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INSTITUTO FEDERAL DE RONDÔNIA – IFRO

CÂMPUS CALAMA – PORTO VELHO


4º ANO DO CURSO TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES

ARIANE FUGUES DA SILVA, DANIEL PEREIRA LINS CAVALCANTI,


FLÁVIO LEÃO DE SOUZA FILHO, NATAN GONÇALVES NERY,
VIVIANE NEVES DA SILVA

BRAINSTORMING, DIAGRAMA DE PARETO E

DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO

PORTO VELHO-RO
MARÇO/ 2019
ARIANE FUGUES DA SILVA, DANIEL PEREIRA LINS CAVALCANTI,
FLÁVIO LEÃO DE SOUZA FILHO, NATAN GONÇALVES NERY,
VIVIANE NEVES DA SILVA

BRAINSTORMING, DIAGRAMA DE PARETO E

DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO

Trabalho apresentado ao Instituto Federal


de Rondônia – IFRO, referente à disciplina
de Controle de Qualidade, sob orientação
do docente Kazuo Kadowaki.

PORTO VELHO-RO
AGOSTO/ 2019
RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo reunir informações e definições acerca


de ferramentas e estratégias utilizadas na busca por qualidade em uma empresa.
As ferramentas explicadas em maiores detalhes são o Brainstorming, o Diagrama
de Pareto e o Diagrama de Causa e Efeito. Todo o conteúdo aqui encontrado foi
obtido através de pesquisas, bem como debates realizados entre os integrantes do
grupo. Ao entender as eficácias de cada ferramenta, é possível concluir que
possuem extrema importância no processo de Controle de Qualidade,
independentemente da área que se busca implantá-las.

Palavras chaves: Qualidade; Brainstorming; Diagrama de Pareto; Diagrama de


Causa e Efeito.
ABSTRACT

This paper aims to gather information and definitions about the tools and
strategies used in the quest for quality in a company. The tools explained in greater
detail are the Brainstorming, the Pareto Diagram, and the Cause and Effect
Diagram. All the content found here was obtained through research, as well as
discussions among the members of the group. By understanding the efficacy of
each tool, it is possible to conclude that they are extremely important in the Quality
Control process, regardless of the area that seeks to implement them.

Key words: Quality; Pareto Diagram; Cause and Effect Diagram.


INTRODUÇÃO
O Controle de Qualidade tem por objetivo buscar a máxima satisfação do
cliente. Isso se dá através de uma série de ferramentas, cujos objetivos podem ser a
identificação, a priorização ou a resolução de problemas, falhas que diminuem a
qualidade do produto ou serviço. Existem várias ferramentas, as quais podem ser
usadas em conjunto, utilizando-se do que cada uma tem a oferecer. Dentre essas, o
Brainstorming, o Diagrama de Pareto e o Diagrama de Causa e Efeito surgem como
parte das mais importantes ferramentas que se pode fazer uso.
1 BRAINSTORMING
Popularizado pelo publicitário e escritor americano Alex Faickney Osborn, o
termo Brainstorming no Brasil também é conhecido como Tempestade de ideias,
que remete a uma técnica de deixar fluir pensamentos sem julgamentos entre uma
equipe. Essa técnica foi criada em 1942 e pode ser utilizada em diversos ambientes
e situações, com o objetivo de criar novas maneiras de enxergar problemas, de ter
ideias de marketing, de definir causas e suas possíveis soluções, além de explorar a
criatividade dos participantes para o surgimento de novas ideias. Tal técnica vem
sendo considerada a espinha dorsal em muitas áreas, como a publicidade, o
marketing, a Gestão de Processos, bem como todas as ramificações da engenharia.

Durante muito tempo, a técnica virou quase um consenso entre criativos,


publicitários e profissionais de marketing. Ao retornar do cliente com um briefing,
logo uma reunião de brainstorming era agendada, envolvendo todas as pessoas que
pudessem contribuir com alguma ideia de como resolver o problema do cliente.

