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Sexta-feira, 31 de Março de 2023 I Série – N.

º 59

DIÁRIO DA REPÚBLICA
ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA
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SUMÁRIO Considerando que esta actividade tem vindo a revelar


um desenvolvimento institucional no nosso País, reconhe-
Presidente da República cendo-se a conveniência de dar um primeiro passo com a
Decreto Presidencial n.º 89/23:
Aprova o Regulamento das Sociedades de Microcrédito e Operadores introdução de operadores de microcrédito na sistematização
de Microcrédito. — Revoga o Decreto Presidencial n.º 28/11, de 2 de genérica das suas bases económico-jurídicas;
Fevereiro, e toda a legislação que contrarie o disposto no presente
Diploma. Considerando que o exercício do microcrédito, na tríplice
Despacho Presidencial n.º 58/23: ordem de funções que assegura o alívio à pobreza, através
Autoriza a despesa e formaliza a abertura do Procedimento de da concessão de empréstimo de pequeno valor, ausência de
Contratação Simplificada, pelo critério material, por via de financia-
mento externo para a adjudicação dos Contratos de Empreitada de garantias reais, método rápido e simples de solicitação e
Construção das Infra-Estruturas Rodoviárias de Acesso ao Aeroporto aprovação de empréstimos, pode tornar-se num eficaz ins-
Internacional Dr. António Agostinho Neto, de Elaboração de
Projectos de Execução, Consultoria Técnica e Coordenação e trumento de atendimento às famílias de baixa renda;
de Serviços de Fiscalização das Obras da referida Empreitada, e
delega competência ao Ministro das Obras Públicas, Urbanismo e
O Presidente da República decreta, nos termos da alí-
Habitação, com a faculdade de subdelegar, para a aprovação das nea m) do artigo 120.º e do n.º 4 do artigo 125.º, ambos da
peças do procedimento, verificação da validade e legalidade de
todos os actos praticados no âmbito do referido Procedimento para
Constituição da República de Angola, o seguinte:
a celebração dos correspondentes Contratos, incluindo a assinatura. ARTIGO 1.º
Despacho Presidencial n.º 59/23: (Aprovação)
Reconhece personalidade jurídica à Fundação Bornito de Sousa.
É aprovado o Regulamento das Sociedades de Microcrédito
Ministério da Agricultura e Florestas e Operadores de Microcrédito, anexo ao presente Decreto
Decreto Executivo n.º 39/23:
Aprova o Regulamento Interno da Secretaria Geral.
Presidencial, de que é parte integrante.
Decreto Executivo n.º 40/23: ARTIGO 2.º
Aprova o Regulamento Interno do Conselho de Direcção. (Dúvidas e omissões)

As dúvidas e omissões que se suscitarem na interpre-


tação e aplicação do presente Diploma são resolvidas pelo
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Presidente da República.
ARTIGO 3.º
Decreto Presidencial n.º 89/23 (Revogação)
de 31 de Março
É revogado o Decreto Presidencial n.º 28/11, de 2 de
As Sociedades de Microcrédito, definidas nos termos do
Fevereiro, e toda a legislação que contrarie o disposto no
n.º 61 do artigo 3.º da Lei n.º 14/21, de 19 de Maio — Lei do
presente Diploma.
Regime Geral das Instituições Financeiras, têm como atri-
buição principal o exercício da actividade de concessão de ARTIGO 4.º
(Entrada em vigor)
microcrédito, a micro e pequenos empreendedores que, de
forma geral, não preenchem os requisitos exigidos pelas ins- O presente Regulamento entra em vigor na data da sua
tituições financeiras bancárias. publicação.
1342 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Apreciado pela Comissão Económica do Conselho de d) «Monitoramento» — acompanhamento pelo


Ministros, em Luanda, aos 23 de Fevereiro de 2023. Banco Nacional de Angola, que consiste essen-
Publique-se. cialmente na recepção da informação de carácter
geral e periódica, nos termos definidos pelo
Luanda, aos 27 de Março de 2023.
Banco Nacional de Angola, sobre os serviços
O Presidente da República, João Manuel Gonçalves financeiros prestados pelos operadores de micro-
Lourenço. crédito, designadamente para fins estatísticos.
ARTIGO 4.º
REGULAMENTO DAS SOCIEDADES (Licenciamento)
DE MICROCRÉDITO E OPERADORES O exercício da actividade de microcrédito depende da
DE MICROCRÉDITO autorização a conceder pelo Banco Nacional de Angola,
nos termos da Lei n.º 14/21, de 19 de Maio — Lei do
CAPÍTULO I Regime Geral das Instituições Financeiras e regulamenta-
Disposições Gerais ção complementar.
ARTIGO 5.º
ARTIGO 1.º
(Recepção de depósitos)
(Objecto)
É expressamente vedada às instituições de micro-crédito
O presente Regulamento estabelece as regras de fun-
a recepção de depósitos, exceptuando-se:
cionamento das instituições que tenham como objecto o
a) Os pagamentos de crédito pelos mutuários antes
exercício do microcrédito. da data de vencimento a título da amortização;
ARTIGO 2.º b) A eventual entrega de valores monetários pelo
(Âmbito)
mutuário, em garantia do crédito a conceder.
1. O presente Diploma aplica-se às instituições que exer- ARTIGO 6.º
cem a actividade de microcrédito, designadamente: (Dever de informação)
a) Sociedades de Microcrédito; Compete ao Banco Nacional de Angola estabelecer, em
b) Operadores de Microcrédito. normativo próprio, os termos e condições das informações
2. É expressamente proibido às entidades previstas no a serem prestadas pelas sociedades de microcrédito e opera-
presente Diploma realizarem actividades estritamente reser- dores de microcrédito.
vadas às instituições financeiras bancárias, reguladas pela CAPÍTULO II
Lei n.º 14/21, de 19 de Maio — Lei do Regime Geral das Recursos Financeiros
Instituições Financeiras.
ARTIGO 7.º
ARTIGO 3.º (Recursos financeiros)
(Definições)
1. Os elementos que integram os fundos próprios de base
Para efeitos do presente Regulamento, entende-se por: de uma instituição de microcrédito devem cobrir riscos ou
a) «Sociedade de Microcrédito» — instituição finan- perdas que se verifiquem nas mesmas, distinguindo-se pela
ceira não bancária que exerce actividade de sua qualidade, por características de permanência, grau de
microcrédito, autorizada a conceder emprésti- subordinação, capacidade de tempestividade de absorção de
mos de baixo e médio valor a pequenos e médios perdas e, quando aplicável, possibilidade de diferimento ou
cancelamento da sua remuneração.
empreendedores;
2. Os fundos próprios de base são constituídos por ele-
b) «Operador de Microcrédito» — sociedades mentos positivos e negativos, nomeadamente:
comerciais não financeiras que no seu objecto a) Elementos positivos dos fundos próprios:
social incluam a concessão de microcrédito em i. O capital social realizado;
regime de não exclusividade, designadamente ii. As reservas legais, estatutárias e outras formas
Organizações Não Governamentais, associações por resultados não distribuídos;
e fundações, legalmente constituídas; iii. O resultado líquido positivo do exercício
c) «Empréstimo de Pequenos Montantes» — anterior certificado;
iv. O resultado líquido positivo transitado de
empréstimo concedido a um micro e pequeno
exercícios anteriores;
empreendedor, pessoa singular ou colectiva, v. O resultado positivo provisório do exercício
numa base de responsabilidade solidária ou em curso.
individual para o desenvolvimento de uma b) Elementos negativos dos fundos próprios:
actividade económica, cujo montante é definido i. Os activos intangíveis;
pelo Banco Nacional de Angola, mediante regu- ii. O resultado líquido negativo transitado de
lamentação própria; exercícios anteriores;
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iii. O resultado líquido negativo do último ARTIGO 13.º


