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Sexta-feira, 29 de Outubro de 2021 I Série – N.

º 206

DIÁRIO DA REPÚBLICA
ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA
Preço deste número - Kz: 510,00
oda a correspondência, quer oficial, quer ASSINATURA O preço de cada linha publicada nos Diários
relativa a anúncio e assinaturas do Diário Ano da República 1.ª e 2.ª série é de z: 75.00 e para
da República , deve ser dirigida à Imprensa
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.imprensanacional.gov.ao - nd. teleg.: A 2.ª série . ... ... ... ... ... ... z: 454.291,57 3.ª série de depósito prévio a efectuar na tesouraria
Imprensa . A 3.ª série . ... ... ... ... ... ... z: 360.529,54 da Imprensa Nacional - . P.

SUMÁRIO MEDIDAS EXCEPCIONAIS E TEMPORÁRIAS


A VIGORAR DURANTE A SITUAÇÃO
Presidente da República DE CALAMIDADE PÚBLICA DECLARADA
Decreto Presidencial n.º 257/21: POR FORÇA DA COVID-19
Actualiza as Medidas de Prevenção e Controlo da Propagação do Vírus
SARS-CoV-2 e da COVID-19, assim como as regras de funciona- CAPÍTULO I
mento dos serviços públicos e privados, dos equipamentos sociais Disposições Gerais
e outras actividades durante a vigência da Situação de Calamidade
Pública. — Revoga os Decretos Presidenciais n.os 241/21, de 30 de ARTIGO 1.º
Setembro, e 254-A/21, de 14 de Outubro. (Objecto)

Ministério da Educação O presente Decreto Presidencial actualiza as Medidas de


Decreto Executivo n.º 590/21: Prevenção e Controlo da Propagação do Vírus SARS-CoV-2
Cria as Escolas do II Ciclo do Ensino Secundário Geral denominadas e da COVID-19, assim como as regras de funcionamento
Liceu n.º 379 — 4 de Fevereiro e Liceu n.º 382 do Panguila, sitas no dos serviços públicos e privados, dos equipamentos sociais
Município do Dande, Província do Bengo, com 12 salas de aulas, e outras actividades durante a vigência da Situação de
36 turmas, 3 turnos, e aprova o quadro de pessoal das Escolas
criadas.
Calamidade Pública.
ARTIGO 2.º
(Âmbito territorial)

