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Terça-feira, 18 de Abril de 2023 I Série – N.

º 68

DIÁRIO DA REPÚBLICA
ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA
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ARTIGO 2.º
SUMÁRIO (Dúvidas e omissões)

Ministério da Agricultura e Florestas As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e


Decreto Executivo n.º 45/23: aplicação do presente Decreto Executivo são resolvidas pelo
Aprova o Regulamento Interno do Gabinete Jurídico. Ministro da Agricultura e Florestas.
Decreto Executivo n.º 46/23: ARTIGO 3.º
Aprova o Regulamento Interno da Direcção Nacional de Florestas. (Dúvidas e omissões)

Decreto Executivo n.º 47/23: O presente Decreto Executivo entra em vigor à data da


Aprova o Regulamento Interno do Conselho Consultivo. sua publicação.
Publique-se.
Luanda, aos 18 de Abril de 2023.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E FLORESTAS
O Ministro, António Francisco de Assis.

Decreto Executivo n.º 45/23 REGULAMENTO INTERNO


de 18 de Abril DO GABINETE JURÍDICO DO MINISTÉRIO
Havendo a necessidade de se regulamentar o estru- DA AGRICULTURA E FLORESTAS
tura e funcionamento do Gabinete Jurídico a que se
CAPÍTULO I
refere o artigo 11.º do Estatuto Orgânico do Ministério da
Disposições Gerais
Agricultura e Florestas, aprovado pelo Decreto Presidencial
ARTIGO 1.º
n.º 279/22, de 7 de Dezembro; (Definição)
Em conformidade com os poderes delegados pelo
O Gabinete Jurídico, abreviadamente designado por GJ,
Presidente da República, nos termos do artigo 137.º da é o serviço de apoio técnico do Ministério da Agricultura
Constituição da República de Angola, e de acordo com o n.º 3 e Florestas ao qual incumbe realizar toda a actividade de
do Despacho Presidencial n.º 289/17, de 13 de Outubro, con- assessoria técnico-jurídica, produção normativa e elabora-
jugado com o artigo 18.º do Decreto Presidencial n.º 279/22, ção de estudos nos domínios legislativo, regulamentar e do
de 7 de Dezembro, que aprova o Estatuto Orgânico do contencioso.
Ministério da Agricultura e Florestas, determino: ARTIGO 2.º
(Competências)
ARTIGO 1.º
O Gabinete Jurídico tem as seguintes competências:
(Aprovação)
a) Elaborar projectos de diplomas legais e demais
É aprovado o Regulamento Interno do Gabinete Jurídico instrumentos jurídicos nos domínios da agri-
do Ministério da Agricultura e Florestas, anexo ao presente cultura, pecuária e florestas, em colaboração
Decreto Executivo, do qual é parte integrante. com os órgãos e demais serviços do Ministério;
1978 DIÁRIO DA REPÚBLICA

