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ALUNO: ___________________________________________________________________

TURMA:____________________________________________________________________
 CONCURSOS
CEPREN

LÍNGUA PORTUGUESA – MÓDULO 1 – NÍVEL 01

INDICE

AULA – I - FONOLOGIA

1.1 - FONOLOGIA .............................................................................................................................................. 01

1.2 – Fonema e Letra. .....................................................................................................................................................01
1.3 - Aparelho Fonador. ................................................................................................................................................. 01
1.4 - Fonemas Surdos e Sonoros. ................................................................................................................................... 01
1.5 - Fonemas Orais e Nasais. ........................................................................................................................................01
1.6 - Classificação Dos Fonemas.................................................................................................................................... 02
1.7 - Encontros Vocálicos. .............................................................................................................................................. 02
1.8 - Encontros Consonantais. ...................................................................................................................................... 03
1.9 - Dígrafos Vocálicos. ................................................................................................................................................. 03
1.10- EXERCÍCIOS ................................................................................................................................................ 03

AULA – II – FONOLOGIA

2.1 – SÍLABA ....................................................................................................................................................... 04

2.2 – Classificação Das Palavras Quanto ao Número De Sílabas..................................................................................... 04
2.3 - Quanto à Tonicidade ............................................................................................................................................. 04
2.4 - Monossílabos Átonos e Tônicos............................................................................................................................ 04
2.5 - Divisão Silábica. ..................................................................................................................................................... 04
2.6 EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................. 05

Aula – III – FONOLOGIA

3.1 – CRONOLOGIA DAS REFORMAS ORTOGRÁFICAS NA LÍNGUA PORTUGUESA. ................................................. 06

3.2 - Novo Acordo Ortográfico ....................................................................................................................................... 07
3.3 - Ortofonia – Ortografia – Prosódia e Ortoépia. .......................................................................................................07
3.4 – Alteração No Alfabeto............................................................................................................................................ 07
3.5 - Letra e Alfabeto ......................................................................................................................................................07
3.6 - Emprego das Letras e Dos Dígrafos. ...................................................................................................................... 09
3.7 - Acentuação Gráfica. ............................................................................................................................................... 09
3.8 – Acentuação Gráfica. Reforma Ortográfica de 2009 ............................................................................................... 10
3.9 - Emprego do Hífen (Conforme Reforma Ortográfica de 2009). .............................................................................. 10
3.10 EXERCÍCIOS ................................................................................................................................................ 11

AULA – IV – INTERPRETAÇÃO TEXTUAL

4.1 – TIPOS TEXTUAIS .......................................................................................................................................... 12

4.2 - Narração – Sequência Temporal ............................................................................................................................ 13
4.3 – Dissertação............................................................................................................................................................. 13
4.4 - Descrição – Sequência De Localização ................................................................................................................... 13
4.5 - Informação ............................................................................................................................................................. 14
4.6 - Texto Injuntivo / Instrucional................................................................................................................................. 14
4.7 - Coesão e Coerência................................................................................................................................................ 15
 CONCURSOS
CEPREN

LÍNGUA PORTUGUESA

4.8- Análise Da Coesão Nos Pronomes Demonstrativos................................................................................................ 15

4.9 - Coesão Lexical ........................................................................................................................................................ 15
4.10- Coesão Elíptica ..................................................................................................................................................... 15
4.11- Coesão Transfrástica............................................................................................................................................. 15
4.12- Valor Dêitico ..........................................................................................................................................................15
4.13- EXERCÍCIOS ............................................................................................................................................... 15

AULA – V – GÊNEROS TEXTUAIS

5.1 - Gêneros Textuais........................................................................................................................................ 18

5.2 - Cada Esfera da Atividade Humana Produz Seu Conjunto de Gêneros Textuais. ................................................... 18
5.3 - EXERCÍCIOS ................................................................................................................................................. 18

AULA VI – LINGUÍSTICA

6.1 – SEMÂNTICA............................................................................................................................................... 19
6.2 – Linguística. ............................................................................................................................................................. 20
6.3 – Classificação Semântica Diacrônica. ...................................................................................................................... 20
6.4 – Classificação Semântica Sincrônica. ....................................................................................................................... 20
6.5 - Conceitos Basilares. ................................................................................................................................................ 20
6.6 - EXERCÍCIOS ................................................................................................................................................ 20

AULA VII – LONGUÍSTICA

7.1 – ESTILÍSTICA ................................................................................................................................................ 22

7.2 – Campo Estilístico Fônico .........................................................................................................................................22
7.3 – Campo Estilístico Morfológico ................................................................................................................................22
7.4 - Campo Estilístico Sintático ..................................................................................................................................... 22
7.5 - Campo Estilístico Semântico .................................................................................................................................. 22
7.6 - Figuras De Palavras. ............................................................................................................................................... 24
7.7 – Figuras De Pensamento ..........................................................................................................................................26
7.8 – Figuras De Construção – Sintática.......................................................................................................................... 26
7.9 - Denotação .............................................................................................................................................................. 28
7.10Conotação................................................................................................................................................................ 28
7.11- EXERCÍCIOS ................................................................................................................................................ 28
7.12– GABARITO................................................................................................................................................. 30
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
AULA – 1 - FONOLOGIA
1.0 - Fonologia / fonética
Fonética é a parte da gramática que estuda a
formação, a evolução e a classificação dos sons da língua,
sons que tomam o nome especial de fonemas. pode ser:
descritiva (trata da formação e descrição dos fonemas),
histórica (estuda as modificações que sofreram e sofrem os
fonemas em suas fases sucessivas) e sintática (estuda as
modificações que sofrem os fonemas de certas palavras
quando, por influência de outras que a elas se associam,
formam um só todo fonético).
Fonologia é o estudo dos fonemas em suas
variantes posicionais, combinações e condições prosódicas.
Os fonemas, em seu conjunto, formam o sistema
fônico da língua e são os sons distintivos elementares. São
distintivos porque têm valor opositivo. Assim, numa
palavra, a troca de fonema por outro pode determinar uma
nova palavra.
Então:
PALA BALA VALA / BOLA COLA /
CARO CARRO
1.1 - Fonema e Letra
→Fonema: São sons da fala humana que, sós ou
combinados, formam as sílabas que, por sua vez, formam as
palavras.
→Letra: São as representações gráficas (símbolos
convencionados) dos fonemas.
1.2 - Aparelho Fonador
A corrente de ar emitida pelos pulmões pode
encontrar a glote fechada, semifechada ou totalmente
aberta. Se a glote está cerrada ou semicerrada, o ar força a
passagem através das cordas vocais, provocando a vibração
dessas cordas. Assim são produzidos os fonemas sonoros.
Se a glote se encontra aberta, é livre a passagem
de corrente de ar e as cordas vocais não vibram. Produzem-
se, assim, os fonemas surdos.
1.4 - Fonemas Orais e Nasais
A corrente de ar, quando chega ao fundo da boca,
tem dois caminhos.
Se o palato mole (úvula) (4) se acha levantado o ar
ressoa somente na boca e o fonema é oral. / a, e, i, o, u /; /
p, b, s, z /.
Se, no entanto, o palato mole (úvula) está
abaixado, parte do ar sai pela boca e parte penetra na fossas
nasais, o que produz a nasalização, / â, e, i, õ, u /; / m, n,
nh.
Observações importantes sobre a distinção entre letra e
fonema.
A) Há certas letras, como o “h”, que não
representam fonema algum. Por exemplo, em hoje, tem-se
quatro letras e três fonemas. O “h” também pode modificar
a fonia do “ c “, do “ n “ e do “ l” nos dígrafos “ ch ”, “ nh “ e
“ lh ”;
B) Em certas construções, como o “ n “ e o “ m “
também não representam fonemas, são meros sinais de
nasalização. Assim, em antes,onde,embora,âmbar o “ n“ e o
“ m “ não são fonemas. Há autores que chamam essas
ocorrências de dígrafos de nasalização;

C) Letras diferentes podem representar um

mesmo fonema. Assim o fonema / z / - zorra; “ x “ – exame,
“ s “ – casebre e “ z “ zorra;

D) Uma mesma letra pode representar vários

fonemas.
Desta forma a letra “ X “ está exato – fonema / z /; enxoval
– fonema / x /; textura – fonema / s / e fixo – fonema / ks /;

1. Corrente de ar vinda 5. Palato duro (céu da E) A letra “ X “ pode representar dois fonemas, isto
dos pulmões boca) é, o encontro consonantal / ks/, por exemplo: taxi.
2. Glote com as cordas 6. Língua
1.5 - Classificação Dos Fonemas
vocais 7. Alvéolos
Veja a relação:
3. Úvula (campainha) 8. Dentes
4. Véu palatino (palato 9. Lábios 1. Fonema vocálico – É representado pelas vogais.
mole) 10. Fossas Nasais 2. Fonema neutro - É representado pelas semivogais.
3. Fonema consonantal – É representado pelas consoantes.
1.3 - Fonemas Surdos e Sonoros
Obs: Para se contar o número de letras e de fonemas siga o
seguinte macete:
1
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
Toda sílaba tem uma vogal;
Fonemas = Letras - Dígrafos F=L-D Nunca há mais de uma vogal numa sílaba.

1.6 - Encontros Vocálicos Encontros Vocálicos: Ditongo, Tritongo e Hiato

1. Quanto à zona de articulação: 1) Ditongo = É o encontro de uma vogal e uma semivogal

Média – / a / - a língua conserva-se em repouso e o em uma mesma sílaba.
palato mole levanta-se;
Assim o Ditongo pode ser:
Anteriores - / é, ê, i / - a ponta da língua eleva-se
Oral Crescente: história / Is – to – rya /
gradualmente em direção ao céu da boca;
Oral pai / pay /
Posteriores / ó, ô, u / - A língua recua e levanta seu Decrescente:
dorso em direção ao palato mole, os lábios Nasal crescente: frequente / fre – kwe – te /
vão se fechando. Nasal muito / muy - to /
Decrescente:
2. Quanto ao papel das cavidades bucal e nasal:
ORAIS NASAIS E com outros exemplos
Quando o “ar” sai apenas Quando o “ar” sai pela boca
Oral Crescente: árduo / ar – dwo /
pela boca. e pelas fossas nasais. Oral nau / naw /
/a/ / ã /: fã - canto - tampa Decrescente:
/e/ / ē /: dente - tempero Nasal aguentar / a – gwe – tar /
/i/ / ī /: lindo - mim crescente:
Nasal não / nâw /
/o/ / õ /: bonde - tombo Decrescente
/u/ / ū /: nunca - algum
Quanto à intensidade: 2) Tritongo = É a sequência formada por uma semivogal +
vogal + semivogal, sempre nessa ordem, numa só sílaba.
ÁTONAS TÔNICAS
Pronunciadas com MENOR Pronunciadas com MAIOR Oral delinquiu / de – li – kwiw /
intensidade intensidade Nasal saguões / sa – gwoys /
Até Até
Bola Bola 3 ) Hiato = É a sequência de duas vogais numa mesma
palavra que pertencem a sílabas “diferentes”, uma vez que
nunca há mais de uma vogal numa mesma sílaba.
Quanto ao timbre
ABERTAS Pé - lata - pó hiato - / hi – a – to / Alaor - / A – La - or
FECHADAS Mês - luta - amor Saúde - / sa – ú – de / ruína - / ru – í - na
REDUZIDAS - Aparecem quase Dedo - ave - gente Enjoo - / en– jo – o /
sempre no final das palavras
1.7 - Encontro Consonantal
Os fonemas / i / e / u /, algumas vezes, não são
São os grupos formados de fonemas consonantais sem
vogais. Aparecem apoiados em uma vogal, formando com intermediação de vogal.
ela uma só emissão de voz ( uma sílaba). Nesse caso, esses
fonemas são chamados de semivogais. A diferença Há três tipos de encontros consonantais:
fundamental entre vogais e semivogais está no fato de que
estas últimas não desempenham o papel de núcleo silábico. A) Encontro Consonantal Puro = É o agrupamento de
consoantes, lado a lado, na mesma sílaba.
Obs: Os fonemas / i / e / u / podem aparecer Exs.: Bra-sil, pla-ne-ta, a-dre-na-li-na
representados na escrita por “ e “ - “ o “ ou “ m “
Veja: pães /pãis mão / mau cem / cẽi B) Encontro Consonantal Disjunto = É o agrupamento de
consoantes, lado a lado, em sílabas diferentes.
Observe as três premissas abaixo:
A base de toda sílaba é uma vogal; Exs.: ap-to, cac-to, as-pec-to

2
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL

B( )joelho
C ) Encontro Consonantal Fonético = É a letra x com som de
ks. C( ) céu
Exs.: Maxi = maksi; nexo = nekso; axila = aksila. D( ) quão

Não se esqueça de que as letras M e N pós-vocálicas não

QUESTÃO – 03
são consoantes, e sim semivogais ou simples sinais de
Coloque D para dígrafo e EC para encontro consonantal:
nasalização (ressoo nasal).
A( ) pássaro
1. 8- Dígrafos B( ) substantivo
É o agrupamento de duas letras com apenas um
fonema. Os principais dígrafos são: rr, ss, sc, sç, xc, xs, lh, C( ) onda
nh, ch, qu, gu. D( ) exceto
Representam-se os dígrafos por letras maiores que
as demais, exatamente para estabelecer a diferença entre QUESTÃO – 04 – ECPAR - AERONÁTICA
uma letra e um dígrafo. Observando os trechos, numerados ordinariamente,
“Qu” e “gu” só serão dígrafos, quando estiverem marque a opção que traz uma afirmativa correta.
seguidos de e ou “i”.
Os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc e xs têm suas letras 1º-“Primeiro, como laço afetivo.”
separadas silabicamente; lh, nh, ch, qu, gu, não. 2º- "... pode-se pôr sentimento numa mensagem
arroz = ar-roz - aRos; assar = as-sar - aSar; = nas-cer - naSer; eletrônica.”
desço = des-ço - deSo; exceção = ex-ce-ção - eSesãw; 3º- “Além do lado afetivo, há outro: a carta como
exsudar = ex-su-dar - eSudar; alho = a-lho - aĹo; banho = documento histórico...”
ba-nho - baÑo; cacho = ca-cho - kaXo; querida = que-ri-da- 4º- “Mas o tom é absolutamente íntimo.”
Kerida; sangue = san-gue - sãGe.
A ( ) Há dígrafos nos dois primeiros trechos
1.9 - Dígrafo Vocálico: B ( ) Não há encontro consonantal no quarto trecho
Duas letras representando apenas um fonema vocálico. São C ( ) Não se observa a ocorrência de hiato em nenhum
eles: dos quatro trechos.
am campo / an santo / em tempo / D ( ) Há ditongo somente no primeiro trecho.
en s entido / im limpo / in tinto /
om bomba / on conto / um comum / QUESTÃO – 05
Obs: Para a existência de Encontro Consonantal é necessário A alternativa que apresenta uma incorreção é:
que cada consoante emita o seu próprio fonema, senão A ( ) o fonema está diretamente ligado ao som da fala.
estaremos diante de um Dígrafo.
B ( ) as letras são representações gráficas dos fonemas.
Ex.: renascer (dígrafo) / escocês (encontro consonantal).
C ( ) uma única letra pode representar fonemas diferentes.
AULA 1 – FONOLOGIA D ( ) a letra "h" sempre representa um fonema
EXERCÍCIOS
QUESTÃO – 06
A palavra "churrasqueira" apresenta quantas letras e
QUESTÃO – 01 quantos fonemas?
Coloque V ou F para o número de letras e fonemas das
palavras abaixo:
A( ) chimarrão 9 L e 7 F
B( ) proibido 8 L e 7 F
QUESTÃO – 07
C( ) humanidade 10 L e 9 F Qual das alternativas abaixo possui palavra com mais letras
D( ) vogal 5 L e 5 F do que fonemas?
A ( )Caderno
QUESTÃO – 02 B ( ) Chapéu
Classifique os encontros vocálicos conforme o código
C ( ) Flores
abaixo:
D ( ) Livro
D - Ditongo T – Tritongo H – Hiato
A( )inteira
QUESTÃO – 08

3
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
Assinale a série em que apenas um dos vocábulos não
possui dígrafo:
A ( ) folha - ficha - lenha - fecho
B ( ) lento - bomba - trinco - algum
C ( ) águia - queijo - quatro - quero
D ( )descer - cresço - exceto - exsudar
QUESTÃO – 09 –EPCAR - AERONÁUTICA
Sobre a identificação de encontros consonantais, encontros
vocálicos e dígrafos é CORRETO afirmar que :
A ( ) há dígrafo nas seguintes palavras: distintos, presidente
e imposto.
B ( ) há ditongo nas seguintes palavras: quando, duas e
oposição.
C ( ) há hiato nas seguintes palavras: negociação, muito e
imediato.
D ( ) há encontro consonantal nas seguintes palavras:
conquista, objetivo e aumentos.
E ( ) há tritongo nas seguintes palavras: imediatamente,
titubeante e população.
QUESTÃO – 10
Nas palavras alma, pinto e porque, temos,
respectivamente:
A ( ) 4 fonemas - 5 fonemas - 6 fonemas.
B ( ) 5 fonemas - 5 fonemas - 5 fonemas.
C ( ) 4 fonemas - 4 fonemas - 5 fonemas.
D ( ) 5 fonemas - 4 fonemas - 6 fonemas
AULA 2- FONOLOGIA- SÍLABA
2.1 - SÍlaba
É a unidade ou grupo de fonemas emitidos num só
impulso da voz.
Ex.: Empreendimento = em – pre – en – di – men – to = 6
sílabas
Não existe sílaba sem vogal e nunca há mais do que
uma única vogal em cada sílaba.
Precisamos ter cuidado com as letras “i” e “ u” (
mais raramente com as letras “e” e “o”, pois como já vimos,
elas podem representar também semivogais, que nunca
vão ser núcleos de sílabas em português.
2.2 - CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS QUANTO AO NÚMERO
DE SÍLABAS.
1) Monossílabas – Aquelas que possuem uma só sílaba:
Exs.: dó - mão - cruz - etc.
2) Dissílabas – Aquelas que possuem duas sílabas:
Exs: sa – pé (sapé) / fo – lha (folha) te – la (tela)
3)Trissílabas: Aquelas que possuem três sílabas:
Exs.: fun – da – ção (fundação) / mé – di – co (médico)
4) Polissílabas: Aquelas que possuem mais de três sílabas:
Exs: ve – te – ra – no (veterano / na – tu – re – za
(natureza) / clas – si – fi – ca – ção (classificação)
2.3 – Quanto à tonicidade
→ Tônicos → músculo
→ Átonos → chalé
→ Subtônicos → somente
Observação (1) : A subtônica só ocorre em palavras
derivadas, pois recebe tal classificação a sílaba tônica da
palavras primitiva.
Ex.:
Meninazinha Rapidamente
Me: átona Ra: subtônica
Ni: subtônica Pi: átona
Na: átona Da: átonas
Zi: Tônica Men: tônica
Nha: átona Te: átona
→A sílaba tônica da palavra primitiva torna–se a subtônica
na derivada.
Observação (2): A átona será diferente da tônica e da
subtônica.
2.4 – Monossílabos Átonos e Tônicos
3.1 - Átonos: É aquele pronunciado fracamente na frase em
que aparece. Não tendo acento próprio, necessita apoiar-
se na palavra que o antecede ou na palavra que vem depois
dele.
Ex.: o(s) – a(s) – me – lhe – mas – que – aos – etc.
3.2 – Tônicos: É aquele pronunciado fortemente na frase em
que aparece. Tendo acento próprio, o monossílabo tônico
não necessita apoiar-se na palavra que o antecede ou que
o segue.
Exs.: há – mãos – vê – lê - crê – dá – têm – mim – ti – voz –
etc.
2.5- Divisão Silábica
Conforme a posição da sílaba tônica, os vocábulos
que possuem mais de duas sílabas dividem–se:
→Oxítonas: Com a tonicidade na última sílaba.
Exs.: ta – tu / Ca – fé / sa - ci
→Paroxítona: Com tonicidade na penúltima sílaba.
Exs.: tem – po /pa – re – de / vo – lú - vel
→Proparoxítona: Com a tonicidade na antepenúltima sílaba.
Toda proparoxítona é acentuada.
Exs.: prá – ti – co /mé – di – co / gi – nás– ti –ca
Lembrete: A separação das sílabas deve ser feita pela
soletração. Dessa forma, devemos observar:
1º) A letras dos grupos consonantais perfeitos( cuja segunda
consoante é l ou r)
Exs.: pre – ta /blu – sa / pra – to.

4
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
Obs: Caso as consoantes dos grupos bl e br sejam qualquer outra terminação, menos -a(s), -e(s), -o(s), -
pronunciadas separadamente, as mesmas ficarão em em(-ens).
sílabas diferentes
Exs.:cor – rup – to / sub – li – nhar ( ) três
( ) matéria
2º) As consoantes internas não seguidas de vogal ficam na ( ) hóspede
sílaba anterior. ( ) horários
Exs.: ad-je-ti-vo / rap – to ( ) plausível
( ) falássemos
3º) Separam-se as letras dos ditongos consonantais rr – ss –
sc e xc. A( ) 3-2-1-2-4-1
Exs.: car–ro / pás–sa– ro / nas–cer / cres-ça. B( ) 3-3-2-1-4-2
C( ) 1-2-1-1-3-1
4º) Permanecem na mesma sílaba, as letras dos dígrafos D( )4-1-1-2-3-1
consonantais ch ,lh , nh, gu, qu e dos dígrafos vocálicos am,
an, em, en, im, in, om, on, um, um. QUESTÃO – 03
Exs.: ma – cho / ve –lha / ni – nho / man – gue. Há erro de divisão silábica em uma das séries. Assinale-a:
A ( ) ist-mo, á-gua, pror-ro-gar,trans-a-tlân-ti-co,caí-as;
5º) Separam-se fonemas vocálicos que formam hiato. B ( ) pneu, nup-ci-al, bi-sa-vô, flu-iu, su-bo-fi-ci-al;
Exs.: sa-a-ra / sa-ú-de / po-e-ta / Ca-a-tin-ga C ( ) ne-crop-si-a, ru-a, sais, prai-a, cou-sa;
D ( ) ap-to, de-sá-gua, jói-a, mne-mô-ni-ca, dor;
6º) A letras que formam ditongos e tritongos ficam na
mesma sílaba.
Exs.: amei- xa / tei – mo– so / qua – se / i – guais QUESTÃO – 04
Na expressão “A icterícia nada tem a ver
AULA 2 – FONOLOGIA – SÍLABA com hemodiálise ou disenteria” , as palavras grifadas
EXERCÍCIOS apresentam-se corretamente divididas em sílabas na
alternativa:

QUESTÃO – 01 – A( ) i-cte-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria;

B( ) ic-te-rí-ci-a, he-mo-diá-li-se, dis-en-te-ria;
Faça a divisão silábica dos grupos de palavras abaixo:
C( ) i-c-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria;
a) dinheiro- D( ) ic-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ri-a;

QUESTÃO – 05
diálogo-
Assinale a alternativa em que todas as palavras não possuem
o x pronunciado como /ks/.
A ( ) tóxico, máximo, explorar
b) Uruguai- B ( ) êxtase, exímio, léxico
C ( ) máximo, êxodo, exportar
obcecado- D ( ) exportar, nexo, tóxico

QUESTÃO – 06 –
As palavras «istmo» e «dois» são:
A ( ) dissílabos
QUESTÃO – 02 – EPCAR - AREONÁUTICA
B ( ) dissílabo e monossílabo
Considerando a justificativa para a acentuação gráfica das
C ( ) trissílabo e monossílabo
palavras, relacione as colunas a seguir e depois marque a
D ( ) trissílabo e dissílabo
sequência correta. (Alguns números poderão ser utilizados
mais de uma vez.)
QUESTÃO – 07 - EPCAR - AERONÁUTICA
Sobre as formas destacadas e numeradas nos segmentos
(1) Acentuam-se todas as proparoxítonas.
“Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima hora:
(2) Acentuam-se todas as paroxítonas terminadas em
(1)TRAÍDO e (2)TRAIDORA mediante (3) REVÓLVER.", é
ditongo (seguido ou não de s).
correto afirmar que:
(3) Acentuam-se as monossílabas tônicas terminadas
em -a, -e, -o (seguidos ou não de s).
A ( ) as três palavras são paroxítonas com ditongo.
(4) Acentuam-se todas as paroxítonas que trazem

5
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
B ( ) na palavra 1, acentua-se o “i" tônico que forma o hiato Procurava-se a raiz latina ou grega para escrever as
com a vogal anterior, estando ele sozinho na sílaba. palavras, mas não havia regras rígidas. É possível encontrar
C ( ) o vocábulo 2 também deveria ser acentuado pelo vários registros ortográficos de uma mesma palavra.
mesmo motivo do 1.
D ( ) as duas palavras acentuadas recebem acento pelo As palavras, mesmo que tenham mudado, continuaram a ser
mesmo motivo. pronunciadas como antes.
E ( ) a palavra 1 é acentuada por ser paroxítona e a 3 por
ser proparoxítona. 1907 – A Academia Brasileira de Letras começa a
simplificar e a padronizar essa escrita.
QUESTÃO – 08 – EPCAR - AERONÁUTICA 1910 – A Academia Brasileira de Letras começa a
Assinale a opção em que as palavras pertencem à mesma simplificar a escrita nas suas publicações ao
classe gramatical e são acentuadas graficamente pela procurar padronizá-la.
mesma regra. 1911 Primeira Reforma Ortográfica em Portugal.
Essa reforma tentava uniformizar e
A ( )Um dado curioso do debate brasileiro sobre maioridade simplificar a escrita, mas não foi extensiva ao
penal é a insistência com que emerge a Brasil.
afirmação, peremptória, de que os jovens de hoje “não 1915 – A Academia Brasileira de Letras resolve
são ingênuos como os de antigamente" [...]". harmonizar a ortografia com a portuguesa.
B ( )Resumindo, a melhor evidência científica diz que 1919 – A Academia Brasileira de Letras revoga a sua
o cérebro de um jovem de 16 ou 17 anos ainda não atingiu resolução de 1915.
o desenvolvimento pleno [...]. 1924 – A Academia de Ciência de Lisboa e a
C ( )Claro, dissuasão não é a única função da pena. Há a Academia Brasileira de Letras começam a
questão da correção do comportamento e de tirar procurar uma grafia comum.
elementos perigosos de circulação [...]. 1929 – A Academia Brasileira de Letras lança um
D ( )Poucos cientistas endossam essa interpretação radical: novo sistema gráfico.
ser adolescente não basta para transformar ninguém em
criminoso. Há outros 1931 – Foi aprovado o primeiro Acordo Ortográfico
fatores também envolvidos, entre o Brasil e Portugal que visada suprir as
inclusive sociais [...] diferenças, unificar e simplificar a língua
portuguesa, contudo não foi posto em
QUESTÃO – 09 prática.
A única alternativa que possui, pelo menos, uma palavra 1943 Publicação do formulário Ortográfico.
indevidamente acentuada é:
1945 Segunda tentativa de unificação.
A ( ) fórceps-avícola
B ( ) lábaro-néctar.
1971- Acordos que deram ênfase à alteração dos
C ( ) homília-hieróglifo.
1973 acentos gráficos.
D ( ) ístmo - resfolego
1975- Esforços frustrados de unificação.
1986
QUESTÃO – 10
As palavras que são acentuadas tendo em vista a mesma 1990 Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
regra de acentuação são:
2008 Assinatura do Decreto nº 6.583/08 que
A( ) emergências - público. aprovou o Acordo Ortográfico.
B( ) funcionários - obrigatórias. 2009- Serão aceitas as duas ortografias até
C( ) será - ótimo. 2015 dezembro de 2015, exceto para os livros
D( ) futebolísticos - fazê-lo. didáticos, que deverão estar adaptados em
2010.
2016 Nova ortografia.
AULA 03 - FONOLOGIA -ORTOFONIA –
ORTOGRAFIA – PROSÓDIA – ORTOÉPIA 3.1 – O novo Acordo Ortográfico

3.0 - Cronologia das reformas ortográficas na língua A explicação mais usual para o Novo Acordo é que
portuguesa simplesmente se quer unificar a Língua Portuguesa entre os
8 países que a adotam como oficial. A língua é a expressão
Séc. XVI ao Séc. XVIII cultural de identidade de cada povo por excelência,
patrimônio de cada um de nós

