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Autores:
Guilherme Sant Anna, Tonyvan de
Carvalho Oliveira
Aula 02
22 de Janeiro de 2021
60080586317 - APARECIDA DO Ó
Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira
Aula 02
Sumário
MOTIVAÇÃO DA AULA ..................................................................................................................... 2
1. CONTEXTUALIZAÇÃO .................................................................................................................. 3
2. PLANEJAMENTO DA AUDITORIA ................................................................................................. 6
3. PAPÉIS DE TRABALHO - DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA ....................................................... 18
4. LISTA DE QUESTÕES.................................................................................................................. 31
Planejamento da Auditoria ..................................................................................................... 31
Papéis de trabalho (documentação de auditoria) ................................................................ 40
5. GABARITO .................................................................................................................................
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MOTIVAÇÃO DA AULA
Vamos pensar um pouco no tema da aula de hoje? Tente responder as perguntas a seguir.
LISTA DE PERGUNTAS
1) O que é planejamento de auditoria?
2) Quais as atividades que devem ser realizadas pelo auditor no início do trabalho de auditoria
corrente?
3) Como o planejamento de auditoria está dividido?
4) Qual a relação existente entre plano de auditoria e estratégia global?
5) Quais as obrigações do Auditor ao definir a estratégia global?
6) Quais as obrigações do Auditor ao definir o plano de auditoria?
7) O planejamento de auditoria é imutável?
8) Quais as obrigações do Auditor antes de começar os trabalhos de auditoria inicial?
9) O planejamento deve ser encerrado antes de iniciados os trabalhos?
10) Cite aspectos que o planejamento deve considerar antes da identificação e avaliação pelo
auditor dos riscos de distorções relevantes?
11) Caracterize o plano de auditoria.
12) O que é Documentação de Auditoria?
13) Como (em que contexto) o auditor deve preparar a documentação de auditoria?
14) A forma, o conteúdo e a extensão da documentação de auditoria dependem de quais
fatores?
15) A documentação de auditoria substitui os registros contábeis da entidade?
16) Qual o período de retenção da documentação de auditoria?
17) Qual o limite de tempo apropriado para concluir a montagem do arquivo final de
auditoria?
18) De quem é a propriedade da documentação de auditoria?
Se você não tem certeza de uma ou algumas das respostas a esses questionamentos, não se
preocupe. Fique atento que esses temas serão abordados ao longo da aula de hoje!
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Podemos dividir o trabalho da auditoria em 3 (três) grandes fases: o planejamento; a execução; e
a emissão do relatório (opinião) do auditor.
Essa divisão é utilizada em grande parte pela doutrina, até por servir a fins didáticos. As normas de
auditoria independente não fazem essa separação (ou categorização) de forma expressa. As
normas de auditoria governamental, por sua vez, versam sobre esse fluxo de trabalho
(planejamento; execução; relatório).
Pois bem, na aula de hoje iremos abordar a primeira fase da auditoria – o Planejamento (além da
Documentação). Essa é uma etapa de fundamental importância em qualquer processo
administrativo. Afinal, por meio do planejamento definem-se os objetivos a serem atingidos e
como alcançá-los.
Segundo o glossário de termos do controle externo do TCU, “auditoria é processo sistemático,
documentado e independente de se avaliar objetivamente uma situação ou condição para
determinar a extensão na qual os critérios aplicáveis são atendidos, obter evidências quanto a esse
atendimento e relatar os resultados dessa avaliação a um destinatário predeterminado”.
Cada uma das etapas da auditoria é integrada por atividades, iniciando-se com o planejamento,
seguindo com a fase de execução, e terminando com a emissão do relatório. Ressalta-se, todavia,
que o planejamento não é uma fase estanque ou isolada, devendo ser atualizado a qualquer
momento, inclusive durante a execução do trabalho de coleta de evidências que dão suporte às
conclusões do auditor. Além dessas 03 (três) etapas, considera-se que alguns aspectos são
transversais e perpassam por todas as fases do processo de auditoria, tais como: controle de
qualidade, documentação, comunicação, dentre outros. Estes aspectos contribuem para garantir a
eficácia e a credibilidade do trabalho da auditoria.
Vejamos o esquema a seguir, que ilustra bem as etapas do fluxo do trabalho da auditoria:
b) uma avaliação da eficácia das ações corretivas tomadas face aos problemas que originaram as
Recomendações ou as Observações da Auditoria;
c) um relatório sobre os resultados das revisões de acompanhamento apresentado à Câmara dos
Comuns e/ou à administração, conforme o caso.
Fonte: Princípios Fundamentais de Auditoria do Setor Público – Normas da Intosai: ISSAI 100
2. PLANEJAMENTO DA AUDITORIA
A NBC TA 300 (R1) é o normativo que trata da responsabilidade do auditor no planejamento da
auditoria das demonstrações contábeis.
O objetivo do auditor, segundo a norma, é planejar a auditoria de forma a realizá-la de maneira
eficaz. Um planejamento adequado é benéfico para a auditoria das demonstrações contábeis de
várias maneiras, inclusive para:
Finalidades do planejamento:
(a) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco, conforme
estabelecido na NBC TA 315 – Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio
do Entendimento da Entidade e de seu Ambiente;
(b) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no nível
de afirmação, conforme previsto na NBC TA 330 – Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados;
(c) outros procedimentos de auditoria planejados e necessários para que o trabalho esteja em
conformidade com as normas de auditoria. [grifos nossos]
Há algumas atividades (chamadas de “atividades preliminares”) que o auditor deve executar antes
mesmo do planejamento, ou seja, logo no início do trabalho da auditoria corrente, como por
exemplo: realização de procedimentos de controle de qualidade, avaliação de requisitos éticos e
de independência e estabelecimento do entendimento dos termos do trabalho.
(FGV/ ISS Recife – 2014) Um planejamento adequado é benéfico para a auditoria das
demonstrações contábeis. A esse respeito, analise as afirmativas a seguir.
I. Permite que o auditor dedique atenção apropriada às áreas importantes da auditoria.
II. Permite que o auditor identifique e resolva problemas potenciais tempestivamente.
III. Permite que o auditor organize adequadamente o trabalho para que a auditoria seja realizada
de forma eficaz e eficiente.
IV. Permite que o auditor selecione os membros da equipe de trabalho com níveis apropriados de
capacidade e competência para responderem às evidências esperadas e aloque apropriadamente
os recursos.
Assinale:
a) se somente as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas.
Letra A) ERRADO. Ao definir a Estratégia Global, o auditor deve considerar os fatores que são
significativos para orientar os esforços da equipe do trabalho.
8. Ao definir a estratégia global, o auditor deve:
[...] (c) considerar os fatores que no julgamento profissional do auditor são significativos para
orientar os esforços da equipe do trabalho;
Letra B) ERRADO. Tanto os resultados de atividades preliminares quanto o conhecimento obtido
em outros trabalhos realizados pelo sócio do trabalho na entidade são fatores que devem ser
levados em consideração na definição da Estratégia Global.
8. Ao definir a estratégia global, o auditor deve:
[...] (d) considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria e, quando
aplicável, se é relevante o conhecimento obtido em outros trabalhos realizados pelo sócio do
trabalho para a entidade; e
Letra C) ERRADO. Ao definir a estratégia global, o auditor deve identificar as características do
trabalho para definir o seu alcance.
8. Ao definir a estratégia global, o auditor deve:
(a) identificar as características do trabalho para definir o seu alcance;
Letra D) CORRETA. Ela está em conformidade com a NBC TA 300(R1) – item 7 (acima
apresentado).
Letra E) ERRADO. O auditor deve sim definir os objetivos do relatório de auditoria ao estabelecer
a Estratégia Global.
8. Ao definir a estratégia global, o auditor deve:
[...] (b) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a
natureza das comunicações requeridas;
Gabarito: D
(FCC – SEFAZ MA – AFRE – 2016) O documento que inclui a natureza, a época e a extensão dos
procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe de trabalho é
denominado de
(A) roteiro de auditoria.
(B) plano de auditoria.
(C) papeis de trabalho.
(D) normas de auditoria.
(E) estratégia para execução dos trabalhos.
Comentários:
De acordo com o item 9 da NBC TA 300 (R1), além da Estratégia Global, o auditor deve ainda
(CESPE/ Perito Criminal (PC PE) – 2016) A respeito das atividades preliminares ao trabalho de
auditoria das demonstrações contábeis, assinale a opção correta.
b) Havendo incompatibilidade ou imprevisto, o plano de auditoria deve ser alterado, uma vez que
a estratégia global de auditoria é inalterável.
Comentários:
A assertiva em análise está errada, uma vez que tanto o plano de auditoria quanto a estratégia
global devem ser alterados, sempre que necessário, no curso dos trabalhos. É o que prevê o item
10 da NBC TA 300 (R1) – acima apresentado.
Gabarito: errado.
Geralmente, as bancas costumam cobrar o que o auditor deve documentar quando estiver na fase
de planejamento. Segue o mapa mental que resume essa informação.
A partir de agora, iremos explorar a Sessão “Aplicação e outros materiais explicativos”. Trata-se de
detalhamentos das informações contidas na introdução e no corpo da norma. Essas aplicações
serão identificadas pela letra “A” (A1; A2; A3, etc.).
Inicialmente, a norma nos alerta que as atividades de planejamento variam conforme os seguintes
aspectos (item A1):
✓ Porte e a complexidade da entidade;
✓ Experiência anterior dos membros-chave da equipe com a entidade;
✓ Mudanças nas circunstâncias que ocorrem durante o trabalho.
Chamamos a sua atenção para o item A2 abaixo (muito explorado). Ele nos diz que o planejamento
não é uma fase isolada, mas um processo dinâmico, contínuo e iterativo, que se inicia logo após
(ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior, seguindo até a conclusão do trabalho de
auditoria atual. Na sequência, o item A3 chama sua atenção de que o auditor pode, muito bem,
discutir elementos do planejamento com a administração da entidade. Isso não modifica o fato de
que a responsabilidade pelo planejamento da auditoria é do auditor (firma de auditoria) apenas!
Veja:
A2. Planejamento não é uma fase isolada da auditoria, mas um processo contínuo e iterativo, que
muitas vezes começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior,
continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual. Entretanto, o planejamento inclui a
consideração da época de certas atividades e procedimentos de auditoria que devem ser concluídos
antes da realização de procedimentos adicionais de auditoria. Por exemplo, o planejamento inclui a
necessidade de considerar, antes da identificação e avaliação pelo auditor dos riscos de distorções
relevantes, aspectos como:
(a) os procedimentos analíticos a serem aplicados como procedimentos de avaliação de risco;
A3. O auditor pode optar por discutir esses elementos do planejamento com a administração da
entidade, de forma a facilitar a condução e o gerenciamento do trabalho de auditoria (por exemplo,
coordenar alguns dos procedimentos de auditoria planejados com o trabalho do pessoal da entidade).
Apesar de normalmente essas discussões ocorrerem, a estratégia global de auditoria e o plano de
auditoria continuam sendo de responsabilidade do auditor. Na discussão de temas incluídos na
estratégia global de auditoria ou no plano de auditoria deve-se atentar para não comprometer a
eficácia dessa auditoria. Por exemplo, a discussão com a administração da natureza e da época de
procedimentos de auditoria detalhados pode comprometer a eficácia da auditoria ao tornar tais
procedimentos demasiadamente previsíveis
(FGV - ISS Cuiabá – AFTRM – 2016) O planejamento da auditoria deve definir a estratégia do
trabalho e desenvolver o plano de auditoria. Sobre o planejamento da auditoria, assinale a
afirmativa correta.
a) O planejamento é uma fase isolada, que termina com o início do trabalho de auditoria.
b) A experiência anterior dos membros-chave da equipe de trabalho com a entidade não
influenciam a natureza e a extensão das atividades de planejamento.
c) A estratégia global e o plano de auditoria são de responsabilidade do auditor e da
administração da entidade auditada.
d) A estratégia global deve definir o alcance, a época e a direção da auditoria, para orientar o
desenvolvimento do plano.
e) Uma vez iniciada a auditoria, devem permanecer inalterados a estratégia global e o plano de
auditoria.
Comentários:
A: ERRADA: como vimos acima, o planejamento da auditoria NÃO é uma fase isolada, mas um
processo contínuo e interativo que vai da conclusão da auditoria anterior até o fechamento da
auditoria atual.
