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Segunda-feira, 29 de Novembro de 2021 I Série – N.

º 223

DIÁRIO DA REPÚBLICA
ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA
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1.ª Série…………..…………….Kz: 989.156,67
2.ª Série……………..………….Kz: 517.892,39 Presidente da República
3.ª Série……………..………….Kz: 411.003,68 Decreto Presidencial n.º 280/21:
b) Diário da República Gravado em CD: Actualiza as Medidas de Prevenção e Controlo da Propagação do Vírus
As 3 Séries…………….………Kz: 1 350 891,96 SARS-CoV-2 e da COVID-19, assim como as regras de funciona-
mento dos serviços públicos e privados, dos equipamentos sociais
1.ª Série…………..…….……….Kz: 797.706,99
e outras actividades durante a vigência da Situação de Calamidade
2.ª Série………………..……….Kz: 417.655,15 Pública. — Revoga o Decreto Presidencial n.º 257/21, de 29 de
3.ª Série…………………..…….Kz: 331.454,58 Outubro.
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ARTIGO 4.º
PRESIDENTE DA REPÚBLICA (Medidas de protecção individual)

1. Sem prejuízo do disposto no presente Diploma em


Decreto Presidencial n.º 280/21
domínios específicos, é obrigatório o uso correcto de más-
de 29 de Novembro
cara facial na via pública, nos espaços fechados de acesso
Havendo a necessidade de se proceder à actualização das
público, nos transportes públicos e transportes colectivos,
Medidas de Prevenção e Controlo da Propagação do Vírus
nos estabelecimentos de ensino, na venda ambulante e nos
SARS-CoV-2 e da COVID-19 em face do surgimento de
mercados.
novas variantes, com elevado potencial de propagação, na
2. A não utilização de máscara facial, quando obrigatória,
região da África Austral;
ou a sua utilização incorrecta, dá lugar à aplicação de multa,
Visando intensificar o processo de imunização contra o
que varia entre os Kz: 15.000,00 (quinze mil Kwanzas) e os
Vírus SARS-CoV-2;
Kz: 20.000,00 (vinte mil Kwanzas).
O Presidente da República decreta, nos termos da alí-
3. Para efeitos do presente Diploma, considera-se uti-
nea m) do artigo 120.º e do n.º 4 do artigo 125.º, ambos da
lização incorrecta de máscara facial quando não se cubra,
Constituição da República de Angola, conjugados com os
simultaneamente, o nariz e a boca.
artigos 5.º e 19.º da Lei n.º 5/87, de 23 de Fevereiro, a alí-
nea c) do n.º 2 do artigo 11.º da Lei n.º 28/03, de 7 de 4. Os responsáveis dos locais onde seja obrigatória a uti-

Novembro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 14/20, lização de máscara facial devem adoptar todas as medidas

de 22 de Maio, o seguinte: necessárias com vista a impedir o acesso e/ou recusar a pres-
tação de serviços aos cidadãos sem máscara facial.
MEDIDAS EXCEPCIONAIS E TEMPORÁRIAS ARTIGO 5.º
(Dever cívico de recolhimento domiciliar)
A VIGORAR DURANTE A SITUAÇÃO
DE CALAMIDADE PÚBLICA DECLARADA 1. Recomenda-se a todos os cidadãos que se abstenham
POR FORÇA DA COVID-19 de circular em espaços e vias públicas e equiparadas, e que
permaneçam no respectivo domicílio, excepto para desloca-
CAPÍTULO I
ções necessárias e inadiáveis.
Disposições Gerais
2. É especialmente recomendada a abstenção de circula-
ARTIGO 1.º
(Objecto) ção ou permanência na via pública das 00h00 às 5h00.
3. As Forças de Defesa e Segurança devem zelar pelo
O presente Decreto Presidencial actualiza as Medidas de
cumprimento do disposto no presente artigo, reforçando a
Prevenção e Controlo da Propagação do Vírus SARS-CoV-2
fiscalização no período entre as 00h00 e as 5h00.
e da COVID-19, assim como as regras de funcionamento
ARTIGO 6.º
dos serviços públicos e privados, dos equipamentos sociais
(Recomendação de imunização)
e outras actividades durante a vigência da Situação de
1. Com vista à defesa da saúde pública, é recomendada
Calamidade Pública.
a todos os cidadãos, maiores de 18 anos, a imunização por
ARTIGO 2.º
(Âmbito territorial) via de vacina.
Sem prejuízo do disposto em artigos específicos, as 2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, é estri-
medidas previstas no presente Diploma abrangem todo o tamente recomendada a imunização, por via de vacina, de
território nacional. todos os profissionais do sector público, administrativo e
ARTIGO 3.º empresarial, e da administração militar.
(Vigência) 3. Para facilitação do processo de vacinação, as institui-
1. As medidas previstas no presente Diploma vigoram ções públicas e privadas devem dispensar os funcionários e
até às 23h59 do dia 5 de Janeiro de 2022. trabalhadores no dia da vacinação.
2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, as medi- 4. As entidades privadas podem exigir a apresentação
das previstas no presente Diploma podem ser alteradas em de certificado de vacinação ou de teste SARS-CoV-2 com
função da evolução da situação epidemiológica. resultado negativo como condição de acesso aos serviços.
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ARTIGO 7.º 3. Os responsáveis pela gestão das instituições, estabe-