PRESIDENTE DA REPÚBLICA Sem prejuízo do disposto em artigos específicos, as


medidas previstas no presente Diploma abrangem todo o
território nacional.
Decreto Presidencial n.º 257/21
de 29 de Outubro ARTIGO 3.º
(Vigência)
Havendo a necessidade de se proceder à actualização das
1. As medidas previstas no presente Diploma vigoram
Medidas de Prevenção e Controlo da Propagação do Vírus
até às 23h59 do dia 30 de Novembro de 2021.
SARS-CoV-2 e da COVID-19; 2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, as medi-
Considerando a evolução da situação epidemiológica e a das previstas no presente Diploma podem ser alteradas em
necessidade de se intensificar o processo de imunização con- função da evolução da situação epidemiológica.
tra o Vírus SARS-CoV-2; ARTIGO 4.º
O Presidente da República decreta, nos termos da alí- (Medidas de protecção individual)
nea m) do artigo 120.º e do n.º 4 do artigo 125.º, ambos da 1. Sem prejuízo do disposto no presente Diploma em
Constituição da República de Angola, conjugados com os domínios específicos, é obrigatório o uso correcto de más-
artigos 5.º e 19.º da Lei n.º 5/87, de 23 de Fevereiro, a alínea c) cara facial na via pública, nos espaços fechados de acesso
do n.º 2 do artigo 11.º da Lei n.º 28/03, de 7 de Novembro, público, nos transportes públicos e transportes colectivos,
com as alterações introduzidas pela Lei n.º 14/20, de 22 de nos estabelecimentos de ensino, na venda ambulante e nos
Maio, o seguinte: mercados.
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2. A não utilização de máscara facial, quando obrigatória, 3. Para efeitos do disposto no presente artigo, são reco-
ou a sua utilização incorrecta, dá lugar à aplicação de multa nhecidos como válidos os Certificados de Vacinação, ou
que varia entre os Kz: 15.000,00 (quinze mil Kwanzas) e os documentos equivalentes, emitidos por Estados Estrangeiros,
Kz: 20.000,00 (vinte mil Kwanzas). nos termos a definir pelas autoridades sanitárias.
3. Para efeitos do presente Diploma, considera-se uti-
ARTIGO 8.º
lização incorrecta de máscara facial quando não se cubra, (Obrigação de apresentação de Certificado de Vacinação)
simultaneamente, o nariz e a boca. 1. É obrigatória a apresentação de Certificado de
4. Os responsáveis dos locais onde seja obrigatória a uti- Vacinação, pelos cidadãos maiores de 18 anos, nos seguin-
lização de máscara facial devem adoptar todas as medidas tes casos:
necessárias com vista a impedir o acesso e/ou recusar a pres- a) Participação em concurso público de ingresso na
tação de serviços aos cidadãos sem máscara facial. Administração Pública, nomeadamente nos
Sectores da Educação, da Saúde e das Forças de
ARTIGO 5.º
Defesa e Segurança;
(Dever cívico de recolhimento domiciliar)
b) Viagens de cidadãos nacionais e estrangeiros resi-
1. Recomenda-se a todos os cidadãos que se abstenham dentes para o exterior do País;
de circular em espaços e vias públicas e equiparadas, e que c) Acesso aos serviços públicos, empresas públicas
permaneçam no respectivo domicílio, excepto para desloca- e entes equiparados, por parte dos funcionários,
ções necessárias e inadiáveis. trabalhadores e prestadores de serviços;
2. É especialmente recomendada a abstenção de circula- d) Acesso a estabelecimentos de educação e ensino,
por parte dos docentes e pessoal administrativo;
ção ou permanência na via pública das 00h00 às 5h00.
e) Acesso a restaurantes e similares, por parte dos
3. As Forças de Defesa e Segurança devem zelar pelo
responsáveis, trabalhadores e clientes;
cumprimento do disposto no presente artigo, reforçando a f) Acesso aos estabelecimentos comerciais, por parte
fiscalização no período entre as 00h00 e as 5h00. dos responsáveis e trabalhadores;
ARTIGO 6.º g) Acesso a cinemas, museus, teatros, monumentos
(Recomendação de imunização) e similares;
1. Com vista à defesa da saúde pública, é recomendada h) Acesso a actividades e reuniões em espaço fechado;
i) Acesso a ginásios, recintos desportivos e similares;
a todos os cidadãos, maiores de 18 anos, a imunização por
j) Acesso a casinos e salas de jogos;
via de vacina.
k) Acesso a espectáculos musicais.
2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, é estri- 2. A obrigação de apresentação de Certificado de
tamente recomendada a imunização, por via de vacina, de Vacinação, estatuída no presente artigo, pode ser substituída
todos os profissionais do sector público, administrativo e pela apresentação de comprovativo que ateste a toma de
empresarial, e da administração militar. pelo menos uma dose da vacina contra a COVID-19 ou pela
3. É ainda estritamente recomendada a vacinação de apresentação de teste SARS-CoV-2 com resultado negativo,
todos os profissionais do sector privado que prestem serviço realizado até 7 dias antes.
3. Os responsáveis pela gestão das instituições e estabele-
de atendimento ao público em geral e aos cidadãos que se
cimentos abrangidos pelo disposto no n.º 1 do presente artigo
desloquem em viagens interprovinciais.
devem assegurar o seu cumprimento, sendo a inobservância
4. Para a facilitação do processo de vacinação, as insti- sancionada por multa que varia entre os Kz: 100.000,00 (cem
tuições públicas e privadas devem dispensar os funcionários mil Kwanzas) e os Kz: 300.000,00 (trezentos mil Kwanzas),
e trabalhadores no dia da vacinação. sem prejuízo da aplicação cumulativa de outros tipos de
5. As entidades privadas podem exigir a apresentação responsabilidade.
de Certificado de Vacinação ou de teste SARS-CoV-2 com 4. Os gestores públicos estão obrigados à fiscalização
resultado negativo, como condição de acesso aos serviços. rigorosa do previsto no n.º 1 do presente artigo, sendo o
incumprimento passível de responsabilização disciplinar,
ARTIGO 7.º
nos termos da lei.
(Certificado de Vacinação)
ARTIGO 9.º
1. A todos os cidadãos vacinados, com dose completa, (Defesa e controlo sanitário das fronteiras)
contra o Vírus SARS-CoV-2, é emitido um Certificado de 1. As fronteiras da República de Angola mantêm-
Vacinação, cujo modelo é definido pelo Ministério da Saúde. -se encerradas, estando as entradas e saídas do território
2. A emissão do Certificado de Vacinação, previsto no nacional sujeitas a controlo sanitário definido pelas autori-
número anterior, é da competência do Ministério da Saúde, dades competentes, de acordo com o Regulamento Sanitário
podendo ser em formato de papel ou digital. Internacional e com o Regulamento Sanitário Nacional.
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2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, são per- 3. As cercas sanitárias provinciais ou municipais podem
mitidas entradas e saídas do território nacional para efeitos de: ser fixadas, modificadas ou prorrogadas mediante acto con-
a) Regresso de cidadãos nacionais e estrangeiros junto dos Ministros da Saúde e do Interior.
4. Sem prejuízo das sanções criminais aplicáveis, a vio-
residentes em Angola, de cidadãos estrangeiros
lação da cerca sanitária provincial ou municipal, nos termos
detentores de visto de trabalho e de cidadãos
referidos no n.º 2 do presente artigo, é punível com multa
detentores de cartão de refugiado; que varia entre os Kz: 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil
b) Entrada de cidadãos detentores de visto de investi- Kwanzas) e os Kz: 350.000,00 (trezentos e cinquenta mil
dor e de visto de permanência temporária; Kwanzas).
c) Regresso de cidadãos estrangeiros aos respectivos ARTIGO 11.º
(Transladação de cadáveres)
países;
d) Viagens oficiais de e para o território nacional; É proibida a transladação internacional e interprovincial
de cadáveres cuja causa da morte seja a COVID-19.
e) Entrada e saída de carga, mercadoria e encomendas
ARTIGO 12.º
postais;
(Voos regulares)
f) Ajuda humanitária;
1. Para efeitos do disposto no artigo 9.º do presente
g) Emergências médicas; Diploma, é permitida a realização de voos regulares nacionais
h) Escalas técnicas; e internacionais, devendo limitar-se ao mínimo necessário e
i) Entrada e saída de pessoal diplomático e consular. adequado à situação epidemiológica, sem prejuízo da possi-
3. Sem prejuízo do disposto na alínea b) do n.º 1 do bilidade de suspensão temporária de certas rotas.
artigo 8.º, as entradas e saídas do território nacional, nos ter- 2. Para embarque nos voos domésticos, é obrigatória
mos do número anterior, não carecem de qualquer tipo de a apresentação de teste serológico com resultado negativo
efectuado nas 72 horas anteriores à viagem, sendo dispen-
autorização, estando dependentes da realização de teste pré-
sada qualquer autorização.
-embarque do Vírus SARS-CoV-2, com resultado negativo,
3. Os Departamentos Ministeriais competentes em
efectuado nas 72 horas anteriores à viagem.
razão da matéria definem a cadência gradual dos voos, a
4. Os cidadãos provenientes do exterior estão sujeitos sua programação e as regras gerais a observar por todos os
à realização de teste pós-desembarque do tipo rápido anti- intervenientes.
génio, para efeitos de controlo epidemiológico, sujeito à ARTIGO 13.º
comparticipação nos termos definidos pelos Departamentos (Quarentena)