B: ERRADA: a natureza e a extensão das atividades de planejamento variam conforme a
experiência anterior dos membros-chave da equipe com a entidade (além do porte e
complexidade da entidade e mudanças ocorridas durante o trabalho).
C: ERRADA. A responsabilidade pela definição da Estratégia Global e pelo Plano de Auditoria é
apenas do auditor.
D: CORRETA, nos termos do item 7 da NBC TA 300 (R1) – acima apresentado.
E: ERRADA: como já vimos mais uma vez nesta aula, o auditor deve – sempre que necessário –
atualizar e alterar a Estratégia Global e o Plano de Auditoria (portanto nem um nem outro devem
permanecer inalterados).
Gabarito: D.
(FCC/ TCE RS - Auditor Público Externo - Administração Pública - 2018) O controle que funciona é
o controle preventivo, o controle substantivo, que elege prioridades e acompanha paripassu a
execução de projetos. O controle que funciona é aquele que orienta, esclarece e alerta, que
concentra e aprofunda sua fiscalização naquilo que é essencial, mediante critérios de
materialidade, relevância, risco e oportunidade. (LIMA, Luiz Henrique. O Controle da
Responsabilidade Fiscal e os Desafios para os Tribunais de Contas em Tempos de Crise. In: LIMA,
Luiz Henrique; DE OLIVEIRA, Weder; CAMARGO, João Batista. Contas Governamentais e
Responsabilidade Fiscal: Desafios para o Controle Externo. Belo Horizonte: Fórum, 2017, p.135)
Acerca da materialidade e planejamento em auditoria, assevera-se:
A) O planejamento, como etapa antecedente e isolada da auditoria, consiste primeiramente na
identificação dos riscos de distorções relevantes e subsequentemente na determinação da
materialidade.
(...)
Comentários:
Assertiva ERRADA. Como vimos anteriormente, o planejamento da auditoria NÃO é uma fase
isolada, mas um processo contínuo e interativo que vai da conclusão da auditoria anterior até o
fechamento da auditoria atual.
Vejamos, na sequência, outros itens importantes da NBC TA 300 (R1), com destaque para os itens
A10 e A16:
A8. O processo de definição da estratégia global auxilia o auditor a determinar, dependendo da
conclusão dos procedimentos de avaliação de risco, temas como:
(a) os recursos a serem alocados em áreas de auditoria específicas, tais como membros da equipe
com experiência adequada para áreas de alto risco ou o envolvimento de especialista em temas
complexos;
(b) os recursos a alocar a áreas de auditoria específicas, tais como o número de membros da equipe
alocados para observar as contagens de estoque em locais relevantes, a extensão da revisão do
trabalho de outros auditores no caso de auditoria de grupo de empresas ou o orçamento de horas de
auditoria a serem alocadas nas áreas de alto risco;
(c) quando esses recursos devem ser alocados, por exemplo, se em etapa intermediária de auditoria
ou em determinada data-base de corte; e
(d) como esses recursos são gerenciados, direcionados e supervisionados, por exemplo, para quando
estão previstas as reuniões preparatórias e de atualização, como devem ocorrer as revisões do sócio e
do gerente do trabalho (por exemplo, em campo ou fora dele) e se devem ser realizadas revisões de
controle de qualidade do trabalho.
A10. Uma vez definida a estratégia global de auditoria, pode ser desenvolvido plano de auditoria para
tratar dos diversos temas identificados na estratégia global de auditoria, levando-se em conta a
necessidade de atingir os objetivos da auditoria por meio do uso eficiente dos recursos do auditor. A
definição da estratégia global de auditoria e o plano de auditoria detalhado não são
necessariamente processos isolados ou sequenciais, estando intimamente relacionados, uma vez
que as mudanças em um podem resultar em mudanças no outro.
Esclarecendo: a primeira interpretação a que chegamos, a partir da leitura da norma, é de que a
estratégia global e o plano de auditoria são etapas sequenciais. Ocorre que há uma ressalva
importante, e por isso explorada em provas, de que essas etapas NÃO são necessariamente
sequenciais. Isso advém, dentre outros, do fato de que tanto a estratégia global quanto o plano de
auditoria podem ser alterados a qualquer tempo. Por esse motivo, uma eventual alteração no plano
de auditoria pode ocasionar uma mudança na estratégia global – e é justamente por esse motivo que
esses estágios não são necessariamente sequenciais.
A12. O plano de auditoria é mais detalhado que a estratégia global de auditoria visto que inclui a
natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da
equipe de trabalho. O planejamento desses procedimentos de auditoria ocorre no decurso da
auditoria, à medida que o plano de auditoria para o trabalho é desenvolvido.
A14. A consideração das divulgações no início da auditoria ajuda o auditor a dar a devida atenção e
planejar o tempo adequado para tratar as divulgações da mesma forma que as classes de transações,
de eventos e de saldos contábeis. Considerações preliminares também podem ajudar o auditor a
determinar os efeitos sobre a auditoria de:
• divulgações significativas novas ou revisadas necessárias em decorrência de mudanças no
ambiente, nas condições financeiras ou nas atividades da entidade (por exemplo, mudança na
identificação de segmentos e de comunicação de informações sobre segmentos decorrentes de
combinação de negócios significativa);
• divulgações significativas novas ou revisadas decorrentes de mudanças na estrutura de relatório
financeiro aplicável;
• necessidade de envolvimento de especialista para ajudar nos procedimentos de auditoria
relacionados com divulgações específicas (por exemplo, divulgações relacionadas com obrigações
com previdência e outros benefícios de aposentadoria); e
• assuntos relacionados com divulgações que o auditor pode querer discutir com os responsáveis pela
governança. (Incluído pela NBC TA 300 (R1))
A área da auditoria
A norma traz ainda diversas finalidades adicionais da documentação de auditoria – todas elas
importantes e comumente cobradas em provas. São elas: auxiliar a equipe de trabalho no
planejamento e na execução da auditoria; assistir aos membros responsáveis pela direção no
cumprimento de suas responsabilidades; permitir que a equipe de trabalho possa ser
responsabilizada; manter registro de assuntos importantes para auditorias futuras; permitir
revisões, controle de qualidade e inspeções externas.
Apresentamos a seguir – “na veia” – os dispositivos mais cobrados da NBC TA 230 (R1). Veja:
6. Para fins das normas de auditoria, os seguintes termos possuem os significados atribuídos abaixo:
(a) Documentação de auditoria é o registro dos procedimentos de auditoria executados, da
evidência de auditoria relevante obtida e conclusões alcançadas pelo auditor (usualmente também
é utilizada a expressão “papéis de trabalho”).
(b) Arquivo de auditoria compreende uma ou mais pastas ou outras formas de armazenamento, em
forma física ou eletrônica que contêm os registros que constituem a documentação de trabalho
específico.
(c) Auditor experiente é um indivíduo (interno ou externo à firma de auditoria) que possui
experiência prática de auditoria e conhecimento razoável de:
(i) processos de auditoria;
(ii) normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis;
(iii) ambiente de negócios em que opera a entidade; e
(iv) assuntos de auditoria e de relatório financeiro relevantes ao setor de atividade da entidade.
[grifos não constantes no original]
Esquematizando as finalidades – principais e adicionais – da documentação
de auditoria:
O auditor deve preparar tempestivamente a documentação de auditoria, que seja suficiente para
permitir que um auditor experiente, sem nenhum envolvimento anterior com a auditoria,
entenda:
(a) a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria executados para cumprir com as
normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis;
(b) os resultados dos procedimentos de auditoria executados e a evidência de auditoria obtida; e
(c) assuntos significativos identificados durante a auditoria, as conclusões obtidas a respeito deles
e os julgamentos profissionais significativos exercidos para chegar a essas conclusões.
Atenção ao termo “suficiente” utilizado acima (vira e mexe é objeto de cobrança em questões);
atente-se também ao fato de que a documentação de auditoria deve ser preparada de maneira
que um auditor experiente (e não um usuário qualquer) entenda os procedimentos executados, as
evidências e as conclusões obtidas. Não seria “justo” exigir que o auditor preparasse
documentação suficiente para que qualquer pessoa no mundo compreendesse o que foi feito ao
longo dos trabalhos (procedimentos aplicados, evidências coletadas e conclusões alcançadas).
Ao documentar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria executados, o
auditor deve registrar ainda:
(a) as características que identificam os itens ou assuntos específicos testados;
(b) quem executou o trabalho de auditoria e a data em que foi concluído; e
(c) quem revisou o trabalho de auditoria executado e a data e extensão de tal revisão.
Cabe ressaltar que, durante a execução da auditoria, o auditor deve documentar, também, as
discussões de assuntos significativos com a administração, responsáveis pela governança e outros,
incluindo a natureza dos assuntos significativos discutidos, e quando e com quem as discussões
ocorreram. Se forem identificadas informações referentes a um assunto significativo que sejam
inconsistentes com a sua conclusão final, deve-se documentar como essa inconsistência foi
tratada.
Adicionalmente, se – em circunstâncias excepcionais – o auditor julgar necessário não atender um
requisito relevante de uma norma, ele deve documentar como os procedimentos alternativos de
auditoria executados cumprem a finalidade desse requisito, e as razões para o não atendimento.
Se, também em circunstâncias excepcionais, o auditor executar procedimentos novos ou adicionais
ou chegar a outras conclusões após a data do relatório, o auditor deve documentar:
(a) as circunstâncias identificadas;
(b) os procedimentos novos ou adicionais executados, a evidência de auditoria obtida e as novas
conclusões alcançadas, e seu efeito sobre o relatório do auditor; e
(c) quando e por quem as modificações resultantes da documentação de auditoria foram
executadas e revisadas.
Vamos compreender que a situação acima é uma exceção à regra, segundo a qual o auditor
executa procedimentos, obtém evidências e chega a conclusões apenas até a data do relatório. Por
ser uma situação excepcional, há que se documentar as circunstâncias identificadas, quais
procedimentos foram executados e quem os aplicou e revisou.
No fluxo normal do trabalho, o auditor deve montar a documentação em arquivo de auditoria e
completar o processo administrativo de montagem do arquivo final de auditoria tempestivamente
após a data do relatório. Após a montagem desse arquivo, ele não apaga nem descarta
documentação de auditoria de qualquer natureza antes do fim do seu período de guarda dessa
documentação (5 anos, no mínimo).
Destacamos o termo “após” acima pelo seguinte motivo: após a montagem do arquivo final não há
que se falar em alteração (de nenhuma natureza) na documentação pelo período de guarda (ou
custódia) da documentação. Como veremos mais à frente na aula (item A22 da NBC TA 230),
durante (reparem na diferença) o processo de montagem do arquivo final, podem ser feitas
alterações na documentação, desde que tais alterações sejam de natureza administrativa!
Outro item da norma muito cobrado em provas é o período de retenção da documentação de
auditoria. Fiquem atentos porque as bancas costumam modificar, ou o período de retenção (não
inferior a 5 anos), ou o termo inicial da contagem desse prazo (data do relatório). Veja:
Para finalizar, iremos explorar itens que já foram objeto de cobranças por diversas bancas e, em
seguida, apresentaremos esquemas com as principais informações a eles correspondentes. Veja:
A3. A documentação de auditoria pode ser registrada em papel, em formatos eletrônicos ou outros.
Exemplos de documentação de auditoria incluem:
(a) programas de auditoria;
(b) análises;
(c) memorandos de assuntos do trabalho;
(d) resumos de assuntos significativos;
(e) cartas de confirmação e representação;
(f) listas de verificação;
(g) correspondências (inclusive correio eletrônico) referentes a assuntos significativos.
O auditor pode incluir resumos ou cópias de registros da entidade (por exemplo, contratos e acordos
significativos e específicos) como parte da documentação de auditoria. A documentação de
auditoria, porém, não substitui os registros contábeis da entidade.
Cuidado: reparem que a documentação pode ser registrada em diferentes formatos como papel,
meio eletrônico e outros. Apesar de o auditor poder utilizar resumos ou cópias de registros da
entidade como parte da documentação, ela jamais substitui os registros contábeis da entidade!
A5. Explicações verbais do auditor, por si só, não representam documentação adequada para o
trabalho executado pelo auditor ou para as conclusões obtidas, mas podem ser usadas para explicar
ou esclarecer informações contidas na documentação de auditoria.