(Certificado de vacinação)
lecimentos e serviços abrangidos pelo disposto no n.º 1 do
1. A todos os cidadãos vacinados, com dose completa, presente artigo devem assegurar o seu cumprimento, sendo
contra o Vírus SARS-CoV-2, é emitido um certificado de a inobservância sancionada por multa, que varia entre os
vacinação, cujo modelo é definido pelo Ministério da Saúde. Kz: 100.000,00 (cem mil Kwanzas) e os Kz: 300.000,00
2. A emissão do certificado de vacinação, previsto no (trezentos mil Kwanzas), sem prejuízo da aplicação cumula-
número anterior, é da competência do Ministério da Saúde, tiva de outros tipos de responsabilidade.
podendo ser em formato de papel ou digital. 4. Os gestores públicos estão obrigados à fiscalização
3. Para efeitos do disposto no presente artigo, são reco- rigorosa do previsto no presente artigo, sendo o incumpri-
nhecidos como válidos os certificados de vacinação, ou mento passível de responsabilização disciplinar, nos termos
documentos equivalentes, emitidos por Estados estrangeiros da lei.
nos termos a definir pelas autoridades sanitárias. ARTIGO 9.º
ARTIGO 8.º (Defesa e controlo sanitário das fronteiras)
(Obrigação de apresentação de certificado de vacinação)
1. As fronteiras da República de Angola mantêm-
1. A partir do dia 1 de Dezembro, é obrigatória a apresen- -se encerradas, estando as entradas e saídas do território
tação de certificado de vacinação ou documento equivalente nacional sujeitas a controlo sanitário definido pelas autori-
que ateste a imunização completa, pelos cidadãos maiores dades competentes, de acordo com o Regulamento Sanitário
de 18 anos, nos seguintes casos: Internacional e com o Regulamento Sanitário Nacional.
a) Participação em concurso público de ingresso na 2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, são per-
Administração Pública, nomeadamente nos mitidas entradas e saídas do território nacional para efeitos
Sectores da Educação, da Saúde e das Forças de de:
Defesa e Segurança; a) Regresso de cidadãos nacionais e estrangeiros
b) Viagens de cidadãos nacionais e estrangeiros resi- residentes em Angola, de cidadãos estrangeiros
dentes para o exterior do País; detentores de visto de trabalho e de cidadãos
c) Viagens interprovinciais em transportes colectivos; detentores de cartão de refugiado;
d) Serviços de moto-táxi, por parte do condutor; b) Entrada de cidadãos detentores de visto de investi-
e) Acesso aos serviços públicos, empresas públicas dor e de visto de permanência temporária;
e entes equiparados, por parte dos funcionários, c) Regresso de cidadãos estrangeiros aos respectivos
trabalhadores e prestadores de serviços; países;
f) Acesso aos serviços privados, por parte dos respon- d) Viagens oficiais de e para o território nacional;
sáveis e trabalhadores; e) Entrada e saída de carga, mercadoria e encomendas
g) Acesso a estabelecimentos de educação e ensino, postais;
por parte dos docentes e pessoal administrativo; f) Ajuda humanitária;
h) Acesso a restaurantes e similares, por parte dos g) Emergências médicas;
responsáveis, trabalhadores e clientes; h) Escalas técnicas;
i) Acesso aos estabelecimentos comerciais, por parte i) Entrada e saída de pessoal diplomático e consular.
dos responsáveis e trabalhadores; 3. Sem prejuízo do disposto na alínea b) do n.º 1 do
j) Acesso aos locais de culto; artigo 8.º, as entradas e saídas do território nacional, nos ter-
k) Acesso a cinemas, museus, teatros, monumentos e mos do número anterior, não carecem de qualquer tipo de
similares; autorização, estando dependentes da realização de teste pré-
l) Acesso a actividades e reuniões em espaço fechado; -embarque do Vírus SARS-CoV-2, com resultado negativo,
m) Acesso a ginásios, recintos desportivos e simila- efectuado nas 72 horas anteriores à viagem.
res; 4. Os cidadãos provenientes do exterior estão sujeitos
n) Acesso a casinos e salas de jogos; à realização de teste pós-desembarque do tipo rápido anti-
o) Acesso a espectáculos musicais. génio, para efeitos de controlo epidemiológico, sujeito à
2. A obrigação de apresentação de certificado de vacina- comparticipação nos termos definidos pelos Departamentos
ção, estatuída no presente artigo, pode ser substituída pela Ministeriais da Saúde, das Finanças e dos Transportes.
apresentação de teste SARS- CoV-2 com resultado negativo, 5. Em caso de resultado positivo ao teste referido no
realizado até 7 dias antes. número anterior, os cidadãos podem estar sujeitos a isola-
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mento institucional após avaliação médica realizada pela venientes do exterior do País, é obrigatória a observância de
entidade sanitária competente. quarentena domiciliar de até sete dias.
6. Sempre que se verifiquem sérios riscos de impor- 2. Para os casos de cidadãos estrangeiros não residentes
tação do vírus SARS-CoV-2 para o território nacional, os provenientes do exterior do País e possuidores de residência
Departamentos Ministeriais competentes podem determi- própria, é obrigatória a observância de quarentena domi-
nar o encerramento ou suspensão temporária da circulação ciliar, salvo se as autoridades sanitárias considerarem não
aérea, terrestre, marítima e fluvial com países determinados, existirem condições para o efeito.
devendo as Forças de Defesa e Segurança zelar pelo reforço 3. Os cidadãos sujeitos à quarentena domiciliar, nos
do controlo fronteiriço. termos dos números anteriores, assinam um termo de res-
ARTIGO 10.º ponsabilidade, nos termos definidos pelas autoridades
(Cerca sanitária provincial ou municipal) sanitárias.
1. Nas províncias ou municípios onde seja fixada cerca 4. Considera-se concluída a quarentena domiciliar com
sanitária, ficam as respectivas fronteiras sujeitas a controlo a emissão do título de alta pela autoridade sanitária com-
sanitário. petente, a qual acontece após teste SARS-CoV-2 de tipo
2. As saídas das zonas sujeitas à cerca sanitária, nos ter- antigénio com resultado negativo, realizado até sete dias
mos do presente artigo, estão condicionadas à realização após o início da quarentena domiciliar.
prévia do teste do SARS-CoV-2. 5. Sempre que a situação epidemiológica recomendar
3. As cercas sanitárias provinciais ou municipais podem ou as autoridades sanitárias considerarem não existirem
ser fixadas, modificadas ou prorrogadas mediante acto con- condições para a quarentena domiciliar, nomeadamente a
junto dos Ministros da Saúde e do Interior. observância do distanciamento físico, é determinada qua-
4. Sem prejuízo das sanções criminais aplicáveis, a vio- rentena institucional.
lação da cerca sanitária provincial ou municipal, nos termos 6. Sem prejuízo do disposto no presente artigo, os
referidos no n.º 2 do presente artigo, é punível com multa, Ministérios da Saúde e da Juventude e Desportos podem
que varia entre os Kz: 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil determinar regime específico para a quarentena de atletas de
Kwanzas) e os Kz: 350.000,00 (trezentos e cinquenta mil alta competição.
Kwanzas). 7. Sem prejuízo da responsabilização criminal, nos ter-
ARTIGO 11.º mos da lei, a violação da quarentena domiciliar é sancionada
(Transladação de cadáveres) com multa, que varia entre os Kz: 250.000,00 (duzentos e
É proibida a transladação internacional e interprovincial cinquenta mil Kwanzas) e os Kz: 350.000,00 (trezentos e
de cadáveres cuja causa da morte seja a COVID-19. cinquenta mil Kwanzas), para além da transformação em
ARTIGO 12.º quarentena institucional.
(Voos regulares)
ARTIGO 14.º
1. Para efeitos do disposto no artigo 9.º do presente (Dispensa de quarentena em caso de imunização)