Ministeriais da Saúde, das Finanças e dos Transportes. 1. Para os cidadãos nacionais, estrangeiros residentes e
5. Em caso de resultado positivo ao teste referido no membros do corpo diplomático acreditado em Angola pro-
número anterior, os cidadãos podem estar sujeitos a isola- venientes do exterior do País é obrigatória a observância de
quarentena domiciliar de até 7 dias.
mento institucional após avaliação médica realizada pela
2. Para os casos de cidadãos estrangeiros não residentes
entidade sanitária competente. provenientes do exterior do País e possuidores de residência
6. Sempre que se verifiquem sérios riscos de importa- própria é obrigatória a observância de quarentena domi-
ção do Vírus SARS-CoV-2 para o território nacional, os ciliar, salvo se as autoridades sanitárias considerarem não
Departamentos Ministeriais competentes podem determi- existirem condições para o efeito.
nar o encerramento ou suspensão temporária da circulação 3. Os cidadãos sujeitos à quarentena domiciliar, nos
termos dos números anteriores, assinam um termo de res-
aérea, terrestre, marítima e fluvial com países determinados,
ponsabilidade, nos termos definidos pelas autoridades
devendo as Forças de Defesa e Segurança zelar pelo reforço
sanitárias.
do controlo fronteiriço. 4. Considera-se concluída a quarentena domiciliar com
ARTIGO 10.º a emissão do título de alta pela autoridade sanitária com-
(Cerca sanitária provincial ou municipal) petente, a qual acontece após teste SARS-CoV-2 de tipo
1. Nas províncias ou municípios onde seja fixada cerca antigénio com resultado negativo, realizado até 7 dias após
o início da quarentena domiciliar.
sanitária, ficam as respectivas fronteiras sujeitas a controlo
5. Sempre que a situação epidemiológica recomendar
sanitário.
ou as autoridades sanitárias considerarem não existirem
2. As saídas das zonas sujeitas à cerca sanitária, nos ter- condições para a quarentena domiciliar, nomeadamente a
mos do presente artigo, estão condicionadas à realização observância do distanciamento físico, é determinada qua-
prévia do teste SARS-CoV-2. rentena institucional.
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6. Sem prejuízo do disposto no presente artigo, os 2. Os Departamentos Ministeriais responsáveis pelas