A7. A documentação de auditoria fornece evidências de que a auditoria está em conformidade com as
normas de auditoria. Contudo, não é necessário nem praticável para o auditor documentar todos os
assuntos considerados ou todos os julgamentos profissionais exercidos na auditoria. Além disso, é
desnecessário o auditor documentar separadamente (como em lista de verificação, por exemplo) a
conformidade em assuntos já demonstrada por documentos incluídos no arquivo de auditoria. Por
exemplo:
• a existência de plano de auditoria adequadamente documentado demonstra que o auditor planejou
a auditoria;
• a existência de carta de contratação assinada no arquivo de auditoria demonstra que o auditor e a
administração concordaram com os termos do trabalho de auditoria, ou, quando apropriado, junto
aos responsáveis pela governança;
• o relatório do auditor que contém opinião com ressalva demonstra que o auditor cumpriu o
requisito de expressar opinião com ressalva sob as circunstâncias especificadas nas normas;
• em relação às exigências que se aplicam geralmente ao longo de toda a auditoria, podem haver
várias maneiras pelas quais a conformidade a elas pode ser demonstrada no arquivo de auditoria.
A21. A NBC PA 01, item 45, requer que as firmas de auditoria estabeleçam políticas e procedimentos
para a conclusão tempestiva da montagem dos arquivos de auditoria. Um limite de tempo
apropriado para concluir a montagem do arquivo final de auditoria geralmente não ultrapassa 60
dias após a data do relatório do auditor (NBC PA 01, item A54).
A22. A conclusão da montagem do arquivo final de auditoria após a data do relatório do auditor é
um processo administrativo que não envolve a execução de novos procedimentos de auditoria nem
novas conclusões. Contudo, novas modificações podem ser feitas na documentação de auditoria
durante o processo final de montagem se essas forem de natureza administrativa. Exemplos de tais
modificações incluem:
(a) apagar ou descartar documentação superada;
(b) selecionar, conferir e acrescentar referências cruzadas aos documentos de trabalho;
(c) conferir itens das listas de verificação evidenciando ter cumprido os passos relativos ao processo
de montagem do arquivo;
(d) documentar evidência de auditoria que o auditor obteve, discutiu e com a qual concordou junto
aos membros relevantes da equipe de trabalho antes da data do relatório de auditoria.
A23. A NBC PA 01, item 47, requer que as firmas estabeleçam políticas e procedimentos para a
retenção da documentação de trabalhos. O período de retenção para trabalhos de auditoria
geralmente não é inferior a cinco anos a contar da data do relatório do auditor ou, se posterior, da
data do relatório do auditor do grupo (NBC PA 01, item A61). [grifos não constantes no original]
(c) assuntos significativos identificados durante a auditoria, as conclusões obtidas a respeito deles e
os julgamentos profissionais significativos exercidos para chegar a essas conclusões. [grifo nosso]
III. Item errado. Não há respaldo para tal afirmação nas normas. Entendemos que é necessário
estar explícito o nome do profissional que executou a auditoria.
IV. Item correto. É possível aceitar o item como correto a partir da definição de documentação de
auditoria (registro das conclusões alcançadas pelo auditor) e do item que trata dos assuntos
surgidos após a data do relatório:
c) do planejamento da auditoria.
d) dos registros contábeis fidedignos.
e) do relatório de auditoria.
Comentários:
Questão aborda as finalidades adicionais da documentação da auditoria, segundo a NBC TA 230
(R1). Veja:
3. A documentação de auditoria serve para várias finalidades adicionais, que incluem:
• assistir a equipe de trabalho no planejamento e execução da auditoria;
• assistir aos membros da equipe de trabalho responsáveis pela direção e supervisão do trabalho
de auditoria e no cumprimento de suas responsabilidades de revisão (...);
• permitir que a equipe de trabalho possa ser responsabilizada por seu trabalho;
• manter um registro de assuntos de importância recorrente para auditorias futuras;
• permitir a condução de revisões e inspeções de controle de qualidade em conformidade com a
NBC PA 01 – Controle de Qualidade para Firmas (...);
• permitir a condução de inspeções externas em conformidade com as exigências legais,
regulamentares e outras exigências aplicáveis.[grifo nosso]
Assim, todos os itens enumerados na questão são finalidades adicionais da documentação de
auditoria.
Portanto, alternativa correta é B.
Essa questão poderia ser anulada, pois a própria NBC TA 230 (R1) esclarece que a documentação
de auditoria é usualmente utilizada com a expressão “papéis de trabalho”, o que levaria a questão
apresentar duas alternativas corretas.
Em regra, questões desse tipo não são anuladas porque a banca “blindou” o enunciado com a
expressão “nos termos na NBC TA 230” e se prendeu à literalidade da norma. Vejam que, de fato, a
nomenclatura “oficial” é Documentação de Auditoria, que também é conhecida como Papéis de
Trabalho.
Gabarito: B.
(FGV - ISS Cuiabá – AFTRM – 2016) De acordo com a NBC TA 230, Documentação de Auditoria, o
auditor deve preparar documentação suficiente para que um auditor experiente, sem nenhum
envolvimento anterior com a auditoria, entenda:
I. a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria executados para cumprir com as
normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis.
II. os resultados dos procedimentos de auditoria executados e a evidência de auditoria obtida.
III. os assuntos significativos identificados durante a auditoria, as conclusões obtidas a respeito
deles e os julgamentos profissionais significativos exercidos para chegar a essas conclusões.
4. LISTA DE QUESTÕES
Planejamento da Auditoria
Ao planejar e executar testes de controle, o auditor deve verificar o modo como os controles
foram aplicados ao longo do período, a consistência dos controles e quem os aplicou ou por
quais meios eles foram aplicados.
5. (CESPE – Auditor Estadual (TCM-BA) / Controle Externo – 2018)
No início do planejamento de uma auditoria, a questão crítica é a definição do volume de
informações necessário à obtenção de uma segurança razoável. Essa decisão depende
a) do conhecimento específico sobre a atividade da entidade.
b) do tipo de opinião expressada no relatório final.
c) da quantidade de pessoas envolvidas no trabalho de auditoria.
d) da existência de recursos eletrônicos de informação.
e) do conhecimento da legislação aplicável.
6. (CESPE – Auditor do Estado (CAGE RS) – 2018)
A estratégia global e o plano de auditoria são processos
a) estanques.
b) dependentes.
c) sucessivos.
d) autônomos.
e) relacionados.
7. (CESPE / TRE TO – 2017)
De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à auditoria interna, no
planejamento de uma auditoria, os fatos relevantes que devem ser considerados pelo auditor
na execução dos trabalhos incluem
I o conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de gestão de riscos da entidade.
II o conhecimento detalhado das atividades operacionais e dos sistemas contábil e de
controles internos e seu grau de confiabilidade da entidade.
III a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria interna a serem
aplicados, alinhados com a política de gestão de riscos da entidade.
IV o uso do trabalho de especialistas.
V os riscos de auditoria, quer pelo volume quer pela complexidade das transações e
operações.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas os itens II e V estão certos.
b) Havendo incompatibilidade ou imprevisto, o plano de auditoria deve ser alterado, uma vez
que a estratégia global de auditoria é inalterável.
c) A supervisão dos membros da equipe deve ser realizada ao final dos trabalhos de
levantamento.
d) No caso de auditorias recorrentes, os procedimentos iniciais devem ser aplicados logo após
— ou em conexão com — a conclusão da auditoria anterior.
e) O plano de auditoria deve ser definido antes das discussões a respeito da estratégia global
de auditoria.
14. (CESPE – Contador (DPU) - 2015)
A respeito do planejamento dos trabalhos de auditoria governamental, da fraude e do erro,
dos testes, das técnicas e da amostragem estatística em auditoria, julgue o próximo item.
No planejamento dos trabalhos de auditoria a ser realizada na DPU, além da observância das
normas de auditoria, o auditor deve considerar as normas específicas relativas ao objeto da
auditoria, ainda que tais normas não sejam consideradas na avaliação da materialidade de
distorções encontradas.
15. (FCC / ALAP – 2020)
Uma boa auditoria fundamenta-se em uma etapa de planejamento adequada. As normas
técnicas buscam as melhores práticas quanto a esse importante expediente preparatório. A
NBC TA 300 estabelece que
a) o planejamento da auditoria é responsabilidade exclusiva da administração da entidade,
sem interferência do auditor.
b) o planejamento da auditoria é responsabilidade exclusiva do controle interno.
c) apenas excepcionalmente o auditor deve discutir elementos do planejamento com a
administração da entidade.
d) há a possibilidade de o auditor discutir os elementos do planejamento com a
administração da entidade.
e) há o dever de o auditor discutir os elementos do planejamento com a administração da
entidade.
16. (FCC/ SEFAZ GO – AUDITOR FISCAL – 2018)
A estratégia global de auditoria
(A) orienta os esforços da equipe do trabalho, considerando fatores não significativos.
(B) não deve levar em conta resultados de atividades preliminares nem o conhecimento
obtido em outros trabalhos realizados pelo sócio do trabalho.
(C) deve identificar características do trabalho, desde que não defina o seu alcance.
(D) define o alcance, época e direção de auditoria, para orientar o desenvolvimento do plano
de auditoria.
Os papéis de trabalho obtidos nas auditorias internas são semelhantes em suas finalidades e
importância aos papéis elaborados diretamente pelos auditores internos.
36. (CESPE - Analista Portuário II (EMAP) / Financeira e Auditoria Interna - 2018)
Julgue o item a seguir, relativo à documentação de auditoria.
O término da montagem do arquivo final de auditoria, após a data do relatório do auditor, é
um processo administrativo que não envolve a realização de novos procedimentos de
auditoria nem novas conclusões.
37. (CESPE - Analista Portuário II (EMAP) / Financeira e Auditoria Interna - 2018)
Julgue o item a seguir, relativo à documentação de auditoria.
A forma, o conteúdo e a extensão da documentação de auditoria independem de fatores
como tamanho e complexidade da organização.
38. (CESPE - – TCE PR – ACE/Administração – 2016)
No que se refere à documentação de auditoria, assinale a opção correta.
a) Discussões entre auditor e administração devem ser mantidas em sigilo, devendo,
portanto, ser excluídas da documentação.
b) Procedimentos podem ser executados mesmo depois da conclusão do relatório de
auditoria, desde que sejam devidamente documentados.
c) A documentação de auditoria deve limitar-se aos registros elaborados pelo auditor, para
fins de confirmação da autenticidade.
d) De acordo com as normas em vigor, os termos arquivo de auditoria e documentação de
auditoria são sinônimos.
e) Por exigência da preservação probatória estabelecida nas normas de auditoria, a
documentação de auditoria deve incluir todos os documentos, inclusive versões superadas de
documentos e notas que reflitam entendimento incompleto.
39. (CESPE - Auditor Estadual (TCM-BA) /Controle Externo - 2018)
Na documentação de auditoria, deve-se excluir
a) discussões da equipe de auditoria com a administração e com os responsáveis pela
governança.
b) informação que possa ser considerada inconsistente com a conclusão final da auditoria.
c) registro de procedimentos de auditoria diferentes dos requeridos pelas normas técnicas.
d) cópias anteriores de documentos corrigidos em decorrência de erros tipográficos.
e) razões específicas para modificações na documentação de auditoria ocorridas após a
emissão do relatório.
40. (CESPE - Analista Judiciário (STM) /Contabilidade/Apoio Especializado - 2018)
(D) I, II e IV.
(E) II e III
43. (FCC - AUDITOR FISCAL / SEFAZ GO - 2018)
A documentação de auditoria:
I. Também é conhecida como “papéis de trabalho”.
II. Deve ser preparada de modo que um leigo possa entender a natureza, época e extensão
dos procedimentos de auditoria executados.
III. Deve ser sigilosa, ocultando, por exemplo, o nome do profissional que executou o trabalho
de auditoria.
IV. Trata-se de coleção de papéis para a elaboração do relatório final que pode,
excepcionalmente, conter documentos emitidos após a data desse relatório.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e IV.
(B) I e III.
(C) I e II.
(D) III e IV.
(E) II e IV.