(Regime jurídico)
exercício;
iv. O resultado negativo do exercício em curso; As Sociedades de Microcrédito regem-se, em especial,
v. As acções próprias. pelas normas do presente Diploma, directivas ou instruções
ARTIGO 8.º estabelecidas ao seu abrigo, pela legislação sobre institui-
(Recursos financeiros complementares) ções financeiras e subsidiariamente pelas normas legais e
Quando os recursos das Sociedades de Microcrédito, regulamentares aplicáveis.
previstos no artigo anterior, se mostrem insuficientes para o ARTIGO 14.º
cumprimento das suas obrigações, podem ser utilizados os (Regulação)
seguintes meios de financiamento: Compete ao Banco Nacional de Angola emitir instruções
a) Reservas provenientes da reavaliação do activo complementares que se mostrem necessárias para assegu-
imobilizado; rar a normal prossecução da actividade das Sociedades de
b) Outras reservas de reavaliação positiva; Microcrédito e dos Operadores de Microcrédito.
c) Empréstimos subordinados de prazo superior a
O Presidente da República, João Manuel Gonçalves
5 (cinco) anos, cujas condições sejam aprovadas
Lourenço.  (23-2251-B-PR)
pelo Banco Nacional de Angola, podendo ser
considerados até 50% dos Recursos Financeiros
de base; Despacho Presidencial n.º 58/23
de 31 de Março
d) Instrumentos híbridos de capital e dívida.
Havendo a necessidade de se criarem as condições para a
ARTIGO 9.º
(Taxa de juros) implementação dos projectos de infra-estruturas rodoviárias
de acesso ao Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho
1. A taxa de juros praticada pelas instituições de micro-
Neto;
crédito e os respectivos clientes é livremente negociada.
Tendo em conta a urgência em melhorar a mobilidade
2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, sempre
e acessibilidade com comodidade e segurança, bem como
que se verificarem situações que possam configurar usura, o
a manutenção das infra-estruturas de acesso ao referido
Banco Nacional de Angola pode definir e, periodicamente,
Aeroporto e os termos de financiamento acordados com a
publicar limites máximos para a taxa de juros a ser praticada
entidade financiadora;
pelas instituições de microcrédito, calculada com base, entre
O Presidente da República determina, nos termos da alí-
outros, nos seguintes factores:
nea d) do artigo 120.º e do n.º 6 do artigo 125.º, ambos da
a) Despesas administrativas; Constituição da República de Angola, conjugados com a alí-
b) Perdas com empréstimos; nea d) do n.º 1 do artigo 22.º e artigo 26.º, alínea e) do n.º 1
c) Custos do financiamento; do artigo 27.º, artigos 32.º, 33.º, 34.º, 36.º, 38.º, a alínea d)
d) Aplicação de um «spread» baseado no risco; do n.º 1 do artigo 45.º, artigo 141.º e seguintes, todos da Lei
e) Inflação; n.º 41/20, de 23 de Dezembro — Lei dos Contratos Públicos,
f) Maturidade e volume do crédito. e com a alínea a) do n.º 2 do Anexo X, actualizado pelo
ARTIGO 10.º n.º 16 do artigo 10.º do Decreto Presidencial n.º 73/22, de 1 de
(Contabilidade) Abril, o seguinte:
A contabilidade das Sociedades de Microcrédito deve ser 1. É autorizada a despesa e formalizada a abertura do
organizada de acordo com as normas e regulamentação do Procedimento de Contratação Simplificada, pelo critério
Banco Nacional Angola. material, por via de financiamento externo para a adjudica-
ção dos Contratos seguintes:
ARTIGO 11.º
(Aplicação de recursos) a) Empreitada de Construção das Infra-Estruturas
Rodoviárias de Acesso ao Aeroporto Internacio-
As Sociedades de Microcrédito podem aplicar os recur-
nal Dr. António Agostinho Neto, no valor global
sos disponíveis em operações financeiras de baixo risco e de
em Kwanzas equivalente a USD 352 297 397,35
forma diversificada.
(trezentos e cinquenta e dois milhões, duzentos
CAPÍTULO III e noventa e sete mil, trezentos e noventa e sete
Disposições Finais dólares dos Estados Unidos da América e trinta
ARTIGO 12.º e cinco cêntimos);
(Supervisão) b) Contrato de Elaboração de Projectos de Execução,
As Sociedades de Microcrédito estão sujeitas à supervi- Consultoria Técnica e Coordenação das Em-
são prudencial e comportamental, nos termos definidos na preitadas de Construção das Infra-Estruturas
Lei n.º 14/21, de 19 de Maio — Lei do Regime Geral das Rodoviárias de Acesso ao Aeroporto Internacio-
Instituições Financeiras e demais regulamentação aplicável. nal Dr. António Agostinho Neto, no valor global
1344 DIÁRIO DA REPÚBLICA