Ao contrário do que se costuma pensar, o Brainstorming não deve ser


realizado como um bate-papo, no qual as ideias simplesmente podem “cair do céu”.
É importante ter um ambiente propício para que as contribuições dos participantes
aconteçam, sendo melhor executado quando há um roteiro mediado por um
coordenador e a divisão do processo entre etapas.

Assim, o Brainstorming bem construído é uma técnica útil em agregar


conhecimento para os participantes e auxiliar na gestão de problemas. Ele entra na
fase de Planejamento da metodologia PDCA, focada na Análise do Processo e no
Plano de Ação, já que, com ele, é possível determinar as causas que agem sobre o
problema e também contra-atacar esses problemas com a criação de planos de
ação.

A fase de Planejamento do PDCA também abrange o Estabelecimento da


Meta/Identificação do Problema e Análise do Fenômeno, que não se encaixam no
uso do Brainstorming por focarem numa análise mais aprofundada do problema e
meta, bem como sua própria identificação.
De acordo com os professores Robson Selene e Humberto Stadler, o formato
do Brainstorming considera três fases distintas, onde a “primeira é aquela em que as
ideias são geradas, a segunda é destinada à realização dos esclarecimentos
relativos aos processos, e a terceira presta-se à avaliação das ideias propostas”
(SELENE; STADLER, 2008).

Ainda segundo os professores, cada uma das três fases possui passos
específicos e o desdobramento ocorre da seguinte forma:

 Fase 1:
• 1º passo: Escolhe-se um facilitador para o processo que definirá o
objetivo;
• 2º passo: Formam-se grupos de até dez pessoas;
• 3º passo: Escolhe-se um lugar estimulante para a geração de ideias;
• 4º passo: Os participantes terão um prazo de até 10 minutos para
fornecer suas ideias, que não devem ser censuradas.

 Fase 2:
• 5º passo: As ideias deverão ser consideradas e revisadas, disseminando-
se entre os participantes;
• 6º passo: O facilitador deverá registrar as ideias em local visível (quadro,
cartaz etc).

 Fase 3:
• 7º passo: Deverão ser eliminadas as ideias duplicadas;
• 8º passo: Deverão ser eliminadas as ideias fora do propósito determinado;
• 9º passo: Das ideias restantes devem ser selecionadas aquelas mais
viáveis (se possível, por consenso entre os participantes).

Na prática, existem muitas variações para a reunião de brainstorming. É


bastante comum as equipes partirem para a exposição, em voz alta e sem filtro, de
“toda ideia que passar pela cabeça”.
Para Scott Berkun, escritor e conferencista estadunidense, a coisa mais
importante sobre o Brainstorming é o que acontece após a reunião. Segundo ele,
não importa quão simples tenha sido a sessão de Brainstorming, pois boas ideias
sempre irão surgir. Entretanto, dependendo do que aconteça após essa sessão, as
ideias podem ou não gerar resultados satisfatórios.

2 DIAGRAMA DE PARETO
O Diagrama de Pareto, também conhecido como gráfico em alguns livros, é
uma ferramenta para ajudar a focalizar os esforços de melhoria. Ela é útil sempre
que classificações gerais de problemas, erros, defeitos e feedback de clientes
puderem ser classificados para estudo e ações posteriores. Seu propósito não é o
de identificar causas. Outras ferramentas, tais como gráficos de controle, gráficos de
dispersão e experimentos planejados podem ajudar a identificar as causas. Alguns
exemplos nos quais ele pode ser útil para classificar problemas são:

 Uma peça que falha em um teste devido a um componente defeituoso.


 Lotes de produtos químicos podem estar abaixo do padrão para muitas
especificações diferentes.
 Cobranças podem estar incompletas devido à falta de muitos tipos de
informação.
 Há vários tipos de problemas que os hóspedes experimentam em um
hotel.

