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Quarta-feira, 5 de Abril de 2023 I Série – N.

º 60

DIÁRIO DA REPÚBLICA
ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA
Preço deste número - Kz: 340,00
Toda a correspondência, quer oficial, quer ASSINATURA O preço de cada linha publicada nos Diários
relativa a anúncio e assinaturas do «Diário . Ano da República 1.ª e 2.ª série é de Kz: 75.00 e para
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SUMÁRIO PRESIDENTE DA REPÚBLICA


Presidente da República
Carta de Ratificação n.º 1/23: Carta de Ratificação n.º 1/23
Dá por firme e válido o Acordo de Cooperação entre o Governo da de 5 de Abril
República de Angola e o Governo da República de Cuba sobre
a Transferência de Pessoas Condenadas a Penas Privativas de Eu, João Manuel Gonçalves Lourenço, Presidente da
Liberdade e garante que será rigorosamente observado. República de Angola;
Decreto Presidencial n.º 90/23: Faço saber que:
Aprova o Memorando de Entendimento em Matéria de Cooperação no A Assembleia Nacional, nos termos das disposições
domínio do Comércio, Investimento e Promoção Industrial entre combinadas da alínea k) do artigo 161.º e da alínea f) do
o Governo da República de Angola e o Governo da República da
n.º 2 do artigo 166.º, ambos da Constituição da República
Namíbia.
de Angola, aprovou para Ratificação, pela República de
Decreto Presidencial n.º 91/23:
Aprova o Regulamento das Sociedades Cooperativas de Crédito. —
Angola, o Acordo de Cooperação entre o Governo da
Revoga o Decreto Presidencial n.º 22/11, de 19 de Janeiro, e toda a República de Angola e o Governo da República de Cuba
legislação que contrarie o disposto no presente Diploma. sobre a Transferência de Pessoas Condenadas a Penas
Despacho Presidencial n.º 60/23: Privativas de Liberdade, através da Resolução n.º 17/21,
Aprova o Acordo de Financiamento entre a República de Angola, de 1 de Abril.
representada pelo Ministério das Finanças, e o Sindicato Bancário Dando cumprimento às formalidades legais necessárias
constituído pelo Banco Atlântico Europa, S.A., agindo como Agente
de Financiamento, Banco BAI Europa, S.A. e o Banco Comercial
para a sua Ratificação;
Português, no valor global de € 31 869 655,97, com a garantia do Nos termos da alínea c) do artigo 121.º da Constituição da
Banco Português do Fomento, para a materialização do Projecto República de Angola e do n.º 1 do artigo 17.º da Lei n.º 4/11,
de Restauro e Apetrechamento da Fortaleza de São Francisco do de 14 de Janeiro;
Penedo, e autoriza a Ministra das Finanças, com a faculdade de
subdelegar, a assinar o referido Acordo de Financiamento e toda
Dou-o por firme e válido e garanto que será rigorosa-
documentação relacionada com o mesmo. mente observado.
Despacho Presidencial n.º 61/23: Em testemunho de que, mando passar a presente Carta,
Aprova o Acordo de Financiamento entre a República de Angola, repre- que vai por mim assinada e autenticada com o selo branco
sentada pelo Ministério das Finanças, e o Banco Caixa Geral de da República de Angola.
Depósitos — CGD, no valor global de € 123 236 996,81, com a
garantia do Banco Português do Fomento, para a materialização do Feita em Luanda, aos 30 de Março de 2023.
Projecto para a Conclusão e Reparação da Auto-Estrada do N’Zeto O Presidente da República, João Manuel Gonçalves
— Soyo, e autoriza a Ministra das Finanças, com a faculdade de
subdelegar, a assinar o referido Acordo de Financiamento e toda
Lourenço. (23-2345-A-PR)
documentação relacionada com o mesmo.