em Kwanzas equivalente a USD 10 879 226,54 Art. 2.º — A Fundação tem sede em Luanda, na Rua
(dez milhões, oitocentos e setenta e nove mil, Emílio Mbidi, n.º 85-89, Distrito Urbano da Maianga,
duzentos e vinte seis dólares dos Estados Unidos Luanda-Angola.
da América e cinquenta e quatro cêntimos); Art. 3.º — A Fundação tem como finalidade contribuir
c) Serviços de Fiscalização das Obras de Construção para a promoção de uma sociedade mais justa, sustentável
e de acordo com os mais altos padrões de desenvolvimento
de Infra-Estruturas Rodoviárias de Acesso ao
global, desenvolver e apoiar iniciativas de natureza socioe-
Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho
conómica e prestação de serviços à comunidade de
Neto, no valor global em Kwanzas equivalente
beneficência e solidariedade social, interesse histórico-cul-
a USD 7 770 876,10 (sete milhões, setecentos tural de pesquisa e publicações.
e setenta mil, oitocentos e setenta e seis dólares Art. 4.º — O Estatuto da Fundação, publicado no Diário
dos Estados Unidos da América e dez cêntimos). da República da III Série n.º 205, de 15 de Dezembro de
2. Ao Ministro das Obras Públicas, Urbanismo e 2022, é parte integrante do presente Despacho Presidencial.
Habitação é delegada competência, com a faculdade de Art. 5.º — As dúvidas e omissões resultantes da interpre-
subdelegar, para a aprovação das peças do procedimento, tação e aplicação do presente Diploma são resolvidas pelo
verificação da validade e legalidade de todos os actos prati- Presidente da República.
cados no âmbito do referido Procedimento para a celebração Art. 6.º — O presente Despacho Presidencial entra em
dos correspondentes Contratos, incluindo a assinatura. vigor na data da sua publicação.
3. O Ministério das Finanças deve assegurar os recursos Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda,
financeiros necessários para a execução dos contratos, bem aos 22 de Fevereiro de 2023.
como a inscrição dos projectos no Programa de Investimento Publique-se.
Público (PIP). Luanda, aos 28 de Março de 2023.
4. As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
O Presidente da República, João Manuel Gonçalves
aplicação do presente Despacho Presidencial são resolvidas
Lourenço.  (23-2284-A-PR)
pelo Presidente da República.
5. O presente Despacho Presidencial entra em vigor no
dia seguinte à data da sua publicação.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E FLORESTAS
Publique-se.
Luanda, aos 27 de Março de 2023. Decreto Executivo n.º 39/23
O Presidente da República, João Manuel Gonçalves de 31 de Março

Lourenço.  (23-2263-A-PR) Havendo a necessidade de se regulamentar a estru-


tura e funcionamento da Secretaria Geral do Ministério
da Agricultura e Florestas, a que se refere o artigo 8.º do
Despacho Presidencial n.º 59/23
de 31 de Março Estatuto Orgânico do Ministério da Agricultura e Florestas,
aprovado por Decreto Presidencial n.º 279/22, de 7 de
Considerando que, por escritura pública lavrada na Loja
Dezembro;
dos Registos e Notariado do Cassenda, aos 8 de Novembro
Em conformidade com os poderes delegados pelo
de 2022, foi instituída a Fundação Bornito de Sousa;
Presidente da República, nos termos do artigo 137.º da
Considerando que, para a realização dos seus objectivos, Constituição da República de Angola, e de acordo com o n.º 3
os bens afectos à Fundação são suficientes, nos termos do do Despacho Presidencial n.º 289/17, de 13 de Outubro, con-
n.º 2 do artigo 188.º do Código Civil, em vigor na República jugado com o artigo 18.º do Decreto Presidencial n.º 279/22,
de Angola; de 7 de Dezembro, que aprova o Estatuto Orgânico do
Atendendo o disposto no artigo 158.º do Código Civil e Ministério da Agricultura e Florestas, determino:
do n.º 6 do artigo 5.º do Decreto Presidencial n.º 204/11, ARTIGO 1.º
de 26 de Julho; (Aprovação)
O Presidente da República determina, nos termos da alí- É aprovado o Regulamento Interno da Secretaria Geral
nea d) do artigo 120.º e do n.º 6 do artigo 125.º, ambos da do Ministério da Agricultura e Florestas, anexo ao presente
Constituição da República de Angola, o seguinte: Decreto Executivo, do qual é parte integrante.
Artigo 1.º — É reconhecida personalidade jurídica à ARTIGO 2.º
Fundação Bornito de Sousa, instituída por escritura pública, (Dúvidas e omissões)
na Loja dos Registos Notariado do Cassenda, aos 8 de As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
Novembro de 2022, a Folhas 99-100 do Livro de Notas para aplicação do presente Diploma são resolvidas pelo Ministro
Escrituras Diversas n.º 9-D. da Agricultura e Florestas.
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ARTIGO 3.º j) Assegurar o eficiente funcionamento dos serviços


(Entrada em vigor)
de protocolo, relações públicas e a organização
O presente Decreto Executivo entra em vigor à data da dos actos e cerimónias oficiais;
sua publicação. k) Cuidar da expedição da correspondência oficial
Publique-se. do Ministério para as instituições públicas e
privadas;
Luanda, aos 31 de Março de 2023.
l) Desempenhar as demais funções que lhe sejam
O Ministro, António Francisco de Assis. atribuídas por lei ou por determinação superior.