Ministérios da Saúde e da Juventude e Desportos podem Finanças Públicas e pela Saúde definem ainda o regime de
determinar regime específico para a quarentena de atletas de comparticipação nos restantes testes exigidos pelas autori-
alta competição. dades sanitárias, especialmente no teste pós-desembarque.
7. Sem prejuízo da responsabilização criminal, nos ter-
ARTIGO 17.º
mos da lei, a violação da quarentena domiciliar é sancionada (Protecção especial de cidadãos vulneráveis)
com multa que varia entre os Kz: 250.000,00 (duzentos e
1. Estão sujeitos à protecção especial os cidadãos vulne-
cinquenta mil Kwanzas) e os Kz: 350.000,00 (trezentos e
ráveis à infecção por COVID-19, nomeadamente:
cinquenta mil Kwanzas), para além da transformação em
a) Pessoas com idade igual ou superior a 60 anos;
quarentena institucional.
b) Pessoas com doença crónica considerada de risco,
ARTIGO 14.º
(Dispensa de quarentena em caso de imunização) de acordo com as orientações das autoridades
Sem prejuízo do disposto no número anterior, é dispen- sanitárias, designadamente os imuno-compro-
sada a observância de quarentena aos cidadãos portadores de metidos, os doentes renais, os hipertensos, os
Certificado de Vacinação contra a COVID-19 e que apresen- diabéticos, os doentes cardiovasculares, doentes
tem resultado negativo no teste obrigatório pós-desembarque. respiratórios crónicos, doentes oncológicos,
ARTIGO 15.º
doentes com anemia falciforme e pessoas com
(Isolamento) obesidade;
1. Nos casos definidos pelas autoridades sanitá- c) Gestantes.
rias, os cidadãos que tenham resultado positivo no teste 2. Os cidadãos abrangidos pelo disposto no número
SARS-CoV-2 e que não apresentem sintomas observam o anterior quando detentores de vínculo laboral com entidade
isolamento domiciliar e as demais medidas definidas pelas pública ou privada estão dispensados da actividade laboral
autoridades competentes. presencial.
2. Sempre que as autoridades sanitárias considera- 3. Independentemente do previsto no número anterior,
rem não existirem condições para o isolamento domiciliar, por acordo entre a entidade empregadora e o trabalhador,
quando o cidadão seja proveniente de um País com circula- podem ser criados regimes que permitam a realização de tra-
ção de novas estirpes do Vírus SARS-CoV-2 ou nos casos balho presencial em condições de segurança.
em que o cidadão possua outras doenças que recomendem 4. Os cidadãos vulneráveis sujeitos à protecção especial,
protecção especial ou ainda quando coabite com cidadãos
nos termos da alínea b) do n.º 1, devem fazer prova da sua
considerados vulneráveis, nos termos do presente Diploma,
condição através da apresentação de documento emitido por
é determinado o isolamento institucional.
médico.
3. Os cidadãos que coabitem com cidadãos em isola-
mento domiciliar estão sujeitos à quarentena domiciliar. CAPÍTULO II
4. Estão ainda sujeitos a isolamento institucional os cida- Medidas
dãos que testem positivo a SARS-CoV-2 e que estejam em
ARTIGO 18.º
estado crítico ou grave. (Serviços públicos e privados)
5. Considera-se concluído o isolamento domiciliar ou
1. Os serviços públicos administrativos funcionam no
institucional com a emissão do título de alta pela autoridade
sanitária competente, a qual acontece após a realização do período das 8h00 às 15h00, com presença de até 75% da
teste SARS-CoV-2 com resultado negativo. força de trabalho em simultâneo.
6. A violação do isolamento domiciliar dá origem à res- 2. Excepcionam-se do disposto no número anterior, os
ponsabilização criminal, nos termos da lei, sem prejuízo da serviços portuários, aeroportuários e conexos, os serviços
colocação compulsiva do infractor em isolamento institucio- tributários, os Órgãos de Defesa e Segurança, serviços de
nal e de aplicação de multa que varia entre os Kz: 350.000,00 saúde, serviços de comunicações electrónicas, comunicação
(trezentos e cinquenta mil Kwanzas) e os Kz: 450.000,00 social, energia, águas, recolha de resíduos, agências bancá-
(quatrocentos e cinquenta mil Kwanzas). rias e estabelecimentos de ensino que podem operar com
ARTIGO 16.º 100% da força de trabalho.
(Comparticipação nos testes) 3. Os profissionais afectos aos serviços descritos no
1. A realização de teste do Vírus SARS-CoV-2 por inicia- número anterior não estão sujeitos ao dever de abstenção
tiva dos cidadãos, quando efectuada nas unidades sanitárias de circulação definido no n.º 2 do artigo 5.º do presente
públicas, está sujeita à comparticipação, nos termos defini- Diploma.
dos pelos Departamentos Ministeriais responsáveis pelas 4. Os serviços previstos no n.º 2 devem, sempre que pos-
Finanças Públicas e pela Saúde. sível, adoptar o regime de turno.
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5. Sem prejuízo do disposto em norma específica, os c) Distanciamento físico entre os alunos e entre estes
serviços administrativos do sector privado e as empresas e o professor, não podendo, em caso algum, ser
públicas funcionam entre as 6h00 e as 17h00, com presença inferior a 1,5 m;
de até 75% da força de trabalho. d) Dispensa da actividade lectiva presencial de
6. Os serviços públicos e privados devem, sempre que professores e alunos com doenças crónicas
possível, privilegiar o regime de turnos, o teletrabalho ou consideradas particularmente vulneráveis pelas
outros mecanismos para a prestação de actividade laboral de autoridades sanitárias, devendo ser criadas con-
dições para a actividade lectiva não presencial;
modo remoto.
e) Duração máxima de 6 horas por período lectivo.
ARTIGO 19.º
3. É autorizado o funcionamento dos refeitórios, devendo
(Estabelecimentos de ensino)
ser observadas todas as regras de biossegurança e de distan-
1. Mantém-se autorizada a actividade lectiva presen- ciamento físico.
cial nos estabelecimentos de ensino públicos e privados, em 4. Sem prejuízo da autonomia funcional prevista na alí-
todos os níveis de ensino. nea b) do n.º 2 do presente artigo, as Instituições de Ensino
2. Sem prejuízo de regras específicas definidas em de Estados Estrangeiros e as Escolas Internacionais têm
diploma próprio, o funcionamento dos estabelecimentos de o dever de diálogo permanente com as instituições res-
ensino deve observar o seguinte: ponsáveis pelo Sector da Educação e com as autoridades
a) Distanciamento físico entre os alunos e entre estes sanitárias, devendo, especialmente, comunicar sobre todas
e o professor, não podendo, em caso algum, ser as alterações ocorridas na actividade lectiva.
inferior a 1,5 m; ARTIGO 21.º
b) Uso obrigatório de máscara facial no interior do (Competições e treinos desportivos)
estabelecimento de ensino; 1. Mantêm-se autorizadas as competições desportivas
c) Dispensa da actividade lectiva presencial de nas modalidades federadas, sendo permitida a presença de
professores e alunos com doenças crónicas consi- até 50% do público, com uso obrigatório de máscara, obser-
deradas particularmente vulneráveis confirmada vância de distanciamento físico e das demais regras de
por médico, devendo ser criadas condições para biossegurança, sem prejuízo de outras determinadas pelos
a actividade lectiva não presencial; Departamentos Ministeriais competentes.
d) Proibição de utilização de zonas comuns com forte 2. Inclui-se na autorização referida no número anterior
probabilidade de criar aglomerados; as modalidades de combate, natação e pesca desportiva
e) Duração máxima de 6 horas por período lectivo. com observância obrigatória das regras gerais e especiais de
3. É autorizado o funcionamento dos refeitórios, devendo biossegurança.
ser observadas todas as regras de biossegurança e de distan- 3. Ao ente responsável pela organização da competição
ciamento físico. compete tomar as medidas necessárias com vista à observân-
4. Por decisão das autoridades sanitárias locais pode cia do disposto no n.º 1, sob pena de aplicação de multa que
ser determinado o encerramento temporário de estabeleci- vai de Kz: 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil Kwanzas)
a Kz: 500.000,00 (quinhentos mil Kwanzas).
mentos de ensino, verificada a inexistência das condições
4. A prática de competições desportivas, prevista no pre-
de biossegurança e de distanciamento físico definidas pelas
sente artigo, está condicionada à apresentação de Certificado
autoridades sanitárias.
de Vacinação e à realização de teste do Vírus SARS-CoV-2
ARTIGO 20.º por parte de todos os agentes intervenientes no evento des-
(Instituições de Ensino de Estados Estrangeiros
portivo, realizado no dia da competição.
e Escolas Internacionais)
5. A testagem referida no número anterior é da responsa-
1. Mantém-se autorizada a actividade lectiva presencial bilidade das instituições intervenientes no evento desportivo.
nas Instituições de Ensino de Estados Estrangeiros e nas 6. A violação do disposto no presente artigo é sancio-
Escolas Internacionais, em todos os níveis de ensino. nada com multa que varia entre os Kz: 250.000,00 (duzentos
2. Sem prejuízo de outras regras fixadas no pre- e cinquenta mil Kwanzas) e os Kz: 500.000,00 (quinhentos
sente Decreto Presidencial ou em diploma específico, as mil Kwanzas).
Instituições de Ensino de Estados Estrangeiros e as Escolas ARTIGO 22.º
Internacionais funcionam nos seguintes termos: (Prática desportiva individual e de lazer)
a) Obediência a calendário escolar próprio; 1. A prática desportiva individual e de lazer em espaços
b) Autonomia funcional na determinação do modelo abertos é feita, todos os dias, entre as 5h00 e as 21h00, com
de reinício das aulas e distribuição das classes; observância de distanciamento físico entre os participantes.
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2. Em caso algum a prática desportiva individual pode 3. É expressamente proibido o uso das pistas de dança
agrupar mais do que 5 pessoas. nos restaurantes e similares.
3. Na realização de prática desportiva não é obrigatório 4. A violação do disposto nos números anteriores dá
o uso de máscara facial. lugar à aplicação de multa que varia entre os Kz: 350.000,00
4. É autorizada a abertura de ginásios de acesso ao público (trezentos e cinquenta mil Kwanzas) e os Kz: 450.000,00
e equiparados que funcionam em espaço aberto ou fechado. (quatrocentos e cinquenta mil Kwanzas).
5. Os ginásios referidos no número anterior funcionam 5. Sempre que as Forças de Ordem e Segurança tiverem
com até 50% da capacidade do espaço e com observância do conhecimento das infracções ao disposto no presente artigo,
distanciamento físico entre os praticantes, devendo ser feita devem determinar o encerramento temporário do estabeleci-
higienização regular dos espaços e dos equipamentos. mento, por um período entre os 30 e os 90 dias, calculados
6. A violação do disposto no presente artigo é sancio- em função da gravidade da infracção.
nada com multa que varia entre os Kz: 20.000,00 (vinte mil ARTIGO 25.º
(Mercados e venda ambulante)
Kwanzas) e os Kz: 30.000,00 (trinta mil Kwanzas).
1. Mantém-se o funcionamento dos mercados públicos e
ARTIGO 23.º
(Comércio de bens e serviços)
dos mercados de artesanato, bem como da venda ambulante,
segundo as regras definidas pelas autoridades locais.
1. O exercício da actividade comercial de bens e servi-
2. Para os vendedores e compradores nos mercados, é
ços em geral, incluindo nas cantinas e similares, pode ser obrigatório o uso de máscara facial e a observância do dis-
realizado entre as 7h00 e as 22h00, observadas as regras de tanciamento físico.
biossegurança e de distanciamento físico, devendo ainda ser 3. Sem prejuízo do disposto no n.º 1 do presente artigo,
adoptada a regra de controlo da temperatura no acesso e a verificando-se incumprimento reiterado das medidas de bios-
instalação de pontos de higienização das mãos à entrada e segurança nos mercados públicos e de artesanato, os Órgãos
no interior das instalações. da Administração Municipal podem ordenar o encerramento
2. O exercício das actividades previstas no número ante- temporário compulsivo dos mesmos, sem aviso prévio.
rior funciona com até 75% da força de trabalho e até 75% de 4. Os órgãos competentes da Administração Local devem
clientes no interior do estabelecimento. criar as condições para a higienização regular dos mercados.
3. A violação do disposto no presente artigo é sancionada 5. A violação do disposto no n.º 2 dá lugar à aplica-
com multa, que varia entre os Kz: 250.000,00 (duzentos e ção de multa que varia entre os Kz: 15.000,00 (quinze mil
cinquenta mil Kwanzas) e os Kz: 400.000,00 (quatrocentos Kwanzas) e os Kz: 20.000,00 (vinte mil Kwanzas).
mil Kwanzas). ARTIGO 26.º
4. Sempre que as autoridades de ordem pública tiverem (Actividades e reuniões)