Despacho Presidencial n.º 62/23: Decreto Presidencial n.º 90/23
Aprova o Acordo de Financiamento entre a República de Angola, repre- de 5 de Abril
sentada pelo Ministério das Finanças, e a instituição financeira
portuguesa Banco BPI, no valor global de € 149 846 223,94, com a Considerando as excelentes relações de cooperação exis-
garantia do Banco Português do Fomento, para a materialização do tentes entre a República de Angola e a República da Namíbia,
Projecto da Circular do Lubango, e autoriza a Ministra das Finanças,
com a faculdade de subdelegar, a assinar o referido Acordo de baseadas no respeito mútuo, nos princípios e objectivos da
Financiamento e toda documentação relacionada com o mesmo. Carta das Nações Unidas;
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Havendo a necessidade de reforçar a cooperação ins- Cientes de que o presente Memorando de Entendimento
titucional nas áreas do comércio de bens, serviços e visa promover a cooperação económica bilateral entre os
investimentos, particularmente em matérias de política dois Países, na base da igualdade de direitos e benefícios
industrial, mediante o intercâmbio de informações e conhe- mútuos e em conformidade com as leis nacionais, do Direito
cimento, materializáveis através de programas, projectos e e Princípios do Comércio Internacional e da Comunidade de
acções concretas identificadas e aprovadas pelas Partes; Desenvolvimento da África Austral — SADC;
Atendendo o disposto na Lei n.º 4/11, de 14 de Janeiro, Reconhecendo a necessidade de se estabelecer um quadro
sobre os Tratados Internacionais; jurídico bilateral conducente à expansão e diversificação do
O Presidente da República decreta, nos termos da alí- comércio de bens, serviços, investimentos e o desenvolvimento
nea c) do artigo 121.º e do n.º 1 do artigo 125.º, ambos da industrial entre os dois Países, com objetivo de promover e
Constituição da República de Angola, o seguinte: assegurar o desenvolvimento sustentável das duas economias;
ARTIGO 1.º Desejosos em continuar a aproximação e reconciliação
(Aprovação) dos interesses em vários subsectores cobertos pelo domínio
É aprovado o Memorando de Entendimento em Matéria industrial e comercial, com vista a determinar as relevantes
de Cooperação no domínio do Comércio, Investimento áreas para a futura cooperação;
e Promoção Industrial entre o Governo da República de Considerando que o presente Memorando de Entendimento
Angola e o Governo da República da Namíbia, anexo ao reconhece a importância do papel das indústrias na criação de
presente Decreto Presidencial, de que é parte integrante. empregos, valores acrescentados e redução da pobreza, assim
como no desenvolvimento económico em ambas as Partes;
ARTIGO 2.º
(Dúvidas e omissões) As Partes acordam em celebrar o presente Memorando
de Entendimento com base nos termos e princípios constan-
As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e apli-
tes nos artigos abaixo discriminados:
cação do presente Diploma são resolvidas pelo Presidente da
República. ARTIGO 1.º
(Objectivo)
ARTIGO 3.º
(Entrada em vigor) 1. Promover a cooperação institucional nas áreas do
comércio de bens, serviços, investimentos e, particular-
O presente Decreto Presidencial entra em vigor na data
mente, em matérias de política industrial, mediante o inter-
da sua publicação. câmbio de informação e conhecimento, materialização,
Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, através de programas, projectos e acções concretas identifi-
aos 22 de Fevereiro de 2023. cadas e aprovados pelas Partes;
Publique-se. 2. Criar um quadro jurídico favorável à promoção e
desenvolvimento da cooperação, bem como estabelecer
Luanda, aos 22 de Março de 2023. mecanismos que incentivem os interesses no Sector Privado,
O Presidente da República, João Manuel Gonçalves das Pequenas e Médias Empresas — PME’s e o seu engaja-
Lourenço. mento na implementação de várias actividades.
ARTIGO 2.º
(Âmbito da cooperação)
MEMORANDO DE ENTENDIMENTO
ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA 1. As relações de cooperação institucionais abarcam, prefe-
DE ANGOLA, REPRESENTADO PELO rencialmente, as áreas abaixo descritas, sem prejuízo de outras
MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO, que possam vir a ser identificadas por acordo das Partes:
E O GOVERNO DA REPÚBLICA DA NAMÍBIA, Política Industrial, com intercâmbio de informação e
REPRESENTADO PELO MINISTÉRIO conhecimento sobre:
DA INDUSTRIALIZAÇÃO E COMÉRCIO a) Estratégias, programas, projectos de desenvolvi-
(ADIANTE DESIGNADAS COLECTIVAMENTE mento industrial e gestão de polos industriais;
COMO «PARTES» E SINGULARMENTE b) Fomento e desenvolvimento de iniciativas para a
COMO «PARTE») SOBRE A COOPERAÇÃO criação de Clusters industriais estratégicos;
NO DOMÍNIO DO COMÉRCIO, INVESTIMENTO c) Fomento do empreendedorismo;
E PROMOÇÃO INDUSTRIAL d) Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas —
Preâmbulo MPMEs;
e) Matérias relativas à geração de valor agregado no
O Ministério da Indústria e Comércio da República de
sector industrial;
Angola e o Ministério da Industrialização e Comércio da
f) Facilitação de programas de transferência de tec-
República da Namíbia; nologia, em conformidade com diferentes níveis
Considerando os laços de amizade existentes e as obriga- de desenvolvimento industrial das Partes, bem
ções do Acordo Geral de Cooperação entre os dois Governos, como a promoção de valores acrescentados dos
assinado em 1991, bem como a firme vontade das Partes produtos no território da outra Parte, através das
em colaborarem para o desenvolvimento económico e bem- competentes instituições de desenvolvimento
-estar dos seus cidadãos; tecnológico.
