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– Administrativa (Pacote)
Aula 00 – Conceitos e Princípios Orçamentários
Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes
Aula Demo
Olá pessoal, como vão as coisas? Estudando muito? Espero que sim, desde que
sejam estudos planejados, otimizados, organizados, concentrados e com
material de qualidade.
Meu nome é Vinicius Ribeiro, sou um uberlandense que vive há mais de 7
anos em Brasília. Gosto muito dessa cidade. Apesar disso, preserrrrvo meu
sotaque mineiro que come quieto um pão de queijin, sempre com café (humm,
maravilha!!!).
Vamos a um breve resumo do meu currículo:
• Graduado em Administração na Universidade Federal de Uberlândia –
UFU;
• MBA em Comércio Exterior e Negócios Internacionais na Fundação
Getúlio Vargas – FGV;
• Atualmente, sou Analista Legislativo da Câmara dos Deputados,
onde trabalho com as nossas Leis Orçamentárias;
• Fui classificado no concurso para Consultor de Orçamentos da
Câmara dos Deputados, certame realizado em 2014;
• Ex-Analista de Planejamento e Orçamento do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG, onde atuava na Secretaria
de Planejamento e Investimentos Estratégicos - SPI;
• Ex-Analista Judiciário (Área Administrativa) do Supremo Tribunal
Federal, onde atuava na Secretaria de Controle Interno (oriundo do
concurso do STJ);
• Ex-Analista Judiciário (Área Administrativa) do Conselho Nacional
de Justiça, onde atuava na Seção de Gestão de Contratos (oriundo do
concurso do STF);
• Ex-Servidor do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação,
onde atuava na Coordenação de Tomada de Contas Especial;
Sabe de nada,
Inocente!!!
Sumário
Detalhe Sobre o Curso/Edital ..................................................... 05
Conceitos e Princípios Orçamentários ...................................... 07
Questões ......................................................................................... 33
Mapas Mentais ................................................................................ 44
Bibliografia ...................................................................................... 48
Exercícios Trabalhados ............................................................... 48
Gabarito ......................................................................................... 55
Por outro lado, as despesas devem sim ser fixadas. O governo deve ter um
limite para os seus gastos. No começo do ano, o governo costuma anunciar um
corte de gastos previstos no orçamento anual. Normalmente, a ideia tem sido
a de contenção da inflação.
Princípios Orçamentários
O orçamento público tem princípios que regem sua elaboração e controle.
Esses princípios orçamentários são regras que norteiam o processo de
elaboração, aprovação, execução e controle do orçamento, encontrados na
Constituição, em legislação infraconstitucional, e por meio de interpretações da
doutrina.
Em seu art. 2º, a Lei n°. 4.320/64 prevê expressamente a existência dos
princípios da unidade, universalidade e anualidade. Esse artigo da 4.320/64 foi
cobrado em provas do Cespe, por isso é bom saber o seu conteúdo:
“Lei nº. 4.320/64 - Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da
receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o
programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade,
universalidade e anualidade.
§ 1° Integrarão a Lei de Orçamento:
I - Sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do
Governo;
II - Quadro demonstrativo da Receita e Despesa segundo as Categorias
Econômicas, na forma do Anexo nº. 1;
III - Quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislação;
IV - Quadro das dotações por órgãos do Governo e da Administração.
§ 2º Acompanharão a Lei de Orçamento:
I - Quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos fundos
especiais;
II - Quadros demonstrativos da despesa, na forma dos Anexos ns. 6 a 9;
III - Quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do Governo,
em termos de realização de obras e de prestação de serviços.” (Grifo nosso)
Lei
•Todas as leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) são leis ordinárias
ordinária
Lei
temporária •A lei orçamentária tem vigência limitada (um ano).
Lei
•Possui processo legislativo diferenciado e trata de matéria específica
especial
Prestem atenção! Apesar do fato de ser uma lei formal, isso não impede o
controle abstrato de constitucionalidade sobre as normas orçamentárias,
conforme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF). Esse tema é mais
facilmente observado na Prova de Constitucional, mas é bom ficar atento, uma
vez que tem sido tema em provas!
◊ UNIDADE/TOTALIDADE: O orçamento deve ser uno, uma só peça.
Assim, não poderão coexistir diferentes orçamentos para um mesmo ente da
federação. Esse princípio buscar evitar a proliferação de orçamentos paralelos
em um mesmo ente da federação, determinando que haja um só orçamento.