conhecimento das infracções ao disposto no presente artigo, 1. As actividades e reuniões realizadas em espaço
devem determinar o encerramento temporário do estabeleci- fechado não devem exceder a lotação de 50% da capacidade
mento, nos termos da lei. da sala, nem o número máximo de 500 pessoas, sendo obri-
gatório o uso da máscara facial e a observância das medidas
ARTIGO 24.º
(Restaurantes e similares) de biossegurança e de distanciamento físico.
2. As actividades e reuniões realizadas em espaço
1. Os restaurantes e similares mantêm-se em funcio-
aberto devem observar o distanciamento físico mínimo
namento, para o atendimento no local, entre as 6h00 e as
de 2 m entre os participantes e ser realizadas em espaço
22h00.
delimitado, devendo os organizadores assegurar a disponi-
2. Sem prejuízo de outras regras específicas, o funcio-
bilidade de máscara facial e o cumprimento das medidas de
namento dos restaurantes e similares obedece às seguintes biossegurança.
regras: 3. O disposto no número anterior aplica-se às actividades
a) A ocupação dos estabelecimentos não deve exce- políticas e cívicas massivas realizadas na via pública.
der 50% da sua capacidade; 4. Sem prejuízo do disposto no n.º 2, as actividades polí-
b) Limite máximo de quatro pessoas por mesa; ticas e cívicas massivas não podem ter carácter ambulante,
c) Proibição de atendimentos ao balcão, devendo devendo ser circunscritas a local determinado.
todos os atendimentos ser feitos em mesa; 5. Nos casos previstos nos números anteriores, reco-
d) Proibição de serviços de alimentação em regime menda-se que os eventos levem o mínimo necessário de
self-service; tempo, com vista a reduzir o período de exposição das pes-
e) Observância das regras de biossegurança e do dis- soas e, sempre que possível, se opte por meios digitais de
tanciamento físico entre os clientes. comunicação.
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6. As actividades e reuniões com número superior aos 7. Sempre que se verifique o incumprimento do disposto
limites previstos no presente artigo estão sujeitas à autoriza- no número anterior, os órgãos competentes determinam o
encerramento compulsivo dos estabelecimentos por um
ção das autoridades sanitárias.
período entre os 30 e os 90 dias, calculados em função da
7. A violação do disposto no presente artigo é sancionada gravidade da infracção, podendo a desobediência origi-
com multa que varia entre os Kz: 400.000,00 (quatrocen- nar crime, nos termos do artigo 39.º do presente Diploma,
tos mil Kwanzas) e os Kz: 500.000,00 (quinhentos mil e determinar a apreensão definitiva dos respectivos bens e
equipamentos e posterior comercialização em hasta pública,
Kwanzas).
nos termos da Lei n.º 12/11, de 16 de Fevereiro.
8. A multa pela infracção prevista no número anterior é 8. As violações ao disposto no presente artigo são san-
da responsabilidade do promotor do evento. cionadas com multas que variam entre os Kz: 400.000,00
ARTIGO 27.º
(quatrocentos mil Kwanzas) e os Kz: 600.000,00 (seiscen-
(Actividades recreativas, culturais e de lazer na via pública tos mil Kwanzas), sem prejuízo do encerramento temporário
ou em espaço público) dos locais, nos termos da lei.
ARTIGO 28.º
1. Os museus, teatros, monumentos e similares, bem (Actividades religiosas)
como as bibliotecas e mediatecas, mantêm-se em funciona- 1. É permitida a realização de actividades religiosas
mento, até às 20h00, sendo obrigatório o uso de máscara todos os dias da semana.
facial e a observância das regras de biossegurança e de 2. Sem prejuízo das regras específicas fixadas pelos
distanciamento físico, não devendo exceder 50% da sua Departamentos Ministeriais competentes, as actividades
capacidade. religiosas funcionam nos seguintes termos:
2. Mantém-se permitida a realização de feiras de cul- a) Uso obrigatório de máscara facial;
b) Distanciamento físico durante as celebrações;
tura e arte, bem como de exposições de moda ou similares,
c) Lotação limitada a 50% da capacidade do lugar de
em espaços públicos ou privados, até às 20h00, sendo obri-
celebração, quando realizados em local fechado,
gatório o uso de máscara facial e a observância das regras com o limite máximo de 100 pessoas, sendo res-
de biossegurança e de distanciamento físico, não devendo peitada a distância mínima de 2 m entre os fiéis;
exceder 50% da capacidade do local. d) Afixação no exterior dos lugares de culto da capa-
3. É autorizado o funcionamento dos cinemas em todo cidade de lotação do espaço;
o território nacional até às 22h00, observada a obrigação de e) Colocação de recipientes para oferta em pontos
uso de máscara facial, do distanciamento físico e das res- de fácil acesso, devendo os fiéis deslocar-se ao
tantes regras de biossegurança fixadas pelos Departamentos respectivo local, observando o devido distancia-
mento físico;
Ministeriais competentes, não devendo exceder 50% da
f) Desinfecção e ventilação regular dos lugares de
capacidade de lotação das salas.
culto.
4. Mantém-se interdito o funcionamento dos clubes de 3. Com vista a evitar o confinamento prolongado de fiéis
diversão nocturna. nos lugares de culto, reduzindo o risco de exposição, é reco-
5. É permitido o funcionamento dos casinos e salas de mendado que as celebrações em espaço fechado tenham
jogos até às 22h00, sendo obrigatório o uso de máscara uma duração máxima de 2 horas.
facial e a observância das regras de biossegurança e de dis- 4. As autorizações previstas no presente artigo são cir-
cunscritas às entidades religiosas legalmente reconhecidas e
tanciamento físico, não devendo exceder 50% da capacidade
que possuam condições de biossegurança para a realização
do local.
das celebrações.
6. São permitidos espectáculos de música com carácter 5. As celebrações religiosas devem ser realizadas em
não dançante, até às 22h00, nos seguintes termos: espaço aberto sempre que o local de culto não ofereça con-
a) Realizados em salas fechadas; dições para suficiente ventilação e para o distanciamento
b) Limitação de até 75% da capacidade do espaço; físico entre os fiéis, mediante autorização das autoridades
locais competentes, nos termos do n.º 2 do artigo 24.º da
c) Proibição de pistas de dança;
Lei n.º 12/19, de 14 de Maio, não devendo, em caso algum,
d) Plateia sentada, com um distanciamento mínimo
exceder o limite de 150 pessoas.
de 2 m; 6. Não podem ser realizadas celebrações entre as 22h00
e) Uso obrigatório de máscara facial. e as 5h00.
8236 DIÁRIO DA REPÚBLICA