CAPÍTULO II
REGULAMENTO INTERNO
Organização
DA SECRETARIA GERAL DO MINISTÉRIO
DA AGRICULTURA E FLORESTAS ARTIGO 3.º
(Estrutura orgânica)

CAPÍTULO I A Secretaria Geral tem a seguinte estrutura orgânica:


Disposições Gerais a) Secretário Geral;
b) Conselho de Direcção;
ARTIGO 1.º
(Natureza) c) Departamento de Gestão do Orçamento e Adminis-
tração do Património;
A Secretaria Geral é o serviço de apoio técnico que se
ocupa da generalidade das questões administrativas comuns d) Departamento de Relações Públicas e Expediente;
a todos os serviços do Ministério da Agricultura e Florestas, e) Departamento de Contratação Pública.
bem como da gestão do orçamento, do património, do ARTIGO 4.º
arquivo, da administração das finanças, da contabilidade, (Secretário Geral)
dos transportes, das relações públicas e do protocolo, da 1. A Secretaria Geral é dirigida por um Secretário Geral,
contratação pública, aprovisionamento, limpeza e manuten- com a categoria de Director Nacional, a quem compete:
ção, segurança das instalações, das pessoas e do património a) Assegurar a gestão e coordenação da actividade
afecto ao Ministério. global da Secretaria;
ARTIGO 2.º b) Definir, de acordo com os princípios estabelecidos,
(Competências) os objectivos, as linhas de orientação e estraté-
A Secretaria Geral tem as seguintes competências: gia de actuação dos serviços da Secretaria Geral;
a) Apoiar as actividades financeiras dos serviços do c) Promover formas de gestão que incentiva a partici-
Ministério; pação e a capacidade de iniciativa e criadora dos
b) Elaborar os relatórios de execução orçamental e de responsáveis, quadros técnicos e demais pessoal
prestação de contas do Ministério; da Secretaria Geral;
c) Assegurar a execução do orçamento e velar pela d) Assegurar a elaboração da Proposta do Orça-
eficiente gestão do património e frota automóvel mento Geral do Estado (OGE) do Ministério e
do Ministério; apresentá-lo superiormente, acompanhando a
sua execução;
d) Conduzir o processo de contratação pública do
e) Apresentar, superiormente, propostas que visam
Ministério;
a formulação e execução da política global do
e) Assegurar a aquisição, reposição e manutenção de
Ministério no âmbito orçamental, patrimonial,
bens, equipamentos e serviços necessários ao
relações públicas e expediente e da contratação
funcionamento corrente do Ministério, tendo em
pública;
conta as regras sobre a contratação pública; f) Responder pela actividade da Secretaria Geral
f) Auxiliar a preparação e organização das reuniões perante o Ministro;
dos órgãos de apoio consultivo e directivo do g) Coordenar a prestação de apoio técnico-administra-
Ministério; tivo aos Gabinetes do Ministro e dos Secretários
g) Organizar a recepção de todo o expediente e da de Estado;
documentação oficial dirigida ao Ministério e h) Realizar, trimestralmente, o balanço do trabalho
proceder à distribuição aos órgãos e serviços realizado, de modo a verificar o cumprimento
competentes, bem como do arquivo permanente dos objectivos traçados, com base nas informa-
do Ministério; ções periódicas de cada Departamento;
h) Seleccionar, organizar e gerir o arquivo morto do i) Exercer outras actividades, no âmbito das suas com-
Ministério; petências próprias e delegadas superiormente.
i) Providenciar as condições técnicas e administrati- 2. Na ausência ou impedimento, o Secretário Geral é
vas, para o normal funcionamento dos órgãos e substituído por um dos Chefes de Departamento por si indi-
serviços do Ministério; cado e autorizado pelo Ministro.
1346 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ARTIGO 5.º g) Coordenar e controlar a elaboração do inventário e