Com frequência algumas poucas classificações dominam (os “poucos vitais”),


enquanto todo o resto (os “muitos triviais”) contribui apenas com uma pequena
proporção. A fim de melhorar um processo, é importante encontrar quais são as
poucas áreas vitais de problemas.
Um dos pioneiros em trabalhos na área de Qualidade, Joseph Juran,
encontrou um padrão semelhante ao encontrado por Pareto na distribuição dos tipos
de defeitos de certo produto. Após diversas análises, ele chegou a conclusão de que
em grande parte das iniciativas de melhoria, poucos tipos de defeitos eram
responsáveis pela maioria das rejeições (poucos vitais), ou seja, 80% dos problemas
de qualidade de uma peça são causados por 20% dos tipos de defeitos. Da relação
entre esses dois trabalho foi criado o conceito de Pareto. Joseph Juran cunhou o
termo “Gráfico de Pareto” no início da década de 90.
O nome se originou do trabalho de Vilfredo Pareto (1848-1923), que foi
pioneiro no esforço de enunciar uma lei de distribuição de rendimentos. Em
essência, ele descobriu que 80% da riqueza estava concentrada em cerca de 20%
da população. O termo se tornou amplamente usado na indústria depois de sua
proeminência nas Mesas Redondas de Gerenciamento conduzidas na Universidade
de Nova Iorque no início da década de 40.
Um exemplo de um gráfico de Pareto se origina de uma equipe trabalhando
no desempenho de entrega de seus fornecedores. A equipe descobriu que os
próprios fornecedores necessitavam fazer mudanças em seus sistemas para
melhorar a entrega no horário. Seria necessário treinamento com cada um dos
fornecedores.
Com 4.000 fornecedores isso parecia uma tarefa impossível. A equipe
focalizou seus esforços nos poucos vitais. Em vez de pensar a respeito de 4.000
fornecedores, cada agente de compras trabalhou com um dos poucos vitais a cada
mês. O desempenho de entrega no horário do fornecedor foi estabelecido como
parte desse esforço focalizado. Essa análise de Pareto é baseada em um ponto de
vista de “cliente”– quantas vezes o cliente sofreu inconveniências devido a uma
entrega atrasada? (Observe que do ponto de vista de um fornecedor a porcentagem
de entregas no horário seria uma medida mais apropriada).
Um dos objetivos centrais de um programa de qualidade é reduzir perdas
provocadas por itens defeituosos que não atendem às especificações. Existem
muitos tipos de defeitos que fazem com que um produto não atenda às
especificações. Concentrar esforços no sentido de eliminar todos os tipos de
defeitos não é uma política eficaz. Devemos focar nos tipos de defeitos que são
responsáveis pela maioria das rejeições, sendo mais eficaz atacar as causas desses
poucos defeitos mais importantes, daí a necessidade de utilizarmos o gráfico de
Pareto.
Uma empresa de embalagens precisava reduzir custos com peças
defeituosas encontrados em sua produção. Como a empresa não sabia por onde
começar decidiu-se utilizar o conceito do Gráfico de Pareto para analisar quais
defeitos ocorriam com maior frequência. Durante duas semanas os dados foram
coletados, resultando no gráfico a seguir:

Fonte: https://www.fm2s.com.br/grafico-de-pareto/

No exemplo acima, defeitos do tipo “não selagem” são responsáveis por mais
de 80% de todos os defeitos! Fica claro que a equipe de melhoria deve começar por
aí. Se quiserem dar mais foco ainda, podem começar pelo defeito de “não selagem
no topo“, pois apenas esse tipo de defeito é responsável por mais de 40% dos
defeitos totais.
No eixo vertical, utilizamos a frequência das ocorrências com que ocorriam os
defeitos, porém outras opções também podem ser utilizadas.
Como pode ser observado, a eficácia do Diagrama de Pareto consiste
principalmente em uma boa coleta de dados. Não é possível obter bons resultados
através do gráfico se, anteriormente, a separação e coleta de dados houver sido
feita de forma descuidada e desatenta.
A construção de um gráfico de Pareto segue as seguintes etapas:

Passo 1: Entender qual é o objetivo da análise

Todo gráfico de Pareto tem uma finalidade. Entender o que você quer resolver
com ele é fundamental para você decidir qual dados você precisa coletar. Nos
exemplos acima, demos dois exemplos sobre como formular o problema (analisando
o tipo de defeito mais frequente e o fornecedor mais custoso). Decidir qual dessas
análises seguir é o passo inicial da construção do gráfico de Pareto.

