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FACULDADE DE ECONOMIA
Discentes:
Elcídio Alfredo
Francisco Gome
Luisa Machai
Luís Chissano Docentes:
Tania Chicuamba Dr. Válter Manjate (R)
Paulo Hoana Dr. Micas Ngomane (A)
1. Introdução. ............................................................................................................................................ 3
4.2. Óptica de Gestão ou Desvios por Causa: Preço, Mix, Volume, Eficiência e Variação Cambial. . 7
5.2. Ao nível de instrumento de avaliação os resultados são afectados por causas múltiplas, muitas
das quais não e possível predizer e outras não são mesmo mensuráveis, nomeadamente: ..................... 10
5.4. Resumo das limitações numa tabela e alternativas a recorrer para minimizá-las: ...................... 12
6. Conclusão............................................................................................................................................ 13
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1. Introdução.
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2. Conceito do Controlo Orçamental e Embasamento Teórico.
O controlo orçamental também pode ser considerado como uma técnica de suporte à gestão
previsional, que se enquadra na metodologia de controlo por diagnóstico, constituindo um dos
subsistemas do controlo de gestão. Este método actua como instrumento de acompanhamento
dos objectivos e dos meios disponibilizados previamente, quando da elaboração do plano e, em
sequência, dos orçamentos, integrando-se em todo o sistema de gestão da empresa.
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4. Abordagens sobre o Controlo Orçamental.
O controlo orçamental, uma das mais relevantes componentes do controlo de gestão, baseia-se na
comparação do Realizado com o Previsto (Desvios). Por exemplo: Na óptica dos Gastos, para a
efectivação desta comparação, socorre-se a gastos básicos, que são dados teóricos, fixados a
priori, para valorizar os bens e as prestações de serviços produzidos internamente ou adquiridos
no exterior. Estes gastos básicos constituem o termo de comparação com os gastos reais,
permitindo avaliar o desempenho de determinada área ou gestor da organização, num dado
período, o que se torna possível em virtude de estar subjacente ao sistema de controlo a
identificação personalizada das responsabilidades.
Há várias abordagens sobre o controlo orçamental que podem ser usadas, a saber (i) Óptica dos
Desvios por Componentes – Desvios de Preço, Quantidade e das Diferenças; (ii) Óptica dos
Desvios por Causa – Preço, Mix, Volume, Eficiência e Variação Cambial; e (iii) Óptica dos
Desvios por Funções.
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Apuramento do Desvio Global
O Desvio Global (D) é a diferença entre o Resultado Realizado (R) e o Resultado Previsto (P).
D=R–P
O objectivo desta análise é identificar como se decompõe o desvio global em desvios parciais
relativos a factores directos que sobre ele têm influência, decompondo-o por vários padrões.
Cada elemento dos gastos é o produto de uma quantidade por um preco. As quantidades são os
consumos físicos e o preço o valor unitário que pagamos por esse consumo. Podemos, assim,
escrever o desvio global através da apresentação de uma sucessão de parcelas.
D = [(Qs * Ps) + (∆Q * Ps) + (∆P * Qs) + (∆P * ∆Q)] – (Qs * Ps)
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Ou seja, Desvio Global = Desvio de Rendimento + Desvio de Preço + Desvio das Diferenças.
Segundo Rodrigues, J. e Reis, H. (2011), um bom sistema de controlo orçamental deve isolar o
montante dos desvios pelas diversas causas que lhe deram origem, e explicar as razões desses
desvios. Deste modo, é possível tomar acções correctivas e responsabilizar os diversos gestores.
Iremos analisar algumas situações, que não esgotam as possíveis razões justificativas do
aparecimento de desvios.
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Preço – refere-se ao valor unitário de cada elemento orçamental, quer se esteja a falar de
gastos ou de rendimentos, isto é, permite identificar, nos resultados, o impacto resultante
da mudança nos preços do elemento orçamental analisado.
A decomposição dos desvios, baseia-se na elaboração de orçamentos ajustados (O.A.) por cada
elemento orçamental, resultando, da comparação entre eles, os diversos tipos de desvios acima
mencionados. Assim, o orçamento inicial tem como elementos de suporte os padrões ou
objectivos para cada uma das causas em análise, que provocam desvios de volume, mix,
eficiência e preço.