(Conselho de Direcção)
manter actualizado o património do Ministério;
1. O Conselho de Direcção é o órgão consultivo do h) Assegurar a geração dos processos patrimoniais
Secretário Geral, a quem compete: (bens duradouros e outras despesas de capitais
a) Analisar, discutir e deliberar propostas adequadas fixos);
ao melhor desempenho do trabalho da Secretaria i) Desempenhar as demais funções que lhe sejam
Geral; atribuídas por lei ou por determinação superior.
b) Recomendar medidas relacionadas com a organi- 2. O Departamento de Gestão do Orçamento e Adminis-
zação, funcionamento e disciplina da Secretaria tração do Património é chefiado por um Técnico Superior ou
Geral; Médio, com a função de Chefe de Departamento, nomeado
c) Analisar projectos, planos e relatórios periódicos pelo Ministro sob proposta do Secretário Geral.
da actividade da Secretaria Geral; 3. O Departamento de Gestão do Orçamento e Adminis-
d) Avaliar o grau de cumprimento dos planos e progra- tração do Património integra as seguintes secções:
mas de actividades periódicas dos Departamentos; a) Secção de Gestão do Orçamento;
e) Discutir e propor as alterações necessárias às linhas b) Secção de Administração do Património.
de orientação para o eficaz e eficiente funciona-
ARTIGO 7.º
mento da Secretaria Geral. (Secção de Gestão do Orçamento)
2. O Conselho de Direcção é convocado e presidido pelo
Secretário Geral e integra: 1. À Secção de Gestão do Orçamento compete:
a) Chefes de Departamento; a) Elaborar a proposta do orçamento geral do Minis-
b) Chefes de Secção. tério (Actividade Básica e Despesas de Apoio ao
3. Além dos membros mencionados no número anterior, Desenvolvimento);
podem participar nas reuniões do Conselho de Direcção b) Processar a execução de despesas dos Órgãos
outras entidades e técnicos que forem expressamente convi- Dependentes do Ministério;
dados pelo Secretário Geral. c) Velar pelo arquivo e demais expediente inerentes à
4. O Conselho de Direcção reúne-se de forma ordinária justificação das despesas realizadas;
trimestralmente e extraordinária sempre que for necessário. d) Preparar as Necessidades de Recursos Financei-
ARTIGO 6.º
ros (NRF), elaborando o cronograma anual de
(Departamento de Gestão do Orçamento desembolsos da Actividade Básica, bem como
e Administração do Património) a programação financeira de cada trimestre e os
1. O Departamento de Gestão do Orçamento e Adminis- respectivos planos de caixa mensais;
tração do Património é a estrutura da Secretaria Geral e) Manter os Órgãos Dependentes permanentemente
encarregue de organizar e assegurar as actividades rela- informados sobre os créditos disponíveis nos
cionadas com a elaboração e execução do orçamento e a respectivos quadros detalhados das despesas;
administração do património do Ministério. f) Preparar a proposta de distribuição da quota finan-
2. O Departamento de Gestão do Orçamento e Adminis- ceira mensal;
tração do Património, abreviadamente designada por g) Analisar e validar os processos das despesas a
DGOAP, tem as seguintes competências: serem cabimentadas;
a) Organizar e dirigir a actividade da programação e h) Propor a solicitação de créditos adicionais de des-
gestão do orçamento do Ministério; pesas dos Órgãos Dependentes da Actividade
b) Coordenar e controlar a elaboração da Proposta Básica;
do Orçamento Geral (OGE) do Ministério i) Escriturar os livros de execução orçamental e finan-
(Actividade Básica e Despesas de Apoio ao ceira;
Desenvolvimento); j) Elaborar os relatórios de contas trimestrais e anuais
c) Avaliar a consistência dos dados orçamentais, sobre a execução orçamental e financeira do
financeiros e patrimoniais e proceder à recolha, Ministério;
efectivação da quota financeira atribuída, no k) Emitir pareceres sobre os relatórios de contas,
SIGFE; dos órgãos e serviços tutelados pelo Ministério,
d) Elaborar Relatório de Prestação de Contas e sub- que beneficiam de qualquer tipo de dotação do
meter à consideração superior; Estado;
e) Estabelecer normas e procedimentos contabilísticos l) Desempenhar as demais funções que lhe sejam
para o registo dos factos e actos que decorrem atribuídas por lei ou por determinação superior.
da gestão orçamental, financeira e patrimonial 2. A Secção de Gestão do Orçamento é chefiada por
do Ministério; um Técnico Superior ou Médio, com a função de Chefe de
f) Emitir pareceres sobre relatórios de contas dos Secção, nomeado pelo Ministro sob proposta do Secretário
órgãos tutelados; Geral.
I SÉRIE –– N.º 59 –– DE 31 DE MARÇO DE 2023 1347

ARTIGO 8.º ARTIGO 9.º


(Secção de Administração do Património) (Departamento de Relações Públicas e Expediente)
1. À Secção de Administração do Património compete: 1. O Departamento de Relações Públicas e Expediente é
a) Assegurar e controlar a execução das tarefas da a estrutura da Secretaria Geral encarregue de assegurar toda
Secção; a actividade de relações públicas, apoio protocolar e admi-
b) Despachar, com o Chefe de Departamento, todos nistrativo comuns do Ministério.
os assuntos relacionados com a respectiva área; 2. Ao Departamento de Relações Públicas e Expediente
c) Elaborar, periodicamente, os planos e os respecti- compete:
vos relatórios das actividades desenvolvidas; a) Exercer toda a actividade de relações públicas e
d) Organizar, inventariar e manter actualizado o Patri- protocolo do Ministério;
mónio do Ministério; b) Assegurar as condições protocolares para a rea-
lização de encontros, seminários e reuniões
e) Assegurar os planos de necessidades em bens de
promovidas pelo Ministério;
consumo corrente, móveis, utensílios e equi-
c) Assegurar os serviços de recepção e estadia das
pamentos dos diversos Órgãos de serviços do
delegações nacionais e estrangeiras, convidadas
Ministério;
pelo Ministério;
f) Providenciar a aquisição, distribuição e armazena- d) Assegurar os serviços inerentes às deslocações e
gem dos bens; estadia das delegações oficiais do Ministério;
g) Velar pelos serviços gerais, designadamente e) Atender actos oficiais determinados superiormente;
higiene, limpeza, conservação e manutenção das f) Desempenhar as demais funções que lhe sejam
instalações do património; atribuídas por lei ou por determinação superior.
h) Assegurar a prestação dos serviços no domínio 3. O Departamento de Relações Públicas e Expediente é
patrimonial de todos os Órgãos e serviços do chefiado por um Técnico Superior ou Médio, com função de
Ministério, de modo a garantir o seu efectivo Chefe de Departamento, nomeado pelo Ministro, sob pro-
funcionamento e operacionalidade; posta do Secretário Geral.
i) Assegurar as condições que permitem estabelecer 4. O Departamento de Relações Públicas e Expediente
uma corrente ligação funcional entre todos os integra as seguintes secções:
utilizadores de equipamentos de comunicação; a) Secção de Relações Públicas;
j) Controlar a manutenção de todos os bens patrimo- b) Secção de Expediente.
niais do Ministério; ARTIGO 10.º
k) Zelar pela manutenção, reparação e avaliação téc- (Secção de Relações Públicas)
nica da frota de viaturas do Estado; 1. À Secção de Relações Públicas compete:
l) Promover acções de recolha e tratamento de dados a) Adquirir bilhetes de passagem e vistos necessários
estatísticos sobre custos e consumos de veículos para os funcionários que se deslocam em missão
do Estado; de serviços para o interior e exterior do País;
m) Propor linhas orientadoras para a definição de b) Tratar dos processos de emissão e revalidação
políticas nos domínios da organização, estrutu- de passaportes de serviços dos funcionários do
ração, aquisição, administração, gestão, controlo Ministério;
e fiscalização do parque de veículos do Estado; c) Assegurar as deslocações e recepções do Ministro
n) Emitir pareceres na aceitação de doação de veí- e Secretários de Estado, em missão de serviços
culos para o Estado e assegurar o seu registo a para o interior e exterior do País;
favor do Estado e inserção na base de dados; d) Assegurar a recepção de delegações e individuali-
o) Assegurar o tratamento jurídico dos veículos, dades nacionais e estrangeiras convidadas pelo
motociclos e outros apreendidos, abandonados Ministério;
ou perdidos a favor do Estado, com vista ao seu e) Assegurar as condições logísticas para a realização
registo, tratamento processual de restituição ao de reuniões, seminários ou outros eventos pro-
usuário, bem como o registo na base de dados; movidos pelo Ministério;
p) Gerir os processos de restituição, abate, alienação, f) Manter um serviço de recepção e atendimento ao
desmantelamento e reafectação de veículos; público, informando aos interessados sobre os
q) Zelar pelo cumprimento das normas em vigor, locais onde se deve dirigir, prestando os escla-
respeitante à utilização de veículos do Estado; recimentos devidos e encaminhando as suas
r) Desempenhar as demais funções que lhe sejam sugestões e reclamações;
atribuídas por lei ou por determinação superior. g) Desempenhar as demais funções que lhe sejam
2. A Secção de Administração do Património é che- atribuídas por lei ou por determinação superior.
fiada por um Técnico Superior ou Médio, com a função de 2. A Secção de Relações Públicas é chefiada por um
Chefe de Secção, nomeado pelo Ministro, sob proposta do Técnico Superior ou Médio, com a função de Chefe de Secção,
Secretário Geral. nomeado pelo Ministro, sob proposta do Secretário Geral.
1348 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ARTIGO 11.º l) Apoiar os órgãos do Ministério na tomada de deci-