Diploma, é permitida a realização de voos regulares nacionais Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, é dispensada
e internacionais, devendo limitar-se ao mínimo necessário e a observância de quarentena aos cidadãos portadores de cer-
adequado à situação epidemiológica, sem prejuízo da possi- tificado de vacinação contra a COVID-19 e que apresentem
bilidade de suspensão temporária de certas rotas. resultado negativo no teste obrigatório pós-desembarque.
2. Para embarque nos voos domésticos, é obrigatória ARTIGO 15.º
a apresentação de teste serológico com resultado negativo (Isolamento)

efectuado nas 72 horas anteriores à viagem, sendo dispen- 1. Nos casos definidos pelas autoridades sanitá-
sada qualquer autorização. rias, os cidadãos que tenham resultado positivo no teste
3. Os Departamentos Ministeriais competentes em SARS-CoV-2 e que não apresentem sintomas observam o
razão da matéria definem a cadência gradual dos voos, a isolamento domiciliar e as demais medidas definidas pelas
sua programação e as regras gerais a observar por todos os autoridades competentes.
intervenientes. 2. Sempre que as autoridades sanitárias considera-
ARTIGO 13.º rem não existirem condições para o isolamento domiciliar,
(Quarentena) quando o cidadão seja proveniente de um País com circula-
1. Para os cidadãos nacionais, estrangeiros residentes e ção de novas estirpes do Vírus SARS-CoV-2 ou nos casos
membros do corpo diplomático acreditado em Angola pro- em que o cidadão possua outras doenças que recomendem
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protecção especial ou ainda quando coabite com cidadãos podem ser criados regimes que permitam a realização de tra-
considerados vulneráveis, nos termos do presente Diploma, balho presencial em condições de segurança.
é determinado o isolamento institucional. 4. Os cidadãos vulneráveis sujeitos à protecção especial,
3. Os cidadãos que coabitem com cidadãos em isola- nos termos da alínea b) do n.º 1, devem fazer prova da sua
mento domiciliar estão sujeitos à quarentena domiciliar. condição através da apresentação de documento emitido por
4. Estão ainda sujeitos a isolamento institucional os cida- médico.
dãos que testem positivo ao SARS-CoV-2 e que estejam em
CAPÍTULO II
estado crítico ou grave. Medidas
5. Considera-se concluído o isolamento domiciliar ou
ARTIGO 18.º
institucional com a emissão do título de alta pela autoridade (Serviços públicos e privados)
sanitária competente, a qual acontece após a realização do 1. Os serviços públicos administrativos funcionam no
teste SARS-CoV-2 com resultado negativo. período das 8h00 às 15h00, com presença de até 75% da
6. A violação do isolamento domiciliar dá origem à res- força de trabalho em simultâneo.
ponsabilização criminal, nos termos da lei, sem prejuízo da 2. Excepcionam-se do disposto no número anterior os
colocação compulsiva do infractor em isolamento institucio- serviços portuários, aeroportuários e conexos, os serviços
nal e de aplicação de multa, que varia entre os Kz: 350.000,00 tributários, os órgãos de defesa e segurança, os serviços de
(trezentos e cinquenta mil Kwanzas) e os Kz: 450.000,00 saúde, os serviços de comunicações electrónicas, comuni-
(quatrocentos e cinquenta mil Kwanzas). cação social, energia, águas, recolha de resíduos, agências
ARTIGO 16.º bancárias e estabelecimentos de ensino, que podem operar
(Comparticipação nos testes)
com 100% da força de trabalho.
1. A realização de teste do Vírus SARS-CoV-2 por inicia- 3. Os profissionais afectos aos serviços descritos no
tiva dos cidadãos, quando efectuada nas unidades sanitárias número anterior não estão sujeitos ao dever de abstenção
públicas, está sujeita à comparticipação, nos termos defini- de circulação definido no n.º 2 do artigo 5.º do presente
dos pelos Departamentos Ministeriais responsáveis pelas Diploma.
Finanças Públicas e pela Saúde. 4. Os serviços previstos no n.º 2 devem, sempre que pos-
2. Os Departamentos Ministeriais responsáveis pelas sível, adoptar o regime de turnos.
Finanças Públicas e pela Saúde definem ainda o regime de 5. Sem prejuízo do disposto em norma específica, os
comparticipação nos restantes testes exigidos pelas autori- serviços administrativos do sector privado e as empresas
dades sanitárias, especialmente no teste pós-desembarque. públicas funcionam entre as 6h00 e as 17h00, com presença
ARTIGO 17.º de até 75% da força de trabalho.
(Protecção especial de cidadãos vulneráveis)
6. Os serviços públicos e privados devem, sempre que
1. Estão sujeitos à protecção especial os cidadãos vulne- possível, privilegiar o regime de turnos, o teletrabalho ou
ráveis à infecção por COVID-19, nomeadamente: outros mecanismos para prestação de actividade laboral de
a) Pessoas com idade igual ou superior a 60 anos; modo remoto.
b) Pessoas com doença crónica considerada de risco, ARTIGO 19.º
de acordo com as orientações das autoridades (Estabelecimentos de ensino)
sanitárias, designadamente os imuno-compro- 1. Mantém-se autorizada a actividade lectiva presen-
metidos, os doentes renais, os hipertensos, os cial nos estabelecimentos de ensino públicos e privados, em
diabéticos, os doentes cardiovasculares, doentes todos os níveis de ensino.
respiratórios crónicos, doentes oncológicos, 2. Sem prejuízo de regras específicas definidas em
doentes com anemia falciforme e pessoas com Diploma próprio, o funcionamento dos estabelecimentos de
obesidade; ensino deve observar o seguinte:
c) Gestantes. a) Distanciamento físico entre os alunos e entre estes
2. Os cidadãos abrangidos pelo disposto no número e o professor, não podendo, em caso algum, ser
anterior, quando detentores de vínculo laboral com entidade inferior a 1,5 m;
pública ou privada, estão dispensados da actividade laboral b) Uso obrigatório de máscara facial no interior do
presencial. estabelecimento de ensino;
3. Independentemente do previsto no número anterior, c) Dispensa da actividade lectiva presencial de
por acordo entre a entidade empregadora e o trabalhador, professores e alunos com doenças crónicas consi-
9174 DIÁRIO DA REPÚBLICA