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 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
“Portugal”,”TimorLeste”,”Brasil”,”Cabo Verde”,”Guné
Bissau”, “São Tomé”, “Angola” e “Moçambique”.
Com a unificação linguística alcançaremos maior
representatividade e prestígio em grandes fóruns
internacionais. Na ONU, por exemplo.
3.2 - ORTOFONIA – ORTOGRAFIA – PROSÓDIA – ORTOÉPIA
1°) ORTOFONIA: Parte da fonologia que trata da pronuncia
correta da palavras.
2º) ORTOGRAFIA: Orto (correto) grafia(escrita)
3º) PROSÓDIA: Está relacionada com a correta acentuação
das palavras tomando como padrão a língua considerada
culta. Os erros de prosódia recebem o nome de silabada.
Exs.: Sútil em vez de sutil / Côndor em vez de con dor /
rubrica em vez de rubrica
4°) ORTOEPIA: Pronuncia correta das palavras.
Pronunciar incorretamente uma palavra é cometer uma
cacoepia.
A norma não recomenda, mas no Brasil o E é
pronunciado aberto. O timbre da vogal E é aberto em:
coleta, cetro
O timbre da vogal O é fechado nas seguintes palavras.
Exs.: alcova, boda(s), controle, crosta, desporto,
filantropo, poça.
3.3 - Alteração no alfabeto
Alteração no alfabeto: Anteriormente, o alfabeto português
era constituído de 23 letras, sendo cada uma delas escrita
em maiúscula e em minúscula. O nosso alfabeto hoje tem
26 letras.
3.4 - Letra e Alfabeto
Letra: É a representação gráfica de um ou mais fonemas
(sons). Chamamos o conjunto de letras de ALFABETO.
A-B-C-D-E-F-G-H-I-J-K-L-M-N-O-P-Q-R-S-T-U-V-W-X-Y-Z
Em siglas e unidades de medida
K – potássio Kg – quilograma W – Oeste
A letra K é pronunciada como “C” e é, portanto, uma
consoante → Kelly
A letra W poderá ser pronunciada como “V” ou como “U”,
podendo ser vogal, semivogal ou consoante→ Walter –
Whisky
A letra Y é pronunciada como “i” e é, portanto, uma vogal
ou uma semivogal→ yacht (iate)
3.5 – Emprego das Letras e dos Dígrafos
A. Uso do h
O h não representa fonema algum e seu emprego obedece
a algumas regras:
● Emprega-se o h no final de algumas interjeições:
Exs.: ah! Oh!
● Emprega-se o h quando a etimologia (origem da palavra)
ou tradição escrita do nosso idioma assim determina.
Exs.: hábil, habilitação, hábito, honesto, hiato,
híbrido, hipoteca, hidrogênio, hífen, hélice,
herança, herói, hesitar, homem, higiene,
hora, honra, hoje, horizonte.
● No interior do vocábulo, não se usa h, exceto:
a) quando ele faz parte dos dígrafos ch, lh, nh .
Exs.: fecho, folha, rainha
b) nos compostos em que o segundo elemento com h
etimologicamente se une ao primeiro por hífen.
Exs.: pré-história, anti-higiênico.
● Por tradição, grafa-se com h o nome do estado: Bahia de
Todos os Santos
B. Uso do Ç
● Escreve-se com – çar– os verbos derivados de
substantivos terminados em – ce.
Exs.: alcance → alcançar / lance → lançar.
● Escrevemos com – ção as palavras derivadas de vocábulos
terminados em -to, -tor, -tivo e os substantivos formados
pela preposição do –ção ao tema de um verbo ( tema é o
que sobra, quando se retira a desinência do infinitivo –r –
do verbo)
Exs.: erudito → erudição / exceto →exceção / setor
→seção
intuitivo →intuição / redator →redação /
reeducar –r + ção = reeducação
exportar –r + ção = exportação
reparti –r + ção= repartição
● Escrevemos com –tenção os substantivos
correspondentes aos verbos derivados do verbo ter.
Exs.: manter = manutenção / reter = retenção
Deter = detenção / conter = contenção.
C. Uso do S
Emprega-se o (S) nos seguintes casos:
●Todas as palavras terminadas em –oso e –osa, com
exceção de gozo.
Exs.: cheiroso, formosa, dengosa e horroroso
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 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
● Nos sufixos -ês, -esa, indicadores de origem, nomes atual = atualizar
próprios, título de nobreza ou profissão.
● Escrevemos com -s os diminutivos terminados em -
Exs.: camponesa, milanês, marquês, duquesa, sinho, quando a palavra primitiva já possuir o -s no final do
Princesa, poetisa, Heloísa, Marisa radical.
● Toda a conjugação dos verbos pôr, querer e usar.
Exs.: Eu pus / Ele quis Nós usamos / Eles quiseram Primitiva + sufixo inho Diminutivo (derivado)
Quando nós quisermos / Se eles usassem. Pires Piresinho
● Todas as palavras terminadas em –ase, -ese, -ise e –ose, Lápis Lapisinho
com exceção de gaze e deslize. Português portuguesinho
Exs.: fase, crase, tese, osmose.
● Nas palavras derivadas de verbos terminados em –nder ● Escreveremos com -z- os diminutivos terminados em -
e – ndir. zinho e -zito, quando a palavra primitiva não possuir -s no
Exs.: pretender = pretensão / defender = defesa, final do radical.
defensivo
Compreender = compreensão / fundir = fusão Exs.: Primitiva Sufixo (inho/inha) Diminutivo
● As palavras derivadas de verbos terminados em –erter, - Derivada
ertir e ergir. raiz + inha raizinha
Exs.: perverter = perversão / converter = conversão juiz + inho juizinho
reverter = reversão / divertir = diversão papel + inho papelzinho
imergir = imersão pé + inho pezinho
● Escrevemos –puls nas palavras derivadas de verbos pai + inho paizinho
terminados em –pelir e –curs, nas palavras derivadas de
verbos terminados em –correr. G. Uso de SS
Exs.: expelir = expulsão / impelir = impulso
Compelir = compulsório / concorrer = concurso ● Escreveremos com -cess- as palavras derivadas de verbos
Discorrer = discurso / percorrer = percurso terminados em -ceder.
Exs: anteceder = antecessor;
D. Uso do ç ou s? exceder = excesso;
conceder = concessão
● Depois de ditongo emprega-se as letras C e Ç para ● Escreveremos com -press- as palavras derivadas de
representar o fonema /S/. verbos terminados em -primir.
Exs.: rejeição, foice, beiço, caução Exs: imprimir = impressão;
comprimir = compressa;
E. Uso do Z: deprimir = depressivo
Emprega-se Z nos seguintes casos: ● Escreveremos com -gress- as palavras derivadas de
verbos terminados em -gredir.
● Nos sufixos -ez / eza, formadores de substantivos Exs.: agredir = agressão;
abstratos a partir dos adjetivos. progredir = progresso;
Adjetivo Substantivo abstrato transgredir = transgressor
Insensato Insensatez ● Escreveremos com -miss- ou -mess- as palavras derivadas
Mesquinha Mesquinhez de verbos terminados em -meter.
Altivo Altivez Exs.: comprometer =
Magro Magreza compromisso; intrometer
= intromissão;
prometer = promessa;
F. Uso do S ou Z? remeter = remessa
● Escrevemos com -s, os verbos terminados em -sar,
quando a palavra primitiva já possuir o -s H. Uso de ç, s ou SS
Exs.: análise = analisar Em relação ao verbos terminados em -tir, teremos:
pesquisa = pesquisar
paralisia = paralisar ●Escreveremos com -ção, quando retirarmos somente a
desinência de infinitivo -r, dos verbos terminados em –tir
● Escrevemos com -z os verbos terminados em -zar, Exs.: curtir - r + ção = curtição
quando a palavra primitiva não possuir o -s no final do
radical. ●Escreveremos com -são, quando, ao retirarmos toda a
Exs.: canal = canalizar terminação -tir, a última letra for consoante.
Hospital = Hospitalizar Exs.: divertir - tir + são = diversão
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I.Uso do g doer ---- dói
● Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, - moer móis mói
úgio. Nota: O verbo doer não apresenta a 2ª pessoa do presente
Exs.: pedágio, colégio, litígio, relógio, subterfúgio. do indicativo
● Nos substantivos terminados em -gem, exceção feita a
pajem, lambujem e a conjugação dos verbos terminados em 3.6 – Acentuação Gráfica
-jar.
Exs.: a vertigem, a coragem, a aragem, a margem. O português, assim como outras línguas
neolatinas, apresenta acento gráfico. Sabemos que toda
palavra da Língua portuguesa de duas ou mais sílabas possui
J. Uso do j: uma sílaba tônica. Observe as sílabas tônicas das palavras
●Em palavras de origem indígena, africana ou popular. arte, gentil, táxi e mocotó. Você constatou que a tonicidade
Exs.: pajé, canjica, jibóia, jirau, jiló, jeca. recai sobre a sílaba inicial em arte, a final em gentil, a inicial
Exceção: Sergipe. em táxi e a final em mocotó.
Além disso, você notou que a sílaba tônica nem
● Em palavras derivadas dos verbos terminados em -jar. sempre recebe acento gráfico. Portanto, todas as palavras
Exs.: trajar = traje, eu trajei. com duas ou mais sílabas terão acento tônico, mas nem
encorajar = que eles encorajem. sempre terão acento gráfico. A tonicidade está para a
viajar = que eles viajem. oralidade (fala) assim como o acento gráfico está para a
escrita (grafia). É importante aprender as regras de
●As palavras derivadas de vocábulos terminados em -ja. acentuação pois, como vimos acima, independem
Exs.: loja = lojista; da fonética.
gorja = gorjeta;
canja = canjica. 3.7 - Acentuação Gráfica.
Reforma Ortográfica de 2009
K. Uso de x/ch
● Depois de ditongos normalmente se emprega X Regras Gerais
Exs.: enxame, enxoval, enxada, enxaqueca. 1º) Acentuam-se todas as proparoxítonas.
Exceção: recauchutar e guache. Ex.: Ortográfico, gástrico, íamos, hífenes.
● Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por enx-, com
exceção das derivadas de vocábulos iniciados 2º) Acentuam-se as paroxítonas terminadas em:
porch- e da palavra enchova. MACETE: Us / ei / um / l / i / r / ao / n / on / x / ps
Exs.: enxada, enxerto, enxerido, enxurrada. (Macete que sintetiza as terminações das paroxítonas
Exceção: Os verbos encher, encharcar e derivados acentuadas.)
escrevem-se com ch. Ex.: us – vírus / um – álbum , álbuns
● Depois da sílaba me- emprega-se x ei – (ditongo) - jóquei, história
Exs: mexer, mexilhão, mexicano, mexerico, mexerica. l – amável
Exceção: mecha e derivados. i(s) – júri / lápis
● Palavras de origem indígena e africanas são grafadas com r – repórter
x. ão(ã) – órgão / órfã
Exs.: xangô, xará, xavante, xingar, xique-xique. n – hífen
●Palavras do inglês aportuguesadas trocam o sh original por on – próton
x. x – ônix
Exs.: Xampu (de shampoo), xerife (de sheriff). ps – bíceps

L. Uso de e/ i Obs.: As paroxítonas terminadas em ens não recebem

●Os verbos terminados em -uar e -oar, escrevem-se com e acento.
na formas do presente do subjuntivo. Exs.: hifens, itens, polens, jovens.
Exs.: Efetuar efetues efetue
Continuar continues continue Obs.: Ao ser justificado o uso de acento paroxítono, faça-o
Abençoar abençoes abençoe assim:
Perdoar perdoes perdoe Ex.: dicionário – paroxítona terminada em ditongo
● Os verbos terminados em –uir, -oer -air escrevem-se com crescente (io).
i na 2ª e na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo.
Exs.: possuir possuis possui 3º) Acentuam-se as oxítonas terminadas em “a(s)”, “e(s)”,
retribuir retribuis retribui “o(s)”, “em” ou “ens”.
cair cais cai
sair sais sai
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 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
Exs.: sofá, ananás, café, revés, dominó, retrós, refém,
parabéns.
4º) Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em
“a(s)”, “e(s)”, “o(s)”.
Exs.: mó, dá, fé, pé, más, pás, pôs.
Regras Especiais
5º) Ditongos abertos “éi”, “éu”, e “ói”.
Obs.: Com a Reforma de 2009, esta regra não mais se aplica
em caso de paroxítonas.
COMO ERA COMO FICA
Heróico heroico
Apóio apoio
Assembléia assembleia
Estréia estreia
3.8 -Emprego do Hífen (Conforme Reforma Ortográfica de
2009)
1. Hífen em palavras compostas por justaposição.
Exs.: guarda-roupa – guarda-civil – cirurgião-dentista – pé-
de-moleque – etc.
2. Locais iniciados pelos adjetivos grã – grão verbos e
palavras ligados por artigo
Exs.: Grã-Betanha – Grão-Pará – Quebra-coco – Entre-os-
rios, etc.
3. Palavras derivadas designativas de espécies botânicas e
zoológicos.
Exs.: erva-doce – bem-te-vi, etc.
4. Advérbio bem + nomes iniciados por vogais ou
consoantes
Exs.: bem-vindo – bem-me-quer – bem-aventurado – bem-
estar, etc.
5. Advérbio mal + nome iniciados por vogais “e”
Exs.: mal-estar – mal-humorado
OBS.: mal + palavras iniciadas por consoante sem hífen
Exs.: malmequer – malcriado – malvisto
6. Além – aquém – recém – e sem
Exs.: além-mar – aquém-mar – recém-casado – sem-
cerimônia
7. Prefixos antes de palavras iniciadas por H
Exs.: mini-hotel – pré-história – super- homem
8 Prefixo com vogal igual à da iniciada na palavra
Exs.: contra-almirante – anti-inflamatório – micro-ondas
9. Prefixo terminado em “r” mais palavra iniciada por “r”
Exs.: inter-racial – super-resistente
10. Prefixos “pré, pró, pos, soto, sota, vice, vizo, ex−sempre
separado por hífen
Exs.: pré-concurso – pró-americano – pós-doutor – soto-
piloto – sota-mestre – vice-governador – vice-rei – ex-
prefeito
11. Prefixos circum – pan – mais palavras iniciadas com
vogal “h ou n”
Exs.: circum-escolar – circum-navegação – pan- americano
– pan-histórico – pan-mágico
12. Sufixos indígenas açu – guaçu – mirim – precedido de
vogal acentuado
Exs.: Ceará-mirim – amoré-guaçu.
Não se usa hífen:
a) Encontro de vogais diferentes – prefixo + palavra
Exs.: anteontem – autoestrada – infraestrutura – coautora.
b) Vogal + r ou s – duplicam-se as letras
Exs.: autorretrato – suprassumo – antissocial – minissaia –
antirrábica – cosseno – antirrugas.
3.9 Emprego dos Porquês
● Porque:
1) Introduz uma finalidade. Equivale a para que. Nesse
caso, porque é conjunção subordinativa final.
Ex.: Venha comigo porque não fique só.
2) Introduz uma causa. É uma conjunção subordinativa
causal.
Ex,: Ele a maltrata porque é estúpido.
● Por que:
1) Usa-se por que nas interrogativas diretas e indiretas.
Nesse caso, por que é um advérbio interrogativo.
Ex.: -Por que você a maltrata?
- Quero saber por que você a maltrata. (interrogativa
indireta)
2) Por que equivale a pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas
quais. O que é um pronome relativo.
Ex.: - Esse é o caminho por que passamos.
3) A construção é igual à anterior. No entanto, fica
subentendido o antecedente do pronome relativo (razão,
causa, motivo).
Ex.: Eis por que não te amo mais.
● Por quê / Quê:
Por quê é empregado em final de frase ou quando a
expressão estiver isolada.
O “que” passa a ser tônico em final de frase. Fica acentuado
antes de pausa forte, do ponto de interrogação, exclamação
ou final.
Exs.:
Agradecida. – Não há de quê.
O professor marcou novos testes, ninguém sabe por quê.
Quem foi ao show adorou. Você quer saber por quê?
Tanta correria pra quê?!
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 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
Você é especial, sabe por quê?
● Porquê:
Porquê é um substantivo. Equivale a causa, motivo, razão.
Ex.: Não me interessa o porquê de seu comportamento.
Note que, neste caso, o artigo precede o porquê.
EXERCÍCIOS:
QUESTÃO – 01 COLÉGIO NAVAL MARINHA
Qual opção apresenta o termo corretamente redigido
conforme a norma culta da Língua Portuguesa?
A( ) Os jovens da Geração Y estão sempre anciosos por
constantes desafios.
B( )A extensão da capacidade dos jovens de fazer várias
tarefas pode ser percebida na utilização das ferramentas
virtuais.
C ( ) O Departamento de Educação dos Estados Unidos
pesquizou o desempenho cognitivo e motivacional de
crianças que tiveram acesso a ferramentas vituais.
D ( )Os jovens da Geração Y têm certo despreso pela rigidez,
por isso não conseguem passar mais de três meses no
mesmo trabalho.
E ( ) A análize que se faz do jovem dessa nova geração
também leva em conta o questionamento sobre a
realização pessoal e profissional.
QUESTÃO – 02COLÉGIO NAVAL – MARINHA
Marque a opção que obedece às regras de emprego do
termo destacado.
A ( )Por quê não há ainda uma dose ideal para o uso da
internet os pais devem temê-la?
B ( ) Os psiquiatras e psicólogos procuram saber por quê o
jovem fica conectado à web por uma eternidade.
C ( ) Investigar por que ter mais amigos na rede do que fora
dela é um dos desafios levantados pelos psicólogos.
D( )Em relação à dependência da web, é preciso investigar
porquê isso acontece, mas sempre com a intenção de agir
em busca de soluções.
E( ) Procura-se detectar porque alguém deixa de fazer uso
saudável e produtivo da rede para estabelecer com ela uma
relação doentia.
QUESTÃO – 03
Identifique a alternativa em que há um vocábulo cuja grafia
não atende ao previsto no Acordo Ortográfico:
A ( ) aguentar – tranquilidade – delinquente – arguir –
averiguemos;
B( ) cinquenta – aguemos – linguística – equestre –
eloquentemente;
C ( ) apaziguei – frequência – arguição – delinquência –
sequestro;
D ( ) averiguei – inconsequente – bilíngue – linguiça –
quinquênio;
E( )sequência – redargüimos – lingueta – frequentemente –
bilíngue.
QUESTÃO – 04 COLÉGIO NAVAL- MARINHA
Assinale a opção cujas palavras são, respectivamente,
acentuadas pela mesma justificativa das que aparecem
destacadas em "Na avaliação de uma das psicólogas, 'Os
pais não devem temer o computador, mas, sim, orientar os
Você erra os porquês simplesmente porque nunca deu
muita atenção a eles. O uso é muito simples.
Lendo esta seção, você vai entender por que os porquês
não são - nem de longe – um bicho de sete cabeças.
filhos sobre como usá-lo de forma útil e saudável'."
A( ) Família, incluí-lo, saída.
B ( )Prognóstico, atrás, fútil.
C ( ) Plausível, alguém, factível.
D ( ) Alcoólatra, razoável, vício.
E ( ) Múltiplos, amá-la, intolerância.
QUESTÃO – 05
O uso do acento diferencial, consoante as novas regras, é
facultativo nos seguintes casos, exceto em:
A ( ) fôrma (significando molde)
B ( ) pôde (no pretérito perfeito do indicativo);
C ( ) cantámos (no pretérito perfeito do indicativo);
D ( ) amámos (no pretérito perfeito do indicativo);
E () dêmos (no presente do subjuntivo).
QUESTÃO – 06 – COLÉGIO NAVAL - MARINHA
Assinale a opção em o emprego do hífen, segundo as regras
do mais recente Acordo Ortográfico, está incorreto.
A ( ) Vamos comprar um anti-inflamatório porque ela
está superresfriada.
B ( ) O quadro foi protegido com vidro antirreflexo
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 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
C ( ) Ele era corréu na acusação de ter assassinado
o contrarregra
D( ) O grupo antissequestro já participa da investigação.
E ( ) Trata-se de uma informação semioficial.
QUESTÃO – 07
Identifique a alternativa em que um dos vocábulos,
segundo o Acordo Ortográfico, recebeu indevidamente
acento gráfico:
A ( ) céu – réu – véu;
B ( ) chapéu – ilhéu – incréu;
C ( ) anéis – fiéis – réis;
D ( ) mói – herói – jóia;
E () anzóis – faróis – lençóis.
QUESTÃO – 08
As sequências abaixo contêm paroxítonas que, segundo
determinada regra do Acordo Ortográfico, não são
acentuadas.
Deduza qual é essa regra e assinale a alternativa a que ela
não se aplica:
A ( ) aldeia – baleia – lampreia – sereia;
B ( ) flavonoide – heroico – reumatoide – prosopopeia;
C ( ) apoia – corticoide – jiboia – tipoia;
D ( ) Assembleia – ideia – ateia – boleia;
E ( ) Crimeia – Eneias – Leia
QUESTÃO – 09 – COLÉGIO NAVAL - MARINHA
Assinale a opção em que todas as palavras se completam
adequadamente com a letra entre parênteses:
A( ) en.....aguar / pi.....e / mi.....to (x)
B( ) exce.....ão / Suí.....a / ma.....arico (ç)
C( ) mon.....e / su.....estão / re.....eitar (g)
D( ) búss.....la / eng.....lir / ch.....visco (u)
E( ) .....mpecilho / pr.....vilégio / s.....lvícola (i)
QUESTÃO – 10
Conforme o Acordo Ortográfico, os prefixos pós-, pré- e
pró-, quando átonos, aglutinam-se com o segundo
elemento do termo composto.
Marque a alternativa em que, segundo as novas regras, há
erro de ortografia:
A ( ) posdatar – predatar – proamericano – progermânico;
B ( ) predefinir – predestinar – predizer – preexistência;
C ( ) prejulgar – prelecionar – prenomear – preordenar;
D ( ) preanunciar – preaquecer – preconcebido – precognição;
E ( ) preposto – procônsul – procriação – prolação.
AULA 04 - INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - TIPOLOGIA
TEXTUAL
4.0 – Tipos Textuais
A tipologia textual diz respeito à forma como um
determinado texto é apresentado. Assim, as diferentes
tipologias textuais são: narração, dissertação, descrição,
informação e injunção.
Os tipos textuais fundam-se em critérios internos
(linguísticos e formais).
4.1 – NARRAÇÃO – SEQUÊNCIA TEMPORAL
Existe uma narração quando o narrador apresenta
uma sequência de fatos ocorridos com um ser ou mais
(personagens) em um espaço de tempo e em determinado
lugar (ou lugares). Uma narração deve apresentar três
partes: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão.
→Características
• a presença de verbos que indicam ação, advérbios
temporais e conjunções temporais;
• sucessão temporal;
• o objetivo de relatar os fatos;
• tempos verbais: presente e pretérito-perfeito do
Indicativo.
→ Elementos da Narrativa - Narrador
a) participante (= 1ª Pessoa )
b) simples observador do fato narrado (= 3ª Pessoa )
→ Foco Narrativo
Maneira como o narrador se situa em relação ao que está
sendo narrado: 1ª Pessoa ( eu / nós ), ou se distancia dela e
escreve na 3ª Pessoa (utilização do índice de
indeterminação do sujeito – “se” )
→ Enredo ou Ação
A sequência dos fatos ou acontecimentos.
→ Personagem ou Personagens
Pessoas que atuam na narrativa, além do narrador.
→ Tempo
A extensão de tempo cronológico ou psicológico em que
tudo acontece: horas, dias, meses, anos ou até minutos.
→Espaço Geográfico
O local onde os fatos ou as cenas acontecem: o campo, a
cidade, a casa, a vila, a estrada, a praia, a rua etc.
→ Exemplos de textos narrativos
Piadas, notícias, reportagens, romances, contos, relatos
pessoais, etc.
12
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
4.2 - DISSERTAÇÃO
A dissertação é um tipo de texto em que o autor
explana e expõe ideias, razões. Predominam os conceitos
abstratos, muitas vezes fora das esferas do tempo e do
espaço. Não há progressão temporal entre os enunciados,
mas sim relações de natureza lógica.
→ Características
• conectores relacionando argumentos;
• mecanismos de coesão;
• ausência da sucessão do tempo;
• objetivo de discutir, informar ou expor ideias;
• presença de opiniões e argumentos, com os verbos no
presente do Indicativo.
→Texto Dissertativo
Expositivo – Sequência Analítica
- Discute o assunto;
- Expõe o que o autor sabe sobre o assunto;
- Apresenta fatos reais, estudos científicos, estatísticas.
Argumentativo – Sequência Contrastiva Explícita
- Defende uma opinião = TESE;
- Persuasão, convencimento;
-Apresenta argumentos.
→Exposição ou argumentação?
“O Pantanal possui a maior concentração de fauna das
Américas, com cerca de 1.500 espécies animais. Essa
extrema riqueza biológica desperta a avidez dos caçadores,
que olham para a reserva como se ela fosse um paraíso de
alvos a sua disposição. Ali, os agentes florestais são
recebidos com as mesmas balas que matam animais da
região. O desmatamento para a implantação de áreas para
o pasto também estão contaminados pelo mercúrio que os
garimpos clandestinos jogam na água.”
A sociedade do Estado do Rio de Janeiro encontra-se refém
do medo. Rotineiramente, as pessoas se deparam com
sequestros, balas perdidas, tiroteios entre policiais e
bandidos e outros tipos de violência que colocam cidadão
carioca como vítima direta da convulsão social em que vive
a cidade maravilhosa. Nesse sentido, é fundamental
entender o caos atual para que, de posse das causas desse
movimento, possamos criar mecanismo para uma rápida e
necessária pacificação da sociedade.
→Estruturação Argumentativa
Quando lemos um texto não estamos apenas
juntando palavras, frases. Na verdade, estamos buscando
nele suas ideias principais, isto é, verificando como se dá
sua estrutura argumentativa. Para que possamos avaliar um
texto em sua essência, devemos buscar os elementos que o
compõe. Por exemplo, ao iniciar a leitura, deparamo-nos
com o TEMA, ou seja, o assunto sobre o qual repousa a
discussão do texto, o motivo da argumentação.
4.3 – Descrição – Sequência de Localização
Consiste na caracterização de pessoas, objetos ou
lugares, particularizando o que se deseja ser ressaltado.
Uma descrição completa inclui distinções sutis úteis para
distinguir uma coisa de outra. A descrição caracteriza-se por
ser um “retrato verbal” de pessoas, objetos, animais,
sentimentos, cenas ou ambientes.
→Características
• predominância de substantivos e adjetivos;
• ausência de passagem do tempo;
• o objetivo de identificar e qualificar os fatos;
• tempos verbais: o presente e o imperfeito do
indicativo.
→Descrição Objetiva ou Subjetiva?
“O animal mais conhecido da Austrália é o canguru. Ele
possui um rabo comprido e cabeça pequena para o
tamanho do corpo. Na frente da barriga, o animal tem uma
bolsa que dá para colocar seu filhote. Para se movimentar,
usa as duas patas traseiras para pular.”
“No jardim zoológico havia um pavão que mais parecia uma
noiva: era todo branquinho como se fosse coberto com
flocos de neve. Quando abria a sua cauda, um leque de
penas se formava como um longo vestido de noiva. Isso o
tornava uma figura feliz.”
4.4 – Informação
Os textos informativos têm o objetivo de abordar
algum tema e transmitir conhecimento a respeito desse
tema, dados e conceitos.
Isso é o que acontece em reportagens de revistas
e jornais, verbetes de dicionários e enciclopédias, artigos de
divulgação cientifica e livros didáticos.
A maioria dos leitores quando tem em mãos um
texto informativo tem a expectativa de aprender alguma
coisa com a leitura.
Incluímos neste tipo de textos todos os
compreendidos no jornalismo: jornais, revistas, folhetos,
com suas diferentes variedades (notícias, reportagens,
artigos diversos, anúncios etc.). Incluímos também a
correspondência, embora possa haver cartas que se
encaixariam melhor num modelo literário. No entanto, a
maior parte de correspondência que recebemos e
enviamos tem como finalidade informar algo concreto.
→Características de um texto informativo:
Função: Conhecer ou transmitir explicações e informações
de caráter geral.
Seu objetivo é compreender ou comunicar as características
principais do tema, sem maior aprofundamento.
→ Modelos de textos informativos
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Jornais e revistas, livros de divulgação, folhetos, notícias,
artigos e reportagens, anúncios e propaganda, avisos,
anúncios públicos, convites, correspondência pessoal ou
comercial, entrevistas.

→ Conteúdo
Muito diverso, em função do tema (notícias, anúncios,
cartas etc.).

→Formato
Texto em prosa, com características específicas de cada
modelo.

→Procedimentos de leitura
Uso de indicadores de aproximação ao conteúdo (títulos,
fotos, imagens, tipografia, seções do jornal etc.);
Identificação do tema da informação;
Identificação da ideia principal;
Identificação dos detalhes principais.
Ex.:

4.5 – Texto Injuntivo / Instrucional

Indica como realizar uma ação. É utilizado para

predizer acontecimentos e comportamentos. Utiliza 4.6 - COESÃO E COERÊNCIA
linguagem objetiva e simples. Os verbos de ação são, na sua
maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se COESÃO COERÊNCIA
também o uso do infinitivo e o uso do futuro do presente
do modo indicativo.
Elemento de ligação Continuidade de
→ Modelos de textos injuntivos da superfície textual sentido do texto.
Previsões de tempo, receita culinárias, manuais, leis, bula
de remédio, convenções, regras e eventos Exs.:
“Os políticos, apesar de serem eleitos pelo povo, faltam
muito ao trabalho”. “Os casais antigos eram seguros, mas
os casais de hoje preferem viajar bastante”.

4.6.1 - Coesão Textual

Para redigirmos um texto de qualidade, um dos
princípios básicos pelo qual devemos nos guiar é o da
coesão textual, pois um texto coeso nos oferece ideias
relacionadas entre si, dando-nos melhores condições de
entendê-lo.

