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DO CONSUMIDOR
Introdução
Em um momento em que as relações interpessoais são de extrema im-
portância, como se evidencia no mundo atual, para as empresas, esse
tipo de relação também é relevante, principalmente quando se fala nos
relacionamentos cliente-vendedor e cliente-empresa. Estamos na era
do relacionamento, em que vender por vender não é mais suficiente
— é preciso manter uma relação sadia com os clientes. Somente assim
será possível criar uma relação de confiança entre as partes, e o cliente
saberá que pode contar com a empresa quando precisar. Hoje em dia,
relacionar-se com o cliente é a melhor forma de criar uma relação forte
e duradoura.
Neste capítulo, você vai aprender como o marketing de relaciona-
mento pode auxiliar na relação com o cliente, quais são as melhores
estratégias para desenvolver esse relacionamento e quais são as ações
necessárias para aproximar ainda mais o cliente da empresa.
Assim como o marketing de massa foi a solução no século passado para levar
o maior número possível de produtos para o maior número imaginável de
clientes, o marketing de relacionamento na atualidade privilegia a interação
com o seu cliente, com o objetivo de desenvolver, especialmente para ele, um
conjunto de valores que levarão à satisfação e longevidade do seu relaciona-
mento com a empresa.
com isso, algumas consequências. Dentre elas está o marketing boca a boca
negativo, que é prejudicial pela sua propagação rápida e por, muitas vezes, ter
o poder de destruir a imagem de uma marca. Kotler (2005, p. 42) afirma que
a satisfação “[…] consiste na sensação de prazer ou desapontamento de uma
pessoa resultante da comparação entre o desempenho (ou resultado) percebido
de um produto e suas expectativas”.
As empresas precisam entender que, quanto mais valor for gerado para o
cliente, maior será seu nível de satisfação. Por isso, elas precisam analisar os
comportamentos dos consumidores, para que a entrega seja feita conforme a
expectativa do cliente ou, até mesmo, superando-a. Pensar em estratégias que
beneficiem os clientes resulta na baixa probabilidade de perder o cliente para
a concorrência, reduz a necessidade constante de alteração de preços para
competição no próprio mercado e possibilita que os próprios colaboradores
da empresa se sintam mais confiantes para desenvolver essa relação com o
cliente, conforme apontam Hoffman e Bateson (2003). Ainda segundo esses
autores, é a satisfação que proporciona a fidelização e a propaganda boca
a boca positiva, e seu monitoramento pode ser capaz de evitar a perda de
clientes, por meio de ações antecipadas para o melhor desempenho do serviço.
Outras estratégias no marketing de relacionamento são utilizadas para a
prospecção de clientes. E, para que isso aconteça, a segmentação e a definição
do público-alvo são primordiais para o bom desenvolvimento das estratégias
corretas. A segmentação acontece a partir das análises de diferenças demo-
gráficas, psicológicas e comportamentais entre os consumidores, separando-os
em grupos conforme preferências e distribuições. A partir disso, é necessário
que a empresa identifique qual grupo apresenta maiores oportunidades frente
ao serviço ou produto oferecido por ela, encontrando, assim, o público-alvo
correto para sua prospecção, conforme apontam Kotler e Keller (2012).
Os autores afirmam ainda que, para conseguir contato com potenciais
clientes, também chamados prospects, faz-se necessário desenvolver propa-
gandas e divulgá-las, de forma a alcançarem esses prospects. Pode-se enviar
e-mails e malas diretas, possibilitar a participação da área de vendas em feiras,
congressos e eventos sociais, comprar cadastros, entre outros recursos. Assim,
abre-se um leque de opções para que a empresa seja vista e possíveis clientes
se identifiquem com ela.
As estratégias de marketing de relacionamento devem ser construídas com
base no modelo de relacionamento que a empresa deseja manter com os seus
clientes, para que seja implementada e orientada com foco nos clientes. Veja
a seguir as etapas para a implementação da estratégia orientada ao cliente,
conforme apontam Seybold e Marshak (2000).
6 Marketing de relacionamento
Hoffman e Bateson (2003) defendem que, para definir uma estratégia de recuperação de
serviço que não foi positivo, a empresa precisa estar aberta às reclamações. Isso porque
os clientes aceitam que falhas podem acontecer, mas ficam extremamente insatisfeitos
quando notam não haver um esforço por parte da empresa para recuperar o serviço.
Cliente fiel compra de novo. Esse cliente não precisa mais ser convencido: ela já com-
provou a qualidade do seu produto ou serviço, adquiriu confiança no atendimento e
tem conhecimento sobre a marca. Além de comprar novamente, ele indica a empresa
e os produtos. Ele não recomenda seu produto favorito pensando em receber algo
em troca — faz isso simplesmente como um hábito, uma forma de compartilhar algo
de valor que encontrou e pode ajudar outras pessoas.
Híbrido
Tecnologia produto-serviço
(a informação flui (componente de retenção)
bilateralmente e facilita
a venda consultiva) Segmentação
Marketing (foco em ganhar
Feedback mercado, e não
(conexão entre de
relacionamento em vender produto)
empresa e cliente)
Elasticidade
Experiência (aprender com os erros,
(enfatiza a interatividade, escutar e responder)
a conectividade
e a criatividade) Sensibilidade
(diversificação de modos
Conhecimento e canais para ler o
Flexibilidade
(noção do macroambiente, comportamento do cliente
(estrutura operacional
do microambiente e e atendê-lo em tempo real)
que aproveita o
do cliente-alvo)
feedback)