b) Elaborar estudos sobre a eficácia de diplomas c) Velar pelo cumprimento dos planos de actividade
legais e propor a sua alteração; aprovados e das orientações superiores emana-
c) Investigar e proceder aos estudos de direito das;
comparado, tendo em vista a elaboração ou d) Elaborar e apresentar, periodicamente, o relatório
aperfeiçoamento da legislação; de actividades do Gabinete;
d) Emitir pareceres sobre assuntos de natureza jurí- e) Elaborar propostas e emitir pareceres sobre a ava-
dica que lhe sejam solicitados pelo Ministro da liação de desempenho, promoção e mobilidade
Agricultura e Florestas; do pessoal do Gabinete;
e) Emitir pareceres para a concessão de Vistos de Tra- f) Controlar a correcta aplicação das leis, normas,
balho aos expatriados contratados ou a contratar procedimentos e regulamentos estabelecidos
por agentes económicos do Sector, assegurando para os serviços que integram o Sector;
um registo organizado e actualizado dos mes- g) Participar na organização e celebração de con-
mos; tratos, acordos, tratados e convenções em que
f) Compilar a documentação de natureza jurídica intervenha o Ministério;
necessária ao funcionamento do Ministério; h) Desempenhar as demais funções que lhe sejam
g) Realizar estudos e compilação de sínteses e artigos atribuídas por lei ou por determinação superior.
sobre a aplicação e interpretação jurídica dos 2. Na ausência ou impedimento, o Director do Gabinete
diplomas legais de interesse para o Sector; é substituído por um dos técnicos por si indicado.
h) Participar e prestar assistência técnico-jurídica ARTIGO 5.º
quanto aos procedimentos previstos na Lei dos (Conselho de Direcção)
Contratos Públicos; 1. O Conselho de Direcção é o órgão de apoio e con-
i) Instruir e prestar o apoio jurídico à instrução dos sulta do Director em matéria de organização, funcionamento
processos disciplinares, sempre que solicitado; e disciplina laboral.
j) Participar dos trabalhos preparatórios relativos aos 2. O Conselho de Direcção é convocado e presidido pelo
acordos, tratados e convenções relacionadas Director e dele fazem parte os técnicos.
com os assuntos referentes à agricultura, pecuá- 3. O Conselho de Direcção reúne-se, de forma ordinária,
trimestralmente e, extraordinária, sempre que for necessário,
ria e florestas;
mediante a convocatória do Director e com a ordem de tra-
k) Coligir, controlar e manter actualizada a documen-
balho estabelecida por este.
tação de natureza jurídica e a regulamentação
ARTIGO 6.º
necessária ao funcionamento do Ministério e
(Conselho Técnico de Coordenação Normativa)
velar pela sua correcta aplicação;
1. O Conselho Técnico de Coordenação Normativa é a
l) Representar o Ministério em juízo e fora dele,
mediante orientação do Ministro da Agricultura estrutura de apoio e consulta multidisciplinar do Director
e Florestas; do Gabinete Jurídico em matéria de coordenação técnica de
m) Desempenhar as demais funções que lhe sejam programas, projectos ou acções de produção e implementa-
atribuídas por lei ou por determinação superior. ção de diplomas legais, sob responsabilidade do Ministério
da Agricultura e Florestas.
CAPÍTULO II 2. O Conselho Técnico de Coordenação Normativa é
Organização convocado e presidido pelo Director do Gabinete e dele
ARTIGO 3.º fazem parte os técnicos do Gabinete, podendo ser convida-
(Estrutura orgânica) dos outros responsáveis e técnicos do Ministério em função
O Gabinete Jurídico tem a estrutura orgânica seguinte: da agenda de trabalhos.
a) Direcção; 3. O Conselho Técnico de Coordenação Normativa
b) Conselho de Direcção; reúne-se, de forma ordinária, trimestralmente e, extraor-
c) Conselho Técnico de Coordenação Normativa; dinária, quando for necessário, mediante convocatória do
d) Área de Assessoria Jurídica; Director do Gabinete e com a ordem de trabalho previa-
e) Área de Estudo e Produção Legislativa; mente estabelecida por este.
f) Secretariado. ARTIGO 7.º
(Área de Assessoria Jurídica)
ARTIGO 4.º
(Direcção) 1. A Área de Assessoria Jurídica é a estrutura do Gabinete
1. O Gabinete Jurídico é dirigido por um Director, a Jurídico encarregue de emitir pareceres e prestar infor-
quem compete: mações, de natureza técnica jurídica, sobre matéria de
a) Coordenar e dirigir toda a actividade do Gabinete; contencioso e auditoria levada à sua apreciação, nos domí-
b) Responder pela actividade do Gabinete perante o nios agro-pecuário e florestal, bem como da actividade dos
Ministro ou a quem este delegar; órgãos e serviços do Ministério da Agricultura e Florestas.
I SÉRIE –– N.º 68 –– DE 18 DE ABRIL DE 2023 1979