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4.6.2 - Texto Em Verso e Prosa
Amor e sexo – Arnaldo Jabor
“Amor é um livro – Sexo é esporte
Sexo é escolha – Amor é sorte.
Amor é pensamento, teorema
Amor é novela – Sexo é cinema.
Sexo é imaginação, fantasia Amor é prosa – Sexo é poesia.
O amor nos torna patéticos.
Sexo é uma selva de epiléticos (...)”
O amor estudado
O amor é um valor abstrato. Parte de uma noção
também abstrata de satisfação e, posteriormente, da
valoração de, para ser feliz, necessita-se daquele ser
amado. Nesse sentido, entende-se esse sentimento como
um mecanismo de aproximação das pessoas. Às vezes, beira
a passionalidade e a violência. Nesse formato, ele não deve
ser lido como um sentimento, mas distúrbio psíquico.
4.6.3 - Coesão Referencial (Recuperação Rápida)
→ Endofórica
→ Anafórica
Endofórica – relaciona termos dentro do texto. Se divide
em anafórica e catafórica.
Exofórica – relaciona termos de fora do texto para dentro.
Também é chamada de dêitica, díctica.
Anafórica – faz referência a algo já dito anteriormente no
texto.
Ex.: Matei o presidente. Aquele homem governava com
sangue.
Catafórica – faz referência a algo que ainda será dito no
texto.
Ex.: Nossa meta é esta: ganhar dinheiro;
Dêitica – localiza alguma coisa no espaço/tempo;
Ex.: Ali será amarelo. (faz referência a algo externo, que
não está no texto)
4.6.4 -Tipos De Recuperação Rápida
→ Pronome Pessoal
O cachorro está ferido. O motociclista atropelou-o. Rosane
é uma menina de ouro. Ela é muito prestativa.
→ Pronome Relativo
Refiro-me às meninas que estão de saia rosa.
→ Pronome Demonstrativo
Sempre procura a paz. Isso é o que importa.
→Advérbio
A casa de Búzios era realmente demais. Ali passávamos as
férias.
4.7- Análise da coesão nos pronomes demonstrativos
1° Caso: Referencial
Os homens chegaram. Isso abalou as mulheres. Disse-me
isto: faça o melhor.
2° Caso: Distributivo
Patrícia e Gisela eram muito corretas. Esta, muito
responsável. Aquela, pontual.
3° Caso: Enumerativo
(reforçado de numeral) Estes dois problemas precisam de
solução: o erro e o descuido.
4.8 - Coesão Lexical
● Adoro Memórias Póstumas de Brás Cubas. Não deixo de
ler Machado de Assis.
● Vanessa passeia com o seu cão todos os dias, mas hoje o
animal quebrou a patinha.
● Gosto de branco. Roupa alva nos deixa belos.
4.9 - Coesão Elíptica
● A alguns, a vida oferece muito; a outros, pouco.
● Ele era muito orgulhoso. Ofendia-se, irritava-se com
qualquer brincadeira.
● Os industriais estão apoiando e vão votar no nosso
candidato.
4.10- Coesão Transfrástica
●A turma está com dificuldade em Português. Eles
perguntam sempre a mesma coisa.
●A massa dos sem-terra buscou até agora o caminho
político para alcançar os seus objetivos. Deveriam continuar
ou buscar uma solução armada?
●O trabalhador ainda acredita em vida digna com salário
mínimo. Eles vivem em um mundo em que a única coisa boa
presente mesmo é poder acreditar.
4.11- Valor Dêitico
Dêitico = enunciativo
Tipos: pessoa, lugar e tempo
Significação contextual
“ As crianças já estavam na sala de “entretenimento”
quando um rapaz com um canivete se aproximou. Eu
continuei aqui parada. Uma fila de carro bloqueava a outra
saída e você via tudo Manoel, mas não fazia nada. Hoje,
entendo que corríamos riscos graves. A boate não
apresentava segurança. Lá não havia segurança.”
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EXERCÍCIOS:
QUESTÃO – 01- EPCAR - AERONÁUTICA
Sobre o texto narrativo, pode-se afirmar:
A ( ) A estrutura textual é semelhante ao texto descritivo
B( ) A postura do autor é de argumentador
C ( ) Há, exaustivamente, o uso de presente do indicativo.
D ( ) O enredo é prioritário
QUESTÃO – 02- COLÉGIO NAVAL MARINHA
Leia o trecho a seguir.
"Quando pego uma traseira de caminhão e aquela chuva
de grãos me assusta, penso rápido e fico calmo: faz parte
da competição e temos de ser campeões."
Em que opção a reescritura do trecho acima está correta,
considerando a manutenção dos sentidos e o uso da
modalidade padrão?
A ( ) Assim que pego uma traseira de caminhão e aquela
chuva de grãos me assusta, mas penso rápido e fico calmo:
faz parte da competição e temos de ser campeões.
B( ) Assim que pego uma traseira de caminhão e aquela
chuva de grãos me assusta, penso rápido e fico calmo:
porque faz parte da competição e temos de ser campeões.
C ( ) Conquanto pego uma traseira de caminhão e aquela
chuva de grãos me assusta, penso rápido e fico calmo; faz
parte da competição e temos de ser campeões.
D( ) Uma vez que pego uma traseira de caminhão e aquela
chuva de grãos me assusta, penso rápido e fico calmo, faz
parte da competição e temos de ser campeões.
E( ) Porquanto pego uma traseira de caminhão e aquela
chuva de grãos me assusta, penso rápido e fico calmo: faz
parte da competição e temos de ser campeões.
QUESTÃO – 03 EPCAR- AERONÁUTICA
TEXTO
O trabalho escravo de hoje pouco lembra aquele de outrora
– com trabalhadores acorrentados ou castigados sob
desmandos vários. Mas nem por isso ele é menos cruel.
Senzalas foram substituídas por barracos imundos.
Correntes foram trocadas por regimes inescapáveis de
servidão. O próprio sítio do MPT - Ministério Público do
Trabalho – traz uma página especialmente dedicada ao
assunto; “ trabalho forçado, servidão por dívidas, jornadas
exaustivas ou condições degradantes como alojamento
precário, água não potável, alimentação inadequada, falta
de registro, maus-tratos e violência” são alguns dos itens
elencados pelo órgão.
(Kugler, Henrique: Ciência Hoje, número 309/vol 52/ novembro de 2013,
pág.37)
Sobre o texto , é correto afirmar que
A ( ) o trabalho escravo de hoje é mais cruel que o do
passado, mantendo regimes inescapáveis de servidão.
B ( ) os barracos imundos que substituem as senzalas
mantêm os negros acorrentados da mesma forma que
outrora.
C ( ) as condições de vida de pessoas escravizadas hoje são
iguais às do passado, segundo o encontrado no sítio do
MPT.
D ( ) o tratamento sub-humano e degradante dado a
trabalhadores é equivalente ao dado aos escravos no
passado.
QUESTÃO –04 EPCAR- AERONÁUTICA
Assinale a opção cuja reescrita preservou o sentido original
do fragmento retirado do texto e/ou manteve a norma
padrão da linguagem.
A ( ) “O trabalho escravo de hoje pouco lembra aquele de
outrora.”( l.1 e 2). Hoje, lembra-se pouco do trabalho
escravo de outrora.
B ( ) “...alimentação inadequada, falta de registro, maus-
tratos e violência” são alguns dos itens elencados pelo
órgão.” (l.11 a 13). O órgão elencou alguns itens como
alimentação inadequada, falta de registro, maus-tratos e
violência.
C ( ) “O próprio sítio do MPT - Ministério Público do
Trabalho – traz uma página especialmente dedicada ao
assunto.” (l.6 a 8). O MPT - Ministério Público do Trabalho –
é o próprio assunto trazido em uma página do seu sítio.
D ( ) “Senzalas foram substituídas por barracos imundos.
Correntes foram trocadas por regimes inescapáveis de
servidão.” - (l. 4 a 6). Substituíram senzalas e correntes nos
barracos imundos e nos regimes inescapáveis de escravidão.
TEXTO – QUESTÕES 05 E 06
Canção de EPCAR
letra: Ten. Inf. Roberto Carlos de Breynner música:
SO Mus Nestor Gomes da Silva
Somos da Escola Preparatória
De Cadetes do Ar,
A nossa glória
É honrar a farda,
Nosso lema
É estudar.
Escola de Barbacena,
Entre montanhas
E o céu de anil Estribilho
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Preparas, para o futuro,
Os jovens do Brasil
Mais tarde, na Academia,
Como pilotos
Na paz ou guerra,
Levaremos bem para o alto
O pendão
De nossa Terra.
Nós, os alunos da Força Aérea,
Com valor, com moral,
Sempre lutando,
Alcançaremos Nossa meta,
Nosso ideal.
Escola de Barbacena... Estribilho
QUESTÃO – 05-EPCAR AERONÁUTICA
Analise as afirmativas abaixo.
I) A EPCAR, Escola de Barbacena, é exaltada por preparar
jovens que elevarão o pendão brasileiro, na paz ou guerra.
II) Prevalece, na canção, a 1a pessoa; somente quando há
uma interpelação é que se emprega a 3ª pessoa do singular.
III) O lema do aluno da EPCAR é honrar a farda e estudar
elevando, assim, o nome de nossa terra.
IV) “É estudar” (linha 6) é um termo oracional que
complementa um vocábulo verbal.
Estão corretas apenas
A ( ) I e II.
B ( )III e IV
C ( ) I e III.
D( )II e IV.
QUESTÃO – 06 – EPCAR AERONÁUTICA
Sobre o Texto , é correto afirmar que :
A ( ) há no texto uma abordagem da vida do cadete em
dois eixos temporais.
B ( ) em toda a canção predomina a função fática da
linguagem.
C ( ) o eu lírico prioriza a grandiosidade dos alunos.
D ( ) se destaca a cidade de Barbacena entre as demais.
QUESTÃO – 07 – COLÉGIO NAVAL - MARINHA
Qual a tipologia textual do trecho apresentado abaixo?
“Dona Julieta chamou os filhos mais novos para uma
conversa séria. Era uma manhã de domingo, o dia estava
claro e ensolarado. Pediu a eles que compreendessem a
situação do pai, que não tinha no momento condição de
colocá-los em uma escola melhor”.
A ( ) dissertação subjetiva
B ( ) descrição
C ( ) narração com alguns traços descritivos
D ( ) dissertação objetiva com alguns traços descritivos
E ( ) narração com alguns traços dissertativos
TEXTO – QUESTÕES 08 E 09
Bullying pode ser uma das explicações para a
tragédia nos EUA
FERNANDA BASSETTE
O estudante Cho Seung-Hiu, 23, autor do massacre
que resultou na morte de 32 pessoas na Universidade de
Tecnologia da Virgínia, nos Estados Unidos, foi vítima de
bullying escolar. Segundo seus colegas, ele era
ridicularizado durante o ensino médio por causa do excesso
de timidez e do “jeito esquisito de falar”. Para os
especialistas ouvidos pelo G1, a agressão moral sofrida por
Seung-Hiu pode ser uma das explicações para o ataque. O
estudante, que também apresentava transtornos
psicológicos, suicidou-se após o tiroteio.
(http://g1.globo.com/noticiais. Acesso em 22/04/2007)
QUESTÃO – 08 – EPCAR AERONÁUTICA
Sobre o texto, é INCORRETO afirmar que :
A ( ) é possível que a tragédia ocorrida nos EUA,
recentemente, tenha sido provocada também pelo bullying
sofrido por Cho Seung-Hiu.
B ( ) Cho Seung-Hiu foi vítima e se transformou em
agressor, reproduzindo de forma absurda a violência
sofrida.
C ( ) geralmente, os agressores, do sexo masculino, gostam
de mostrar poder sobre os mais tímidos.
D ( ) no ensino médio, Cho era alvo de chacota dos colegas
por suas características peculiares
QUESTÃO – 09 – EPCAR AERONÁUTICA
Ordene os períodos abaixo, observando a perfeita coesão e
coerência, formando um texto.
( ) Segundo o escrivão de polícia da cidade, José Melônio
Heston, o agressor comprou um revólver calibre 38, dias
antes do crime.
( ) “O menino que ele matou, por exemplo, já tinha jogado
lama nele”, contou.
( ) Por volta da 19h30min do dia 4 de fevereiro, ele foi até a
casa de um colega de 14 anos, que o provocava na escola,
e o matou.
( ) Em 2004, um adolescente de 17 anos, de Remanso, na
Bahia, atirou contra um colega depois de ser ridicularizado
na escola.
( ) “Não sei por que, mas ele (o atirador) sofria muita
humilhação na escola.” (http://g1.globo.com/noticias Acesso em
27/4/2007. Adaptado)
A sequência correta é:
A ( ) 1, 4, 2, 3, 5.
B ( ) 2, 5, 3, 1, 4.
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 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
C ( ) 4, 2, 1, 5, 3.
D ( ) 3, 1, 4, 5, 2.
QUESTÃO – 10
Sobre os tipos textuais, é correto afirmar, exceto:
A ( ) Os tipos textuais são caracterizados por propriedades
linguísticas, como vocabulário, relações lógicas, tempos
verbais, construções frasais, etc.
B ( ) Os tipos textuais são: narração, argumentação,
descrição, injunção e exposição.
C( ) Geralmente variam entre cinco e nove tipos.
D ( ) Possuem um conjunto ilimitado de características, que
são determinadas de acordo com o estilo do autor,
conteúdo, composição e função.
AULA 05 – GÊNERO TEXTUAL-
5.1 - GÊNEROS TEXTUAIS
Todos os textos se manifestam sempre num ou
outro gênero textual. Eles distribuem-se pelas duas
modalidades num contínuo, desde os mais informais aos
formais e em todos os contextos e situações da vida
cotidiana.
Os gêneros textuais fundam-se em critérios
externos (sócio-comunicativos e discursivos).
→Os Gêneros textuais podem ser :
● Orais – Uso da linguagem falada
Notícias de televisão ou rádio, conversa, telefonema, aula
expositiva.
Novenas e ladainhas, embora tenham sido escritas, seu uso
sempre é oral. Ninguém reza por escrito e sim oralmente.
●Escritos – Uso da linguagem escrita
Cartas, bilhetes, e-mail, lista, aviso, resumo, propagandas,
relatórios, etc.
● Multimodais – Uso de várias formas de linguagem
Escrita, imagem, fala, gestos, etc.
Ex.: propaganda, charge, capa de jornal, etc.
5.2 – Cada esfera da atividade humana produz seu conjunto
de gêneros textuais:
●Interpessoal
Cartas, bilhetes, e-mail, conversa, etc.
●Jornalismo
Notícias, reportagem, editorial, etc.
●Religioso
Sermão, oração, rezas, catecismo, etc.
●Saúde
Receita médica, bula de remédio, atestado médico, etc.
●Comercial
Nota de compra, fatura, boleto, etc.
●Jurídico
Contrato, leis, regimento, estatuto, certidão, etc.
●Publicitário
Anúncio, cartaz, folheto, outdoor, etc.
●Lazer
Piada, adivinha, história em quadrinhos, etc.
● Ficcional
Conto, poema, peça de teatro, romances, etc.
●Acadêmicos
Fichamento, resumo, resenha, ensaio, relatório, entrevista
técnica, pré-projeto, projeto de pesquisa, artigos, TCC,
monografias, dissertação, tese, etc.
EXERCÍCIOS:
QUESTÃO – 01
Partindo do pressuposto de que um texto estrutura-se a
partir de características gerais de um determinado gênero,
identifique os gêneros descritos a seguir:
I. Tem como principal característica transmitir a opinião de
pessoas de destaque sobre algum assunto de interesse.
Algumas revistas têm uma seção dedicada a esse gênero;
II. Caracteriza-se por apresentar um trabalho voltado para
o estudo da linguagem, fazendo-o de maneira particular,
refletindo o momento, a vida dos homens através de figuras
que possibilitam a criação de imagens;
III. Gênero que apresenta uma narrativa informal ligada à
vida cotidiana. Apresenta certa dose de lirismo e sua
principal característica é a brevidade;
IV. Linguagem linear e curta, envolve poucas personagens,
que geralmente se movimentam em torno de uma única
ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas
ações encaminham-se diretamente para um desfecho;
V. Esse gênero é predominantemente utilizado em manuais
de eletrodomésticos, jogos eletrônicos, receitas, rótulos de
produtos, entre outros.
São, respectivamente:
A ( ) texto instrucional, crônica, carta, entrevista e carta
argumentativa.
B( ) carta, bula de remédio, narração, prosa, crônica.
C ( ) entrevista, poesia, crônica, conto, texto instrucional.
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 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
D ( ) entrevista, poesia, conto, crônica, texto instrucional.
QUESTÃO – 02
Assinale a alternativa que associa, respectivamente, as
características e função social aos gêneros mencionados
abaixo:
1. Pequena narrativa em que os animais são as personagens
protagonistas. Apresenta uma crítica ao comportamento
humano por meio da atitude de animais. Esse gênero serve
como distração e moralização, pois apresenta
determinados valores considerados socialmente aceitos.
2. Texto com linguagem verbal e não verbal, da ordem do
descrever/prescrever, com uso de elementos voltados para
determinado público-alvo, cujo objetivo é despertar
sentidos ou desejos; apresenta predomínio da sugestão
sobre a informação.
3. Texto com as mesmas características básicas da narração,
sem, contudo, apresentar conflito. Tem a função social de
representar experiências vividas situadas no tempo.
A ( ) Crônica, fábula, anúncio publicitário.
B ( ) Fábula, conto, notícia de jornal.
C ( ) Relato autobiográfico, anúncio publicitário, fábula.
D ( ) Fábula, anúncio publicitário, relato autobiográfico.
QUESTÃO – 03
O dia em que o peixe saiu de graça
Uma operação do IBAMA para combater a pesca
ilegal na divisa entre os Estados do Pará, Maranhão
e Tocantins incinerou 10 km de redes usadas por
pescadores durante o período em que os peixes se
reproduzem. Embora tenha um impacto temporário na
atividade na região, a medida visa preservá-la ao longo
prazo, evitando o risco de extinção dos animais. Cerca de 15
toneladas de peixes foram apreendidas e doadas para
instituições de caridade.
Época. 23 mar. 2009 (adaptado).
A notícia acima, do ponto de vista de seus elementos
constitutivos:
A ( ) apresenta argumentos contrários à pesca ilegal.
B( ) tem um título que resume o conteúdo do texto.
C( ) informa sobre uma ação, a finalidade que a motivou
e o resultado dessa ação.
D ( ) dirige-se aos órgãos governamentais dos estados
envolvidos na referida operação do Ibama.
E ( ) introduz um fato com a finalidade de incentivar
movimentos sociais em defesa do meio ambiente.
QUESTÃO – 04
Joaquim Maria Machado de Assis, cronista,
contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista,
romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de
Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um operário
mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de
D. Maria Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a
tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua,
perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria
Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o
matricula na escola pública, única que frequentou o
autodidata Machado de Assis.
Disponível em: http://www.passeiweb.com. Acesso em: 1 maio 2009.
Considerando os seus conhecimentos sobre os gêneros
textuais, o texto citado constitui-se de:
A ( ) fatos ficcionais, relacionados com outros de caráter
realista, relativos à vida de um renomado escritor.
B ( ) representações generalizadas acerca da vida de
membros da sociedade por seus trabalhos e vida cotidiana.
C ( ) explicações da vida de um renomado escritor, com
estrutura argumentativa, destacando como tema seus
principais feitos.
D ( ) questões controversas e fatos diversos da vida de
personalidade histórica, ressaltando sua intimidade familiar
em detrimento de seus feitos públicos.
E ( ) apresentação da vida de uma personalidade,
organizada sobretudo pela ordem tipológica da narração,
com um estilo marcado por linguagem objetiva.
QUESTÃO – 05
Quando o indivíduo está em conflito com outra
pessoa, na empresa ou em outro contexto, cujos interesses
não compartilham e são manifestos antagonismos pessoais
ou diferenças de personalidade decorrentes de relações de
interdependência entre esses indivíduos no trabalho, é
correto afirmar que há:
A ( ) conflito organizacional.
B ( ) conflito intrapessoal.
C ( ) dissonância cognitiva.
D ( ) conflito interpessoal.
E ( ) conflito social.
AULA 06 – LINGUÍSTICA - SEMÂNTICA
6.1 - Linguística
A linguística é a ciência encarregada do estudo da
linguagem e suas manifestações.
De modo geral, o estudo da língua é dividido em:
19
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL

● semântica (estudo dos significados),
●morfologia (estudo das estruturas),
● sintaxe (estudo das construções das
frases), ●fonética (estudo dos sons),
●pragmática (estudo dos discursos)
● estilística (estudo dos estilos).
Não obstante, existe um grupo de linguistas que
incluem nos estudos da linguagem:
● fonologia (estudo dos padrões sonoros),
● lexicologia (estudo do vocabulário de uma língua) e
● filologia (estudo dos textos antigos).
6.2 - Semântica
A semântica é o ramo da linguística que estuda os
significados e/ou sentido dos vocábulos da língua. Do
grego, a palavra semântica (semantiká) significa “sinal”.
Classificação
6.3 –Semântica Diacrônica
Denominada de semântica diacrônica, se encarrega de
estudar o significado das palavras em determinado espaço
de tempo.
●Homônimos: são palavras que ora possuem a mesma
pronúncia, (palavras homófonas), ora possuem a mesma
grafia (palavras homógrafas), entretanto, possuem
significados diferentes. São chamadas de “homônimos
perfeitos”, as palavras que possuem a mesma grafia e a
mesma sonoridade na pronúncia, por exemplo: O pelo do
cachorro é curto. Pelo caminho da vida.
EXERCÍCIOS:
QUESTÃO – 01 - FUZILEIRO NAVAL – MARINHA
Assinale a alternativa cujas palavras substituem
adequadamente as palavras e expressões destacadas
abaixo: Passou-me sem atenção que a sua intenção era
estabelecer uma diferença entre os ignorantes e os valentes,
corajosos.
A ( ) desapercebido - descriminar - incipientes -
intemeratos.
B ( ) despercebido - discriminar - insipientes - intimoratos.
C ( ) despercebido - discriminar - insipientes - intemeratos.
D ( ) desapercebido - descriminar - insipientes -
intemeratos.
E ( ) despercebido - discriminar - incipientes - intimoratos.

6.4 –Semântica Sincrônica QUESTÃO – 02 –EPCAR AERONÁUTICA

Denominada de semântica sincrônica, essa classificação As palavras da 1ª coluna estabelecem uma relação de
indica o estuda da significação das palavras na atualidade. sinonímia com as da 2ª. Correlacione-as e, a seguir, marque
a sequência correta.
6.4- Conceitos Basilares
A fim de conhecer as palavras apropriadas para empregá- 1ª Coluna 2ª Coluna
las em determinados discursos, recorremos à semântica, ou 1- rapapés ( ) ebulição
seja, a significação dos termos. Para isso, alguns conceitos 2- suntuosas ( ) de boa casta
são basilares para o estudo das significações, a saber: 3- corriqueira ( ) vulgar
4- efervescência ( ) clausura
●Sinônimos: também chamado de sinonímia, os sinônimos 5- reclusão ( ) bajulação
designam as palavras que possuem significados 6- castiço ( ) de pompa
semelhantes, por exemplo: andar e caminhar; usar e ( ) lisonja
utilizar; fraco e frágil, dentre outras.
Do grego, a palavra sinônimo significa “semelhante nome” a) 4 – 1 – 2 – 3 – 6 – 5 – 2
sendo classificados de acordo com a semelhança que b) 2 – 6 – 4 – 5 – 1 – 3 – 1
compartilham com o outro termo; destarte, os sinônimos c) 4 – 6 – 3 – 5 – 1 – 2 – 1
perfeitos possuem significados idênticos (após e depois; d) 6 – 5 – 1 – 3 – 2 – 4 – 2
léxico e vocabulário), enquanto os sinônimos imperfeitos
possuem significados parecidos (gordo e obeso; córrego e
QUESTÃO – 03
riacho).

●Antônimos: Também chamado de antonímia, designa as Indique a alternativa na qual as palavras completam,
palavras que possuem significados contrários, por exemplo: corretamente, os espaços das frases abaixo.
claro e escuro, triste e feliz, bom e mau, dentre outras. Do
grego, a palavra “antônimo” significa “nome oposto,
O adultério foi do Código Penal.
contrário”.

●Parônimos: Parônimas são aquelas palavras que possuem O congestionamento na Avenida Paulista paralisou o
significados diferentes, porém se assemelham na pronúncia de veículos por duas horas.
e na escrita, por exemplo: soar (produzir som) e suar
(transpirar); acento (sinal gráfico) e assento (local para
sentar); acender (dar luz) e ascender (subir), dentre outras.
20
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
Ao beber e dirigir, o condutor está
as leis de trânsito.
Os condenados foram presos em
ao tentarem assaltar uma residência.
A ( ) descriminado – tráfego – infringindo – flagrante
B ( ) descriminado – tráfico – infringindo – fragrante
C ( ) discriminado – tráfego – infligindo – fragrante
D ( ) descriminado – tráfego – infligindo – flagrante
QUESTÃO – 04 – FUZILEIRO NAVAL - MARINHA
Observe as sentenças.
I. Com medo do escuro, a criança ascendeu a luz.
II. É melhor deixares a vida fluir num ritmo tranquilo.
III. O tráfico nas grandes cidades torna-se cada dia mais
difícil para os carros e os pedestres.
Assinale a alternativa correta quanto ao uso
adequado de homônimos e parônimos.
A ( ) I e III.
B ( ) II e III.
C ( ) II apenas.
D ( ) Todas incorretas.
QUESTÃO – 05 – EsSA - EXÉRCITO
Observe as sentenças.
I. A comissão decidiu deferir a realização do jogo em
Buenos Aires.
II. Este funcionário continua despercebido pela direção da
empresa.
III. O nadador imergiu e dirigiu-se ao treinador.
Escolha a alternativa correta com relação ao uso de
parônimos:
A ( ) Apenas as sentenças II e III estão corretas.
B ( ) Todas estão corretas.
C ( ) Apenas a sentença III está correta.
D ( ) Apenas a sentença II está correta.
QUESTÃO – 06- ITA – AERONÁUTICA
“O cronista andarilho, agora de saudosa memória, dizia não
haver melhor jeito e lugar para se entender a cidade do que
bater perna descompromissadamente, mas em passos mais
curtos do que essa palavra imensa, pelas calçadas.”
No período acima, constata-se a ocorrência de duas
comparações, ambas com forte carga de expressividade,
caracterizando o sentido conotativo. Na segunda
ocorrência, a comparação foi empregada para a expressão
semântica de uma:
A ( ) polissemia.
B ( ) paronímia.
C ( ) homonímia.
D ( ) sinonímia.
E ( ) antonímia.
QUESTÃO – 07- ITA – AERONÁUTICA
Se forem comparados os termos em destaque nas
expressões “o TRÁFEGO de pedestres” e “o TRÁFICO de
pessoas”, pode-se concluir que se trata de um par de
vocábulos parônimos, corretamente empregados.
Dos pares de parônimos usados nas frases abaixo, houve
inversão de sentido em:
A ( ) Era iminente o risco de violência nas calçadas. / Era
um escritor eminente em visita ao Brasil.
B ( ) Andar pelas ruas era para o cronista o cumprimento
de uma tarefa. / O comprimento da calçada era estreito,
atrapalhando o fluxo de pessoas.
C ( ) O cronista agia com discrição em suas andanças pelas
ruas. / A descrição que o cronista fez do bairro encantou a
todos.
D ( ) O cronista discriminava com detalhes os elementos a
serem tratados. / Os transeuntes foram descriminados da
responsabilidade pela morte do cronista.
E ( ) Os transeuntes infligiam as normas de trânsito pelas
calçadas. / Os guardas infringiram pesadas multas aos
transgressores.
QUESTÃO – 08 – EEAR - AERONÁUTICA
O acento diferencial é aquele utilizado para distinguir certas
palavras homógrafas, ou seja, que têm a mesma grafia.
Ocorre esse tipo de acento em:
A( )é
B ( ) está
C ( ) fórmula
D ( ) pôr
E ( ) análise
QUESTÃO – 09 – EsSA – EXÉRCITO
Verifique quais dos homônimos homófonos entre
parênteses completam, correta e respectivamente, os
espaços nas orações abaixo:
I Seu ___________ de humor é ótimo! (censo/senso) II
Os __________ ficaram decepcionados com o desfecho da
peça de teatro. (espectadores/ expectadores)
III Não gosto de perfumes com de alfazema.
(estrato/ extrato)
Assinale a alternativa que traz a sequência correta:
A ( ) senso – expectadores – extrato
B ( ) senso – espectadores – estrato
C ( ) censo – expectadores – estrato
D ( ) senso – espectadores – extrato
E ( ) censo – espectadores – extrato
QUESTÃO – 10- ITA – AERONÁUTICA
21
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
Assinale a alternativa que completa, correta e
respectivamente, as lacunas.
I. Espera-se que o rapaz tenha bom
II. O paciente corre risco .
A ( ) censo – eminente
B ( ) censo – iminente
C ( ) senso – eminente
D ( ) senso – iminente
AULA 07 – LINGUÍSTICA- SEMÂNTICA
7.0 - Estilística
A Estilística, assim como todas as outras
ramificações gramaticais, abrange todos os domínios da
uma língua; estuda todas as ocorrências linguísticas e em
todas as suas situações pragmáticas. A estilística está
diretamente conectada com o indivíduo que produz um
enunciado, utilizando o meio que for preciso.
7.1 - Campo Estilístico Fônico
Estuda o valor expressivo do som da língua. Vai
para o nível fonético e toda a sua expressividade, toda sua
semanticidade e significação.
7.2 - Campo Estilístico Morfológico
Estuda o valor gramatical morfológico dos
enunciados, tais como aquele plural convidativo (vamos
estudar?), plural de modéstia, o emprego expressivo de
sufixos (gentalha, gentalha!...) etc.
7.3 - Campo Estilístico Sintático
Estuda o valor expressivo das construções dos
enunciados, veja bem: CONSTRUÇÕES.
A saber: Regência – concordâncias – colocações
de alguns termos morfossintáticos – as famosas figuras de
sintaxe.
.
7.4 - Campo Estilístico Semântico
Estuda a “significação ocasional e expressiva” das
palavras. Um sub-campo dos estudos das figuras da
linguagem.
FIGURAS DE LINGUAGEM
7.5 – FIGURAS DE PALAVRAS - SEMÂNTICAS
São de fundamental importância para um bom
português, para um estilo rico e cativante, para uma
retórica elaborada e precisa. Pois quando se diz que alguém
usa bem o idioma, que alguém fala ou escreve com
distinção e elegância, estamos querendo dizer que, além de
não cometer erros de coesão e coerência, sintaxe,
ortografia e prosódia, essa pessoa se vale com maestria dos
recursos estilísticos à sua disposição, mormente dos
recursos estilísticos semânticos, que moldam o que se quer
dizer, ao invés dos recursos morfológicos, sintáticos e
fônicos, cuja finalidade é mais propriamente adornar ou
enfatizar do que veicular uma mensagem.
7.5.1 - Comparação
É a aproximação de dois termos entre os quais
existe alguma relação de semelhança, como na metáfora.
22
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
A comparação, porém, é feita por meio de um conectivo e
busca realçar determinada qualidade do primeiro termo.
• A chuva caía como lágrimas de um céu entristecido.
• "E há poeta que são artistas E trabalham nos seus versos
como carpinteiro nas tábuas!..."(Alberto Caeiro)
• “Como um grande borrão de fogo sujo O sol posto
demora-se nas nuvens que ficam."(Alberto Caeiro)
Metáfora: É o emprego de um termo com significado de
outro em vista de uma relação de semelhança entre ambos.
É uma comparação subentendida.
• "Não sei que nuvem trago neste peito que tudo quanto
vejo me entristece..." (Alexandre de Gusmão)
•" Sua boca é um cadeado E meu corpo é uma fogueira"
(Chico Buarque de Holanda)
•‘‘Não fique pensando que o povo é nada, carneiro, boiada,
débil mental pra lhe entregar tudo de mão beijada.’’ (Chico
Buarque de Holanda)
7.5.3 – Catacrese
É o emprego de um termo figurado por falta de um
termo próprio para designar determinadas coisas. É uma
metáfora desgastada pelo uso excessivo.
• Sentou-se no braço da poltrona para descansar.
• Não me lembro do seu nome, mas ainda vejo as suas
eternas maçãs do rosto avermelhadas.
• A asa da xícara quebrou-se.
→Usamos a catacrese em expressões como “orelha de livro”
ou “dente de alho”.
→O termo “engarrafamento”, usado para designar o
congestionamento de automóveis, ou o verbo “embarcar”,
usado no sentido de entrar no carro, no avião ou no trem,
são exemplos de catacrese.
7.5.4 – Sinestesia
É uma espécie de metáfora que consiste na união
de impressões sensoriais diferentes.
• O cheiro doce e verde do capim trazia recordações da
fazenda, para onde nunca mais retornou. (cheiro = sensação
olfativa; doce = sensação gustativa; verde = sensação visual)
• Um doce abraço indicava que o pai desculpara. (doce =
sensação gustativa; abraço = tátil)
Dia de luz , festa de sol Um barquinho a deslizar no macio
azul do mar... (O barquinho - Tom Jobim) (azul = sensação
visual; macio = sensação tátil)
7.5.5 - Metonímia
É a substituição do sentido de uma palavra ou
expressão por outro sentido, havendo entre eles uma
reação lógica.
→ O autor pela obra.
• Ouvi Mozart com emoção. (a música de Mozart)
• Leio Graciliano Ramos porque ele fala da realidade
brasileira. (obra de Graciliano Ramos)
→O continente (o que contém) pelo conteúdo (o que está
contido).
• Ele comemorou tomando um copo de caipirinha.
(Continente: um copo; Conteúdo: caipirinha contida no
copo).
→ A parte pelo todo.
• " o bonde passa cheio de pernas." (Drummond) (pernas =
pessoas)
• São muitas as famílias que procuram um teto para morar.
(teto = casa)
→O singular pelo plural.
23
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
• " Todo homem tem direito à vida, à liberdade e à Consiste na imitação do som ou da voz natural
segurança pessoal.“ (Art.3º-Declaração Universal dos dos seres.
Direitos Humanos) (homem = Humanidade)
• A mulher foi chamada para ir às ruas na luta contra a
violência. (mulher = todas as mulheres)

→ O instrumento pela pessoa que o utiliza.

• Os microfones corriam atropelando até o entrevistado.
(microfone = repórteres)
• Ele é um bom pincel, o problema é que seus quadros são
caros. (pincel = pintor)
• Ele é um bom garfo. (garfo = come de mais)
→ O abstrato pelo concreto.
• A juventude é corajosa e nem sempre consequente.
(juventude = jovens)
• A infância é saudavelmente desordeira. (infância =
crianças)

→ O efeito pela causa

• Com muito suor o operário construiu sua casa. (suor =
casa)
• As indústrias despejam a morte nos rios. (morte =
poluição)

→ A matéria pelo objeto

• Os bronzes tangiam avisando a hora da missa: (bronze =
sino)
• Os cristais tiniam na bandeja de prata. (cristais = copos)
• "Sem o coaxar dos sapos ou o cricri dos grilos como que é
- A marca pelo produto que poderíamos dormir tranquilos a nossa eternidade?"
(Mário Quitanda)
• "No TicTicTac do meu coração, renascerá..." (Timbalada)

7.6 - FIGURAS DE PENSAMENTO

7.6.1 - Antítese
Figura que consiste no emprego de termos com sentidos
opostos.

7.5.6 - Onomatopeia

7.6.2 – Paradoxo
É uma proposição aparentemente absurda,
resultante da reunião de ideias contraditórias.

24
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
• O Príncipe dos poetas também teve outras atividades que
o tornaram famoso; por exemplo: a luta pelo serviço militar
obrigatório. (Príncipe dos poetas = Olavo Bilac)
• O Presidente dos Pobres suicidou-se em 1954. (Presidente
dos Pobres = Getúlio Vargas)

• "A dama do teatro brasileiro foi indicada para o Oscar."

(dama do teatro brasileiro = Fernanda Montenegro
• "Pra se viver do amor Há que esquecer o amor."
7.6.5 - Eufemismo
(Chico Buarque de Holanda)
Figura que consiste no abrandamento de uma
• No discurso, sindicalista afirmou que o operário quanto
expressão de sentido desagradável.
mais trabalha mais tem dificuldades econômicas.

7.6.3 -Ironia
Consiste na inversão de sentido: afirma-se o
contrário do que se pensa, visando à sátira ou à
ridicularização.

• Aqueles homens públicos apropriam-se do dinheiro.

(apropriar-se = roubar)
• Cássia Eller partiu dessa para melhor. (partiu dessa para
melhor = morrer).

7.6.6 – Hipérbole
Figura que através do exagero procura tornar mais
● “Cada vez que você interrompe seu colega, sem pedir expressiva uma ideia.
licença, percebo como é bem educado”
● Seu andar é veloz como uma tartaruga!

7.6.4 – Perífrase
Expressão que designa um ser através de alguma
de suas características ou atributos, ou de um fato que
celebrizou. Em termos gerais, perífrase designa qualquer
sintagma ou expressão idiomática (e mais ou menos óbvia • Na época de festa junina, sempre morro de medo de fogos
ou direta) que substitui outra. de artifício.
• Ela gastou rios de dinheiro.
• "Será que eu tenho sempre que te lembrar todo dia, toda
hora. Eu te imploro, Por favor. "
(Alice, Kid Abelha)
7.6.7 - Gradação
Consiste numa sequência de palavras, sinônimas
ou não, que intensificam uma mesma ideia. Pode ser da
menos intensa para a mais intensa e vice-versa. Gradação
ou Clímax
● A Cidade Luz continua atraindo visitantes do mundo todo.
(cidade luz = Paris)
● A Cidade Maravilhosa segue cheia de sol. (cidade
maravilhosa = Rio de Janeiro)
● O povo lusitano foi bastante satirizado por Gil Vicente.
(povo lusitano = os portugueses)

Quando a perífrase indica uma pessoa, recebe o nome de

• O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu-
ANTONOMÁSIA.
se. (Padre Vieira)
• Ele chorou, berrou, esperneou.

25
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
7.6.8 – Prosopopeia • "Levou seu retrato, seu trapo, seu prato, que papel! Uma
Também chamada de personificação ou animismo, imagem de São Francisco e um bom disco de Noel" (omissão
é uma espécie de metáfora que consiste em atribuir de levou)
características humanas a outros seres. (A Rita – Chico Buarque de Holanda)
• " Tristeza não tem fim. felicidade sim ...." (Vinícius de 7.7.3 - Polissíndeto
Moraes) Ocorre quando há repetição do conectivo
• " Eu preparo uma canção que faça acordar os homens e (conjunção).
adormecer as crianças". (Drummond)
• "Há de surgir uma estrela no céu cada vez que você sorrir
há de apagar uma estrela no céu cada vez que você chorar"
(Gilberto Gil).

7.6.9 - Apóstrofe • E falei, e gritei, e tentei, e gesticulei e pedi ajuda, mas

Consiste no chamamento ou interpelação a uma ninguém parou para socorrer o gato acidentado.
pessoa ou coisa que pode ser real ou imaginária, pode estar
presente ou ausente; usada para dar ênfase. Um tipo de • E a noite é negra
VOCATIVO. e estrelas não brilham
e pessoas mascaram a voz
e a dor e expõem o rosto ao risco
e à solidão.