44. (FCC/ ALESE – An. Legislativo/Contabilidade – 2018)
A NBC TA 230 estabelece, no tocante especificamente à forma, conteúdo e extensão da
documentação de auditoria, que o auditor deve preparar documentação de auditoria que
seja suficiente para permitir que um auditor experiente, sem nenhum envolvimento anterior
com a auditoria, entenda
a) a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria executados para cumprir
com as normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis, devendo
registrar, inclusive, as características que identificam os itens ou assuntos específicos
testados, vedados estes registros quando a entidade for instituição financeira.
b) a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria executados, sendo
obrigatório o registro da data em que foi concluída a auditoria, mas vedado o registro da
pessoa que executou o trabalho, exceto quando houver determinação judicial específica
nesse sentido.
c) os resultados dos procedimentos de auditoria executados e a evidência de auditoria
obtida, bem como a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria executados
para cumprir com as normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis,
devendo registrar, inclusive, quem revisou o trabalho de auditoria executado, bem como a
data e extensão de tal revisão.
(A) II, IV e V.
(B) I, III e IV.
(C) II e III.
(D) III, IV e V.
(E) I, II, e V.
50. (FCC/ COPERGAS PE – Contador – 2016)
As demonstrações contábeis do exercício de 2015 da Companhia Distribuidora de Águas
Potáveis do Nordeste serão auditadas pela firma TOC Auditores e Consultoria Contábil. Na
realização dos trabalhos de auditoria, o Auditor deve montar a documentação em arquivo de
auditoria e completar o processo administrativo de montagem do arquivo final de auditoria
tempestivamente. Segundo as Normas de Auditoria – NBC PA 01 e TA 230, um limite de
tempo apropriado para concluir a montagem do arquivo final de auditoria não pode
ultrapassar:
A) 30 dias após a data do relatório do auditor.
B) 40 dias após o término dos trabalhos de auditoria.
C) 60 dias após a data do relatório do auditor.
D) 40 dias após o término dos trabalhos de auditoria
E) 60 dias após a revisão da documentação de auditoria.
51. (FCC/ TRT 23ª Região – An. Jud. – Contabilidade – 2016)
Sobre entidade auditada, considere:
I. Complexidade.
II. Localização.
III. Finalidade social.
IV. Tamanho.
Nos termos da NBC TA 230, a forma, o conteúdo e a extensão da documentação de auditoria
dependem dos fatores que constam em
a) I, II e IV, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) II, III e IV, apenas.
d) I e IV, apenas.
e) I, II e III, apenas.
52. (FCC/ PGE MT – Analista/Contabilidade – 2016)
Segundo a Norma Brasileira de Contabilidade do Trabalho de Auditoria 230 (NBC TA 230) (R1)
não representa documentação adequada para o trabalho executado pelo auditor ou para as
conclusões obtidas, mas, pode ser usada para explicar ou esclarecer informações contidas na
documentação de auditoria:
a) programas de auditoria.
b) análises.
c) memorandos de assuntos do trabalho.
d) listas de verificação.
e) explicações verbais do auditor.
53. (FCC/ TCE-CE – ACE/Contabilidade – 2015)
A Companhia de Distribuição de Alimentos do Nordeste, por exigências legais, contratou o
auditor independente para realizar a auditoria das demonstrações contábeis do exercício de
2014. Com relação à documentação de auditoria, nos termos das NBC TAs, o objetivo do
auditor é preparar documentação que forneça
(A) evidência de que o auditor aplicou procedimentos de auditoria necessários e suficientes
para detectar possíveis fraudes na empresa.
(B) segurança que as demonstrações contábeis estão livres de irregulares que possam
comprometer a credibilidade da empresa.
(C) registro suficiente e apropriado do embasamento do relatório do auditor, e evidências de
que a auditoria foi planejada executada em conformidade com as normas e as exigências
legais e regulamentares aplicáveis.
(D) registro das causas e efeitos da falta de competitividade, quando houver, da empresa no
mercado.
(E) evidência de que os trabalhos foram adequados ao objeto da auditoria e que o auditor é o
responsável pela prevenção e detecção de fraudes e erros.
54. (FCC/ TCE-CE – ACE/Atividade Jurídica – 2015)
Com base na documentação de auditoria normatizada pela NBC TA 230,
a) o auditor deve documentar todos os assuntos considerados ou todos os julgamentos
exercidos na auditoria.
b) é necessário que o auditor documente separadamente a conformidade em assuntos, ainda
que já demonstrada por documentos incluídos no arquivo de auditoria.
c) explicações verbais do auditor, por si só, não representam documentação adequada para o
trabalho executado pelo auditor ou para conclusões obtidas, mas podem ser usadas para
explicar ou esclarecer informações obtidas na documentação de auditoria.
d) a documentação de auditoria deve sempre ser registrada em papel, condição necessária
para comprovar os fundamentos da conclusão do auditor.
2013, não baixadas do saldo. Quanto à evidência de auditoria, nos termos da NBC TA 230, o
auditor deve registrá-la
a) no relatório da auditoria, expressando uma opinião com ressalvas.
b) no livro de ocorrências de achados de auditoria.
c) no relatório da auditoria, expressando uma opinião sem ressalvas.
d) em documentação de Auditoria (papéis de trabalho).
e) no relatório da auditoria, com abstenção de opinião.
58. (FCC/ SEFAZ PE – AFTE -2014)
Na auditoria interna realizada na tesouraria de determinada empresa de produtos
alimentícios, referente à movimentação financeira do mês de agosto de 2014, o auditor
constatou que a empresa pagou três duplicatas sem a devida comprovação de compra ou
recebimento do material. A fim de evidenciar os exames realizados e dar suporte à sua
opinião, críticas, sugestões e recomendações, as informações e provas obtidas no curso da
auditoria serão registrados
(A) nos papeis de trabalho.
(B) no certificado de auditoria.
(C) no relatório de auditoria.
(D) no programa de auditoria.
(E) na ata de conclusão da auditoria.
59. (FCC/ ALEPE – Contabilidade – 2014)
Os papéis de trabalho:
I. devem conter o registro dos procedimentos de auditoria executados, da evidência de
auditoria relevante obtida e das conclusões alcançadas pelo auditor.
II. devem ser preparados de forma suficiente para que sejam compreendidos por qualquer
usuário da informação contábil.
III. têm como objetivo auxiliar a execução dos exames, servir de suporte aos relatórios e
como prova em questões judiciais.
Está correto o que se afirma APENAS em
A) I.
B) II.
C) I e III.
D) I e II.
E) II e III.
60. (FCC/ ALEPE – Contabilidade – 2014)
a) auditor responsável;
b) auditoria interna;
c) administração da entidade auditada;
d) contador da entidade auditada;
e) conselho fiscal.
67. (FGV / TJ PI – An. Judiciário – Apoio Esp. – Auditor – 2015)
Os papéis de trabalho devem ser organizados conforme sua finalidade. São consideradas
comuns:
I. Pasta permanente;
II. Pasta corrente;
III. Pasta de análise das contas;
IV. Pasta de correspondência.
Constitui um exemplo de papel de trabalho que compõe a pasta corrente:
a) análise da evolução do capital social;
b) controles do fluxo de informações;
c) descrição do sistema em escrituração contábil;
d) estatuto da entidade auditada e suas alterações;
e) planejamento do trabalho.
68. (FGV / CGE MA – Auditor do Estado – 2014)
Assinale a alternativa que indica a finalidade para a qual é usada a documentação de
auditoria.
a) Assistir a equipe de trabalho na aplicação dos procedimentos de elaboração do plano de
auditoria e para conhecimento da entidade auditada.
b) Permitir que a equipe de trabalho não possa ser responsabilizada por seu trabalho, em
possíveis questionamentos da auditoria.
c) Manter um registro de assuntos de importância recorrente para auditorias futuras, quando
não houver a aceitação da empresa auditada.
d) Permitir a condução de inspeções internas em conformidade com as exigências legais,
regulamentares e outras exigências aplicáveis.
e) Assistir aos membros da equipe de trabalho responsáveis pela direção e supervisão do
trabalho de auditoria no cumprimento de suas responsabilidades de revisão.
69. (FGV / DPE RJ – Técnico Superior Especializado – Ciências Contábeis – 2014)
Analise as seguintes afirmativas sobre os papeis de trabalho de auditoria:
I. Devem ser arquivados com relação ao seu tipo: permanente, confidencial e corrente.
II. Tem como uma de suas finalidades evidenciar o trabalho feito e as conclusões emitidas.
III. Os papeis de trabalho que não contenham inconformidades nos testes ou que não sejam
conclusivos devem ser removidos e arquivados à parte dos demais papéis de trabalho.
Assinale se
a) somente I estiver correta.
b) somente I e II estiverem corretas.
c) I, II e III estiverem corretas.
d) somente II estiver correta.
e) somente III estiver correta.
70. (FGV - ISS Cuiabá – AFTRM – 2014)
De acordo com a NBC TA 230, Documentação de Auditoria, se, após a data do relatório, o
auditor obtiver outras conclusões, deve documentar as informações apresentadas a seguir, à
exceção de uma. Assinale-a.
a) As circunstâncias identificadas e os procedimentos novos ou adicionais executados.
b) O motivo pelo qual não se obtiveram as conclusões mais recentes em um primeiro
momento.
c) As novas conclusões alcançadas e seu efeito sobre o relatório do auditor.
d) O momento em que as modificações resultantes da documentação de auditoria foram
executadas e revisadas.
e) Por quem as modificações resultantes da documentação de auditoria foram executadas e
revisadas.
5. GABARITO
Planejamento da Auditoria
Gabarito: “A”.
6. (CESPE – Auditor do Estado (CAGE RS) – 2018)
A estratégia global e o plano de auditoria são processos
a) estanques.
b) dependentes.
c) sucessivos.
d) autônomos.
e) relacionados.
Comentários
O planejamento de auditoria se divide em duas partes: estratégia global (amplo) e plano de
auditoria (restrito). O auditor deve estabelecer uma estratégia global de auditoria que defina
o alcance, a época e a direção da auditoria, para orientar o desenvolvimento do plano de
auditoria.
nessa fase deve ser avaliado o risco de não se atingir o objetivo dos trabalhos, mesmo
seguindo todo o planejamento e aplicando corretamente os procedimentos de auditoria.
Veja:
12.2.2 – Riscos da Auditoria Interna
12.2.2.1 – A análise dos riscos da Auditoria Interna deve ser feita na fase de planejamento
dos trabalhos; estão relacionados à possibilidade de não se atingir, de forma satisfatória, o
objetivo dos trabalhos. Nesse sentido, devem ser considerados, principalmente, os seguintes
aspectos:[...] [grifo nosso]
Gabarito: “CERTO”.
9. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) – 2018)
Julgue o item a seguir, relativo ao planejamento de auditoria.
O planejamento para a realização de auditorias deve ser documentado e os programas de
trabalho formalmente preparados, sendo necessário constar nesse planejamento
informações suficientes para a compreensão dos procedimentos que deverão ser executados
pelos auditores.
Comentários
Segundo a NBC TI 01, o auditor deve documentar o planejamento com informações
suficientes para execução dos procedimentos de auditoria. Veja:
12.2.1.3 – O planejamento deve ser documentado e os programas de trabalho formalmente
preparados, detalhando-se o que for necessário à compreensão dos procedimentos que serão
aplicados, em termos de natureza, oportunidade, extensão, equipe técnica e uso de
especialistas.
12.2.1.4 – Os programas de trabalho devem ser estruturados de forma a servir como guia e
meio de controle de execução do trabalho, devendo ser revisados e atualizados sempre que
as circunstâncias o exigirem. [grifo nosso]
Gabarito: “CERTO”.
10. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) – 2018)
Julgue o item a seguir, relativo ao planejamento de auditoria.
Na fase de planejamento, um dos aspectos a serem considerados na análise de risco é a
extensão da responsabilidade do auditor interno no uso dos trabalhos de especialistas.
Comentários
Segundo a NBC TI 01, o auditor deve considerar diversos fatores na fase do planejamento, em
especial, a extensão da responsabilidade do auditor interno no uso dos trabalhos de
especialistas atrelada ao risco de auditoria interna. Veja:
12.2.2 – Riscos da Auditoria Interna
12.2.2.1 – A análise dos riscos da Auditoria Interna deve ser feita na fase de planejamento
dos trabalhos; estão relacionados à possibilidade de não se atingir, de forma satisfatória, o
objetivo dos trabalhos. Nesse sentido, devem ser considerados, principalmente, os seguintes
aspectos:
a) a verificação e a comunicação de eventuais limitações ao alcance dos procedimentos da
Auditoria Interna, a serem aplicados, considerando o volume ou a complexidade das
transações e das operações;
b) a extensão da responsabilidade do auditor interno no uso dos trabalhos de especialistas.