Passo 2: Coleta de dados

Só se faz um Pareto com dados. Para você coletar bons dados, você pode se
valer de outras ferramentas, como formulários de coletas de dados ou folhas de
verificação. Complete um “Formulário de Planejamento para Coleta de Dados” .
Essa etapa de planejamento é importante para construir um gráfico de Pareto
porque leva a equipe a considerar:

 Questões a serem respondidas;


 Informações a serem registradas;
 Variáveis para estratificação;
 Definições operacionais;
 Duração e local para coleta de dados;
 Administração

Desenvolva uma lista de verificação simples que satisfaça as considerações


assinaladas no passo 2. Os dados podem ser classificados por tipo de problema ou
defeito, departamento, local, tempo, tamanho e outros. Uma vez que tenham sido
coletados dados suficientes (pelo menos 30 ocorrências), passe para o passo 3.
Passo 3: Organizar os dados coletados

Compile os dados que você coletou. Você pode já contar a frequência de


cada defeito e montar uma tabela. Isso também é possível através de softwares
criadores de bancos de dados.

Passo 4: Criar barras com as frequências organizadas da maior para a menor


(da esquerda para a direita)

Passo 5: Insirir um gráfico de linha com as porcentagens acumuladas de cada


classificação

Para isso, será necessário calcular a porcentagem de frequência de cada


“defeito” relativa ao número total de defeitos. Uma vez que estas porcentagens
estejam calculadas, deve-se traçar o gráfico de linha. Ajuste as escalas para serem
mostradas de 0 a 100%.

Passo 6: Analisar o gráfico

De forma similar às outras ferramentas usadas para investigar e melhorar


processos (por exemplo, gráficos de frequência), o gráfico de Pareto tem que ser
usado com conhecimento adequado da estabilidade da característica medida. Se o
processo for estável, o gráfico de Pareto mostra os importantes modos de falha ou
classificações de problemas produzidos pelo sistema de causas comuns. Se o
processo for instável, deve ser feita a estratificação dos dados para separar os
dados obtidos quando causas especiais estavam presentes dos dados produzidos
por causas comuns. Assim, a análise de Pareto pode ser feita para as duas
situações.
Uma escala percentual usualmente é apropriada para comparar os estratos,
uma vez que o número de observações em cada grupo pode ser drasticamente
diferente. Além disso, gráficos de Pareto podem ser usados para mostrar o efeito de
uma mudança em um processo ao usar dados tanto de antes quanto de depois da
implementação da mudança.

