é
a parte mais satisfatória da experiência no SAC e relaciona-se com os segundo maior
percentual (consumidores pagariam mais por um serviço ou produto se tivessem um
atendimento ),pode-se chegar ao que o Rodrigo afirmou, em suma: clientes buscam
experiências.
O consumidor atual tendo mais percepção do entorno, é atraído uma única vez
através de campanhas de liquidação, promoções e campanhas de Marketing. Mas se
naquela primeira vez em que o cliente for atraído através de uma liquidação, promoção ou
campanha de marketing, sua experiência não for boa; a empresa além de perder um cliente,
perderá incontáveis outros através do Marketing boca-a-boca, textos divulgados em redes
sociais, notas de avaliações baixas, etc.
Atualmente, o cliente ganhou voz através das mídias sociais e isto modificou o seu
comportamento no século XXI. A consciência de que a empresa que precisa dele como
cliente está se enraizando na sociedade. Desta forma, o consumidor está cada vez mais
consciente da sua importância.
Assim, o alcance do atendimento ao cliente para alavancar o crescimento de uma
organização chegou à um patamar altíssimo, haja vista que em uma pesquisa realizada em
abril de 2018 pela MindMiners e a NeoAssist, 92% dos consumidores julgam o atendimento
“muito importante” ou “importante” para escolher uma marca para comprar ou se relacionar
e cerca de 87% afirmam ter parado de comprar produtos ou serviços de uma marca por
causa de um atendimento ruim.
Em uma outra pesquisa realizada pela Revista Pequenas Empresas, Grandes
Negócios 1350 pessoas foram ouvidas, em cinco capitais do Brasil, 61% dos
consumidores consideram que ser bem atendido é mais importante do que o preço
ou a qualidade dos produtos. O que reafirma a proposição de que o cliente e/ou
consumidor atual está em busca de experiência, ocupando uma posição superior à
qualidade ou preço.
O entendimento de como as empresas e os consumidores se relacionam é
um aspecto fundamental para que as organizações criem estratégias para serem
promissoras e alcancem seus objetivos. Com isso, hoje é possível encontrar
empresas que estão se especializando neste segmento como a Neoassist para
venderem este serviço às organizações, ajudando-as. O estudo “Experience Infights
2018: Como empresas e consumidores se relacionam”, objetivou a obtenção de uma
visibilidade sobre todos os processos que envolvem o relacionamento e mapear
quais são os anseios dos consumidores, e, por outro lado, o que estão fazendo as
empresas em prol do cliente, e quais são os maiores gargalos das operações e a
percepção das mesmas. Como resultado, o gráfico abaixo demonstra sob a ótica do
cliente, a importância do atendimento ao cliente ao escolher uma marca para
comprar ou se relacionar mais de 90% consideram importante ou muito importante:
É importante 30%
Analisando estes dois exemplos, fica claro que a satisfação do cliente é o foco
das organizações e que internamente provavelmente estas organizações tenham
metas e indicadores para monitorar o atendimento ao consumidor. Mas, em
organizações em que o motivo de ‘existir’ da organização se dá pelo alto contato
com o consumidor este fator deveria estar mais explícito.
Para ilustrar esta abordagem mais explícita do atendimento dentro das
declarações de missão, visão e valores das organizações, há o exemplo das Lojas
Besni que em sua missão, que demonstra clareza no atendimento está como cerne
de sua cultura organizacional e que em sua Missão declara: “Buscar a plena
satisfação e o encantamento de nossos clientes, através da qualidade de nosso
atendimento e a identidade com a moda.”
Diante de tais exemplos é possível notar que nem todas as organizações têm
em suas declarações de maneira explícita, o aspecto : Atendimento ao cliente.
Para Drucker (2002, p. 35) “só existe uma definição válida para a finalidade
de uma empresa: criar um consumidor”. Ou seja, toda a cultura organizacional deve
estar voltada para atender as necessidades e expectativas do cliente. Para atingir
essa meta, todo aparato organizacional como pessoas, processos e tecnologia deve
estar em alinhamento.