(Secção de Expediente) sões em caso de impugnação administrativa, nos
1. À Secção de Expediente compete: termos da Lei dos Contratos Públicos;
a) Assegurar o registo, classificação, expedição, m) Analisar o mercado de fornecedores de modo a
arquivo e controlo da documentação da Secre- encontrar soluções alternativas ou inovadoras;
taria Geral; n) Desempenhar as demais funções que lhe sejam
b) Apoiar os restantes serviços do Ministério em maté- atribuídas por lei ou por determinação superior.
ria de digitalização e reprodução de documentos; 3. O Departamento de Contratação Pública é diri-
c) Desempenhar as demais funções que lhe sejam gido por um Técnico Superior, com a função de Chefe de
atribuídas por lei ou por determinação superior. Departamento, nomeado pelo Ministro, sob proposta do
2. A Secção de Expediente é chefiada por um Técnico Secretário Geral.
Superior ou Médio, com a função de Chefe de Secção, CAPÍTULO III
nomeado pelo Ministro, sob proposta do Secretário Geral. Disposições Finais
ARTIGO 12.º
ARTIGO 13.º
(Departamento de Contratação Pública)
(Competências dos Chefes de Departamento)
1. O Departamento de Contratação Pública é a estrutura Aos Chefes de Departamento compete:
da Secretaria Geral encarregue de assegurar a condução do a) Organizar, orientar e coordenar as actividades do
processo de contratação pública do Ministério. Departamento;
2. Ao Departamento de Contratação Pública, abreviada- b) Controlar a assiduidade, pontualidade e produtivi-
mente designada por DCP, tem as seguintes competências: dade dos respectivos funcionários;
a) Concentrar a formação de todos os processos de c) Elaborar e apresentar periodicamente os planos
contratação pública e o tratamento da respectiva de actividades do respectivo Departamento e os
informação, sem prejuízo das contratações que relatórios sobre o grau de execução dos mesmos;
pela sua natureza devem ser levadas a cabo por d) Assinar os termos de abertura e encerramento dos
organismos distintos; livros em uso no respectivo Departamento;
b) Coordenar a função de compras do Ministério; e) Tomar iniciativa e decidir sobre todas tarefas já
c) Acompanhar de forma direcionada todo o ciclo de programadas e prestar contas da sua execução
contratações; ao Secretário Geral;
d) Interagir com as áreas técnicas na definição das f) Conservar, manter e assegurar os meios, utensílios
necessidades, da escolha e dos momentos da e equipamentos atribuídos ao Departamento;
realização do procedimento, bem como na pre- g) Despachar, com o Secretário Geral, os assuntos
paração das respectivas peças e praticar, com o correntes do Departamento;
apoio das áreas técnicas, todos os actos inerentes h) Reunir regularmente com o pessoal do Departa-
mento;
à consolidação do Plano Anual de Contratações;
i) Desempenhar as demais funções que lhe sejam
e) Propor os membros que integram as comissões de
atribuídas por lei ou por determinação superior.
avaliação, devendo incluir técnicos provenientes
ARTIGO 14.º
das áreas técnicas;
(Competências dos Chefes de Secção)
f) Apoiar as comissões de avaliação na resolução de
Aos Chefes de Secção compete:
conflitos com os candidatos ou concorrentes;
a) Cumprir com as tarefas atribuídas à Secção e con-
g) Pronunciar-se sobre os documentos finais das
trolar a sua execução;
comissões de avaliação, antes da remessa ao
b) Dirigir e coordenar os trabalhos da Secção, respon-
Ministro;
dendo pelo seu cumprimento;
h) Propor a celebração e/ou vinculação aos acordos-
c) Auscultar regularmente as preocupações do pessoal
-quadro;
da Secção e remeter ao Chefe de Departamento;
i) Implementar, em cada procedimento de contratação d) Despachar com os respectivos Chefes de Depar-
pública, acções de fomento à sustentabilidade tamento;
da contratação pública preferencial das micro, e) Manter a disciplina na Secção;
pequenas e médias empresas e a produção f) Controlar a pontualidade e assiduidade dos funcio-
nacional e local e a utilização predileta da mão- nários da respectiva Secção;
-de-obra local; g) Elaborar e apresentar periodicamente os planos
j) Estabelecer contacto permanente com o Serviço de actividades e necessidades da Secção, bem
Nacional de Contratação Pública; como os respectivos relatórios;
k) Acompanhar e apoiar a actividade de contratação h) Desempenhar as demais funções que lhe sejam
pública dos órgãos superintendidos; atribuídas por lei ou por determinação superior.
I SÉRIE –– N.º 59 –– DE 31 DE MARÇO DE 2023 1349