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2. Política de financiamento industrial, com intercâmbio b) Sensibilizar, estimular e apoiar os empresários a


de informação e conhecimento sobre: participarem nas feiras comerciais internacio-
a) Estratégias, programas e políticas de financiamento nais, regionais e locais;
industrial; c) Promover a cooperação entre as câmaras de comér-
b) Política de atracção de investimentos no domínio cios e indústria dos respectivos Países,
industrial. d) Promover a criação de centro de comércio como
3. Operacionalização de instituições de apoio à política agentes verdadeiros de desenvolvimento, livre
industrial, concernentes ao: circulação de bens e serviços de forma assegurar
a) Licenciamento e cadastro industrial; a dinâmica económica de ambos os Países;
b) Tecnologia e inovação industrial; e) Providenciar uma lista indicativa de produtos
c) Ambiente e segurança industrial; nacionais com interesse de exportação para
d) Propriedade industrial, marcas e patentes; ambos os mercados.
e) Normalização e garantia da qualidade; ARTIGO 5.º
(Financiamento dos programas)
f) Acreditação; e
g) Formação e capacitação de quadros. 1. O financiamento dos programas/projectos do presente
4. Política comercial, com intercâmbio de informação e Memorando Entendimento será garantido da seguinte forma:
conhecimento sobre: 1.1. Orçamento disponível das Partes do presente
a) Estratégias, programas, projectos de apoio ao Memorando de Entendimento; e
desenvolvimento comercial e gestão de infra- 1.2. Financiamento das Organizações Internacionais.
-estruturas logísticas; 2. As responsabilidades financeiras resultantes das
b) Facilitação de formação no âmbito da gestão implementações serão acordados antecipadamente pelas
Partes, por escrito, sendo consideradas parte integrante do
empresarial, empreendedorismo e habilidades
presente Memorando de Entendimento.
técnicas viradas ao desenvolvimento, em prol
dos quadros operadores comerciais; ARTIGO 6.º
(Comité Técnico Conjunto)
c) Assistência técnica e apoio jurídico, técnico e
institucional necessário para o desenvolvimento 1. As Partes deverão criar um Comité Técnico Conjunto
dos programas identificados no sentido de serem (adiante designada de Comissão), responsável pela supervisão
implementados; e implementação do presente Memorando de Entedimento.
d) Promoção da facilitação do comércio, com vista 2. A Comissão terá o seguinte mandato:
a eliminar os desequilíbrios e intensificação da a) Identificar sectores de cooperação como acordado
cooperação mutuamente vantajosa; entre as Partes;
e) Promoção e desenvolvimento das actividades b) Desenvolver um plano de acção para a implemen-
comerciais no meio rural. tação do presente Memorando de Entendimento;
ARTIGO 3.º c) Coordenar e supervisionar a implementação do
(Desenvolvimento das matérias industriais, plano de acção acordado no âmbito do presente
comércio e investimento) Memorando de Entendimento;
1. As Partes têm de envidar esforços no sentido de cria- d) Considerar as questões de interesse mútuo que
rem condições favoráveis para o desenvolvimento industrial, advém da implementação do presente Memo-
comercial e de serviços, através do investimento dos respec- rando de Entendimento;
tivos operadores económicos. e) Apresentar relatórios de progresso dos projectos
2. As Partes deverão examinar as áreas mencionadas, que identificados e negociados ao abrigo do presente
tenham influência sobre relações económicas bilaterais ou Memorando de Entendimento;
interesses, referentes à indústria, comércio e investimento f) Preparar o plano de acção baseado nos projectos,
em Países terceiros. programas e acções identificadas por ambas Par-
3. Promoção do desenvolvimento industrial, comercial e tes para operacionalizar o presente Memorando
serviços, através do investimento entre os Sectores Privados de Entendimento;
de ambos os Países; g) Apresentar o programa indicativo de cooperação insti-
tucional e empresarial, anual e detalhado, incluindo
ARTIGO 4.º
(Facilitação do comércio) os projectos, recursos técnicos, humanos e financei-
ros, necessários para a sua materialização.
Para a promoção da facilitação do comércio entre os dois
3. As reuniões da Comissão serão realizadas nas datas a
Países, as partes decidem: serem acordadas, alternadamente no território de uma das
a) Seguir as acções em conformidade com as reco- Partes.
mendações do Protocolo do Comércio da SADC, 4. A Comissão será co-presidida pelo Alto Funcionário
de forma a poderem beneficiar das vastas opor- designado pelo Ministério da Industrialização e Comércio,
tunidades do comércio existentes em ambos os no caso da Namíbia, e pelo Ministério da Indústria e
Países e reduzir o desequilíbrio comercial; Comércio, no caso de Angola.
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5. A Comissão deverá determinar as suas regras de ARTIGO 11.º


(Emendas)
procedimento.