7. É proibida a realização de peregrinações. 2. A infracção ao disposto no presente artigo é sancio-


8. A violação do disposto no presente artigo pode dar nada com multa que varia entre os Kz: 25.000,00 (vinte
lugar à suspensão, interdição ou encerramento das activida- e cinco mil Kwanzas) e os Kz: 50.000,00 (cinquenta mil
des, nos termos do artigo 52.º da Lei n.º 12/19, de 14 de Kwanzas).
Maio. ARTIGO 32.º
(Cerimónias fúnebres)
ARTIGO 29.º
(Ajuntamentos) 1. São permitidas cerimónias fúnebres com até 20 par-
1. São permitidos ajuntamentos domiciliares até ao ticipantes, devendo os funerais realizar-se no período
máximo de 15 pessoas. compreendido entre as 8h00 e as 13h00, obedecendo às
2. Não são permitidos ajuntamentos de carácter festivo regras de biossegurança e distanciamento físico.
em local não domiciliar, sendo interdito o acesso a salões de 2. Nos funerais de pessoas que tenham como causa de
festas e estabelecimentos similares. morte a COVID-19 são permitidos até 10 participantes, sem
3. A violação do disposto no número anterior dá lugar à prejuízo de outras regras definidas pelas autoridades sanitá-
aplicação de multa, que varia entre os Kz: 600.000,00 (seis- rias, devendo os funerais realizar-se apenas no período da
centos mil Kwanzas) e os Kz: 800.000,00 (oitocentos mil tarde.
Kwanzas), ao encerramento compulsivo do estabelecimento 3. Nas cerimónias fúnebres realizadas nos termos do
por um período entre 30 e 90 dias, calculados em função disposto nos números anteriores é obrigatório o uso de más-
cara facial e a observância do distanciamento físico, sendo
da gravidade da infracção, havendo apreensão definitiva dos
vedado o acesso ao cemitério por parte de pessoas sem más-
bens e equipamentos e posterior comercialização em hasta
cara facial.
pública nos termos da Lei n.º 12/11, de 16 de Fevereiro.
4. A violação do disposto no n.º 1 dá lugar à aplicação de ARTIGO 33.º
(Transportes colectivos de pessoas e bens)
multa, que varia entre os Kz: 100.000,00 (cem mil Kwanzas)
1. Os transportes colectivos urbanos, interurbanos e
e os Kz: 200.000,00 (duzentos mil Kwanzas).
interprovinciais de passageiros, públicos e privados, funcio-
5. São individualmente responsáveis pelo pagamento das
nam com até 75% da sua lotação.
multas previstas no número anterior, as entidades responsá-
2. As empresas que prestem os serviços previstos no
veis pela promoção dos ajuntamentos e os proprietários ou
número anterior devem adequar a sua força de trabalho, de
responsáveis dos locais onde estes se realizem.
forma a garantir a continuidade dos serviços, e realizar a
ARTIGO 30.º
higienização e desinfecção regular dos veículos.
(Ajuntamentos na via pública)
3. Sem prejuízo de poder dar lugar à apreensão do veí-
1. Sem prejuízo das situações previstas no presente culo e à suspensão da respectiva licença quando aplicável, a
Diploma, não são permitidos ajuntamentos, de qualquer violação do disposto no n.º 1 do presente artigo é sancionada
natureza, superiores a 10 pessoas na via pública. com multa que varia entre os Kz: 50.000,00 (cinquenta mil
2. Para efeitos do número anterior, as Forças de Segurança Kwanzas) e os Kz: 100.000,00 (cem mil Kwanzas).
e Ordem Pública asseguram a circulação dos cidadãos, inter-
ARTIGO 34.º
vindo sobre os aglomerados de mais de 10 pessoas, sendo (Moto-táxi)
que a resistência às ordens directas das autoridades é sancio- 1. Nos serviços de moto-táxi é obrigatório o uso de más-
nada como crime de desobediência, nos termos do artigo 24.º cara facial para o passageiro e o condutor.
da Lei n.º 28/03, de 7 de Novembro, com a redacção dada 2. A violação do previsto no presente artigo é sancio-
pela Lei n.º 14/20, de 22 de Maio, sem prejuízo das sanções nada com multa que varia entre os Kz: 5.000,00 (cinco mil
administrativas aplicáveis. Kwanzas) e os Kz: 10.000,00 (dez mil Kwanzas).
3. A violação do disposto no presente artigo dá lugar
ARTIGO 35.º
à aplicação de multa que varia entre os Kz: 200.000,00 (Praias, piscinas e marinas)
(duzentos mil Kwanzas) e os Kz: 400.000,00 (quatrocentos 1. Mantém-se temporariamente suspenso o acesso às
mil Kwanzas). praias, piscinas de acesso ao público e demais zonas balnea-
4. A multa prevista no número anterior é da responsa- res, estando o levantamento da suspensão sujeito à avaliação
bilidade da pessoa, individual ou colectiva, promotora do da situação epidemiológica.
ajuntamento. 2. Enquanto se mantiver a interdição do acesso às praias,
ARTIGO 31.º piscinas de acesso ao público e demais zonas balneares, a
(Bebidas alcoólicas) sua violação dá lugar à aplicação de multa que varia entre os
1. É interdita a comercialização e o consumo de bebidas Kz: 30.000,00 (trinta mil Kwanzas) e os Kz: 50.000,00 (cin-
alcoólicas na via pública. quenta mil Kwanzas).
I SÉRIE –– N.º 206 –– DE 29 DE OUTUBRO DE 2021 8237