deradas particularmente vulneráveis confirmada ARTIGO 21.º


(Competições e treinos desportivos)
por médico, devendo ser criadas condições para
a actividade lectiva não presencial; 1. Mantêm-se autorizadas as competições desportivas
d) Proibição de utilização de zonas comuns com forte nas modalidades federadas, sendo permitida a presença de
probabilidade de criar aglomerados; até 50% do público, com uso obrigatório de máscara, obser-
e) Duração máxima de 6 horas por período lectivo. vância de distanciamento físico e das demais regras de
3. É autorizado o funcionamento dos refeitórios, devendo biossegurança, sem prejuízo de outras determinadas pelos
ser observadas todas as regras de biossegurança e de distan- Departamentos Ministeriais competentes.
ciamento físico. 2. Inclui-se na autorização referida no número anterior
4. Por decisão das autoridades sanitárias locais, pode as modalidades de combate, natação e pesca desportiva,
ser determinado o encerramento temporário de estabeleci- com observância obrigatória das regras gerais e especiais de
mentos de ensino, verificada a inexistência das condições biossegurança.
de biossegurança e de distanciamento físico definidas pelas 3. Ao ente responsável pela organização da competição
autoridades sanitárias. compete tomar as medidas necessárias com vista à obser-
ARTIGO 20.º vância do disposto no n.º 1, sob pena de aplicação de multa,
(Instituições de Ensino de Estados Estrangeiros
que varia de Kz: 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil
e Escolas Internacionais)
Kwanzas) a Kz: 500.000,00 (quinhentos mil Kwanzas).
1. Mantém-se autorizada a actividade lectiva presencial
4. A prática de competições desportivas, prevista no pre-
nas Instituições de Ensino de Estados Estrangeiros e nas
sente artigo, está condicionada à apresentação de certificado
Escolas Internacionais, em todos os níveis de ensino.
de vacinação e à realização de teste do Vírus SARS-CoV-2
2. Sem prejuízo de outras regras fixadas no pre-
por parte de todos os agentes intervenientes no evento des-
sente Decreto Presidencial ou em diploma específico, as
portivo, realizado no dia da competição.
Instituições de Ensino de Estados Estrangeiros e as Escolas
5. A testagem referida no número anterior é da responsa-
Internacionais funcionam nos seguintes termos:
bilidade das instituições intervenientes no evento desportivo.
a) Obediência a calendário escolar próprio;
6. A violação do disposto no presente artigo é sancionada
b) Autonomia funcional na determinação do
modelo de reinício das aulas e distribuição com multa, que varia entre os Kz: 250.000,00 (duzentos e
das classes; cinquenta mil Kwanzas) e os Kz: 500.000,00 (quinhentos
c) Distanciamento físico entre os alunos e entre estes mil Kwanzas).
e o professor, não podendo, em caso algum, ser ARTIGO 22.º
(Prática desportiva individual e de lazer)
inferior a 1,5 m;
d) Dispensa da actividade lectiva presencial de 1. A prática desportiva individual e de lazer em espaços
professores e alunos com doenças crónicas abertos é feita, todos os dias, entre as 5h00 e as 21h00, com
consideradas particularmente vulneráveis observância de distanciamento físico entre os participantes.
pelas autoridades sanitárias, devendo ser cria- 2. Em caso algum a prática desportiva individual pode
das condições para a actividade lectiva não agrupar mais do que 5 pessoas.
presencial; 3. Na realização de prática desportiva, não é obrigatório
e) Duração máxima de 6 horas por período lectivo. o uso de máscara facial.
3. É autorizado o funcionamento dos refeitórios, devendo 4. É autorizada a abertura de ginásios de acesso ao
ser observadas todas as regras de biossegurança e de distan- público e equiparados que funcionam em espaço aberto ou
ciamento físico. fechado.
4. Sem prejuízo da autonomia funcional prevista na alí- 5. Os ginásios referidos no número anterior funcionam
nea b) do n.º 2 do presente artigo, as Instituições de Ensino com até 50% da capacidade do espaço e com observância do
de Estados Estrangeiros e as Escolas Internacionais têm distanciamento físico entre os praticantes, devendo ser feita
o dever de diálogo permanente com as instituições res- higienização regular dos espaços e dos equipamentos.
ponsáveis pelo Sector da Educação e com as autoridades 6. A violação do disposto no presente artigo é sancio-
sanitárias, devendo, especialmente, comunicar sobre todas nada com multa, que varia entre os Kz: 20.000,00 (vinte mil
as alterações ocorridas na actividade lectiva. Kwanzas) e os Kz: 30.000,00 (trinta mil Kwanzas).
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ARTIGO 23.º 5. A violação do disposto nos números anteriores dá


