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Quinta-feira, 20 de Novembro de 2014 I Série - N.

° 206

República

angola
do
DIAHIO DA REPUBLICA
ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA

Preço deste número - Kz: 310,00


Toda a correspondência, quer oficial, quer ASSINATURA O preço de cada linha publicada nos Diários
relativa a anúncio e assinaturas do «Diário Ano da República I.® e 2.“ série é de Kz: 75.00 e para
da República», deve ser dirigida à Imprensa
As três séries Kz: 470 615.00 a 3.® série Kz: 95.00, acrescido do respectivo
Nacional - E.P., em Luanda, Rua Henrique de
A 1.“ série Kz: 277 900.00 imposto do selo, dependendo a publicação da
Carvalho n.° 2, Cidade Alta, Caixa Postal 1306,
www.imprensanacional.gov.ao - End. leleg.: A 2.° série Kz: 145 500.00 3.® série de depósito prévio a efectuar na tesouraria
«Imprensa». A 3.“ série Kz: 115 470.00 da Imprensa Nacional - E. P.

IMPRENSA NACIONAL - E. P. 4. Aos preços mencionados no n.° 1 acrescer-se-á um


Rua Henrique de Carvalho n.° 2 valor adicional para portes de correio por via normal das
e-mail: imprensanacional@imprensanacional.gov.ao três séries, para todo o ano, no valor de Kz: 95.975,00 que
Caixa Postal N.° 1306 poderá sofrer eventuais alterações em função da flutuação
das taxas a praticar pela Empresa Nacional de Correios de
CIRCULAR Angola - E.P. no ano de 2015.
Excelentíssimos Senhores, 5. Os clientes que optarem pela recepção dos Diários da
Temos a honra de convidá-los a visitar a página da internet República através do correio deverão indicar o seu endereço
no site www.imprensanacional.gov.ao, onde poderá online ter completo, incluindo a Caixa Postal, a fim de se evitarem
acesso, entre outras informações, aos sumários dos conteúdos atrasos na sua entrega, devolução ou extravio.
do Diário da República nas três Séries. Observações:
Havendo necessidade de se evitarem os inconvenientes a) Estes preços poderão ser alterados se houver
que resultam para os nossos serviços do facto de as respec­ uma desvalorização da moeda nacional, numa
tivas assinaturas no Diário da República não serem feitas proporção superior à base que determinou o
com a devida oportunidade; seu cálculo ou outros factores que afectem
Para que não haja interrupção no fornecimento do Diário consideravelmente a nossa estrutura de custos;
da República aos estimados clientes, temos a honra de infor­ b) As assinaturas que forem feitas depois de 15 de
má-los que até 15 de Dezembro de 2014 estarão abertas as Dezembro de 2014 sofrerão um acréscimo aos
respectivas assinaturas para o ano 2015, pelo que deverão preços em vigor de uma taxa correspondente a
providenciar a regularização dos seus pagamentos junto dos 15%.
nossos serviços.
1. Enquanto não for ajustada a nova tabela de preços a
cobrar pelas assinaturas para o fornecimento do Diário da
SUMÁRIO
República para o ano de 2015, passam, a título provisório, a
ser cobrados os preços em vigor, acrescidos do Imposto de
Presidente da República
Dccrcto Presidencial n.° 304/14:
Consumo de 2% (dois porcento):
Aprova a abertura de crédito adicional no montante de AKz: 1.077.987.145,00
As 3 séries..................................................Kz: 470 615,00 para pagamento das despesas relacionadas com compromissos de
1.a série..... ,................................................ Kz: 277 900,00 carácter estratégico, o crédito é afecto à Unidade Orçamental da
Secretária Geral da Presidência da República.
2. a série...................................................... Kz: 145 500,00
Decreto Presidencial n.° 305/14:
3. a série...................................................... Kz: 115 470,00
Aprova o processo de extinção das empresas públicas ENE — Empresa
2. Tão logo seja publicado o preço definitivo os assinan­ Nacional de Electricidade e EDEL — Empresa de Distribuição de
tes terão o prazo de 45 (quarenta e cinco) dias para liquidar Electricidade e cria novas empresas públicas para o sector eléctrico:
a Rede Nacional de Transporte de Electricidade, E.P., abreviadamenle
a diferença apurada, visando assegurar a continuidade do
RNT - E.P., a Empresa Pública de Produção de Electricidade, E.P.,
fornecimento durante o período em referência. abreviadamente PRODEL - E.P. e a Empresa Nacional de Distribuição
3. As assinaturas serão feitas apenas em regime anual. de Electricidade, E.P., abreviadamente ENDE - E.P. e aprova os seus
DIÁRIO DA REPÚBLICA
4936

respectivos Estatutos Orgânicos. — Revoga os Decreto n.° 24/80, Angolano, do Prédio Rústico, sito no Bairro da Maianga, Talhão n.° 6
dc 20 de Março, que cria a Empresa Nacional de Electricidade, Rua Kvvamme Nkrumah, Distrito Urbano da Maianga, Município dc
ENE. o Decreto n.° 29/98, de 4 dc Setembro, que aprova o seu Luanda c do Prédio Urbano, sito na Rua Kwamme Nkrumah n.° 8,
Estatuto Orgânico c o Decreto n.° 33/99, dc 19 de Novembro, que Município de Luanda.
constitui e aprova o Estatuto Orgânico da Empresa dc Distribuição
de Electricidade, EDEL, bem como toda a legislação que contrarie o Ministério do Ensino Superior
disposto no presente Decreto Presidencial.
Despacho n.° 1587/14:
Despacho Presidencial n.° 222/14: Cria uma Comissão de Inquérito encarregue de averiguar as alegadas
Autoriza a celebração do contrato para a realização dc obras dc reforço irregularidades constantes da carta denúncia, praticadas no Instituto
do Sistema dc Abastecimento dc Água à Cidade dc M’ Banza Congo,
Superior Politécnico do Cazcnga (1SPOCA), coordenada por Miguel
cria a Comissão dc Avaliação do concurso público para execução das João José Cassule.
obras referidas c delega competência à Unidade Técnica dc Negociação
para aprovação das peças, verificar a validade c a legalidade dc todos
os actos praticados, no âmbito do concurso público c nos termos da PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Lei da Contratação Pública.

Despacho Presidencial n.° 223/14:


Nomeia André Luís Brandão e Yolanda Giscllc Ribeiro António dos Santos Decreto Presidencial n.° 304/14
para coordenarem a Unidade Técnica dc Negociação. de 20 dc Novembro

Despacho Presidencial n.° 224/14: Havendo necessidade de proceder à autorização de crédito


Aprova o Acordo dc financiamento para implementação do Projecto
adicional no Orçamento Geral do Estado de 2014, para o suporte
relativo ao Contrato dc Empreitada dc Construção da Infra-Estruturas
no perímetro desanexado do Fulungo dc Belas — Fase I, celebrado das despesas de funcionamento da Unidade Orçamental da
entre a República dc Angola, representada pelo Ministério das Secretaria Geral da Presidência da República;
Finanças e o Industrial Commercial Bank of China (ICBC), no valor
Tendo em conta que a Lei n.° 15/10, de 14 de Julho — Lei
de USD 120.000.000,00 c autoriza o Ministro das Finanças com a
faculdade de subdelegar, a proceder à assinatura do referido Acordo do Orçamento Gerai do Estado estabelece no n.° 1 do
de Financiamento e toda a documentação com este relacionada. artigo 27.° que os créditos suplementares são autorizados
Ministério dos Finanças /
por Lei e abertos por Decreto Presidencial;
Despacho n.° 1581/14: O Presidente da República determina, nos termos da
Subdelega plenos poderes a Américo Miguel da Costa, Secretário Geral, alínea d) do artigo 120.° e do n.° 1 do artigo 125.°, ambos da
para representar este Ministério na outorga e assinatura dos Contratos !
de Aquisição e Instalação de Inspecção de Pessoas e Bens, que vincula Constituição da República de Angola, o seguinte:
a Empresa MICROSEGUR — Sistemas dc Segurança, Lda, e o de ARTIGO l.°
Fornecimento de Bens de Consumo Corrente, que vincula a Empresa (Aprovação da abertura dc crédito adicional suplementar)
S2C — OÍTice Soluções, Lda.
É aprovada a abertura de crédito adicional no montante
Despacho n.° 1582/14:
Subdelega plenos poderes a Sousa João Isaac Dala, Delegado Provincial de AKz: 1.077.987.145,00 (um bilião, setenta e sete milhões,
de Finanças da Huíla, para conferir posse à Edgar Fonseca Nobre, no
novecentos e oitenta e sete mil, cento e quarenta e cinco
cargo de Chefe de Repartição Fiscal do Lubango.
Kwanzas) para pagamento das despesas relacionadas com
Despacho n.° 1583/14:
Subdelega plenos poderes a Sílvio Franco Burity, Director Nacional do compromissos de carácter estratégico.
Património, para em representação deste Ministério, assinar o Contrato
ARTIGO 2.°
de Arrendamento das frações autónomas no 8.°, 9.° e 10.° do imóvel
(Inscrição da dotação orçamental)
designado «Edifício Torres Oceanos», situado na Rua Ev. Lenine, com
uma área de 2.133,9m2 com a Empresa BESA ACTIF — Sociedade de O crédito adicionai aberto nos termos do artigo 1,° é afecto
Fundos de Investimentos, S.A., bem como a realização das despesas
inerentes ao contrato a celebrar.
à Unidade Orçamental da Secretaria Geral da Presidência
da República.
Despacho n.° 1584/14:
Subdelega plenos poderes a Osvaldo do Rosário Lopes Teixeira, Delegado ARTIGO 3.°
Provincial de Finanças do Huambo, para conferir posse aos funcionários (Dúvidas c omissões)
• j
Edson da Graça Paulo Pinto e António Feliciano Braça nos cargos
As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
respectivos de Adjunto do Chefe de Repartição Fiscal do Huambo e
Chefe de Secção de Prevenção e Fiscalização Tributária da Repartição
aplicação do presente Diploma são resolvidas pelo Presidente
Fiscal do Huambo. da República.
Despacho n.® 1585/14: ARTIGO 4.°
Subdelega plenos poderes a Fernando Laurindo, Delegado Provincial de (Entrada cm vigor)
Finanças do Uíge, para conferir posse à Fineza Ana Beatrizana Isildo
O presente Diploma entra em vigor na data da sua publicação.
Dombaxi, no cargo de Chefe de Repartição Fiscal do Uíge.

Despacho n.® 1586/14:


Publique-se.
Subdelega plenos poderes a Sílvio Franco Burity, Director Nacional do
Luanda, aos 14 de Novembro de 2014.
Património do Estado, para outorgar, em representação deste Ministério
as Escrituras Públicas referentes a transmissão, a favor do Estado O Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
I SÉRIE-N.0 206-DE 20 DE NOVEMBRO DE 2014 4937

Decreto Presidencial n.° 305/14 3. É transferida para a Rede Nacional de Transporte de


dc 20 dc Novembro Electricidade, E.P., a universalidade dos direitos e obrigações
Considerando que a Estratégia de Desenvolvimento do resultantes do segmento de Transporte da extinta ENE —
Sector Eléctrico e o Saneamento Financeiro das Empresas Empresa Nacional de Electricidade, E.P. e dos activos de
do Sector, aprovadas pelas Resoluções n.° 21/02, de 1 de Transporte do GAMEK — Gabinete de Aproveitamento do
Outubro, e n.° 13/03, de 29 de Abril, deram início ao processo Médio Kwanza, incluindo os saldos das contas bancárias
de separação de contas, consistindo na reestruturação do negócio afectas a este segmento de negócio.
global e da sua estrutura organizativa através da criação de 4. A transferência opera-se automaticamente a partir da
unidades de negócio (Produção, Transporte e Distribuição), data da entrada em vigor do presente Decreto Presidencial,
com vista a criação de condições para a separação jurídica que constitui título bastante para todos os efeitos legais.
das referidas áreas de negócio do Sector; 5. Os trabalhadores afectos ao segmento de Transporte da
Tendo em conta que a Política e a Estratégia de Segurança extinta ENE — Empresa Nacional de Electricidade, E.P., à data
Energética Nacional, aprovada pelo Decreto Presidencial
da entrada em vigor deste Diploma, transitam automaticamente
n.° 256/11, de 29 de Novembro, recomenda a redefinição
para a Rede Nacional de Transporte de Electricidade, E.P.,
do enquadramento institucional do subsector eléctrico, com
com todas as obrigações e direitos adquiridos.
base no reforço das funções de regulação, na clarificação de
responsabilidades, na captação dos recursos e no reforço das ARTIGO 4.°
(Empresa Pública de Produção dc Electricidade, E.P.)
valências dos operadores, através da criação de entidades
1. É criada a Empresa Pública de Produção de Electricidade,
públicas únicas especializadas em cada uma das etapas da
P, abreviadamente PRODEL, E.P., responsável pela
E.
cadeia de valor de produção, transporte e distribuição;
exploração, em regime de serviço público, dos centros
Havendo necessidade de garantir o aumento da capaci­
electroprodutores e aprovado o respectivo estatuto orgânico
dade do sistema até 2025 e de assegurar a sustentabilidade
constante do Anexo II do presente Diploma e que dele é
económico-financeira das empresas, através da aplicação
parte integrante.
de tarifas que reflictam de forma mais realista os custos das
2. O património da Empresa Pública de Produção de
operadoras e permitam a progressiva redução de subsídios
Electricidade, E.P. é o resultante da incorporação dos acti­
nas tarifas ao cliente final.
vos do segmento de Produção da extinta ENE — Empresa
O Presidente da República decreta, nos termos da alínea d)
Nacional de Electricidade - E.P. e dos activos do GAMEK
do artigo 120.° e do n.° 3 do artigo 125.°, ambos da Constituição
— Gabinete de Aproveitamento do Médio Kwanza referentes
da República, o seguinte:
ao Aproveitamento Hidroeléctrico de Capanda.
ARTIGO l.°
3. É transferida para a Empresa Pública de Produção de
(Objecto)
Electricidade, E.P., a universalidade dos direitos e obrigações
O presente Diploma tem por objecto a aprovação do
resultantes do segmento de Produção da extinta ENE — Empresa
processo de extinção das empresas públicas ENE — Empresa
Nacional de Electricidade, E.P., e de toda a infra-estrutura de
Nacional de Electricidade e EDEL— Empresa de Distribuição
produção existente, incluindo o Aproveitamento Hidroeléctrico
de Electricidade e de criação de novas empresas públicas para
de Capanda e todos os seus activos, incluindo os saldos das
o sector eléctrico.
contas bancárias afectas a este segmento de negócio.
ARTIGO 2.° 4. A transferência opera-se automaticamente a partir da
(Extinção)
data da entrada em vigor do presente Decreto Presidencial,
São extintas as empresas públicas ENE— Empresa Nacional que constitui título bastante para todos os efeitos legais.
de Electricidade, E.P. e EDEL— Empresa de Distribuição 5. Os trabalhadores afectos ao segmento de Produção da
de Electricidade, E.P. extinta ENE — Empresa Nacional de Electricidade, E.P. e
ARTIGO 3.° de toda a infra-estrutura de produção do Empreendimento
(Rcdc Nacional de Transporte dc Electricidade, E.P.) Hidroeléctrico de Capanda, afectos ao Gabinete de Aproveitamento
1. É criada a empresa Rede Nacional de Transporte de do Médio Kwanza, à data da entrada em vigor deste Diploma,
Electricidade, E.P., abreviadamente RNT, E.P., dedicada transitam automaticamente para a Empresa Pública de
exclusivamente à gestão do sistema, à operação do mercado Produção de Electricidade, E.P., com todas as obrigações e
(comprador único) e à gestão da rede de transporte e aprovado direitos adquiridos.
o respectivo estatuto orgânico constante do Anexo I do presente 6. A Empresa Pública de Produção de Electricidade, E.P.
Diploma e que dele é parte integrante. deve assumir a posição jurídica, à data da entrada em vigor
2. O património da Rede Nacional de Transporte de deste Diploma, em relação a todos os actos praticados e
Electricidade, E.P. é o resultante da incorporação dos activos do contratos celebrados pelo segmento de Produção da extinta
segmento de Transporte da extinta EN E — Empresa Nacional ENE — Empresa Nacional de Electricidade, E.P., bem como
de Electricidade, E.P, bem como dos activos de Transporte que os referentes à infra-estrutura de produção do Aproveitamento
se encontrem em operação e cuja propriedade seja detida pelo Hidroeléctrico de Capanda do GAMEK — Gabinete de
GAMEK — Gabinete de Aproveitamento do Médio Kwanza. Aproveitamento do Médio Kwanza.
DIÁRIO DA REPÚBLICA
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ARTIGO 5.° Decreto n.° 29/98, de 4 de Setembro, que aprova o seu Estatuto
(Empresa Nacional dc Distribuição dc Electricidade, E.P.) Orgânico, o Decreto n.° 33/99, de 19 de Novembro, que constitui
1. É criada a Empresa Nacional de Distribuição de e aprova o Estatuto Orgânico da Empresa de Distribuição de
Electricidade, E.P., abreviadamente ENDE, E.P., dedicada Electricidade, EDEL, bem como toda a legislação que contrarie
exclusivamente à comercialização e distribuição de energia o disposto no presente Decreto Presidencial.
eléctrica, no âmbito do Sistema Eléctrico Público e aprovado ARTIGO 8.°
o respectivo estatuto orgânico constante do Anexo III do (Dúvidas c omissões)

presente Diploma e que dele é parte integrante. As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
2.0 património da Empresa Nacional de Distribuição de aplicação do presente Diploma são resolvidas pelo Presidente
Electricidade-E.P. é o resultante da incorporação dos activos da República.
da extinta EDEL—Empresa de Distribuição de Electricidade, ARTIGO 9.°
E.P. e do segmento de Distribuição da extinta ENE — Empresa (Entrada cm vigor)
Nacional de Electricidade, E.P. O presente Decreto Presidencial entra em vigor na data
3. É transferida para a Empresa Nacional de Distribuição de
da sua publicação.
Electricidade, E.P., a universalidade dos direitos e obrigações
Publique-se.
resultantes do segmento de Distribuição da extinta ENE —
Empresa Nacional de Electricidade, E.P. e da extinta EDEL Luanda, aos 14 de Novembro de 2014.
— Empresa de Distribuição de Electricidade, E.P., incluindo os O Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
saldos das contas bancárias afectas a este segmento de negócio.
4. A transferência opera-se automaticamente a partir da
data da entrada em vigor do presente Decreto Presidencial,
que constitui título bastante para todos os efeitos legais. ANEXO I
5. Os trabalhadores afectos à extinta EDEL— Empresa a que se refere o artigo 3.°
de Distribuição de Electricidade, E.P. e ao segmento de ESTATUTO ORGÂNICO DA REDE NACIONAL
Distribuição da extinta ENE — Empresa Nacional de DE TRANSPORTE DE ELECTRICIDADE, E.P.
Electricidade, E.P., à data da entrada em vigor deste Diploma,
CAPÍTULO I
transitam automaticamente para a Empresa Nacional de
Disposições Gerais
Distribuição de Electricidade, E.P., com todas as obrigações
e direitos adquiridos. ARTIGO l.°
(Denominação)
6. Os trabalhadores das áreas corporativas da extinta
ENE — Empresa Nacional de Electricidade, E.P transitam A Rede Nacional de Transporte de Electricidade, abrevia­
automaticamente, na sua globalidade, para as três novas damente designada por RNT - E.P., é uma empresa de interesse
empresas públicas criadas pelo presente Decreto Presidencial, estratégico, dotada de personalidade jurídica e de autonomia
sendo a alocação efectuada de acordo com as necessidades administrativa, financeira, patrimonial e de gestão.
de cada empresa.
ARTIGO 2.°
7. A Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade, E.P. (Regime jurídico)
deve assumir a posição jurídica, à data da entrada em vigor deste A Rede Nacional de Transporte de Electricidade rege-se
Diploma, em relação a todos os actos praticados e contratos pelo presente Estatuto, pelas normas complementares de
celebrados pela extinta EDEL— Empresa de Distribuição de
execução, pela legislação aplicável às empresas públicas
Electricidade, E.P. e pelo segmento de Distribuição da extinta
e no que não estiver especialmente regulado, pelas normas
ENE — Empresa Nacional de Electricidade, E.P.
de Direito Comercial e demais normas de direito privado
ARTIGO 6.°
(Processo dc transição) em vigor.
ARTIGO 3.°
O Ministro da Energia e Águas deve praticar os actos
(Sede e representações)
que se mostrem necessários à condução do processo de
1. A Rede Nacional de Transporte de Electricidade tem a
transição, em conformidade com legislação em vigor, até
sua sede em Luanda, podendo, por deliberação do Conselho
a tomada de posse dos Conselhos de Administração das
de Administração, estabelecer e encerrar filiais, sucursais,
Empresas criadas pelo presente Diploma.
agências ou outras formas de representação em qualquer
ARTIGO 7.°
(Revogação) parte do território nacional ou no estrangeiro, assim como
São revogados o Decreto n.° 24/80, de 20 de Março, descentralizares seus serviços técnicos e administrativos,de
que cria a Empresa Nacional de Electricidade, ENE, e acordo com as necessidades da sua actividade.
I SÉRIE - N.° 206 - DE 20 DE NOVEMBRO DE 2014 4939