ARTIGO 15.º cias assim o aconselharem, podem ser contratados técnicos


(Quadro de pessoal)
de comprovada competência para tempo integral ou parcial
1. O quadro de pessoal da Secretaria Geral é o que consta
intervirem em assuntos pontuais de atribuições da Secretaria
ao Anexo I do presente Regulamento Interno, do qual é parte
integrante. Geral.
2. O provimento de lugares do quadro da Secretaria ARTIGO 16.º
Geral é regulado pelas normas gerais aplicáveis à adminis- (Organigrama)
tração pública, pelo presente Diploma e demais legislação
O organigrama da Secretaria Geral é o que consta do
aplicável na matéria.
3. Por Despacho do Ministro da Agricultura e Florestas, Anexo II ao presente Regulamento Interno, do qual é parte
sob proposta do Secretário Geral e sempre que as circunstân- integrante.

ANEXO I
Quadro de pessoal da Secretaria Geral a que se refere o artigo 15.º do Regulamento que antecede
1350 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ANEXO II
Organigrama da Secretaria Geral a que se refere o artigo 16.º do Regulamento que antecede
Secretária
Geral

Conselho de
Direcção

Departamento
Departamento de Departamento de
de Gestão do Orçamento
Relações Públicas e Contratação
e Administração do
Expediente Pública
Património

Secção de
Secção de Gestão Secção de Secção de
Administração do
do Orçamento Relações Públicas Expediente
Património

O Ministro, António Francisco de Assis. (23-2163-A-MIA)


I SÉRIE –– N.º 59 –– DE 31 DE MARÇO DE 2023 1351

Decreto Executivo n.º 40/23 ARTIGO 3.º


de 31 de Março (Competências)
Havendo a necessidade de se dotar o Conselho de Ao Conselho de Direcção compete:
Direcção do Ministério da Agricultura e Florestas do respec- a) Avaliar a actividade dos órgãos e serviços do
tivo Regulamento Interno;
Em conformidade com os poderes delegados pelo Ministério;
Presidente da República, nos termos do artigo 137.º da b) Avaliar o desempenho das empresas do Sector e
Constituição da República de Angola, e de acordo com o n.º 3 dos órgãos superintendidos;
do Despacho Presidencial n.º 289/17, de 13 de Outubro, con- c) Pronunciar-se sobre as questões da política geral e
jugado com o artigo 18.º do Decreto Presidencial n.º 279/22,
organização interna do Ministério;
de 7 de Dezembro, que aprova o Estatuto Orgânico do
Ministério da Agricultura e Florestas, determino: d) Pronunciar-se sobre questões práticas que, pela
ARTIGO 1.º
sua importância, tenham influência no bom
(Aprovação) funcionamento dos serviços do Ministério da
É aprovado o Regulamento Interno do Conselho de Agricultura e Florestas;
Direcção do Ministério da Agricultura e Florestas, anexo ao e) Pronunciar-se sobre os projectos económicos do
presente Decreto Executivo, do qual é parte integrante.
Sector;
ARTIGO 2.º
f) Acompanhar e avaliar a execução dos programas
(Dúvidas e omissões)
dos diversos órgãos e serviços do Sector.
As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
aplicação do presente Decreto Executivo são resolvidas pelo ARTIGO 4.º
(Periodicidade das sessões)
Ministro da Agricultura e Florestas.
ARTIGO 3.º 1. O Conselho de Direcção reúne-se trimestralmente
(Entrada em vigor) em sessões ordinárias e, extraordinariamente, sempre que
O presente Decreto Executivo entra em vigor à data sua convocado pelo Ministro da Agricultura e Florestas, com o
publicação. objectivo de acompanhar e avaliar a execução do programa
Publique-se. de actividades dos diversos serviços do Sector.
2. Em caso de emergente necessidade, os Secretários
Luanda, aos 31 de Março de 2023.
de Estado e os distintos membros do Conselho de Direcção
O Ministro, António Francisco de Assis.
podem propor ao Ministro a realização de sessões extraor-
dinárias, desde que as propostas sejam antecipadamente
REGULAMENTO INTERNO apresentadas, fundamentadas e acompanhadas dos respecti-
DO CONSELHO DE DIRECÇÃO
vos elementos de suporte.
DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA
E FLORESTAS ARTIGO 5.º
(Agenda e convocatória)