2. À Área de Assessoria Jurídica compete: c) Proceder aos estudos de direito comparado, com
a) Emitir pareceres sobre assuntos de natureza jurí- vista à elaboração de diplomas legais de inte-
dica que lhe sejam solicitados; resse para o Sector;
b) Emitir pareceres sobre os processos de concessão d) Anotar toda a legislação e documentos de natureza
de vistos de trabalho; jurídica referentes às matérias relacionadas à
c) Trabalhar, em estreita colaboração, com os actividade do Ministério;
Gabinetes Jurídicos de outros Departamentos e) Dar forma jurídica aos diplomas legais submetidos
ao Gabinete pelos diversos órgãos do Ministério
Ministeriais, ou quaisquer outras instituições
ou instituições;
sobre matéria da sua competência;
f) Emitir pareceres e informações sobre matéria
d) Participar nas negociações e dar corpo jurídico aos
de natureza jurídica, no âmbito da produção
contratos, acordos ou protocolos do domínio
legislativa inerentes à actividade agro-pecuária
agro-pecuário e florestal que comprometam o
e florestal, bem como ao funcionamento dos
Ministério da Agricultura e Florestas;
distintos órgãos e serviços do Ministério;
e) Velar pelo cumprimento das leis e demais normas g) Organizar e manusear a base de dados da legislação
que disciplinem a actividade do Sector; do Sector e controlar diplomas legais e demais
f) Coligir, controlar e manter actualizada toda a documentos de carácter jurídico necessários ao
documentação de natureza jurídica necessária correcto funcionamento do Ministério;
ao funcionamento do Ministério da Agricultura h) Desempenhar as demais competências que lhe
e Florestas e velar pela sua correcta aplicação; sejam atribuídas por lei ou por determinação
g) Velar, em colaboração com o Gabinete de Inspec- superior.
ção, pelo cumprimento das leis e regulamentos ARTIGO 9.º
(Secretariado)
aplicáveis ao Sector, dando conhecimento os
casos de violação ou incumprimento; 1. O Secretariado é a estrutura do Gabinete Jurídico
h) Dar tratamento dos processos contenciosos rela- responsável pela coordenação e controlo das actividades
administrativas.
cionados com o Ministério da Agricultura e
2. Ao Secretariado compete, em especial:
Florestas;
a) Controlar e registar a entrada e saída de toda a
i) Zelar pela legalidade da instrução de processos de
documentação e distribui-la às áreas técnicas e
infracções à legislação agrária;
aos órgãos do Sector;
j) Desempenhar as demais funções que lhe sejam
b) Expedir a correspondência oficial do Gabinete
atribuídas por lei ou por determinação superior. Jurídico;
ARTIGO 8.º c) Elaborar os mapas de efectividade mensal dos
(Área de Estudo e Produção Legislativa) funcionários;
1. A Área de Estudo e Produção Legislativa é a estrutura d) Elaborar as actas das reuniões internas, presididas
do Gabinete Jurídico encarregue de estudar e elaborar os pelo Director;
projectos de diplomas legais e demais instrumentos jurídi- e) Desempenhar as demais tarefas que lhe sejam aco-
cos relacionados às actividades do Ministério da Agricultura metidas pelo Director do Gabinete Jurídico.
e Florestas. ARTIGO 10.º
(Quadro de pessoal)
2. À Área de Estudo e Produção Legislativa compete:
O quadro de pessoal do Gabinete Jurídico é o que
a) Coordenar a elaboração e aperfeiçoamento dos pro-
consta do Anexo I do presente Regulamento do qual é parte
jectos de diplomas legais e demais instrumentos
integrante.
jurídicos relacionados com as actividades do
ARTIGO 11.º
Ministério da Agricultura e Florestas; (Organigrama)
b) Colaborar, com os órgãos ou serviços análogos de O organigrama do Gabinete Jurídico é o que consta
outras instituições, na produção de legislação, do Anexo II do presente Regulamento, do qual é parte
que tenha conexão com o Sector; integrante.
1980 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ANEXO I
Quadro de pessoal do Gabinete Jurídico a que se refere o artigo 10.º do Regulamento Interno

ANEXO II
Organigrama do Gabinete Jurídico a que se refere o artigo 11.º do Regulamento Interno

O Ministro, António Francisco de Assis. (23-2163-E-MIA)


I SÉRIE –– N.º 68 –– DE 18 DE ABRIL DE 2023 1981

Decreto Executivo n.º 46/23 b) Elaborar estudos de políticas que visem a conserva-