Cuidado que a universalidade não tem nada a ver com o princípio da totalidade
(unidade). Em algumas questões de prova o examinador tenta confundir o
candidato quantos aos princípios da unidade e da universalidade. Por isso,
fique atento: quando a questão tratar da apresentação de todas as receitas e
despesas, o princípio citado é o da universalidade.
Para aqueles cargos que cobram noções de Direito Tributário, fique atento ao
fato que esse princípio não se aplica a esse ramo do Direito. Muitas bancas
gostam de afirmar que o princípio da anualidade é um princípio tributário.
apresentação desses créditos deduzidos por algum valor. Esse princípio está
previsto no art. 6º da Lei n. 4.320/64:
“Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos
seus totais, vedadas quaisquer deduções.
§ 1º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra
incluir-se-ão, como despesa, no orçamento da entidade obrigada a
transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber.
§ 2º Para cumprimento do disposto no parágrafo anterior, o cálculo das cotas
terá por base os dados apurados no balanço do exercício anterior aquele em
que se elaborar a proposta orçamentária do governo obrigado a transferência.”
Esse princípio se aplica inclusive para transferências obrigatórias que um ente
faça para outro, em razão de um dispositivo legal ou constitucional (como o
Fundo de Participação dos Estados – FPE). Assim, mesmo que parcela da
arrecadação de um tributo deva ser transferida a outro ente, por determinação
constitucional, essa parcela que será transferida deverá ser apresentada pelo
seu valor bruto como receita.
Como ocorrerá a transferência e em respeito ao princípio do orçamento bruto,
a parcela transferida será registrada como uma despesa no orçamento do ente
transferidor.
12) (CESPE Câmara dos Deputados 2014) As cotas de receita que uma
entidade pública deva transferir a outra serão incluídas como receita
no orçamento da entidade obrigada à transferência.
Em respeito ao princípio do orçamento bruto, a parcela transferida será
registrada como uma despesa no orçamento do ente transferidor e não como
receita, como afirma a questão.
Gabarito: E
Formal Material
Equilíbrio na
Total de execução do
Despesas orçamento
= ↑↓
Receitas de
Total de Capital -->
Receitas Despesas de
Capital
Questões
16) (CESPE Polícia Federal 2014) O orçamento público constitui norma
legal a ser aplicada integralmente e contém a previsão de receitas e a
estimativa de despesas a serem realizadas pelo governo em
determinado exercício financeiro, sendo objeto de estudo tanto do
direito financeiro quanto do direito tributário.
Errado, o orçamento público contém a PREVISÃO (ESTIMATIVA) das receitas e
a FIXAÇÃO das despesas. Atenção, a banca adora trocar esses conceitos!
Gabarito: E
17) (CESPE FNDE 2012) O PPBS (planning, programming and
budgeting system), dada a facilidade de sua implantação em órgãos
públicos, foi, amplamente adotado, a partir da década de setenta do
século XX, em todo o mundo.
Novamente se afirma incorretamente que foi fácil a implementação do PPBS, o
que já vimos que não foi dessa forma.
Gabarito: E
Gabarito: C
“As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra incluir-
se-ão, como despesa, no orçamento da entidade obrigada a transferência e,
como receita, no orçamento da que as deva receber.”
Logo, o registro correto no órgão transferidor é como despesa e não como
dedução da receita. Lembre-se do princípio do orçamento bruto.
Gabarito: E
43) (CESPE TRT 17ª REGIÃO 2013) As parcelas referentes às
transferências constitucionais da União para os estados e municípios,
por constituírem destinações incondicionais, definidas por percentuais
predeterminados, não integram a receita orçamentária da União, e, em
atendimento ao princípio do orçamento bruto, ingressam diretamente
como receita orçamentária dos entes beneficiários.
O princípio do orçamento bruto se aplica inclusive às transferências
constitucionais da União para os estados e municípios, logo, as receitas a
serem transferidas integram o orçamento do ente transferidor. De acordo com
§1º, Art. 6º, da Lei n. 4.320/64:
“As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra incluir-
se-ão, como despesa, no orçamento da entidade obrigada a transferência e,
como receita, no orçamento da que as deva receber.”
Gabarito: E
44) (CESPE FUB 2015) As despesas, dentro do orçamento, devem
aparecer em seus valores brutos, sem deduções.
Correto! Assim determina o princípio do orçamento bruto.