2. O estabelecimento de filiais, sucursais ou de outras CAPITULOU


formas de representação da empresa, em qualquer parte do Organização e Funcionamento
território nacional ou no estrangeiro, carece de observância SECÇÃO I
Dos Órgãos cm Geral
prévia das disposições legais aplicáveis.
ARTIGO 4.° ARTIGO 6.°
(Objecto social) (Órgãos)

1. A Rede Nacional de Transporte de Electricidade tem por São órgãos da Rede Nacional de Transporte de Electricidade
objecto principal o transporte de energia eléctrica através da - E.P.:
exploração da Rede Nacional de Transporte, que compreende a) O Conselho de Administração;
a rede de Muito Alta Tensão (MAT), a rede de interligação, b) O Conselho Fiscal.
as instalações do despacho nacional e os bens e direitos SECÇÃO 11
Dos Órgãos cm Especial
conexos, em paralelo com a função de operador do mercado
(comprador único), nos termos da Concessão, da Lei Geral SUBSECÇÃO I
Conselho de Administração
de Electricidade e seus Regulamentos.
2. Acessoriamente pode a empresa exercer outras activi­ ARTIGO 7.°
(Natureza c composição)
dades industriais ou comerciais, quer directamente, quer em
associação com terceiros, por decisão do seu Conselho de 1. O Conselho de Administração é o órgão de gestão da
Rede Nacional de Transporte de Electricidade que responde
Administração, desde que os objectivos não prejudiquem o
perante o Governo, sem prejuízo da responsabilidade civil
seu objecto social.
em que os seus membros se constituem perante a empresa
3. A Rede Nacional de Transporte de Electricidade pode,
ou terceiros e da responsabilidade criminal em que incorram.
na prossecução do seu objecto principal e por decisão do
2. O Conselho de Administração é composto por sete
Conselho de Administração, propor a constituição de novas membros, cinco executivos e dois não executivos, sendo
empresas e a aquisição da totalidade ou parte do capital de um deles o presidente, cuja designação deve constar do acto
empresas já constituídas ou a constituir. de nomeação.
4. A empresa pode, igualmente, nos termos da legislação 3. Os membros do Conselho de Administração são nomeados
em vigor, e por decisão do Conselho de Administração, esta­ e exonerados pelo Titular do Poder Executivo.
belecer com entidades nacionais ou estrangeiras as formas de 4. A nomeação dos membros do Conselho de Administração
associação ou cooperação que melhor possibilitem a realização deve observar os critérios e requisitos estabelecidos no Estatuto
do seu objecto social. do Gestor Público.
5.0 exercício de outras actividades, bem como a constitui­ ARTIGO 8.°
(Competências do Conselho dc Administração)
ção de novas empresas ou o estabelecimento de associações,
nos termos dos n.os 2, 3 e 4 do presente artigo, devendo ser 1. O Conselho de Administração é investido de poderes
procedidos da autorização prévia do Ministro responsável para agir em nome da empresa, devendo exercê-los nos limites
pelo Sector Empresarial Público e pelo Ministro responsável da lei e do presente Estatuto.
2. Compete ao Conselho de Administração o exercício de
pelo Sector da Actividade.
todos os poderes necessários para assegurar a gestão e o desen­
ARTIGO 5.°
(Capitai estatutário)
volvimento da empresa e a administração do seu património.
3. Cabe especialmente ao Conselho de Administração,
1. O capital estatutário da Rede Nacional de Transporte
sem prejuízo dos poderes da Tutela:
de Electricidade, realizado por segregação contabilística
a) Aprovar os objectivos e as políticas de gestão da
da ENE — Empresa Nacional de Electricidade-E.P., é de
empresa;
AKz: 11.579.154.838,23 equivalente a USD 118.893.479,26,
b) Aprovar os planos de actividade e financeiros anuais
sendo o restante capital próprio constituído por outros fundos
e plurianuais e os orçamentos anuais, bem como
próprios no valor de AKz: 278.440.465.658,67 equivalente
a USD 2.858.995.858,54. proceder às necessárias alterações ou actual izações;
2. .0 capital estatutário pode ser reforçado com dotações c) Representar a empresa em juízo e fora dele, activa
do Estado, por meio de incorporação de reservas ou de outros ou passivamente, bem como confessar ou transigir
fundos próprios, mediante prévia autorização do Ministro em quaisquer acções;
responsável pelo Sector Empresarial Público e do Ministro d) Aprovar os relatórios e contas anuais e submetê-los
responsável pelo Sector da Actividade sob proposta do Conselho à homologação das entidades competentes;
de Administração, acompanhada de parecer do Conselho e) Aprovar o regulamento de funcionamento do Con­
Fiscal, nos termos da legislação em vigor. selho de Administração;
DIÁRIO DA REPÚBLICA
4940

J) Aprovar a organização técnico-administrativa da ARTIGO ll.°


(Pelouros)
empresa e as normas de funcionamento interno;
1. Os pelouros dos administradores são os definidos no acto
g) Aprovar a participação ou associação com outras
de nomeação, os quais correspondem a uma ou mais áreas de
empresas, bem como o exercício de novas acti­
actividade da empresa, visando a necessária desconcentração
vidades ou a cessação das existentes, nos termos
de poderes no acompanhamento das actividades da empresa.
da legislação em vigor;
2. Compete, especialmente, aos administradores, nos
h) Aprovar a aquisição e a alienação de bens e de par­
termos do número anterior:
ticipações financeiras, quando as mesmas não
a) Coordenar as actividades das respectivas áreas e
estejam previstas nos orçamentos anuais apro­
zelar pela correcta aplicação, a respeito, das deli­
vados, e dentro dos limites definidos pela lei ou
berações do Conselho de Administração;
pelos Estatutos;
b) Acompanhar as actividades da empresa e propor
i) Aprovar as normas relativas ao pessoal;
medidas tendentes à maximização dos rendimentos
j) Submeter à aprovação ou autorização do Ministro
e outras que entendam convenientes;
responsável pelo Sector Empresarial Público e pelo
c) Exercer as demais competências que lhes sejam
Ministro responsável pelo Sector da Actividade
atribuídas pelo Conselho de Administração.
os actos e documentos que, nos termos da lei ou
ARTIGO 12.°
do estatuto, o devam ser; (Reuniões e deliberações do Conselho dc Administração)
k) Gerir e praticar os actos relativos ao objecto da
1. O Conselho de Administração reúne-se ordinariamente
empresa;
uma vez por mês e extraordinariamente sempre que convocado
l) Participar com as entidades competentes na apro­
pelo seu presidente, por sua iniciativa, a requerimento da
vação das propostas de preços ou tarifas a serem
maioria dos seus membros ou a pedido do Conselho Fiscal.
praticadas pela empresa;
2. As deliberações do Conselho de Administração devem
m) Decidir sobre a contratação de empréstimos de
ser tomadas na presença da maioria dos seus membros, em
curto, médio ou longo prazos;
exercício de funções, e por maioria simples de votos.
n) Constituir mandatários com os poderes que julgar
3. Os membros do Conselho de Administração não podem
convenientes;
votar em assuntos que tenham, por conta própria ou de terceiros,
o) Exerceras demais competências que decorram da lei.
interesse em conflito com a empresa.
ARTIGO 9.° 4. Poderão estar presentes às reuniões do Conselho de
(Delegação dc poderes)
Administração outras entidades, especialmente, convidadas
LO Conselho de Administração pode, dentro dos limites para o efeito, mas sem direito a voto.
legais e estatutários, delegar algumas das suas competências
5. Poderão igualmente assistir às reuniões do Conselho de
a um ou mais dos seus membros, através de:
Administração os membros do Conselho Fiscal.
a) Designação de administradores-delegados;
6. Os membros do Conselho de Administração têm o dever
b) Nomeação de responsáveis;
especial de não divulgar os assuntos debatidos no Conselho
c) Procuração para actos específicos. ou factos inerentes à empresa ou empresas participadas, de
2. O previsto no número anterior não prejudica o direito que tenham conhecimento no exercício das suas funções,
de avocação das competências delegadas.
devendo, igual mente, conservar a documentação, em lugar
ARTIGO 10.° seguro, com a classificação de confidencial.
(Presidente do Conselho de Administração)
7. De todas as reuniões do Conselho de Administração
Compete ao Presidente do Conselho de Administração: são lavradas actas, em livros próprios, as quais são, obriga­
a) Representar a empresa em juízo e fora dele, activa toriamente, assinadas por todos os membros que delas hajam
e passivamente; participado e das quais devem constar:
b) Coordenar a actividade; a) Os assuntos discutidos;
c) Zelar pela correcta aplicação das deliberações; b) A súmula das decisões;
d) Convocar e presidir às reuniões; c) As deliberações tomadas;
e) Nomear, reconduzir ou exonerar os responsá­ d) Os votos vencidos, quando os houver.
veis da empresa, sob proposta do Conselho de ARTIGO 13.°
Administração; (Mandato)
f) Assegurar asrelações com o Governo; O mandato dos membros do Conselho de Administração
g) Exercer as demais^competências que decorram tem a duração de cinco anos, renovável por uma ou mais vezes, :
da léi ou lhe sejam delegadas pelo Conselho de continuando o exercício de funções até a efectiva substituição
Administração. ou declaração de cessação de funções.
I SÉRIE-N.0 206-DE 20 DE NOVEMBRO DE 2014 4941

ARTIGO 14.° Despacho Conjunto do Ministro responsável pelo Sector


(Modo dc obrigar a empresa)
Empresarial Público e das Finanças.
1. A empresa vincula-se, perante terceiros, pelos actos 2. Um dos membros do Conselho Fiscal, cuja designação
do Conselho de Administração, quando praticados em seu consta do acto de nomeação, é o presidente, sendo vogais os
nome, em observância das suas competências, nos termos
outros dois.
dos respectivos regulamentos, ou de qualquer mandatário
destes, legalmente constituído e dentro dos poderes fixados 3.0 Presidente do Conselho Fiscal é proposto pelo Ministro
no presente Estatuto. das Finanças e os vogais são propostos, um pelo Ministro
2. A empresa obriga-se pelas assinaturas de dois membros responsável pelo Sector Empresarial Público e outro pelo
do Conselho de Administração, sendo um deles o presidente, Ministro que Tutela o Sector da Actividade.
ou de dois administradores especialmente autorizados pelo 4. As gratificações devidas aos membros do Conselho
Conselho de Administração, ou de um procurador, mandatado, Fiscal são fixadas por diploma específico, nos termos da lei.
especialmente, para o efeito, pelo Conselho de Administração.
ARTIGO 18.°
3. Em assuntos de mero expediente, basta a assinatura de (Competências do Conselho Fiscal)
um administrador ou de um responsável da empresa.
1. Ao Conselho Fiscal compete o seguinte:
ARTIGO 15.°
(Responsabilidade dos administradores) a) Fiscalizar a gestão e o cumprimento das normas
1. Os administradores da empresa são responsáveis reguladoras da actividade da empresa;
civilmente perante esta pelos prejuízos causados por actos b) Emitir parecer sobre o orçamento e as operações
ou omissões praticados com a preterição dos deveres legais financeiras da empresa;
ou estatutários, salvo prova em contrário. c) Certificar os valores patrimoniais pertencentes à
2. Não são responsáveis, pelo prejuízo causado em exe­
empresa ou por ela detidos, como garantia, depó­
cução de uma deliberação do Conselho de Administração, os
sito ou a qualquer título;
administradores que nela não tenham participado ou hajam
votado vencidos. d) Emitir em data legalmente estabelecida, pareceres
3. Os administradores são responsáveis pela vigilância sobre os documentos de prestação de contas da
dos seus pares com poderes de gestão e de quaisquer outros empresa, designadamente o relatório e contas de
responsáveis da empresa e, em consequência, pelos prejuízos exercício;
causados pelos actos ou omissões destes, quando, tendo deles
e) Pronunciar-se sobre quaisquer assuntos que lhe sejam
conhecimento ou da intenção de os praticar, não provoquem
submetidos pelos órgãos de gestão da empresa;
imediata intervenção do Conselho de Administração para tomar
as medidas julgadas adequadas às circunstâncias. J) Verificar os critérios valorimétricos utilizados pela
4. O parecer do Conselho Fiscal não exonera os adminis­ empresa, os quais possam conduzir a correcta
tradores da responsabilidade. avaliação do património e dos resultados;
5.0 disposto nos números anteriores não exclui a respon­ g) Proceder à verificação regular dos fundos e valores
sabilidade criminal ou disciplinar em que incorram os gestores
patrimoniais existentes e fiscalizar a escrituração
da empresa, nos termos da legislação em vigor.
da contabilidade da empresa;
ARTIGO 16.°
(Remuneração dos membros do Conselho dc Administração) h) Elaborar relatórios anuais sobre a sua acção de fisca­
lização e submetê-los à aprovação dos Ministros
1. As remunerações dos membros do Conselho de
Administração são fixadas por diploma específico, nos da Energia, das Finanças e da Economia;
termos das disposições conjugadas do n.° 3 do artigo 36.° e i) Participar aos órgãos competentes qualquer irregu­
alínea d) do n.° 3 do artigo 44.° da Lei de Bases do Sector laridade de que tenha conhecimento;
Empresarial Público. j) Solicitar a convocação de reunião extraordinária do
2. Sem prejuízo do número anterior, cabe ao Titular do Conselho de Administração, sempre que o entenda
Poder Executivo, ou a quem delegar, nos termos da lei, fixar, conveniente;
as remunerações acessórias para os membros do Conselho de
k) Pronunciar-se sobre quaisquer outros assuntos de
Administração, em função dos resultados da empresa.
interesse da empresa.
SUBSECÇÃO II
Conselho Fiscal 2. Os pareceres do Conselho Fiscal deverão ser emitidos no
prazo de 30 dias a partir da data da recepção dos documentos
ARTIGO 17.° *
(Natureza c composição) que lhe dão suporte.
1. O Conselho Fiscal é o órgão de fiscalização e controlo 3. Sempre que o julgue necessário, para o correcto desem­
da actividade da Empresa Nacional de Distribuição de penho das suas competências, o Conselho Fiscal pode fazer-se
Electricidade, composto por três membros, nomeados por assistir por auditores externos contratados pela empresa.
DIÁRIO DA REPÚBLICA
4942

ARTIGO 19.° c) Solicitar a terceiros, que tenham realizado operações


(Reuniões c deliberações do Conselho Fiscal) com ou por conta da empresa, as informações de que
I. O Conselho Fiscal reúne-se ordinariamente uma vez por necessitem para esclarecimento dessas operações;
trimestre e extraordinariamente sempre que convocado pelo d) Assistir, sempre que julguem conveniente, às reu­
seu presidente, por sua iniciativa ou solicitação fundamentada
niões do Conselho de Administração.
de qualquer dos vogais.
2. O Conselho Fiscal pode mediante solicitação do seu ARTIGO 22.°
(Deveres)
presidente reunir-se com o Conselho de Administração, sempre
que ojulgue necessário ou a convite do presidente deste órgão. 1. Constituem deveres gerais dos membros do Conselho Fiscal:
3.0 Conselho Fiscal apenas pode deliberar validamente na a) Exercer uma fiscalização conscienciosa e imparcial;
presença da maioria simples dos seus membros em exercício
b) Guardar segredo dos factos de que tenham conhe­
de funções.
4. As deliberações são tomadas por maioria de votos dos cimento em razão das suas funções ou por causa
membros presentes, tendo o presidente ou quem o substituir delas, sem prejuízo da obrigação de participar
voto de qualidade, em caso de empate na votação. às autoridades os factos ilícitos de que tenham
5. Os membros do Conselho Fiscal não podem votar em conhecimento;
assuntos em que tenham, por conta própria ou de terceiros,
c) Informar o Conselho de Administração de todas as
interesses em conflito com a empresa.
verificações, fiscalizações e diligências que tenham
6. De todas as reuniões são lavradas actas, em livros próprios,
que são assinadas, obrigatoriamente, por todos os membros desenvolvido e dos respectivos resultados;
que delas tenham participado, das quais devem constar: d) Informar as entidades competentes de qualquer
a) Os assuntos discutidos; irregularidade e inexactidão verificadas e sobre
b) A súmula das discussões; os esclarecimentos que tenham obtido;
c) A.s deliberações tomadas;
e) Participar das reuniões do Conselho Fiscal e assistir
d) Os votos vencidos, quando existam.
às reuniões conjuntas para as quais sejam convoca­
ARTIGO 20.°
(Incompatibilidades) dos ou em que se apreciem as contas de exercício.
1. Não podem ser nomeados membros do Conselho Fiscal 2. E proibida a divulgação, pelos membros do Conselho
da empresa: Fiscal, a divulgação de segredos comerciais ou industriais da
a) Os que exerçam funções na gestão da empresa ou empresa, de que tenham tomado conhecimento no desempenho
as tenham exercido nos dois anos precedentes; das suas funções.
b) Os que prestam serviços remunerados com carácter
ARTIGO 23.°
permanente à empresa;
(Mandato)
c) Os que exercem funções de gestão em empresas ou
sociedades concorrentes ou associadas; 1. O mandato dos membros do Conselho Fiscal tem a
d) Os interditos, os inabilitados, insolventes, falidos duração de cinco anos, renovável por uma ou duas vezes.
ou inibidos do exercício das funções públicas; 2. O mandato dos membros do Conselho Fiscal pode ser
e) Os cônjuges, parentes e afins na linha recta de pes­ suspenso ou revogado, por razões devidamente fundamentadas,
soas impedidas, nos termos das alíneas a), b) e c). por Despacho Conjunto dos Ministro responsável pelo Sector
2. A superveniência de alguns dos factos indicados nas Empresarial Público e das Finanças.
alíneas do número anterior implica a caducidade da nomeação.
3. A nomeação de qualquer membro do Conselho Fiscal da CAPÍTULO III
empresa, para o exercício de funções de direcção na empresa, Intervenção do Governo
implica, igualmente, a caducidade da sua anterior nomeação
ARTIGO 24.°
como membro do Conselho Fiscal. (Intervenção)
ARTIGO 21.° A intervenção do Governo na Rede Nacional de Transporte
(Poderes)
de Electricidade é exercida pelos órgãos competentes, nos
Para o desempenho estrito das suas funções, os membros
termos da lei.
do Conselho Fiscal podem, conjunta ou separadamente:
ARTIGO 25.°
a) Obter dos serviços competentes a apresentação, para
(Superintendência)
exame e verificação, os livros, registos e outros
documentos da empresa, bem como verificar a A superintendência da Rede Nacional de Transporte de
existência de quaisquer valores, nomeadamente Electricidade é exercida pelo Titular do Poder Executivo, ou
dinheiro, títulos, mercadorias e outros bens; pelo Ministro com poderes delegados para o efeito, competindo-
b) Obter dos órgãos de gestão ou de qualquer dos seus -Ihes, em especial, nos termos da legislação em vigor:
membros as informações ou esclarecimentos sobre a) Fixar os objectivos estratégicos para a actividade
a actividade e funcionamento da empresa ou sobre da empresa e o enquadramento geral no qual ela
qualquer dos seus negócios; se deve desenvolver, de modo a assegurar a sua
I SÉRIE-N.0 206-DE20 DE NOVEMBRO DE 2014 4943