ARTIGO 7.º O presente Memorando de Entendimento poderá ser
(Consultas) emendado de tempo em tempo, através de troca de notas,
1. As Partes deverão realizar reuniões e consultas regu- após discussões e mediante um acordo entre as Partes.
lares sobre questões inerentes aos objectivos do presente ARTIGO 12.º 
Memorando de Entendimento a pedido de qualquer uma das (Resoluções de litígios)
Partes. Qualquer litígio entre as Partes resultantes da inter-
2. A data, agenda e nível de consultas será determinada pretação ou implementação do presente Memorando de
pela Comissão num período razoável.
Entendimento, ou qualquer emenda feita por escrito, será
3. As Partes deverão custear as despesas decorrentes das
resolvida amigavelmente, através de negociações e consul-
viagens e locais relativas às consultas e à implementação de
tas, e por via diplomática.
quaisquer aspectos deste Memorando de Entendimento, bem
como despesas afins. Todas as despesas relacionadas com ARTIGO 13.º
(Endereços)
providências protocolares e administrativas para reuniões
serão suportadas pela Parte acolhedora. Todas as correspondências, no âmbito deste Memorando,
4. Caso haja necessidade de as reuniões se realizarem deverão ser feitas por escrito, correio electrónico, através
num terceiro país, as despesas relacionadas com as provi- dos endereços abaixo indicados:
dências protocolares e administrativa serão custeadas por Angola:
ambas as Partes em partes iguais, salvo se as Partes acorda- Gabinete Jurídico e Intercâmbio;
rem o contrário.
Ministério da Indústria e Comércio;
5. Os Oficiais a serem designados pelas Partes serão res-
Edifício Palácio de Vidro;
ponsáveis, juntamente com as respectivas embaixadas, pela
coordenação e acompanhamento das questões inerentes à Largo 4 de Fevereiro;
implementação e manutenção do presente Memorando de Luanda, Angola.
Entendimento. Namíbia:
ARTIGO 8.º Secretário Permanente;
(Confidencialidade) Ministério da Industrialização e Comércio;
As Partes comprometem-se a manter sigilo de qualquer Block B, Brendan Simbwaye Square;
documento confidencial, ou dados obtidos no intercâmbio 11 Goethe Street;
de informação entre as Partes no decurso das negociações Windhoek;
e implementação deste Memorando de Entendimento, e em P.O. Box 13340;
não divulgar, na íntegra ou parcialmente, as informações Windhoek, Namibia;
classificadas a terceiros, sem o consentimento, por escrito, Tel: +264 61 283 7332, Fax: +264 61 220 227;
da outra Parte. P.O Box 13340;
ARTIGO 9.º Windhoek, Namibia;
(Legislação em vigor)
Tel: +264 61 283 7332, Fax: +264 61 220 227.
Qualquer actividade a ser desenvolvida no âmbito deste
ARTIGO 14.º
Memorando de Entendimento, no território de uma das (Provisões finais)
Partes, será regida pelas leis desta.
As provisões deste Memorando não deverão afectar os
ARTIGO 10.º
(Duração, renovação e rescisão) direitos e obrigações, nem prejudicar o direito adquirido por
uma das Partes nos acordos em vigor com Países terceiros
1. O presente Memorando de Entendimento entrará em
ou entre si.
vigor após o cumprimento das formalidades internas em
ambos os países e será válido por um período de 5 (cinco) Em testemunho do que os plenipotenciários, devida-
anos, automaticamente renováveis por iguais e sucessivos mente autorizados pelos seus respectivos Governos, assinam
períodos, salvo se uma das Partes manifestar a intenção de e selam o presente Memorando de Entendimento, em dois
o revogar, devendo, para o efeito, notificar, por escrito, a exemplares originais em línguas portuguesa e inglesa, sendo
outra Parte por via diplomática, com antecedência mínima ambos os textos igualmente autênticos.
de 3 (três) meses. Feito em Luanda, aos 15 de Fevereiro de 2022.
2. O término do presente Memorando de Entendimento Pelo Governo da República de Angola, Victor Francisco
não deverá afectar a conclusão de qualquer projecto e pro- dos Santos Fernandes — Ministro da Indústria e Comércio.
grama acordado entre as Partes ao abrigo deste Memorando Pelo Governo da República da Namíbia, Lucia Magano
de Entendimento, salvo se as Partes decidam, por escrito, o Iipumbi — Ministra da Industrialização e Comércio.
contrário. (23-2250-C-PR)
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Decreto Presidencial n.º 91/23 ARTIGO 2.º


de 5 de Abril (Objecto)
As Sociedades Cooperativas de Crédito, previstas no O presente Regulamento estabelece as regras de fun-
n.º 52.º do artigo 3.º da Lei n.º 14/21, de 19 de Maio — cionamento das Sociedades Cooperativas de Crédito, bem
Lei do Regime Geral das Instituições Financeiras, têm como como a garantia dos depósitos dos seus cooperados.