Consideremos a seguinte nomenclatura: Volume Real = Vr; Volume Standard = Vs; Mix Real =
Mr; Mix Standard = Ms; Eficiência Real = Er; Eficiência Standard = Es; Preço Real = Pr e
Preço Standard = Ps.
ii. Desvio Mix - é obtido pela diferença entre o Orçamento Ajustado ao Mix (Orçamento
Flexível 2) e Orçamento Ajustado ao Volume (Orçamento Flexível 1). O Orçamento
Ajustado ao Mix, obtém-se substituindo, Orçamento Ajustado ao Volume, o mix standard
pelo mix real. Esquematicamente:
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iii. Desvio de Eficiência ou Produtividade – é obtido pela diferença entre o Orçamento
Ajustado a Eficiência (Orçamento Flexível 3) e Orçamento Ajustado ao Mix (Orçamento
Flexível 2). O Orçamento Ajustado a Eficiência, obtém-se substituindo, Orçamento Ajustado
ao Mix, a eficiência standard pela eficiência real. Esquematicamente:
iv. Desvio de Preço – é obtido pela diferença entre o Orçamento Ajustado ao Preço (Orçamento
Flexível 4) e Orçamento Ajustado a Eficiência (Orçamento Flexível 3). O Orçamento
Ajustado ao Preço, obtém-se substituindo, Orçamento Ajustado a Eficiência, o Preço
standard pelo Preço real. Esquematicamente:
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Outra limitação que poderá ser apontada ao nível de instrumento de informação, é
dependência do controlo orçamental aos sistemas de contabilidade, o que provocas as 3
seguintes limitações Jordan et al (2002: 216): (i) Atrasos nas informações da
contabilidade, não permite que se possa detectar o desvio no momento adequado,
impossibilitando a tomada de decisão de medidas correctivas. Caso disso é a análise ser
apenas efectuada apos o final do mês, numa altura onde já existe o desvio, podendo
diminuir a eficácia das medidas correctivas; (ii) Estrutura contabilística pode não se
adaptar às necessidades do controlo orçamental, nomeadamente nas contas específicas
para cada projecto ou investimento e (iii) A rapidez de informação pretendida pelo
controler, nem sempre é compatível com as informações contabilísticas devido ao
necessário rigor.
5.2. Ao nível de instrumento de avaliação os resultados são afectados por causas múltiplas,
muitas das quais não e possível predizer e outras não são mesmo mensuráveis,
nomeadamente:
▪ A primeira refere-se à dificuldade de prever todas as variáveis com impacto nos
resultados, devido à sua multiplicidade.
▪ As variáveis previstas e controladas, podem estar fora do controlo e do poder de decisão
do gestor avaliado, sendo que a sua acção não irá alterar o resultado desta variável.
▪ Outra limitação, é o facto de a análise dos desvios centrar-se na avaliação de desempenho
principalmente no curto prazo.
▪ Os desvios positivos verificados, podem depender da persuasão do gestor para que seja
avaliado em objectivos perfeitamente atingíveis, aquando na fase de orçamentação. O
Controlador de Gestão tem neste caso, um papel importante na crítica aos objectivos e
meios escolhidos para avaliação.
O próprio sistema de informação poderá condicionar o apuramento dos desvios, podendo
influenciar a motivação dos gestores, desresponsabilizando-os.
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limitações apresentadas acima, os gestores socorrem-se de outros instrumentos complementares
de informação e de apoio, entre os quais pode-se citar: o tableauaux-de-bord ou balanced
scorecard.
5.3.1. Tableau de Bord (TB)
O BSC foi desenvolvido por Robert Kaplan e David Norton em 1992, com o objectivo de
desenvolver um sistema de avaliação do desempenho organizacional, que procure dar uma visão
global e integrada da empresa. Para Kaplan e Norton (1997: 21), citado por Simão o BSC:
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5.4. Resumo das limitações numa tabela e alternativas a recorrer para minimizá-las:
Limitações da Análise de
desvios Como Minimizar
Informação Muito Financeira Utilização de Relatórios como os Tableuaux de Bord de Gestão
Melhoria do Sistema Contabilístico
Desvio Divulgados com
Atraso Selecção de Causas Mais Relevantes
Utilizações de Preços Standard
Selecção das Causas Face ao Poder de
Dificuldades na Avaliação de
Desempenho Sistemas Baseados no Custeio Directo
Escolha de Indicadores Complementares
Desvios Apresentados em Decomposição por Causas ou Factores Perturbadores
Termos Globais Analisar o Segmento e o Responsável
Sistema Independente de Contabilidade
Dependência da
Contabilidade Utilizar como base outros Sistemas de Limitações da Análise
de desvios;
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6. Conclusão
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7. Referencias Bibliográficas.
Reis, Henriques (2011), Controlo de Gestão – Ao encontro da eficiência, Escolar Editora;
Rodrigues, J. e Reis, H. (2011), Gestão Orçamental, Escolar Editora;
Jordan, Hugues; Carvalho Das Neves; João; Rodrigues, José: (2002) O Controlo de
Gestão: Ao Serviço da Estratégia e dos Gestores. 4ª Edição. Lisboa: Áreas Editora; e
Simão, Ricardo Jorge (2013): Projectos estratégicos: O controlo Orçamental – Estudo da
construção de redes de nova geração por parte da Zon, ISCAL.
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