3 DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO


O Diagrama de Ishikawa, também conhecido como Diagrama de Espinha de
Peixe ou Diagrama de Causa e Efeito, é uma ferramenta da qualidade que ajuda a
levantar as causas-raízes de um problema, analisando todos os fatores que
envolvem a execução do processo.
Kaoru Ishikawa integrou e expandiu os conceitos de gerenciamento de
William Edwards Deming e Joseph Juran para o sistema japonês, e suas principais
contribuições para Gestão da Qualidade foram em 1962, com o desenvolvimento do
conceito de Círculo de Qualidade, e em 1982, oficializando o Diagrama de Causa e
Efeito que ficou conhecido como Diagrama de Ishikawa.
Criado na década de 60, por Kaoru Ishikawa, o diagrama leva em conta todos
os aspectos que podem ter levado à ocorrência do problema. Dessa forma, ao
utilizá-lo, as chances de que algum detalhe seja esquecido diminuem
consideravelmente.
Na metodologia, todo problema tem causas específicas, e essas causas
devem ser analisadas e testadas, uma a uma, a fim de comprovar qual delas está
realmente causando o efeito (problema) que se quer eliminar. Eliminado as causas,
elimina-se o problema.
O Diagrama de Causa e Efeito gerou avanços significativos na melhoria da
qualidade de produtos e processos nas empresas. Considerando que o processo de
resolução de problemas é um dos pilares da Gestão da Qualidade, o Diagrama de
Ishikawa tornou acessível e simples a utilização de uma ferramenta poderosa de
análise de causa que pudesse ser usada por “não especialistas” da área. Ishikawa e
Deming usaram esse diagrama como uma das primeiras ferramentas no processo
de gerência da qualidade.
A ferramenta é uma das 7 ferramentas da qualidade e é usada para
encontrar, organizar, classificar, documentar e exibir graficamente as causas de um
determinado problema, agrupados por categorias, que facilitam o brainstorming de
ideias e análise da ocorrência. Como as causas são hierarquizadas, é possível
identificar de maneira concreta as fontes de um problema.

EXEMPLO DE UTILIZAÇÃO

O Diagrama de Ishikawa apresenta a relação existente entre o resultado


indesejado ou não conforme de um processo (efeito) e os diversos fatores (causas)
que podem contribuir para que esse resultado tenha ocorrido. Sua relação com a
imagem de uma espinha de peixe se dá devido ao fato que podemos considerar
suas espinhas as causas dos problemas levantados, que contribuirão para a
descoberta de seu efeito, além do formato gráfico que muito se assemelha ao
desenho de um esqueleto de peixe.
Possíveis Aplicações

É possível aplicar o Diagrama de Ishikawa a diversos contextos e de


diferentes maneiras, entre elas, destaca-se a utilização:

 para visualizar as causas principais e secundárias de


um problema (efeito).
 para ampliar a visão das possíveis causas de um problema,
enxergando-o de maneira mais sistêmica e abrangente;
 para identificar soluções, levantando os recursos disponíveis
pela empresa;
 para gerar melhorias nos processos.
 muito utilizada na gestão de projetos e gestão de riscos.

Etapas da Elaboração do Diagrama de Ishikawa

Para realizar a análise de causas utilizando o Diagrama de Ishikawa, basta


seguir alguns passos.

 Defina o problema (efeito) a ser analisado;

 Realize um brainstorming para levantar as possíveis causas que


possam estar gerando o problema. Para isso, procure responder a seguinte
pergunta: “Por que isto está acontecendo?”;

 Divida as causas identificadas em categorias, por exemplo:


máquina, mão de obra, método e materiais ou da forma que for mais coerente
com o problema analisado e o contexto da sua empresa;
 Logo após, defina as sub-causas, ou seja, os fatores que
levaram aquela causa a acontecer.

 Criar planos de ação para eliminar a ocorrência ou mitigar os


efeitos da causa-raiz.
Cabe ressaltar que, originalmente, são propostas 6 categorias pelo método
que serão especificadas adiante. Entretanto nem todos os processos ou problemas
utilizam-se de todos esses fatores, assim é preciso avaliar quais deles estão
presentes ou são importantes para a execução.
É possível que só se avalie 4 deles, como no exemplo utilizado anteriormente.
Não há nenhum problema com isso, desde que a análise seja feita com base
em fatos e dados e nenhum aspecto importante seja deixado de lado.
Algumas palavras chave utilizadas na elaboração do Diagrama de Ishikawa
são:

 Efeito: aquilo que é produzido por uma causa, resultado ou


consequência
 Problema: dificuldade na obtenção de um determinado objetivo
ou resultado esperado, situação difícil que pede uma solução, no
Diagrama de Ishikawa, é comum que o problema apareça como uma
pergunta.
 Causa: origem, motivo, razão de algo.
 Causa primária ou principal: causas mais notáveis, causas de
primeiro nível que agruparão sub-causas.
 Causa Secundária: sub-causas das causas principais,
ramificação das causas principais.