atribuição principal a recolha de depósitos de seus associa- ARTIGO 3.º
dos ou cooperados e a concessão de crédito aos mesmos; (Atribuições)
Havendo a necessidade de se ajustar as regras de funcio- 1. A Sociedade Cooperativa de Crédito tem como atri-
namento das Sociedades Cooperativas de Crédito;
buição principal receber depósitos e captar poupanças
O Presidente da República decreta, nos termos da alí-
exclusivamente dos seus membros ou cooperados, conceder
nea m) do artigo 120.º e do n.º 4 do artigo 125.º, ambos da
Constituição da República de Angola, o seguinte: créditos e praticar outros serviços financeiros a favor dos
mesmos.
ARTIGO 1.º
(Aprovação) 2. Para efeitos do disposto no número anterior, considera-
É aprovado o Regulamento das Sociedades Cooperativas -se elementos característicos das Sociedades Cooperativas
de Crédito, anexo ao presente Decreto Presidencial, de que de Crédito:
é parte integrante. a) A variabilidade do capital social;
ARTIGO 2.º b) A não limitação do número de associados;
(Dúvidas e omissões) c) A adesão livre e voluntária dos seus associados;
As dúvidas e omissões que se suscitarem na interpre- d) Cada sócio só tem direito a um voto, independente-
tação e aplicação do presente Diploma são resolvidas pelo mente do número de acções detidas;
Presidente da República. e) A proibição de voto por procuração, para além dos
ARTIGO 3.º limites fixados por lei.
(Revogação)
ARTIGO 4.º
É revogado o Decreto Presidencial n.º 22/11, de 19 de (Elementos de ligação)
Janeiro, e toda a legislação que contrarie o disposto no pre-
Os associados de uma mesma cooperativa devem possuir
sente Diploma.
um elo de ligação, entre si, baseado numa relação pre-exis-
ARTIGO 4.º
(Entrada em vigor)
tente que pode resultar, nomeadamente, de um dos factores
seguintes:
O presente Regulamento entra em vigor na data da sua
publicação. a) Possuírem a mesma profissão ou ocupação,
Apreciado pela Comissão Económica do Conselho de serem empregados de uma mesma entidade ou
Ministros, em Luanda, aos 23 de Fevereiro de 2023. dedicarem-se a um mesmo negócio ou ramo de
Publique-se. actividade;
b) Serem membros de uma mesma associação ou
Luanda, aos 22 de Março 2023.
organização, de carácter social, religioso, sindi-
O Presidente da República, João Manuel Gonçalves
cal ou outra, desde que legalmente constituídas;
Lourenço.
c) Residirem na mesma área territorial, rural e urbana.
ARTIGO 5.º
REGULAMENTO DAS SOCIEDADES (Definições)
COOPERATIVAS DE CRÉDITO
Para efeitos do presente Regulamento, entende-se por:
a) «Sociedades Cooperativas de Crédito» — insti-
CAPÍTULO I
tuições financeiras não bancárias que exercem
ARTIGO 1.º
(Natureza) actividade de crédito, autorizadas a receber
1. As Sociedades Cooperativas de Crédito podem ser de depósitos e a captar poupanças exclusivamente
âmbito nacional ou local. dos seus membros ou cooperados e a conceder
2. Para efeitos do disposto no número anterior, as créditos ou praticar outros serviços financeiros a
Sociedades Cooperativas de Crédito, mediante prévia favor dos mesmos;
autorização do Banco Nacional Angola, podem instalar b) «Crédito» — acto pelo qual uma instituição finan-
delegações na sua área de acção ou nas províncias limítrofes ceira, agindo a título oneroso, coloca ou promete
em que não exista nenhuma outra sociedade cooperativa de
colocar fundos à disposição de uma pessoa sin-
crédito em funcionamento.
gular ou colectiva, contra a promessa da mesma
3. As delegações, a que se refere o número anterior,
não podem iniciar o seu funcionamento sem que tenha sido restituir na data de vencimento, ou contrair, no
efectuado no Banco Nacional de Angola o registo especial interesse da mesma, uma obrigação por assina-
conforme normativo próprio. tura, tal como uma garantia;
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c) «Depósito» — contrato pelo qual uma pessoa, ções que vierem a ser estabelecidas pelo Banco Nacional de
designada por depositante, confia dinheiro a uma Angola, e ainda deter participações financeiras.
instituição financeira, designada por depositária, 2. Quando adquiridas para obter ou reembolsar créditos
a qual fica com o direito de dispor dele para os próprios, devendo, nesses casos, ser alienadas no prazo de
seus negócios e assume a responsabilidade de dois anos:
restituir outro tanto, com ou sem juro, no prazo a) Quando especialmente autorizadas pelo Banco
convencionado. Nacional de Angola;
ARTIGO 6.º b) Nos sistemas centrais de crédito cooperativo.