harmonização com as políticas globais e secto­ a) Objectivos e indicadores estabelecidos pelo Estado;
riais do Governo e com o plano macro-económico b) Auto-suficiência económica e financeira, excepto
nacional; quando o Estado imponha a prática de preços
b) Regulamentar o exercício da actividade do ramo a fixados ou objectivos sociais não economicamente
que a empresa se deve subordinar e fiscalizar o rentáveis para a empresa;
seu cumprimento; c) Os investimentos a realizar pela empresa devem
c) Analisar as informações técnicas, económicas e subordinar-se a critérios de decisão empresarial,
financeiras sobre a actividade da empresa, pres­ nomeadamente em termos de taxa de rentabilidade,
tadas regularmente por esta e tomar as medidas período de recuperação do capital investido e grau
adequadas, nos termos da lei; de risco, excepto quando se trate de investimentos
d) Exercer as demais competências que decorram da lei. públicos suportados pelo Estado que, neste caso,
ARTIGO 26.° estarão sujeitos ao regime definido por lei ou ao
(Órg3os da Administração Local do Estado)
que tenha sido estabelecido pelo Estado;
O exercício do órgão da Administração Local do Estado, d) Os recursos financeiros a mobilizar pela empresa
onde a Rede Nacional de Transporte de Electricidade é conces­ devem ser adequados à natureza dos activos a
sionária ou licenciada, consiste na compatibilização dos planos
financiar;
e programas da empresa com os planos de desenvolvimento
e) Estrutura financeira da empresa deve ser compatível
da respectiva área de jurisdição.
com a sua rentabilidade de exploração e com o
CAPÍTULO IV grau de risco da actividade;
Gestão Patrimonial e Financeira j) O processo produtivo da empresa deve ser melhorado
SECÇÃO I constantemente, garantindo a melhoria sistemá­
Gestão Patrimonial tica da qualidade dos serviços prestados e da sua
ARTIGO 27.° produtividade.
(Património da empresa)
ARTIGO 30.°
1. O património da Rede Nacional de Transporte de (Instrumentos dc gestão)
Electricidade é constituído pela universalidade dos bens, A gestão económica e financeira da Rede Nacional de
direitos e obrigações recebidos, adquiridos ou contraídos para Transporte de Electricidade é garantida através dos seguintes
ou no exercício da sua actividade. instrumentos de gestão:
2. A empresa administra e dispõe livremente do seu a) Planos e orçamentos plurianuais;
património, nos termos da legislação em vigor. b) Planos e orçamentos anuais;
3. A empresa deve manter, em dia, os cadastros dos bens c) Relatórios de actividades e contas do último exer­
que integram o seu património, incluindo os bens sujeitos
cício económico, adequados às características da
ao regime de concessão ou licença, que estejam afectos à
empresa e às necessidades do seu acompanhamento;
sua actividade, devendo, igualmente, proceder à respectiva
d) Contrato-programa a celebrar entre a empresa e o
reavaliação de acordo com a legislação em vigor.
Estado, nos termos da legislação em vigor.
ARTIGO 28.°
(Seguros) ARTIGO 31.°
(Planos c orçamentos plurianuais)
A Rede Nacional de Transporte de Electricidade de
1. Os planos plurianuais estabelecem a estratégia de desen­
Electricidade deve celebrar e manter actualizados os contra­
volvimento a seguir pela empresa, com um horizonte de pelo
tos de seguro dos bens que integram o seu património e de
outros afectos à sua actividade e que estejam sujeitos a seguro menos três anos, devendo conter, nomeadamente, o seguinte:
obrigatório, nos termos da legislação em vigor. a) Estudo do meio em que a empresa se insere, desta­
SECÇÃO li
cando ameaças e oportunidades;
Gestão Financeira b) Estudo da empresa, destacando os seus pontos for­
tes e fracos;
ARTIGO 29.°
(Princípios dc gestão) c) Levantamento das principais condicionantes da
1. A gestão da Rede Nacional de Transporte de Electricidade actividade da empresa, quer legais, quer ligadas
deve ser conduzida de forma a compatibilizar a política ao mercado;
económica e social do Estado com a viabilização técnica, d) As vantagens competitivas da empresa, no que respeita
económica e financeira da empresa. aos serviços prestados em regime de concorrência;
2. Na orientação da gestão da empresa devem ser obser­ e) Posicionamento da empresa no mercado;
vados os princípios previstos na lei e os seguintes objectivos: fi A orientação estratégica global para a empresa;
DIÁRIO DA REPÚBLICA
4944

g) Plano de negócios perspectivado para o período, c) Implementação do programa de investimentos;


incluindo estudos de viabilidade e análises de d) Os factos relevantes ocorridos no exercício;
sensibilidade; e) A evolução previsível da empresa;
h) As medidas de potenciamento da empresa para o f) Indicadores estatísticos.
piano de negócio previsto; ARTIGO 34.°
i) Os planos de contingência; (Prestação dc contas)
j) Avaliação da medida em que a empresa pode satis­ 1. Anualmente, com referência a 31 de Dezembro de
fazer os objectivos e metas fixadas pelo Estado; cada ano, devem ser elaborados os seguintes documentos de
k) A orientação de desenvolvimento tecnológico; prestação de contas:
l) A política de emprego; a) Relatório de gestão;
m) Os programas específicos de melhoria da qualidade
b) Balanço e demonstração de resultados;
do serviço e da produtividade;
c) Demonstração dos fluxos de caixa;
n) Os programas específicos de desenvolvimento dos
d) Parecer do Órgão de Fiscalização.
recursos humanos.
2. Os documentos a que se refere o número anterior devem
2. Os orçamentos plurianuais devem incluir, sem prejuízo
ser complementados com outros elementos de interesse para 1
de outros elementos que decorrem da especificidade da acti­
vidade e das exigências de gestão, o seguinte: a apreciação da situação da empresa, nomeadamente:
a) O programa de investimentos e respectivas fontes a) Anexos ao balanço e à demonstração de resultados;
de financiamento; b) Mapas sintéticos que mostrem o grau de execução '
b) A conta previsional de exploração e o balanço cam­ do plano de actividades e do orçamento de acti- ,
bial previsional; vidades e do orçamento anual;
c) A projecção da dívida interna e externa. c) Outros indicadores significativos de actividades e
3. Os planos e orçamentos plurianuais devem ser revistos situação da empresa.
sempre que as circunstâncias o justifiquem. 3. Os documentos de prestação de contas devem ser apre­
ARTIGO 32.° ciados pelo Conselho Fiscal até 31 de Março do ano seguinte
(Planos e orçamentos anuais)
ao que dizem respeito.
1. A Rede Nacional de Transporte de Electricidade deve 4.0 relatório e contas devem ser submetidos ao Departamento
preparar para cada ano económico, com a devida antecedência,
Ministerial responsável pelo Sector Empresarial Público,
e nos termos da legislação em vigor, o seu plano de actividades
até 30 dias após à data do fecho das contas.
e orçamento, os quais são organizados respeitando as directivas
ARTIGO 35.°
que disciplinam a apresentação de planos e orçamentos e
(Receitas)
devem conter os desdobramentos necessários para facilitar a
descentralização de responsabilidades e permitir um adequado Constituem receitas da Rede Nacional de Transporte
controlo da gestão. de Electricidade:
2. Os projectos de planos e orçamentos anuais a que se a) As receitas resultantes da sua actividade;
refere o número anterior são elaborados de acordo com os b) O rendimento de bens próprios;
pressupostos macro-económicos e demais directrizes globais c) O produto da emissão de títulos ou obrigações, que
e sectoriais formulados pelo Executivo e devem ser, antes da deve ser autorizado pelo Ministro responsável
sua aprovação, submetidos ao Conselho Fiscal. pelo Sector Empresarial Público, ouvidos os
3.0 Conselho de Administração deve promover as alterações Ministros responsáveis pelo Sector da Actividade
necessárias ao plano e orçamento sempre que circunstâncias e das Finanças;
ponderosas as imponham.
d) O produto de empréstimos e outras operações finan­
ARTIGO 33.°
ceiras, que ao ter lugar não devem comprometera
(Relatórios de contas e actividade)
sua liquidez imediata, devendo ser precedidos da
1.0 relatório de contas anual deve conter uma exposição
autorização das autoridades competentes;
clara e fiel sobre a evolução das actividades e a situação da
e) As dotações ou subsídios concedidos pelo Estado;
empresa no último exercício económico.
2. O relatório de contas e actividades deve incluir, entre J) O produto da alienação de bens próprios ou da cons­
outros elementos eventualmente solicitados, nomeadamente tituição de direitos sobre eles;
o seguinte: g) As doações, heranças ou legados que lhe sejam <
a) A evolução da gestão nos diferentes ramos de negó­ destinados;
cios em que a empresa desenvolve a actividade; h) Quaisquer outros rendimentos ou valores que, por
b) Apreciação da conta de exploração; lei ou contrato, lhe pertençam.
I SÉRIE - N.° 206 - DE 20 DE NOVEMBRO DE 2014 4945

ARTIGO 36.° 6. Os salários e os encargos sociais dos trabalhadores, em


(Afectação dc lucros)
comissão de serviços, incluindo os funcionários públicos,
1. Dos lucros da Rede Nacional de Transporte de Electricidade constituem encargo das entidades onde se encontrem efecti­
deve ser constituída uma provisão para o pagamento dos vamente em funções.
impostos que incidem sobre eles. ARTIGO 38.°
2. O remanescente, acrescido de eventuais lucros que (Política salarial)
hajam transitado de exercícios anteriores, deve ser repartido 1. Sem prejuízo do artigo anterior, compete ao Conselho de
da seguinte forma: Administração a fixação, nos termos da legislação em vigor,
a) Constituição da reserva legal; dos salários dos trabalhadores do quadro de pessoal da Rede
b) Fundo de investimentos; Nacional de Transporte de Electricidade.
c) Fundo social; 2. O Conselho de Administração pode criar prémios
d) Entrega ao Estado da parte dos dividendos que lhe a atribuir aos trabalhadores para incentivar o aumento da
cabe como proprietário da empresa; produtividade da empresa.
e) Distribuição de estímulos individuais aos trabalhado­ ARTIGO 39.°
res, incluindo aos membros dos órgãos de gestão, (Formação profissional)
a título de comparticipação nos lucros, nos termos 1. A Rede Nacional de Transporte de Electricidade deve
da legislação em vigor. organizar e desenvolver acções de formação profissional com
3. Sob proposta do Conselho de Administração, compete ao o objectivo de elevar a qualificação profissional dos seus
Ministro da Economia aprovar a afectação da parte dos lucros trabalhadores e adaptá-los às novas técnicas e métodos de
a que se refere o número anterior, bem como a criação do de gestão, de modo a elevar o nível de desempenho da actividade
outras reservas e fundos que se reputem necessários à empresa. da empresa e facilitar a promoção interna e a mobilidade
CAPÍTULO V funcional dos trabalhadores.
Pessoal 2. A empresa deve, igualmente, promover acções de
formação para trabalhadores estagiários em processo de
ARTIGO 37.°
integração na empresa.
(Regime jurídico)
3. A empresa, de acordo com regulamento próprio, apro­
1. A Rede Nacional de Transporte de Electricidade deve
vado pelo Conselho de Administração, pode ainda promover
estabelecer com os seus trabalhadores contratos de trabalho
a formação dos trabalhadores mediante concessão de bolsas
de acordo com a legislação de trabalho em vigor e os acordos de estudo no interior e exterior do País.
colectivos de trabalho aplicáveis, tendo em conta as necessidades
4. Para assegurar as acções de formação, a empresa deve
da empresa, a promoção e o desenvolvimento constante dos
utilizar os seus próprios meios, recorrendo ou associando-se,
trabalhadores nacionais.
caso seja necessário, a entidades externas qualificadas.
2.0 quadro de pessoal da empresa, seus direitos e obrigações,
ARTIGO 40.°
regalias e a perspectiva de desenvolvimento técnico-profissional, (Participação na gestão)
designadamente as condições que orientem a admissão, sus­
1. A participação dos trabalhadores na gestão da empresa
pensão, exoneração, salários, bónus e outras remunerações,
é assegurada por uma ou mais comissões consultivas, con­
as qualificações exigíveis, entre outras matérias de política
forme seja considerado mais adequado, tendo aquelas poderes
de recursos humanos, devem constar de regulamento interno
delegados pelas Assembleias dos Trabalhadores.
a ser aprovado pelo Conselho de Administração.
2. Os trabalhadores da empresa são representados nas
3. Podem exercer funções na empresa, em comissão de
comissões consultivas dos trabalhadores na proporção de
serviços, funcionários públicos e trabalhadores de outras
um representante para cada 150/250 trabalhadores no activo.
empresas públicas ou com domínio público, os quais man­
3. As comissões consultivas de trabalhadores compete,
têm todos os direitos inerentes ao seu quadro de origem,
em especial, pronunciar-se sobre:
considerando-se todo o período da comissão como serviço
a) Os projectos de planos e orçamento da empresa;
prestado nesse quadro.
b) Grau de execução dos respectivos planos e orçamentos;
4. Os trabalhadores da empresa podem também exercer
funções no Estado e em outras entidades públicas ou com c) O nível de produtividade, disciplina e assiduidade
domínio público, em comissão de serviço, mantendo todos dos trabalhadores;
os direitos inerentes ao seu estatuto profissional na respec­ d) As condições de trabalho e social dos trabalhadores;
tiva empresa. e) O cumprimento da legislação laborai e dos seus
5. Os trabalhadores, incluindo os funcionários públicos, acordos colectivos de trabalho;
nomeados em comissão de serviços, podem optar, a todo o f) Os conflitos laborais;
tempo, pelo salário e regalias sociais do seu quadro de origem g) Todas as outras questões que os órgãos de gestão
ou pelos correspondentes às funções que desempenhem. da empresa decidam submeter à sua apreciação.
DIÁRIO DA REPÚBLICA
4946

CAPÍTULO VI 3. Sem prejuízo do número anterior, os originais são


Disposições Finais inutilizados mediante autorização expressa do Conselho de
Administração, sendo lavrado o respectivo auto de inutilização.
ARTIGO 41.°
(Mandatos)
4. As cópias autenticadas têm a mesma força probatória
dos originais, ainda que resultem da reprodução dos registos
Findo o prazo de mandato, os membros dos órgãos da
que os preservem.
empresa mantêm-se em exercício até à sua efectiva substituição
ARTIGO 45.°
ou declaração de cessação de funções. (Auditoria interna)
ARTIGO 42.°
1. Para fins de controlo contabilístico e financeiro e das
(Convocatórias)
actividades da empresa, em geral, há um serviço de auditoria
1. Para as reuniões do Conselho de Administração e interna, constituído por técnicos especializados, que exercem
Fiscal devem ser convocados lodos os membros em exercício um controlo permanente das actividades financeiras e registos
de funções. da empresa, nos termos da legislação em vigor.
2. Consideram-se regularmente convocados todos os 2. A auditoria interna deve submeter, obrigatoriamente,
membros que: ao Presidente do Conselho de Administração os seguin­
a) Tenham assistido a qualquer reunião anterior a que tes documentos:
na sua presença tenha sido fixado o dia e a hora a) Relatórios trimestrais da actividade desenvolvida;
da reunião; b) Relatórios pontuais sobre quaisquer anomalias
b) Compareçam à reunião; verificadas.
c) Tenham recebido e assinado a convocatória. ARTIGO 46.°
(Auditoria externa)
3. Consideram-se também regularmente convocados todos
os membros para reuniões ordinárias que tenham lugar no dia 1. As actividades da empresa e as contas estão sujeitas
anualmente à auditoria externa a ser realizada por uma
e hora pré-estabelecidos nos regulamentos dos órgãos.
pessoa colectiva especializada de reconhecida idoneidade e
4. A convocatória deve ser acompanhada pela ordem de
estabelecida em Angola.
trabalhos e cópia da acta da sessão anterior. 2.0 referido no n.° 1 não isenta a emissão de parecer sobre
5. De todas as reuniões serão lavradas actas das quais constar: as contas da empresa por parte do Conselho Fiscal.
a) Os assuntos discutidos; ARTIGO 47.°
b) A súmula das discussões; (Contratação dc empresas c especialistas)

c) As deliberações tomadas; A empresa pode, por deliberação do Conselho de


d) Os votos vencidos quando existirem. Administração, em ordem à realização do seu objecto, con­
ARTIGO 43.°
tratar empresas ou especialistas de reconhecida idoneidade
(Responsabilidade perante terceiros) técnica, nos termos da legislação em vigor.
1. A Rede Nacional de Transporte de Electricidade é ARTIGO 48.°
(Direito dc participação ou associação)
representada em juízo e fora dele pelo Presidente do Conselho
de Administração, que responde civil e criminalmente perante A empresa pode participar em associações ou organiza­
ções de carácter técnico, científico e empresarial de âmbito
terceiros, pelos actos e omissões da empresa, nos termos da
regional, nacional ou internacional de interesse para o Sector
legislação em vigor.
de Energia Eléctrica;
2. Pelas obrigações da empresa responde apenas o
ARTIGO 49.°
seu património.
(Preservação do ambiente)
ARTIGO 44.°
A empresa no exercício da sua actividade observa as
(Conservação dc arquivos)
exigências de natureza ambiental, nos termos da legislação
1. A Rede Nacional de Transporte de Electricidade deve em vigor e das respectivas concessões ou licenças.
conservar em arquivos, pelo prazo de 10 anos, os elementos
ARTIGO 50.°
da sua contabilidade principal e correspondência, podendo (Serviços mínimos)
os restantes documentos serem inutilizados mediante autori­ Em casos de greve, os trabalhadores da empresa são
zação das entidades competentes, decorridos 5 anos sobre a obrigados a garantir, nos termos da legislação em vigor, os
elaboração ou entrada. serviços mínimos de interesse público.
2. Os documentos e livros que se devem conservar em ARTIGO 51.°
arquivos, bem como a correspondência referida no número (Regimento interno)
anterior, pode ser preservado usando outros processos ade­ Os órgãos da Rede Nacional de Transporte de Electricidade
quados de registo aceites, nos termos da legislação em vigor, regem-se por regulamentos próprios aprovados pelo Conselho
devendo os registos ser devidamente autenticados. de Administração, salvo legislação especial.
I SÉRIE-N.0 206-DE20 DE NOVEMBRO DE 2014 4947