O método do Ishikawa parte da hipótese de que para cada problema há um


número limitado de causas primárias ou principais, secundárias, terciárias, e assim
sucessivamente.

Por ser elaborado inicialmente para sistemas industriais, as causas são


agrupadas em 6 categorias, que são conhecidas como 6 M’s: máquina, materiais,
mão de obra, meio ambiente, método e medidas.
Máquina

Aqui devemos considerar todas as causas originadas de falhas no maquinário


usado durante o processo, como funcionamento incorreto, falha mecânica, etc.

Materiais

Quando o problema é causado pela matéria-prima ou o material que foi


utilizado no processo não está em conformidade com as exigências para a
realização do trabalho, ou seja, está fora das especificações necessárias para ser
usado, como produto em tamanho incorreto, vencido, fora da temperatura ideal, etc.

Mão de obra

Os problemas também podem envolver atitudes e dificuldades das pessoas


na execução do processo, e podem incluir: pressa, imprudência, falta de
qualificação, falta de competência, etc.

Meio-ambiente

Neste item, devemos analisar o ambiente interno e ambiente externo da


empresa e identificar quais são os fatores que favorecem a ocorrência dos
problemas, como poluição, calor, falta de espaço, layout, barulho, reuniões, etc.

Método

Os processos, procedimentos e métodos usados durante as atividades


também podem influenciar para que o problema ocorra, ou seja, devemos analisar o
quanto a forma de trabalhar influenciou o problema, por exemplo se houve
planejamento, se foi executado conforme o planejado, se as ferramentas certas
foram utilizadas, etc.
Medidas

Essa categoria abrange causas que envolvem as métricas que são usadas
para medir, monitorar e controlar o trabalho, como efetividade dos instrumentos de
calibração, indicadores, metas e cobranças.

Apesar da existência dessas categorias, a ferramenta é flexível para que a


empresa adeque as categorias de acordo com a sua necessidade.
4 CONCLUSÃO
O Controle de Qualidade é sem dúvida uma medida extremamente importante quando
o objetivo é atender às necessidades e expectativas dos clientes. Sendo essa uma atividade
complexa, muitas empresas possuem desconhecimentos de como alcançar a Qualidade Total.
Por isso, as ferramentas descritas neste trabalho possuem vital importância nesse processo.
Possuindo diferentes campos de atuação, elas se complementam. O Diagrama de Pareto ajuda
a elencar os problemas, o Diagrama de Ishikawa busca a origem desses problemas, e o
Brainstorming surge como uma maneira de encontrar resultados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SELENE, STADLER. Controle da qualidade: as ferramentas essenciais. Curitiba:


Ibpex,2008

LIMA, H.G.F. Brainstorming. Disponível em:


https://heuberlima.files.wordpress.com/2011/08/senai-requisitos-aula3-brainstorming.pdf
Acesso em 14 de Março de 2019.

Resultados Digitais. Brainstorming: o que é e como preparar uma reunião com


resultados reais. Disponível em: https://resultadosdigitais.com.br/agencias/brainstorming/
Acesso em 14 de Março de 2019.

FM2S. O QUE É E PARA QUE SERVE O GRÁFICO DE PARETO. Disponível em:


https://www.fm2s.com.br/grafico-de-pareto/ Acesso em 14 de Março de 2019.

Blog da Qualidade. Diagrama de Ishikawa. Disponível em:


https://blogdaqualidade.com.br/diagrama-de-ishikawa/ Acesso em 14 de Março de
2019.

Ferramentas da Qualidade. Diagrama de Ishikawa. Disponível em:


https://ferramentasdaqualidade.org/diagrama-de-ishikawa/ Acesso em 14 de Março
de 2019.

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