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Quarta-feira, 10 de Agosto de 2016 I Série-N.

º 135

I I

DIARIO DA REPUBLICA
ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA
Preço deste número - Kz: 220,00
Toda a corrcspondencia, quer oficiál, quer ASSINATURA O preço de cada linha publicada nos Diários
relativa a ant'mcio e assinatw·as do • Diário Ano da República I.' e 2.' série é de Kz: 75.00 e para
da República,, deve ser di rigida à fmpren~a
As três séri es Ki: 611 799.50 a 3.' sé1ie Ki: 95.00, acrescido do respectivo
Nacional - E.P., em Luanda, Rua Henrique de
A l."Série Ki: 361 270.00 imposto do selo, dependendo a publicação da
Carvalho n.0 2, Cidade Alta, Caixa Postal 1306,
W\\l'\V.imprensanacional.gov.ao End. teleg.: A 2.• séri e Kz: 189 150.00 3.• série de depósito prévio a efectuar Jlá tesouraria

«Imprensa». A 3.' série Ki: 150 111.00 da Imprensa Nacional - E. P.

I MP R E N S A NA C I O NA L - E. P.
Rua Henrique ele Caivalho n.º 2
SUMÁRIO
e-mail: imprensanaciona l@imprensanacional.gov.ao
Caixa Postal N.º 1306 Presidente da República
Decreto Presidencial n.º 156/16:
Aprova o Regulamento do Fundo Nac iona l de Desenvolvimento, abre-
CIRCULAR viadamente designado por «FND». - Revoga toda a legislação que
contrnrie o disposto no presente Diploma. nomeadamente o Decreto
F.ncontrando-se neste momento os Depa11amentos Minis- n. • 19/07. de 2 deAb1il.
teriais, Institutos Púb licos e demais Unidades Orçamentais a Decreto Pl'esidencial n.0 157/ 16:
preparar as propostas para o OGF/2017, para efeitos de cabi- Aprova o Periodo Especifico para a Realização do Registo Presenc ial e a
Actualização de Residência dos Cidadãos Maiores cm todoTaTitóiio
mentação orçamental para esse exercício; Nacional. - Revoga toda a legislaçao que contrarie o disposto no
Vem a Imprensa Nacional - E.P. recomendar a todos os presente Diploma.
Decreto P1"esidenci1ll n. 0 158/16:
Depa1tamentos M inisteriais, Órgãos e demais entidades que Tipifica as tnmsgrcssões administrativas mineiras e define as coll'espon·
publicam em I e II Série, a necessidade ele inscrição atempada dentes sanções. - Revoga toda a legislaçao que contraiie o presente
Decreto Presidenc ial.
cio cus to anual deste serviço no orçamento e cab imentação
Despncho Pl'esid encial n.• 239/16:
para 20 17, por fo1ma a que seja assegurada a quota financeira Autoiiza a criação da empresa de Águas e Saneamento da Província da
adequada ao pagamento ela subscrição do Se1viço Jurisnet, liuila e delega poderes aos Ministros da Economia e da Energia e
Aguas para a fotmalização do processo de criação da referida empresa.
cumprindo-se deste modo o estipu l11clo na Lei n.º 7/14<1>
Despacho Pnsid encial n.• 240/ 16:
publicada na I Série do Diln·iodaRepúbli.ca n.0 98, de 26 de Auto1iza a criação da empresa de Águas e Sanca111a1to da Província do
Maio, que obriga os ó1:gãos e entidades que publicam actos Moxico, BP. e delega poderes aos l.\llinistt·os da Economia e da Energia
e Águas para a fonnalização do proce,so de criação da referida empresa.
legislativos e normativos a subscrever aquela Platafonrn
Despncho Pl'esid encial n.• 241/16:
Infonnática ele pesquisa e legislação angolana. Auto1iza a criaçao da empresa de Águas e Saneamento da Provtncia de
Cabinda e delega poderes aos Ministros da Economia e da Energia e
A subscrição do Web Service - Jurisnet, propriedade Aguas para a fotmalização do processo de criação da referida empresa.
da Imprensa Naciona l, é destinada a todas as Entidades
Ministérios das Finanças e da Indústria
Públicas e Privadas. e obedece a um número mínimo de 50
Decreto Executivo Conjunto n.• 348/16:
Acessos/Utilizadores, com o valor anual cleAKz: 2.100.000,00 Aprova a Tabela referente aos valores das Taxas relativas ao Licenciamento
(equivalente a AKz: 3.500,00/mês/utilizador) englobando a Industrial. - Revoga o Decreto Executivo Conj unto n.º 27/01. de 11
de Maio que aprova a Tabela referente aos valores da s taxas e m1ltas
disponibilização (online) actualizada diariamente, de todos relativas ao Licenciamento Industrial.
os DiáJ'ios da República da I, II e III Séries, para além das
Ministério das Finan~as
frn1cio1111 lidades de pesquisa.
Despncho n. 0 387/16:
Subdelega plenos poderes a Sílvio Franco Burity. Director Nacional do
<•>Capittllo VII, Alt.0 l l.º, 3. Os órgãos e entidades que publicam actos legislativos 0 11 Património do Estado, para outorgar, em representação deste Ministério,
no1111ativos ou outrns actos na I Sé,iecloDiáriodaReptíb/ica elevem simultaneamente a assinatura da Escritura Pública. referente ao Contrato de Compra e
sub screver a Platafon11a In.fon11:ítica de peEquisa e com:ulta de legislação ela Imprern:a Venda estabelecido com a Central Logística de Viana. de 4 armazéns
Nacional, lle forma a assegurar tun conbecitnento ligoro.so elas referencias e vitissi- do cmprea1dimcnto denominado «Viana Parlo>. silo cm Luanda. na
tt1cles legais associadas aos actos a publicar. Estrada do Calumbo. Polo Industrial de Viana.
3466 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Ministério da Geologia e Minas técnicos ou científicos e de publicações técnicas, assim como