(Comércio de bens e serviços)
lugar à aplicação de multa, que varia entre os Kz: 350.000,00
1. O exercício da actividade comercial de bens e servi- (trezentos e cinquenta mil Kwanzas) e os Kz: 450.000,00
ços em geral, incluindo nas cantinas e similares, pode ser (quatrocentos e cinquenta mil Kwanzas).
realizado entre as 7h00 e as 22h00, observadas as regras de 6. Sempre que as Forças de Ordem e Segurança tiverem
biossegurança e de distanciamento físico, devendo ainda ser conhecimento das infracções ao disposto no presente artigo,
adoptada a regra de controlo da temperatura no acesso e a devem determinar o encerramento temporário do estabeleci-
instalação de pontos de higienização das mãos à entrada e mento, por um período entre os 30 e os 90 dias, calculados
no interior das instalações. em função da gravidade da infracção.
2. O exercício das actividades previstas no número ante- ARTIGO 25.º
(Mercados e venda ambulante)
rior funciona com até 75% da força de trabalho e até 75% de
clientes no interior do estabelecimento. 1. Mantém-se o funcionamento dos mercados públicos e
3. Sem prejuízo do disposto no n.º 1, entre o dia 15 de dos mercados de artesanato, bem como da venda ambulante,
Dezembro de 2021 e o dia 5 de Janeiro de 2022, as activi- segundo as regras definidas pelas autoridades locais.
dades previstas no presente artigo podem ser realizadas nos 2. Para os vendedores e compradores nos mercados, é
termos normais previstos pela Lei, observadas as regras de obrigatório o uso de máscara facial e a observância do dis-
biossegurança e de distanciamento físico. tanciamento físico.
4. A violação do disposto no presente artigo é sancionada 3. Sem prejuízo do disposto no n.º 1 do presente artigo,
com multa, que varia entre os Kz: 250.000,00 (duzentos e verificando-se incumprimento reiterado das medidas de bios-
cinquenta mil Kwanzas) e os Kz: 400.000,00 (quatrocentos segurança nos mercados públicos e de artesanato, os órgãos
mil Kwanzas). da Administração Municipal podem ordenar o encerramento
temporário compulsivo dos mesmos, sem aviso prévio.
5. Sempre que as autoridades de ordem pública tiverem
4. Os órgãos competentes da Administração Local
conhecimento das infracções ao disposto no presente artigo,
devem criar as condições para a higienização regular dos
devem determinar o encerramento temporário do estabeleci-
mercados.
mento, nos termos da lei.
5. A violação do disposto no n.º 2 dá lugar à aplica-
ARTIGO 24.º
(Restaurantes e similares) ção de multa, que varia entre os Kz: 15.000,00 (quinze mil
Kwanzas) e os Kz: 20.000,00 (vinte mil Kwanzas).
1. Os restaurantes e similares mantêm-se em funciona-
ARTIGO 26.º
mento, para atendimento no local, entre as 6h00 e as 22h00. (Actividades e reuniões)
2. Sem prejuízo de outras regras específicas, o funcio-
1. As actividades e reuniões realizadas em espaço
namento dos restaurantes e similares obedece às seguintes
fechado não devem exceder a lotação de 50% da capacidade
regras:
da sala, nem o número máximo de 500 pessoas, sendo obri-
a) A ocupação dos estabelecimentos não deve exce-
gatório o uso da máscara facial e a observância das medidas
der 50% da sua capacidade;
de biossegurança e de distanciamento físico.
b) Limite máximo de quatro pessoas por mesa; 2. As actividades e reuniões realizadas em espaço
c) Proibição de atendimentos ao balcão, devendo aberto devem observar o distanciamento físico mínimo
todos os atendimentos ser feitos em mesa; de 2 m entre os participantes e ser realizadas em espaço
d) Proibição de serviços de alimentação em regime delimitado, devendo os organizadores assegurar a disponi-
self-service; bilidade de máscara facial e o cumprimento das medidas de
e) Observância das regras de biossegurança e do dis- biossegurança.
tanciamento físico entre os clientes. 3. O disposto no número anterior aplica-se às actividades
3. Sem prejuízo do disposto no n.º 1, entre o dia 15 de políticas e cívicas massivas realizadas na via pública.
Dezembro de 2021 e o dia 5 de Janeiro de 2022, os res- 4. Sem prejuízo do disposto no n.º 2, as actividades polí-
taurantes e similares funcionam entre as 6h00 e as 00h00, ticas e cívicas massivas não podem ter carácter ambulante,
observadas todas as restantes regras previstas no presente devendo ser circunscritas a local determinado.
artigo. 5. Nos casos previstos nos números anteriores, reco-
4. Mantém-se proibido o uso das pistas de dança nos res- menda-se que os eventos levem o mínimo necessário de
taurantes e similares. tempo, com vista a reduzir o período de exposição das pes-
9176 DIÁRIO DA REPÚBLICA