ARTIGO 52.° 3. A Empresa Pública de Produção de Electricidade pode,


(Resolução dc litígios) na prossecução do seu objecto principal e por decisão do
1. Compete aos tribunais o julgamento de litígios em que Conselho de Administração, propor a constituição de novas
seja parte a empresa, incluindo as acções para a efectivação da empresas e a aquisição da totalidade ou parte do capital de
responsabilidade, bem como a apreciação da responsabilidade empresas já constituídas ou a constituir.
dos titulares desses órgãos para com a respectiva empresa. 4. A empresa pode, igualmente, nos termos da legislação
2. O previsto no número anterior não prejudica a possibi­ em vigor, e por decisão do Conselho de Administração, esta­
lidade da Rede Nacional de Transporte de Electricidade-E.P. belecer com entidades nacionais ou estrangeiras as formas de
utilizar a via arbitral para a resolução de litígios.
associação ou cooperação que melhor possibilitem a realização
do seu objecto social.
5.0 exercício de outras actividades, bem como a constitui­
ANEXO II ção de novas empresas ou o estabelecimento de associações,
a que se refere o artigo 4.° nos termos dos n.os 2, 3 e 4 do presente artigo, devem ser
ESTATUTO ORGÂNICO DA EMPRESA PÚBLICA procedidos da autorização prévia do Ministro responsável
DE PRODUÇÃO DE ELECTRICIDADE pelo Sector Empresarial Público e pelo Ministro responsável
pelo Sector da Actividade.
CAPÍTULO I
ARTIGO 5.°
Disposições Gerais (Capital estatutário)
ARTIGO l.° 1.0 capital estatutário da Empresa Pública de Produção
(Denominação)
de Electricidade, realizado por segregação contabilística
A Empresa Pública de Produção de Electricidade, abre­ da ENE — Empresa Nacional de Electricidade-E.P. e do
viadamente designada por PRODEL-E.P., é uma empresa de GAMEK — Gabinete de Aproveitamento do Médio Kwanza, é de
interesse estratégico, dotada de personalidade jurídica e de AKz: 233.910.935.409,71, equivalente a USD 2.401.771.574,48,
autonomia administrativa, financeira, patrimonial e de gestão. sendo o restante capital próprio constituído por outros fundos
ARTIGO 2.° próprios no valor de AKz: 252.783.387.077,82, equivalente
(Regime jurídico) a USD 2.595.551.817,70.
A Empresa Pública de Produção de Electricidade rege-se 2. O capital estatutário pode ser reforçado com dotações
pelo presente Estatuto, pelas normas complementares de do Estado, por meio de incorporação de reservas ou de outros
execução, pela legislação aplicável às empresas públicas e, fundos próprios, mediante prévia autorização do Ministro
no que não estiver especialmente regulado, pelas normas de responsável pelo Sector Empresarial Público e do Ministro
Direito Comercial e demais normas de direito privado em vigor. responsável pelo Sector da Actividade sob proposta do Conselho
ARTIGO 3.° de Administração, acompanhada de parecer do Conselho
(Sede c representações) Fiscal, nos termos da legislação em vigor.
1. A Empresa Pública de Produção de Electricidade tem a
CAPÍTULO II
sua sede em Luanda, podendo, por deliberação do Conselho
Organização e Funcionamento
de Administração, estabelecer e encerrar filiais, sucursais,
agências ou outras formas de representação em qualquer SECÇÃO 1
parte do território nacional ou no estrangeiro, assim como Dos Órgãos em Geral
descentralizar os seus serviços técnicos e administrativos, de ARTIGO 6.°
acordo com as necessidades da sua actividade. (Órgãos)
2. O estabelecimento de filiais, sucursais ou de outras
São órgãos da Empresa Pública de Produção de Electricidade:
formas de representação da empresa, em qualquer parte do
a) O Conselho de Administração;
território nacional ou no estrangeiro, carece de observância
prévia das disposições legais aplicáveis. b) O Conselho Fiscal.
SECÇÃO II
ARTIGO 4.°
Dos Órgãos em Especial
(Objecto social)
1. A Empresa Pública de Produção de Electricidade tem SUBSECÇÃO I
Conselho dc Administração
por objecto principal a produção de energia eléctrica no âmbito
do Sistema Eléctrico Público (SEP), nos termos e condições ARTIGO 7.°
das respectivas concessões ou licenças. (Natureza c composição)

2. Acessoriamente pode a empresa exercer outras activi­ 1. O Conselho de Administração é o órgão de gestão da
dades industriais ou comerciais, quer directamcnte, quer em Empresa Pública de Produção de Electricidade que responde
associação com terceiros, por decisão do seu Conselho de perante o Governo, sem prejuízo da responsabilidade civil
Administração, desde que os objectivos não prejudiquem o em que os seus membros se constituem perante a empresa
seu objecto social. ou terceiros e da responsabilidade criminal em que incorram.
DIÁRIO DA REPÚBLICA
4948

2. O Conselho de Administração é composto por sete l) Participar com as entidades competentes na aprova»
membros, cinco Executivos e dois Não Executivos, sendo ção das propostas de preços a serem praticados
um deles o presidente, cuja designação deve constar do acto pela empresa;
de nomeação. m) Decidir sobre a contratação de empréstimos de
3. Os membros do Conselho de Administração são nomeados curto, médio ou longo prazos;
e exonerados pelo Titular do Poder Executivo. n) Constituir mandatários com os poderes que julgar
4. A nomeação dos membros do Conselho de Administração convenientes;
deve observar os critérios e requisitos estabelecidos no Estatuto o) Exercer as demais competências que decorram da lei.
do Gestor Público. ARTIGO 9.°
ARTIGO 8.° (Delegação dc poderes)
(Competências do Conselho dc Administração)
1. O Conselho de Administração pode, dentro dos limites
1. O Conselho de Administração é investido de poderes legais e estatutários, delegar algumas das suas competências
para agir em nome da empresa, devendo exercê-los nos limites a um ou mais dos seus membros, através de:
da lei e do presente Estatuto. a) Designação de administradores-delegados;
2. Ao Conselho de Administração compete o exercício de b) Nomeação de responsáveis;
todos os poderes necessários para assegurar a gestão e o desen­ c) Procuração para actos específicos.
volvimento da empresa e a administração do seu património. 2. O previsto no número anterior não prejudica o direito
3. Cabe especialmente ao Conselho de Administração, de avocação das competências delegadas.
sem prejuízo dos poderes da Tutela:
ARTIGO 10.°
a) Aprovar os objectivos e as políticas de gestão da (Presidente do Conselho dc Administração)
empresa; Ao Presidente do Conselho de Administração compete
b) Aprovar os planos de actividade e financeiros anuais o seguinte:
e plurianuais e os orçamentos anuais, bem como a) Representar a empresa em juízo e fora dele, activa
proceder as necessárias alterações ou actualizações; e passivamente;
c) Representar a empresa em juízo e fora dele, activa
b) Coordenar a actividade;
ou passivamente, bem como confessar ou transigir
c) Zelar pela correcta aplicação das deliberações;
em quaisquer acções;
d) Convocar e presidir às reuniões;
d) Aprovar os relatórios e contas anuais e submetê-los
e) Nomear, reconduzir ou exonerar os responsá­
à homologação das entidades competentes;
veis da empresa, sob proposta do Conselho de
e) Aprovar o regulamento de funcionamento do Con­
Administração;
selho de Administração;
J) Assegurar as relações com o Governo;
f) Aprovar a organização técnico-administrativa da
g) Exercer as demais competências que decorram
empresa e as normas de funcionamento interno;
da lei ou lhe sejam delegadas pelo Conselho de
g) Aprovar a participação ou associação com outras
Administração.
empresas, bem como o exercício de novas acti­
ARTIGO ll.°
vidades ou a cessação das existentes, nos termos (Pelouros)
da legislação em vigor;
1. Os pelouros dos Administradores são os definidos no acto
h) Aprovar a aquisição e a alienação de bens e de par­ de nomeação, os quais correspondem a uma ou mais áreas de
ticipações financeiras, quando as mesmas não actividade da empresa, visando a necessária desconcentração
estejam previstas nos orçamentos anuais apro­ de poderes no acompanhamento das actividades da empresa.
vados, e dentro dos limites definidos pela lei ou 2. Aos Administradores, nos termos do número anterior,
pelos Estatutos; compete em especial o seguinte:
i) Aprovar as normas relativas ao pessoal; a) Coordenar as actividades das respectivas áreas e
j) Submeter à aprovação ou autorização do Ministro zelar pela correcta aplicação, a respeito, das deli­
responsável pelo Sector Empresarial Público e pelo berações do Conselho de Administração;
Ministro responsável pelo Sector da Actividade b) Acompanhar as actividades da empresa e propor
os actos e documentos que, nos termos da lei ou medidas tendentes à maximização dos rendimentos
do Estatuto, o devam ser; e outras que entendam convenientes;
k) Gerir e praticar os actos relativos ao objecto da c) Exercer as demais competências que lhes sejam
empresa; atribuídas pelo Conselho de Administração.
I SÉRIE-N.0 206-DE20 DE NOVEMBRO DE 2014 4949

ARTIGO I2.° ARTIGO 15.°


(Reuniões c deliberações do Conselho dc Administração) (Responsabilidade dos Administradores)

1. O Conselho de Administração reúne-se ordinariamente 1. Os Administradores da empresa são responsáveis


uma vez por mês e extraordinariamente sempre que convocado civilmente perante esta pelos prejuízos causados por actos
pelo seu presidente, por sua iniciativa, a requerimento da ou omissões praticados com a preterição dos deveres legais
ou estatutários, salvo prova em contrário.
maioria dos seus membros ou a pedido do Conselho Fiscal.
2. Não são responsáveis, pelo prejuízo causado em exe­
2. As deliberações do Conselho de Administração devem cução de uma deliberação do Conselho de Administração, os
ser tomadas na presença da maioria dos seus membros, em Administradores que nela não tenham participado ou hajam
exercício de funções, e por maioria simples de votos. votado vencidos.
3. Os membros do Conselho de Administração não podem 3. Os Administradores são responsáveis pela vigilância
votar em assuntos que tenham, por conta própria ou de terceiros, dos seus pares com poderes de gestão e de quaisquer outros
interesse em conflito com a empresa. responsáveis da empresa e, em consequência, pelos prejuízos
4. Poderão estar presentes às reuniões do Conselho de causados pelos actos ou omissões destes, quando, tendo deles
conhecimento ou da intenção de os praticar, não provoquem
Administração outras entidades, especialmente, convidadas
imediata intervenção do Conselho de Administração para tomar
para o efeito, mas sem direito a voto. as medidas julgadas adequadas às circunstâncias.
5. Poderão igualmente assistir às reuniões do Conselho de 4.0 parecer do Conselho Fiscal não exonera os Administradores
Administração os membros do Conselho Fiscal. da responsabilidade.
6. Os membros do Conselho de Administração têm o dever 5.0 disposto nos números anteriores não exclui a respon­
especial de não divulgar os assuntos debatidos no Conselho sabilidade criminal ou disciplinar em que incorram os gestores
ou factos inerentes à empresa ou empresas participadas, de da empresa, nos termos da legislação em vigor.
que tenham conhecimento no exercício das suas funções, ARTIGO 16.°
(Remuneração dos membros do Conselho de Administração)
devendo, igualmente, conservar a documentação, em lugar
seguro, com a classificação de confidencial. 1. As remunerações dos membros do Conselho de
Administração são fixadas por diploma específico, nos termos
7. De todas as reuniões do Conselho de Administração
das disposições conjugadas do n.° 3 do artigo 36.° e alínea d)
são lavradas actas, em livros próprios, as quais são, obriga­ do n.° 3 do artigo 44.° da Lei do Sector Empresarial Público.
toriamente, assinadas por todos os membros que delas hajam 2. Sem prejuízo do número anterior, cabe ao Titular Poder
participado e das quais devem constar: Executivo, ou a quem delegar, nos termos da lei, fixar, as
a) Os assuntos discutidos; remunerações acessórias para os membros do Conselho de
b) A súmula das decisões; Administração, em função dos resultados da empresa.
c) As deliberações tomadas; SUBSECÇÃO II
d) Os votos vencidos, quando os houver. Conselho Fiscal

ARTIGO 13.° ARTIGO 17.°


(Mandato) (Natureza c composição)

O mandato dos membros do Conselho de Administração 1.0 Conselho Fiscal é o órgão de fiscalização e controlo da
tem a duração de cinco anos, renovável por uma ou mais vezes, actividade da Empresa Pública de Produção de Electricidade,
continuando o exercício de funções até a efectiva substituição composto por três membros, nomeados por Despacho Conjunto
do Ministro responsável pelo Sector Empresarial Público e
ou declaração de cessação de funções.
das Finanças.
ARTIGO 14.°
2. Um dos membros do Conselho Fiscal, cuja designação
(Modo dc obrigar a empresa)
consta do acto de nomeação, é o presidente, sendo vogais os
1. A empresa vincula-se, perante terceiros, pelos actos outros dois.
do Conselho de Administração, quando praticados em seu 3.0 Presidente do Conselho Fiscal é proposto pelo Ministro
nome, em observância das suas competências, nos termos das Finanças e os Vogais são propostos, um pelo Ministro
responsável pelo Sector Empresarial Público e outro pelo
dos respectivos regulamentos, ou de qualquer mandatário
Ministro que Tutela o Sector da Actividade.
destes, legalmente constituído e dentro dos poderes fixados
4. As gratificações devidas aos membros do Conselho
no presente Estatuto. Fiscal são fixadas por diploma específico, nos termos da lei.
2. A empresa obriga-se pelas assinaturas de dois membros ARTIGO 18.°
do Conselho de Administração, sendo um deles o presidente, (Competências do Conselho Fiscal)
ou de dois administradores especialmente autorizados pelo l. Ao Conselho Fiscal compete o seguinte:
Conselho de Administração, ou de um procurador, mandatado, a) Fiscalizar a gestão e o cumprimento das normas
especialmente, para o efeito, pelo Conselho de Administração. reguladoras da actividade da empresa;
3. Ernassuntos de mero expediente, basta a assinatura de b) Emitir parecer sobre o orçamento e as operações
um administrador ou de um responsável da empresa. financeiras da empresa;
DIÁRIO DA REPÚBLICA
4950

c) Certificar os valores patrimoniais pertencentes à c) As deliberações tomadas;


empresa ou por ela detidos, como garantia, depó­ d) Os votos vencidos, quando existam.
sito ou a qualquer título; ARTIGO 20.°
d) Emitir em data legalmente estabelecida, pareceres (Incompatibilidades)
sobre os documentos de prestação de contas da 1. Não podem ser nomeados membros do Conselho Fiscal
empresa, designadamente, o relatório e contas da empresa:
de exercício; a) Os que exerçam funções na gestão da empresa ou
e) Pronunciar-se sobre quaisquer assuntos que lhe sejam as tenham exercido nos dois anos precedentes;
submetidos pelos órgãos de gestão da empresa; b) Os que prestam serviços remunerados com carácter
j) Verificar os critérios valorimétricos utilizados pela permanente à empresa;
empresa, os quais possam conduzir a correcta
c) Os que exercem funções de gestão em empresas ou
avaliação do património e dos resultados;
sociedades concorrentes ou associadas;
g) Proceder à verificação regular dos fundos e valores
d) Os interditos, os inabilitados, insolventes, falidos
patrimoniais existentes e fiscalizar a escrituração
ou inibidos do exercício das funções públicas;
da contabilidade da empresa;
e) Os cônjuges, parentes e afins na linha recta de pes­
h) Elaborar relatórios anuais sobre a sua acção de fisca­
lização e submetê-los à aprovação dos Ministros soas impedidas nos termos das alíneas a), b)ec).
da Energia, das Finanças e da Economia; 2. A superveniência de alguns dos factos indicados nas
i) Participar aos órgãos competentes qualquer irregu­ alíneas do número anterior implica a caducidade da nomeação.
laridade de que tenha conhecimento; 3. A nomeação de qualquer membro do Conselho Fiscal da
j) Solicitar a convocação de reunião extraordinária do empresa, para o exercício de funções de direcção na empresa,
Conselho de Administração, sempre que o entenda implica, igualmente, a caducidade da sua anterior nomeação
conveniente; como membro do Conselho Fiscal.
k) Pronunciar-se sobre quaisquer outros assuntos de ARTIGO 21.°
(Poderes)
interesse da empresa.
2. Os pareceres do Conselho Fiscal deverão ser emitidos no Para o desempenho estrito das suas funções, os membros
prazo de 30 dias a partir da data da recepção dos documentos do Conselho Fiscal podem, conjunta ou separadamente:
que lhe dão suporte. a) Obter dos serviços competentes a apresentação, para
3. Sempre que o julgue necessário, para o correcto desem­ exame e verificação, os livros, registos e outros
penho das suas competências, o Conselho Fiscal pode fazer-se documentos da empresa, bem como verificara
assistir por auditores externos contratados pela empresa. existência de quaisquer valores, nomeadamente
ARTIGO I9.° dinheiro, títulos, mercadorias e outros bens;
(Reuniões e deliberações do Conselho Fiscal)
b) Obter dos órgãos de gestão ou de qualquer dos seus
1.0 Conselho Fiscal reúne-se ordinariamente uma vez por membros as informações ou esclarecimentos sobre
trimestre e extraordinariamente sempre que convocado pelo a actividade e funcionamento da empresa ou sobre
seu presidente, por sua iniciativa ou solicitação fundamentada qualquer dos seus negócios;
de qualquer dos vogais. c) Solicitar a terceiros, que tenham realizado operações
2. O Conselho Fiscal pode mediante solicitação do seu com ou por conta da empresa, as informações de que
presidente reunir-se com o Conselho de Administração, sempre
necessitem para esclarecimento dessas operações;
que o julgue necessário ou a convite do presidente deste órgão.
d) Assistir, sempre que julgue conveniente, às reuniões
3.0 Conselho Fiscal apenas pode deliberar validamente na
do Conselho de Administração.
presença da maioria simples dos seus membros em exercício
ARTIGO 22.°
de funções.
(Deveres)
4. As deliberações são tomadas por maioria de votos dos
1. Constituem deveres gerais dos membros do Conselho Fiscal:
membros presentes, tendo o presidente ou quem o substituir
voto de qualidade, em caso de empate na votação. a) Exercer uma fiscalização conscienciosa e imparcial;
5. Os membros do Conselho Fiscal não podem votar em b) Guardar segredo dos factos de que tenham conhe­
assuntos em que tenham, por conta própria ou de terceiros, cimento em razão das suas funções ou por causa
interesses em conflito com a empresa. delas, sem prejuízo da obrigação de participar
6. De todas as reuniões são lavradas actas, em livros próprios, às autoridades os factos ilícitos de que tenham
que são assinadas, obrigatoriamente, por todos os’ membros conhecimento;
que delas tenham participado, das quais devem constar: c) Informar o Conselho de Administração de todas as
a) Os assuntos discutidos; ... ; / verificações, fiscalizações e diligências que tenham
b) A súmula das discussões; desenvolvido e dos respectivos resultados;
I SÉRIE-N.° 206-DE 20 DE NOVEMBRO DE 2014 4951