3. Mantém-se permitido o acesso aos clubes navais e 3. O encerramento compulsivo previsto no número
marinas para fins desportivos, bem como a utilização de anterior pode ser realizado mesmo depois de consumada a
embarcações para fins recreativos. infracção desde que as autoridades de ordem pública tenham
4. A utilização de embarcações para fins recreativos obe- conhecimento por qualquer meio de prova disponível.
dece a uma lotação não superior a 50% da capacidade. ARTIGO 40.º
(Falsas declarações)
5. A violação do disposto no número anterior dá lugar à
aplicação de multa que varia entre os Kz: 100.000,00 (cem As informações falsas prestadas nos casos das situações
mil Kwanzas) e os Kz: 300.000,00 (trezentos mil Kwanzas). previstas no n.º 3 do artigo 9.º e do n.º 3 do artigo 12.º do
presente Diploma são sancionadas nos termos gerais da Lei
CAPÍTULO III Penal.
Infracções
ARTIGO 41.º
ARTIGO 36.º (Desobediência)
(Multas) A resistência ao cumprimento das medidas previstas no
1. A determinação do valor da multa aplicável, nos casos presente Decreto Presidencial constitui crime de desobe-
previstos no presente Diploma, varia consoante o tipo de diência, nos termos do artigo 24.º da Lei n.º 28/03, de 7 de
infracção, a culpa, o benefício e a capacidade económica do Novembro, com a redacção dada pela Lei n.º 14/20, de 22 de
agente. Maio, sem prejuízo das sanções administrativas aplicáveis.
2. O disposto no presente Diploma não prejudica a res- CAPÍTULO IV
ponsabilidade civil do infractor. Disposições Finais e Transitórias
ARTIGO 37.º
ARTIGO 42.º
(Processamento das multas) (Interdição temporária de entrada)
As multas decorrentes de penalização por violação das 1. Sem prejuízo do disposto no artigo 9.º, mantém-se
medidas previstas no presente Diploma podem ser pro- temporariamente suspensa a entrada no País, por qualquer
cessadas e cobradas por qualquer instrumento destinado a via, de cidadãos provenientes da República da Índia.
possibilitar a sua recolha para a Conta Única do Tesouro 2. A interdição prevista no número anterior é tam-
Nacional. bém aplicável aos cidadãos que tenham feito trânsito na
ARTIGO 38.º República da Índia.
(Receita das multas) 3. Exceptuam-se do âmbito do presente artigo os cida-
1. A totalidade da receita resultante das multas aplica- dãos de nacionalidade angolana e os estrangeiros residentes
das por violação das medidas previstas no presente Diploma que, em caso de proveniência ou trânsito no país referido
reverte a favor da província onde a mesma é aplicada, no presente artigo, são obrigados à observância de quaren-
devendo ser exclusivamente destinada à melhoria das suas tena institucional nos termos definidos pelas autoridades
sanitárias.
condições de biossegurança.
4. A quarentena institucional prevista no número anterior
2. A receita referida no número anterior é disponibilizada
está sujeita à comparticipação nos termos definidos pelos
aos Governos Provinciais a título de quota financeira.
Departamentos Ministeriais competentes.
3. Compete ao Departamento Ministerial responsável
ARTIGO 43.º
pelas Finanças Públicas assegurar a operacionalização téc-
(Retoma gradual de voos)
nica do pagamento das multas referidas no número anterior.
1. A partir do dia 1 de Novembro, é permitida a realiza-
ARTIGO 39.º
ção de voos regulares de e para a República Federativa do
(Fiscalização)
Brasil.
1. A fiscalização do cumprimento dos deveres previstos 2. Os Departamentos Ministeriais competentes em razão
no presente Diploma, incluindo a aplicação de multas, é da da matéria definem a cadência gradual dos voos previstos
responsabilidade das autoridades de ordem pública, de ins- no presente artigo, a sua programação e as regras gerais a
pecção e de fiscalização legalmente competentes. observar por todos os intervenientes.
2. Nos termos do disposto no número anterior, as autori- ARTIGO 44.º
dades de ordem pública podem determinar as medidas que (Aplicação subsidiária)
se revelem necessárias para o cumprimento do disposto no Em tudo não previsto no presente Diploma, são subsi-
presente Diploma, incluindo o encerramento compulsivo diariamente aplicáveis as normas constantes do Decreto
de estabelecimentos comerciais, mercados, restaurantes e Presidencial n.º 142/20, de 25 de Maio, que não contrariem
similares. o disposto no presente Decreto Presidencial.
8238 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ARTIGO 45.º CRIAÇÃO/LEGALIZAÇÃO DA ESCOLA


(Revogação)