[grifo nosso]
Gabarito: “CERTO”.
11. (CESPE – Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) – 2018)
Julgue o item a seguir, relativo ao planejamento de auditoria.
Os principais aspectos não atrelados aos riscos, mas que deverão ser observados na fase de
planejamento incluem a verificação e a comunicação de eventuais limitações relacionadas
aos procedimentos da auditoria interna, tendo em vista o volume ou a complexidade das
transações e das operações.
Comentários
Como visto acima, a verificação e comunicação de limitações eventuais ao alcance dos
procedimentos de auditoria, considerando o volume ou a complexidade das transações e
operações, é um aspecto que deve ser considerado na análise dos riscos da Auditoria Interna.
Portanto, a questão erra ao dizer que esse é um aspecto não atrelado aos riscos.
12.2.2 – Riscos da Auditoria Interna
12.2.2.1 – A análise dos riscos da Auditoria Interna deve ser feita na fase de planejamento
dos trabalhos; estão relacionados à possibilidade de não se atingir, de forma satisfatória, o
objetivo dos trabalhos. Nesse sentido, devem ser considerados, principalmente, os seguintes
aspectos:
a) a verificação e a comunicação de eventuais limitações ao alcance dos procedimentos da
Auditoria Interna, a serem aplicados, considerando o volume ou a complexidade das
transações e das operações;
b) a extensão da responsabilidade do auditor interno no uso dos trabalhos de especialistas.
[grifo nosso]
Gabarito: “ERRADO”.
12. (CESPE – Auditor (FUB) – 2013)
De acordo com as Normas Brasileiras para o Exercício da Auditoria Interna e com a Resolução
CFC n.º 986/2003, julgue o item que se segue.
No planejamento dos trabalhos da auditoria interna, cabe ao próprio setor definir a extensão
e profundidade dos exames, mas é a administração que determina a época da realização de
cada trabalho.
Comentários
Item errado. A responsabilidade pelo planejamento é do próprio auditor. É no planejamento
que são definidos a amplitude e a época do trabalho a ser realizado. A administração da
entidade, por sua vez, traça as diretrizes (não é ela que determina a época de realização de
cada trabalho). Veja:
12.2.1 – Planejamento da Auditoria Interna
12.2.1.1 – O planejamento do trabalho da Auditoria Interna compreende os exames
preliminares das áreas, atividades, produtos e processos, para definir a amplitude e a época
do trabalho a ser realizado, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela administração
da entidade. [NBC TI 01] [Grifo nosso]
Gabarito: “ERRADO”.
13. (CESPE – Perito Criminal (PC PE)/Ciências Contábeis / Área 8 - 2016)
A respeito das atividades preliminares ao trabalho de auditoria das demonstrações contábeis,
assinale a opção correta.
a) É vedada a realização de auditoria com apenas um profissional, ainda que ele seja o
responsável pela entidade de auditoria.
b) Havendo incompatibilidade ou imprevisto, o plano de auditoria deve ser alterado, uma vez
que a estratégia global de auditoria é inalterável.
c) A supervisão dos membros da equipe deve ser realizada ao final dos trabalhos de
levantamento.
d) No caso de auditorias recorrentes, os procedimentos iniciais devem ser aplicados logo após
— ou em conexão com — a conclusão da auditoria anterior.
e) O plano de auditoria deve ser definido antes das discussões a respeito da estratégia global
de auditoria.
Comentários
Questão aborda aspectos das atividades preliminares ao trabalho de auditoria das
demonstrações contábeis na fase de planejamento, segundo a NBC TA 300 (R1). Analisando
cada alternativa:
Letra A) ERRADA. Não existe previsão normativa dessa vedação. Do contrário, há essa
previsão (realização de auditoria por um único profissional – sócio do trabalho) no item A17
da NBC TA 300 (R1), especificamente para entidades de pequeno porte. Vejamos: “quando a
auditoria é realizada integralmente pelo sócio do trabalho, não se colocam questões de
direção e supervisão dos membros da equipe de trabalho e de revisão do seu trabalho. (...)
Quando existem assuntos particularmente complexos ou incomuns e a auditoria é realizada
por um único profissional, pode ser recomendável a consulta a outros auditores com
experiência adequada ou à entidade profissional dos auditores”.
Letra B) ERRADA. Tanto o plano quanto a estratégia global devem ser atualizados e alterados,
quando necessário, segundo inteligência do item 10 da NBC TA 300 (R1). Veja:
10. O auditor deve atualizar e alterar a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria
sempre que necessário no curso da auditoria. [grifo nosso]
Letra C) ERRADA. Não existe tal previsão nas normas de auditoria. Entendemos que essa
supervisão deve ser realizada no início do planejamento, facilitando a direção dos membros
da equipe de trabalho e a revisão do seu trabalho.
Letra D) CORRETA. A NBC TA 300 está escrita no contexto de auditorias recorrentes (e não
iniciais). A assertiva está em conformidade com a inteligência do item A7, da NBC TA 300
(R1). Veja:
==14f3b7==
Gabarito: “D”.
18. (FCC/ TCE RS - Auditor Público Externo - Administração Pública - 2018)
O controle que funciona é o controle preventivo, o controle substantivo, que elege
prioridades e acompanha paripassu a execução de projetos. O controle que funciona é aquele
que orienta, esclarece e alerta, que concentra e aprofunda sua fiscalização naquilo que é
essencial, mediante critérios de materialidade, relevância, risco e oportunidade. (LIMA, Luiz
Henrique. O Controle da Responsabilidade Fiscal e os Desafios para os Tribunais de Contas
em Tempos de Crise. In: LIMA, Luiz Henrique; DE OLIVEIRA, Weder; CAMARGO, João Batista.
Contas Governamentais e Responsabilidade Fiscal: Desafios para o Controle Externo. Belo
Horizonte: Fórum, 2017, p.135)
Acerca da materialidade e planejamento em auditoria, assevera-se:
A) O planejamento, como etapa antecedente e isolada da auditoria, consiste primeiramente
na identificação dos riscos de distorções relevantes e subsequentemente na determinação da
materialidade.
[...]
Comentários
Assertiva ERRADA. O planejamento da auditoria NÃO é uma fase isolada, mas um processo
contínuo e interativo que vai da conclusão da auditoria anterior até o fechamento da
auditoria atual – item A2, NBC TA 300 (R1).
Gabarito: “ERRADA”.
19. (FCC/ SEFAZ MA – AFRE – 2016)
O documento que inclui a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a
serem realizados pelos membros da equipe de trabalho é denominado de
(A) roteiro de auditoria.
(B) plano de auditoria.
(C) papeis de trabalho.
(D) normas de auditoria.
(E) estratégia para execução dos trabalhos.
Comentários
De acordo com o item 9 da NBC TA 300 (R1), além da Estratégia Global, o auditor deve ainda
desenvolver o plano de auditoria, que inclui a descrição de:
(a) a natureza, a época e a extensão dos PROCEDIMENTOS planejados de avaliação de risco;
(b) a natureza, a época e a extensão dos PROCEDIMENTOS adicionais de auditoria planejados
no nível de afirmação;
(c) outros PROCEDIMENTOS de auditoria planejados e necessários para que o trabalho esteja
em conformidade com as normas de auditoria.
Vejam que, de maneira geral, o desenvolvimento do Plano de Auditoria está intimamente
relacionado à descrição da natureza, época e extensão dos PROCEDIMENTOS de auditoria.
Gabarito: “B”.
20. (FCC/ CGM São Luís – Auditor de Controle Externo – 2015)
Considere os fatores abaixo.
I. Conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de gestão de riscos da entidade.
II. Existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas que estejam no âmbito dos
trabalhos de Auditoria Interna.
III. O conhecimento do resultado e das providências tomadas em relação a trabalhos
anteriores, semelhantes e relacionados.
Esses fatores são relevantes na execução dos trabalhos de auditoria, especificamente para a
fase de
a) planejamento.
b) comunicação de resultados.
c) testes de auditoria.
d) especificação de resultados.
Pois bem, meus amigos. Vejamos o trecho da norma que fornece a base para resolvermos a
questão:
12.2.1.2 – O planejamento deve considerar os fatores relevantes na execução dos trabalhos,
especialmente os seguintes:
a) o conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de gestão de riscos da entidade
(...)
Pelo exposto, nosso gabarito é claramente a letra C.
Percebam que o conceito acima também está em linha com o que prevê diversos pontos da
NBC TA 300 (R1), especialmente o item A2 (abaixo transcrito):
A2. Planejamento não é uma fase isolada da auditoria, mas um processo contínuo e iterativo,
que muitas vezes começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior,
continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual. Entretanto, o planejamento inclui
a consideração da época de certas atividades e procedimentos de auditoria que devem ser
concluídos antes da realização de procedimentos adicionais de auditoria. Por exemplo, o
planejamento inclui a necessidade de considerar, antes da identificação e avaliação pelo
auditor dos riscos de distorções relevantes, aspectos como:
(a) os procedimentos analíticos a serem aplicados como procedimentos de avaliação de risco;
b) obtenção de entendimento global da estrutura jurídica e o ambiente regulatório aplicável à
entidade e como a entidade cumpre com os requerimentos dessa estrutura;
(c) a determinação da materialidade;
(d) o envolvimento de especialistas;
(e) a aplicação de outros procedimentos de avaliação de risco.
Gabarito: “C”.
25. (FCC/ TCE PR – Analista de Controle – Jurídica – 2011)
A fase da auditoria em que se determina o momento da realização de cada uma das tarefas é
chamada de
a) planejamento.
b) análise de risco.
c) estudo de caso.
d) evidenciação.
e) seleção de programa de trabalho.
Comentários
Em diferentes trechos da NBC TA 300, é dito que o auditor deve determinar a “época” de
diversos elementos (direção da auditoria, recursos necessários para realizar o trabalho,
procedimentos de auditoria, etc. Podemos entender essa “época” como “momento”. Veja:
Assinale:
a) se somente as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas II, III e IV estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas I, III e IV estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Comentários
O item 2 da NBC TA 300 (R1) diz que “o planejamento da auditoria envolve a definição de
estratégia global para o trabalho e o desenvolvimento de plano de auditoria. Um
planejamento adequado é benéfico para a auditoria das demonstrações contábeis de várias
maneiras, inclusive para
• Auxiliar o auditor a dedicar atenção apropriada às áreas importantes da auditoria –
ITEM I CORRETO;
• Auxiliar o auditor a identificar e resolver tempestivamente problemas potenciais – ITEM
II CORRETO;
• Auxiliar o auditor a organizar adequadamente o trabalho de auditoria para que seja
realizado de forma eficaz e eficiente – ITEM III CORRETO;
• Auxiliar na seleção dos membros da equipe de trabalho com níveis apropriados de
capacidade e competência para responderem aos riscos esperados e na alocação
apropriada de tarefas – ITEM IV ERRADO (foi utilizada a palvra “evidências”, ao invés
de “riscos”);
• Facilitar a direção e a supervisão dos membros da equipe de trabalho e a revisão do seu
trabalho;
• Auxiliar, se for o caso, na coordenação do trabalho realizado por outros auditores e
especialistas.”.
O enunciado traz praticamente a literalidade do item acima descrito.
Gabarito: “B”.
30. (FGV / Pref. Recife – ACI – Finanças Públicas – 2014)
De acordo com a NBC TA 300, o auditor, ao desenvolver o plano de auditoria, deve descrever
a) a avaliação da conformidade com os requisitos éticos, inclusive independência, conforme
exigido pela NBC TA 220.
b) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no
nível de afirmação, conforme previsto na NBC TA 330.
c) os procedimentos para entendimento dos termos do trabalho, conforme exigido pela NBC
TA 210.
Item errado. A primeira parte da questão está correta, já que os papéis de trabalho
(documentação de auditoria) podem referir-se tanto a fase de planejamento, quanto à etapa
de execução da auditoria. O erro está na segunda parte, pois a avaliação dos controles
internos e a revisão contábil são feitas na fase de execução da auditoria, e não do
planejamento.