d) Informar as entidades competentes de qualquer CAPÍTULO IV


irregularidade e inexactidão verificadas e sobre Gestão Patrimonial e Financeira
os esclarecimentos que tenham obtido; SECÇÃO I
e) Participar das reuniões do Conselho Fiscal e assistir Gestão Patrimonial
às reuniões conjuntas para as quais sejam convoca­ ARTIGO 27.°
dos ou em que se apreciem as contas de exercício. (Património da empresa)
2. É proibida a divulgação, pelos membros do Conselho 1. O património da Empresa Pública de Produção de
Fiscal, de segredos comerciais ou industriais da empresa, Electricidade é constituído pela universalidade dos bens,
de que tenham tomado conhecimento no desempenho das direitos e obrigações recebidos, adquiridos ou contraídos para
suas funções. ou no exercício da sua actividade.
ARTIGO 23.° 2. A empresa administra e dispõe livremente do seu
(Mandato) património, nos termos da legislação em vigor.
1. O mandato dos membros do Conselho Fiscal tem a 3. A empresa deve manter, em dia, os cadastros dos bens
duração de cinco anos, renovável por uma ou duas vezes. que integram o seu património, incluindo os bens sujeitos
2. O mandato dos membros do Conselho Fiscal pode ser ao regime de concessão ou licença, que estejam afectos à
suspenso ou revogado, por razões devidamente fundamentadas, sua actividade, devendo, igualmente, proceder à respectiva
por Despacho Conjunto do Ministro responsável pelo Sector reavaliação de acordo com a legislação em vigor.
Empresarial Público e das Finanças. ARTIGO 28.°
(Seguros)
CAPÍTULO III
A Empresa Pública de Produção de Electricidade deve
Intervenção do Governo
celebrar e manter actualizados os contratos de seguro dos
ARTIGO 24.° bens que integram o seu património e de outros afectos à sua
(Intervenção)
actividade e que estejam sujeitos a seguro obrigatório, nos
A intervenção do Governo na Empresa Pública de Produção termos da legislação em vigor.
de Electricidade é exercida pelos órgãos competentes, nos SECÇÃO n
termos da lei. Gestão Financeira
ARTIGO 25.° ARTIGO 29.°
(Superintendência) (Princípios dc gestão)
A superintendência da Empresa Pública de Produção de 1. A gestão da Empresa Pública de Produção de Electricidade
Electricidade é exercida pelo Titular do Poder Executivo, ou deve ser conduzida de forma a compatibilizar a política
pelo Ministro, com poderes delegados para o efeito, competindo- económica e social do Estado com a viabilização técnica,
-Ihes, em especial, nos termos da legislação em vigor: económica e financeira da empresa.
a) Fixar os objectivos estratégicos para a actividade 2. Na orientação da gestão da empresa devem ser obser­
da empresa e o enquadramento geral no qual ela vados os princípios previstos na lei e os seguintes objectivos:
se deve desenvolver, de modo a assegurar a sua a) Objectivos e indicadores estabelecidos pelo Estado;
harmonização com as políticas globais e secto­ b) Auto-suficiência económica e financeira, excepto
riais do Governo e com o plano macro-económico quando o Estado imponha a prática de preços
nacional; fixados ou objectivos sociais não economicamente
b) Regulamentar o exercício da actividade do ramo a rentáveis para a empresa;
que a empresa se deve subordinar e fiscalizar o c) Os investimentos a realizar pela empresa devem
seu cumprimento; subordinar-se a critérios de decisão empresarial,
c) Analisar as informações técnicas, económicas e nomeadamente em termos de taxa de rentabilidade,
financeiras sobre a actividade da empresa, pres­ período de recuperação do capital investido e grau
tadas regularmente por esta e tomar as medidas de risco, excepto quando se trate de investimentos
adequadas, nos termos da lei; públicos suportados pelo Estado que, neste caso,
d) Exercer as demais competências, que decorram da lei. estarão sujeitos ao regime definido por lei ou ao
ARTIGO 26.° que tenha sido estabelecido pelo Estado;
(Órgãos da Administração Local do Estado) d) Os recursos financeiros a mobilizar pela empresa
O exercício do órgão da Administração Local do Estado, devem ser adequados à natureza dos activos a
onde a Empresa Pública de Produção de Electricidade é financiar;
concessionária ou licenciada, consiste na compatibilização e) Estrutura financeira da empresa deve ser compatível
dos planos e programas da empresa com os planos de desen­ com a sua rentabilidade de exploração e com o
volvimento da respectiva área de jurisdição. grau de risco da actividade;
DIÁRIO DA REPÚBLICA
4952

j) O processo produtivo da empresa deve ser melhorado c) A projecção da dívida interna e externa.
constantemente, garantindo a melhoria sistemá­ 3. Os planos e orçamentos plurianuais devem ser revistos
tica da qualidade dos serviços prestados e da sua sempre que as circunstâncias o justifiquem.
produtividade. ARTIGO 32.°

ARTIGO 30.°
(Planos c orçamentos anuais)
(Instrumentos dc gestão) 1. A Empresa Pública de Produção de Electricidade deve
A gestão económica e financeira da Empresa Nacional de preparar para cada ano económico, com a devida antecedência,
Produção de Electricidade é garantida através dos seguintes e nos termos da legislação em vigor, o seu plano de actividades
instrumentos de gestão: e orçamento, os quais são organizados respeitando as directivas
a) Planos e orçamentos plurianuais; que disciplinam a apresentação de planos e orçamentos e
b) Planos e orçamentos anuais; devem conter os desdobramentos necessários para facilitara
c) Relatórios de actividades e contas do último exer­ descentralização de responsabilidades e permitir um adequado
cício económico, adequados às características da controlo da gestão.
empresa e às necessidades do seu acompanhamento; 2. Os projectos de planos e orçamentos anuais a que se
d) Contrato-programa a celebrar entre a empresa e o refere o número anterior são elaborados de acordo com os
Estado, nos termos da legislação em vigor. pressupostos macro-económicos e demais directrizes globais
ARTIGO 31.° e sectoriais formulados pelo Executivo e devem ser, antes da
(Planos e orçamentos plurianuais)
sua aprovação, submetidos ao Conselho Fiscal.
1. Os planos plurianuais estabelecem a estratégia de desen­ 3.0 Conselho de Administração deve promover as alterações
volvimento a seguir pela empresa, com um horizonte de pelo necessárias ao plano e orçamento sempre que circunstâncias
menos três anos, devendo conter, nomeadamente, o seguinte: ponderosas as imponham.
a) Estudo do meio em que a empresa se insere, desta­
ARTIGO 33.°
cando ameaças e oportunidades; (Relatórios de contas e actividade)
b) Estudo da empresa, destacando os seus pontos for­ 1. O relatório de contas anual deve conter uma exposição
tes e fracos; clara e fiel sobre a evolução das actividades e a situação da
c) Levantamento das principais condicionantes da empresa no último exercício económico.
actividade da empresa, quer legais, quer ligadas 2. O relatório de contas e actividades deve incluir, entre
ao mercado;
outros elementos eventualmente solicitados, nomeadamente
d) As vantagens competitivas da empresa, no que respeita o seguinte:
aos serviços prestados em regime de concorrência;
a) A evolução da gestão nos diferentes ramos de negó­
e) Posicionamento da empresa no mercado;
cios em que a empresa desenvolve a actividade;
j) A orientação estratégica global para a empresa;
b) Apreciação da conta de exploração;
g) Plano de negócios perspectivado para o período,
c) Implementação do programa de investimentos;
incluindo estudos de viabilidade e análises de
d) Os factos relevantes ocorridos no exercício;
sensibilidade;
e) A evolução previsível da empresa;
h) As medidas de potenciamento da empresa para o
jQ Indicadores estatísticos.
plano de negócio previsto;
ARTIGO 34.°
i) Os planos de contingência;
(Prestação de contas)
J) Avaliação da medida em que a empresa pode satis­
1. Anualmente, com referência a 31 de Dezembro de
fazer os objectivos e metas fixadas pelo Estado;
cada ano, devem ser elaborados os seguintes documentos de
k) A orientação de desenvolvimento tecnológico;
prestação de contas:
l) A política de emprego;
a) Relatório de gestão;
m) Os programas específicos de melhoria da qualidade
do serviço e da produtividade; b) Balanço e demonstração de resultados;
n) Os programas específicos de desenvolvimento dos c) Demonstração dos fluxos de caixa;
recursos humanos. d) Parecer do Órgão de Fiscalização.
2. Os orçamentos plurianuais devem incluir, sem prejuízo 2. Os documentos a que se refere o número anterior devem
de outros elementos que decorrem da especificidade da acti- ser complementados com outros elementos de interesse para
vídade e das exigências de gestão, o seguinte: a apreciação da situação da empresa, nomeadamente:
a) O programa de investimentos e respectivas fontes a) Anexos ao balanço e à demonstração de resultados;
de financiamento; b) Mapas sintéticos que mostrem o grau de execução
b) A conta previsional de exploração e o balanço cam­ do plano de actividades e do orçamento de acti­
bial previsional; vidades e do orçamento anual;
I SÉRIE-N.0 206-DE 20 DE NOVEMBRO DE 2014 4953

c) Outros indicadores significativos de actividades e CAPÍTULO V


situação da empresa. Pessoal
3. Os documentos de prestação de contas devem ser apre­ ARTIGO 37.°
(Regime jurídico)
ciados pelo Conselho Fiscal até 31 de Março do ano seguinte
ao que dizem respeito. 1. A Empresa Pública de Produção de Electricidade deve
estabelecer com os seus trabalhadores contratos de trabalho
4.0 relatório e contas devem ser submetidos ao Departamento
de acordo com a legislação de trabalho em vigor e os acordos
Ministerial responsável pelo Sector Empresarial Público, até
colectivos de trabalho aplicáveis, tendo em conta as necessidades
30 dias após à data do fecho das contas. da empresa, a promoção e o desenvolvimento constante dos
ARTIGO 35.° trabalhadores nacionais.
(Receitas)
2.0 quadro de pessoal da empresa, seus direitos e obrigações,
Constituem receitas da Empresa Pública de Produção regalias e a perspectiva de desenvolvimento técnico-profissional,
de Electricidade: designadamente as condições que orientem a admissão, sus­
a) As receitas resultantes da sua actividade; pensão, exoneração, salários, bónus e outras remunerações,
b) O rendimento de bens próprios; as qualificações exigíveis, entre outras matérias de política
de recursos humanos, devem constar de regulamento interno
c) O produto da emissão de títulos ou obrigações, que
a ser aprovado pelo Conselho de Administração.
deve ser autorizado pelo Ministro responsável pelo 3. Podem exercer funções na empresa, em comissão de
Sector Empresarial Público, ouvidos os Ministros serviços; funcionários públicos e trabalhadores de outras
que tutelam o Sector da Actividade e das Finanças; empresas públicas ou com domínio público, os quais man­
d) O produto de empréstimos e outras operações finan­ têm todos os direitos inerentes ao seu quadro de origem,
ceiras, que ao ter lugar não devem comprometer a considerando-se todo o período da comissão como serviço
sua liquidez imediata, devendo ser precedidos da prestado nesse quadro.
4. Os trabalhadores da empresa podem também exercer
autorização das autoridades competentes;
funções no Estado e em outras entidades públicas ou com
e) As dotações ou subsídios concedidos pelo Estado;
domínio público, em comissão de serviço, mantendo todos
fi O produto da alienação de bens próprios ou da cons­ os direitos inerentes ao seu estatuto profissional na respec­
tituição de direitos sobre eles; tiva empresa.
g) As doações, heranças ou legados que lhe sejam 5. Os trabalhadores, incluindo os funcionários públicos,
destinados; nomeados em comissão de serviços, podem optar, a todo o
h) Quaisquer outros rendimentos ou valores que, por tempo, pelo salário e regalias sociais do seu quadro de origem
lei ou contrato, lhe pertençam. ou pelos correspondentes às funções que desempenhem.
6. Os salários e os encargos sociais dos trabalhadores, em
ARTIGO 36.°
(Afcctação dc lucros) comissão de serviços, incluindo os funcionários públicos,
constituem encargo das entidades onde se encontrem efecti-
1. Dos lucros da Empresa Pública de Produção de Electricidade
vamente em funções.
deve ser constituída uma provisão para o pagamento dos
ARTIGO 38.°
impostos que incidem sobre eles. (Política salarial)
2. O remanescente, acrescido de eventuais lucros que
1. Sem prejuízo do artigo anterior, compete ao Conselho
hajam transitado de exercícios anteriores, deve ser repartido
de Administração a fixação, nos termos da legislação em
da seguinte forma:
vigor, dos salários dos trabalhadores do quadro de pessoal da
a) Constituição da reserva legal;
Empresa Pública de Produção de Electricidade.
b) Fundo de investimentos; 2. O Conselho de Administração pode criar prémios
c) Fundo social; a atribuir aos trabalhadores para incentivar o aumento da
d) Entrega ao Estado da parte dos dividendos que lhe produtividade da empresa.
cabe como proprietário da empresa; ARTIGO 39.°
e) Distribuição de estímulos individuais aos trabalhado­ (Formação profissional)
res, incluindo aos membros dos órgãos de gestão, 1. A Empresa Pública de Produção de Electricidade deve
a título de comparticipação nos lucros, nos termos organizar e desenvolver acções de formação profissional com
da legislação em vigor. o objectivo de elevar a qualificação profissional dos seus
3. Ao Titular do Poder Executivo ou a quem delegar com­ trabalhadores e adaptá-los às novas técnicas e métodos de
pete aprovar a afectação da parte dos lucros a que se refere gestão, de modo a elevar o nível de desempenho da actividade
o número anterior, bem como a criação de outras reservas e da empresa e facilitar a promoção interna e a mobilidade
fundos que se reputem necessários à empresa. funcional dos trabalhadores.
DIÁRIO DA REPÚBLICA
4954

2. A empresa deve, igualmente, promover acções de 5. De todas as reuniões serão lavradas actas das quais constar
formação para trabalhadores estagiários em processo de a) Os assuntos discutidos;
integração na empresa. b) A súmula das discussões;
3. A empresa, de acordo com regulamento próprio, apro­ c) As deliberações tomadas;
vado pelo Conselho de Administração, pode ainda promover d) Os votos vencidos quando existirem.
a formação dos trabalhadores mediante concessão de bolsas
ARTIGO 43.°
de estudo no interior e exterior do País.
(Responsabilidade perante terceiros)
4. Para assegurar as acções de formação, a empresa deve
utilizar os seus próprios meios, recorrendo ou associando-se, 1. A Empresa Pública de Produção de Electricidade é
caso seja necessário, a entidades externas qualificadas. representada em juízo e fora dele pelo Presidente do Conselho
ARTIGO 40.°
de Administração, que responde civil e criminalmente perante
(Participação na gestão) terceiros, pelos actos e omissões da empresa, nos termos da
1. A participação dos trabalhadores na gestão da empresa legislação em vigor.
é assegurada por uma ou mais comissões consultivas, con­ 2. Pelas obrigações da empresa responde apenas o
forme seja considerado mais adequado, tendo aquelas poderes seu património.
delegados pelas Assembleias dos Trabalhadores. ARTIGO 44.°
2. Os trabalhadores da empresa são representados nas (Conservação dc arquivos)
comissões consultivas dos trabalhadores na proporção de 1. A Empresa Pública de Produção de Electricidade deve
um representante para cada 150/250 trabalhadores no activo. conservar em arquivos, pelo prazo de 10 anos, os elementos
3. As comissões consultivas de trabalhadores compete,
da sua contabilidade principal e correspondência, podendo
em especial, pronunciar-se sobre:
os restantes documentos serem inutilizados mediante autori­
a) Os projectos de planos e orçamento da empresa;
zação das entidades competentes, decorridos 5 anos sobre a
b) Grau de execução dos respectivos planos e orçamentos;
elaboração ou entrada.
c) O nível de produtividade, disciplina e assiduidade
dos trabalhadores; 2. Os documentos e livros que se devem conservarem
d) As condições de trabalho e social dos trabalhadores; arquivos, bem como a correspondência referida no número
e) O cumprimento da legislação laborai e dos seus anterior, pode ser preservado usando outros processos ade­
acordos colectivos de trabalho; quados de registo aceites, nos termos da legislação em vigor,
J) Os conflitos laborais; devendo os registos ser devidamente autenticados.
g) Todas as outras questões que os órgãos de gestão 3. Sem prejuízo do número anterior, os originais são
da empresa decidam submeter à sua apreciação. inutilizados mediante autorização expressa do Conselho de
Administração, sendo lavrado o respectivo auto de inutilização.
CAPÍTULO VI
4. As cópias autenticadas têm a mesma força probatória
Disposições Finais
dos originais, ainda que resultem da reprodução dos registos
ARTIGO 41.° que os preservem.
(Mandatos)
ARTIGO 45.°
Findo o prazo de mandato, os membros dos órgãos da (Auditoria interna)
empresa mantêm-se em exercício até à sua efectiva substituição 1. Para fins de controlo contabilístico e financeiro e das
ou declaração de cessação de funções. actividades da empresa, em geral, há um serviço de auditoria
ARTIGO 42.° interna, constituído por técnicos especializados, que exercem
(Convocatórias)
um controlo permanente das actividades financeiras e registos
1. Para as reuniões do Conselho de Administração e da empresa, nos termos da legislação em vigor.
Fiscal devem ser convocados todos os membros em exercício 2. A auditoria interna deve submeter, obrigatoriamente,
de funções. ao Presidente do Conselho de Administração os seguin­
2. Consideram-se regularmente convocados todos os tes documentos:
membros que: a) Relatórios trimestrais da actividade desenvolvida;
a) Tenham assistido a qualquer reunião anterior a que b) Relatórios pontuais sobre quaisquer anomalias
na sua presença tenha sido fixado o dia e a hora verificadas. (
da reunião; ARTIGO 46.°
b) Compareçam à reunião; (Auditoria externa)

c) Tenham recebido e assinado a convocatória. 1. As actividades da empresa e as contas estão sujeitas