Porém, faz-se necessário saber quais são as maiores ameaças que uma
organização deve enfrentar para que esteja preparada, munida de estratégias que
mitiguem tais ameaças. Para ilustrar, de acordo com Cobra (2003, p.32) “esses
deslizes representam a maior ameaça ao negócio de qualquer empresa:
1) Apatia: atitude de pouco caso dos funcionários da empresa, tais como
vendedores, recepcionistas, pessoal de entrega etc. 2) Dispensa: procurar
livrar-se do cliente desprezando suas necessidades ou seus problemas,
com frases como: aqui não tem ou ainda não chegou; 3)
Condescendência: que significa tratar o cliente como se ele fosse uma
criança e não soubesse o que quer; 4) Automatismo: significa um
atendimento indiferente ou robotizado, isto quer dizer jogar o cliente de um
departamento para outro sem se preocupar em resolver o problema do
cliente. 5) Frieza: quando o cliente é atendido com indiferença, hostilidade,
rispidez, desatenção ou impaciência. 6) Livro de regras: Essa é uma das
desculpas mais frequentes para o mau atendimento, onde as normas da
empresa são colocadas acima dos interesses de satisfação do cliente. 7)
Passeio: jogar o cliente de um departamento para outro sem se preocupar
em resolver o problema do cliente.”
“É muito lógico: existe um retorno comprovado em fazer o que for preciso para
transformar consumidores em evangelistas para sua marca ou empresa. E a melhor
maneira de criar evangelistas é oferecendo atendimento superior.
— Gary Vaynerchuk, “The Thank You Economy”
$83 bi é a estimativa de vendas perdidas todo ano nos EUA devido à má
qualidade de atendimento - Genesys
84% dos consumidores dizem que suas expectativas não foram superadas
em sua última experiência de atendimento - Harvard Business Review
56% precisam explicar o problema mais de uma vez ao falar com a equipe de
atendimento - Harvard Business Review
84% dos consumidores ficam frustrados quando o atendente não tem a
informação solicitada - ThinkJar
De acordo com consumidores, atendentes não conseguiram responder suas
perguntas 50%das vezes - RightNow
57% dos consumidores pesquisados sentem que as empresas não têm ideia
do que está acontecendo; às vezes parece que o cliente sabe mais da
empresa que o atendente - Kissmetrics
São necessárias 12 experiências positivas para compensar 1 experiência
negativa não resolvida - Glance
80% das grandes empresas acreditam que oferecem serviço "superior", mas
apenas 8% dos consumidores relatam ter obtido serviço "superior" dessas
empresas - Bain & Co.
Convide seus clientes a serem parte da solução, e não os veja como parte do problema.
Alan Weiss
Muita gente acredita que atendimento é um custo, mas nossos dados demonstram que serviço
superior é um investimento que pode ajudar a acelerar o crescimento do negócio. Investir em talento
de qualidade e garantir que tenham as habilidades, treinamento e ferramentas necessárias para
empatizar e ouvir ativamente o cliente é essencial para que sua empresa consiga oferecer
experiências de atendimento consistentemente excelentes.
— Jim Bush, Executive VP na American Express
Quando clientes compartilham histórias, eles não estão apenas dividindo suas dores - estão te
ensinando a melhorar seu produto, serviço e negócio. Sua área de atendimento deve ser capaz de
comunicar os problemas de forma eficiente.
— Kristin Smaby, “Being Human is Good Business”
Vocês acham que poderíamos fazer alguma semelhante a isto? (vi em um trabalho com esse tema).
8. CONCLUSÃO
5. REFERÊNCIAS
Fonte: https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/estado-atendimento-cliente-
brasil/
Fonte: https://www.consumidormoderno.com.br/2018/07/30/pesquisa-demonstra-os-
desafios-urgentes-para-o-futuro-proximo-do-atendimento-ao-cliente/
Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/itapetininga-regiao/noticia/2014/04/pesquisa-
diz-que-consumidor-prefere-bom-atendimento-preco-baixo.html
ALMEIDA, Sérgio. Cliente, eu não vivo sem você. São Paulo: Madras, 2017. 200p.
KOTLER, Philip. Marketing para o Século XXI: Como criar, conquistar e dominar
mercados. São Paulo: Futura, 1999.
KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de Marketing. 12. ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2007.
TEIXEIRA, Rafael Fialho. Gestão de Atendimento: 6 dicas para ter uma cultura
de atendimento orientada ao cliente. Desk Manager. Disponível em:
<https://blog.deskmanager.com.br/cultura-de-atendimento/> Acesso em: 14 set.
2018.
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