de 18 de Abril
ção e gestão sustentável dos recursos florestais,
Havendo a necessidade de se regulamentar a estrutura e faunísticos e apícolas;
funcionamento da Direcção Nacional de Florestas, a que se
c) Assegurar a elaboração e implementação de normas
refere o artigo 15.º do Estatuto Orgânico do Ministério da
Agricultura e Florestas, aprovado por Decreto Presidencial metodológicas tendentes à prevenção da desflo-
n.º 279/22, de 7 de Dezembro; restação, degradação florestal e desertificação;
Em conformidade com os poderes delegados pelo d) Promover a expansão da superfície florestal e emi-
Presidente da República, nos termos do artigo 137.º da tir pareceres sobre os planos de florestamento
Constituição da República de Angola, e de acordo com o n.º 3 e reflorestamento, visando a sua inserção no
do Despacho Presidencial n.º 289/17, de 13 de Outubro, con- património florestal nacional e a conservação da
jugado com o artigo 18.º do Decreto Presidencial n.º 279/22,
biodiversidade terrestre;
de 7 de Dezembro, que aprova o Estatuto Orgânico do
Ministério da Agricultura e Florestas, determino: e) Controlar e acompanhar a actividade das indústrias
de transformação de produtos florestais e seus
ARTIGO 1.º
(Aprovação) derivados;
É aprovado o Regulamento Interno da Direcção Nacional f) Controlar e fiscalizar as actividades florestais, nos
de Florestas do Ministério da Agricultura e Florestas, anexo termos da lei;
ao presente Decreto Executivo, do qual é parte integrante. g) Velar pelo cumprimento das disposições resultan-
ARTIGO 2.º tes de acordos regionais e internacionais;
(Dúvidas e omissões) h) Promover o desenvolvimento da cadeia de valor da
As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e produção florestal;
aplicação do presente Decreto Executivo são resolvidas pelo i) Elaborar estudos que visem a fixação das taxas e
Ministro da Agricultura e Florestas. emolumentos devidos à exploração dos recursos
ARTIGO 3.º florestais;
(Entrada em vigor)
j) Elaborar estudos com vista à actualização da polí-
O presente Decreto Executivo entra em vigor à data da tica de preços e mercados dos produtos florestais;
sua publicação. k) Desempenhar as demais funções que lhe sejam
Publique-se. atribuídas por lei ou por determinação superior.
Luanda, aos 18 de Abril de 2023. CAPÍTULO II
O Ministro, António Francisco de Assis. Organização
ARTIGO 3.º
REGULAMENTO INTERNO (Estrutura orgânica)
DA DIRECÇÃO NACIONAL DE FLORESTAS A Direcção Nacional de Florestas compreende a seguinte
DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA estrutura interna;
E FLORESTAS
a) Direcção;
b) Conselho de Direcção;
CAPÍTULO I
Disposições Gerais c) Departamento de Economia e Gestão dos Recursos
Florestais;
ARTIGO 1.º
(Definição)
d) Departamento de Normas e Regulação Florestal.
ARTIGO 4.º
A Direcção Nacional de Florestas, abreviadamente
(Direcção)
designada por DNF, é o serviço que se ocupa da formulação,
promoção e controlo da execução das políticas, estratégias, 1. A Direcção Nacional de Florestas é dirigida por um
planos, programas e acções no domínio das florestas. Director Nacional, ao qual compete:
a) Dirigir e coordenar todas as actividades da Direc-
ARTIGO 2.º
(Competências) ção;
No âmbito das competências estabelecidas no n.º 2 do b) Garantir a execução da política do Sector no limite
artigo 15.º do Estatuto Orgânico do Ministério da Agricultura das suas atribuições;
e Florestas, incumbe, em especial, à Direcção Nacional de c) Responder pela actividade da Direcção perante o
Florestas: Ministro ou a quem este delegar;
a) Propor políticas e estratégias de desenvolvimento d) Velar pelo cumprimento dos planos de actividade
no domínio das florestas, fauna selvagem e das aprovados e das orientações superiormente
actividades com elas relacionadas; dimanadas;
1982 DIÁRIO DA REPÚBLICA

e) Elaborar e apresentar o plano e o relatório das b) Propor e estabelecer mecanismos de incentivos à