7.7.4 Assíndeto
Ocorre quando há a supressão (retirada) do
conectivo (conjunção)

• Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de

Portugal!
• Senhor, Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor
Deus!
• O cantor interpretava a canção, o público vaiava. Ele
• Deus! Deus! Onde estás que não respondes?
insistia, o público continuava. Ele parou, quebrou o violão,
7.7 - FIGURAS DE CONSTRUÇÃO - SINTÁTICAS saiu do palco.
7.7.1 - Elipse • O vento zunia, as folhas caíam.
Ocorre quando há omissão de um termo, que fica
subentendido pelo contexto e que é facilmente 7.7.5 - Pleonasmo
identificado. É a repetição de um termo, ou reforço de seu
significado.

• Choramos um choro sentido, mas nos refizemos logo.

• A ele resta-lhe a boa oportunidade de provar sua
inocência.
• À direita da estrada, sol, à esquerda, chuva. (omissão da • "Olhei até ficar cansado
forma verbal estava: estava o sol, estava chuva) De ver os meus olhos no espelho" Flores ( Titãs )
• " Na rua deserta, nenhum sinal de bonde."
7.7.6 - Hipérbato
(Clarice Lispector) (omissão de não havia)
É a inversão da ordem natural (direta) dos termos
na oração, ou das orações no período.
7.7.2 - Zeugma
Omissão de um termo (verbo) já enunciado antes.
Pode-se considerar zeugma como uma forma de elipse.
• “Ele prefere um passeio pela praia; eu, cinema.” (omissão
de prefiro)

26
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL

7.7.9 - Silepse
Ocorre quando se realiza a concordância com a
ideia e não com os termos expressos.

O sujeito do verbo “ouvir” não é como muitos julgam ser, “o

povo brasileiro” nem “os brasileiros”, e sim “as margens
plácidas do Ipiranga”. E o que elas ouviram?

“O brado retumbante de um povo heroico”.

A ordem direta desses versos, portanto, é a A silepse pode ser:

seguinte: As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado
retumbante de um povo heroico. de gênero
• Vossa Excelência ficou cansado com o discurso.
Observe o significado das palavras:
Plácidas: serenas, tranquilas; de número
Brado: grito; • A família do réu procurou advogado e queriam saber se
Retumbante: que ecoa ele poderia ficar em liberdade durante o processo.

• Viajam cansados os pescadores de ilusões. de pessoa

( Os pescadores de ilusões viajam cansados) • Os brasileiros somos muito crédulos.
• Acompanhando o som da torcida, dançava com a bola o
atleta. 7.7.10 -Assonância
(O atleta dançava com a bola acompanhando som da torcida) É a repetição de vogais na mesma frase.

7.7.7 -Anacoluto
Ocorre quando há uma interrupção da construção
sintática para se introduzir outra ideia.

• - "Sou um mulato nato no sentido lato mulato

democrático do litoral"
(Caetano Veloso - Araçá Azul)
7.7.11- ALITERAÇÃO
• Umas moedas velhas caídas no fundo da gaveta, nós Consiste na repetição de fonemas no início ou
descobrimos o seu valor depois que o colecionador as quis interior das palavras.
comprar.
• Os nordestinos quando chegam, em família, entre sacos e • O rato roeu a roupa do rei de Roma.
sacola, na estação central, eu acho que merecem mais do • “Pedro Pedreiro penseiro esperando o trem/ Manhã
que uma reportagem: merecem um livro que conte a luta e parece, carece de esperar também/ Para o bem de quem
a resistência dessa brava gente. tem bem de quem não tem vintém”.
Chico Buarque (várias figuras)
7.7.8 - Anáfora 7.7.12 - Repetição
É a repetição de termos no início de cada verso ou É a repetição de uma palavra para enfatizar o
frases. sentido, criando maior expressividade.

"Na solidão solitude, Na solidão entrei, Na solidão perdi-me,

• "Era a mais cruel das cenas. Era a mais cruel das situações. Nunca me alegrei."
Era a mais cruel das missões..." (Mário de Andrade)
27
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
"Vários tons de vermelho dançam para mim, o vermelho da
guerra, o vermelho das terras, o vermelho do nada."
(Kátia Maristela Ongaro)

DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO

Que significado você atribuiria a palavra REI no texto?

Esta palavra está no sentido Conotativo ou Denotativo?

Qual o sentido da palavra pneu?

Esta palavra foi empregada no sentido conotativo ou
denotativo?

A palavra REI foi empregada com o mesmo sentido nos

7.8 – Sentido Denotativo dois quadrinhos?

→ Sentido real
→ Permiti uma única interpretação
→ Dicionário
→ Sentido comum a todos
→ Impessoal
→ Textos Informativos ( jornalísticos)

7.9 – Sentido Conotativo

AULA 07 –LINGUÍSTICA - SEMÂNTICA
→ Sentido figurado EXERCÍCIOS
→ Permite várias interpretações
→ Contexto
QUESTÃO – 01 EPCAR- AERONÁUTICA
→ Rico, expressivo ( mais de um sentido)
→ Pessoal
Assinale a alternativa correta quanto à classificação das
→ Subjetivo ( sentimentos)
figuras de linguagem presentes nos versos abaixo.
→ Textos Literários / Publicitários ( poemas, romances e
A ( ) “O ontem – o hoje – o agora.” – Gradação
propagandas ).
B ( ) “as vozes mudas caladas” – Sinestesia
C ( ) ”rimas de sangue e fome” – Paradoxo
D ( ) “A voz de minha filha” – Catacrese

28

QUESTÃO – 02
Descoberta da Literatura (João Cabral de Melo Neto)
No dia-a-dia do engenho,
toda a semana, durante,
cochichavam-me em segredo:
saiu um novo romance.
E da feira do domingo
me traziam conspirantes
para que os lesse e explicasse
um romance de barbante.
Sentados na roda morta
de um carro de boi, sem jante,
ouviam o folheto guenzo ,
a seu leitor semelhante,
com as peripécias de espanto
preditas pelos feirantes.
Embora as coisas contadas
e todo o mirabolante,
em nada ou pouco variassem
nos crimes, no amor, nos lances,
e soassem como sabidas
de outros folhetos migrantes,
a tensão era tão densa,
subia tão alarmante,
que o leitor que lia aquilo
como puro alto-falante,
e, sem querer, imantara
todos ali, circunstantes,
receava que confundissem
o de perto com o distante,
o ali com o espaço mágico,
seu franzino com o gigante,
e que o acabassem tomando
pelo autor imaginante
ou tivesse que afrontar
as brabezas do brigante.
(E acabaria, não fossem
contar tudo à Casa-grande:
na moita morta do engenho,
um filho-engenho, perante
cassacos do eito e de tudo,
se estava dando ao desplante
de ler letra analfabeta
de curumba, no caçanje
próprio dos cegos de feira,
muitas vezes meliantes.
Sobre as figuras de linguagem usadas no texto, relacione as
duas colunas abaixo:
1ª Coluna
1 - Romance de barbante
2 - Roda morta, folheto
guenzo
3 - Como puro alto-falante
CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
4 - Perto/ distante/
mágico/franzino/ gigante ( ) metonímia
5 - Cochichavam-se em
segredo ( ) antítese
A ordem correta é:
A ( ) 1, 2, 3, 4, 5
B ( ) 5, 2, 3, 1, 4
C ( ) 3, 1, 4, 5, 2
D ( ) 2, 1, 3, 4, 5
E ( ) 2, 4, 5, 3, 1
QUESTÃO – 03 EPCAR- AERONÁUTICA
“Tem sabor de um velho vinho do Porto.”
Essa frase assume, a função de uma figura de linguagem
denominada:
A ( ) metonímia.
B ( ) hipérbole.
C ( ) Metáfora
D ( ) sinestesia.
QUESTÃO – 04
Leia atentamente os períodos:
1- Vários de nós ficamos surpresos.
2- Essa gente está furiosa e com medo; por
consequência, capazes de tudo.
3-Tua mãe, não há idade nem desgraça que lhe
transforme o sorriso.
4- Entre elas, alguém estava envergonhada.
Os períodos acima contêm, respectiva e sucessivamente, as
seguintes figuras de sintaxe:
A ( ) Silepse de pessoa, silepse de gênero, anacoluto,
silepse de número.
B ( ) Anacoluto, anacoluto, anacoluto, silepse de número.
C ( ) Silepse de número, silepse de pessoa, anacoluto,
anacoluto.
D ( ) Silepse de pessoa, silepse de número, anacoluto,
silepse de gênero.
E ( ) Silepse de pessoa, anacoluto, silepse de gênero,
anacoluto.
QUESTÃO – 05 –EPCAR –AERONÁUTICA
Escreva (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as
falsas. Em seguida, assinale a alternativa com sequência
correta.
( ) Em “Olhos seguros falavam...” configura-se um
paradoxo.
( ) Em “... números estranhos”, “lápis coloridos não seriam
2ª Coluna suficientes para enfrentar o mundo” prevalece a linguagem
( ) pleonasmo conotativa.
( ) “Olhos seguros falavam de Camões e Machado, diziam
( ) metáfora que o sujeito podia estar oculto e até não existir.” evoca a
atuação de todo o corpo docente.
( ) comparação
29
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
( ) “Vai, meu filho, e enxuga essa lágrima.” possui dupla
C ( ) Eufemismo
significação: denotativa e conotativa.
( ) Prevalece, no texto, a linguagem coloquial e a D ( ) Hipérbole
denotação, remetendo o leitor à função referencial da
linguagem.
( ) “Muito obrigado, meu professor...” expressa
semanticamente não só um agradecimento, mas também QUESTÃO – 09 – FUZILEIRO NAVAL - MARINHA
uma admiração.
A( )F–V–F–V–F–V Marque a alternativa CORRETA:
B ( )V – V – F – F – V – F
C( )F–F–V–F–V–V A ( ) Polissíndeto: Sorriu, chorou, pensou, duvidou.
D( )V–F–F–V–F–F B ( ) Repetição: Somos assim, como o sol e a lua.
C ( ) Anacoluto: O sol está muito quente, por isso usa-se o
QUESTÃO – 06 –EPCAR –AERONÁUTICA protetor solar.
Nas frases abaixo, predomina a linguagem denotativa. No D ( ) Assíndeto: Acordou, tomou café, saiu, retornou,
entanto, podem ser percebidas nele algumas marcas de dormiu.
linguagem conotativa, como em:
QUESTÃO – 10
A ( ) “O nome dado a essas brincadeiras de mau gosto, Nos trechos:
disfarçadas por um duvidoso senso de humor, é bullying” “O pavão é um arco íris de plumas.” e “... de tudo que ele
B ( ) “Obeso, ele havia passado a vida escolar sendo vítima suscita e esplende e estremece e delira...”, enquanto
de apelidos humilhantes e alvo de gargalhadas e sussurros procedimento estilístico, temos, respectivamente:
pelos corredores.”
C ( ) “Mesmo quem adere à brincadeira se sente diminuído A ( ) Metáfora e polissíndeto
pelos comentários dos colegas.” B ( ) Comparação e repetição
D( ) “Ao lado dela, bem quietinha, outra garota escuta lá C ( ) Metonímia e aliteração
do fundo da sala: ‘Abre a boca, zumbi!’” D ( ) Hipérbole e anacoluto

QUESTÃO – 07
Quando você afirma que enterrou “no dedo um alfinete”,
que embarcou “no trem” e que serrou “os pés da mesa”,
recorre a um tipo de figura de linguagem denominada:
A ( ) Metonímia
B ( ) Antítese
C ( ) Catacrese
D ( ) Paródia

QUESTÃO – 08

Identifique a figura de linguagem empregada nos versos

destacados:

“No tempo de meu Pai, sob estes galhos,

Como uma vela fúnebre de cera,
Chorei bilhões de vezes com a canseira
De inexorabilíssimos trabalhos!”
A ( ) Anacoluto
B ( ) Antítese
30
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL

LÍNGUA PORTUGUESA

GABARITO
AULA -1 FONOLOGIA AULA -2 FONOLOGIA AULA -3 FONOLOGIA
QUESTÃO-01 QUESTÃO-01 a)di-nhei-ro QUESTÃO-01 B
a) V, b) F,
c) V, d) V b)di-á-lo-go QUESTÃO-02 C
QUESTÃO-02 a) D, b) H c)U-ru-guai QUESTÃO-03 E
c) D ,d) T d)ob-ce-ca-do QUESTÃO-04 B
QUESTÃO-03 QUESTÃO-02 A
a) D, b) EC QUESTÃO-05 B
c) D ,d) D QUESTÃO-03 A QUESTÃO-06 A
QUESTÃO-04 C QUESTÃO-04 D QUESTÃO-07 D
QUESTÃO-05 D QUESTÃO-05 C QUESTÃO-08 A
QUESTÃO-06 13 letras e QUESTÃO-06 B
10 fonemas QUESTÃO-09 B
QUESTÃO-07 B
QUESTÃO-07 B QUESTÃO-10 A
QUESTÃO-08 QUESTÃO-08 C
C
QUESTÃO-09 QUESTÃO-09 D GÊNERO
A
QUESTÃO-10 QUESTÃO-10 B AULA -5 TEXTUAL
C
QUESTÃO-01 C
QUESTÃO-02 D
QUESTÃO-03 C
TIPOLOGIA
AULA- 4 TEXTUAL QUESTÃO-04 E
QUESTÃO-01 D QUESTÃO-05 D
LINGUÍSTICA
QUESTÃO-02 B AULA - 06 SEMÂNTICA
QUESTÃO-03 D LINGUÍSTICA
QUESTÃO-01 B
QUESTÃO-04 AULA - 7 SEMANTICA
B QUESTÃO-02 C QUESTÃO-01 A
QUESTÃO-05 C QUESTÃO-03 A QUESTÃO-02
QUESTÃO-06 A B
QUESTÃO-04 C QUESTÃO-03 C
QUESTÃO-07 B QUESTÃO-05 D QUESTÃO-04
QUESTÃO-08 D
C QUESTÃO-06 E QUESTÃO-05 A
QUESTÃO-09 B QUESTÃO-07 E
QUESTÃO-06 A
QUESTÃO-10 D QUESTÃO-08 D
QUESTÃO-07 C
QUESTÃO-09 D
QUESTÃO-10 QUESTÃO-08 D
D
QUESTÃO-09 D
QUESTÃO-10 A
 CONCURSOS
CEPREN

LÍNGUA PORTUGUESA-MÓDULO 1 – NÍVEL 2

INDICE

AULA – I - FONOLOGIA

1.1 - FONOLOGIA .............................................................................................................................................. 01

1.2 – Fonema e Letra. .....................................................................................................................................................01
1.3 - Aparelho Fonador. ................................................................................................................................................. 01
1.4 - Fonemas Surdos e Sonoros. ................................................................................................................................... 01
1.5 - Fonemas Orais e Nasais. ........................................................................................................................................01
1.6 - Classificação Dos Fonemas.................................................................................................................................... 01
1.7 - Encontros Vocálicos. .............................................................................................................................................. 01
1.8 - Encontros Consonantais. ...................................................................................................................................... 02
1.9 - Dígrafos Vocálicos. ................................................................................................................................................. 03
1.10-QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSO. ........................................................................................................ 03

AULA – II – FONOLOGIA

2.1 – SÍLABA ....................................................................................................................................................... 05

2.2 – Classificação Das Palavras Quanto ao Número De Sílabas..................................................................................... 05
2.3 - Quanto à Tonicidade ............................................................................................................................................. 05
2.4 - Monossílabos Átonos e Tônicos............................................................................................................................ 05
2.5 - Divisão Silábica. ..................................................................................................................................................... 05
2.6 - QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSO. ....................................................................................................... 06

Aula – III – FONOLOGIA

3.1 – CRONOLOGIA DAS REFORMAS ORTOGRÁFICAS NA LÍNGUA PORTUGUESA. ................................................. 08

3.2 - Novo Acordo Ortográfico ....................................................................................................................................... 08
3.3 - Ortofonia – Ortografia – Prosódia e Ortoépia. ...................................................................................................... 08
3.4 – Alteração No Alfabeto............................................................................................................................................ 08
3.5 - Letra e Alfabeto ......................................................................................................................................................08
3.6 - Emprego das Letras e Dos Dígrafos. ...................................................................................................................... 09
3.7 - Acentuação Gráfica. ............................................................................................................................................... 11
3.8 – Acentuação Gráfica. Reforma Ortográfica de 2009 ............................................................................................... 11
3.9 - Emprego do Hífen (Conforme Reforma Ortográfica de 2009). .............................................................................. 11
3.10-Emprego dos Porquês ............................................................................................................................................ 12
3.11- QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSO. ....................................................................................................... 13

AULA – IV – INTERPRETAÇÃO TEXTUAL

4.1 – TIPOS TEXTUAIS ......................................................................................................................................... 14

4.2 - Narração – Sequência Temporal ............................................................................................................................ 14
4.3 – Dissertação............................................................................................................................................................. 15
4.4 - Descrição – Sequência De Localização ................................................................................................................... 15
4.5 - Informação ............................................................................................................................................................. 15
4.6 - Texto Injuntivo / Instrucional................................................................................................................................. 16
4.7 - Coesão e Coerência................................................................................................................................................ 16
 CONCURSOS
CEPREN

LÍNGUA PORTUGUESA

4.8- Análise Da Coesão Nos Pronomes Demonstrativos................................................................................................ 17

4.9- Coesão Lexical......................................................................................................................................................... 17
4.10- Coesão Elíptica ..................................................................................................................................................... 17
4.11- Coesão Transfrástica............................................................................................................................................. 17
4.12- Valor Dêitico .........................................................................................................................................................17
4.13- QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSO. ..................................................................................................... 18

AULA – V – GÊNEROS TEXTUAIS

5.1 - Gêneros Textuais........................................................................................................................................ 20

5.2 - Cada Esfera da Atividade Humana Produz Seu Conjunto de Gêneros Textuais. ................................................... 20
5.3 - QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSO. ........................................................................................................ 21

AULA VI – LINGUÍSTICA

6.1 – SEMÂNTICA............................................................................................................................................... 23
6.2 – Linguística. ............................................................................................................................................................. 23
6.3 – Classificação Semântica Diacrônica. ...................................................................................................................... 23
6.4 – Classificação Semântica Sincrônica. ....................................................................................................................... 23
6.5 - Conceitos Basilares. ................................................................................................................................................ 23
6.6 - QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSO. ....................................................................................................... 24

AULA VII – LONGUÍSTICA

7.1 – ESTILÍSTICA ................................................................................................................................................ 26

7.2 – Campo Estilístico Fônico .........................................................................................................................................26
7.3 – Campo Estilístico Morfológico ............................................................................................................................... 26
7.4 - Campo Estilístico Sintático ..................................................................................................................................... 26
7.5 - Campo Estilístico Semântico .................................................................................................................................. 26
7.6 - Figuras De Palavras. ............................................................................................................................................... 28
7.7 – Figuras De Pensamento ..........................................................................................................................................30
7.8 – Figuras De Construção – Sintática.......................................................................................................................... 32
7.9 - Denotação .............................................................................................................................................................. 32
7.10-Conotação............................................................................................................................................................... 30
7.11- QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSO. ....................................................................................................... 33
7.12– GABARITO. ................................................................................................................................................ 35
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AULA – 1 - FONOLOGIA 1.3 - Fonemas Surdos e Sonoros

1.1 - Fonologia / fonética A corrente de ar emitida pelos pulmões pode

Fonética é a parte da gramática que estuda a
formação, a evolução e a classificação dos sons da
língua, sons que tomam o nome especial de fonemas.
pode ser: descritiva (trata da formação e descrição dos
fonemas), histórica (estuda as modificações que
sofreram e sofrem os fonemas em suas fases sucessivas)
e sintática (estuda as modificações que sofrem os
fonemas de certas palavras quando, por influência de
outras que a elas se associam, formam um só todo
fonético).
Fonologia é o estudo dos fonemas em suas
variantes posicionais, combinações e condições
prosódicas.
Os fonemas, em seu conjunto, formam o sistema
fônico da língua e são os sons distintivos elementares.
São distintivos porque têm valor opositivo. Assim, numa
palavra, a troca de fonema por outro pode determinar
uma nova palavra.
Então:
PALA BALA VALA / BOLA COLA /
CARO CARRO
1.2 - Fonema e Letra
→Fonema: São sons da fala humana que, sós ou
combinados, formam as sílabas que, por sua vez,
formam as palavras.
→Letra: São as representações gráficas (símbolos
convencionados) dos fonemas.
1.3 - Aparelho Fonador
encontrar a glote fechada, semifechada ou totalmente
aberta. Se a glote está cerrada ou semicerrada, o ar força
a passagem através das cordas vocais, provocando a
vibração dessas cordas. Assim são produzidos os
fonemas sonoros.
Se a glote se encontra aberta, é livre a passagem
de corrente de ar e as cordas vocais não vibram.
Produzem-se, assim, os fonemas surdos.
1.4 - Fonemas Orais e Nasais
A corrente de ar, quando chega ao fundo da
boca tem dois caminhos.
Se o palato mole (úvula) (4) se acha levantado o
ar ressoa somente na boca e o fonema é oral. / a, e, i, o,
u /; / p, b, s, z /.
Se, no entanto, o palato mole (úvula) está
abaixado, parte do ar sai pela boca e parte penetra na
fossas nasais, o que produz a nasalização, / â, e, i, õ, u /;
/ m, n, nh.
Observações importantes sobre a distinção entre
letra e fonema.
A) Há certas letras, como o “h”, que não representam
fonema algum. Por exemplo, em hoje, tem-se quatro
letras e três fonemas. O “h” também pode modificar a
fonia do “ c “, do “ n “ e do “ l” nos dígrafos “ ch ”, “ nh “ e
“ lh ”;
B) Em certas construções, como o “ n “ e o “ m “ também
não representam fonemas, são meros sinais de
nasalização. Assim, em antes,onde,embora,âmbar o “
n “ e o “ m “ não são fonemas. Há autores que chamam
essas ocorrências de dígrafos de nasalização;

C) Letras diferentes podem representar um mesmo

fonema. Assim o fonema / z / - zorra; “ x “ – exame, “ s “
– casebre e “ z “ zorra;

D) Uma mesma letra pode representar vários fonemas.

Desta forma a letra “ X “ está exato – fonema / z /;
enxoval – fonema / x /; textura – fonema / s / e fixo –
fonema / ks /;
1. Corrente de ar vinda 5. Palato duro (céu da
E) A letra “ X “ pode representar dois fonemas, isto é, o
dos pulmões boca) encontro consonantal / ks /, por exemplo: taxi.
2. Glote com as cordas 6. Língua
vocais 7. Alvéolos 1.5 - Classificação Dos Fonemas
3. Úvula (campainha) 8. Dentes Veja a relação:
4. Véu palatino (palato 9. Lábios 1. Fonema vocálico – É representado pelas vogais.
mole) 10. Fossas Nasais 2. Fonema neutro - É representado pelas semivogais.
3. Fonema consonantal – É representado pelas
consoantes.

1
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL

Obs: Para se contar o número de letras e de fonemas Obs: Os fonemas / i / e / u / podem aparecer
siga o seguinte macete: representados na escrita por “ e “ - “ o “ ou “ m “
Veja: pães / pais mão / mau cem / sei
Fonemas = Letras - Dígrafos F=L-D
Observe as três premissas abaixo:
Há três tipos de encontros vocálicos: Ditongo, tritongo
1.6 - Encontros Vocálicos e hiato;
A base de toda sílaba é uma vogal;
1. Quanto à zona de articulação: Toda sílaba tem uma vogal;
Média – / a / - a língua conserva-se em repouso e Nunca há mais de uma vogal numa sílaba.
o palato mole levanta-se;
Anteriores - / é, ê, i / - a ponta da língua eleva-se 1) Ditongo = É o encontro de uma vogal e uma
gradualmente em direção ao céu da semivogal em uma mesma sílaba.
boca;
Assim o Ditongo pode ser:
Posteriores / ó, ô, u / - A língua recua e levanta seu Oral história / Is – to – rya /
dorso em direção ao palato mole, os Crescente:
lábios vão se fechando. Oral pai / pay /
Decrescente:
2. Quanto ao papel das cavidades bucal e nasal: Nasal frequente / fre – kwe – te /
ORAIS NASAIS crescente:
Nasal muito / muyto /
Quando o “ar” sai apenas Quando o “ar” sai pela boca
Decrescente:
pela boca. e pelas fossas nasais.
/a/ / ã /: fã - canto - tampa E com outros exemplos
/e/ / ē /: dente - tempero
/i/ / ī /: lindo - mim
Oral árduo / ar – dwo /
/o/ / õ /: bonde - tombo Crescente:
/u/ / ū /: nunca - algum Oral nau / naw /
Decrescente:
Nasal aguentar / a – gwe – tar /
Quanto à intensidade: crescente:
ÁTONAS TÔNICAS Nasal não / nâw /
Pronunciadas com Pronunciadas com MAIOR Decrescente
MENOR intensidade intensidade
2) Tritongo = É a sequência formada por uma
Até Até semivogal + vogal + semivogal, sempre nessa ordem,
Bola Bola numa só sílaba.

Oral delinquiu / de – li – kwiw /

Quanto ao timbre
Nasal saguões / as – gwoys /
ABERTAS Pé - lata - pó
FECHADAS Mês - luta - amor 3 ) Hiato = É a sequência de duas vogais numa mesma
REDUZIDAS - Aparecem Dedo - ave - gente palavra que pertencem a sílabas “diferentes”, uma vez
quase sempre no final das que nunca há mais de uma vogal numa mesma sílaba.
palavras
hiato - / hi – a – to / Alaor - / A – La - or
Os fonemas / i / e / u /, algumas vezes, não Saúde - / sa – ú – de / ruína - / ru – í - na
são vogais. Aparecem apoiados em uma vogal, Enjoo - / en – jo – o /
formando com ela uma só emissão de voz ( uma sílaba).
1.7 - Encontro Consonantal
Nesse caso, esses fonemas são chamados de semivogais.
A diferença fundamental entre vogais e semivogais está São os grupos formados de fonemas
no fato de que estas últimas não desempenham o papel consonantais sem intermediação de vogal.
de núcleo silábico.
Há três tipos de encontros consonantais:

2
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A) Encontro Consonantal Puro = É o agrupamento de Para telhado dizem teiado

consoantes, lado a lado, na mesma sílaba. E vão fazendo telhados.
(Oswald de Andrade – Vício na fala)
Exs.: Bra-sil, pla-ne-ta, a-dre-na-li-na
a) No 1º verso, a pronúncia “mio” omite um dígrafo,
B) Encontro Consonantal Disjunto = É o agrupamento criando um ditongo oral crescente.
de consoantes, lado a lado, em sílabas diferentes. b) No 2º verso, a pronúncia “mió” omite um dígrafo e
cria um hiato no final da palavra.
Exs.: ap-to, cac-to, as-pec-to c) No 4º verso, a pronúncia “teia” omite o encontro
consonantal e cria um tritongo no final da palavra.
C ) Encontro Consonantal Fonético = É a letra x com d) No 5º verso, a pronúncia “teiado” omite o dígrafo,
som de ks. criando um ditongo decrescente no meio da palavra.
Exs.: Maxi = maksi; nexo = nekso; axila = aksila. e) n.d.a.

Não se esqueça de que as letras M e N pós-vocálicas não A ) Alternativa incorreta, haja vista que apesar da
são consoantes, e sim semivogais ou simples sinais de omissão do dígrafo “lh” (milho), não podemos afirmar
nasalização (ressoo nasal). que a palavra em questão (mio) se encontra demarcada
por um ditongo oral crescente, mas sim nasal.
1. 8- Dígrafos B ) Alternativa correta, pois, na verdade, há a omissão
É o agrupamento de duas letras com apenas um do dígrafo “lh” (milho) e, quando separada, a palavra
fonema. Os principais dígrafos são: rr, ss, sc, sç, xc, xs, lh, que se formou representa um hiato, ou seja: mi-ó.
nh, ch, qu, gu. C ) Alternativa incorreta, haja vista que se trata de duas
Representam-se os dígrafos por letras maiores incoerências: a primeira delas diz respeito à afirmação
que as demais, exatamente para estabelecer a diferença condizente ao encontro consonantal, quando na verdade
entre uma letra e um dígrafo. se trata de um dígrafo (telha) que, uma vez omitido,
“Qu” e “gu” só serão dígrafos, quando estiverem deu-se a reconhecer pela palavra “teia”. A segunda diz
seguidos de e ou “i”. respeito à afirmação retratada pela existência de um
Os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc e xs têm suas letras tritongo, ao passo que se trata de um hiato, ou seja: tei –
separadas silabicamente; lh, nh, ch, qu, gu, não. a.
D ) Alternativa incorreta, pois mesmo que atestemos a
arroz = ar-roz - aRos; assar = as-sar - aSar; = nas-cer omissão de um dígrafo “lh” (telhado), não podemos
- naSer; desço = des-ço - deSo; exceção = ex-ce-ção - afirmar que se trata de um ditongo decrescente no meio
eSesãw; exsudar = ex-su-dar - eSudar; alho = a-lho - da palavra, visto que a separação silábica da palavra em
aĹo; banho = ba-nho - baÑo; cacho = ca-cho - kaXo; questão assim se demarca: tei – a – do. Dessa forma,
querida = que-ri-da - Kerida; sangue = san-gue - sãGe. temos que se trata de um hiato, presente no meio da
palavra, não um ditongo.
1.9 - Dígrafo Vocálico: E ) Alternativa incorreta, pois a alternativa verdadeira já
Duas letras representando apenas um fonema foi ressaltada anteriormente por meio da análise
vocálico. São eles: realizada, correspondendo à letra “b”.
am campo / an santo / em tempo /
en s entido / im limpo / in tinto / É correto afirmar a respeito das assertivas que :
om bomba / on conto / um comum / A( ) V–F–F–V–F
un mundo B( ) F–V–V–V–F
C( ) F–F–F–F–F
Obs: Para a existência de Encontro Consonantal é D( )V–V–V–V–V
necessário que cada consoante emita o seu próprio
fonema, senão estaremos diante de um Dígrafo. QUESTÃO – 02- PSANV- ESCOLA NAVAL
Ex.: renascer (dígrafo) / escocês (encontro Temos, sem dúvida, sérios problemas de
consonantal). discriminação e exclusão na sociedade brasileira, que se
AULA 1 – FONOLOGIA refletem também nas universidades. Mas
QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSO frequentemente parece que eles são abordados de
forma desfocada. A composição racial da sociedade
brasileira tem forte presença de negros, pardos e
QUESTÃO 01 – EsPCEX - EXÉRCITO minorias. Diz-se que esse perfil não se repete na
universidade. Mas porque razão a composição geral da
sociedade deve se repetir em seus contextos e recortes
Para dizerem milho dizem mio
específicos? Ela se repete em times de futebol ou na
Para melhor dizem mió
seleção brasileira? Se acreditarmos que o perfil étnico
para pior dizem pió
ou econômico do conjunto da população seja, ou deva
Para telha dizem teia
ser, uma “invariante social”, repetindo-se em qualquer
3
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
recorte ou subgrupo, a consequência óbvia disso é a
generalização da prática de cotas. Além de cotas no
vestibular, em breve teremos propostas de cotas de
formatura, para compensar injustiças e discriminações
ocorridas ao longo do curso. Em seguida, cotas para
times de futebol, cotas para funcionários das empresas,
cotas para sócios de clubes, cotas para academias de
ginástica, cotas para fieis de cada religião e culto e por aí
vai. A grande injustiça é ver a quantidade de pessoas,
especialmente os jovens inteligentes e esforçados, sendo
impedidas de se desenvolver. Não é dada a elas a
oportunidade de aprender a crescer, por causa de uma
educação pública básica e média medíocres. Esse é o
problema real. O contrário do racismo e da
discriminação social não é uma “discriminação positiva”,
mas sim a ausência dessas classificações. Qualquer
solução que envolva critérios de raça ou pobreza não
contribui para eliminar a discriminação. Pelo contrário,
reafirma, reforça e pereniza esses conceitos básicos dos
mecanismos de exclusão. Nesse cenário de sequestro de
oportunidades, há um grupo de jovens mais velhos que
já foi prejudicado pelas péssimas escolas públicas. E há
outro grupo, bem maior, das crianças que ainda
enfrentarão o problema. Para as pessoas já
prejudicadas, as cotas são um mecanismo
compensatório, que pode reduzir, mas não eliminar, o
prejuízo. Se houver uma proposta cujo cerne seja a
melhoria efetiva do atual ensino público de primeiro e
segundo grau, com parâmetros objetivos e seguindo
modelos que comprovadamente já deram excelentes
resultados em várias partes do mundo, e que parte
dessa proposta seja um sistema de cotas, emergencial e
provisório (com prazo limitado), visando apenas aquela
população que já foi prejudicada, essa proposta merece
não apenas a nossa aprovação, mas também o nosso
aplauso
Como em E(S)PECÍFICOS (parágrafo 2) e em
E(X)CLUSÃO (parágrafo 6), preenchem-se com “s" e com
“x", respectivamente, as lacunas deixadas nas palavras
que se leem na seguinte alternativa:
A ( ) e tatuído por decreto; e tinção do cargo.
B ( ) e pedir um ofício; demissão e pontânea.
C ( ) e pirar o prazo; e pansão de crédito.
D ( ) e tensivo à família; recursos e porádicos.
E ( ) juros e torsivos; e tender os limites.
QUESTÃO – 03 –EsPCEx – EXÉRCITO
Assinale a alternativa em que as palavras apresentam,
respectivamente, ditongo, hiato e dígrafo consonantal,
de acordo com a pronúncia padrão do português
brasileiro.
A ( ) fósseis (L. 07) – poluindo (L. 02) – muito (L. 34)
B ( )país (L. 41) – poluídos (L. 42) – território (L. 15)
C ( ) maneira (L. 37) – poluídos(L. 42)– chegou (L. 22)
D ( ) importância (L. 24)– início (L. 37)–padrão (L. 18)
QUESTÃO – 04 – ECPAR - AERONÁTICA
Observando os trechos, numerados ordinariamente,
marque a opção que traz uma afirmativa correta.
1º-“Primeiro, como laço afetivo.”
2º- "... pode-se pôr sentimento numa mensagem
eletrônica.”
3º- “Além do lado afetivo, há outro: a carta como
documento histórico...”
4º- “Mas o tom é absolutamente íntimo.”
A ( ) Há dígrafos nos dois primeiros trechos
B ( ) Não há encontro consonantal no quarto trecho
C ( ) Não se observa a ocorrência de hiato em nenhum
dos quatro trechos.
D ( ) Há ditongo somente no primeiro trecho.
QUESTÃO – 05 – EsSA - EXÉRCITO
Em que conjunto a letra “x” apresenta o mesmo valor
fonético?
A ( ) exame- exíguo- xale- exceção
B ( ) exilar- exorbitar- próximo- excêntrico
C ( ) sexo- tóxico- axilas- nexo
D ( ) exalar- exonerar- queixa- hexacampeão
E ( ) trouxe- texto- sintaxe- léxico
QUESTÃO – 06 - EsFCEX - EXÉRCITO
As palavras abaixo se diferenciam apenas por um único
fonema. Assinale a alternativa que destaca
adequadamente o traço distintivo de cada par:
A ( ) “casa” / “caça” – distinguem-se apenas com
relação à zona de articulação
B ( ) “chato” / “jato” – distinguem-se apenas com
relação ao modo de articulação.
C ( ) “beijo” / “queijo” – distinguem-se apenas com
relação ao modo de articulação.
D ( ) “foto” / “voto” – distinguem-se apenas com relação
ao papel das cavidades bucal e nasal.
E ( ) “bastava” / “pastava” – distinguem-se apenas com
relação ao papel das cordas vocais.
QUESTÃO – 07 – AFA - AERONÁUTICA
Que alternativa apresenta compostos com o mesmo
número de fonemas de “esquisitice”?
A ( ) irresoluto - framboesa - basilicão;
B ( ) gargalhada - supressão - hamburguer;
C ( ) pampulha - onomatopáico - hinduísta;
D ( ) consanguíneo - apropinquar - farisaísmo;
E ( ) heterogênio - sortilégio – ostensório.
QUESTÃO – 08 – FUZILEIRO NAVAL
Considerando apenas os termos destacados em: “Mas
uma mulher que vivia perto da minha casa decretou
a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa
porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua
vassoura.” (3º§), é correto afirmar que há:
A ( ) 4 dígrafos e 1 encontro consonantal.
B ( ) 3 dígrafos e 2 encontros consonantais.
C ( ) 4 dígrafos e 2 encontros consonantais.
4
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D ( ) 4 dígrafos e 3 encontros consonantais. Exs.: fun – da – ção (fundação) / mé – di – co