3. Consideram-se também regularmente convocados todos anualmente à auditoria externa a ser realizada por uma
os membros para reuniões ordinárias que tenham lugar no dia pessoa colectiva especializada de reconhecida idoneidade e
e hora pré-estabelecidos nos regulamentos dos órgãos. estabelecida em Angola.
4. A convocatória deve ser acompanhada pela ordem de 2.0 referido no n.° I não isenta a emissão de parecer sobre
trabalhos e cópia da acta da sessão anterior. as contas da empresa por parte do Conselho Fiscal.
I SÉRIE-N.0 206-DE 20 DE NOVEMBRO DE 2014 4955

ARTIGO 47.° artigo 2.°


(Contratação dc empresas c especialistas) (Regime jurídico)
A empresa pode por deliberação do Conselho de Administração, A Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade
em ordem à realização do seu objecto, contratar empresas ou rege-se pelo presente Estatuto, pelas normas complementares
especialistas de reconhecida idoneidade técnica, nos termos de execução, pela legislação aplicável às empresas públicas e
da legislação em vigor. no que não estiver especialmente regulado, pelas normas de
ARTIGO 48.° Direito Comercial e demais normas de direito privado em vigor.
(Direito dc participação ou associação)
AR TIGO 3.°
A empresa pode participar em associações ou organiza­ (Sede c representações)

ções de carácter técnico, científico e empresarial de âmbito 1. A Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade tem
regional, nacional ou internacional de interesse para o Sector a sua sede em Luanda, podendo, por deliberação do Conselho
de Energia Eléctrica. de Administração, estabelecer e encerrar filiais, sucursais,
ARTIGO 49.°
agências ou outras formas de representação em qualquer
(Preservação do ambiente) parte do território nacional ou no estrangeiro, assim como
A empresa no exercício da sua actividade observa as descentralizar os seus serviços técnicos e administrativos, de
acordo com as necessidades da sua actividade.
exigências de natureza ambiental, nos termos da legislação
2. O estabelecimento de filiais, sucursais ou de outras
em vigor e das respectivas concessões ou licenças.
formas de representação da empresa, em qualquer parte do
ARTIGO 50.°
território nacional ou no estrangeiro, carece de observância
(Serviços mínimos)
prévia das disposições legais aplicáveis.
Em casos de greve, os trabalhadores da empresa são
ARTIGO 4.°
obrigados a garantir, nos termos da legislação em vigor, os (Objecto social)
serviços mínimos de interesse público. 1. A Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade
ARTIGO 51.° tem por objecto principal a distribuição de energia eléctrica
(Regimento interno)
a nível nacional, no âmbito do Sistema Eléctrico Público
Os órgãos da Empresa Pública de Produção de Electricidade (SEP), através da exploração das infra-estruturas das redes de
regem-se por regulamentos próprios aprovados pelo Conselho distribuição em AT, MT e BT, em regime de serviço público,
de Administração, salvo legislação especial. nos termos da Lei Geral de Electricidade e seus Regulamentos.
ARTIGO 52.° 2. Acessoriamente pode a empresa exercer outras activi­
(Resolução de litígios)
dades industriais ou comerciais, quer directamente, quer em
1. Compete aos tribunais o julgamento de litígios em que associação com terceiros, por decisão do seu Conselho de
seja parte a empresa, incluindo as acções para a efectivação da Administração, desde que não prejudiquem o seu objecto social.
responsabilidade, bem como a apreciação da responsabilidade 3. A Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade
dos titulares desses órgãos para com a respectiva empresa. pode, na prossecução do seu objecto principal e por decisão
2. O previsto no número anterior não prejudica a possibi­ do Conselho de Administração, propor a constituição de novas
lidade da Empresa Pública de Produção de Electricidade-E.P. empresas e a aquisição da totalidade ou parte do capital de
utilizar a via arbitral para a resolução de litígios. empresas já constituídas ou a constituir.
O Presidente da República, José Eduardo dos Santos. 4. A empresa pode, igualmente, nos termos da legislação
em vigor, e por decisão do Conselho de Administração, esta­
belecer com entidades nacionais ou estrangeiras as formas de
ANEXO III associação ou cooperação que melhor possibilitem a realização
a que se refere o artigo 5.° do seu objecto social.
ESTATUTO ORGÂNICO 5.0 exercício de outras actividades, bem como a constitui­
DA EMPRESA NACIONAL DE DISTRIBUIÇÃO ção de novas empresas ou o estabelecimento de associações,
DE ELECTRICIDADE nos termos dos n.os 2, 3 e 4 do presente artigo, devem ser
procedidos da autorização prévia do Ministro responsável
CAPÍTULO 1 pelo Sector Empresarial Público e pelo Ministro responsável
Disposições Gerais pelo Sector da Actividade.
ARTIGO l.° ARTIGO 5.°
(Denominação) (Capital estatutário)

A Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade, 1.0 capital estatutário da Empresa Nacional de Distribuição
abreviadamente designada por ENDE-E.P., é uma empresa de Electricidade, realizado por segregação contabilística da
de interesse estratégico, dotada de personalidade jurídica e de ENE — Empresa Nacional de Electricidade-E.P. e da EDEL
autonomia administrativa, financeira, patrimonial e de gestão. — Empresa de Distribuição de Electricidade-E.P., é de
DIÁRIO DA REPÚBLICA
4956

AKz: 22.322.259.413,31, equivalente a USD 229.202.487,02, b) Aprovar os planos de actividade e financeiros anuais
sendo o restante capital próprio constituído por outros fundos e plurianuais e os orçamentos anuais, bem como
próprios no valor de AKz: 261.872.338.554,12, equivalente proceder às necessárias alterações ou actual izações;
a USD 2.688.876.164,68. c) Representar a empresa em juízo e fora dele, activa
2. O capital estatutário pode ser reforçado com dotações ou passivamente, bem como confessar ou transigir
do Estado, por meio de incorporação de reservas ou de outros em quaisquer acções;
fundos próprios, mediante prévia autorização do Ministro d) Aprovar os relatórios e contas anuais e submetê-los
responsável pelo Sector Empresarial Público e do Ministro à homologação das entidades competentes;
responsável pelo Sector da Actividade sob proposta do Conselho e) Aprovar o regulamento de funcionamento do Con­
de Administração, acompanhada de parecer do Conselho selho de Administração;
Fiscal, nos termos da legislação em vigor. J) Aprovar a organização técnico-administrativa da
empresa e as normas de funcionamento interno;
CAPÍTULO II
g) Aprovar a participação ou associação com outras
Organização e Funcionamento
empresas, bem como o exercício de novas acti­
SECÇÃO I vidades ou a cessação das existentes, nos termos
Dos Órgãos cm Geral da legislação em vigor;
ARTIGO 6.° h) Aprovar a aquisição e a alienação de bens e de par­
(Órgãos) ticipações financeiras, quando as mesmas não
São órgãos da Empresa Nacional de Distribuição estejam previstas nos orçamentos anuais apro­
de Electricidade: vados, e dentro dos limites definidos pela lei ou
pelos Estatutos;
a) O Conselho de Administração;
i) Aprovar as normas relativas ao pessoal;
b) O Conselho Fiscal.
j) Submeter à aprovação ou autorização do Ministro
SECÇÃO 11
responsável pelo Sector Empresarial Público e pelo
Dos Órgãos cm Especial
Ministro responsável pelo Sector da Actividade,
SUBSECÇÃO I os actos e documentos que, nos termos da lei ou
Conselho de Administração
do Estatuto, o devam ser;
ARTIGO 7.° k) Gerir e praticar os actos relativos ao objecto da
(Natureza c composição) empresa;
1. O Conselho de Administração é o órgão de gestão da l) Participar com as entidades competentes na apro­
Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade que res­ vação das propostas de preços ou tarifas a serem
ponde perante o Governo, sem prejuízo da responsabilidade praticadas pela empresa;
civil em que os seus membros se constituem perante a empresa m) Decidir sobre a contratação de empréstimos de
ou terceiros e da responsabilidade criminal em que incorram. curto, médio ou longo prazos;
2. O Conselho de Administração é composto por sete n) Constituir mandatários com os poderes que julgar
membros, cinco executivos e dois não executivos, sendo convenientes;
um deles o presidente, cuja designação deve constar do acto o) Exercer as demais competências que decorram da lei.
de nomeação.
ARTIGO 9.°
3. Os membros do Conselho de Administração são nomeados (Delegação de poderes)
e exonerados pelo Titular do Poder Executivo.
1. O Conselho de Administração pode, dentro dos limites
4. A nomeação dos membros do Conselho de Administração
legais e estatutários, delegar algumas das suas competências
deve observar os critérios e requisitos estabelecidos no Estatuto
a um ou mais dos seus membros, através de:
do Gestor Público.
a) Designação de administradores-delegados;
ARTIGO 8.°
b) Nomeação de responsáveis;
(Competências do Conselho de Administração)
c) Procuração para actos específicos.
1. O Conselho de Administração é investido de poderes
2. O previsto no número anterior não prejudica o direito
para agir em nome da empresa, devendo exercê-los nos limites
de avocação das competências delegadas.
da lei e do presente Estatuto.
2. Compete ao Conselho de Administração o exercício de ARTIGO 10.°
(Presidente do Conselho dc Administração)
todos os poderes necessários para assegurar a gestão e o desen­
volvimento da empresa e a administração do seu património. Ao Presidente do Conselho de Administração compete
3. Cabe especialmente ao Conselho de Administração, o seguinte:
sem prejuízo dos poderes da Tutela: a) Representar a empresa em juízo e fora dele, activa
a) Aprovar os objectivos e as políticas de gestão da e passivamente;
empresa; b) Coordenar a actividade;
I SÉRIE-N.0 206-DE 20 DE NOVEMBRO DE 2014 4957

c) Zelar pela correcta aplicação das deliberações; c) As deliberações tomadas;


d) Convocar e presidir às reuniões; d) Os votos vencidos, quando os houver.
e) Nomear, reconduzir ou exonerar os responsá­ ARTIGO 13.°
veis da empresa, sob proposta do Conselho de (Mandato)
Administração; O mandato dos membros do Conselho de Administração
f) Assegurar as relações com o Governo; tem a duração de cinco anos, renovável por uma ou mais vezes,
g) Exercer as demais competências que decorram continuando o exercício de funções até à efectiva substituição
da lei ou lhe sejam delegadas pelo Conselho de ou declaração de cessação de funções.
Administração.
ARTIGO I4.°
ARTIGO Il.° (Modo dc obrigar a empresa)
(Pelouros)
1. A empresa vincula-se, perante terceiros, pelos actos
1. Os pelouros dos administradores são os definidos no acto do Conselho de Administração, quando praticados em seu
de nomeação, os quais correspondem a uma ou mais áreas de nome, em observância das suas competências, nos termos
actividade da empresa, visando a necessária desconcentração dos respectivos regulamentos, ou de qualquer mandatário
de poderes no acompanhamento das actividades da empresa. destes, legalmente constituído e dentro dos poderes fixados
2. Aos administradores, nos termos do número anterior, no presente Estatuto.
compete em especial o seguinte: 2. A empresa obriga-se pelas assinaturas de dois membros
a) Coordenar as actividades das respectivas áreas e do Conselho de Administração, sendo um deles o Presidente,
ou de dois administradores especialmente autorizados pelo
zelar pela correcta aplicação, a respeito, das deli­
Conselho de Administração, ou de um procurador, mandatado,
berações do Conselho de Administração;
especialmente, para o efeito, pelo Conselho de Administração.
b) Acompanhar as actividades da empresa e propor 3. Em assuntos de mero expediente, basta a assinatura de
medidas tendentes à maximização dos rendimentos um administrador ou responsável da empresa.
e outras que entendam convenientes; ARTIGO 15.°
c) Exercer as demais competências que lhes sejam (Responsabilidade dos administradores)
atribuídas pelo Conselho de Administração. 1. Os administradores da empresa são responsáveis
ARTIGO 12.° civilmente perante esta pelos prejuízos causados por actos
(Reuniões c deliberações do Conselho de Administração) ou omissões praticados com a preterição dos deveres legais
1.0 Conselho de Administração reúne-se ordinariamente ou estatutários, salvo prova em contrário.
uma vez por mês e extraordinariamente sempre que convocado 2. Não são responsáveis, pelo prejuízo causado em exe­
pelo seu presidente, por sua iniciativa, a requerimento da cução de uma deliberação do Conselho de Administração, os
maioria dos seus membros ou a pedido do Conselho Fiscal. administradores que nela não tenham participado ou hajam
votado vencidos.
2. As deliberações do Conselho de Administração devem
3. Os administradores são responsáveis pela vigilância
ser tomadas na presença da maioria dos seus membros, em
dos seus pares com poderes de gestão e de quaisquer outros
exercício de funções, e por maioria simples de votos.
responsáveis da empresa e, em consequência, pelos prejuízos
3. Os membros do Conselho de Administração não podem causados pelos actos ou omissões destes, quando, tendo deles
votar em assuntos que tenham, por conta própria ou de terceiros, conhecimento ou da intenção de os praticar, não provoquem
interesse em conflito com a empresa. imediata intervenção do Conselho de Administração para tomar
4. Poderão estar presentes às reuniões do Conselho de as medidas julgadas adequadas às circunstâncias.
Administração outras entidades, especialmente, convidadas 4.0 parecer do Conselho Fiscal não exonera os adminis­
para o efeito, mas sem direito a voto. tradores da responsabilidade.
5. Poderão igualmente assistir às reuniões do Conselho de 5.0 disposto nos números anteriores não exclui a respon­
Administração os membros do Conselho Fiscal. sabilidade criminal ou disciplinar em que incorram os gestores
6. Os membros do Conselho de Administração têm o dever da empresa, nos termos da legislação em vigor.
especial de não divulgar os assuntos debatidos no Conselho ARTIGO 16.°

ou factos inerentes à empresa ou empresas participadas, de (Remuneração dos membros do Conselho dc Administração)

que tenham conhecimento no exercício das suas funções, 1. As remunerações dos membros do Conselho de
devendo, igualmente, conservar a documentação, em lugar Administração são fixadas por diploma específico, nos
seguro, com a classificação de confidencial. termos das disposições conjugadas do n.° 3 do artigo 36.° e
7. De todas as reuniões do Conselho de Administração alínea d) do n.° 3 do artigo 44° da Lei de Bases do Sector
são lavradas actas, em livros próprios, as quais são, obriga­ Empresarial Público.
toriamente, assinadas por todos os membros que delas hajam 2. Sem prejuízo do número anterior, cabe ao Titular do
participado e das quais devem constar: Poder Executivo, ou a quem delegar, nos termos da lei, fixar
a) Os assuntos discutidos; as remunerações acessórias para os membros do Conselho de
b) A súmula das decisões; Administração, em função dos resultados da empresa.
DIÁRIO DA REPÚBLICA
4958

SUBSECÇÃO II 2. Os pareceres do Conselho Fiscal devem ser emitidos no


Conselho Fiscal prazo de 30 dias a partir da data da recepção dos documentos
ARTIGO 17.° que lhe dão suporte.
(Natureza c composição) 3. Sempre que o julgue necessário, para o correcto desem­
1.0 Conselho Fiscal é o órgão de fiscalização e controlo penho das suas competências, o Conselho Fiscal pode fazer-se
da actividade da Empresa Nacional de Distribuição de assistir por auditores externos contratados pela empresa.
Electricidade, composto por três membros, nomeados por ARTIGO 19.°
(Reuniões e deliberações do Conselho Fiscal)
Despacho Conjunto do Ministro responsável pelo Sector
Empresarial Público e das Finanças. 1.0 Conselho Fiscal reúne-se ordinariamente uma vez por
2. Um dos membros do Conselho Fiscal, cuja designação trimestre e extraordinariamente sempre que convocado pelo
consta do acto de nomeação, é o presidente, sendo vogais os seu presidente, por sua iniciativa ou solicitação fundamentada

outros dois. de qualquer dos vogais.

3.0 Presidente do Conselho Fiscal é proposto pelo Ministro 2. O Conselho Fiscal pode mediante solicitação do seu

das Finanças e os vogais são propostos, um pelo Ministro presidente reunir-se com o Conselho de Administração, sempre
que o julgue necessário ou a convite do presidente deste órgão.
responsável pelo Sector Empresarial Público e outro pelo
3.0 Conselho Fiscal apenas pode deliberar validamentena
Ministro que Tutela o Sector da Actividade.
presença da maioria simples dos seus membros em exercício
4. As gratificações devidas aos membros do Conselho
de funções.
Fiscal são fixadas por diploma específico, nos termos da lei.
4. As deliberações são tomadas por maioria de votos dos
ARTIGO I8.°
(Competências do Conselho Fiscal) membros presentes, tendo o presidente ou quem o substituir
voto de qualidade, em caso de empate na votação.
1. Ao Conselho Fiscal compete o seguinte:
a) Fiscalizar a gestão e o cumprimento das normas 5. Os membros do Conselho Fiscal não podem votarem

reguladoras da actividade da empresa; assuntos em que tenham, por conta própria ou de terceiros,
b) Emitir parecer sobre o orçamento e as operações interesses em conflito com a empresa.
financeiras da empresa; 6. De todas as reuniões são lavradas actas, em livros próprios,
c) Certificar os valores patrimoniais pertencentes à que são assinadas, obrigatoriamente, por todos os membros
empresa ou por ela detidos, como garantia, depó­ que delas tenham participado, das quais devem constar:
sito ou a qualquer título; a) Os assuntos discutidos;
d) Emitir em data legalmente estabelecida, pareceres b) A súmula das discussões;
sobre os documentos de prestação de contas da c) As deliberações tomadas;
empresa, designadamente o relatório e contas de d) Os votos vencidos, quando existam.
exercício; ARTIGO 20.°
e) Pronunciar-se sobre quaisquer assuntos que lhe sejam (Incompatibilidades)

submetidos pelos órgãos de gestão da empresa; 1. Não podem ser nomeados membros do Conselho Fiscal
f) Verificar os critérios valorímétricos utilizados pela da empresa:
empresa, os quais possam conduzir a correcta a) Os que exerçam funções na gestão da empresa ou
avaliação do património e dos resultados; as tenham exercido nos dois anos precedentes;
g) Proceder à verificação regular dos fíindos e valores b) Os que prestam serviços remunerados com carácter
permanente à empresa;
patrimoniais existentes e fiscalizar a escrituração
c) Os que exercem funções de gestão em empresas ou
da contabilidade da empresa;
sociedades concorrentes ou associadas;
h) Elaborar relatórios anuais sobre a sua acção de fisca­
d) Os interditos, os inabilitados, insolventes, falidos
lização e submetê-los à aprovação dos Ministros
ou inibidos do exercício das funções públicas;
da Energia, das Finanças e da Economia;
e) Os cônjuges, parentes e afins na linha recta de pes­
i) Participar aos órgãos competentes qualquer irregu­
soas impedidas, nos termos das alíneas a), b) e c).
laridade de que tenha conhecimento;
2. A superveniência de alguns dos factos indicados nas
j) Solicitar a convocação de reunião extraordinária do alíneas do número anterior implica a caducidade da nomeação.
Conselho de Administração, sempre que o entenda 3. A nomeação de qualquer membro do Conselho Fiscal da
conveniente; empresa, para o exercício de funções de direcção na empresa,
k) Pronunciar-se sobre quaisquer outros assuntos de implica, igualmente, a caducidade da sua anterior nomeação
interesse da empresa. como membro do Conselho Fiscal.
I SÉRIE-N.0 206 - DE 20 DE NOVEMBRO DE 2014 4959