Gabarito: “ERRADO”.
35. (CESPE – Contador (DPU) - 2016)
Em relação aos papéis de trabalho, tipos de auditoria no setor público e eventos
subsequentes, julgue o item que se segue.
Os papéis de trabalho obtidos nas auditorias internas são semelhantes em suas finalidades e
importância aos papéis elaborados diretamente pelos auditores internos.
Comentários
Item certo. Documentação de auditoria é o registro dos procedimentos de auditoria
executados, da evidência de auditoria relevante obtida e conclusões alcançadas pelo auditor
(usualmente também é utilizada a expressão “papéis de trabalho”). Segue mapa com as
finalidades dos papéis de trabalhos, sejam eles obtidos nas auditorias, ou elaborados
diretamente pelos auditores. Veja:
Ressalte-se que não há norma de auditoria - interna ou externa - que faça distinção acerca
das finalidades e da importância entre os papéis de trabalho obtidos nas auditorias (ou seja,
fornecidos ao auditor pela própria entidade ou mesmo por terceiros) e aqueles elaborados
diretamente pelos auditores.
Gabarito: “CERTO”.
36. (CESPE - Analista Portuário II (EMAP) / Financeira e Auditoria Interna - 2018)
Julgue o item a seguir, relativo à documentação de auditoria.
O término da montagem do arquivo final de auditoria, após a data do relatório do auditor, é
um processo administrativo que não envolve a realização de novos procedimentos de
auditoria nem novas conclusões.
Comentários
Item certo. Questão trata da montagem do arquivo final de auditoria. De acordo com a
norma, o auditor deve montar a documentação em arquivo de auditoria e completar o
processo administrativo de montagem do arquivo final de auditoria tempestivamente após a
data do relatório. Reparem que a montagem do arquivo final é um processo quase que
mecânico. Nesse processo, não devem ser efetuados novos procedimentos e nem tampouco
devem ser extraídas novas conclusões. Há ressalvas quanto a modificações de natureza
administrativa, podendo essas serem feitas durante a montagem do arquivo final (exemplo:
descarte de documentação superada). Vejamos os itens correspondentes:
Montagem do arquivo final de auditoria
14. O auditor deve montar a documentação em arquivo de auditoria e completar o processo
administrativo de montagem do arquivo final de auditoria tempestivamente após a data do
relatório do auditor.
A22. A conclusão da montagem do arquivo final de auditoria após a data do relatório do
auditor é um processo administrativo que não envolve a execução de novos procedimentos
de auditoria nem novas conclusões. Contudo, novas modificações podem ser feitas na
documentação de auditoria durante o processo final de montagem se essas forem de
natureza administrativa. Exemplos de tais modificações incluem:
(a) apagar ou descartar documentação superada;
(b) selecionar, conferir e acrescentar referências cruzadas aos documentos de trabalho;
(c) conferir itens das listas de verificação evidenciando ter cumprido os passos relativos ao
processo de montagem do arquivo;
(d) documentar evidência de auditoria que o auditor obteve, discutiu e com a qual concordou
junto aos membros relevantes da equipe de trabalho antes da data do relatório de auditoria.
[Grifo nosso]
Gabarito: “CERTO”.
37. (CESPE - Analista Portuário II (EMAP) / Financeira e Auditoria Interna - 2018)
Julgue o item a seguir, relativo à documentação de auditoria.
A forma, o conteúdo e a extensão da documentação de auditoria independem de fatores
como tamanho e complexidade da organização.
Comentários
Item errado. O item trata dos fatores que devem ser levados em consideração na preparação
da documentação de auditoria (sua forma, conteúdo e extensão). Segundo a NBC TA 230(R1):
A2. A forma, o conteúdo e a extensão da documentação de auditoria dependem de fatores
como:
(a) tamanho e complexidade da entidade;
(b) natureza dos procedimentos de auditoria a serem executados;
(c) riscos identificados de distorção relevante;
(d) importância da evidência de auditoria obtida;
(e) natureza e extensão das exceções identificadas;
(f) necessidade de documentar a conclusão ou a base da conclusão não prontamente
determinável a partir da documentação do trabalho executado ou da evidência de auditoria
obtida;
(g) metodologia e as ferramentas de auditoria usadas. [grifo nosso]
Nesse tipo de questão devemos nos preocupar com a literalidade da norma. Dessa forma,
concluímos que a forma, o conteúdo e a extensão da documentação de auditoria dependem
do tamanho e da complexidade da entidade.
Gabarito: “ERRADO”.
38. (CESPE - – TCE PR – ACE/Administração – 2016)
No que se refere à documentação de auditoria, assinale a opção correta.
a) Discussões entre auditor e administração devem ser mantidas em sigilo, devendo,
portanto, ser excluídas da documentação.
b) Procedimentos podem ser executados mesmo depois da conclusão do relatório de
auditoria, desde que sejam devidamente documentados.
c) A documentação de auditoria deve limitar-se aos registros elaborados pelo auditor, para
fins de confirmação da autenticidade.
d) De acordo com as normas em vigor, os termos arquivo de auditoria e documentação de
auditoria são sinônimos.
e) Por exigência da preservação probatória estabelecida nas normas de auditoria, a
documentação de auditoria deve incluir todos os documentos, inclusive versões superadas de
documentos e notas que reflitam entendimento incompleto.
Comentários
Vejamos a seguir os comentários de cada assertiva:
Letra A - Errada. De acordo com o item 10 da NBC TA 230 (R1), temos o contrário, ou seja, “O
auditor deve documentar discussões de assuntos significativos com a administração, os
responsáveis pela governança e outros, incluindo a natureza dos assuntos significativos
discutidos e quando e com quem as discussões ocorreram”.
Letra B – Correta (nosso gabarito). O item 13 da NBC TA 230 (R1) trata dos “assuntos surgidos
após a data do relatório do auditor”. Em seus termos, “se, em circunstâncias excepcionais, o
auditor executar procedimentos novos ou adicionais ou chegar a outras conclusões após a
data do relatório, o auditor deve documentar: (a) as circunstâncias identificadas; (b) os
procedimentos novos ou adicionais executados, a evidência de auditoria obtida e as novas
conclusões alcançadas, e seu efeito sobre o relatório do auditor; e (c) quando e por quem as
modificações resultantes da documentação de auditoria foram executadas e revisadas”.
Letra C - Errada. Nos termos do item A14 da NBC TA 230 (R1), “A documentação não se limita
aos registros elaborados pelo auditor, mas podem incluir outros registros apropriados, como
minutas de reuniões elaboradas pelo pessoal da entidade e acordadas com o auditor. O
auditor pode discutir assuntos significativos com outros empregados da entidade e terceiros,
como pessoas que prestam serviço de consultoria”.
Letra D - Errada. Vimos ao longo de nossa aula que isso não é verdade. Vamos relembrar:
-- Documentação de auditoria (papéis de trabalho): registro dos procedimentos, evidências e
conclusões.
-- Arquivo de auditoria: pasta que contém os registros que constituem a documentação de
auditoria.
Letra E - Errada. Nos termos do item A4 da NBC TA 230 (R1), “O auditor não precisa incluir na
documentação de auditoria versões superadas de papéis de trabalho e demonstrações
contábeis, notas que reflitam entendimento incompleto ou preliminar, cópias anteriores de
documentos corrigidos em decorrência de erros tipográficos ou de outro tipo de documentos
em duplicata”.
Gabarito: “B”.
39. (CESPE - Auditor Estadual (TCM-BA) /Controle Externo - 2018)
Na documentação de auditoria, deve-se excluir
Percebam que somente a “III” apresenta um erro sutil, pois a documentação de auditoria
permite que a equipe de trabalho possa responsabilizada (e não "exonerada de
responsabilidade").
Portanto, alternativa correta é D.
Gabarito: “D”.
43. (FCC - AUDITOR FISCAL / SEFAZ GO - 2018)
A documentação de auditoria:
I. Também é conhecida como “papéis de trabalho”.
II. Deve ser preparada de modo que um leigo possa entender a natureza, época e extensão
dos procedimentos de auditoria executados.
III. Deve ser sigilosa, ocultando, por exemplo, o nome do profissional que executou o trabalho
de auditoria.
IV. Trata-se de coleção de papéis para a elaboração do relatório final que pode,
excepcionalmente, conter documentos emitidos após a data desse relatório.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e IV.
(B) I e III.
(C) I e II.
(D) III e IV.
(E) II e IV.
Comentários
Questão aborda aspectos gerais de documentação de auditoria, segundo a NBC TA 230(R1).
Analisando cada item:
I. Item correto. Segundo a NBC TA 230(R1):
6. Para fins das normas de auditoria, os seguintes termos possuem os significados atribuídos
abaixo:
(a) Documentação de auditoria é o registro dos procedimentos de auditoria executados, da
evidência de auditoria relevante obtida e conclusões alcançadas pelo auditor (usualmente
também é utilizada a expressão “papéis de trabalho”).
II. Item errado. Não é um leigo que deve ser capaz de entender os procedimentos
executados, mas um auditor experiente.
Segundo a NBC TA 230(R1):
8. O auditor deve preparar documentação de auditoria que seja suficiente para permitir que
um auditor experiente, sem nenhum envolvimento anterior com a auditoria, entenda:
(a) a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria executados para cumprir
com as normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis;
(b) os resultados dos procedimentos de auditoria executados e a evidência de auditoria
obtida; e
(c) assuntos significativos identificados durante a auditoria, as conclusões obtidas a respeito
deles e os julgamentos profissionais significativos exercidos para chegar a essas conclusões.
III. Item errado. Não há respaldo para tal afirmação nas normas. Entendemos que é
necessário estar explícito o nome do profissional que executou a auditoria.
IV. Item correto. É possível aceitar o item como correto a partir da definição de
documentação de auditoria (registro das conclusões alcançadas pelo auditor), segundo a NBC
TA 230(R1), e do item que trata dos assuntos surgidos após a data do relatório. Veja:
13.
Se, em circunstâncias excepcionais, o auditor executar procedimentos novos ou adicionais ou
chegar a outras conclusões após a data do relatório, o auditor deve documentar:
Comentários
Questão utiliza parte do que acabamos de apresentar na anterior (item 8 da NBC TA 230 R1) e
mais um pouco (item 9 da NBC TA 230 R1). Vejamos:
Item 8. O auditor deve preparar documentação de auditoria que seja suficiente para permitir
que um auditor experiente, sem nenhum envolvimento anterior com a auditoria, entenda:
(a) a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria executados para cumprir
com as normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis;
(b) os resultados dos procedimentos de auditoria executados e a evidência de auditoria
obtida; e
(c) assuntos significativos identificados durante a auditoria, as conclusões obtidas a respeito
deles e os julgamentos profissionais significativos exercidos para chegar a essas conclusões.
Item 9. Ao documentar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria
executados, o auditor deve registrar:
(a) as características que identificam os itens ou assuntos específicos testados;
(b) quem executou o trabalho de auditoria e a data em que foi concluído;
(c) quem revisou o trabalho de auditoria executado e a data e extensão de tal revisão.
Pela literalidade dos itens trazidos acima, nosso gabarito só pode ser a letra C. Reparem que
o item 9 define o que o deve ser documentado especificamente em relação aos
procedimentos executados. Vamos analisar os erros das demais assertivas:
a) a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria executados para cumprir
com as normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis, devendo
registrar, inclusive, as características que identificam os itens ou assuntos específicos
testados, vedados estes registros quando a entidade for instituição financeira. Não existe
previsão normativa para tal vedação.
b) a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria executados, sendo
obrigatório o registro da data em que foi concluída a auditoria, mas vedado o registro da
pessoa que executou o trabalho, exceto quando houver determinação judicial específica
nesse sentido. O item 9, “b”, diz que deve ser documentado quem executou o trabalho e a
data em que foi concluído.
d) assuntos significativos identificados durante a auditoria, as conclusões obtidas a respeito
deles e os julgamentos profissionais significativos exercidos para chegar a essas conclusões,
sendo facultativa a documentação da discussão destes assuntos, quando mantidas apenas
com os responsáveis pela governança da entidade, mas vedada, em qualquer caso, a
identificação da pessoa com quem as discussões ocorreram.