E ( ) 2 dígrafos e 3 encontros consonantais. (médico)
4) Polissílabas: Aquelas que possuem mais de três
QUESTÃO – 09 –EPCAR - AERONÁUTICA sílabas:
Sobre a identificação de encontros consonantais, Exs: ve – te – ra – no (veterano / na – tu – re – za
encontros vocálicos e dígrafos é CORRETO afirmar que : (natureza) / clas – si – fi – ca – ção (classificação
A ( ) há dígrafo nas seguintes palavras: distintos,
presidente e imposto. 2.2 – Quanto à tonicidade
B ( ) há ditongo nas seguintes palavras: quando, duas e → Tônicos → músculo
oposição. → Átonos → chalé
C ( ) há hiato nas seguintes palavras: negociação, muito → Subtônicos → somente
e imediato.
D ( ) há encontro consonantal nas seguintes palavras: Observação (1) : A subtônica só ocorre em palavras
conquista, objetivo e aumentos. derivadas, pois recebe tal classificação a sílaba tônica da
E ( ) há tritongo nas seguintes palavras: palavras primitiva.
imediatamente, titubeante e população.
Meninazinha Rapidamente
QUESTÃO – 10 – EsSA - EXÉRCITO Me: átona Ra: subtônica
Classifique as palavras conforme o que se pede. Use o Ni: subtônica Pi: átona
código indicado. Na: átona Da: átonas
Zi: Tônica Men: tônica
I - queimada A - Palavra com dígrafo Nha: átona Te: átona
II - tronco
III - massa B - Palavra com encontro →A sílaba tônica da palavra primitiva torna–se á
IV - captar consonantal subtônica na derivada.
V - fogueira Observação (2): A átona será diferente da tônica e da
subtônica.
A sequência correta das assertivas acima é:
2.3 – Monossílabos Átonos e Tônicos
A( ) I-A, II-B, III-A, IV-B, V-A. 2.3.1 - Átonos: Não possuem tonicidade própria.
B( ) I-B, II-A, III-B, IV-A, V-B. Ex.: o(s) – a(s) – me – lhe – mas – que – aos – etc.
C( ) I-A, II-A, III-B, IV-B, V-A.
D( ) I-B, II-B, III-A, IV-A, V-A. 2.3.2 – Tônicos: Possuem tonicidade própria.
E( ) I-A, II-A, III-B, IV-A, V-A. Exs.: há – mãos – vê – lê - crê – dá – têm – mim – ti – voz
– etc.

2.4 - Divisão Silábica

AULA 2- FONOLOGIA- SÍLABA Conforme a posição da sílaba tônica, os
vocábulos que possuem mais de duas sílabas dividem–
se:
2.1 - Silaba -
→Oxítonas: Com a tonicidade na última sílaba.
É a unidade ou grupo de fonemas emitidos num
Exs.: ta – tu / Ca – fé / sa - ci
só impulso da voz.
Ex.: Empreendimento = em – pre – en – di – men – to =
→Paroxítona: Com tonicidade na penúltima sílaba.
6 sílabas
Exs.: tem – po / pa – re – de / vo – lú - vel
Não existe sílaba sem vogal e nunca há mais do
que uma única vogal em cada sílaba.
→Proparoxítona: Com a tonicidade na antepenúltima
Precisamos ter cuidado com as letras “i” e “ u” (
sílaba.
mais raramente com as letras “e” e “o”, pois como já
Exs.: prá – ti – co / mé – di – co / gi – nás – ti –ca
vimos, elas podem representar também semivogais, que
nunca vão ser núcleos de sílabas em português.
Lembrete: A separação das sílabas deve ser feita pela
soletração. Dessa forma, devemos observar:
2.2 - CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS QUANTO AO
NÚMERO DE SÍLABAS.
1º) A letras dos grupos consonantais perfeitos ( cuja
segunda consoante e l ou r)
1) Monossílabas – Aquelas que possuem uma só sílaba:
Exs.: pre – ta / blu – sa / pra – to.
Exs.: dó - mão - cruz - etc.
2) Dissílabas – Aquelas que possuem duas sílabas:
Exs: sa – pé (sapé) / fo – lha (folha) te – la (tela) Obs: Caso as consoantes dos grupos bl e br sejam
3) Trissílabas: Aquelas que possuem três sílabas: pronunciadas separadamente, as mesmas ficarão em
sílabas diferentes
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Exs.: cor – rup – to / sub – li – nhar E ( ) "...mas neste século, os pais deixaram de lado a
educação dos filhos..." - a tonicidade recai na penúltima
2º) As consoantes internas não seguidas de vogal ficam sílaba.
na sílaba anterior.
Exs.: ad-je-ti-vo / rap – to QUESTÃO – 02 – EPCAR - AREONÁUTICA
Considerando a justificativa para a acentuação gráfica
3º) Separam-se as letras dos ditongos consonantais rr – das palavras, relacione as colunas a seguir e depois
ss – sc e xc. marque a sequência correta. (Alguns números poderão
Exs.: car–ro / pás–sa– ro / nas–cer / cres-ça. ser utilizados mais de uma vez.)

4º) Permanecem na mesma sílaba, as letras dos dígrafos
consonantais ch ,lh , nh, gu, qu e dos dígrafos vocálicos
am, an, em, en, im, in, om, on, um, um.
Exs.: ma – cho / ve – lha / ni – nho / man – gue.
5º) Separam-se fonemas vocálicos que formam hiato.
Exs.: sa-a-ra / sa-ú-de / po-e-ta / Ca-a-tin-ga
(1) Acentuam-se todas as proparoxítonas.
(2) Acentuam-se todas as paroxítonas terminadas em
ditongo (seguido ou não de s).
(3) Acentuam-se as monossílabas tônicas terminadas
em -a, -e, -o (seguidos ou não de s).
(4) Acentuam-se todas as paroxítonas que trazem
qualquer outra terminação, menos -a(s), -e(s), -o(s), -
em(-ens).

6º) A letras que formam ditongos e tritongos ficam na A( ) três

mesma sílaba. B( ) matéria
Exs.: amei- xa / tei – mo– so / qua – se / i – guais C( ) hóspede
D( ) horários
AULA 2 – FONOLOGIA – SÍLABA E( ) plausível
QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSO f ( ) falássemos

QUESTÃO – 01 – ITA - AERONÁUTICA A( ) 3-2-1-2-4-1

“A importância da participação da família no B( ) 3-3-2-1-4-2
desenvolvimento da criança é indiscutível, mas, neste C( ) 1-2-1-1-3-1
século, os pais deixaram de lado a educação dos filhos, já D( )4-1-1-2-3-1
que esperam que tudo venha da escola. Sem a
transmissão de valores, a criança tem dificuldade em QUESTÃO – 03 – EsSA - EXÉRCITO
processar mentalmente estímulos, de relacionar fatos e Assinale o trecho que apresenta erro de acentuação
estabelecer a importância entre eles. Deixa, portanto, de gráfica:
aprender com os erros do passado. O processo de A ( ) Inequivocamente, estudos sociológicos mostram
mediação pode estar presente em qualquer situação do que, para ser eficaz, o chicote, anátema da sociedade
dia a dia. Numa viagem de férias, uma mãe estará colonial, não precisava bater sobre as costas de todos os
mediando o aprendizado de seu filho, ao juntar ao lazer escravos.
algumas histórias sobre o local, ao chamar a atenção B ( ) A diferença de ótica entre os díspares
para a arquitetura ou o comportamento das pessoas”. movimentos que reivindicam um mesmo amor à
MORAES, Rita. Deixe-me pensar. Isto é, 30 jun.1998. (Adaptado)
natureza se enraízam para além das firulas das
discussões político-partidárias.
Observe os termos abaixo sublinhados. Em seguida, C ( ) No âmago do famoso santuário, erguido sob a
assinale a alternativa que apresenta a égide dos conquistadores, repousam enormes caixas
justificativa CORRETA para o acento existente no termo cilíndricas de oração em forma de mantras, onde o novel
sublinhado na fé se purifica.
D ( ) O alvo da diatribe, o fenômeno da reprovação
A ( ) "A importância da participação da família no escolar, é uma tolice inaceitável, mesmo em um
desenvolvimento da criança..." - paroxítona terminada paradigma de educação deficitária em relação aos
em hiato. menos favorecidos.
B ( ) "...a criança tem dificuldade em processar
mentalmente estímulos..." - a tonicidade recai na QUESTÃO – 04 – EsSA - EXÉRCITO
penúltima sílaba. A seguir, apresentam-se duas sequências: a primeira (1,
C ( ) "Numa viagem de férias, uma mãe estará mediando 2, 3, 4); a segunda (I, II, III, IV) com diferentes regras de
o aprendizado..." - proparoxítona terminada em ditongo. acentuação.
D ( ) "A importância da participação da família no
desenvolvimento da criança é indiscutível..." - paroxítona 1- Pública I - Monossílaba tônica
terminada em “l”. 2- Saúde II- Paroxítona terminada
3- Ministério em ditongo
4- Lá III- Proparoxítona
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IV- Hiato com vogal tônica D ( ) as duas palavras acentuadas recebem acento pelo
mesmo motivo.
Qual alternativa contém a correta correspondência, E ( ) a palavra 1 é acentuada por ser paroxítona e a 3
nessa ordem, entre as duas sequência, relacionando por ser proparoxítona.
cada uma das palavras com a justa explicação para seu
acento gráfico? QUESTÃO – 08 – EPCAR - AERONÁUTICA
Assinale a opção em que as palavras pertencem à
A( ) 1-III; 2-IV; 3-II; 4-I. mesma classe gramatical e são acentuadas graficamente
B( ) 1-III; 2-II; 3-III; 4-I. pela mesma regra.
C( ) 1-IV; 2-III; 3-I; 4-II.
D( ) 1-III; 2-II; 3-II; 4-I. A ( )Um dado curioso do debate brasileiro sobre
E( ) 1-IV; 2-IV; 3-I; 4-II. maioridade penal é a insistência com que emerge a
afirmação, peremptória, de que os jovens de hoje “não
são ingênuos como os de antigamente" [...]".
QUESTÃO – 05 – EsSA - EXÉRCITO B ( )Resumindo, a melhor evidência científica diz que
Observe os itens abaixo, coloque (V) para o que for o cérebro de um jovem de 16 ou 17 anos ainda não
verdadeiro ou (F) para falso. atingiu o desenvolvimento pleno [...].
C ( )Claro, dissuasão não é a única função da pena. Há a
( ) As palavras abaixo, dependendo do contexto são questão da correção do comportamento e de tirar
usadas com ou sem acento. “porém" – “até" – “potência" elementos perigosos de circulação [...].
– “está". D ( )Poucos cientistas endossam essa interpretação
( ) Escreve-se como “existe" todas as palavras abaixo radical: ser adolescente não basta para transformar
relacionadas. en oval – en urrada – e torsão – ninguém em criminoso. Há outros fatores também
en ergar. envolvidos, inclusive sociais [...]
( ) A divisão silábica das palavras abaixo
está INCORRETA. ca-ís-se – con-quis-ta – con-sci-ên-cia QUESTÃO – 09 – EsSA - EXÉRCITO
– ab-so-lu-ta. Diarreia
( ) A pontuação está correta nas frases abaixo. Não, As principais características da diarreia são o
entre nesse recinto agora. Não entre nesse recinto aumento do número de evacuações e a perda de
agora. consistência das fezes, que se tornam aguadas.
( ) O plural diminutivo de “coração" é coraçãozinhos. Uma das piores complicações da diarreia é a
desidratação. Adultos são mais resistentes, mas bebês,
Assinale a alternativa correta. crianças e idosos desidratam-se com facilidade. Boca
A ( ) F – F – V – F – F. seca, lábios rachados, confusão mental e diminuição da
B ( ) V – V – V – V – F. urina são sintomas de desidratação que, além de
C ( ) V – F – F – V – V. diminuir as reservas de água do corpo humano,
D ( ) F – V – F – F – V. constituído por cerca de 75% de água, reduz os níveis
de dois importantes minerais: sódio e potássio.
QUESTÃO – 06 – ESSA - EXÉRCITO Disponível em http://drauziovarella.com.br/letras/d/diarreia/>
Acesso em: 18/12/2015, com adaptações
A palavra “Olimpíadas" recebe acento agudo porque: A
( ) é proparoxítona.
B ( ) apresenta hiato com I. Os vocábulos acentuados graficamente pela mesma
C ( ) é um estrangeirismo. regra são
D ( ) é um substantivo próprio. A ( ) “características” e “bebês”.
E ( ) não deve ser confundida com a palavra “piadas". B ( ) “número” e “níveis”.
C ( ) “bebês” e “é”
D ( ) “além” e “água”.
QUESTÃO – 07 - EPCAR - AERONÁUTICA E ( ) “consistência” e “lábios”.
Sobre as formas destacadas e numeradas nos segmentos
“Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima
hora: (1)TRAÍDO e (2)TRAIDORA . QUESTÃO – 10 – EsSA - EXÉRCITO
/ mediante (3) REVÓLVER.", é correto afirmar que: TEXTO
QUANTO FALTA PARA O DESASTRE?
A ( ) as três palavras são paroxítonas com ditongo.
B ( ) na palavra 1, acentua-se o “i" tônico que forma o Verão de 2015. As filas para pegar água se
hiato com a vogal anterior, estando ele sozinho na espalham por vários bairros. Famílias carregam baldes e
sílaba. aguardam a chegada dos caminhões-pipa. Nos canos e
C ( ) o vocábulo 2 também deveria ser acentuado pelo nas, nem uma gota. O rodízio no abastecimento
mesmo motivo do 1. torneiras força lugares com grandes aglomerações,
como shopping centers e faculdades, a fechar. As chuvas

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abundantes da estação não vieram, as obras em
andamento tardarão a ter efeito e o desperdício
continuou alto. Por isso, São Paulo e várias cidades
vizinhas, que formam a maior região metropolitana do
país, entram na mais grave crise de falta d’água da
história.
(Época,16/06/2014)
A correção na acentuação gráfica faz parte do cuidado
com a norma culta na redação de um texto; a opção que
apresenta um vocábulo do texto 3 que é acentuado
graficamente por razão distinta das demais é:
A ( ) famílias
B ( ) país
C ( ) rodízio
D ( ) água
E ( ) desperdício
AULA 03 - FONOLOGIA -ORTOFONIA – ORTOGRAFIA
– PROSÓDIA – ORTOÉPIA
3.1 - Cronologia das reformas ortográficas na Língua
Portuguesa
Séc. XVI ao Séc. XVIII
Procurava-se a raiz latina ou grega para escrever as
palavras, mas não havia regras rígidas. É possível
encontrar vários registros ortográficos de uma mesma
palavra.
As palavras, mesmo que tenham mudado,
continuaram a ser pronunciadas como antes.
1907 A Academia Brasileira de Letras começa a
simplificar e a padronizar essa escrita.
1910 A Academia Brasileira de Letras começa a
simplificar a escrita nas suas publicações ao
procurar padronizá-la.
1911 Primeira Reforma Ortográfica em
Portugal. Essa reforma tentava uniformizar e
simplificar a escrita, mas não foi extensiva ao
Brasil.
1915 A Academia Brasileira de Letras resolve
harmonizar a ortografia com a portuguesa.
1919 A Academia Brasileira de Letras revoga a
sua resolução de 1915.
1924 A Academia de Ciência de Lisboa e a
Academia Brasileira de Letras começam a
procurar uma grafia comum.
1929 A Academia Brasileira de Letras lança um
novo sistema gráfico.
1931 Foi aprovado o primeiro Acordo Ortográfico
entre o Brasil e Portugal, que visada a
suprir as diferenças, unificar e simplificar a
língua portuguesa, contudo não foi posto em
prática.
1943 Publicação do formulário Ortográfico.
1945 Segunda tentativa de unificação.
1971- Acordos que deram ênfase à alteração dos
1973 acentos gráficos.
1975- Esforços frustrados de unificação.
1986
1990 Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
2008 Assinatura do Decreto nº 6.583/08, que
aprovou o Acordo Ortográfico.
2009- Serão aceitas as duas ortografias até
2015 dezembro de 2015, exceto para os livros
didáticos, que deverão estar adaptados em
2010.
2016 Nova ortografia.
3.2 – O novo Acordo Ortográfico
A explicação mais usual para o Novo Acordo é
que simplesmente se quer unificar a Língua Portuguesa
entre os 8 países que a adotam como oficial. A língua é a
expressão cultural de identidade de cada povo por
excelência, patrimônio de cada um de nós
“Portugal”,”Timor Leste”,”Brasil”,”Cabo Verde”,”Guné
Bissau”, “São Tomé”, “Angola” e “Moçambique”.
Com a unificação linguística alcançaremos
maior representatividade e prestígio em grandes fóruns
internacionais. Na ONU, por exemplo.
3.3 - ORTOFONIA – ORTOGRAFIA – PROSÓDIA –
ORTOÉPIA
1°) ORTOFONIA : Parte da fonologia que trata da
pronuncia correta da palavras.
2º) ORTOGRAFIA: Orto (correto) grafia(escrita)
3º) PROSÓDIA: Está relacionada com a correta
acentuação das palavras tomando como padrão a lóngua
considerada culta. Os erros de prosódia recebem o
nome de silabada.
Exs.: Sútil em vez de sutil / Côndor em vez de com
dor / rubrica em vez de ru bri ca
4°) ORTOEPIA: Pronuncia correta das palavras.
Pronunciar incorretamente uma palavra é cometer uma
cacoepia.
A norma não recomenda, mas no Brasil o E é
pronunciado aberto. O timbre da vogal E é aberto em:
coleta, cetro
O timbre da vogal O é fechado nas seguintes
palavras.
Exs.: alcova, boda(s), controle, crosta,
desporto, filantropo, poça.
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3.4 - Alteração No Alfabeto
Alteração no Alfabeto: Anteriormente o alfabeto
português era constituído de 23 letras, sendo cada uma
delas escrita em maiúscula e em minúscula. O nosso
alfabeto hoje tem 26 letras.
3.5 - Letra e Alfabeto
Letra: É a representação gráfica de um ou mais fonemas
(sons). Chamamos o conjunto de letras de ALFABETO.
A-B-C-D-E-F-G-H-I-J-K-L-M-N-O-P-Q-R-S-T-U-V-W-X-
Y-Z
Em siglas e unidades de medida:
K – potássio Kg – quilograma W – Oeste
A letra K é pronunciada como “C” e é. Portanto, uma
consoante → Kelly
A letra W poderá ser pronunciada como “V” ou como
“U”, podendo ser vogal, semivogal ou consoante→
Walter – Whisky
A letra Y é pronunciada como “i” e é, portanto, uma
vogal ou uma semivogal→ yacht (iate)
3.6 – Emprego das Letras e dos Dígrafos
1. Uso do h
O h não representa fonema algum e seu emprego
obedece a algumas regras:
● Emprega-se o h no final de algumas interjeições:
Exs.: ah! Oh!
● Emprega-se o h quando a etimologia (origem da
palavra) ou tradição escrita do nosso idioma assim
determina.
Exs.: hábil, habilitação, hábito, honesto, hiato,
híbrido, hipoteca, hidrogênio, hífen, hélice,
herança, herói, hesitar, homem, higiene,
hora, honra, hoje, horizonte.
● No interior do vocábulo, não se usa h, exceto:
a) quando ele faz parte dos dígrafos ch, lh, nh .
Exs.: fecho, folha, rainha
b) nos compostos em que o segundo elemento com h
etimologicamente se une ao primeiro por hífen.
Exs.: pré-história, anti-higiênico.
● Por tradição, grafa-se com h o nome do estado: Bahia
de Todos os Santos
2. Uso do Ç
● Escreve-se com – çar – os verbos derivados de
substantivos terminados em – ce.
Exs.: alcance → alcançar / lance → lançar.
● Escrevemos com – ção as palavras derivadas de
vocábulos terminados em -to, -tor, -tivo e os
substantivos formados pela preposição do –ção ao tema
de um verbo ( tema é o que sobra, quando se retira a
desinência do infinitivo –r – do verbo).
Exs.: erudito → erudição / exceto →exceção / setor
→seção
intuitivo →intuição / redator →redação /
reeducar – r + ção = reeducação
exportar –r + ção = exportação
reparti –r + ção = repartição
● Escrevemos com –tenção os substantivos
correspondentes aos verbos derivados do verbo ter.
Exs.: manter = manutenção / reter = retenção
Deter = detenção / conter = contenção.
3. Uso do S
Emprega-se o (S) nos seguintes casos:
●Todas as palavras terminadas em –oso e –osa, com
exceção de gozo.
Exs.: cheiroso, formosa, dengosa e horroroso
● Nos sufixos -ês, -esa, indicadores de origem, nomes
próprios, título de nobreza ou profissão.
Exs.: camponesa, milanês, marquês, duquesa,
Princesa, poetisa, Heloísa, Marisa
● Toda a conjugação dos verbos pôr, querer e usar.
Exs.: Eu pus / Ele quis Nós usamos / Eles quiseram
Quando nós quisermos / Se eles usassem.
● Todas as palavras terminadas em –ase, -ese, -ise e –
ose, com exceção de gaze e deslize.
Exs.: fase, crase, tese, osmose.
● Nas palavras derivadas de verbos terminados em –nder
e – ndir.
Exs.: pretender = pretensão / defender = defesa,
defensivo
Compreender = compreensão / fundir = fusão
● As palavras derivadas de verbos terminados em –erter, -
ertir e ergir.
Exs.: perverter = perversão / converter = conversão
reverter = reversão / divertir = diversão
imergir = imersão
● Escrevemos –puls nas palavras derivadas de verbos
terminados em –pelir e –curs, nas palavras derivadas de
verbos terminados em –correr.
Exs.: expelir = expulsão / impelir = impulso
Compelir = compulsório / concorrer = concurso
Discorrer = discurso / percorrer = percurso
4. Uso do ç ou s?
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● Depois de ditongo emprega-se as letras C e Ç para ● Escreveremos com -press- as palavras derivadas de
representar o fonema /S/. verbos terminados em -primir.
Exs.: rejeição, foice, beiço, caução Exs: imprimir = impressão;
comprimir = compressa;
5. Uso do Z: deprimir = depressivo
Emprega-se Z nos seguintes casos: ● Escreveremos com -gress- as palavras derivadas de
verbos terminados em -gredir.
● Nos sufixos -ez / eza, formadores de substantivos Exs.: agredir = agressão;
abstratos a partir dos adjetivos. progredir = progresso;
transgredir = transgressor
Adjetivo Substantivo abstrato ● Escreveremos com -miss- ou -mess- as palavras
Insensato Insensatez derivadas de verbos terminados em -meter.
Mesquinha Mesquinhez Exs.: comprometer = compromisso;
Altivo Altivez intrometer = intromissão;
Magro Magreza prometer = promessa;
remeter = remessa

6. Uso do S ou Z? 8. Uso de ç, s ou SS
● Escrevemos com -s, os verbos terminados em -sar, Em relação ao verbos terminados em -tir, teremos:
quando a palavra primitiva já possuir o -s
Exs.: análise = analisar ●Escreveremos com -ção, quando retirarmos somente a
pesquisa = pesquisar desinência de infinitivo -r, dos verbos terminados em –tir
paralisia = paralisar Exs.: curtir - r + ção = curtição
● Escrevemos com -z os verbos terminados em -zar,
quando a palavra primitiva não possuir o -s no final do ●Escreveremos com -são, quando, ao retirarmos toda a
radical. terminação -tir, a última letra for consoante.
Exs.: canal = canalizar Exs.: divertir - tir + são = diversão
Hospital = Hospitalizar
atual = atualizar 9.Uso do g
● Escrevemos com -s os diminutivos terminados em - ● Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -
sinho, quando a palavra primitiva já possuir o -s no final úgio.
do radical. Exs.: pedágio, colégio, litígio, relógio, subterfúgio.
● Nos substantivos terminados em -gem, exceção feita a
Primitiva + sufixo inho Diminutivo (derivado) pajem, lambujem e a conjugação dos verbos terminados
Pires Piresinho em -jar.
Exs.: a vertigem, a coragem, a aragem, a margem.
Lápis Lapisinho
Português portuguesinho
10. Uso do j:
●Em palavras de origem indígena, africana ou popular.
● Escreveremos com -z- os diminutivos terminados em -
Exs.: pajé, canjica, jibóia, jirau, jiló, jeca.
zinho e -zito, quando a palavra primitiva não possuir -s no Exceção: Sergipe.
final do radical.
● Em palavras derivadas dos verbos terminados em -jar.
Exs.: Primitiva Sufixo (inho/inha) Diminutivo Derivada Exs.: trajar = traje, eu trajei.
raiz + inha raizinha encorajar = que eles encorajem.
juiz + inho juizinho Viajar = que eles viajem.
papel + inho papelzinho
pé + inho pezinho ●As palavras derivadas de vocábulos terminados em -ja.
pai + inho paizinho Exs.: loja = lojista;
gorja = gorjeta;
7. Uso de SS canja = canjica.

● Escreveremos com -cess- as palavras derivadas de verbos 11. Uso de x/ch

terminados em -ceder. ● Depois de ditongos normalmente se emprega X
Exs: anteceder = antecessor; Exs.: enxame, enxoval, enxada, enxaqueca.
exceder = excesso; Exceção: recauchutar e guache.
conceder = concessão

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● Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por enx-, 1º) Acentuam-se todas as proparoxítonas.
com exceção das derivadas de vocábulos iniciados Ex.: Ortográfico, gástrico, íamos, hífenes.
por ch- e da palavra enchova.
Exs.: enxada, enxerto, enxerido, enxurrada. Exceção: Os 2º) Acentuam-se as paroxítonas terminadas em:
verbos encher, encharcar e derivados escrevem-se com
ch. MACETE: Us / ei / um / l / i / r / ao / n / on / x / ps
● Depois da sílaba me- emprega-se x (Macete que sintetiza as terminações das paroxítonas
Exs: mexer, mexilhão, mexicano, mexerico, mexerica. acentuadas.)
Exceção: mecha e derivados. Ex.: us – vírus / um – álbum , álbuns
ei – (ditongo) - jóquei, história
● Palavras de origem indígena e africanas são grafadas l – amável
com x. i(s) – júri / lápis
Exs.: xangô, xará, xavante, xingar, xique-xique. r – repórter
ão(ã) – órgão / órfã
●Palavras do inglês aportuguesadas trocam o sh original n – hífen
por x. on – próton
Exs.: Xampu (de shampoo), xerife (de sheriff). x – ônix
ps – bíceps
12. Uso de e/ i
●Os verbos terminados em -uar e -oar, escrevem-se com Obs.: As paroxítonas terminadas em ens não recebem
e na formas do presente do subjuntivo. acento.
Exs.: Efetuar efetues efetue Exs.: hifens, itens, polens, jovens.
Continuar continues continue
Abençoar abençoes abençoe Obs.: Ao ser justificado o uso de acento paroxítono, faça-
Perdoar perdoes perdoe o assim:
● Os verbos terminados em –uir, -air, -oer escrevem-se Ex.: dicionário – paroxítona terminada em ditongo
com i na 2ª e na 3ª pessoa do singular do presente do crescente (io).
indicativo.
Exs.: possuir possuis possui 3º) Acentuam-se as oxítonas terminadas em “a(s)”,
retribuir retribuis retribui “e(s)”, “o(s)”, “em” ou “ens”.
cair cais cai
sair sais sai Exs.: sofá, ananás, café, revés, dominó, retrós, refém,
doer ---- dói parabéns.
moer móis mói
4º) Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados
Nota: O verbo doer não apresenta a 2ª pessoa do em “a(s)”, “e(s)”, “o(s)”.
presente do indicativo Exs.: mó, dá, fé, pé, más, pás, pôs.