CAPÍTULO I 1. As sessões ordinárias e extraordinárias do Conselho


Disposições Gerais de Direcção são convocadas pelo Ministro da Agricultura
ARTIGO 1.º e Florestas com uma antecedência mínima de sete e cinco
(Definição) dias, respectivamente, salvo em caso de justificada urgência.
O Conselho de Direcção é o órgão de consulta periódica 2. O Ministro da Agricultura e Florestas orienta o res-
do Ministro da Agricultura e Florestas, ao qual cabe apoiar pectivo Gabinete a elaboração do projecto de agenda de
o Ministro na coordenação das actividades dos diversos ser- trabalho de acordo com a prioridade das questões que esta-
viços do Ministério. belecer, tendo por base as suas superiores instruções.
ARTIGO 2.º 3. As convocatórias são distribuídas aos membros do
(Composição)
Conselho de Direcção acompanhadas dos documentos agen-
1. O Conselho de Direcção é presidido pelo Ministro e dados e das respectivas sínteses ou notas explicativas.
tem a seguinte composição:
ARTIGO 6.º
a) Secretários de Estado;
(Duração das sessões)
b) Directores Nacionais e equiparados.
2. Sempre que os assuntos em análise exijam, o Ministro 1. As sessões do Conselho de Direcção têm a duração
da Agricultura e Florestas pode convocar Chefes de Depar- de cinco horas, com início às 10 horas e término às 15h00.
tamentos e Técnicos do Ministério, bem como responsáveis 2. Todos os assuntos da agenda, cuja apreciação não se
dos serviços sob superintendência para participar das reu- esgote no período de tempo a que se refere o número ante-
niões do Conselho de Direcção. rior, são remetidos a uma sessão posterior.
1352 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ARTIGO 7.º missão em contrário do presidente da sessão, consoante o


(Direitos e deveres)
impacto do assunto a abordar e a extensão da agenda de
1. Os membros ou participantes do Conselho de Direcção trabalhos.
têm os direitos de receber a convocatória e a documentação ARTIGO 10.º
a ser discutida no Conselho com a devida antecedência. (Responsabilidade por incumprimento)
2. Os membros ou participantes do Conselho de Direcção 1. O poder disciplinar, no âmbito do Conselho de
têm os deveres seguintes: Direcção, é exercido pelo Presidente da Sessão.
a) Prestar ao Conselho de Direcção, com verdade, 2. O não cumprimento dos deveres enumerados no
precisão e segurança, todas as informações que artigo 7.º presente Regimento constitui infracção discipli-
lhe forem solicitadas e participar activamente nar passível de procedimento correspondente, nos termos da
das sessões; legislação aplicável.
b) Guardar sigilo sobre todos os assuntos tratados e ARTIGO 11.º
deliberados em cada sessão, desde que, por lei (Decisões)
ou por determinação superior, não sejam expres- 1. As decisões aprovadas assumem a forma de recomen-
samente autorizados a revelá-las. dação, com carácter vinculativo, a todos os membros quer
ARTIGO 8.º estejam ou não presentes.
(Secretariado) 2. Sempre que não se obtenha consenso, procede-se à
1. Em cada sessão do Conselho de Direcção deve funcio- votação, valendo a decisão por voto favorável da maioria
nar um Secretariado encarregue, nomeadamente, de: simples dos presentes à sessão.
a) Efectuar a triagem da documentação atinente aos 3. O Ministro ou seu substituto tem voto de qualidade.
assuntos agendados e assegurar a sua distribui- 4. As recomendações devem constar das actas das ses-
ção antecipada em anexo à convocatória; sões em que sejam aprovadas.
b) Organizar e apoiar a sessão nos domínios técnicos ARTIGO 12.º
e administrativo, incluindo a prestação de todas (Justificação de faltas)

as informações que lhe sejam solicitadas; 1. As faltas dos membros ou convidados às sessões do
c) Assegurar a elaboração e a distribuição no fim da Conselho de Direcção devem ser devidamente justificadas,
sessão, da síntese dos assuntos tratados e respec- devendo o pedido ser apresentado por escrito ao Ministro
da Agricultura e Florestas, por intermédio do Secretariado
tivas recomendações;
deste órgão consultivo, com a indicação do respectivo
d) Assegurar a elaboração e distribuição da acta no representante.
prazo de 72 horas a contar do fim de cada sessão; 2. Para feitos do número anterior, em caso de falta por
e) Realizar as demais tarefas que lhes sejam incumbi- motivo imprevisível, a justificação deve ser apresentada
das pelo Ministro da Agricultura e Florestas ou por meios de comunicação convencionados, imediatamente
seu substituto. depois de ultrapassadas as causas originárias da ausência.
2. O Secretariado é coordenado pelo Director do Gabinete ARTIGO 13.º
de Tecnologias de Informação e Comunicação Institucional (Quórum)
e coadjuvado pelo Gabinete do Ministro da Agricultura e 1. O Conselho de Direcção reúne-se com a presença da
Florestas. maioria simples dos respectivos membros em pleno gozo
3. Os membros do Secretariado assistem as reuniões do dos seus direitos.
Conselho de Direcção, sem direito a voto nem palavra, salvo 2. No caso em que não haja quórum suficiente e a agenda
quando solicitados pelo presidente da sessão. de trabalho o aconselhe, pode a mesma ser adiada por uma
única vez.
ARTIGO 9.º
(Apresentação e discussão de documentos) ARTIGO 14.º
(Comissão interdisciplinar)
1. Os projectos de documentos de trabalho são apresen-
tados para discussão em tempo não superior a 10 minutos, Sempre que se revele necessário e a natureza inter-
disciplinar das questões o aconselhe, podem ser criadas
por meio de relatório oral ou escrito, que os fundamente.
Comissões «ad hoc» de membros do Conselho de Direcção
2. O tempo de apresentação previsto no número anterior
para estudos e apresentação de pareceres sobre assuntos de
só deve exceder, cinco minutos, em caso de circunstâncias
carácter urgente que tenham de ser decididos por este órgão
ponderosas e por autorização do presidente da sessão.
consultivo.
3. A discussão tem início com a cedência da palavra a
cada participante, de acordo com a ordem de inscrição, não O Ministro, António Francisco de Assis.
devendo cada intervenção exceder três minutos, salvo per- (23-2253-A-MIA)

O. E. 0454 - 3/59 - 150 ex. - I.N.-E.P. - 2023

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