10. O auditor deve documentar discussões de assuntos significativos com a administração, os
responsáveis pela governança e outros, incluindo a natureza dos assuntos significativos
discutidos e quando e com quem as discussões ocorreram.
e) do relatório de auditoria.
Comentários
Questão aborda as finalidades adicionais da documentação da auditoria, segundo a NBC TA
230(R1). Veja:
3. A documentação de auditoria serve para várias finalidades adicionais, que incluem:
• assistir a equipe de trabalho no planejamento e execução da auditoria;
• assistir aos membros da equipe de trabalho responsáveis pela direção e supervisão do
trabalho de auditoria e no cumprimento de suas responsabilidades de revisão em
conformidade com a NBC TA 220 – Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações
Contábeis;
• permitir que a equipe de trabalho possa ser responsabilizada por seu trabalho;
• manter um registro de assuntos de importância recorrente para auditorias futuras;
• permitir a condução de revisões e inspeções de controle de qualidade;
• permitir a condução de inspeções externas em conformidade com as exigências legais,
regulamentares e outras exigências aplicáveis. [Grifos nossos]
Assim, todos os itens enumerados na questão são finalidades adicionais da documentação de
auditoria.
Gabarito: “B”.
48. (FCC/ TST – An. Jud. – Contador – 2017)
Um auditor independente, durante os trabalhos de auditoria, julgou necessário NÃO atender
um requisito relevante de uma norma. Nesse caso, nos termos da NBC TA 230, ele deve
a) trancar a auditoria e refazer o planejamento.
b) justificar ao auditado a opção do não atendimento.
c) reorganizar a extensão dos procedimentos de auditoria executados.
d) reavaliar os resultados dos procedimentos de auditoria executados.
e) documentar como os procedimentos alternativos executados cumprem a finalidade do
requisito não atendido.
Comentários
Questão interessante, que trata de situação atípica, qual seja: não atendimento de requisito
relevante de norma específica. Vejamos os itens correspondentes da norma:
Item 12. Se, em circunstâncias excepcionais, o auditor julgar necessário não atender um
requisito relevante de uma norma, ele deve documentar como os procedimentos alternativos
de auditoria executados cumprem a finalidade desse requisito, e as razões para o não
atendimento.
Gabarito: “E”.
49. (FCC/ SEFAZ MA – Auditor Fiscal – 2016)
Nas auditorias das demonstrações contábeis o auditor deve preparar tempestivamente a
documentação de auditoria. Quanto à forma, ao conteúdo e à extensão, o auditor deve levar
em conta, entre outros, os seguintes fatores:
I. Resultado de auditorias anteriores e os ajustes promovidos pela entidade.
II. Natureza dos procedimentos de auditoria a serem executados.
III. Volume dos recursos e a importância das transações realizadas pela entidade.
IV. Riscos identificados de distorção relevante.
V. Tamanho e complexidade da entidade.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) II, IV e V.
(B) I, III e IV.
(C) II e III.
(D) III, IV e V.
(E) I, II, e V.
Comentários
Questão aborda um assunto recorrentemente cobrado pela FCC. Trata-se dos fatores que
influenciam a forma, o conteúdo e a extensão da documentação de auditoria. Vejamos o que
diz o item A2 da NBC TA 230:
“A forma, o conteúdo e a extensão da documentação de auditoria dependem de fatores
como:
(a) tamanho e complexidade da entidade;
(b) natureza dos procedimentos de auditoria a serem executados;
(c) riscos identificados de distorção relevante;
(d) importância da evidência de auditoria obtida;
(e) natureza e extensão das exceções identificadas;
(f) necessidade de documentar a conclusão ou a base da conclusão não prontamente
determinável a partir da documentação do trabalho executado ou da evidência de auditoria
obtida;
(g) metodologia e as ferramentas de auditoria usadas”.
Os itens II, IV e V são os únicos que constam no rol trazido pelo item A2 da norma
supracitada.
Gabarito: “A”.
50. (FCC/ COPERGAS PE – Contador – 2016)
As demonstrações contábeis do exercício de 2015 da Companhia Distribuidora de Águas
Potáveis do Nordeste serão auditadas pela firma TOC Auditores e Consultoria Contábil. Na
realização dos trabalhos de auditoria, o Auditor deve montar a documentação em arquivo de
auditoria e completar o processo administrativo de montagem do arquivo final de auditoria
tempestivamente. Segundo as Normas de Auditoria – NBC PA 01 e TA 230, um limite de
tempo apropriado para concluir a montagem do arquivo final de auditoria não pode
ultrapassar:
A) 30 dias após a data do relatório do auditor.
B) 40 dias após o término dos trabalhos de auditoria.
C) 60 dias após a data do relatório do auditor.
D) 40 dias após o término dos trabalhos de auditoria
E) 60 dias após a revisão da documentação de auditoria.
Comentários
Questão trata do prazo para conclusão da montagem do arquivo final de auditoria. Vejamos
os itens correspondentes da norma:
Item A21. A NBC PA 01, item 45, requer que as firmas de auditoria estabeleçam políticas e
procedimentos para a conclusão tempestiva da montagem dos arquivos de auditoria. Um
limite de tempo apropriado para concluir a montagem do arquivo final de auditoria
geralmente não ultrapassa 60 dias após a data do relatório do auditor
Temos que guardar 2 informações importantes aqui. A primeira é o prazo propriamente dito
(60 dias); a segunda é o início da contagem do prazo (data do relatório de auditoria). Uma
terceira informação relevante é que esse limite de tempo “geralmente não ultrapassa” 60
dias. Já a questão assevera que o prazo “não pode ultrapassar” (de forma taxativa), motivo
pelo qual a questão foi ANULADA. Na prova você marcaria letra C e “segue o baile”.
Gabarito: “ANULADA”.
51. (FCC/ TRT 23ª Região – An. Jud. – Contabilidade – 2016)
Sobre entidade auditada, considere:
I. Complexidade.
II. Localização.
III. Finalidade social.
IV. Tamanho.
Nos termos da NBC TA 230, a forma, o conteúdo e a extensão da documentação de auditoria
dependem dos fatores que constam em
a) I, II e IV, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) II, III e IV, apenas.
d) I e IV, apenas.
e) I, II e III, apenas.
Comentários
Mais uma que exige conhecimento dos fatores que influenciam a forma, o conteúdo e a
extensão da documentação de auditoria. Veja mais uma vez o que diz o item A2 da NBC TA
230:
“A forma, o conteúdo e a extensão da documentação de auditoria dependem de fatores
como:
(a) tamanho e complexidade da entidade;
(b) natureza dos procedimentos de auditoria a serem executados;
(c) riscos identificados de distorção relevante;
(d) importância da evidência de auditoria obtida;
(e) natureza e extensão das exceções identificadas;
(f) necessidade de documentar a conclusão ou a base da conclusão não prontamente
determinável a partir da documentação do trabalho executado ou da evidência de auditoria
obtida;
(g) metodologia e as ferramentas de auditoria usadas”.
Gabarito: “D”.
52. (FCC/ PGE MT – Analista/Contabilidade – 2016)
Segundo a Norma Brasileira de Contabilidade do Trabalho de Auditoria 230 (NBC TA 230) (R1)
não representa documentação adequada para o trabalho executado pelo auditor ou para as
conclusões obtidas, mas, pode ser usada para explicar ou esclarecer informações contidas na
documentação de auditoria:
a) programas de auditoria.
b) análises.
c) memorandos de assuntos do trabalho.
d) listas de verificação.
e) explicações verbais do auditor.
Comentários
Questão bem direta, resolvível com conhecimento do item A5 da NBC TA 230 (R1). Veja:
A5. Explicações verbais do auditor, por si só, não representam documentação adequada
para o trabalho executado pelo auditor ou para as conclusões obtidas, mas podem ser usadas
para explicar ou esclarecer informações contidas na documentação de auditoria.
Gabarito: “E”.
53. (FCC/ TCE-CE – ACE/Contabilidade – 2015)
A Companhia de Distribuição de Alimentos do Nordeste, por exigências legais, contratou o
auditor independente para realizar a auditoria das demonstrações contábeis do exercício de
2014. Com relação à documentação de auditoria, nos termos das NBC TAs, o objetivo do
auditor é preparar documentação que forneça
(A) evidência de que o auditor aplicou procedimentos de auditoria necessários e suficientes
para detectar possíveis fraudes na empresa.
(B) segurança que as demonstrações contábeis estão livres de irregulares que possam
comprometer a credibilidade da empresa.
(C) registro suficiente e apropriado do embasamento do relatório do auditor, e evidências de
que a auditoria foi planejada executada em conformidade com as normas e as exigências
legais e regulamentares aplicáveis.
(D) registro das causas e efeitos da falta de competitividade, quando houver, da empresa no
mercado.
(E) evidência de que os trabalhos foram adequados ao objeto da auditoria e que o auditor é o
responsável pela prevenção e detecção de fraudes e erros.
Comentários
Questão sobre os objetivos do Auditor Independente relacionados à documentação. Vale
ressaltar que quase todas as NBC TA trazem, em seu corpo, o Objetivo do Auditor
relacionados ao tema tratado (documentação, amostragem, planejamento, etc.).
Nos termos do item 5 da NBC TA 230, o “objetivo do auditor é preparar documentação que
forneça:
(a) registro suficiente e apropriado do embasamento do relatório do auditor; e
(b) evidências de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas
e as exigências legais e regulamentares aplicáveis”.
Gabarito: “C”.
54. (FCC/ TCE-CE – ACE/Atividade Jurídica – 2015)
Com base na documentação de auditoria normatizada pela NBC TA 230,
a) o auditor deve documentar todos os assuntos considerados ou todos os julgamentos
exercidos na auditoria.
b) é necessário que o auditor documente separadamente a conformidade em assuntos, ainda
que já demonstrada por documentos incluídos no arquivo de auditoria.
c) explicações verbais do auditor, por si só, não representam documentação adequada para o
trabalho executado pelo auditor ou para conclusões obtidas, mas podem ser usadas para
explicar ou esclarecer informações obtidas na documentação de auditoria.
d) a documentação de auditoria deve sempre ser registrada em papel, condição necessária
para comprovar os fundamentos da conclusão do auditor.
e) a precisão da documentação elaborada pelo auditor independe se foi feita de forma
tempestiva ou após a realização do trabalho de auditoria.
Comentários
Questão bacana que traz diversos pontos interessantes da norma. Vejamos a seguir os
comentários de cada assertiva:
A - Errada. O Item A7 da NBC TA 230 diz justamente o contrário. Vejamos:
Item A7. A documentação de auditoria fornece evidências de que a auditoria está em
conformidade com as normas de auditoria. Contudo, não é necessário nem praticável para o
auditor documentar todos os assuntos considerados ou todos os julgamentos profissionais
exercidos na auditoria. Além disso, é desnecessário o auditor documentar separadamente
(como em lista de verificação, por exemplo) a conformidade em assuntos já demonstrada por
documentos incluídos no arquivo de auditoria.
B - Errada. Acabamos de apresentar o item A7 da norma. Reparem na parte final que diz ser
desnecessário essa documentação em separado de assuntos cuja conformidade restou
demonstrada por documentos já incluídos no arquivo de auditoria.
C - Correta. É exatamente o que diz o importante item A5 da norma. Vejamos:
Item A5. Explicações verbais do auditor, por si só, não representam documentação adequada
para o trabalho executado pelo auditor ou para as conclusões obtidas, mas podem ser usadas
para explicar ou esclarecer informações contidas na documentação de auditoria.
D - Errada. De acordo com o também importante item A3 da norma, “a documentação de
auditoria pode ser registrada em papel, em formatos eletrônicos ou outros. Exemplos de
documentação de auditoria incluem: (a) programas de auditoria; (b) análises; (c)
memorandos de assuntos do trabalho; (d) resumos de assuntos significativos; (e) cartas de
confirmação e representação; (f) listas de verificação; (g) correspondências (inclusive correio
eletrônico) referentes a assuntos significativos (...)”.
Cabe aqui um destaque para a parte final do item A3, não cobrada nessa questão
especificamente. Vejamos: “(...) O auditor pode incluir resumos ou cópias de registros da
entidade (por exemplo, contratos e acordos significativos e específicos) como parte da
documentação de auditoria. A documentação de auditoria, porém, não substitui os registros
contábeis da entidade”. Parece óbvia essa não substituição dos registros contábeis pela
documentação de auditoria, mas os examinadores tentam – de forma recorrente – fazer você
acreditar no contrário. Portanto, meus amigos, fiquem ligados!