3.7 – Acentuação Gráfica Regras Especiais

5º) Ditongos abertos “éi”, “éu”, e “ói”.
O português, assim como outras línguas
neolatinas, apresenta acento gráfico. Sabemos que toda
palavra da Língua portuguesa de duas ou mais sílabas Obs.: Com a Reforma de 2009, esta regra não mais se
possui uma sílaba tônica. Observe as sílabas tônicas das aplica em caso de paroxítonas.
palavras arte, gentil, táxi e mocotó. Você constatou que a
tonicidade recai sobre a sílaba inicial em arte, a final em COMO ERA COMO FICA
gentil, a inicial em táxi e a final em mocotó. Heróico heroico
Além disso, você notou que a sílaba tônica nem Apóio apoio
sempre recebe acento gráfico. Portanto, todas as Assembléia assembleia
palavras com duas ou mais sílabas terão acento tônico, Estréia estreia
mas nem sempre terão acento gráfico. A tonicidade está
para a oralidade (fala) assim como o acento gráfico está
para a escrita (grafia). É importante aprender as regras 3.9 -Emprego do Hífen (Conforme Reforma Ortográfica
de acentuação pois, como vimos acima, independem de 2009)
da fonética.
1. Hífen em palavras compostas por justaposição.
3.8 - Acentuação Gráfica. Reforma Ortográfica de Exs.: guarda-roupa – guarda-civil – cirurgião-dentista –
2009 pé-de-moleque – etc.
2. Locais iniciados pelos adjetivos grã – grão verbos e
Regras Gerais
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 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL

palavras ligados por artigo
Exs.: Grã-Betanha – Grão-Pará – Quebra-coco – Entre-
os-rios, etc.
3. Palavras derivadas designativas de espécies botânicas
e zoológicos.
Exs.: erva-doce – bem-te-vi, etc.
4. Advérbio bem + nomes iniciados por vogais... ou
consoantes
Exs.: bem-vindo – bem-me-quer – bem-aventurado –
bem-estar, etc.
5. Advérbio mal + nome iniciados por vogais “e”
...
Exs.: mal-estar – mal-humorado
OBS.: mal + palavras iniciadas por consoante sem hífen
Exs.: malmequer – malcriado – malvisto
6. Além – aquém – recém – e sem
Exs.: além-mar – aquém-mar – recém-casado – sem-
cerimônia
7. Prefixos antes de palavras iniciadas por H
Exs.: mini-hotel – pré-história – super- homem
8 Prefixo com vogal igual à da iniciada na palavra
Exs.: contra-almirante – anti-inflamatório – micro-ondas
9. Prefixo terminado em “r” mais palavra iniciada por “r”
Exs.: inter-racial – super-resistente
10. Prefixos “pré, pró, pos, soto, sota, vice, vizo −sempre
separado por hífen
Exs.: pré-concurso – pró-americano – pós-doutor – soto-
piloto – sota-mestre – vice-governador – vizo-rei – ex-
prefeito
2) Introduz uma causa. É uma conjunção subordinativa
causal.
Ex,: Ele a maltrata porque é estúpido.
● Por que:
1) Usa-se por que nas interrogativas diretas e indiretas.
Nesse caso, por que é um advérbio interrogativo.
Ex.: -Por que você a maltrata?
- Quero saber por que você a maltrata. (interrogativa
indireta)
2) Por que equivale a pelo qual, pela qual, pelos quais,
pelas quais. O que é um pronome relativo.
Ex.: - Esse é o caminho por que passamos.
3) A construção é igual à anterior. No entanto, fica
subentendido o antecedente do pronome relativo
(razão, causa, motivo).
Ex.: Eis por que não te amo mais.
● Por quê / Quê:
Por quê é empregado em final de frase ou quando a
expressão estiver isolada.
O “que” passa a ser tônico em final de frase. Fica
acentuado antes de pausa forte, do ponto de
interrogação, exclamação ou final.
Exs.:
Agradecida. – Não há de quê.
O professor marcou novos testes, ninguém sabe por quê.
Quem foi ao show adorou. Você quer saber por quê?
Tanta correria pra quê?!
Você é especial, sabe por quê?
● Porquê:
Porquê é um substantivo. Equivale a causa, motivo,
razão.
Ex.: Não me interessa o porquê de seu comportamento.

11. Prefixos circum – pan – mais palavras iniciadas com Note que, neste caso, o artigo precede o porquê.
vogal “h ou n”
Exs.: circum-escolar – circum-navegação – pan-
americano – pan-histórico – pan-mágico

12. Sufixos indígenas açu – guaçu – mirim – precedido

de vogal acentuado
Exs.: Ceará-mirim – amoré-guaçu.

Não se usa hífen:

a) Encontro de vogais diferentes – prefixo + palavra
Exs.: anteontem – autoestrada – infraestrutura –
coautora.

b) Vogal + r ou s – duplicam-se as letras

Exs.: autorretrato – suprassumo – antissocial –
minissaia – antirrábica – cosseno – antirrugas.

3.10 Emprego dos Porquês

● Porque:
1) Introduz uma finalidade. Equivale a para que. Nesse
caso, porque é conjunção subordinativa final.
Ex.: Venha comigo porque não fique só.
12
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
Você erra os porquês simplesmente porque nunca
deu muita atenção a eles. O uso é muito simples.
Lendo esta seção, você vai entender por que os
porquês não são - nem de longe – um bicho de sete
cabeças.
EXERCÍCIOS AULA 03
QUESTÃO – 01 – AFA - AERONÁUTICA
TEXTO
Por que a agricultura familiar é importante?
A agricultura apresenta importante fundação
para garantir a segurança alimentar; preserva os
alimentos tradicionais, além de construir para uma
alimentação balanceada, para a proteção da agro-
biodiversidade e para o uso sustentável dos recursos
naturais.
No cenário nacional, a agricultura familiar
responde por 38% do valor bruto da produção dos
alimentos que chegam à mesa dos brasileiros.
Considerando-se o número de estabelecimentos
rurais, a agricultura familiar consegue empregar três
vezes mais do que a agricultura não familiar.
Disponível em: Acesso em: 19/12/2015
A palavra ou expressão em destaque está grafada
corretamente e de acordo com a norma-padrão em:
A ( )A agricultura familiar é importante por que
preserva os alimentos.
B( ) A Agricultura Familiar é importante por quê?
C ( ) A Agricultura Familiar apresenta importante
função porquê garante a segurança alimentar.
D ( ) O Texto I esclarece o motivo porque a Agricultura
Familiar contribui para o uso sustentável dos recursos
naturais.
E ( ) O Texto I expõe o porque de a Agricultura
Familiar ser importante para o país.
QUESTÃO – 02 – AFA - AERONÁUTICA
No trecho “E isso porque o povo já tem dado mostras
de ter maior maturidade política do que a grande
maioria dos políticos” verifica-se a grafia adequada da
expressão destacada, uma vez que funciona como
conjunção explicativa.
A frase em que a expressão em destaque também
está adequadamente empregada é
A ( )Não se sabe por que a desigualdade social ainda
existe.
B ( ) É comum não se compreender o por quê da fome
no país
C ( ) Por quê os políticos não se movimentam para
acabar com a fome?
D ( ) O povo liderará os governantes por que tem
maior maturidade política.
E ( ) A fome é uma doença, mas não se entende por
que.
QUESTÃO – 03 – EEAR - AERONÁITICA
“Perguntando-me a mim mesmo por que processo de
associação ela me viera à memória, não atinei com o
porquê. Pensei, então, no motivo de eu lastimar sua
ausência e não obtive de imediato a resposta. Passaram-
se muitos meses quando, de repente, percebi o sentido
disso tudo: ela era sempre fora e sempre seria a
concretização da fantasia primeira da minha
adolescência”.
Considere o trecho acima e as afirmações que seguem:
I. Em Perguntando-me a mim mesmo, há duas formas
− me e a mim mesmo − que expressam reflexividade da
ação, motivo pelo qual uma delas pode ser elidida sem
prejuízo do sentido.
II. Em por que processo de associação ela me viera à
memória, o segmento destacado está grafado segundo
as normas gramaticais.
III. Em não atinei com o porquê, a palavra destacada
apresenta erro de grafia: o acento gráfico não é
justificável
IV. Em percebi o sentido disso tudo, a palavra destacada
resume as razões citadas após os dois-pontos.
Está correto o que se afirma APENAS em
A ( ) I.
B ( ) I e II.
C ( ) II e III.
D ( ) III e IV.
E ( ) II e IV.
QUESTÃO – 04 – ITA - AERONÁUTICA
Sobre o tema “O jogo no Brasil”, uma leitora do jornal O
Globo escreveu o seguinte: “Não entendo por que não se
legaliza o jogo no Brasil. Todos os países que têm o jogo
13
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
reconhecido, além de arrecadarem uma fortuna em
impostos, dão emprego a muita gente. Quem quer jogar, o
faz livremente pela Internet e nos bingos ilegais, onde
quem arrecada é o contraventor. Os mais abastados
deixam dólares lá fora, que poderiam ajudar a educação e
saúde, aqui dentro”.
Na frase “Não entendo por que não se legaliza o jogo no
Brasil”, o termo sublinhado tem a grafia em dois termos
exatamente pelo mesmo motivo que em
A ( ) “A legalização do jogo é o motivo por que luta a
leitora.”
B ( ) “Por que razão não se legaliza o jogo?”
C ( ) “Desconheço por que a legalização do jogo é
proibida.”
D ( )“Esse é o caminho por que ele veio.”
E ( ) “O projeto por que me empenho é de grande
utilidade.”
QUESTÃO – 05 – EEAR - AERONÁUTICA
“O idioma tornou-se multicultural, multiétnico, pois a
maior parte dos falantes da África e da Índia é bilíngue ou
multilíngue." A ortografia, nesse trecho, respeita as
regras determinadas pelo novo acordo ortográfico,
assim como em todas as palavras de qual alternativa?
Assinale-a.
A ( ) O sóciogerente participou da reunião com a pré-
comissão do evento.
B ( ) A infraestrutura está protegida por um eficiente
sistema de para-raios.
C ( ) O médico solicitou exames pre-cirúrgicos, como
ultrassom e coleta de sangue para análise.
D ( ) Houve efeitos que indicaram a interrelação dos
elementos presentes na estrutura pré-moldada.
QUESTÃO – 06 – COLÉGIO NAVAL - MARINHA
Assinale a opção em o emprego do hífen, segundo as
regras do mais recente Acordo Ortográfico,
está incorreto.
A ( ) Vamos comprar um anti-inflamatório porque ela
está superresfriada.
B( ) O quadro foi protegido com vidro antirreflexo
C ( ) Ele era corréu na acusação de ter assassinado
o contrarregra
D( ) O grupo antissequestro já participa da
investigação.
E( ) Trata-se de uma informação semioficial.
QUESTÃO – 07 – ESCOLA NAVAL - AERONÁUTICA
As silabadas, ou erros de prosódia, são desvios na
pronúncia da sílaba tônica. Esse vício é frequente no uso
da língua. Assinale a alternativa onde não ocorre
nenhuma silabada:
A( ) Eis aí um protótipo de rúbrica de um homem
vaidoso.
B ( ) Para mim a humanidade está dividida em dua s
metades: a dos filântropos e a dos misântropos.
C ( ) Os arquétipos de iberos são mais pudicos que
se pensa.
D ( ) Nesse ínterim chegou o médico com a
contagem de leucócitos e o resultado da cultura de
levedos.
E ( ) Ávaro de informações, segui todas as pegadas
do éfebo.
QUESTÃO – 08 – AFA - AERONÁUTICA
De acordo com as normas da pronúncia, tonicidade e
prosódia, analise as afirmativas abaixo:
I- No vocábulo "léxico" o "x" soa como /KS/.
II- Na palavra "abrupto", o "r" pode ser pronunciado
múltiplo e sem fazer grupo com a consoante anterior.
(ab-rup-to)
III- As palavras "ureter" e "ruim" são oxítonas.
IV- As palavras "couve-flor" e "arco-íris" são
paroxítonas.
Com base na análise, assinale a alternativa correta.
A( ) Somente I está correta.
B( ) Somente II e IV estão corretas.
C( ) Somente III e IV estão corretas.
D( ) Somente I, II e III estão corretas.
QUESTÃO – 09 – COLÉGIO NAVAL - MARINHA
Assinale a opção em que todas as palavras se completam
adequadamente com a letra entre parênteses:
A ( ) en.....aguar / pi.....e / mi.....to (x)
B ( ) exce.....ão / Suí.....a / ma.....arico (ç)
C ( ) mon.....e / su.....estão / re.....eitar (g)
D ( ) búss.....la / eng.....lir / ch.....visco (u)
E ( ) .....mpecilho / pr.....vilégio / s.....lvícola (i)
QUESTÃO – 10 – ESCOLA NAVAL - MARINHA
Assinale a alternativa em que todas as palavras estejam
corretamente grafadas:
A ( ) tecer, vazar, aborígene, tecitura, maisena
B ( ) rigidez, garagem, dissenção, rigeza, cafuzo
C ( ) minissaia, paralisar, extravasar, abscissa, cosseno
D ( ) abscesso, rechaçar, indu, soçobrar, coalizão
E ( ) lambujem, advinhar, atarraxar, bússola, usofruto
AULA 04 - INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - TIPOLOGIA
TEXTUAL
4.1 – Tipos Textuais
A tipologia textual diz respeito à forma como
um determinado texto é apresentado. Assim, as
diferentes tipologias textuais são: narração, dissertação,
descrição, informação e injunção.
14
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
Os tipos textuais fundam-se em critérios
internos (linguísticos e formais).
4.2 – NARRAÇÃO – SEQUÊNCIA TEMPORAL
Existe uma narração quando o narrador
apresenta uma sequência de fatos ocorridos com um ser
ou mais (personagens) em um espaço de tempo e em
determinado lugar (ou lugares). Uma narração deve
apresentar três partes: a introdução, o desenvolvimento
e a conclusão.
→Características
• a presença de verbos que indicam ação, advérbios
temporais e conjunções temporais;
• sucessão temporal;
• o objetivo de relatar os fatos;
• tempos verbais: presente e pretérito-perfeito do
Indicativo.
→ Elementos da Narrativa - Narrador
a) participante (= 1ª Pessoa )
b) simples observador do fato narrado (= 3ª Pessoa )
→ Foco Narrativo
Maneira como o narrador se situa em relação ao que
está sendo narrado: 1ª Pessoa ( eu / nós ), ou se
distancia dela e escreve na 3ª Pessoa (utilização do
índice de indeterminação do sujeito – “se” )
→ Enredo ou Ação
A sequência dos fatos ou acontecimentos.
→ Personagem ou Personagens
Pessoas que atuam na narrativa, além do narrador.
→ Tempo
A extensão de tempo cronológico ou psicológico em que
tudo acontece: horas, dias, meses, anos ou até minutos.
→Espaço Geográfico
O local onde os fatos ou as cenas acontecem: o campo, a
cidade, a casa, a vila, a estrada, a praia, a rua etc.
→ Exemplos de textos narrativos
Piadas, notícias, reportagens, romances, contos, relatos
pessoais, etc.
4.3 - DISSERTAÇÃO -
A dissertação é um tipo de texto em que o autor
explana e expõe ideias, razões. Predominam os
conceitos abstratos, muitas vezes fora das esferas do
tempo e do espaço. Não há progressão temporal entre
os enunciados, mas sim relações de natureza lógica.
→ Características
• conectores relacionando argumentos;
• mecanismos de coesão;
• ausência da sucessão do tempo;
• objetivo de discutir, informar ou expor ideias;
• presença de opiniões e argumentos, com os verbos no
presente do Indicativo.
→Texto Dissertativo
Expositivo – Sequência Analítica
- Discute o assunto;
- Expõe o que o autor sabe sobre o assunto;
- Apresenta fatos reais, estudos científicos, estatísticas.
Argumentativo – Sequência Contrastiva Explícita
- Defende uma opinião = TESE;
- Persuasão, convencimento;
-Apresenta argumentos.
→Exposição ou argumentação?
“O Pantanal possui a maior concentração de fauna das
Américas, com cerca de 1.500 espécies animais. Essa
extrema riqueza biológica desperta a avidez dos
caçadores, que olham para a reserva como se ela fosse um
paraíso de alvos a sua disposição. Ali, os agentes florestais
são recebidos com as mesmas balas que matam animais
da região. O desmatamento para a implantação de áreas
para o pasto também estão contaminados pelo mercúrio
que os garimpos clandestinos jogam na água.”
A sociedade do Estado do Rio de Janeiro encontra-se
refém do medo. Rotineiramente, as pessoas se deparam
com sequestros, balas perdidas, tiroteios entre policiais
e bandidos e outros tipos de violência que colocam
cidadão carioca como vítima direta da convulsão social
em que vive a cidade maravilhosa. Nesse sentido, é
fundamental entender o caos atual para que, de posse
das causas desse movimento, possamos criar
mecanismo para uma rápida e necessária pacificação da
sociedade.
→Estruturação Argumentativa
Quando lemos um texto não estamos apenas
juntando palavras, frases. Na verdade, estamos
buscando nele suas idéias principais, isto é, verificando
como se dá sua estrutura argumentativa. Para que
possamos avaliar um texto em sua essência, devemos
buscar os elementos que o compõe. Por exemplo, ao
iniciar a leitura, deparamo-nos com o TEMA, ou seja, o
assunto sobre o qual repousa a discussão do texto, o
motivo da argumentação.
4.4 – Descrição – Sequência De Localização
15
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL

Consistem na caracterização de pessoas, objetos anúncios públicos, convites,correspondência pessoal ou

ou lugares, particularizando o que se deseja ser comercial, entrevistas.
ressaltado. Uma descrição completa inclui distinções
sutis úteis para distinguir uma coisa de outra. A → Conteúdo
descrição caracteriza-se por ser um “retrato verbal” de Muito diverso, em função do tema (notícias, anúncios,
pessoas, objetos, animais, sentimentos, cenas ou cartas etc.).
ambientes.
→Formato
→Características Texto em prosa, com características específicas de cada
• predominância de substantivos e adjetivos; modelo.
• ausência de passagem do tempo;
• o objetivo de identificar e qualificar os fatos; →Procedimentos de leitura
• tempos verbais: o presente e o imperfeito do Uso de indicadores de aproximação ao conteúdo
indicativo. (títulos, fotos, imagens, tipografia, seções do jornal etc.).
Identificação do tema da informação.
→Descrição Objetiva ou Subjetiva? Identificação da ideia principal.
“O animal mais conhecido da Austrália é o canguru. Ele Identificação dos detalhes principais.
possui um rabo comprido e cabeça pequena para o Ex.:
tamanho do corpo. Na frente da barriga, o animal tem
uma bolsa que dá para colocar seu filhote. Para se
movimentar, usa as duas patas traseiras para pular.”

“No jardim zoológico havia um pavão que mais parecia

uma noiva: era todo branquinho como se fosse coberto
com flocos de neve. Quando abria a sua cauda, um leque
de penas se formava como um longo vestido de noiva. Isso
o tornava uma figura feliz.”

4.5 – Informação
Os textos informativos têm o objetivo de
abordar algum tema e transmitir conhecimento a
respeito desse tema, transmitir dados e conceitos.
Isso é o que acontecem em reportagens de 4.6 – Texto Injuntivo / Instrucional
revistas e jornais, verbetes de dicionários e
enciclopédias, artigos de divulgação cientifica e livros Indica como realizar uma ação. É utilizado para
didáticos. predizer acontecimentos e comportamentos. Utiliza
A maioria dos leitores quando tem em mãos um linguagem objetiva e simples. Os verbos de ação são na
texto informativo tem a expectativa de aprender alguma sua maioria, empregados no modo imperativo, porém
coisa com a leitura. nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro do
Incluímos neste tipo de textos todos os presente do modo indicativo.
compreendidos no jornalismo: jornais, revistas,
folhetos, com suas diferentes variedades (notícias, → Modelos de textos injuntivos
reportagens, artigos diversos, anúncios etc.). Incluímos Previsões de tempo, receita culinárias, manuais, leis,
também a correspondência, embora possa haver cartas bula de remédio, convenções, regras e eventos.
que se encaixariam melhor num modelo literário. No
entanto, a maior parte de correspondência que
recebemos e enviamos tem como finalidade informar
algo concreto.

→Características de um texto informativo:

Função: Conhecer ou transmitir explicações e

informações de caráter geral.
Seu objetivo é compreender ou comunicar as
características principais do tema, sem maior
aprofundamento.

→ Modelos de textos informativos

Jornais e revistas, livros de divulgação, folhetos, notícias,
artigos e reportagens, anúncios e propaganda, avisos,
16
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL

relacionadas entre si, dando-nos melhores condições de

entendê-lo.

4.6.2 - Texto Em Verso e Prosa

Amor e sexo – Arnaldo Jabor

“Amor é um livro – Sexo é esporte
Sexo é escolha – Amor é sorte.
Amor é pensamento, teorema
Amor é novela – Sexo é cinema.
Sexo é imaginação, fantasia Amor é prosa – Sexo é poesia.
O amor nos torna patéticos. Sexo é uma selva de epiléticos
(...)”

O amor estudado
O amor é um valor abstrato. Parte de uma noção
também abstrata de satisfação e, posteriormente, da
valoração de, para ser feliz, necessita-se daquele ser
amado. Nesse sentido, entende-se esse sentimento como
um mecanismo de aproximação das pessoas. Às vezes,
beira a passionalidade e a violência. Nesse formato, ele
não deve ser lido como um sentimento, mas distúrbio
psíquico.

4.6.3 - Coesão Referencial (Recuperação Rápida)

→ Endofórica
→ Anafórica
Endofórica – relaciona termos dentro do texto. Se
divide em anafórica e catafórica.

Exofórica – relaciona termos de fora do texto para

dentro. Também é chamada de dêitica, díctica.

Anafórica – faz referência a algo já dito anteriormente

no texto.
Ex.: Matei o presidente. Aquele homem governava com
sangue.

Catafórica – faz referência a algo que ainda será dito no

texto.
Ex.: Nossa meta é esta: ganhar dinheiro;

Dêitica – localiza alguma coisa no espaço/tempo;

4.7 - COESÃO E COERÊNCIA Ex.: Ali será amarelo. (faz referência a algo externo, que
não está no texto)
COESÃO COERÊNCIA

4.6.4 -Tipos De Recuperação Rápida

Elemento de ligação Continuidade de
da superfície textual sentido do texto. → Pronome Pessoal
O cachorro está ferido. O motociclista atropelou-o.
Exs.: Rosane é uma menina de ouro. Ela é muito prestativa.
“Os políticos, apesar de serem eleitos pelo povo, faltam → Pronome Relativo
muito ao trabalho”. “Os casais antigos eram seguros, mas Refiro-me às meninas que estão de saia rosa.
os casais de hoje preferem viajar bastante”.
→ Pronome Demonstrativo
4.6.1 - Coesão Textual Sempre procura a paz. Isso é o que importa.
Para redigirmos um texto de qualidade, um dos
princípios básicos pelo qual devemos nos guiar é o da →Advérbio
coesão textual, pois um texto coeso nos oferece ideias
17
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL

A casa de Búzios era realmente demais. Ali passávamos Tipos: pessoa, lugar e tempo
as férias. Significação contextual

→ Pronome Relativo “ As crianças já estavam na sala de “entretenimento”

Refiro-me às meninas que estão de saia rosa.
→ Pronome Demonstrativo
Sempre procura a paz. Isso é o que importa.
→Advérbio
A casa de Búzios era realmente demais. Ali passávamos
as férias.
quando um rapaz com um canivete se aproximou. Eu
continuei aqui parada. Uma fila de carro bloqueava a
outra saída e você via tudo Manoel, mas não fazia nada.
Hoje, entendo que corríamos riscos graves. A boate não
apresentava segurança. Lá não havia segurança.”

4.7- Análise Da Coesão Nos Pronomes

Demonstrativos

1° Caso: Referencial
Os homens chegaram. Isso abalou as mulheres. Disse-
me isto: faça o melhor.

2° Caso: Distributivo
Patrícia e Gisela eram muito corretas. Esta, muito
responsável. Aquela, pontual.
3° Caso: Enumerativo
(reforçado de numeral) Estes dois problemas precisam
de solução: o erro e o descuido.
4.8 - Coesão Lexical
● Adoro Memórias Póstumas de Brás Cubas. Não deixo
de ler Machado de Assis.
● Vanessa passeia com o seu cão todos os dias, mas hoje
o animal quebrou a patinha.
● Gosto de brancos. Roupa alva nos deixa belos.
Adoro dançar. A dança faz bem para a alma.
4.9 - Coesão Elíptica
● A alguns, a vida oferece muito; a outros, pouco.
● Ele era muito orgulhoso. Ofendia-se, irritava-se com
qualquer brincadeira.
● Os industriais estão apoiando e vão votar no nosso
candidato.
4.10- Coesão Transfrástica
●A turma está com dificuldade em Português. Eles
perguntam sempre a mesma coisa.
●A massa dos sem-terra buscou até agora o caminho
político para alcançar os seus objetivos. Deveriam
continuar ou buscar uma solução armada?
●O trabalhador ainda acredita em vida digna com
salário mínimo. Eles vivem em um mundo em que a
única coisa boa presente mesmo é poder acreditar.
4.11- Valor Dêitico
Dêitico = enunciativo
AULA 04 – INTERPRETAÇÃO TEXTO
QUESTÕES DE PROVAS DE
CONCURSO
QUESTÃO – 01- EPCAR - AERONÁUTICA
Sobre o texto narrativo, pode-se afirmar:
A ( ) A estrutura textual é semelhante ao texto descritivo
B ( ) A postura do autor é de argumentador
C ( ) Há, exaustivamente, o uso de presente do
indicativo.
D ( ) Não apresenta clímax em sua estrutura
E ( ) O enredo é prioritário
QUESTÃO – 02- EEAR - AERONÁUTICA
O predomínio de adjetivações é comumente encontrado
no texto:
A ( ) Narrativo
B ( ) Informativo
C ( ) Descritivo
D ( ) Dissertativo
QUESTÃO – 03- EsPCEX - EXÉRCITO
O trecho que segue foi extraído do conto “Lâmpadas e
Ventiladores”, de Humberto de Campos:
A tarde estava quente, abafada, ameaçando tempestade.
Na sala da sorveteria onde tomávamos chá, os
ventiladores ronronavam como gatos, refrescando o
ambiente. Lufadas ardentes, fortes, brutais, varreram, lá
fora, o asfalto da Avenida. O céu escureceu, de repente, e
um trovão estalou, rolando pelo céu. Nesse momento, as
lâmpadas do salão, abertas àquela hora, apagaram-se
todas, ao mesmo tempo em que, dependendo da mesma