soas e, sempre que possível, se opte por meios digitais de com carácter não dançante funcionam até às 00h00, observa-
comunicação. das todas as restantes regras previstas no presente Diploma.
6. As actividades e reuniões com número superior aos 8. Sempre que se verifique o incumprimento do disposto
limites previstos no presente artigo estão sujeitas à autoriza- no número anterior, os órgãos competentes determinam o
ção das autoridades sanitárias. encerramento compulsivo dos estabelecimentos por um
7. A violação do disposto no presente artigo é sancionada período entre os 30 e os 90 dias, calculados em função da
com multa, que varia entre os Kz: 400.000,00 (quatrocen- gravidade da infracção, podendo a desobediência origi-
tos mil Kwanzas) e os Kz: 500.000,00 (quinhentos mil nar crime, nos termos do artigo 39.º do presente Diploma,
Kwanzas). e determinar a apreensão definitiva dos respectivos bens e
8. A multa pela infracção prevista no número anterior é equipamentos e posterior comercialização em hasta pública,
da responsabilidade do promotor do evento. nos termos da Lei n.º 12/11, de 16 de Fevereiro.
ARTIGO 27.º 9. As violações ao disposto no presente artigo são san-
(Actividades recreativas, culturais e de lazer na via pública cionadas com multas, que variam entre os Kz: 400.000,00
ou em espaço público)
(quatrocentos mil Kwanzas) e os Kz: 600.000,00 (seiscen-
1. Os museus, teatros, monumentos e similares, bem tos mil Kwanzas), sem prejuízo do encerramento temporário
como as bibliotecas e mediatecas mantêm-se em funciona- dos locais, nos termos da lei.
mento, até às 20h00, sendo obrigatório o uso de máscara
ARTIGO 28.º
facial e a observância das regras de biossegurança e de (Actividades religiosas)
distanciamento físico, não devendo exceder 50% da sua 1. É permitida a realização de actividades religiosas
capacidade. todos os dias da semana.
2. Mantém-se permitida a realização de feiras de cul- 2. Sem prejuízo das regras específicas fixadas pelos
tura e arte, bem como de exposições de moda ou similares, Departamentos Ministeriais competentes, as actividades
em espaços públicos ou privados, até às 20h00, sendo obri- religiosas funcionam nos seguintes termos:
gatório o uso de máscara facial e a observância das regras a) Uso obrigatório de máscara facial;
de biossegurança e de distanciamento físico, não devendo b) Distanciamento físico durante as celebrações;
exceder 50% da capacidade do local. c) Lotação limitada a 50% da capacidade do lugar de
3. É autorizado o funcionamento dos cinemas em todo celebração, quando realizados em local fechado,
o território nacional até às 22h00, observada a obrigação de com o limite máximo de 100 pessoas, sendo res-
uso de máscara facial, do distanciamento físico e das res- peitada a distância mínima de 2 m entre os fiéis;
tantes regras de biossegurança fixadas pelos Departamentos d) Afixação no exterior dos lugares de culto da capa-
Ministeriais competentes, não devendo exceder 50% da cidade de lotação do espaço;
capacidade de lotação das salas. e) Colocação de recipientes para oferta em pontos
4. Mantém-se interdito o funcionamento dos clubes de de fácil acesso, devendo os fiéis deslocar-se ao
diversão nocturna. respectivo local observando o devido distancia-
5. É permitido o funcionamento dos casinos e salas de mento físico;
jogos até às 22h00, sendo obrigatório o uso de máscara facial e f) Desinfecção e ventilação regular dos lugares de
a observância das regras de biossegurança e de distanciamento culto.
físico, não devendo exceder 50% da capacidade do local. 3. Com vista a evitar o confinamento prolongado de fiéis
6. São permitidos espectáculos de música com carácter nos lugares de culto, reduzindo o risco de exposição, é reco-
não dançante, até às 22h00, nos seguintes termos: mendado que as celebrações em espaço fechado tenham
a) Realizados em salas fechadas; uma duração máxima de duas horas.
b) Limitação de até 75% da capacidade do espaço; 4. As autorizações previstas no presente artigo são cir-
c) Proibição de pistas de dança; cunscritas às entidades religiosas legalmente reconhecidas e
d) Plateia sentada, com um distanciamento mínimo que possuam condições de biossegurança para a realização
de 2 m; das celebrações.
e) Uso obrigatório de máscara facial. 5. As celebrações religiosas devem ser realizadas em
7. Sem prejuízo do disposto nos n.os 3, 5 e 6, entre o dia espaço aberto sempre que o local de culto não ofereça con-
15 de Dezembro de 2021 e o dia 5 de Janeiro de 2022, os dições para suficiente ventilação e para distanciamento
cinemas, casinos, salas de jogos e espectáculos de música físico entre os fiéis, mediante autorização das autoridades
I SÉRIE –– N.º 223 –– DE 29 DE NOVEMBRO DE 2021 9177