actividades a desenvolver e desenvolvidas pela utilização das florestas plantadas para promover
Direcção; o desenvolvimento da indústria nacional e a
f) Representar a Direcção em todos os actos para que competitividade do Sector;
for chamado;
c) Propor e manter actualizada a tabela de taxas,
g) Propor ao Ministro da Agricultura e Florestas a
impostos e outros emolumentos devidos à
nomeação ou exoneração dos Chefes de Depar-
tamentos da Direcção; exploração dos recursos florestais e faunísticos,
h) Desempenhar as demais funções que lhe sejam bem como das multas a aplicar às transgressões,
atribuídas superiormente. tendo em atenção à valorização e protecção dos
2. Na ausência ou impedimento, o Director é substituído recursos e a sua contribuição no processo de
por um dos Chefes de Departamento por si designado. arrecadação de receitas para os cofres do Estado;
ARTIGO 5.º d) Propor e manter actualizados os preços mínimos de
(Conselho de Direcção)
referência da madeira, bem como da maquinaria,
1. O Conselho de Direcção é o órgão consultivo do
equipamentos e instrumentos de exploração e
Director Nacional, ao qual compete:
a) Analisar, discutir e aprovar propostas para o melhor transformação da madeira;
desempenho das actividades da Direcção; e) Manter actualizado o registo das importações dos
b) Analisar projectos, planos e relatórios periódicos principais produtos de origem florestal e seus
da actividade da Direcção; derivados, bem como da importação de maqui-
c) Avaliar o grau de cumprimento dos planos e pro- naria, e equipamentos para fins de exploração e
gramas de actividade da Direcção; transformação florestal, em colaboração com os
d) Recomendar medidas relacionadas com a organi-
serviços afins;
zação, funcionamento e disciplina da Direcção;
f) Elaborar estudos necessários à formulação de
e) Desempenhar as demais funções que lhe sejam
atribuídas por lei ou por determinação superior. normas metodológicas tendentes à prevenção,
2. O Conselho de Direcção é convocado e presidido pelo avaliação e controlo da desflorestação, degrada-
Director e integra: ção florestal e desertificação;
a) Chefes de Departamento; g) Assegurar a integração da gestão sustentável das
b) Técnicos superiores e médios. florestas nas estratégias nacionais de conserva-
3. Para além dos membros referidos no n.º 2 do presente
ção da biodiversidade e a sua articulação com
artigo, podem ser convocados ou convidados a participarem
as políticas e estratégias de ordenamento do
nas reuniões do Conselho de Direcção, técnicos de outras
estruturas do Ministério da Agricultura e Florestas ou de ins- território;
tituições públicas e empresas sob a tutela deste. h) Proceder ao registo de toda a informação relacio-
4. O Conselho de Direcção reúne-se, de forma ordinária, nada com os programas, projectos e respectivos
trimestralmente e, extraordinariamente, quando necessário, financiamentos, aprovados por instituições finan-
mediante convocatória do Director e a com ordem de traba- ceiras nacionais e internacionais, respeitantes ao
lho estabelecida por este.
sector florestal;
ARTIGO 6.º
(Departamento de Economia e Gestão dos Recursos Florestais) i) Criar e manter actualizada a base de dados relativas
1. O Departamento de Economia e Gestão dos Recursos ao estado dos recursos florestais e faunísticos,
Florestais é o órgão da DNF responsável pela elaboração de assim como dos instrumentos necessários à sua
estudos nos domínios económico e financeiro, bem como gestão sustentável;
pelo planeamento e elaboração de estudos destinados à ges- j) Assegurar a implementação e cumprimento dos
tão dos recursos florestais e faunísticos. instrumentos de gestão sustentável das florestas
2. Ao Departamento de Economia e Gestão dos Recursos
e fauna selvagem;
Florestais compete:
a) Promover o desenvolvimento de uma base susten- k) Desempenhar as demais funções que lhe sejam
tável dos recursos florestais, com vista a garantir atribuídas por lei ou por determinação superior.
o seu aproveitamento pelas empresas de explo- 3. O Departamento de Economia e Gestão dos Recursos
ração e transformação da madeira, e sua fruição Florestais é dirigido por um Técnico Superior com o cargo
pelas comunidades rurais; de Chefe de Departamento.
I SÉRIE –– N.º 68 –– DE 18 DE ABRIL DE 2023 1983