18
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
corrente elétrica, os ventiladores foram, pouco a pouco,
diminuindo a marcha, até que pararam, de todo, como
aves que acabam de chegar de um grande voo.
Sobre a tipologia textual dessa passagem do conto,
pode-se dizer a organização predominante é
A ( ) Argumentativa
B ( ) Descritiva
C ( ) Expositiva
D ( ) Narrativa
E ( ) Poética
QUESTÃO – 04- - FUZILEIRO NAVAL - MARINHA
Texto
Olhar o vizinho é o primeiro passo
Não é preciso ser filósofo na atualidade, para
perceber que o “bom” e o “bem” não prevalecem tanto
quanto desejamos. Sob a égide de uma moral
individualista, o consumo e a concentração de renda
despontam como metas pessoais e fazem muitos de nós
nos esquecermos do outro, do irmão, do próximo.
Passamos muito tempo olhando para nossos próprios
umbigos ou mergulhados em nossas crises existenciais e
não reparamos nos pedidos de ajuda de quem está ao
nosso lado. É difícil tirar os óculos escuros da
indiferença e estender a mão, não para dar uma esmola
à criança que faz malabarismo no sinal, para ganhar um
trocado simpático, mas para tentar mudar uma situação
adversa, fazer a diferença. O que as pessoas que ajudam
outras nos mostram é que basta querer, para mudar o
mundo. Não é preciso ser milionário, para fazer uma
doação. Se não há dinheiro, o trabalho também é bem-
vindo. Doar um pouco de conhecimento ou expertise,
para fazer o bem a outros que não têm acesso a esses
serviços, é mais que caridade: é senso de
responsabilidade. Basta ter disposição e sentimento e
fazer um trabalho de formiguinha, pois, como diz o
ditado, é a união que faz a força! Graças a esses filósofos
da prática, ainda podemos colocar fé na humanidade.
Eles nos mostram que fazer o bem é bom e seguem esse
caminho por puro amor, vocação e humanismo.
(Diário do Nordeste. 28 abr. 2008)
Com relação ao gênero, o texto
A ( ) é uma dissertação
B ( ) mistura descrição com narração, com predomínio
da descrição.
C ( ) mistura descrição com narração, com predomínio
da narração.
D ( ) mistura descrição, narração e dissertação, com
predomínio da narração e da dissertação.
E ( ) mistura descrição, narração e dissertação, com
predomínio da descrição e da dissertação.
QUESTÃO – 05- ITA - AERONÁUTICA
A Carta de Pero Vaz de Caminha
De ponta a ponta é toda praia rasa, muito plana
e bem formosa. Pelo sertão, pareceu nos do mar muito
grande, porque a estender a vista não podíamos ver senão
terra e arvoredos, parecendo-nos terra muito longa. Nela,
até agora, não pudemos saber que haja ouro nem prata,
nem nenhuma coisa de metal, nem de ferro; nem as vimos.
Mas, a terra em si é muito boa de ares, tão frios e
temperados, como os de Entre-Douro e Minho, porque,
neste tempo de agora, assim os achávamos como os de lá.
Águas são muitas e infindas. De tal maneira é graciosa
que, querendo aproveitá-la dar-se-á nela tudo por bem
das águas que tem.
(In: Cronistas e viajantes. São Paulo: Abril Educação,
1982. p. 12-23. Literatura Comentada. Com adaptações)
A respeito do trecho da Carta de Caminha e de suas
características textuais, é correto afirmar que:
A ( )No texto, predominam características
argumentativas e descritivas.
B ( )O principal objetivo do texto é ilustrar
experiências vividas através de uma narrativa fictícia.
C ( ) O relato das experiências vividas é feito com
aspectos descritivos.
D ( ) A intenção principal do autor é fazer oposição aos
fatos mencionados.
E ( ) O texto procura despertar a atenção do leitor para
a mensagem através do uso predominante de uma
linguagem figurada.
QUESTÃO – 06 – COLÉGIO NAVAL - MARINHA
Qual a tipologia textual do trecho apresentado abaixo?
“Dona Julieta chamou os filhos mais novos para uma
conversa séria. Era uma manhã de domingo, o dia estava
claro e ensolarado. Pediu a eles que compreendessem a
situação do pai, que não tinha no momento condição de
colocá-los em uma escola melhor”.
A ( ) dissertação subjetiva
B ( ) descrição
C ( ) narração com alguns traços descritivos
D ( ) dissertação objetiva com alguns traços descritivos.
E ( ) narração com alguns traços dissertativos
QUESTÃO – 07- AFA - AERONÁUTICA
Assinale a afirmativa errada.
A ( ) O texto dissertativo divide-se em introdução,
desenvolvimento e conclusão.
B ( ) O trecho seguinte não apresenta coesão textual: “A
não ser que estudes, serás reprovado no concurso”.
C ( ) O texto narrativo tem como base o fato.
D ( ) Falta de coerência é o mesmo que falta de lógica.
E ( ) Um texto pode ser narrativo e apresentar
elementos descritivos.
QUESTÃO – 08 - ITA - AERONÁUTICA
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 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
Marque a afirmação correta em relação ao texto abaixo:
"Senti tocar-me no ombro; era Lobo Neves. Encaramo-nos
alguns instantes, mudos, inconsoláveis. Indaguei de
Virgília, depois ficamos a conversar uma meia hora. No
fim desse tempo, vieram trazer-lhe unia carta; ele leu-a,
empalideceu muito e fechou-a com a mão
trêmula." (Machado de Assis, in Memórias Póstumas de
Brás Cubas)
A ( ) É texto dissertativo com alguns elementos
descritivos.
B ( ) Não se trata de texto narrativo, pois não há
personagens.
C ( ) É um texto descritivo, com alguns elementos
narrativos.
D ( ) O texto não apresenta personagem-narrador.
E ( ) Trata-se de uma narração, sem nenhum traço
dissertativo.
QUESTÃO – 09- ITA - AERONÁUTICA
Preencha os parênteses com os números
correspondentes; em seguida, assinale a alternativa que
indica a correspondência correta.
1- Narrar
2- Argumentar
3- Expor
4- Descrever
5- Prescrever
( ) Ato próprio de textos em que há a presença de
conselhos e indicações de como realizar ações, com
emprego abundante de verbos no modo imperativo.
( ) Ato próprio de textos em que há a apresentação de
idéias sobre determinado assunto, assim como
explicações, avaliações e reflexões. Faz-se uso de
linguagem clara, objetiva e impessoal.
( ) Ato próprio de textos em que se conta um fato,
fictício ou não, acontecido num determinado espaço e
tempo, envolvendo personagens e ações. A
temporalidade é fator importante nesse tipo de texto.
( ) Ato próprio de textos em que retrata, de forma
objetiva ou subjetiva, um lugar, uma pessoa, um objeto
etc., com abundância do uso de adjetivos. Não há relação
de temporalidade.
( ) Ato próprio de textos em que há posicionamentos e
exposição de ideias, cuja preocupação é a defesa de um
ponto de vista. Sua estrutura básica é: apresentação de
idéia principal, argumentos e conclusão.
A( ) 3, 5, 1, 2, 4
B( ) 5, 3, 1, 4, 2
C( ) 4, 2, 3, 1, 5
D( ) 5, 3, 4, 1, 2
E( ) 2, 3, 1, 4, 5
QUESTÃO – 10 – ESCOLA NAVAL
O dia em que o peixe saiu de graça
Uma operação do Ibama para combater a pesca
ilegal na divisa entre os Estados do Pará, Maranhão e
Tocantins incinerou 10 km de redes usadas por
pescadores durante o período em que os peixes se
reproduzem. Embora tenha um impacto temporário na
atividade na região, a medida visa preservá-la ao longo
prazo, evitando o risco de extinção dos animais. Cerca
de 15 toneladas de peixes foram apreendidas e doadas
para instituições de caridade.
Época. 23 mar. 2009 (adaptado).
A notícia acima, do ponto de vista de seus elementos
constitutivos:
A ( ) apresenta argumentos contrários à pesca ilegal.
B ( ) tem um título que resume o conteúdo do texto.
C ( ) informa sobre uma ação, a finalidade que a
motivou e o resultado dessa ação.
D ( ) dirige-se aos órgãos governamentais dos estados
envolvidos na referida operação do Ibama.
E ( ) limita a quantidade de participantes conectados
nas salas de bate-papo, a fim de garantir qualidade e
eficiência dos diálogos, evitando mal-entendidos.
AULA 05 – INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
GÊNERO TEXTUAL
5.1 GÊNEROS TEXTUAIS
Todos os textos se manifestam sempre num ou
outro gênero textual. Eles distribuem-se pelas duas
modalidades num contínuo, desde os mais informais aos
formais e em todos os contextos e situações da vida
cotidiana.
Os gêneros textuais fundam-se em critérios
externos (sócio-comunicativos e discursivos).
→Os Gêneros Textuais podem ser:
● Orais – Uso da linguagem falada
Notícias de televisão ou rádio, conversa, telefonema,
aula expositiva.
Novenas e ladainhas, embora tenha sido escritas, seu
uso sempre é oral. Ninguém reza por escrito e sim
oralmente
●Escritos – Uso da linguagem escrita
cartas, bilhetes, e-mail, lista, aviso, resumo,
propagandas, relatórios.
● Multimodais – Uso de várias formas de linguagem
Escrita, imagem, fala, gestos.
Ex.: propaganda, charge, capa de jornal, etc.
5.1 – Cada esfera da atividade humana produz seu
conjunto de gêneros textuais:
●Interpessoal
20
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
Cartas, bilhetes, e-mail, conversa, etc.
●Jornalismo
Notícias, reportagem, editorial, etc.
●Religioso
Sermão, oração, rezas, catecismo, etc.
●Saúde
Receita média, bula de remédio, atestado médico, etc.
●Comercial
Nota de compra, fatura, boleto, etc.
●Jurídico
Contrato, leis, regimento, estatuto, certidão, etc.
●Publicitário
Anúncio, cartaz, folheto, outdoor, etc.
●Lazer
Piada, adivinha, história em quadrinhos, etc.
● Ficcional
Conto, poema, peça de teatro, romances, etc.
●Acadêmicos
Fichamento, resumo, resenha, ensaio, relatório,
entrevista técnica, pré-projeto, projeto de pesquisa,
artigos, TCC, monografias, dissertação, tese, etc.
AULA 05 – GÊNERO TEXTUAL-
QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSO
QUESTÃO – 01 – EsSA – EXÉRCITO
Câncer 21/06 a 21/07
O eclipse em seu signo vai desencadear
mudanças na sua autoestima e no seu modo de agir. O
corpo indicará onde você falha – se anda engolindo
sapos, a área gástrica se ressentirá. O que ficou
guardado virá à tona, pois este novo ciclo exige uma
“desintoxicação”. Seja comedida em suas ações, já que
precisará de energia para se recompor. Há preocupação
com a família, e a comunicação entre os irmãos trava.
Lembre-se: palavra preciosa é palavra dita na hora
certa. Isso ajuda também na vida amorosa, que será
testada. Melhor conter as expectativas e ter calma,
avaliando as próprias carências de modo maduro.
Sentirá vontade de olhar além das questões materiais –
sua confiança virá da intimidade com os assuntos da
alma.
Revista Cláudia. Nº 7, ano 48, jul. 2009.
O reconhecimento dos diferentes gêneros
textuais, seu contexto de uso, sua função específica, seu
objetivo comunicativo e seu formato mais comum
relacionam-se com os conhecimentos construídos
socioculturalmente. A análise dos elementos
constitutivos desse texto demonstra que sua função é:
A ( ) vender um produto anunciado.
B ( ) informar sobre astronomia.
C ( ) ensinar os cuidados com a saúde.
D ( ) expor a opinião de leitores em um jornal.
E ( ) aconselhar sobre amor, família, saúde, trabalho.
QUESTÃO – 02 – EsSA - EXÉRCITO
Partindo do pressuposto de que um texto estrutura-se a
partir de características gerais de um determinado
gênero, identifique os gêneros descritos a seguir:
I. Tem como principal característica transmitir a opinião
de pessoas de destaque sobre algum assunto de
interesse. Algumas revistas têm uma seção dedicada a
esse gênero;
II. Caracteriza-se por apresentar um trabalho voltado
para o estudo da linguagem, fazendo-o de maneira
particular, refletindo o momento, a vida dos homens
através de figuras que possibilitam a criação de
imagens;
III. Gênero que apresenta uma narrativa informal ligada
à vida cotidiana. Apresenta certa dose de lirismo e sua
principal característica é a brevidade;
IV. Linguagem linear e curta, envolve poucas
personagens, que geralmente se movimentam em torno
de uma única ação, dada em um só espaço, eixo temático
e conflito. Suas ações encaminham-se diretamente para
um desfecho;
V. Esse gênero é predominantemente utilizado em
manuais de eletrodomésticos, jogos eletrônicos,
receitas, rótulos de produtos, entre outros.
São, respectivamente:
A ( ) texto instrucional, crônica, carta, entrevista e carta
argumentativa.
B ( ) carta, bula de remédio, narração, prosa, crônica.
C( ) entrevista, poesia, crônica, conto, texto instrucional.
D ( ) entrevista, poesia, conto, crônica, texto
instrucional.
E ( ) texto instrucional, crônica, entrevista, carta e carta
argumentativa.
QUESTÃO – 03 – FUZILEIRO NAVAL - MARINHA
Assinale a alternativa que associa, respectivamente, as
características e função social aos gêneros mencionados
abaixo:
1. Pequena narrativa em que os animais são as
personagens protagonistas. Apresenta uma crítica ao
comportamento humano por meio da atitude de
animais. Esse gênero serve como distração e
moralização, pois apresenta determinados valores
considerados socialmente aceitos.
2. Texto com linguagem verbal e não verbal, da ordem
do descrever/prescrever, com uso de elementos
21
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
voltados para determinado público-alvo, cujo objetivo é
despertar sentidos ou desejos; apresenta predomínio da
sugestão sobre a informação.
3. Texto com as mesmas características básicas da
narração, sem, contudo, apresentar conflito. Tem a
função social de representar experiências vividas
situadas no tempo.
A ( ) Crônica, fábula, anúncio publicitário.
B ( ) Fábula, conto, notícia de jornal.
C ( )Relato autobiográfico, anúncio publicitário,fábula.
D ( )Fábula,anúncio publicitário,relato autobiográfico.
E ( ) Relato autobiográfico,fábula,anúncio publicitário.
QUESTÃO – 04 – EEAR - AERONÁUTICA
Observe as tirinhas Mafalda, de Quino, e Calvin e
Haroldo, de Bill Watterson:
A charge pode ser uma relevante ferramenta de difusão
cultural e de formação educacional. Mafalda, de Quino
A charge tem como uma de suas características a
interação entre a linguagem escrita e a linguagem visual.
Calvin e Haroldo, Bill Watterson
O gênero textual charge tem como características:
1. Interação entre a linguagem escrita e a linguagem
visual.
2. Tem como objetivo tornar seus leitores competentes,
críticos e capazes de transformar e modificar a
realidade em que se inserem.
3. Não permite que o leitor faça qualquer análise social
ou política sobre os fatos apresentados.
4. Predominância da linguagem figurada, ou seja,
geralmente utiliza-se de metáforas e termos literários.
5. Linguagem objetiva e clara, utilizando recursos que
estimulam o receptor, levando-o a desenvolver a
criticidade.
A ( ) Apenas 5 está correta.
B ( ) 1, 2 e 5 estão corretas.
C ( ) apenas 1 e 5 estão corretas.
D ( ) apenas 3 e 4 estão corretas.
E ( ) todas as alternativas estão corretas.
QUESTÃO – 05- EsPCEX - EXÉRCITO
Quando o indivíduo está em conflito com outra pessoa,
na empresa ou em outro contexto, cujos interesses não
compartilham e são manifestos antagonismos pessoais
ou diferenças de personalidade decorrentes de relações
de interdependência entre esses indivíduos no trabalho,
é correto afirmar que há:
A ( ) conflito organizacional.
B ( ) conflito intrapessoal.
C ( ) dissonância cognitiva.
D ( ) conflito interpessoal.
E ( ) conflito social.
QUESTÃO – 06 Enem 2009 –
Campanha conta a dengue (Foto: Uerj/2009)
O texto exemplifica um gênero textual híbrido entre
carta e publicidade oficial. Em seu conteúdo, é possível
perceber aspectos relacionados a gêneros digitais.
Considerando-se a função social das informações
geradas nos sistemas de comunicação e informação
presentes no texto, infere-se que
A) a utilização do termo download indica restrição
de leitura de informações a respeito de formas
de combate à dengue.
B) a diversidade dos sistemas de comunicação
empregados e mencionados reduz a possibilidade
de acesso às informações a respeito do combate
à dengue.
C) a utilização do material disponibilizado para
download no site www.combatadengue.com.br
restringe-se ao receptor da publicidade.
22
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
D)a necessidade de atingir públicos distintos se
revela por meio da estratégia de disponibilização
de informações empregada pelo emissor.
E)a utilização desse gênero textual compreende, no
próprio texto, o detalhamento de informações a
respeito de formas de combate à dengue.
QUESTÃO – 07 – FUZILEIRO NAVAL - MARINHA
Joaquim Maria Machado de Assis, cronista,
contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista,
romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio
de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um
operário mestiço de negro e português, Francisco José
de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis,
aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e
um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado
pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se
dedica ao menino e o matricula na escola pública, única
que frequentou o autodidata Machado de Assis.
Disponível em: http://www.passeiweb.com. Acesso em:
1 maio 2009.
Considerando os seus conhecimentos sobre os gêneros
textuais, o texto citado constitui-se de
A ( ) fatos ficcionais, relacionados com outros de
caráter realista, relativos à vida de um renomado
escritor.
B ( ) representações generalizadas acerca da vida de
membros da sociedade por seus trabalhos e vida
cotidiana.
C ( ) explicações da vida de um renomado escritor,
com estrutura argumentativa, destacando como tema
seus principais feitos.
D ( ) questões controversas e fatos diversos da vida de
personalidade histórica, ressaltando sua intimidade
familiar em detrimento de seus feitos públicos.
E ( ) apresentação da vida de uma personalidade,
organizada sobretudo pela ordem tipológica da
narração, com um estilo marcado por linguagem
objetiva.
QUESTÃO – 08 – ITA - AERONÁUTICA
“A árvore é grande, com tronco grosso e galhos
longos”. É cheia de cores, pois tem o marrom, o verde, o
vermelho das flores e até um ninho de passarinhos. O
rio espesso com suas águas barrentas desliza lento por
entre pedras polidas pelos ventos e gastas pelo tempo.
O texto é, essencialmente,
A ( ) Informativo
B ( ) Prescritivo e normativo
C ( ) Dissertativo – argumentativo
D ( ) Narrativo
E ( ) Descritivo
QUESTÃO – 09 – EsSA - EXÉRCITO
Além da matéria jornalística, os impressos
veiculam também outros gêneros textuais, como a
crônica, o editorial e o artigo. Em relação aos gêneros
textuais mencionados, considere as afirmativas a seguir.
I - A crônica é uma descrição do cotidiano na qual o
autor goza de liberdade plena para forjar a narrativa na
primeira pessoa.
II - O editorial é um tipo híbrido que mistura elementos
literários e jornalísticos com o objetivo de levar
informação, reflexão e entretenimento aos leitores.
III - O artigo é um texto de opinião em torno de algum
assunto do cotidiano ou de análise detalhada de uma
situação da atualidade.
É correto o que se afirma em
A ( ) I, apenas
B ( ) II, apenas
C ( ) I e III, apenas
D ( ) II e III, apenas
E ( ) I, II e III
QUESTÃO – 10 – EsSA - EXÉRCITO
O “Manual da Redação” elenca entre os gêneros
jornalísticos que a “Folha comporta” um texto que tem
as características de “ser enfático, equilibrado e
informativo, apresentar a questão tratada e desenvolver
argumentos defendidos pelo jornal, ao mesmo tempo em
que resume e refuta os contrários”.
Trata-se de um(a)
A ( ) Artigo
B ( ) Resenha
C ( ) Crítica
D ( ) Análise
E ( ) Editorial
AULA 06 – LINGUÍSTICA - SEMÂNTICA
6.1 Linguística
A linguística é a ciência encarregada do estudo
da linguagem e suas manifestações. De modo geral, o
estudo da língua é dividido
em:
● semântica (estudo dos significados),
●morfologia (estudo das estruturas),
● sintaxe (estudo das construções das frases),
●fonética (estudo dos sons),
● pragmática (estudo dos discursos)
● estilística (estudo dos estilos).
Não obstante, existe um grupo de linguistas que
incluem nos estudos da linguagem:
● fonologia (estudo dos padrões sonoros),
● lexicologia (estudo do vocabulário de uma língua) e
● filologia (estudo dos textos antigos).
6.1 - Semântica
A semântica é o ramo da linguística que estuda
os significados e/ou sentido dos vocábulos da língua. Do
grego, a palavra semântica (semantiká) significa “sinal”.
23
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL

Classificação estabelecer uma diferença entre os ignorantes e os

valentes, corajosos.
6.2 – Semântica Diacrônica
Denominada de semântica diacrônica, se encarrega de A ( ) desapercebido - descriminar - incipientes -
estudar o significado das palavras em determinado intemeratos.
espaço de tempo. B ( ) despercebido - discriminar - insipientes -
intimoratos.
6.3 –Semântica Sincrônica C ( ) despercebido - discriminar - insipientes -
Denominada de semântica sincrônica, essa classificação intemeratos.
indica o estuda da significação das palavras na D ( ) desapercebido - descriminar - insipientes -
atualidade. intemeratos.
E ( ) despercebido - discriminar - incipientes -
6.4- Conceitos Basilares intimoratos.

A fim de conhecer as palavras apropriadas para

empregá-las em determinados discursos, recorremos à
semântica, ou seja, a significação dos termos. Para isso,
alguns conceitos são basilares para o estudo das
significações, a saber:
●Sinônimos: também chamado de sinonímia, os
sinônimos designam as palavras que possuem
significados semelhantes, por exemplo: andar e
caminhar; usar e utilizar; fraco e frágil, dentre outras.
Do grego, a palavra sinônimo significa “semelhante
nome” sendo classificados de acordo com a semelhança
que compartilham com o outro termo; destarte, os
sinônimos perfeitos possuem significados idênticos
(após e depois; léxico e vocabulário), enquanto os
sinônimos imperfeitos possuem significados parecidos
(gordo e obeso; córrego e riacho).
QUESTÃO – 02 – EsSA – EXÉRCITO
Os sinônimos de exilado, assustado, sustentar e
expulsão são, respectivamente:
A ( ) degredado, espavorido, suster e proscrição.
B ( ) degradado, esbaforido, sustar e prescrição.
C ( ) degredado, espavorido, sustar e proscrição.
D ( ) degradado, esbaforido, sustar e proscrição.
E ( ) degradado, espavorido, suster e prescrição.
QUESTÃO – 03 – EsSA – EXÉRCITO
Indique a alternativa na qual as palavras
completam, corretamente, os espaços das frases abaixo.

●Antônimos: Também chamado de antonímia, designa O adultério foi do Código Penal.

as palavras que possuem significados contrários, por
exemplo: claro e escuro, triste e feliz, bom e mau, dentre O congestionamento na Avenida Paulista paralisou o
outras. Do grego, a palavra “antônimo” significa “nome de veículos por duas horas.
oposto, contrário”.

●Parônimos: Parônimas são aquelas palavras que Ao beber e dirigir, o condutor está as
possuem significados diferentes, porém se assemelham leis de trânsito.
na pronúncia e na escrita, por exemplo: soar (produzir
som) e suar (transpirar); acento (sinal gráfico) e assento
(local para sentar); acender (dar luz) e ascender (subir), Os condenados foram presos em ao
dentre outras. tentarem assaltar uma residência.

●Homônimos: são palavras que ora possuem a mesma

A ( ) descriminado – tráfego – infringindo – flagrante
pronúncia, (palavras homófonas), ora possuem a mesma
grafia (palavras homógrafas), entretanto, possuem B ( ) descriminado – tráfico – infringindo – fragrante
significados diferentes. São chamadas de “homônimos C ( ) discriminado – tráfego – infligindo – fragrante
perfeitos”, as palavras que possuem a mesma grafia e a
D ( ) descriminado – tráfego – infligindo – flagrante
mesma sonoridade na pronúncia, por exemplo: O
pelo do cachorro é curto. Pelo caminho da vida.

AULA 06 – LINGUÍSTICA - SEMÂNTICA QUESTÃO – 04 – FUZILEIRO NAVAL - MARINHA

QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSO
QUESTÃO – 01 - FUZILEIRO NAVAL – MARINHA
Assinale a alternativa cujas palavras substituem
adequadamente as palavras e expressões destacadas
abaixo:Passou-me sem atenção que a sua intenção era
Observe as sentenças.
I. Com medo do escuro, a criança ascendeu a luz.
II. É melhor deixares a vida fluir num ritmo tranquilo.

24
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
III. O tráfico nas grandes cidades torna-se cada
dia mais difícil para os carros e os pedestres.
Assinale a alternativa correta quanto ao
adequado de homônimos e parônimos.
A ( ) I e III.
B ( ) II e III.
C ( ) II apenas.
D ( ) Todas incorretas.
QUESTÃO – 05 – EsSA - EXÉRCITO
Observe as sentenças.
I. A comissão decidiu deferir a realização do jogo em
Buenos Aires.
II. Este funcionário continua despercebido pela direção
da empresa.
III. O nadador imergiu e dirigiu-se ao treinador.
Escolha a alternativa correta com relação ao uso de
parônimos:
A ( ) Apenas as sentenças II e III estão corretas.
B ( ) Todas estão corretas.
C ( ) Apenas a sentença III está correta.
D ( ) Apenas a sentença II está correta.
QUESTÃO – 06- ITA – AERONÁUTICA
“O cronista andarilho, agora de saudosa memória, dizia
não haver melhor jeito e lugar para se entender a cidade
do que bater perna descompromissadamente, mas em
passos mais curtos do que essa palavra imensa, pelas
calçadas.”
No período acima, constata-se a ocorrência de duas
comparações, ambas com forte carga de expressividade,
caracterizando o sentido conotativo. Na segunda
ocorrência, a comparação foi empregada para a
expressão semântica de uma:
A ( ) polissemia.
B ( ) paronímia.
C ( ) homonímia.
D ( ) sinonímia.
E ( ) antonímia.
QUESTÃO – 07- ITA – AERONÁUTICA
Se forem comparados os termos em destaque nas
expressões “o TRÁFEGO de pedestres” e “o TRÁFICO de
pessoas”, pode-se concluir que se trata de um par de
vocábulos parônimos, corretamente empregados.
Dos pares de parônimos usados nas frases abaixo, houve
inversão de sentido em:
A ( ) Era
iminente
o risco de
violência nas calçadas. / Era um escritor eminente em
visita ao Brasil.
B ( ) Andar pelas ruas era para o cronista o cumprimento
de uma tarefa. / O comprimento da calçada era estreito,
atrapalhando o fluxo de pessoas.
C ( ) O cronista agia com discrição em suas andanças pelas
uso
ruas. / A descrição que o cronista fez do bairro encantou a
todos.
D ( ) O cronista discriminava com detalhes os elementos a
serem tratados. / Os transeuntes foram descriminados da
responsabilidade pela morte do cronista.
E ( ) Os transeuntes infligiam as normas de trânsito pelas
calçadas. / Os guardas infringiram pesadas multas aos
transgressores.
QUESTÃO – 08 – EEAR - AERONÁUTICA
O acento diferencial é aquele utilizado para distinguir
certas palavras homógrafas, ou seja, que têm a mesma
grafia.
Ocorre esse tipo de acento em:
A( )é
B ( ) está
C ( ) fórmula
D ( ) pôr
E ( ) análise
QUESTÃO – 09 – EsSA – EXÉRCITO
Verifique quais dos homônimos homófonos entre
parênteses completam, correta e respectivamente, os
espaços nas orações abaixo:
I Seu ___________ de humor é ótimo! (censo/senso)
II Os __________ ficaram decepcionados com o desfecho
da peça de teatro. (espectadores/ expectadores)
III Não gosto de perfumes com de alfazema.
(estrato/ extrato)
Assinale a alternativa que traz a sequência correta:
A ( ) senso – expectadores – extrato
B ( ) senso – espectadores – estrato
C ( ) censo – expectadores – estrato
D ( ) senso – espectadores – extrato
E ( ) censo – espectadores – extrato
QUESTÃO – 10- ITA – AERONÁUTICA
Assinale a alternativa que completa, correta e
respectivamente, as lacunas.
I. Espera-se que o rapaz tenha bom .
II. O paciente corre risco .
A ( ) censo – eminente
B ( ) censo – iminente
C ( ) senso – eminente
D ( ) senso – iminente
25
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
AULA 07 – LINGUÍSTICA- SEMÂNTICA
7.1Estilística
A Estilística, assim como todas as outras
ramificações gramaticais, abrange todos os domínios da
uma língua; estuda todas as ocorrências linguísticas e
em todas as suas situações pragmáticas. A estilística está
diretamente conectada com o indivíduo que produz um
enunciado, utilizando o meio que for preciso.
7.1 - Campo Estilístico Fônico
Estuda o valor expressivo do som da língua. Vai
para o nível fonético e toda a sua expressividade, toda
sua semanticidade e significação.
7.2 - Campo Estilístico Morfológico
Estuda o valor gramatical morfológico dos
enunciados; tais como aquele plural convidativo (vamos
estudar?), plural de modéstia, o emprego expressivo de
sufixos (gentalha, gentalha!...) etc.
7.3 - Campo Estilístico Sintático
Estuda o valor expressivo das construções dos
enunciados; veja bem: CONSTRUÇÕES.
A saber: Regência – concordâncias – colocações
de alguns termos morfossintáticos – as famosas figuras
de sintaxe.
7.4 - Campo Estilístico Semântico
Estuda a “significação ocasional e expressiva”
das palavras. Um sub-campo dos estudos das figuras da
linguagem.
FIGURAS DE LINGUAGEM
7.5 – FIGURAS DE PALAVRAS - SEMÂNTICAS
São de fundamental importância para um bom
português, para um estilo rico e cativante, para uma
retórica elaborada e precisa. Pois quando se diz que
alguém usa bem o idioma, que alguém fala ou escreve
com distinção e elegância, estamos querendo dizer que,
além de não cometer erros de coesão e coerência,
sintaxe, ortografia e prosódia, essa pessoa se vale com
maestria dos recursos estilísticos à sua disposição,
mormente dos recursos estilísticos semânticos, que
moldam o que se quer dizer, ao invés dos recursos
morfológicos, sintáticos e fônicos, cuja finalidade é mais
propriamente adornar ou enfatizar do que veicular uma
mensagem.
7.5.1 - Comparação
É a aproximação de dois termos entre os quais
existe alguma relação de semelhança, como na metáfora.
A comparação, porém, é feita por meio de um
conectivo e busca realçar determinada qualidade do
primeiro termo.
• A chuva caía como lágrimas de um céu entristecido.
• "E há poeta que são artistas E trabalham nos seus
Versos como carpinteiro nas tábuas!..."(Alberto Caeiro)
• “Como um grande borrão de fogo sujo O sol posto
demora-se nas nuvens que ficam."(Alberto Caeiro)
26
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
7.5.2 -Metáfora: É o emprego de um termo com
significado de outro em vista de uma relação de
semelhança entre ambos. É uma comparação
subentendida.
• "Não sei que nuvem trago neste peito que tudo
quanto vejo me entristece..." (Alexandre de Gusmão)
•" Sua boca é um cadeado E meu corpo é uma fogueira"
(Chico Buarque de Holanda)
•‘‘Não fique pensando que o povo é nada, carneiro,
boiada, débil mental pra lhe entregar tudo de mão
beijada.’’ (Chico Buarque de Holanda)
7.5.3 – Catacrese
É o emprego de um termo figurado por falta de
um termo próprio para designar determinadas coisas. É
uma metáfora desgastada pelo uso excessivo.
• Sentou-se no braço da poltrona para descansar.
• Não me lembro do seu nome, mas ainda vejo as suas
eternas maçãs do rosto avermelhadas.
• A asa da xícara quebrou-se.
→Usamos a catacrese em expressões como “orelha de
livro” ou “dente de alho”.
→O termo “engarrafamento”, usado para designar o
congestionamento de automóveis, ou o verbo
“embarcar”, usado no sentido de entrar no carro, no
avião ou no trem, são exemplos de catacrese.
7.5.4 – Sinestesia
É uma espécie de metáfora que consiste na
união de impressões sensoriais diferentes.
• O cheiro doce e verde do capim trazia recordações da
fazenda, para onde nunca mais retornou. (cheiro =
sensação olfativa; doce = sensação gustativa; verde
= sensação visual)
• Um doce abraço indicava que o pai desculpara. (doce
= sensação gustativa; abraço = tátil)
Dia de luz , festa de sol Um barquinho a deslizar no
macio azul do mar... (O barquinho - Tom Jobim) (azul =
sensação visual; macio = sensação tátil)
7.5.5 - Metonímia
É a substituição do sentido de uma palavra ou
expressão por outro sentido, havendo entre eles uma
reação lógica.
→ O autor pela obra.
• Ouvi Mozart com emoção. (a música de Mozart)
• Leio Graciliano Ramos porque ele fala da realidade
brasileira. (obra de Graciliano Ramos)
→O continente (o que contém) pelo conteúdo (o que
está contido).
• Ele comemorou tomando um copo de caipirinha.
(Continente: um copo; Conteúdo: caipirinha contida
no copo).
→ A parte pelo todo.
• " o bonde passa cheio de pernas." (Drummond) (pernas
= pessoas)
• São muitas as famílias que procuram um teto para
morar. (teto = casa)
→O singular pelo plural.
• " Todo homem tem direito à vida, à liberdade e à
segurança pessoal.“ (Art.3º-Declaração Universal dos
Direitos Humanos) (homem = Humanidade)
• A mulher foi chamada para ir às ruas na luta contra a
violência. (mulher = todas as mulheres)
→ O instrumento pela pessoa que o utiliza.
27
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL

• Os microfones corriam atropelando até o entrevistado.

(microfone = repórteres)
• Ele é um bom pincel, o problema é que seus quadros
são caros. (pincel = pintor)
• Ele é um bom garfo. (garfo = come de mais)

→ O abstrato pelo concreto.

• A juventude é corajosa e nem sempre conseqüente.
(juventude = jovens)
• A infância é saudavelmente desordeira. (infância =
crianças)

→ O efeito pela causa

• Com muito suor o operário construiu sua casa. (suor =
casa)
• As industrias despejam a morte nos rios. (morte =
poluição)

→ A matéria pelo objeto

• Os bronzes tangiam avisando a hora da missa: (bronze
= sino)
• Os cristais tiniam na bandeja de prata. (cristais =
copos)

- A marca pelo produto

• "Sem o coaxar dos sapos ou o cricri dos grilos como que
é que poderíamos dormir tranquilos a nossa eternidade?"
(Mário Quitanda)
• "No Tic Tic Tac do meu coração, renascerá..."
(Timbalada)

7.6 - FIGURAS DE PENSAMENTO

7.6.1 - Antítese
Figura que consiste no emprego de termos com
sentidos opostos.

7.5.6 - Onomatopeia
Consiste na imitação do som ou da voz natural
dos seres.

7.6.2 – Paradoxo
É uma proposição aparentemente absurda,
resultante da reunião de ideias contraditórias.

28
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
• "Pra se viver do amor Há que esquecer o amor."
(Chico Buarque de Holanda)
• No discurso, sindicalista afirmou que o operário
quanto mais trabalha mais tem dificuldades
econômicas.
7.6.3 -Ironia
Consiste na inversão de sentido: afirma-se o
contrário do que se pensa, visando à sátira ou à
ridicularização.
● “Cada vez que você interrompe seu colega, sem pedir
licença, percebo como é bem educado”
● Seu andar é veloz como uma tartaruga!
7.6.4 – Perífrase
Expressão que designa um ser através de
alguma de suas características ou atributos, ou de um
fato que celebrizou. Em termos gerais, perífrase designa
qualquer sintagma ou expressão idiomática (e mais ou
menos óbvia ou direta) que substitui outra.
● A Cidade Luz continua atraindo visitantes do mundo
todo. (cidade luz = Paris)
● A Cidade Maravilhosa segue cheia de sol. (cidade
maravilhosa = Rio de Janeiro)
● O povo lusitano foi bastante satirizado por Gil
Vicente. (povo lusitano = os portugueses)
Quando a perífrase indica uma pessoa, recebe o nome
de ANTONOMÁSIA.
• O Príncipe dos poetas também teve outras atividades
que o tornaram famoso; por exemplo: a
luta pelo serviço militar obrigatório. (Príncipe dos
poetas = Olavo Bilac)
• O Presidente dos Pobres suicidou-se em 1954.
(Presidente dos Pobres = Getúlio Vargas)
• "A dama do teatro brasileiro foi indicada para o
Oscar." (dama do teatro brasileiro = Fernanda
Montenegro
7.6.5 - Eufemismo
Figura que consiste no abrandamento de uma
expressão de sentido desagradável.
• Aqueles homens públicos apropriam-se do dinheiro.
(apropriar-se = roubar)
• Cássia Eller partiu dessa para melhor. (partiu dessa
para melhor = morrer).
7.6.6 – Hipérbole
Figura que através do exagero procura tornar
mais expressiva uma ideia.
• Na época de festa junina, sempre morro de medo de
fogos de artifício.
• Ela gastou rios de dinheiro.
• "Será que eu tenho sempre que te lembrar todo dia,
toda hora. Eu te imploro, Por favor. "
(Alice, Kid Abelha)
7.6.7 - Gradação
Consiste numa sequência de palavras,
sinônimas ou não, que intensificam uma mesma ideia.
Pode ser da menos intensa para a mais intensa e vice-
versa. Gradação ou Clímax
29
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
• O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu,
colheu-se. (Padre Vieira)
• Ele chorou, berrou, esperneou.
7.6.8 – Prosopopeia
Também chamada de personificação ou
animismo, é uma espécie de metáfora que consiste em
atribuir características humanas a outros seres.
• " Tristeza não tem fim. felicidade sim ...." (Vinícius de
Moraes)
• " Eu preparo uma canção que faça acordar os homens e
adormecer as crianças". (Drummond)
• "Há de surgir uma estrela no céu cada vez que você sorrir há
de apagar uma estrela no céu cada vez que você chorar"
(Gilberto Gil).
7.6.9 - Apóstrofe
Consiste no chamamento ou interpelação a uma
pessoa ou coisa que pode ser real ou imaginária, pode estar
presente ou ausente; usada para dar ênfase. Um tipo de
VOCATIVO.
• Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal!
• Senhor, Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus!
• Deus! Deus! Onde estás que não respondes?
7.7 - FIGURAS DE CONSTRUÇÃO - SINTÁTICAS
7.7.1 - Elipse
Ocorre quando há omissão de um termo, que fica
subentendido pelo contexto e que é facilmente identificado.
• À direita da estrada, sol, à esquerda, chuva. (omissão
da forma verbal estava: estava o sol, estava chuva)
• " Na rua deserta, nenhum sinal de bonde."
(Clarice Lispector) (omissão de não havia
7.7.2 - Zeugma
Omissão de um termo (verbo) já enunciado
antes. Pode-se considerar zeugma como uma forma de
elipse.
• “Ele prefere um passeio pela praia; eu, cinema.”
(omissão de prefiro)
• "Levou seu retrato, seu trapo, seu prato, que papel! Uma
imagem de São Francisco e um bom disco de Noel"
(omissão de levou)
(A Rita – Chico Buarque de Holanda)
7.7.3 - Polissíndeto
Ocorre quando há repetição do conectivo
(conjunção).
• E falei, e gritei, e tentei, e gesticulei e pedi ajuda, mas
ninguém parou para socorrer o gato acidentado.
• E a noite é negra
e estrelas não brilham
e pessoas mascaram a voz
e a dor e expõem o rosto ao risco
e à solidão.
7.7.4 - Assíndeto
Ocorre quando há a supressão (retirada) do
conectivo (conjunção)
• O cantor interpretava a canção, o público vaiava. Ele
insistia, o público continuava. Ele parou, quebrou o
violão, saiu do palco.
• O vento zunia, as folhas caíam.
7.7.5 - Pleonasmo
É a repetição de um termo, ou reforço de seu
significado.
30
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL

• Choramos um choro sentido, mas nos refizemos logo.