(Licenciamento)
ARTIGO 11.º
A constituição e o funcionamento das Sociedades (Aplicação dos capitais mutuados)
Cooperativas de Crédito dependem da autorização prévia 1. Os capitais mutuados pelas Sociedades Cooperativas
do Banco Nacional de Angola, nos termos da Lei n.º 14/21, de Crédito não podem ter aplicação diferente da indicada no
de 19 de Maio — Lei do Regime Geral das Instituições respectivo contrato.
Financeiras, e regulamentação complementar. 2. A violação do disposto no número anterior acarreta
CAPÍTULO II o vencimento da dívida, podendo exigir-se imediatamente
Recursos o seu reembolso total e o pagamento dos juros que forem
devidos, com a perda de bonificações já concedidas, sem
ARTIGO 7.º
(Obtenção de recursos)
prejuízo da responsabilidade estatutária, civil e criminal a
que também haja lugar.
Para a prossecução das suas finalidades as Sociedades
ARTIGO 12.º
Cooperativas de Crédito podem:
(Fiscalização e acompanhamento)
a) Receber depósitos ou fundos reembolsáveis dos
As Sociedades Cooperativas de Crédito devem fiscali-
seus associados;
zar e acompanhar a aplicação dos capitais mutuados, tendo
b) Contrair empréstimos junto de instituições nacio-
em vista a finalidade do empréstimo, devendo, para isto, os
nais legalmente autorizadas;
mutuários fornecer as informações solicitadas e autorizar as
c) Ter acesso a outros meios de financiamento que
vistorias e exames que forem considerados oportunos.
lhe sejam especialmente autorizados pelo Banco
Nacional de Angola. CAPÍTULO III
ARTIGO 8.º Resultados e Reservas
(Beneficiários das operações activas)
ARTIGO 13.º
1. As Sociedades Cooperativas de Crédito realizam as (Reservas)
suas operações de crédito exclusivamente com os respecti-
Sem prejuízo de outras que forem previstas por lei,
vos associados.
2. O disposto no número anterior não impede que as nos estatutos ou que a Assembleia Geral delibere criar as
Sociedades Cooperativas de Crédito financiem as despesas Sociedades Cooperativas de Crédito devem constituir as
que contribuem para o aumento das condições de bem-estar reservas seguintes:
dos respectivos trabalhadores e dos familiares que com eles a) Reserva Legal, destinada a cobrir eventuais perdas;
viviam em regime de comunhão de mesa e habitação. b) Reservas para Mutualismo, destinada a custear
ARTIGO 9.º acções de entreajuda e auxílio mútuo de que
(Concessão de crédito)
careçam os seus associados empregados.
1. As Sociedades Cooperativas de Crédito podem ARTIGO 14.º
realizar operações de concessão de crédito, nos termos defi- (Fusão, cisão e dissolução de Sociedades Cooperativas de Crédito)
nidos em regulamentação própria do Banco Nacional de
A fusão, cisão e dissolução de Sociedades Cooperativas
Angola, designadamente operações de concessão de crédito,
incluindo a concessão de garantias e outros compromissos, de Crédito estão sujeitas à prévia autorização do Banco
delas podendo beneficiar apenas os seus associados. Nacional de Angola.
2. As decisões sobre a concessão de crédito devem ser
CAPÍTULO IV
tomadas pelo órgão de direcção, podendo tal competência
Uniões e Federações
ser delegada, desde que fique assegurada que a decisão é
tomada colegialmente. ARTIGO 15.º
(Uniões e Federações)
ARTIGO 10.º
(Aplicação financeira) 1. Para melhorar as condições de exercício da sua acti-
1. As Sociedades Cooperativas de Crédito podem consti- vidade e garantir a sua representatividade, as Sociedades
tuir depósitos em instituições financeiras bancárias e adquirir Cooperativas de Crédito podem agrupar-se em Uniões, as
títulos públicos ou de autorização monetária, nas condi- quais por sua vez podem agrupar-se em Federações.
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2. A continuação de Uniões e Federações das Sociedades de 19 de Maio — Lei do Regime Geral das Instituições
Cooperativas de Crédito está sujeita ao registo especial no Financeiras e, subsidiariamente, pelas normas legais e regu-
Banco Nacional de Angola. lamentares aplicáveis.
3. As Uniões e Federações devem ter por função acon- ARTIGO 20.º
selhar e assistir as Sociedades Cooperativas suas filiadas, (Regime prudencial e de supervisão)
providenciando programas e serviços para estas melhor 1. Compete ao Banco Nacional de Angola definir as
servirem os seus membros, que podem incluir as áreas de relações e limites prudenciais aplicáveis às Sociedades
educação e formação, consultoria em gestão, contabilidade Cooperativas de Crédito.
e auditoria, gestão de risco e outras. 2. A supervisão das Sociedades de Cooperativas de
ARTIGO 16.º
Crédito é da competência do Banco Nacional de Angola.