ARTIGO 7.º  j) Velar para que os estudos de avaliação de impac-


(Departamento de Normas e Regulação Florestal)
tos socioeconómicos e ambientais sejam
1. O Departamento de Normas e Regulação Florestal é o
previamente realizados antes de se proceder ao
órgão da DNF responsável pelo acompanhamento e controlo
desenvolvimento de qualquer operação ligada à
dos procedimentos para a autorização e licenciamento das
actividades de exploração e utilização dos recursos florestais exploração dos recursos;
e faunísticos, incluindo a prevenção e fiscalização dos actos k) Desempenhar as demais funções que lhe sejam
violadores destas actividades. atribuídas por lei ou por determinação superior.
2. Ao Departamento de Normas e Regulação Florestal 3. O Departamento de Normas e Regulação Florestal é
compete: dirigido por um Técnico Superior com o cargo de Chefe de
a) Acompanhar o processo de licenciamento dos Departamento.
produtos florestais e dos produtos florestais não
lenhosos, bem como a regulação da ocupação CAPÍTULO III
silvícola dos solos e de concessão florestal; Disposições Finais
b) Assegurar que a exploração dos recursos florestais ARTIGO 8.º
e faunísticos seja realizada em conformidade (Competências dos Chefes de Departamento)
com os preceitos e normas de exploração sus- Aos Chefes de Departamento competem:
tentável destes recursos;
a) Assegurar o cumprimento das tarefas fundamentais
c) Assegurar um quadro nacional de manejo florestal,
dos departamentos;
através dos processos e iniciativas com base nos
b) Controlar a assiduidade e pontualidade dos funcio-
princípios, critérios e indicadores para a gestão
sustentável das florestas adoptados pelo País; nários;
d) Propor políticas e normas técnicas sobre o corte c) Elaborar, periodicamente, os planos de actividade
e a transformação da madeira que promovam dos respectivos departamentos e relatórios sobre
o desenvolvimento das comunidades das áreas o grau de cumprimento das mesmas;
de exploração florestal, bem como da indústria d) Assinar os termos de abertura e encerramento dos
nacional; livros em uso nos respectivos departamentos;
e) Promover o desenvolvimento de um sistema nacio- e) Decidir e tomar iniciativa sobre todas as tarefas
nal de fileiras florestais e de cadeias produtivas já programadas e prestar contas do seu cumpri-
florestais que permite o estabelecimento do pro-
mento ao respectivo Director Nacional;
cesso de certificação das florestas e da madeira,
f) Despachar com o Director Nacional;
dos produtos florestais não lenhosos e dos proce-
g) Elaborar, trimestralmente, o relatório de activida-
dimentos relativos à exploração destes produtos;
f) Promover a implementação dos sistemas silvi- des do departamento;
culturais, com vista a aumentar a capacidade h) Desempenhar as demais funções que lhe sejam
de produção e produtividade das florestas, dos atribuídas por lei ou por determinação superior.
serviços ambientais e sociais, através do manejo ARTIGO 9.º
florestal numa perspectiva técnica e economica- (Quadro de pessoal)
mente viável; 1. O quadro de pessoal da Direcção Nacional de Florestas
g) Adoptar as medidas de ordenamento das florestas, é o que consta do Anexo I do presente Regulamento, do qual
visando à sua gestão e uso sustentável; é parte integrante.
h) Assegurar e actualizar o cadastro dos operadores
2. Por despacho do Ministro da Agricultura e Florestas,
de exploração florestal, semi-transformação,
sob proposta do Director Nacional de Florestas, podem ser
transformação e comercialização dos produtos
contratados técnicos de comprovada competência para inter-
florestais, bem como dos produtos florestais não
virem em assuntos pontuais de atribuição desta Direcção.
lenhosos;
i) Assegurar que seja realizada a inventariação e clas- ARTIGO 10.º
(Organigrama)
sificação do património florestal e a avaliação
periódica do estado destes recursos, sobretudo O organigrama da Direcção Nacional de Florestas é o
das espécies que necessitam de especial protec- constante do Anexo II ao presente Regulamento, do qual é
ção; parte integrante.
1984 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ANEXO I
Quadro de pessoal a que se refere o artigo 9.º do Regulamento Interno

ANEXO II
Organigrama da Direcção Nacional de Florestas a que se refere o artigo 10.º do Regulamento Interno

O Ministro, António Francisco de Assis.