ARTIGO 21.° ARTIGO 25.°


(Poderes) (Superintendência)
Para o desempenho estrito das suas funções, os membros A superintendência da Empresa Nacional de Distribuição
do Conselho Fiscal podem, conjunta ou separadamente: de Electricidade é exercida pelo Titular do Poder Executivo, ou
a) Obter dos serviços competentes a apresentação, para
pelo Ministro com poderes delegados para o efeito, competindo-
exame e verificação, os livros, registos e outros
-Ihes, em especial, nos termos da legislação em vigor:
documentos da empresa, bem como verificar a
existência de quaisquer valores, nomeadamente a) Fixar os objectivos estratégicos para a actividade
dinheiro, títulos, mercadorias e outros bens; da empresa e o enquadramento geral no qual ela
b) Obter dos órgãos de gestão ou de qualquer dos seus se deve desenvolver, de modo a assegurar a sua
membros as informações ou esclarecimentos sobre harmonização com as políticas globais e secto­
a actividade e funcionamento da empresa ou sobre riais do Governo e com o plano macro-económico
qualquer dos seus negócios; nacional;
c) Solicitar a terceiros, que tenham realizado operações
b) Regulamentar o exercício da actividade do ramo a
com ou por conta da empresa, as informações de que
que a empresa se deve subordinar e fiscalizar o
necessitem para esclarecimento dessas operações;
d) Assistir, sempre que julguem conveniente, às reu­ seu cumprimento;
niões do Conselho de Administração. c) Analisar as informações técnicas, económicas e
ARTIGO 22.°
financeiras sobre a actividade da empresa, pres­
(Deveres) tadas regularmente por esta e tomar as medidas
1. Constituem deveres gerais dos membros do Conselho Fiscal: adequadas, nos termos da lei;
a) Exercer uma fiscalização conscienciosa e imparcial; d) Exercer as demais competências, que decorram da lei.
b) Guardar segredo dos factos de que tenham conhe­ ARTIGO 26.°
cimento em razão das suas funções ou por causa (Órgãos da Administração Local do Estado)
delas, sem prejuízo da obrigação de participar O exercício do órgão da Administração Local do Estado,
às autoridades os factos ilícitos de que tenham
onde a Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade é
conhecimento;
concessionária ou licenciada, consiste na compatibilização
c) Informar o Conselho de Administração de todas as
dos planos e programas da empresa com os planos de desen­
verificações, fiscalizações e diligências que tenham
volvimento da respectiva área de jurisdição.
desenvolvido e dos respectivos resultados;
d) Informar as entidades competentes de qualquer CAPÍTULO IV
irregularidade e inexactidão verificadas e sobre Gestão Patrimonial e Financeira
os esclarecimentos que tenham obtido;
SECÇÃO I
e) Participar das reuniões do Conselho Fiscal e assistir
Gestão Patrimonial
às reuniões conjuntas para as quais sejam convoca­
dos ou em que se apreciem as contas de exercício. ARTIGO 27.°

2. É proibida a divulgação, pelos membros do Conselho (Património da empresa)

Fiscal, de segredos comerciais ou industriais da empresa, 1. O património da Empresa Nacional de Distribuição


de que tenham tomado conhecimento no desempenho das de Electricidade é constituído pela universalidade dos bens,
suas funções. direitos e obrigações recebidos, adquiridos ou contraídos para
ARTIGO 23.° ou no exercício da sua actividade.
(Mandato)
2. A empresa administra e dispõe livremente do seu
1. O mandato dos membros do Conselho Fiscal tem a património, nos termos da legislação em vigor.
duração de cinco anos, renovável por uma ou duas vezes. 3. A empresa deve manter, em dia, os cadastros dos bens
2. O mandato dos membros do Conselho Fiscal pode ser que integram o seu património, incluindo os bens sujeitos
suspenso ou revogado, por razões devidamente fundamentadas, ao regime de concessão ou licença, que estejam afectos à
por Despacho Conjunto do Ministro responsável pelo Sector
sua actividade, devendo, igualmente, proceder à respectiva
Empresarial Público e das Finanças.
reavaliação de acordo com a legislação em vigor.
CAPÍTULO III ARTIGO 28.°
Intervenção do Governo (Seguros)

ARTIGO 24.° A Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade


(Intervenção) deve celebrar e manter actualizados os contratos de seguro
A intervenção do GoverncKna Empresa Nacional de dos bens que integram o seu património e de outros afectos
Distribuição de Electricidade é exercida pelos órgãos com­ à sua actividade e que estejam sujeitos a seguro obrigatório,
petentes, nos termos da lei. nos termos da legislação em vigor.
DIÁRIO DA REPÚBLICA
4960

SECÇÃO II b) Estudo da empresa, destacando os seus pontos for­


Gestflo Financeira tes e fracos;
ARTIGO 29.° c) Levantamento das principais condicionantes da
(Princípios de gestão) actividade da empresa, quer legais, quer ligadas
1. A gestão da Empresa Nacional de Distribuição de ao mercado;
Electricidade deve ser conduzida de forma a compatibilizar d) As vantagens competitivas da empresa, no que respeita
a política económica e social do Estado com a viabilização aos serviços prestados em regime de concorrência;
técnica, económica e financeira da empresa. e) Posicionamento da empresa no mercado;
2. Na orientação da gestão da empresa devem ser obser­ f) A orientação estratégica global para a empresa;
vados os princípios previstos na lei e os seguintes objectivos: gj Plano de negócios perspectivado para o período,
a) Objectivos e indicadores estabelecidos pelo Estado; incluindo estudos de viabilidade e análises de
b) Auto-suficiência económica e financeira, excepto sensibilidade;
quando o Estado imponha a prática de preços h) As medidas de potenciamento da empresa para o
fixados ou objectivos sociais não economicamente plano de negócio previsto;
rentáveis para a empresa;
i) Os planos de contingência;
c) Os investimentos a realizar pela empresa devem
j) Avaliação da medida em que a empresa pode satis­
subordinar-se a critérios de decisão empresarial,
fazer os objectivos e metas fixadas pelo Estado;
nomeadamente em termos de taxa de rentabilidade,
k) A orientação de desenvolvimento tecnológico;
período de recuperação do capital investido e grau
l) A política de emprego;
de risco, excepto quando se trate de investimentos
m) Os programas específicos de melhoria da qualidade
públicos suportados pelo Estado que, neste caso,
do serviço e da produtividade;
estarão sujeitos ao regime definido por lei ou ao
n) Os programas específicos de desenvolvimento dos
que tenha sido estabelecido pelo Estado;
recursos humanos.
d) Os recursos financeiros a mobilizar pela empresa
2. Os orçamentos plurianuais devem incluir, sem prejuízo
devem ser adequados à natureza dos activos a
de outros elementos que decorrem da especificidade da acti­
financiar;
vidade e das exigências de gestão, o seguinte:
e) Estrutura financeira da empresa deve ser compatível
a) O programa de investimentos e respectivas fontes
com a sua rentabilidade de exploração e com o
de financiamento;
grau de risco da actividade;
b) A conta previsional de exploração e o balanço cam­
j) O processo produtivo da empresa deve ser melhorado
bial previsional;
constantemente, garantindo a melhoria sistemá­
c) A projecção da dívida interna e externa.
tica da qualidade dos serviços prestados e da sua
3. Os planos e orçamentos plurianuais devem ser revistos
produtividade.
sempre que as circunstâncias o justifiquem.
ARTIGO 30.°
(Instrumentos de gestão) ARTIGO 32.°
(Planos e orçamentos anuais)
A gestão económica e financeira da Empresa Nacional de
Distribuição de Electricidade é garantida através dos seguintes 1. A Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade
instrumentos de gestão: deve preparar para cada ano económico, com a devida ante­
a) Planos e orçamentos plurianuais; cedência, e nos termos da legislação em vigor, o seu plano de
b) Planos e orçamentos anuais; actividades e orçamento, os quais são organizados respeitando
c) Relatórios de actividades e contas do último exer­ as directivas que disciplinam a apresentação de planos e orça­
cício económico, adequados às características da mentos e devem conter os desdobramentos necessários para
empresa e às necessidades do seu acompanhamento; facilitar a descentralização de responsabilidades e permitir
d) Contrato-programa a celebrar entre a empresa e o um adequado controlo da gestão.
Estado, nos termos da legislação em vigor. 2. Os projectos de planos e orçamentos anuais a que se
ARTIGO 31.° refere o número anterior são elaborados de acordo com os
(Planos e orçamentos plurianuais) pressupostos macro-económicos e demais directrizes globais
1. Os planos plurianuais estabelecem a estratégia de desen­ e sectoriais formulados pelo Executivo e devem ser, antes da
volvimento a seguir pela empresa, com um horizonte de pelo sua aprovação, submetidos ao Conselho Fiscal.
menos três anos, devendo conter, nomeadamente, o seguinte: 3.0 Conselho de Administração deve promover as alterações
a) Estudo do meio em que a empresa se insere, desta­ necessárias ao plano e orçamento sempre que circunstâncias
cando ameaças e oportunidades; ponderosas as imponham.
1 SÉRIE-N.0 206-DE 20 DE NOVEMBRO DE 2014 4961

ARTIGO 33.° e) As dotações ou subsídios concedidos pelo Estado;


(Relatórios dc contas c actividade)
j) O produto da alienação de bens próprios ou da cons­
1. O relatório de contas anual deve conter uma exposição tituição de direitos sobre eles;
clara e fiel sobre a evolução das actividades e a situação da g) As doações, heranças ou legados que lhe sejam
empresa no último exercício económico. destinados;
2. O relatório e contas e actividades deve incluir, entre
h) Quaisquer outros rendimentos ou valores que, por
outros elementos eventualmente solicitados, nomeadamente
lei ou contrato, lhe pertençam.
o seguinte:
ARTIGO 36.°
a) A evolução da gestão nos diferentes ramos de negó­ (Afcctação dc lucros)
cios em que a empresa desenvolve a actividade;
1. Dos lucros da Empresa Nacional de Distribuição
b) Apreciação da conta de exploração,
de Electricidade deve ser constituída uma provisão para o
c) Implementação do programa de investimentos;
pagamento dos impostos que incidem sobre eles.
d) Os factos relevantes ocorridos no exercício;
e) A evolução previsível da empresa; 2. O remanescente, acrescido de eventuais lucros que
j) Indicadores estatísticos. hajam transitado de exercícios anteriores, deve ser repartido
da seguinte forma:
ARTIGO 34.°
(Prestação dc contas) a) Constituição da reserva legal;
1. Anualmente, com referência a 31 de Dezembro de b) Fundo de investimentos;
cada ano, devem ser elaborados os seguintes documentos de c) Fundo social;
prestação de contas: d) Entrega ao Estado da parte dos dividendos que lhe
a) Relatório de gestão; cabe como proprietário da empresa;
b) Balanço e demonstração de resultados; e) Distribuição de estímulos individuais aos trabalhado­
c) Demonstração dos fluxos de caixa; res, incluindo aos membros dos órgãos de gestão,
d) Parecer do Órgão de Fiscalização. a título de comparticipação nos lucros, nos termos
2. Os documentos a que se refere o número anterior devem da legislação em vigor.
ser complementados com outros elementos de interesse para 3. Ao Titular do Poder Executivo ou a quem delegar apro­
a apreciação da situação da empresa, nomeadamente: var a afectação da parte dos lucros a que se refere o número
a) Anexos ao balanço e à demonstração de resultados; anterior, compete bem como a criação de outras reservas e
b) Mapas sintéticos que mostrem o grau de execução
fundos que se reputem necessários à empresa.
do plano de actividades e do orçamento de acti­
vidades e do orçamento anual; CAPÍTULO V
c) Outros indicadores significativos de actividades e Pessoal
situação da empresa. ARTIGO 37.°
3. Os documentos de prestação de contas devem ser apre­ (Regime jurídico)
ciados pelo Conselho Fiscal até 31 de Março do ano seguinte 1. A Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade
ao que dizem respeito. deve estabelecer com os seus trabalhadores contratos de
4.0 relatório e contas devem ser submetidos ao Departamento trabalho de acordo com a legislação de trabalho em vigor e
Ministerial responsável pelo Sector Empresarial Público, até
os acordos colectivos de trabalho aplicáveis, tendo em conta
30 dias após à data do fecho das contas.
as necessidades da empresa, a promoção e o desenvolvimento
ARTIGO 35.°
(Receitas)
constante dos trabalhadores nacionais.
2.0 quadro de pessoal da empresa, seus direitos e obrigações,
Constituem receitas da Empresa Nacional de Distribuição
regalias e a perspectiva de desenvolvimento técnico-profissional,
de Electricidade:
designadamente as condições que orientem a admissão, sus­
a) As receitas resultantes da sua actividade;
b) O rendimento de bens próprios; pensão, exoneração, salários, bónus e outras remunerações,
c) O produto da emissão de títulos ou obrigações, que as qualificações exigíveis, entre outras matérias de política
deve ser autorizado pelo Ministro responsável pelo de recursos humanos, devem constar de regulamento interno
Sector Empresarial Público, ouvidos os Ministros a ser aprovado pelo Conselho de Administração.
que tutelam o Sector da Actividade e das Finanças; 3. Podem exercer funções na empresa, em comissão de
d) O produto de empréstimos e outras operações finan­ serviço; funcionários públicos e trabalhadores de outras empresas
ceiras, que ao ter lugar não devem comprometer a públicas ou com domínio público, os quais mantêm todos os
sua liquidez imediata, devendo ser precedidos da direitos inerentes ao seu quadro de origem, considerando-se
autorização das autoridades competentes; todo o período da comissão como serviço prestado nesse quadro.
DIÁRIO DA REPÚBLICA
4962

4. Os trabalhadores da empresa podem também exercer c) O nível de produtividade, disciplina e assiduidade


ftinções no Estado e em outras entidades públicas ou com dos trabalhadores;
domínio público, em comissão de serviço, mantendo todos d) As condições de trabalho e social dos trabalhadores;
os direitos inerentes ao seu estatuto profissional na respec­ e) O cumprimento da legislação laborai e dos seus
tiva empresa. acordos colectivos de trabalho;
5. Os trabalhadores, incluindo os funcionários públicos, j) Os conflitos laborais;
nomeados em comissão de serviço, podem optar, a todo o g) Todas as outras questões que os órgãos de gestão
tempo, pelo salário e regalias sociais do seu quadro de origem
da empresa decidam submeter à sua apreciação.
ou pelos correspondentes às funções que desempenhem.
6. Os salários e os encargos sociais dos trabalhadores, em CAPÍTULO VI
comissão de serviços, incluindo os funcionários públicos, Disposições Finais
constituem encargo das entidades onde se encontrem efecti- ARTIGO 41.°
vamente em funções. (Mandatos)
ARTIGO 38.° Findo o prazo de mandato, os membros dos órgãos da
(Política salarial)
empresa mantêm-se em exercício até à sua efectiva substituição
1. Sem prejuízo do artigo anterior, compete ao Conselho ou declaração de cessação de funções.
de Administração a fixação, nos termos da legislação em
ARTIGO 42.°
vigor, dos salários dos trabalhadores do quadro de pessoal da (Convocatórias)
Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade.
1. Para as reuniões do Conselho de Administração e
2. O Conselho de Administração pode criar prémios
Fiscal devem ser convocados todos os membros em exercício
a atribuir aos trabalhadores para incentivar o aumento da
de funções.
produtividade da empresa.
2. Consideram-se regularmente convocados todos os
ARTIGO 390 membros que:
(Formação profissional)
a) Tenham assistido a qualquer reunião anterior a que
1. A Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade
na sua presença tenha sido fixado o dia e a hora
deve organizar e desenvolver acções de formação profissional
da reunião;
com o objectivo de elevar a qualificação profissional dos seus
b) Compareçam à reunião;
trabalhadores e adaptá-los às novas técnicas e métodos de
c) Tenham recebido e assinado a convocatória.
gestão, de modo a elevar o nível de desempenho da actividade
3. Consideram-se também regularmente convocados todos
da empresa e facilitar a promoção interna e a mobilidade
. os membros para reuniões ordinárias que tenham lugar no dia
funcional dos trabalhadores.
e hora pré-estabelecidos nos regulamentos dos órgãos.
2. A empresa deve, igualmente, promover acções de
4. A convocatória deve ser acompanhada pela ordem de
formação para trabalhadores estagiários em processo de
trabalhos e cópia da acta da sessão anterior.
integração na empresa.
5. De todas as reuniões serão lavradas actas das quais constam:
3. A empresa, de acordo com regulamento próprio, apro­
a) Os assuntos discutidos;
vado pelo Conselho de Administração, pode ainda promover
a formação dos trabalhadores mediante concessão de bolsas b) A súmula das discussões;
de estudo no interior e exterior do País. c) As deliberações tomadas;
4. Para assegurar as acções de formação, a empresa deve d) Os votos vencidos quando existirem.
utilizar os seus próprios meios, recorrendo ou associando-se, ARTIGO 43.°
(Responsabilidade perante terceiros)
caso seja necessário, a entidades externas qualificadas.
ARTIGO 40.°
1. A Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade é
(Participação na gestão) representada em juízo e fora dele pelo Presidente do Conselho
1. A participação dos trabalhadores na gestão da empresa de Administração, que responde civil e criminalmente perante
é assegurada por uma ou mais comissões consultivas, con­ terceiros, pelos actos e omissões da empresa, nos termos da
forme seja considerado mais adequado, tendo aquelas poderes legislação em vigor.
delegados pelas Assembleias dos Trabalhadores. 2. Pelas obrigações da empresa responde apenas o
2. Os trabalhadores da empresa são representados nas seu património.
comissões consultivas dos trabalhadores na proporção de ARTIGO 44.°
um representante para cada 150/250 trabalhadores no activo. (Conservação dc arquivos)