(Sistema central de crédito cooperativo) ARTIGO 21.º
(Contabilidade)
As Uniões ou Federações de Sociedades Cooperativas
de Crédito podem, igualmente, criar sistemas centrais de A contabilidade das Sociedades de Cooperativas de
crédito, sob a forma de sociedades cooperativas de respon- Crédito deve ser organizada de acordo com as normas e
sabilidade limitada, com os objectivos seguintes: regulamentação do Banco Nacional de Angola.
a) Facilitar a gestão da liquidez das Sociedades Coo- ARTIGO 22.º
(Alargamento das actividades das Sociedades
perativas de Crédito, associadas, assegurando Cooperativas de Crédito)
o funcionamento de sistemas de financiamento
O Banco Nacional de Angola identifica, por regulamen-
recíproco; tação própria, as condições adequadas e meios suficientes,
b) Agir como intermediário entre as Sociedades designadamente quanto aos fundos próprios, liquidez, orga-
Cooperativas de Crédito e as possíveis fontes de nização interna e capacidade técnica e humana.
financiamento; ARTIGO 23.º
c) Providenciar que sistemas de pagamentos e cen- (Auditoria das Sociedades Cooperativas de Crédito)
trais só podem fornecer serviços às sociedades As Sociedades de Cooperativas de Crédito contratam
cooperativas, suas associadas, não podendo obrigatoriamente um serviço de auditoria externa, que deve
estender os seus serviços a associados destas. verificar e apreciar periodicamente o cumprimento das nor-
mas contabilísticas, fiscais, administrativas e de gestão e sua
CAPÍTULO V consonância com a Lei n.º 14/21, de 19 de Maio — Lei do
Disposições Finais
Regime Geral das Instituições Financeiras, os estatutos e as
ARTIGO 17.º instruções normativas aplicáveis.
(Providências extraordinárias)
ARTIGO 24.º
Quando uma Sociedade Cooperativa de Crédito se (Disposições transitórias)
encontre em situação de desequilíbrio, traduzindo designa- As Sociedades Cooperativas de Crédito, já autorizadas
damente na redução dos fundos próprios a um nível inferior à data da publicação do presente Regulamento, devem estar
ao mínimo legal ou na observância dos rácios de solvabi- em conformidade com as disposições do presente Diploma
lidade ou de liquidez, o Banco Nacional de Angola pode no prazo de um ano.
determinar, no prazo que fixar, a aplicação de algumas ou
ARTIGO 25.º
de todas as providências de repercussão e saneamento, (Regulamentação)
conforme dispõe a Lei n.º 14/21, de 19 de Maio — Lei do
Compete ao Banco Nacional de Angola elaborar e emitir
Regime Geral das Instituições Financeiras.
as instruções e todas as normas complementares que se mos-
ARTIGO 18.º trem convenientes para assegurar a normal prossecução da
(Aquisição de imóveis)
actividade das Sociedades Cooperativas de Crédito.
As Sociedades Cooperativas de Crédito não podem
adquirir, a título oneroso, bens imóveis para além dos O Presidente da República, João Manuel Gonçalves
necessários às suas instalações próprias, ou dos seus agru- Lourenço. (23-2250-D-PR)
pamentos, salvo se a aquisição tiver por fim o reembolso de
créditos próprios, caso em que os imóveis devem ser alie- Despacho Presidencial n.º 60/23
nados no prazo estabelecido na Lei do Regime Geral das de 5 de Abril
Instituições Financeiras. Havendo a necessidade de garantir a execução do
ARTIGO 19.º Projecto de Restauro e Apetrechamento da Fortaleza de São
(Regime jurídico) Francisco do Penedo;
As Sociedades Cooperativas de Crédito regem-se, em O Presidente da República determina, nos termos da
especial, pelas normas do presente Diploma, directivas ou alínea d) do artigo 120.º e do n.º 6 do artigo 125.º, ambos
instruções estabelecidas ao seu abrigo, pela Lei n.º 14/21, da Constituição da República de Angola, conjugados
1360 DIÁRIO DA REPÚBLICA

com o artigo 3.º do Regulamento da Emissão e Gestão da 3. A Ministra das Finanças é autorizada, com a faculdade
Dívida Pública Directa e Indirecta, aprovado pelo Decreto de subdelegar, a assinar o referido Acordo de Financiamento
Presidencial n.º 164/18, de 12 de Julho, o seguinte: e toda a documentação relacionada com o mesmo, em nome
1. É aprovado o Acordo de Financiamento entre a República e representação da República de Angola.
de Angola, representada pelo Ministério das Finanças, e o 4. As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
Sindicato Bancário constituído pelo Banco Atlântico Europa,
aplicação do presente Despacho Presidencial são resolvidas
S.A., agindo como Agente de Financiamento, Banco BAI
pelo Presidente da República.