locais competentes, nos termos do n.º 2 do artigo 24.º da Lei ção dada pela Lei n.º 14/20, de 22 de Maio, sem prejuízo das
n.º 12/19, de 14 de Maio, não devendo, em caso algum, sanções administrativas aplicáveis.
exceder o limite de 150 pessoas. 3. A violação do disposto no presente artigo dá lugar
6. Não podem ser realizadas celebrações entre as 00h00 à aplicação de multa, que varia entre os Kz: 200.000,00
e as 5h00. (duzentos mil Kwanzas) e os Kz: 400.000,00 (quatrocentos
7. É proibida a realização de peregrinações. mil Kwanzas).
8. A violação do disposto no presente artigo pode dar 4. A multa prevista no número anterior é da responsa-
lugar à suspensão, interdição ou encerramento das activida- bilidade da pessoa, individual ou colectiva, promotora do
des, nos termos do artigo 52.º da Lei n.º 12/19, de 14 de ajuntamento.
Maio. ARTIGO 31.º
(Bebidas alcoólicas)
ARTIGO 29.º
(Ajuntamentos) 1. É interdita a comercialização e o consumo de bebidas
1. São permitidos ajuntamentos domiciliares até ao alcoólicas na via pública.
limite de 50% da capacidade do local. 2. A infracção ao disposto no presente artigo é sancio-
2. A partir do dia 15 de Dezembro, são permitidos ajun- nada com multa, que varia entre os Kz: 25.000,00 (vinte
tamentos de carácter festivo em local não domiciliar, salões e cinco mil Kwanzas) e os Kz: 50.000,00 (cinquenta mil
de festas e estabelecimentos similares, até à meia-noite Kwanzas).
(00h00), nos seguintes termos: ARTIGO 32.º
a) Obrigação de apresentação de certificado de vacina (Cerimónias fúnebres)

ou teste SARS-CoV-2 com resultado negativo 1. São permitidas cerimónias fúnebres com até 50 par-
realizado até 7 dias antes; ticipantes, devendo os funerais realizar-se no período
b) Lotação de 50% da capacidade do espaço. compreendido entre as 8h00 e as 13h00, obedecendo às
3. A violação do disposto no número anterior dá lugar à regras de biossegurança e distanciamento físico.
aplicação de multa, que varia entre os Kz: 600.000,00 (seis- 2. Nos funerais de pessoas que tenham como causa de
centos mil Kwanzas) e os Kz: 800.000,00 (oitocentos mil morte a COVID-19, são permitidos até 20 participantes, sem
Kwanzas), ao encerramento compulsivo do estabelecimento prejuízo de outras regras definidas pelas autoridades sanitá-
por um período entre 30 e 90 dias, calculados em função rias, devendo os funerais realizar-se apenas no período da
da gravidade da infracção, havendo apreensão definitiva dos tarde.
bens e equipamentos e posterior comercialização em hasta 3. Nas cerimónias fúnebres realizadas nos termos do
pública, nos termos da Lei n.º 12/11, de 16 de Fevereiro. disposto nos números anteriores, é obrigatório o uso de más-
4. A violação do disposto no n.º 1 dá lugar à aplicação de cara facial e a observância do distanciamento físico, sendo
multa, que varia entre os Kz: 100.000,00 (cem mil kwanzas) vedado o acesso ao cemitério por parte de pessoas sem más-
e os Kz: 200.000,00 (duzentos mil Kwanzas). cara facial.
5. São individualmente responsáveis pelo pagamento das ARTIGO 33.º
(Transportes colectivos de pessoas e bens)
multas previstas no número anterior as entidades responsá-
veis pela promoção dos ajuntamentos e os proprietários ou 1. Os transportes colectivos urbanos, interurbanos e inter-
responsáveis dos locais onde estes se realizem. provinciais de passageiros, públicos e privados, funcionam
ARTIGO 30.º com até 75% da sua lotação, sendo especialmente recomen-
(Ajuntamentos na via pública) dada a imunização de todos os motoristas e passageiros.
1. Sem prejuízo das situações previstas no presente 2. As empresas que prestem os serviços previstos no
Diploma, não são permitidos ajuntamentos, de qualquer número anterior devem adequar a sua força de trabalho, de
natureza, superiores a 10 pessoas na via pública. forma a garantir a continuidade dos serviços, e realizar a
2. Para efeitos do número anterior, as Forças de Segurança higienização e desinfecção regular dos veículos.
e Ordem Pública asseguram a circulação dos cidadãos, 3. Sem prejuízo de poder dar lugar à apreensão do veí-
intervindo sobre os aglomerados de mais de 10 pessoas, culo e à suspensão da respectiva licença quando aplicável, a
sendo que a resistência às ordens directas das autoridades é violação do disposto no n.º 1 do presente artigo é sancionada
sancionada como crime de desobediência, nos termos do arti- com multa, que varia entre os Kz: 50.000,00 (cinquenta mil
go 24.º da Lei n.º 28/03, de 7 de Novembro, com a redac- Kwanzas) e os Kz: 100.000,00 (cem mil Kwanzas).
9178 DIÁRIO DA REPÚBLICA