São revogados os Decretos Presidenciais n.º 241/21, I


de 30 de Setembro, e 254-A/21, de 14 de Outubro. Dados sobre as Escolas
ARTIGO 46.º Província: Bengo.
(Dúvidas e omissões) Município: Dande.
As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e N.º/Nome das Escolas: Liceu n.º 379 — 4 de Fevereiro e
aplicação do presente Decreto Presidencial são resolvidas Liceu n.º 382 do Panguila.
pelo Presidente da República. Nível de Ensino: II Ciclo do Ensino Secundário Geral.
ARTIGO 47.º Classes que Lecciona: 10.ª à 12.ª Classes.
(Entrada em vigor) N.º de Áreas do Saber: 3 — Ciências Exactas e da
O presente Diploma entra em vigor à meia-noite (0h00) Natureza, Ciências Sociais e Aplicadas, e Ciências Humanas.
do dia 31 de Outubro de 2021. Cursos Ministrados: Ciências Físicas e Biológicas,
Ciências Económicas e Jurídicas, e Ciências Humanas.
Publique-se.
Zona Geográfica/Quadro Domiciliar: Peri-Urbana.
Luanda, aos 29 de Outubro de 2021. N.º de salas de aulas: 12.
O Presidente da República, João Manuel Gonçalves N.º de turmas: 36.
Lourenço. (21-8552-A-PR) N.º de turnos: 3.
N.º de alunos por sala: 36.
Total de alunos: 1.296
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
II
Quadro de Pessoal
Decreto Executivo n.º 590/21
Necessidade de Pessoal Categoria/Cargo
de 29 de Outubro

Ao abrigo do disposto no artigo 119.º da Lei n.º 17/16, 1 Director


de 7 de Outubro, que aprova a Lei de Bases do Sistema
2 Subdirector
de Educação e Ensino, conjugado com as disposições do
Decreto Presidencial n.º 104/11, de 23 de Maio, que define 15 Coordenador
as condições e procedimentos de elaboração, gestão e con-
105 Pessoal Docente
trolo dos quadros de pessoal da Administração Pública;
Em conformidade com os poderes delegados pelo 1 Chefe de Secretaria

Presidente da República, nos termos do artigo 137.º da


8 Pessoal Administrativo
Constituição da República de Angola, e de acordo com as
disposições combinadas na alínea d) do n.º 2 do artigo 5.º, e 10 Auxiliar de Limpeza

n.º 1 do artigo 6.º, ambos do Decreto Presidencial n.º 222/20,


12 Operário Qualificado
de 28 de Agosto, que aprova o Estatuto Orgânico do
Ministério da Educação, conjugado com os n. os 3 e 4 Total de Trabalhadores: 154

do Despacho Presidencial n.º 289/17, de 13 de Outubro,


determino: Quadro de Pessoal do Regime da Carreira Docente
1. São criadas as Escolas do II Ciclo do Ensino Secundário Grupo de Lugares
Categoria/Cargo
Geral denominadas Liceu n.º 379 — 4 de Fevereiro e Liceu Pessoal Criados
n.º 382 do Panguila, sitas no Município do Dande, Província Director 1
do Bengo, com 12 salas de aulas, 36 turmas, 3 turnos, com
Direcção

Subdirector Pedagógico 1
36 alunos por sala e capacidade para 1.296 alunos em regime
de externato. Subdirector Administrativo 1
2. São aprovados o quadro de pessoal das Escolas ora
criadas, constante dos modelos anexos ao presente Decreto Coordenador de Turno 1

Executivo, dele fazendo parte integrante. Coordenador de Curso 3


3. O presente Decreto Executivo entra em vigor na data
Chefia

Coordenador de Educação Física, Desporto Escolar e


da sua publicação. 1
Círculo de Interesse
Publique-se. Coordenador de Disciplina 10
Luanda, aos 20 de Julho de 2021.
Chefe de Secretaria 1
A Ministra, Luísa Maria Alves Grilo.
I SÉRIE –– N.º 206 –– DE 29 DE OUTUBRO DE 2021 8239

Grupo de Lugares Grupo de Lugares


Categoria/Cargo Categoria/Cargo
Pessoal Criados Pessoal Criados

Professor do Ensino Primário e Secundário do 1.º Grau Técnico Médio Principal de 1.ª Classe

Professor do Ensino Primário e Secundário do 2.º Grau Técnico Médio Principal de 2.ª Classe

Técnico Médio
Técnico Superior

Técnico Médio Principal de 3.ª Classe


Professor do Ensino Primário e Secundário do 3.º Grau 4
Professor do Ensino Primário e secundário

Técnico Médio de 1.ª Classe


Professor do Ensino Primário e Secundário do 4.º Grau
Técnico Médio de 2.ª Classe
Professor do Ensino Primário e Secundário do 5.º Grau
Técnico Médio de 3.ª Classe
Professor do Ensino Primário e Secundário do 6.º Grau Oficial Administrativo Principal

Administrativo
Professor do Ensino Primário e Secundário do 7.º Grau 105 1.º Oficial Administrativo
Técnico

Professor do Ensino Primário e Secundário do 8.º Grau 2.º Oficial Administrativo 3

Professor do Ensino Primário e Secundário do 9.º Grau 3.º Oficial Administrativo

Escriturário-Dactilógrafo
Professor do Ensino Primário e Secundário do 10.º Grau
Técnico Médio

Motorista de Pesados Principal


Professor do Ensino Primário e Secundário do 11.º Grau
Motorista de Ligeiros de 1.ª Classe
Professor do Ensino Primário e Secundário do 12.º Grau
Telefonista Principal
Professor do Ensino Primário e Secundário do 13.º Grau
Telefonista Principal de 1.ª Classe

Telefonista Principal de 2.ª Classe


Auxiliar

Quadro de Pessoal da Carreira do Regime Geral Auxiliar Administrativo Principal 10


Grupo de Lugares Auxiliar Administrativo de 1.ª Classe
Categoria/Cargo
Pessoal Criados
Auxiliar Administrativo de 2.ª Classe
Assessor Principal
Auxiliar de Limpeza Principal
Primeiro Assessor
Técnico Superior

Auxiliar de Limpeza de 1.ª Classe


Assessor
Auxiliar de Limpeza de 2.ª Classe
Técnico Superior Principal
Encarregado
Qualificado
Operário

Técnico Superior de 1.ª Classe


Operário Qualificado de 1.ª Classe 8
Técnico Superior de 2.ª Classe
Operário Qualificado de 2.ª Classe
Especialista Principal
Encarregado
Operário não

Especialista de 1.ª Classe


Qualificado

Operário não Qualificado de 1.ª Classe 4


Técnico

Especialista de 2.ª Classe


1
Técnico de 1.ª Classe Operário não Qualificado de 2.ª Classe
Técnico de 2.ª Classe
A Ministra, Luísa Maria Alves Grilo.
Técnico de 3.ª Classe
(21-6491-I-MIA)

O. E. 1490 - 10/206 - 150 ex. - I.N.-E.P. - 2021

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