Europa, S.A. e o Banco Comercial Português, no valor glo-
bal de € 31 869 655,97 (trinta e um milhões, oitocentos e 5. O presente Despacho Presidencial entra em vigor no
sessenta e nove mil, seiscentos e cinquenta e cinco euros e dia seguinte à data da sua publicação.
noventa e sete cêntimos), com a garantia do Banco Português Publique-se.
do Fomento, para a materialização do Projecto de Restauro e
Luanda, aos 5 de Abril de 2023.
Apetrechamento da Fortaleza de São Francisco do Penedo.
2. O valor do financiamento inclui o pagamento de 100% O Presidente da República, João Manuel Gonçalves
do valor da Comissão de Garantia do Banco Português Lourenço.  (23-2349-B-PR)
do Fomento e 85% correspondente ao valor do Contrato
Comercial. Despacho Presidencial n.º 62/23
3. A Ministra das Finanças é autorizada, com a faculdade de 5 de Abril
de subdelegar, a assinar o referido Acordo de Financiamento
Havendo a necessidade de garantir a execução do
e toda a documentação relacionada com o mesmo, em nome
Projecto da Circular do Lubango, enquadrado no Plano
e representação da República de Angola.
Nacional de Desenvolvimento de Angola 2023-2027.
4. As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
O Presidente da República determina, nos termos da
aplicação do presente Despacho Presidencial são resolvidas
pelo Presidente da República. alínea d) do artigo 120.º e do n.º 6 do artigo 125.º, ambos
5. O presente Despacho Presidencial entra em vigor no da Constituição da República de Angola, conjugados
dia seguinte à data da sua publicação. com o artigo 3.º do Regulamento da Emissão e Gestão da
Dívida Pública Directa e Indirecta, aprovado pelo Decreto
Publique-se.
Presidencial n.º 164/18, de 12 de Julho, o seguinte:
Luanda, aos 5 de Abril de 2023. 1. É aprovado o Acordo de Financiamento entre a Repú-
O Presidente da República, João Manuel Gonçalves blica de Angola, representada pelo Ministério das
Lourenço.  (23-2349-A-PR) Finanças, e a instituição financeira portuguesa Banco BPI,
no valor global de € 149 846 223,94 (cento e quarenta e nove
Despacho Presidencial n.º 61/23 milhões, oitocentos e quarenta e seis mil, duzentos e vinte
de 5 de Abril e três euros e noventa e quatro cêntimos), com a garantia
Havendo a necessidade de garantir a execução do Projecto do Banco Português do Fomento, para a materialização do
para a Conclusão e Reparação da Auto-Estrada N’Zeto Projecto da Circular do Lubango.
— Soyo. 2. O valor do financiamento inclui o pagamento de 100%
O Presidente da República determina, nos termos da do valor da Comissão de Garantia do Banco Português
alínea d) do artigo 120.º e do n.º 6 do artigo 125.º, ambos do Fomento e 85% correspondente ao valor do Contrato
da Constituição da República de Angola, conjugados
Comercial.
com o artigo 3.º do Regulamento da Emissão e Gestão da
3. A Ministra das Finanças é autorizada, com a faculdade
Dívida Pública Directa e Indirecta, aprovado pelo Decreto
de subdelegar, a assinar o referido Acordo de Financiamento
Presidencial n.º 164/18, de 12 de Julho, o seguinte:
e toda a documentação relacionada com o mesmo, em nome
1. É aprovado o Acordo de Financiamento entre a Repú-
e representação da República de Angola.
blica de Angola, representada pelo Ministério das Finanças,
e o Banco Caixa Geral de Depósitos — CGD, no valor glo- 4. As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
bal de € 123 236 996,81 (cento e vinte três milhões, duzentos aplicação do presente Despacho Presidencial são resolvidas
e trinta e seis mil, novecentos e noventa e seis euros e oitenta pelo Presidente da República.
e um cêntimos), com a garantia do Banco Português do 5. O presente Despacho Presidencial entra em vigor no
Fomento, para a materialização do Projecto para a Conclusão dia seguinte à data da sua publicação.
e Reparação da Auto-Estrada Nzeto — Soyo. Publique-se.
2. O valor do financiamento inclui o pagamento de 100%
do valor da Comissão de Garantia do Banco Português Luanda, aos 5 de Abril de 2023.
do Fomento e 85% correspondente ao valor do Contrato O Presidente da República, João Manuel Gonçalves
Comercial. Lourenço. (23-2349-C-PR)

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