E) II e III.
Comentários
Questão traz umas “cascas de banana” nos itens II e III. Vejamos cada item a seguir:
Item I – Correto. Tenho até vergonha de trazer novamente esse conceito (rs). Já vimos
anteriormente que essa é exatamente a letra do item 6 da NBC TA 230.
Item II – Errado de acordo com o item 8 da NBC TA 230, a seguir descrito:
Item 8. O auditor deve preparar documentação de auditoria que seja suficiente para permitir
que um auditor experiente, sem nenhum envolvimento anterior com a auditoria, entenda:
(a) a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria executados para cumprir
com as normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis;
(b) os resultados dos procedimentos de auditoria executados e a evidência de auditoria
obtida; e
(c) assuntos significativos identificados durante a auditoria, as conclusões obtidas a respeito
deles e os julgamentos profissionais significativos exercidos para chegar a essas conclusões.
Ora, a documentação de auditoria deve ser preparada de maneira que um auditor experiente
(e não um usuário qualquer – por isso a incorreção do item) entenda os procedimentos
executados, as evidências e as conclusões obtidas. Fiquem ligados ainda no termo
“suficiente”, que já foi objeto de cobrança em questões (da FCC inclusive).
Item III – Correto. Item bem difícil e, de certa forma, controverso. Vejamos cada parte do
item separadamente. Os papéis de trabalho têm como objetivo:
• Auxiliar a execução dos exames – correto, nos termos do item 5 da NBC TA 230, que trata
das finalidades adicionais dos papéis de trabalho. Consta no rol do item 5 o seguinte:
“assistir a equipe de trabalho no planejamento e execução da auditoria”.
• Servir de suporte aos relatórios – igualmente correto (e óbvio, em certa medida). O item 5
da NBC TA 230 diz que o objetivo do auditor é preparar documentação de auditoria que
forneça registro suficiente e apropriado do embasamento do relatório do auditor.
• Servir como prova em questões judiciais. Aqui reside a controvérsia da questão. Não há tal
previsão expressa nas normas de auditoria. Encontramos registros na doutrina que dizem
que os papéis de trabalho têm como objetivo “representar na justiça as evidências do
trabalho executado, acumular provas necessárias para suportar o parecer do auditor”.
Portanto a banca considerou o item como correto. Aliás, a banca já defendeu esse
argumento como correto em outras ocasiões.
Gabarito: “C”.
60. (FCC/ ALEPE – Contabilidade – 2014)
Os papéis de trabalho devem ter abrangência e detalhamento para propiciar a compreensão
do planejamento de auditoria em grau
a) suficiente.
b) adequado.
c) relevante.
d) exato.
e) relativo.
Comentários
Vimos os alertando para a expressão “suficiente” prevista no item 8 da NBC TA 230 (R1). Veja
mais uma vez:
8. O auditor deve preparar documentação de auditoria que seja suficiente para permitir que
um auditor experiente, sem nenhum envolvimento anterior com a auditoria, entenda [...]
Gabarito: “A”.
61. (FCC/ TCE PR – Analista de Controle – Jurídica – 2011)
Sobre os papéis de trabalho é correto afirmar que são
a) de propriedade da empresa ou órgão auditado.
b) documentos elaborados pelo auditor na fase que antecede o planejamento da auditoria.
c) o conjunto de formulários que contém os apontamentos obtidos pelo auditor durante o
seu exame.
d) as atividades desempenhadas por cada integrante do grupo de auditoria.
e) os documentos, selecionados pelo auditor, que devem ficar arquivados por, pelo menos,
dez anos após a emissão do parecer de auditoria.
Comentários
Letra A: ERRADA. Assertiva trata de um importante ponto previsto na NBC PA 01: a
propriedade da documentação de auditoria. Saibam de pronto, meus amigos, que a
propriedade da documentação de trabalho é da firma de auditoria, e não da entidade
auditada! Vejamos o que diz o item A63 da NBC PA 01 – Controle de Qualidade para Firmas
de Auditores Independentes:
Item A63. A documentação do trabalho é de propriedade da firma. A firma pode, a seu
critério, disponibilizar partes ou trechos da documentação do trabalho aos clientes, desde que
essa divulgação não prejudique a validade do trabalho realizado ou, no caso de trabalhos de
asseguração, a independência da firma ou do seu pessoal.
Quando a norma diz “firma”, podemos entender como sendo um único profissional ou uma
sociedade de pessoas que atuam como auditor independente.
Letra B: ERRADA. Os documentos são elaborados ao longo de toda a auditoria.
Letra C: CORRETO. Definição não está errada, mas é incompleta, principalmente pelo que
atualmente é previsto pela NBC TA 230 (R1). Sabemos que a documentação é algo mais
I- Pasta permanente: inclui todos os papéis que são de importância de importância diária e
contínua, ano após ano para consulta, por conterem dados sobre o sistema, área ou objeto
da auditoria. Exemplos: histórico da empresa, estatuto, composição do capital social,
informações contábeis, dos sistemas contábeis e operacionais e ainda informações relativas a
participação da empresa no mercado.
II- Pasta corrente: é composta de todos os papéis do exercício em curso. Exemplos:
planejamento do trabalho, balancetes, demonstrações contábeis e análise de contas etc.
[grifo nosso].
I- Pasta permanente: inclui todos os papéis que são de importância de importância diária e
contínua, ano após ano para consulta, por conterem dados sobre o sistema, área ou objeto
da auditoria. Exemplos: histórico da empresa, estatuto, composição do capital social,
informações contábeis, dos sistemas contábeis e operacionais e ainda informações relativas a
participação da empresa no mercado.
II- Pasta corrente: é composta de todos os papéis do exercício em curso. Exemplos:
planejamento do trabalho, balancetes, demonstrações contábeis e análise de contas etc.
[grifo nosso].
Pelo exposto, o planejamento dos trabalhos é exemplo de documentação do tipo corrente. As
demais assertivas referem-se a exemplos de documentação do tipo permanente.
Gabarito: “E”.
68. (FGV / CGE MA – Auditor do Estado – 2014)
Assinale a alternativa que indica a finalidade para a qual é usada a documentação de
auditoria.
a) Assistir a equipe de trabalho na aplicação dos procedimentos de elaboração do plano de
auditoria e para conhecimento da entidade auditada.
b) Permitir que a equipe de trabalho não possa ser responsabilizada por seu trabalho, em
possíveis questionamentos da auditoria.
c) Manter um registro de assuntos de importância recorrente para auditorias futuras, quando
não houver a aceitação da empresa auditada.
d) Permitir a condução de inspeções internas em conformidade com as exigências legais,
regulamentares e outras exigências aplicáveis.
e) Assistir aos membros da equipe de trabalho responsáveis pela direção e supervisão do
trabalho de auditoria no cumprimento de suas responsabilidades de revisão.
Comentários
Questão aborda as finalidades adicionais da documentação da auditoria, segundo a NBC TA
230 (R1). Para facilitar o entendimento, podemos imaginar que as finalidades adicionais são
de 3 tipos: assistência (assistir a equipe no planejamento e execução dos trabalhos; manter
registro de assuntos com importância recorrente), responsabilização (permitir que a equipe
possa ser responsabilizada) e revisão (permitir a revisão dos trabalhos, o controle de
qualidade e ainda inspeções externas). Vejamos o que diz a norma:
3. A documentação de auditoria serve para várias finalidades adicionais, que incluem:
• assistir a equipe de trabalho no planejamento e execução da auditoria;
Item III ERRADO. Não há uma regra no sentido de que o auditor deve remover da
documentação papéis que não apresentaram inconformidades nos testes ou que sejam
inconclusivos. Se, em seu julgamento, o auditor considerar que algum desses papéis é
relevante para o entendimento geral dos trabalhos, eles devem ser mantidos!
Gabarito: “D”.
70. (FGV - ISS Cuiabá – AFTRM – 2014)
De acordo com a NBC TA 230, Documentação de Auditoria, se, após a data do relatório, o
auditor obtiver outras conclusões, deve documentar as informações apresentadas a seguir, à
exceção de uma. Assinale-a.
a) As circunstâncias identificadas e os procedimentos novos ou adicionais executados.
b) O motivo pelo qual não se obtiveram as conclusões mais recentes em um primeiro
momento.
c) As novas conclusões alcançadas e seu efeito sobre o relatório do auditor.
d) O momento em que as modificações resultantes da documentação de auditoria foram
executadas e revisadas.
e) Por quem as modificações resultantes da documentação de auditoria foram executadas e
revisadas.
Comentários
Em situações normais, o auditor não executa novos testes, ou tampouco chega a novas
conclusões, após a data de seu relatório. Em circunstâncias excepcionais, no entanto, isso é
possível. Nesse caso, deve-se documentar as circunstâncias identificadas; os novos
procedimentos, evidências e conclusões alcançadas; e ainda quando e por quem as mudanças
foram executadas e revisadas. Vejamos o que diz a NBC TA 230 (R1):
13. Se, em circunstâncias excepcionais, o auditor executar procedimentos novos ou adicionais
ou chegar a outras conclusões após a data do relatório, o auditor deve documentar:
(a) as circunstâncias identificadas;
(b) os procedimentos novos ou adicionais executados, a evidência de auditoria obtida e as
novas conclusões alcançadas, e seu efeito sobre o relatório do auditor; e
(c) quando e por quem as modificações resultantes da documentação de auditoria foram
executadas e revisadas.
Pelo exposto, a única assertiva que não está de acordo com a norma é a letra B.
Gabarito: “B”.
2) Quais as atividades que devem ser realizadas pelo auditor no início do trabalho de auditoria
corrente?
Resposta: o auditor deve realizar as seguintes atividades no início do trabalho de auditoria
corrente:
a) realizar procedimentos de Controle de Qualidade;
b) avaliação da conformidade com os requisitos éticos, inclusive independência;
c) estabelecer entendimento dos termos do trabalho.
10) Cite aspectos que o planejamento deve considerar antes da identificação e avaliação pelo
auditor dos riscos de distorções relevantes?
a) os procedimentos analíticos a serem aplicados como procedimentos de avaliação de risco;
13) Como (em que contexto) o auditor deve preparar a documentação de auditoria?
Resposta: o auditor deve preparar tempestivamente documentação de auditoria que seja
suficiente para permitir que um auditor experiente*, sem nenhum envolvimento anterior com a
auditoria, entenda:
(a) a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria executados para cumprir com as
normas e exigências legais e regulamentares aplicáveis;
(b) os resultados dos procedimentos de auditoria executados e a evidência de auditoria obtida; e
(c) assuntos significativos identificados durante a auditoria, as conclusões obtidas a respeito deles e
os julgamentos profissionais significativos exercidos para chegar a essas conclusões.
*Auditor experiente é um indivíduo (interno ou externo à firma de auditoria) que possui experiência
prática de auditoria e conhecimento razoável de: (i) processos de auditoria; (ii) normas de auditoria
e exigências legais e regulamentares aplicáveis; (iii) ambiente de negócios em que opera a
entidade; e (iv) assuntos de auditoria e de relatório financeiro relevantes ao setor de atividade da
entidade.
17) Qual o limite de tempo apropriado para concluir a montagem do arquivo final de auditoria?
Resposta: Um limite de tempo apropriado para concluir a montagem do arquivo final de auditoria
geralmente não ultrapassa 60 dias após a data do relatório do auditor.
2.
3.
4.
Finalidades do planejamento:
5.
6.
7.
8.
A área da auditoria
9.
10.
11.
12.
13.
9. BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Programa de aprimoramento profissional em Auditoria -
proaudi. Auditoria Governamental. Brasília, DF. 2011. Disponível em:
<http://portal.tcu.gov.br/biblioteca-digital/curso-de-auditoria-governamental-1.htm>. Acesso em
30 de janeiro de 2019.
_______. Tribunal de Contas da União. Glossário de termos do controle externo. Brasília, 2012.
Disponível em: <http://portal.tcu.gov.br/comunidades/fiscalizacao-e-controle/normas-de-
auditoria-do-tcu. Acesso em 30 de janeiro de 2019.
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 8ªedição. São Paulo:
Atlas, 2012.
ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 5ª edição. São Paulo: Atlas, 2010.
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 10ª edição. São Paulo: Atlas, 2016.