4. Sem prejuízo do disposto no n.º 1, a partir do dia 15 de ARTIGO 38.º


(Receita das multas)
Dezembro os transportes colectivos urbanos, interurbanos e
interprovinciais de passageiros, públicos e privados, funcio- 1. A totalidade da receita resultante das multas aplica-
nam nos termos normais da Lei, observadas as medidas de das por violação das medidas previstas no presente Diploma
biossegurança e de distanciamento físico. reverte a favor da província onde a mesma é aplicada,
devendo ser exclusivamente destinada à melhoria das suas
ARTIGO 34.º
(Moto-táxi) condições de biossegurança.
1. Nos serviços de moto-táxi, é obrigatório o uso de más- 2. A receita referida no número anterior é disponibilizada
cara facial para o passageiro e o condutor. aos Governos Provinciais a título de quota financeira.
2. A violação do previsto no presente artigo é sancio- 3. Compete ao Departamento Ministerial responsável
nada com multa, que varia entre os Kz: 5.000,00 (cinco mil pelas Finanças Públicas assegurar a operacionalização téc-
Kwanzas) e os Kz: 10.000,00 (dez mil Kwanzas). nica do pagamento das multas referidas no número anterior.
ARTIGO 39.º
ARTIGO 35.º
(Fiscalização)
(Praias, piscinas e marinas)
1. A fiscalização do cumprimento dos deveres previstos
1. Mantém-se temporariamente suspenso o acesso às
no presente Diploma, incluindo a aplicação de multas, é da
praias, piscinas de acesso ao público e demais zonas balnea-
responsabilidade das autoridades de ordem pública, de ins-
res, estando o levantamento da suspensão sujeito à avaliação
pecção e fiscalização legalmente competentes.
da situação epidemiológica.
2. Nos termos do disposto no número anterior, as autoridades
2. Enquanto se mantiver a interdição do acesso às praias,
de ordem pública podem determinar as medidas que se reve-
piscinas de acesso ao público e demais zonas balneares, a
lem necessárias para o cumprimento do disposto no presente
sua violação dá lugar à aplicação de multa, que varia entre
Diploma, incluindo o encerramento compulsivo de estabeleci-
os Kz: 30.000,00 (trinta mil Kwanzas) e os Kz: 50.000,00
mentos comerciais, mercados, restaurantes e similares.
(cinquenta mil Kwanzas).
3. O encerramento compulsivo previsto no número
3. Mantém-se permitido o acesso aos clubes navais e
anterior pode ser realizado mesmo depois de consumada a
marinas para fins desportivos, bem como a utilização de
infracção, desde que as autoridades de ordem pública tenham
embarcações para fins recreativos.
conhecimento por qualquer meio de prova disponível.
4. A utilização de embarcações para fins recreativos obe-
ARTIGO 40.º
dece a uma lotação não superior a 50% da capacidade. (Falsas declarações)
5. A violação do disposto no número anterior dá lugar à As informações falsas prestadas nos casos das situações
aplicação de multa, que varia entre os Kz: 100.000,00 (cem previstas no n.º 3 do artigo 9.º e do n.º 3 do artigo 12.º do pre-
mil Kwanzas) e os Kz: 300.000,00 (trezentos mil Kwanzas). sente Diploma são sancionadas nos termos gerais da Lei Penal.
CAPÍTULO III ARTIGO 41.º
(Desobediência)
Infracções
A resistência ao cumprimento das medidas previstas no
ARTIGO 36.º
(Multas) presente Decreto Presidencial constitui crime de desobe-
1. A determinação do valor da multa aplicável, nos casos diência, nos termos do artigo 24.º da Lei n.º 28/03, de 7 de
previstos no presente Diploma, varia consoante o tipo de Novembro, com a redacção dada pela Lei n.º 14/20, de 22 de
infracção, a culpa, o benefício e a capacidade económica do Maio, sem prejuízo das sanções administrativas aplicáveis.
agente. CAPÍTULO IV
2. O disposto no presente Diploma não prejudica a res- Disposições Finais e Transitórias
ponsabilidade civil do infractor. ARTIGO 42.º
ARTIGO 37.º (Interdição temporária de entrada)
(Processamento das multas)
1. Sem prejuízo do disposto no artigo 9.º, a partir do dia
As multas decorrentes de penalização por violação das 1 de Dezembro é temporariamente suspensa a entrada no
medidas previstas no presente Diploma podem ser pro- País, por qualquer via, de cidadãos provenientes dos seguin-
cessadas e cobradas por qualquer instrumento destinado a tes países:
possibilitar a sua recolha para a Conta Única do Tesouro a) República da África do Sul;
Nacional. b) República do Botsuana;
I SÉRIE –– N.º 223 –– DE 29 DE NOVEMBRO DE 2021 9179

c) Reino de Eswatini; no presente artigo, a sua programação e as regras gerais a


d) República do Malawi; observar por todos os intervenientes.
e) República de Moçambique; ARTIGO 44.º
f) República da Namíbia; (Aplicação subsidiária)
g) República do Zimbabué. Em tudo não previsto no presente Diploma, são subsi-
2. A interdição prevista no número anterior é também diariamente aplicáveis as normas constantes do Decreto
aplicável aos cidadãos que tenham feito trânsito em qual- Presidencial n.º 142/20, de 25 de Maio, que não contrariem
quer dos países. o disposto no presente Decreto Presidencial.
3. Exceptuam-se do âmbito do presente artigo os cida- ARTIGO 45.º
dãos de nacionalidade angolana e os estrangeiros residentes (Revogação)
que, em caso de proveniência ou trânsito em qualquer dos É revogado o Decreto Presidencial n.º 257/21, de 29 de
países designados no n.º 1, são obrigados à observância de
Outubro.
quarentena domiciliar de 14 dias, independentemente do seu ARTIGO 46.º
estágio de imunização. (Dúvidas e omissões)

4. Sem prejuízo da responsabilização criminal, nos ter- As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
mos da lei, a violação da quarentena domiciliar é sancionada aplicação do presente Decreto Presidencial são resolvidas
com multa, que varia entre os Kz: 250.000,00 (duzentos e pelo Presidente da República.
cinquenta mil Kwanzas) e os Kz: 350.000,00 (trezentos e
ARTIGO 47.º
cinquenta mil Kwanzas), para além da transformação em (Entrada em vigor)
quarentena institucional. O presente Diploma entra em vigor à meia-noite (0h00)
ARTIGO 43.º do dia 30 de Novembro de 2021.
(Retoma gradual de voos)
Publique-se.
1. A partir do dia 1 de Janeiro de 2022, é permitida a rea-
lização de voos regulares de e para a República da Índia. Luanda, aos 29 de Novembro de 2021.
2. Os Departamentos Ministeriais competentes em razão O Presidente da República, João Manuel Gonçalves
da matéria definem a cadência gradual dos voos previstos Lourenço. (21-9245-A-PR)

O. E. 1611 - 11/223 - 150 ex. - I.N.-E.P. - 2021

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