Gabarito: C
45) (CESPE TRT 10ª REGIÃO 2013) As dotações globais destinadas a
atender indiferentemente despesas de pessoal, material, serviços de
terceiros, transferências ou quaisquer outras não serão consignadas à
lei de orçamento. Entretanto, poderão ser custeados por dotações
globais, classificadas entre as despesas de capital, os programas
Gabarito: C
ORÇAMENTO PÚBLICO I
ORÇAMENTO PÚBLICO II
PRINCÍPIOS I
PRINCÍPIOS II
Bibliografia
Livro/Texto Autor
Manual Técnico de Orçamento SOF
Manual SIAFI STN
Gestão de finanças públicas Albuquerque, Medeiros e Feijó
Orçamento Público Giacomoni
Exercícios Trabalhados
1) (CESPE MDIC 2014) A função política do orçamento diz respeito ao
estabelecimento do fluxo de entrada de recursos obtidos por meio da
arrecadação de tributos, bem como da saída de recursos provocada pelos
2) (CESPE TCE-RS 2012) A alocação dos recursos visa, no orçamento
tradicional, à aquisição de meios e, no orçamento-programa, ao atendimento
de metas e objetivos previamente definidos.
3) (CESPE INPI 2013) O Planning Programming and Budgeting System (PPBS),
adotado na década de 60 do século passado, foi uma tentativa de incorporação
do planejamento ao orçamento, tendo sido considerado um sistema de fácil
operacionalização e implementação.
4) (CESPE MPU 2015) O orçamento de desempenho, por considerar o resultado
dos gastos e os níveis organizacionais responsáveis pela execução dos
programas, distingue-se do orçamento clássico.
5) (CESPE ANTAQ 2014) O orçamento base-zero é utilizado como um método
que define objetivos com vistas à otimização do custo-benefício, entretanto a
sua adoção prejudica a adequada vinculação do orçamento ao planejamento de
longo prazo.
6) (CESPE TCE-ES 2013) Com a perspectiva da aprovação do orçamento
impositivo no Brasil,
a) o Poder Executivo não poderá propor modificações, durante o exercício, das
ações introduzidas pelos parlamentares.
12) (CESPE Câmara dos Deputados 2014) As cotas de receita que uma
entidade pública deva transferir a outra serão incluídas como receita no
orçamento da entidade obrigada à transferência.
13) (CESPE TRE-GO 2015) O imposto de renda retido na fonte sobre
rendimentos pagos pelos estados e municípios, de competência da União, não
chega a constituir-se em transferência àqueles entes, sendo diretamente
apropriado como receita tributária própria
14) (CESPE TC-DF 2014) Suponha que determinado município tenha instituído
contribuição de melhoria sobre imóveis localizados próximos de obra pública
concluída. Nessa situação, em respeito ao princípio da não vinculação, o
município estará proibido de determinar a destinação do produto da
arrecadação da referida contribuição ao atendimento de despesa pública
específica.
15) (CESPE FUB 2013) O orçamento deve atender ao requisito de uniformidade
no que se refere ao aspecto formal para permitir a comparabilidade ao longo
dos exercícios financeiros.
16) (CESPE Polícia Federal 2014) O orçamento público constitui norma legal a
ser aplicada integralmente e contém a previsão de receitas e a estimativa de
despesas a serem realizadas pelo governo em determinado exercício
financeiro, sendo objeto de estudo tanto do direito financeiro quanto do direito
tributário.
17) (CESPE FNDE 2012) O PPBS (planning, programming and budgeting
system), dada a facilidade de sua implantação em órgãos públicos, foi,
amplamente adotado, a partir da década de setenta do século XX, em todo o
mundo.
18) (CESPE MPU 2015) Por meio do orçamento-programa é possível expressar,
com maior veracidade, a responsabilidade do governo para com a sociedade,
visto que o orçamento deve indicar com clareza os objetivos da nação.
Gabarito:
1) E 2) C 3) E 4) C 5) C 6) E 7) E
8) C 9) E 10) E 11) A 12) E 13) C 14) E
15) C 16) E 17) E 18) C 19) C 20) C 21) E
22) C 23) E 24) C 25) E 26) C 27) C 28) E
29) E 30) E 31) C 32) E 33) E 34) C 35) E
36) E 37) E 38) E 39) E 40) E 41) E 42) E
43) E 44) C 45) C 46) C 47) C 48) E 49) C
50) C