(23-2163-F-MIA)
I SÉRIE –– N.º 68 –– DE 18 DE ABRIL DE 2023 1985

Decreto Executivo n.º 47/23 c) Propostas de políticas e estratégias do Sector da


de 18 de Abril
Agricultura, Pecuária e Florestal;
Havendo a necessidade de se dotar o Conselho d) Definição dos planos, programas e projectos do
Consultivo do Ministério da Agricultura e Florestas do res- Sector;
pectivo Regulamento Interno;
e) Balanço do cumprimento do plano anual de activi-
Em conformidade com os poderes delegados pelo
dades do Sector.
Presidente da República, nos termos do artigo 137.º da
Constituição da República de Angola, e de acordo com o n.º 3 ARTIGO 3.º
(Composição)
do Despacho Presidencial n.º 289/17, de 13 de Outubro, con-
jugado com o artigo 18.º do Decreto Presidencial n.º 279/22, 1. O Conselho Consultivo tem a seguinte composição:
de 7 de Dezembro, que aprova o Estatuto Orgânico do a) Secretários de Estado;
Ministério da Agricultura e Florestas, determino: b) Directores Nacionais e equiparados;
ARTIGO 1.º c) Directores dos Serviços Superintendidos pelo
(Aprovação)
Ministério;
É aprovado o Regulamento Interno do Conselho d) Quadros do Ministério, designados pelos respecti-
Consultivo do Ministério da Agricultura e Florestas, anexo vos Directores;
ao presente Decreto Executivo, do qual é parte integrante.
e) Responsáveis dos serviços locais que respondem
ARTIGO 2.º
pela área da agricultura;
(Dúvidas e omissões)
f) Outras entidades convidadas pelo Ministro da Agri-
As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
cultura e Florestas, cuja participação se revele
aplicação do presente Decreto Executivo são resolvidas pelo
Ministro da Agricultura e Florestas. oportuna, conveniente e útil.
2. Sempre que os assuntos em análise o exijam, o
ARTIGO 3.º
(Entrada em vigor) Ministro pode convidar outras entidades para participarem
O presente Decreto Executivo entra em vigor à data da das sessões do Conselho Consultivo.
sua publicação. 3. Em caso de ausência de um membro do Conselho
Publique-se. Consultivo, o mesmo será representado por quem no
momento esteja a exercer as funções inerentes ao cargo que
Luanda, aos 18 de Abril de 2023. exerce o ausente ou impedido e, não havendo, por quem for
O Ministro, António Francisco de Assis. indicado pelo Ministro da Agricultura e Florestas.
ARTIGO 4.º
REGULAMENTO INTERNO (Periodicidade das sessões)
DO CONSELHO CONSULTIVO DO MINISTÉRIO 1. O Conselho Consultivo reúne-se duas vezes por ano,
DA AGRICULTURA E FLORESTAS devendo a primeira reunião ocorrer no primeiro trimestre de
cada ano civil, e a segunda no último trimestre, para apreciar
CAPÍTULO I
e balancear o grau de cumprimento do plano anual das acti-
Disposições Gerais
vidades e demais tarefas acometidas ao Sector.
ARTIGO 1.º
2. Os Secretários de Estado e os distintos membros do
(Definição e natureza)
Conselho Consultivo, em caso de emergente necessidade,
O Conselho Consultivo é o órgão de apoio do Ministro
podem propor ao Ministro a realização de sessões extraor-
da Agricultura e Florestas, integrado por quadros dos servi-
dinárias, desde que as propostas sejam antecipadamente
ços centrais e locais, e que se destina a conhecer e apreciar
apresentadas, fundamentadas e acompanhadas dos respecti-
os assuntos a ele submetidos.
vos elementos de suporte.
ARTIGO 2.º
(Competências) ARTIGO 5.º
(Agenda e convocatória)
Ao Conselho Consultivo compete pronunciar-se sobre
todos e quaisquer assuntos submetidos à sua apreciação pelo 1. As sessões ordinárias e extraordinárias do Conselho
Ministro da Agricultura e Florestas, nomeadamente: Consultivo são convocadas pelo Ministro da Agricultura e
a) Organização e funcionamento do Ministério da Florestas, com antecedência mínima de quinze dias, res-
Agricultura e Florestas e respectivos órgãos pectivamente, salvo nos casos de justificada urgência, cujo
superintendidos; prazo pode ser reduzido para outro mais curto que não preju-
b) Projectos de legislação e regulamentação de activi- dique a antecedência necessária para conhecimento e análise
dades do Sector; das matérias que sejam agendadas.
1986 DIÁRIO DA REPÚBLICA