3. As comissões consultivas de trabalhadores compete, 1. A Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade


em especial, pronunciar-se sobre: deve conservar em arquivos, pelo prazo de 10 anos, os
a) Os projectos de planos e orçamento da empresa; elementos da sua contabilidade principal e correspondência,
b) Grau de execução dos respectivos planos e orçamentos; podendo os restantes documentos serem inutilizados mediante
1 SÉRIE - N.° 206 - DE 20 DE NOVEMBRO DE 2014 4963

autorização das entidades competentes, decorridos 5 anos ARTIGO 50.°


(Serviços mínimos)
sobre a elaboração ou entrada.
2. Os documentos e livros que se devem conservar em Em casos de greve, os trabalhadores da empresa são
arquivos, bem como a correspondência referida no número obrigados a garantir, nos termos da legislação em vigor, os
serviços mínimos de interesse público.
anterior, pode ser preservado usando outros processos ade­
ARTIGO 51.®
quados de registo aceites, nos termos da legislação em vigor, (Regimento interno)
devendo os registos ser devidamente autenticados.
Os órgãos da Empresa Nacional de Distribuição de
3. Sem prejuízo do número anterior, os originais são
Electricidade regem-se por regulamentos próprios aprovados
inutilizados mediante autorização expressa do Conselho de pelo Conselho de Administração, salvo legislação especial.
Administração, sendo lavrado o respectivo auto de inutilização. ARTIGO 52.°
4. As cópias autenticadas têm a mesma força probatória (Resolução dc litígios)
dos originais, ainda que resultem da reprodução dos registos 1. Compete aos tribunais o julgamento de litígios em que
que os preservem. seja parte a empresa, incluindo as acções para a efectivação da
ARTIGO 45.° responsabilidade, bem como a apreciação da responsabilidade
(Auditoria interna) dos titulares desses órgãos para com a respectiva empresa.
1. Para fins de controlo contabilístico e financeiro e das 2. O previsto no número anterior não prejudica a possibili­
actividades da empresa, em geral, há um serviço de auditoria dade da Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade-E.P.
utilizar a via arbitral para a resolução de litígios.
interna, constituído por técnicos especializados, que exercem
O Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
um controlo permanente das actividades financeiras e registos
da empresa, nos termos da legislação em vigor.
2. A auditoria interna deve submeter, obrigatoriamente, Despacho Presidencial n.° 222/14
dc 20 dc Novembro
ao Presidente do Conselho de Administração os seguin­
Considerando que no âmbito do Programa de Reabilitação do
tes documentos:
Sistema de Abastecimento de Água a todas as Sedes Municipais,
a) Relatórios trimestrais da actividade desenvolvida; urge a necessidade de se realizar obras de reforço do Sistema
b) Relatórios pontuais sobre quaisquer anomalias de Abastecimento de Água da Cidade de M'Banza Congo para
verificadas. melhorar as condições de vida da população e solucionar o
ARTIGO 46.° problema de abastecimento de água da referida Cidade;
(Auditoria externa) Havendo necessidade de se proceder à abertura e rea­
1. As actividades da empresa e as contas estão sujeitas lização de um concurso público para a execução das obras
anualmente à auditoria externa a ser realizada por uma acima referidas, delegando competência à Unidade Técnica
pessoa colectiva especializada de reconhecida idoneidade e de Negociação para a aprovação das peças do procedimento
e condução do mesmo;
estabelecida em Angola.
O Presidente da República determina, nos termos da
2.0 referido no n.° 1 não isenta a emissão de parecer sobre
alínea d) do artigo 120.° e do n.° 5 do artigo 125.°, ambos da
as contas da empresa por parte do Conselho Fiscal.
Constituição da República de Angola, o seguinte:
ARTIGO 47.° 1. ° — É autorizada a celebração do contrato para a rea­
(Contratação de empresas c especialistas)
lização de obras de reforço do Sistema de Abastecimento de
A empresa pode por deliberação do Conselho de Administração, Água à Cidade de M'Banza Congo.
em ordem à realização do seu objecto, contratar empresas ou 2. ° — É criada a Comissão de Avaliação do concurso
especialistas de reconhecida idoneidade técnica, nos termos público para a realização de obras de reforço do Sistema
da legislação em vigor. de Abastecimento de Água à Cidade de M'Banza Congo,
ARTIGO 48.° integrada pelas seguintes entidades:
(Direito dc participação ou associação) a) Yolanda dos Santos — Presidente da Comissão;
A empresa pode participar em associações ou organiza­ b) Altair Silva— Membro efectivo;
ções de carácter técnico, científico e empresarial de âmbito c) Lucrécio Costa — Membro efectivo;
regional, nacional ou internacional de interesse para o Sector d) João Paulo Cristina — Membro efectivo;
de Energia Eléctrica; e) António Almeida — Membro efectivo;
ARTIGO 49.° f) Mário Francisco — Membro suplente;
(Preservação do ambiente) g) Teresa Alves — Membro suplente.
A empresa no exercício da sua actividade observa as 3.° — A Comissão criada tem as seguintes atribuições:
exigências de natureza ambiental, nos termos da legislação a) Receber as candidaturas;
em vigor e das respectivas concessões ou licenças. b) Conduzir o acto público do concurso;
DIÁRIO DA REPÚBLICA
4964

c) Procederá apreciação das candidaturas; Despacho Presidencial n.° 224/14


de 20 dc Novembro
d) Proceder à apreciação das propostas;
Convindo garantir a continuidade e apoio ao desenvol­
e) Elaborar os relatórios de análise das candidaturas
vimento dos Programas de Urbanismo, dando sequência ao
e das propostas;
Projecto de Urbanismo da Fase 1 aprovado pelo Despacho
f) Elaborar as propostas de decisão em relação à admis­
Presidencial n.° 7/11, de 25 de Janeiro;
são das candidaturas, da proposta e à adjudicação. O Presidente da República determina, nos termos da
4 °— É delegada competência à Unidade Técnica de alínea b) do artigo 120.° e do n.° 5 do artigo 125.°, ambos da
Negociação para a aprovação das peças, verificar a validade Constituição da República de Angola, o seguinte:
e a legalidade de todos os actos praticados, no âmbito do 1. ° — É aprovado o Acordo de Financiamento para a
concurso público e nos termos da Lei da Contratação Pública; implementação do Projecto relativo ao Contrato de Empreitada
5. ° — A Presidente da Comissão de Avaliação após de Construção das Infra-Estruturas no perímetro desanexado
avaliação final das candidaturas deve remeter à Unidade do Futungo de Belas — Fase I, celebrado entre a República
Técnica de Negociação o Relatório Final para a conclusão de Angola, representada pelo Ministério das Finanças e o
do procedimento referido no número anterior; Industrial Commercial Bank of China (ICBC), no valor de
6. ° — A Comissão extingue-se logo que esteja concluído USD 120.000.000,00 (cento e vinte milhões de dólares dos
o procedimento do concurso público e após a aprovação do Estados Unidos da América).
referido relatório final. 2. °— É autorizado o Ministro das Finanças, com a faculdade
7. °—As dúvidas e omissões suscitadas na interpretação e de subdelegar, a proceder à assinatura do referido Acordo de
aplicação do presente Diploma são resolvidas pelo Presidente Financiamento e toda a documentação com este relacionada.
3. °—As dúvidas e omissões resultantes da interpretaçãoe
da República.
aplicação do presente Diploma são resolvidas pelo Presidente
8. ° — O presente Despacho Presidencial entra em vigor
da República.
na data da sua publicação.
4. ° — O presente Diploma entra em vigor na data da
Publique-se. sua publicação.
Luanda, aos 14 de Novembro de 2014. *• Publique-se.
O Presidente da República, José Eduardo dos Santos. Luanda, aos 14 de Novembro de 2014.
O Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
Despacho Presidencial n.° 223/14
de 20 de Novembro

Tendo sido criada a Unidade Técnica de Negociação através


MINISTÉRIO DAS FINANÇAS
do Decreto Presidencial n.° 169/13, de 28 de Outubro, com a
tarefa fundamental de preparar, conduzir, avaliar e negociar os Despacho n.° 1581/14
procedimentos de contratação pública, dotado de autonomia dc 20 dc Novembro
administrativa para a celebração de contratos, que se revelem Em conformidade com os poderes delegados pelo
necessários à prossecução das suas funções; Presidente da República, nos termos do artigo 137.° da
Havendo necessidade de nomear o Director e o Director- Constituição da República de Angola, e de acordo com as
Adjunto da referida Unidade; disposições combinadas dos n.os 1 e 4 do artigo 2.° do Decreto
Presidencial n.° 6/10, de 24 de Fevereiro, e da alínea d) do
O Presidente da República determina, nos termos das
n.° 1 do artigo 4.° do Estatuto Orgânico do Ministério das
disposições combinadas da alínea d) do artigo 120.° e do
Finanças, aprovado pelo Decreto Presidencial n.° 299/14,
n.° I do artigo 125.°, ambos da Constituição da República de 4 de Novembro, e do n.° 1 do artigo 12.° do Decreto-Lei
de Angola, conjugados com o n.° 1 do artigo 7.° do Decreto n.° 16-A/95, de 15 de Dezembro, determino:
Presidencial n.° 169/13, de 28 de Outubro, o seguinte: 1. São subdelegados ao Secretário Geral, Américo Miguel
1. São nomeadas as seguintes entidades que coordenam da Costa, plenos poderes para representar o Ministério das
a Unidade Técnica de Negociação: Finanças na outorga e assinatura dos seguintes Contratos:
a) André Luís Brandão — Director; a) Contrato de Aquisição e Instalação de Inspecção de
b) Yolanda Giselle Ribeiro António dos Santos Pessoas e Bens, que vincula a Empresa MICRO-
SEGUR — Sistemas de Segurança, Limitada,
— Directora-Adjunta.
resultante do Concurso Limitado Sem Apresen­
2. O presente Diploma entra em vigor na data da
tação de Candidaturas n.° 03/M1NF1N/2014; e
sua publicação. b) Contrato de Fornecimento de Bens de Consumo
Publique-se. Corrente, que vincula a Empresa S2C — Office
Soluções, Limitada, resultante do Concurso Limi­
Luanda, aos 14 de Novembro de 2014.
tado Sem Apresentação de Candidaturas n.° 06/
O Presidente da República, José Eduardo dos Santos. MINF1N/2017.
1 SÉRIE-N.0 206-DE 20 DE NOVEMBRO DE 2014 4965

2. Este Despacho entra imediatamente em vigor. Despacho n.° 1584/14


dc 20 dc Novembro
Publique-se.
Tendo sido nomeados funcionários para em comissão de
Luanda, aos 10 de Novembro de 2014.
serviço exercerem funções de chefia nas distintas áreas da
O Ministro, Armando Manuel. Delegação Provincial de Finanças do Huambo e havendo
necessidade de se proceder ao empossamento dos mesmos
Despacho n.° 1582/14 para os referidos cargos;
dc 20 dc Novembro Em conformidade com os poderes delegados pelo
Tendo sido nomeado o funcionário Edgar Fonseca Nobre Presidente da República, nos termos do artigo 137.° da
para, em comissão de serviço, exercer as funções de Chefe de Constituição da República de Angola, e de acordo com as
Repartição Fiscal do Lubango e havendo necessidade de se disposições combinadas dos n.os I e 4 do artigo 2.° do Decreto
proceder ao empossamento do mesmo para o referido cargo; Presidencial n.° 6/10, de 24 de Fevereiro, e da alínea d) do
Em conformidade com os poderes delegados pelo n.° 1 do artigo 4.° do Estatuto Orgânico do Ministério das
Presidente da República, nos termos do artigo 137.° da Finanças, aprovado pelo Decreto Presidencial n.° 299/14,
Constituição da República de Angola, e de acordo com as de 4 de Novembro, e do n.° 1 do artigo 12.° do Decreto-Lei
disposições combinadas dos n.os 1 e 4 do artigo 2.° do Decreto n.° 16-A/95, de 15 de Dezembro, determino:
Presidencial n.° 6/10, de 24 de Fevereiro, e da alínea d) do 1. São subdelegados ao Delegado Provincial de Finanças
n.° I do artigo 4.° do Estatuto Orgânico do Ministério das do Huambo, Osvaldo do Rosário Lopes Teixeira, plenos
Finanças, aprovado pelo Decreto Presidencial n.° 299/14, poderes para conferir posse aos funcionários nos cargos para
de 4 de Novembro e do n.° 1 do artigo 12.° do Decreto-Lei os quais foram nomeados:
n.° 16-A/95, de 15 de Dezembro, determino: Edson da Graça Paulo Pinto — Adjunto do Chefe de
1. São subdelegados ao Delegado Provincial de Finanças Repartição Fiscal do Huambo; e
da Huíla, Sousa João Isaac Dala, plenos poderes para conferir António Feliciano Braça — Chefe de Secção de Pre­
posse à Edgar Fonseca Nobre, no cargo de Chefe de Repartição venção e Fiscalização Tributária da Repartição
Fiscal do Lubango. Fiscal do Huambo.
2. Este Despacho entra em vigor na data da sua publicação. 2. Este Despacho entra em vigor na data da sua publicação.
Publique-se. Publique-se.

Luanda, aos 13 de Novembro de 2014. Luanda, aos 13 de Novembro de 2014.


O Ministro, Armando Manuel. O Ministro, Armando Manuel.

Despacho n.° 1583/14 Despacho n.° 1585/14


dc 20 dc Novembro de 20 dc Novembro

Em conformidade com os poderes delegados pelo Tendo sido nomeada a funcionária Fineza Ana Beatrizana
Presidente da República, nos termos do artigo 137.° da Isildo Dombaxi para, em comissão de serviço, exercer as
Constituição da República de Angola, e de acordo com as funções de Chefe de Repartição Fiscal do Uíge e havendo
disposições combinadas dos n.os I e 4 do artigo 2.° do Decreto necessidade de se proceder ao empossamento da mesma para
Presidencial n.° 6/10, de 24 de Fevereiro, e da alínea d) do o referido cargo;
n.° 1 do artigo 4.° do Estatuto Orgânico do Ministério das Em conformidade com os poderes delegados pelo
Finanças, aprovado pelo Decreto Presidencial n.° 299/14, Presidente da República, nos termos do artigo 137.° da
de 4 de Novembro, e do n.° 1 do artigo 12.° do Decreto-Lei Constituição da República de Angola, e de acordo com as
n.° 16-A/95, de 15 de Dezembro, determino: disposições combinadas dos n.os 1 e 4 do artigo 2.° do Decreto
1. São subdelegados plenos poderes ao Director Nacional Presidencial n.° 6/10, de 24 de Fevereiro, e da alínea d) do
do Património do Estado, Sílvio Franco Burity, para em n.° 1 do artigo 4.° do Estatuto Orgânico do Ministério das
representação do Ministério das Finanças assinar o Contrato Finanças, aprovado pelo Decreto Presidencial n.° 299/14,
de Arrendamento das fraeções autónomas no 8.°, 9.° e 10.° de 4 de Novembro, e do n.° 1 do artigo 12.° do Decreto-Lei
do imóvel designado «Edifício Torres Oceanos», situado na n.° 16-A/95, de 15 de Dezembro, determino:
Rua Ev. Lenine, com uma área de 2.133,9m2 com a empresa 1. São subdelegados ao Delegado Provincial de Finanças
BESA ACT1F — Sociedade de Fundos de Investimentos, S.A., do Uíge, Fernando Laurindo, plenos poderes para conferir
bem como a realização das despesas inerentes ao Contrato posse à Fineza Ana Beatrizana Isildo Dombaxi, no cargo de
a celebrar. Chefe de Repartição Fiscal do Uíge.
2. Este Despacho entra imediatamente em vigor. 2. Este Despacho entra em vigor na data da sua publicação.
Publique-se. Publique-se.

Luanda, aos 17 de Novembro de 2014. Luanda, aos 13 de Novembro de 2014.


O Ministro, Armando Manuel. O Ministro, Armando Manuel.
DIÁRIO DA REPÚBLICA
4966

Despacho n.° 1586/14 n.° 6/10, de 24 de Fevereiro, conjugado com a alínea b)


dc 20 dc Novembro do artigo 16.° do Decreto n.° 90/09, de 15 de Dezembro,
Em conformidade com os poderes delegados pelo determino:
Presidente da República, nos termos do artigo 137.° da 1. ° — É criada uma Comissão de Inquérito encarregue
Constituição da República de Angola, e de acordo com as de averiguar as alegadas irregularidades constantes da carta
disposições combinadas dos n.os l e 4 do artigo 2.° do Decreto denúncia, praticadas no Instituto Superior Politécnico do
Presidencial n.° 6/10, de 24 de Fevereiro, e da alínea d) do Cazenga (ISPOCA), com a seguinte composição:
n.° I do artigo 4.° do Estatuto Orgânico do Ministério das a) Miguel João José Cassule — Chefe de Departamento
Finanças, aprovado pelo Decreto Presidencial n.° 299/14, de Estudos, Programação e Análise do Gabinete
de 4 de Novembro, e do n.° 1 do artigo 12.° do Decreto-Lei de Inspecção — Coordenador;
n.° 16-A/95, de 15 de Dezembro, determino: b) Bravo Alexandre Dias — Chefe de Departamento de
1. São subdelegados plenos poderes ao Director Nacional Avaliação de Centros de Investigação Científica
do Património do Estado, Sílvio Franco Burity, para outorgar,
e Acreditação de Cursos de Pós-Graduação do
em representação do Ministério das Finanças, as seguintes
Instituto Nacional de Avaliação, Acreditação e
Escrituras Públicas:
Reconhecimento de Estudos do Ensino Superior;
a) Escritura Pública referente a transmissão, a favor
c) Manuela Érica de Almeida Afonso da Silva—Téc­
do Estado Angolano, do Prédio Rústico, sito no
nica do Gabinete de Inspecção;
Bairro da Maianga, Talhão n.° 6, Rua Kwamme
d) Rui José Seamba — Técnico do Instituto Nacional
Nkrumah, Distrito Urbano da Maianga, Municí­
de Avaliação, Acreditação e Reconhecimento de
pio de Luanda;e
Estudos do Ensino Superior;
b) Escritura Pública referente a transmissão, a favor do
e) Madalena Calonguela Inácio — Técnica do Gabi­
Estado Angolano, do Prédio Urbano, sito na Rua
nete Jurídico.
Kwamme Nkrumah, n.°8, Município de Luanda.
2. ° — No cumprimento da sua missão, à Comissão ora
2. Este Despacho entra imediatamente em vigor.
criada cabe ainda:
Publique-se.
a) Proceder ao levantamento de todos os factos que
Luanda, aos 13 de Novembro de 2014. constituem irregularidades, no quadro do funcio­
O Ministro, Armando Manuel. namento do ISPOCA;
b) Identificar os possíveis autores de infracções, por
desrespeito à legislação em vigor no Ordenamento
MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR Jurídico Nacional;
c) Elaborar um relatório detalhado, identificando os
Despacho n.° 1587/14 elementos referidos nas alíneas anteriores, nele
de 20 de Novembro devendo apresentar uma proposta de medida de
Considerando que, por intermédio de uma carta denúncia, decisão a tomar, para a solução das irregularidades
este Departamento Ministerial foi informado que no Instituto constatadas pela Comissão.
Superior Politécnico do Cazenga (ISPOCA) se está a praticar 3. °—A Comissão ora criada deverá submeter no prazo de 20
actos que constituem irregularidade nos termos da legislação (vinte) dias, a contar da data da assinatura do presente Despacho,
vigente no Subsistema de Ensino Superior; o Relatório Final do seu trabalho, devidamente fundamentado.
Tendo em conta que há necessidade de se averiguar a 4. °—As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
veracidade dos factos constantes da carta denúncia que são aplicação do presente Despacho são resolvidas pelo Ministro
susceptíveis de constituírem irregularidades e que afectam o do Ensino Superior.
funcionamento do Subsistema de Ensino Superior; 5. °—O presente Despacho entra imediatamente em vigor.
Em conformidade com os poderes delegados pelo Publique-se.
Presidente da República, nos termos do artigo 137.° da
Constituição da República de Angola, e de acordo com o Luanda, aos 5 de Novembro de 2014.
disposto nos n.05 2 e 4 do artigo 2.° do Decreto Presidencial O Ministro, Adão Gaspar Ferreira do Nascimento.

O. E. 1022-11/206 - 650 ex. - LN.-E.P. - 2014

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