• A ele resta-lhe a boa oportunidade de provar sua
inocência.
• "Olhei até ficar cansado De ver os meus olhos no
espelho" Flores ( Titãs )
7.7.6 - Hipérbato
É a inversão da ordem natural (direta) dos
termos na oração, ou das orações no período.
• Umas moedas velhas caídas no fundo da gaveta, nós
descobrimos o seu valor depois que o colecionador as
quis comprar.
• Os nordestinos quando chegam, em família, entre
sacos e sacola, na estação central, eu acho que merecem
mais do que uma reportagem: merecem um livro que
conte a luta e a resistência dessa brava gente.
7.7.8 - Anáfora
É a repetição de termos no início de cada verso
ou frases.

O sujeito do verbo “ouvir” não é como muitos

julgam ser, “o povo brasileiro” nem “os brasileiros”, e
sim “as margens plácidas do Ipiranga”. E o que elas
ouviram?
• "Era a mais cruel das cenas. Era a mais cruel das
“O brado retumbante de um povo heroico”. situações. Era a mais cruel das missões..."

A ordem direta desses versos, portanto, é a seguinte: As 7.7.9 - Silepse

margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado Ocorre quando se realiza a concordância com a
retumbante de um povo heroico. idéia e não com os termos expressos.

Observe o significado das palavras:

Plácidas: serenas, tranquilas;
Brado: grito;
Retumbante: que ecoa

• Viajam cansados os pescadores de ilusões.

( Os pescadores de ilusões viajam cansados)
• Acompanhando o som da torcida, dançava com a bola
o atleta.
A silepse pode ser:
(O atleta dançava com a bola acompanhando som da
torcida)
de gênero
O sujeito do verbo “ouvir” não é como muitos julgam
• Vossa Excelência ficou cansado com o discurso.
ser, “o povo brasileiro” nem “os brasileiros”, e sim “as
margens plácidas do Ipiranga”. E o que elas ouviram?
de número
• A família do réu procurou advogado e queriam saber
7.7.7 -Anacoluto se ele poderia ficar em liberdade durante o processo.
Ocorre quando há uma interrupção da
construção sintática para se introduzir outra ideia.
de pessoa
• Os brasileiros somos muito crédulos.

7.7.10 -Assonância
É a repetição de vogais na mesma frase.

31
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL

_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_____________________________________________________________

7.8 – Sentido Denotativo

• - "Sou um mulato nato no sentido lato mulato
democrático do litoral" → Sentido real
(Caetano Veloso - Araçá Azul) → Permiti uma única interpretação
7.7.11- ALITERAÇÃO → Dicionário
Consiste na repetição de fonemas no início ou → Sentido comum a todos
interior das palavras. → Impessoal
→ Textos Informativos ( jornalísticos)
• O rato roeu a roupa do rei de Roma.
• “Pedro Pedreiro penseiro esperando o trem/ Manhã 7.9 – Sentido Conotativo
parece, carece de esperar também/ Para o bem de
quem tem bem de quem não tem vintém”. → Sentido figurado
Chico Buarque (várias figuras) → Permiti várias interpretações
7.7.12 - Repetição → Contexto
É a repetição de uma palavra para enfatizar o → Rico, expressivo ( mas de um sentido)
sentido, criando maior expressividade. → Pessoal
→ Subjetivo ( sentimentos)
→ Textos Literários / Publicitários ( poemas, romances
e propagandas ).

"Na solidão solitude, Na solidão entrei, Na solidão

perdi-me, Nunca me alegrei."
(Mário de Andrade)
"Vários tons de vermelho dançam para mim, o vermelho
da guerra, o vermelho das terras, o vermelho do nada."
(Kátia Maristela Ongaro)
Que significado você atribuiria a palavra REI no texto?
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO Esta palavra está no sentido Conotativo ou Denotativo?

Qual o sentido da palavra pneu?

Esta palavra foi empregada no sentido conotativo ou
denotativo? A palavra REI foi empregada com o mesmo sentido nos
dois quadrinhos?

32
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL

que o leitor que lia aquilo

como puro alto-falante,
e, sem querer, imantara
todos ali, circunstantes,
receava que confundissem
o de perto com o distante,
AULA 07 –LINGUÍSTICA - SEMÂNTICA o ali com o espaço mágico,
QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSO seu franzino com o gigante,
e que o acabassem tomando
pelo autor imaginante
QUESTÃO – 01- ITA – AERONÁUTICA
ou tivesse que afrontar
as brabezas do brigante.
Eu nasci há dez mil anos atrás
(E acabaria, não fossem
E não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais
contar tudo à Casa-grande:
(...)
na moita morta do engenho,
Eu vi a arca de Noé cruzar os mares
um filho-engenho, perante
Vi Salomão cantar seus salmos pelos ares
cassacos do eito e de tudo,
Eu vi Zumbi fugir com os negros prá floresta
se estava dando ao desplante
Pro Quilombo dos Palmares, eu vi
de ler letra analfabeta
(...)
de curumba, no caçanje
Eu fui testemunha do amor de Rapunzel
próprio dos cegos de feira,
Eu vi a estrela de Davi brilhar no céu
muitas vezes meliantes.
E pr’aquele que provar que eu tô mentindo
Eu tiro o meu chapéu.
Sobre as figuras de linguagem usadas no texto, relacione
(Eu nasci há dez mil anos atrás, Paulo Coelho e Raul
as duas colunas abaixo:
Seixas. LP, Há dez mil anos atrás, Philips, 1976)
1ª Coluna 2ª Coluna
É possível observar a seguinte figura de linguagem no
1 - Romance de barbante ( ) pleonasmo
fragmento da música de Raul Seixas e Paulo Coelho:
2 - Roda morta, folheto
A ( ) Metonímia.
guenzo ( ) metáfora
B ( ) Hipérbole.
3 - Como puro alto-
C ( ) Catacrese.
falante ( ) comparação
D ( ) Ironia.
4 - Perto/ distante/
E ( ) Sinestesia.
mágico/franzino/ gigante ( ) metonímia
5 - Cochichavam-se em
QUESTÃO – 02 – FUZILEIRO NAVAL - MARINHA
segredo ( ) antítese
Descoberta da Literatura (João Cabral de Melo Neto)

No dia-a-dia do engenho, A ordem correta é:

toda a semana, durante, A ( ) 1, 2, 3, 4, 5
cochichavam-me em segredo: B ( ) 5, 2, 3, 1, 4
saiu um novo romance. C ( ) 3, 1, 4, 5, 2
E da feira do domingo D ( ) 2, 1, 3, 4, 5
me traziam conspirantes E ( ) 2, 4, 5, 3, 1
para que os lesse e explicasse
um romance de barbante.
Sentados na roda morta QUESTÃO – 03 – EsSA – EXÉRCITO
de um carro de boi, sem jante, Leia os versos e depois assinale a alternativa correta:
ouviam o folheto guenzo ,
a seu leitor semelhante, “Amo do nauta o doloroso grito
com as peripécias de espanto Em frágil prancha sobre o mar de horrores,
preditas pelos feirantes. Porque meu seio se tornou pedra,
Embora as coisas contadas Porque minh’alma descorou de dores.”
e todo o mirabolante, (Fagundes Varela)
em nada ou pouco variassem No primeiro verso, há uma figura que se traduz por:
nos crimes, no amor, nos lances,
e soassem como sabidas A ( ) pleonasmo
de outros folhetos migrantes, B ( ) hipérbato
a tensão era tão densa, C ( ) gradação D
subia tão alarmante, ( ) anacoluto E (
) anáfora
33
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
QUESTÃO – 04 – FUZILEIRO NAVAL - MARINHA
Leia atentamente os períodos:
1- Vários de nós ficamos surpresos.
2- Essa gente está furiosa e com medo;
consequência, capazes de tudo.
3- Tua mãe, não há idade nem desgraça que lhe
transforme o sorriso.
4- Entre elas, alguém estava envergonhada.
Os períodos acima contém, respectiva e sucessivamente,
as seguintes figuras de sintaxe:
A ( ) Silepse de pessoa, silepse de gênero, anacoluto,
silepse de número.
B ( ) Anacoluto, anacoluto, anacoluto, silepse de
número.
C ( ) Silepse de número, silepse de pessoa, anacoluto,
anacoluto.
D ( ) Silepse de pessoa, silepse de número, anacoluto,
silepse de gênero.
E ( ) Silepse de pessoa, anacoluto, silepse de gênero,
anacoluto.
QUESTÃO – 05 – EEAR - AERONÁUTICA
Reconheça e classifique as figuras de palavras, de
construção e de pensamento:
( ) “Quando uma lousa cai sobre um cadáver mudo”.
( ) “Terrível hemorragia de sangue”.
( ) “Das idades através”.
( ) “Oxalá tenham razão”.
( ) “Trejeita, e canta, e ri nervosamente”.
(1) Polissíndeto
(2) Hipérbato
(3) Epíteto
(4) Pleonasmo
(5) Elipse
A sequência que corresponde à resposta correta é:
A( )4–3-5– 2-1
B( )3-4–2-1-5
C( )3–4–2–5-1
D( )3–4–5–2-1
E( )1–3–2–5-4
QUESTÃO – 06- ITA – AERONÁUTICA
Identifique os recursos estilísticos empregados no texto:
“Nem tudo tinham os antigos, nem tudo temos, os
modernos”.
(Machado de Assis)
A ( ) anáfora – antítese - silepse
B ( ) metáfora – antítese – elipse
C ( ) anástrofe – antítese – zeugma
D ( ) pleonasmo – antítese – silepse
E ( ) anástrofe – comparação – parábola
QUESTÃO – 07 – EsSA – EXÉRCITO
A figura de linguagem empregada nos versos em
destaque é:
“Quando a Indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável)
por Talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
- Alô, iniludível!”
A ( ) clímax
B ( ) eufemismo
C ( ) metonímia
D ( ) catacrese
E ( ) pleonasmo
QUESTÃO – 08- ITA – AERONÁUTICA
Em cada um dos períodos abaixo ocorre uma silepse.
Marque a alternativa que classifica corretamente cada
uma delas.
1. “Está uma pessoa ouvindo missa, meia-hora o cansa e
atormenta e faz romper em murmurações”.
2. “E todos assim nos distraímos nesses preparativos”.
(Aníbal Machado)
3. “A multidão vai subindo, subiram, subiram mais”.
(Murilo Mendes).
A ( ) silepse de gênero, silepse de número, silepse de
número.
B ( ) silepse de pessoa, silepse de número, silepse de
pessoa.
C ( ) silepse de gênero, silepse de pessoa, silepse de
pessoa.
D ( ) silepse de gênero, silepse de pessoa, silepse de
número.
E ( ) silepse de número, silepse de pessoa, silepse de
gênero.
QUESTÃO – 09 – FUZILEIRO NAVAL - MARINHA
Marque a alternativa CORRETA:
A ( ) Polissíndeto: Sorriu, chorou, pensou, duvidou.
B ( ) Repetição: Somos assim, como o sol e a lua.
C ( ) Anacoluto: O sol está muito quente, por isso usa-se
o protetor solar.
D ( ) Assíndeto: Acordou, tomou café, saiu, retornou,
dormiu.
QUESTÃO – 10 – EEAR - AERONÁUTICA
Nos trechos:
“O pavão é um arco íris de plumas.” e “... de tudo que ele
suscita e esplende e estremece e delira...”, enquanto
procedimento estilístico, temos, respectivamente:
A ( ) Metáfora e polissíndeto
B ( ) Comparação e repetição
C ( ) Metonímia e aliteração
D ( ) Hipérbole e anacoluto
34
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL

GABARITO
AULA -1 FONOLOGIA AULA -2 FONOLOGIA AULA -3 FONOLOGIA
QUESTÃO-01 QUESTÃO-01 D QUESTÃO-01 B
D
QUESTÃO-02 A QUESTÃO-02 A QUESTÃO-02 A
QUESTÃO-03 QUESTÃO-03 QUESTÃO-03 B
C B
QUESTÃO-04 C QUESTÃO-04 A QUESTÃO-04 C
QUESTÃO-05 C QUESTÃO-05 QUESTÃO-05 B
B
QUESTÃO-06 E QUESTÃO-06 A QUESTÃO-06 A
QUESTÃO-07 D QUESTÃO-07 C
QUESTÃO-07 B
QUESTÃO-08 D QUESTÃO-08 QUESTÃO-08 D
C
QUESTÃO-09 A QUESTÃO-09 QUESTÃO-09 B
E
QUESTÃO-10 A QUESTÃO-10 C
QUESTÃO-10 B

TIPOLOGIA GÊNERO LINGUÍSTICA

AULA- 4 TEXTUAL AULA -5 TEXTUAL AULA - 06 SEMÂNTICA
QUESTÃO-01 E QUESTÃO-01 E QUESTÃO-01 B
QUESTÃO-02 C QUESTÃO-02 C QUESTÃO-02 A
QUESTÃO-03 B QUESTÃO-03 D QUESTÃO-03 D
QUESTÃO-04 A QUESTÃO-04 B QUESTÃO-04 C
QUESTÃO-05 C QUESTÃO-05 D QUESTÃO-05 D
QUESTÃO-06 D QUESTÃO-06 C QUESTÃO-06 E
QUESTÃO-07 B QUESTÃO-07 E QUESTÃO-07 E
QUESTÃO-08 E QUESTÃO-08 E QUESTÃO-08 D
QUESTÃO-09 B QUESTÃO-09 C QUESTÃO-09 D
QUESTÃO-10 C QUESTÃO-10 E QUESTÃO-10 D

LINGUÍSTICA
AULA - 7 SEMANTICA
QUESTÃO-01 B
QUESTÃO-02 B
QUESTÃO-03 B
QUESTÃO-04 D
QUESTÃO-05 C
QUESTÃO-06 A
QUESTÃO-07 B
QUESTÃO-08 D
QUESTÃO-09 D
QUESTÃO-10 C

35
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL
TESTE NÍVEL 1 PORTUGUÊS
01 – EPCAR - Sobre figuras de linguagem
é correto afirmar que, no período
(A) ”Melhor é acender o fósforo que
lamentar a escuridão”, a metáfora
corrobora(confirma) a ideia de que
pensamento negativo não soluciona
problemas.
(B) “A pessoa alegre tem o dom de alegrar
o ambiente em que vive.”, a metonímia
traduz a ideia de que quem está feliz é
capaz de levar esse sentimento a outras
pessoas do seu convívio social
(C) “O diálogo, a fala, a palavra é um
poderoso remédio e excelente terapia.”.
a gradação e o eufemismo reforçam a
ideia de que emoções e sentimentos
reprimidos causam doenças possíveis de
serem tratadas.
(D) “O bom humor nos salva das mãos do
doutor”, a catacrese explicita a idéia de
que quem não se previne com atitudes
positivas diante da vida acaba por
precisar de atendimento médico.
(E) Todas corretas
02- EPCAR -Sobre a identificação de
encontros consonantais, encontros vocálicos
e dígrafos é CORRETO afirmar que :
(A) há dígrafo nas seguintes palavras:
distintos, presidente e imposto.
(B) há ditongo nas seguintes palavras:
quando, duas e oposição.
(C) há hiato nas seguintes palavras:
negociação, muito e imediato.
(D) há encontro consonantal nas seguintes
palavras: conquista, objetivo e
aumentos.
(E) há tritongo nas seguintes palavras:
imediatamente, titubeante e população.
03- EPCAR- Sobre as formas destacadas e
numeradas nos segmentos “Da vez, Jó
Joaquim foi quem a deparou, em péssima
hora: (1)TRAÍDO e (2)TRAIDORA .
/ mediante (3) REVÓLVER.", é correto
afirmar que:
(A) as três palavras são paroxítonas com
ditongo.
(B) na palavra 1, acentua-se o “i" tônico
que forma o hiato com a vogal anterior,
estando ele sozinho na sílaba.
(C) o vocábulo 2 também deveria ser
acentuado pelo mesmo motivo do 1.
(D) as duas palavras acentuadas recebem
acento pelo mesmo motivo.
(E) a palavra 1 é acentuada por ser
paroxítona e a 3 por ser proparoxítona.
04- CN- Marque a opção que obedece às
regras de emprego do termo.
(A) Por quê não há ainda uma dose ideal
para o uso da internet os pais devem
temê-la?
(B) Os psiquiatras e psicólogos procuram
saber por quê o jovem fica conectado à
web por uma eternidade.
(C) Investigar por que ter mais amigos na
rede do que fora dela é um dos desafios
levantados pelos psicólogos.
(D) Em relação à dependência da web, é
preciso investigar porquê isso acontece,
mas sempre com a intenção de agir em
busca de soluções.
(E) Procura-se detectar porque alguém deixa
de fazer uso saudável e produtivo da
rede para estabelecer com ela uma
relação doentia.
05- CN -Assinale a opção em o emprego do
hífen, segundo as regras do mais recente
Acordo Ortográfico, está incorreto.
(A) Vamos comprar um anti-
inflamatório porque ela
está superresfriada.
(B) O quadro foi protegido com
vidro antirreflexo
(C) Ele era corréu na acusação de ter
assassinado o contrarregra
(D) O grupo antissequestro já participa
da investigação.
(E) Trata-se de uma
informação semioficial.
06- CN- Leia o trecho a seguir.
"Quando pego uma traseira de caminhão e
aquela chuva de grãos me assusta, penso
rápido e fico calmo: faz parte da
competição e temos de ser campeões."
Em que opção a reescritura do trecho
acima está correta, considerando a
manutenção dos sentidos e o uso da
modalidade padrão?
(A) Assim que pego uma traseira de
caminhão e aquela chuva de grãos me
assusta, mas penso rápido e fico calmo:
 CENTRO DE PREPARAÇÃO NACIONAL

faz parte da competição e temos de ser inadequada, falta de registro, maus-tratos e

campeões.
(B) Assim que pego uma traseira de
caminhão e aquela chuva de grãos me
assusta, penso rápido e fico calmo:
porque faz parte da competição e temos
de ser campeões.
(C) Conquanto pego uma traseira de
caminhão e aquela chuva de grãos me
assusta, penso rápido e fico calmo; faz
parte da competição e temos de ser
campeões.
(D) Uma vez que pego uma traseira de
caminhão e aquela chuva de grãos me
assusta, penso rápido e fico calmo, faz
parte da competição e temos de ser
campeões.
(E) Porquanto pego uma traseira de
caminhão e aquela chuva de grãos me
assusta, penso rápido e fico calmo: faz
parte da competição e temos de ser
campeões.
07- CN - Qual a tipologia textual do trecho
apresentado abaixo?
“Dona Julieta chamou os filhos mais novos
para uma conversa séria. Era uma manhã de
domingo, o dia estava claro e ensolarado.
Pediu a eles que compreendessem a situação
do pai, que não tinha no momento condição
de colocá-los em uma escola melhor”.
(A) dissertação subjetiva
(B) descrição
(C) narração com alguns traços descritivos
(D) dissertação objetiva com alguns traços
descritivos.
(E) narração com alguns traços
dissertativos.
violência” são alguns dos itens elencados
pelo órgão.
(Kugler, Henrique: Ciência Hoje, número
309/vol 52/ novembro de 2013, pág.37)
Sobre o texto , é correto afirmar que
(A) o trabalho escravo de hoje é mais cruel
que o do passado, mantendo regimes
inescapáveis de servidão.
(B) os barracos imundos que substituem as
senzalas mantêm os negros
acorrentados da mesma forma que
outrora.
(C) as condições de vida de pessoas
escravizadas hoje são iguais às do
passado, segundo o encontrado no sítio
do MPT.
(D) o tratamento sub-humano e degradante
dado a trabalhadores é equivalente ao
dado aos escravos no passado.
(E) Escravos trabalhadores não são tratados
de forma desumana.
09- O acento diferencial é aquele utilizado
para distinguir certas palavras homógrafas,
ou seja, que têm a mesma grafia.
Ocorre esse tipo de acento em:
(A) é
(B) está
(C) fórmula
(D) pôr
(E) análise
10- EPCAR- “Tem sabor de um velho
vinho do Porto.”
Essa frase assume, a função de uma figura
de linguagem denominada:

08- EPCAR (A) metonímia.

TEXTO (B) hipérbole.
O trabalho escravo de hoje pouco lembra (C) Metáfora
aquele de outrora – com trabalhadores (D) sinestesia.
acorrentados ou castigados sob desmandos (E) Catacrese
vários. Mas nem por isso ele é menos cruel.
Senzalas foram substituídas por barracos RESPOSTAS:
imundos. Correntes foram trocadas por 1- E 6- B
regimes inescapáveis de servidão. O próprio
sítio do MPT - Ministério Público do 2- A 7- B
Trabalho – traz uma página especialmente 3- B 8- D
dedicada ao assunto; “ trabalho forçado,
servidão por dívidas, jornadas exaustivas ou 4- C 9- D
condições degradantes como alojamento 5- A 10- C
precário, água não potável, alimentação
 TESTE NÍVEL 2 AVALIAÇÃO DE LÍNGIA PORTUGUESA
QUESTÃO – 01 – EPCAR - 2016
Sobre figuras de linguagem é correto afirmar que, no
período
A( )”Melhor é acender o fósforo que lamentar a
escuridão”, a metáfora corrobora(confirma) a ideia de que
pensamento negativo não soluciona problemas.
B( ) “A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente
em que vive.”, a metonímia traduz a ideia de que quem
está feliz é capaz de levar esse sentimento a outras pessoas
do seu convívio social
C ( ) “O diálogo, a fala, a palavra é um poderoso remédio
e excelente terapia.”. a gradação e o eufemismo reforçam
a ideia de que emoções e sentimentos reprimidos causam
doenças possíveis de serem tratadas.
D ( ) “O bom humor nos salva das mãos do doutor”, a
catacrese explicita a idéia de que quem não se previne com
atitudes positivas diante da vida acaba por precisar de
atendimento médico
QUESTÃO – 02- ITA -2016
Vou confessar um pecado: às vezes, faço maldades. Mas
não faço por mal. Faço o que faziam os mestres zen com
seus "koans". "Koans" eram rasteiras que os mestres
passavam no pensamento dos discípulos. Eles sabiam
que só se aprende o novo quando as certezas velhas
caem. E acontece que eu gosto de passar rasteiras em
certezas de jovens e de velhos...
Pois o que eu faço é o seguinte. Lá estão os jovens nos
semáforos, de cabeças raspadas e caras pintadas, na
maior alegria, celebrando o fato de haverem passado no
vestibular. Estão pedindo dinheiro para a festa! Eu paro o
carro, abro a janela e na maior seriedade digo: "Não vou
dar dinheiro. Mas vou dar um conselho. Sou professor
emérito da Unicamp. O conselho é este: salvem-se
enquanto é tempo!". Aí o sinal fica verde e eu continuo.
"Mas que desmancha-prazeres você é!", vocês me dirão. É
verdade. Desmancha-prazeres. Prazeres inocentes
baseados no engano. Porque aquela alegria toda se deve
precisamente a isto: eles estão enganados.
Estão alegres porque acreditam que a universidade é a
chave do mundo. Acabaram de chegar ao último patamar.
As celebrações têm o mesmo sentido que os eventos
iniciáticos —nas culturas ditas primitivas, as provas a
que têm de se submeter os jovens que passaram pela
puberdade. Passadas as provas e os seus sofrimentos, os
jovens deixaram de ser crianças. Agora são adultos, com
todos os seus direitos e deveres. Podem assentar-se na
roda dos homens. Assim como os nossos jovens agora
podem dizer: "Deixei o cursinho.
Estou na universidade".
Houve um tempo em que as celebrações eram justas. Isso
foi há muito tempo, quando eu era jovem. Naqueles
tempos, um diploma universitário era garantia de
trabalho. Os pais se davam como prontos para morrer
quando uma destas coisas acontecia: 1) a filha se casava.
Isso garantia o seu sustento pelo resto da vida; 2) a filha
tirava o diploma de normalista. Isso garantiria o seu
sustento caso não casasse; 3) o filho entrava para o
Banco do Brasil; 4) o filho tirava diploma.
O diploma era mais que garantia de emprego. Era um
atestado de nobreza. Quem tirava diploma não precisava
trabalhar com as mãos, como os mecânicos, pedreiros e
carpinteiros, que tinham mãos rudes e sujas.Para provar
para todo mundo que não trabalhavam com as mãos, os
diplomados tratavam de pôr no dedo um anel com pedra
colorida. Havia pedras para todas as profissões: médicos,
advogados, músicos, engenheiros. Até os bispos tinham
suas pedras.
(Ah! Ia me esquecendo: os pais também se davam como
prontos para morrer quando o filho entrava para o
seminário para ser padre —aos 45 anos seria bispo— ou
para o exército para ser oficial —aos 45 anos seria
general.)Essa ilusão continua a morar na cabeça dos pais
e é introduzida na cabeça dos filhos desde pequenos.
Profissão honrosa é profissão que tem diploma
universitário. Profissão rendosa é a que tem diploma
universitário. Cria-se, então, a fantasia de que as únicas
opções de profissão são aquelas oferecidas
pelas universidades. Quando se pergunta a um jovem "O
que é que você vai fazer?", o sentido dessa pergunta é
"Quando você for preencher os formulários do
vestibular, qual das opções oferecidas você vai
escolher?". E as opções não oferecidas? Haverá
alternativas de trabalho que não se encontram nos
formulários de vestibular? Como todos os pais querem
que seus filhos entrem na universidade e (quase) todos
os jovens querem entrar na universidade, configura-se
um mercado imenso, mas imenso mesmo, de pessoas
desejosas de diplomas e prontas a pagar o preço.
Enquanto houver jovens que não passam nos
vestibulares das universidades do Estado, haverá
mercado para a criação de universidades particulares.
É um bom negócio.
Alegria na entrada. Tristeza ao sair. Forma-se, então, a
multidão de jovens com diploma na mão, mas que não
conseguem arranjar emprego. Por uma razão aritmética:
o número de diplomados é muitas vezes maior que o
número de empregos. Já sugeri que os jovens que entram
na universidade deveriam aprender, junto com o curso
"nobre" que freqüentam, um ofício: marceneiro,
mecânico, cozinheiro, jardineiro, técnico de computador,
eletricista, encanador, descupinizador, motorista de
trator... O rol de ofícios possíveis é imenso. Pena que, nas
escolas, as crianças e os jovens não sejam informados
sobre essas alternativas, por vezes mais felizes e mais
rendosas. Tive um amigo professor que foi guindado,
contra a sua vontade, à posição de reitor de um grande
colégio americano no interior de Minas. Ele odiava essa
posição porque era obrigado a fazer discursos. E ele
tremia de medo de fazer discursos. Um dia ele
desapareceu sem explicações. Voltou com a família para
o seu país, os Estados Unidos. Tempos depois, encontrei
um amigo comum e perguntei: "Como vai o Fulano?".
Respondeu-me: "Felicíssimo. É motorista de um caminhão
gigantesco que cruza o país!".
De acordo com o autor. QUESTÃO – 05 – AMAN – 2015/16
A ( ) a escolha certa do curso universitário é a garantia Assinale a opção em que a divisão silábica NÃO está
de sucesso profissional. corretamente feita:
B( )é aconselhável que o universitário concilie o curso
superior com uma formação alternativa. A ( ) a-bai-xa-do B ( ) si-me-tria C ( ) es-fi-a-pa-da
C ( ) é imprescindível mais de uma formação
universitária como garantia de futuro bem sucedido. D ( ) ba-i-nhas E ( ) ha-vi-a
D( ) é recomendável que as universidades ofereçam
cursos para formação de trabalhadores manuais. QUESTÃO – 06 – ESPCEX -2016
E ( )o diploma universitário, aliado a cursos de curta Assinale a alternativa correta quanto à divisão silábica
duração, possibilita o amadurecimento do jovem.
das palavras dadas:
QUESTÃO 03- ITA – 2016
A( ) sa-gu-ão,mín-guam,a-bs-tra-to,de-lin-qui-u,plúm-beo

B ( ) fric-ção, rit-mo, pneu-má-ti-co, cai-ais, bo-ê-mia

C ( )mag-ne-tis-mo,en-xa-guei,ni-nha-ri-a,res-pe-i-to,mei-os

D ( )su-blo-car,ca-iu,re-ce-pção,a-cces-sí-vel,subs-cre-ver

E ( ) coi-ta-do, trans-a-tlân-ti-co, pis-ci-na, suas, põem

QUESTÃO – 07- EsSA - 2015

A alternativa que apresenta uma incorreção é:

A ( ) "chapéu" possui um dígrafo e um ditongo

decrescente.
B ( ) "guerreiro" possui dois dígrafos e um ditongo
decrescente.
C ( ) "mangueira" possui dois dígrafos e um ditongo
decrescente.
Adaptado de qqq.fundersandfounders.com/9.rypes-of-inteligence D ( ) "enxaguei" possui dois dígrafos e um tritongo.
(acesso: 07/03/2016
E ( ) "exato" não possui dígrafos e nem encontro
vocálico.
De acordo com a descrição dos tipos de inteligência
apresentados na figura, QUESTÃO – 08- AMAN -2014
Nas palavras alma, pinto e porque, temos,
A ( ) pessoas capazes de visualizar objetos mentalmente
respectivamente:
de vários ângulos são dotadas de inteligência espacial.
B ( ) pessoas dotadas de inteligência lógico-matemática
A( ) 4 fonemas - 5 fonemas - 6 fonemas
são capazes de comprovar teoremas complexos.
B( ) 5 fonemas - 5 fonemas - 5 fonemas
C ( ) pessoas preocupadas com o equilíbrio entre mente
C( ) 4 fonemas - 4 fonemas - 5 fonemas
e corpo e com a boa postura corporal são dotadas de
D( ) 5 fonemas - 4 fonemas - 6 fonemas
inteligência corporal-cinestésica.
E( ) 4 fonemas - 5 fonemas - 5 fonemas
D ( ) pessoas dotadas de inteligência musical conseguem
identificar ritmos e notas musicais e tocam qualquer
QUESTÃO- 09 – EsPCEx – 2014/15
instrumento.
Assinale a melhor resposta. Em papagaio, temos:
E ( ) pessoas dotadas de inteligência naturalista são
leitores vorazes de textos sobre a natureza.
A ( ) um ditongo b ( ) um tritongo c ( ) um trissílabo
D ( ) um oxítono E ( ) um proparoxítono
QUESTÃO – 4 – ITA -2016
Assinale a opção em que o segmento NÂO apresenta a
QUESTÃO – 10- EsSA – 2015
figura de pensamento a ele atribuída.
Todas as palavras abaixo possuem um encontro vocálico
A [...]Ás vezes,faço maldade. Mas não faço Paradoxo
por mal. e um encontro consonantal, exceto:
B [...]configur-se um mercado imenso,mais Gradação
imenso mesmo A ( ) destruir B ( ) magnésio C( ) adstringente
C Alegria na entrada, Tristeza ao sair. Antítese D ( ) pneu E ( ) autóctone

D E ele tremia de medo de fazer discurso. Ironia

E É motorista de um caminhão gigantesco Hipérbole
Que cruza o país!
 GABARITO
QUESTÃO - 1 B

QUESTÃO – 2 B

QUESTÃO – 3 A

QUESTÃO – 4 D

QUESTÃO – 5 B

QUESTÃO – 6 B

QUESTÃO – 7 D

QUESTÃO - 8 C

QUESTÃO - 9 A

QUESTÃO - 10 C