2. O Ministro da Agricultura e Florestas orienta o respec- c) Guardar sigilo sobre todos os assuntos tratados e
tivo Gabinete no sentido de elaborar o projecto da agenda deliberados em cada sessão, desde que, por lei
de trabalhos, de acordo com a prioridade das questões que ou determinação superior, não sejam expressa-
estabelecer. mente autorizados a revelá-las.
3. As convocatórias são distribuídas aos membros do ARTIGO 10.º
Conselho Consultivo acompanhadas dos documentos agen- (Comissão Preparatória)
dados e das respectivas sínteses ou notas explicativas. 1. Para cada reunião do Conselho Consultivo, deve ser
ARTIGO 6.º criada uma Comissão Preparatória cuja composição e ter-
(Presidência das sessões)
mos de funcionamento são estabelecidos por Despacho do
O Conselho Consultivo é presidido pelo Ministro da Ministro da Agricultura e Florestas.
Agricultura e Florestas, ao qual compete, em especial: 2. A Comissão Preparatória do Conselho Consultivo é
a) Proceder à abertura e ao encerramento das sessões; encarregue, nomeadamente, de:
b) Submeter à discussão e aprovação o projecto de a) Efectuar a triagem da documentação destinada a
agenda de trabalhos; cada sessão e assegurar a sua distribuição ante-
c) Dirigir os debates, orientar a votação e o apura- cipada, bem como da respectiva convocatória e
mento dos resultados, se for o caso disso. convites;
ARTIGO 7.º b) Organizar e apoiar os trabalhos de cada sessão nos
(Decisões)
domínios técnicos e administrativos;
1. As decisões aprovadas assumem a forma de recomen- c) Assegurar a elaboração e distribuição no fim da
dações, com carácter vinculativo a todos os membros do sessão, da síntese dos assuntos tratados a suas
Conselho.
recomendações;
2. Quando não se obtiver o consenso proceder-se-á à
d) Assegurar a elaboração e distribuição da acta no
votação, valendo a decisão tomada por voto favorável da
prazo fixado pelo Ministro da Agricultura e
maioria simples dos presentes na sessão.
Florestas.
3. O Ministro ou seu substituto tem voto de qualidade.
3. Durante a sessão de trabalho do Conselho Consultivo,
4. As recomendações devem constar das actas das ses-
a Comissão Preparatória é auxiliada por um Secretariado.
sões em que forem aprovadas.
ARTIGO 11.º
ARTIGO 8.º
(Secretariado)
(Duração das sessões)
1. O Conselho Consultivo funciona com um Secretariado
1. A duração do Conselho Consultivo é estabelecida pelo
Ministro da Agricultura e Florestas, sendo subdividida em encarregue nomeadamente, de:
sessões com início e fim na hora constante da respectiva a) Preparar a documentação destinada à sessão e
convocatória, podendo ser prolongada sempre que se julgue assegurar a sua distribuição antecipada com a
necessário. respectiva convocatória;
2. Todos os assuntos da agenda, cuja apreciação não se b) Organizar e apoiar a sessão nos domínios técnico
esgote no período de tempo a que se refere o número ante- e administrativo;
rior, são remetidas a uma sessão posterior. c) Assegurar a elaboração e a distribuição da acta no
3. Não é permitido o uso do telemóvel durante a sessão. prazo de 72 horas a contar do fim de cada sessão;
ARTIGO 9.º d) Realizar as demais tarefas que lhes sejam incum-
(Direitos e deveres) bidas pelo Ministro da Agricultura e Florestas.
1. Os membros do Conselho Consultivo têm o direito de 2. O Secretariado é coordenado pelo Gabinete de
receber a convocatória e documentação a ser discutida no Tecnologias de Informação, Comunicação Institucional
Conselho com a devida antecedência. e Imprensa, coadjuvado pelo Gabinete do Ministro da
2. Os membros do Conselho Consultivo têm os deveres Agricultura e Florestas.
seguintes: ARTIGO 12.º
a) Cumprir e fazer cumprir a Constituição da Repú- ( Responsabilidade por incumprimento)
blica de Angola, as leis do Sector e demais 1. O poder disciplinar, no âmbito do Conselho Consultivo,
legislação aplicável em vigor; é exercido pelo Ministro da Agricultura e Florestas.
b) Prestar ao Conselho Consultivo todas as infor- 2. O não cumprimento dos deveres enumerados no
mações que lhe forem solicitadas com verdade, artigo 9.º do presente Regimento constitui infracção disci-
precisão, segurança e participar activamente das plinar passível de procedimento correspondente, nos termos
sessões; da legislação aplicável.
I SÉRIE –– N.º 68 –– DE 18 DE ABRIL DE 2023 1987

ARTIGO 13.º devendo cada intervenção exceder três minutos, salvo per-
(Justificação de faltas)
missão em contrário do Presidente da sessão, consoante o
1. As faltas dos membros às sessões do Conselho impacto do assunto a abordar e a extensão da agenda de
Consultivo devem ser devida e previamente justifica- trabalhos.
das, devendo a justificação ser apresentada por escrito ao ARTIGO 15.º
Ministro da Agricultura e Florestas, através do Secretariado (Quórum)
do Conselho Consultivo, com a indicação do respectivo 1. O Conselho Consultivo reúne-se com a presença da
representante. maioria simples dos respectivos membros em pleno gozo
2. Em caso de falta por motivo imprevisível, a justifica- dos seus direitos.
ção deve ser apresentada por via dos meios de comunicação 2. Nos casos em que não haja quórum suficiente e a
convencionais, imediatamente depois de ultrapassadas as agenda de trabalhos o aconselhe, poderá a mesma ser adiada
causas originárias da ausência. por uma única vez.
ARTIGO 14.º ARTIGO 16.º
(Apresentação e discussão de projectos) (Comissão Interdisciplinar)

1. Os projectos de documentos de trabalho são apresenta- Sempre que se revele necessário e a natureza inter-
dos para discussão em tempo não superior a quinze minutos, disciplinar das questões o aconselhe, podem ser criadas
por meio de relatório oral ou escrito, que os fundamente. Comissões Ad Hoc de membros do Conselho Consultivo
2. O tempo de apresentação previsto no número anterior para estudos e apresentação de pareceres sobre assuntos de
só deve ser excedido, cinco minutos, em caso de circunstân- carácter urgente que tenham de ser decididos por este órgão
cias ponderosas e por autorização do presidente da sessão. consultivo.
3. A discussão tem início com a cedência da palavra a O Ministro, António Francisco de Assis.
cada participante de acordo com a ordem de inscrição, não (23-2163-G-MIA)

O. E. 0510 - 4/68 - 150 ex. - I.N.-E.P. - 2023

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