Despacho 11. 388/ 16:
0
apoiar projectos de natureza cultural, projectos privados para
Aprova a alteração do Contrato de Investimento Mineiro. referente a investimentos de carácter social, nas áreas de geração de
concessão do Yetwene. emprego e rendimento, serviços urbanos, saúde, educação
DespRcho n. 0 38!>/ 16: e despo1tos, alimentação, habitação, meio ambiente, desen-
Aprova a concessão de direitos mineiros a favor da Cooperativa Mineira volvimento mral e outras vinculadas ao desenvolvimento
Katongonoshi Wa Hashi S.C.R.L. para a exploração semi-industrial
de diamantes, no Município de Lucala, Província da Lunda•Nortc,
regional e social;
com uma extensão de 200km'. Nesses tennos, reconhece-se a necessidade de se redefinir
Despacho 11.º 390/16: a assumpção dos custos e riscos clirectos e indirectos associa-
Aprova a concessão de direito; mineiros a favor da empresa M.K - dos à actividade creditícia do BDA com uso dos rectu-sos do
Comércio Geral, Limitada, para exp loraçao de Burgau, na Localidade FND, ele modo a petmitir a absorção pelo Fundo das despe-
de Mpapala, Município de Maqueta do Zombo, Província do Uíge, sas não recuperáveis incoll'iclas pelo BDA, enquanto gestor
com uma extensão de 80 hectares.
daquele Fundo, com as acções de 1>romoção e fomento do
Despacho n. 0 391/ 16:
desenvolvimento social e económico, tais como: diagnós-
Aprova a concessao de direitos mineiros a favor da Cooperativa Rainha
Nginga Ndongo S.C.R.L. para a exp loração semi-industrial de dia-
ticos de cadeias produtivas, estudos tenitoriais e sectoriais,
mantes, no Mtmicipio de Marimba. Província de Malanje. com uma programas de acções organizativas, fiscalização deprojectos,
e,'<lensão de 138km'. contratação ele consultorias especializadas, aplicação em pro-
Órgãos Auxiliares do Presidente jeclos de ensino e pesquisa e oub·os investimentos de carácter
social, mitigando-se também assim os 1iscos envolvidos;
da República - Casa Civil
Assim, competindo ao Governo nos te1mos da Lei n.º 9/06,
Rectificação n. 0 15/16:
Rectifica o Despacho Presidencial n.º 222/16. de 12 de Julho. publicado de 29 de Jlll1ho, que c1ia o Fundo Nacional de Desenvolvimento,
no Diário da República n. 0 115. I Série, que aprova a Minuta de definir os te.imos e condições de gestão, administração e apli-
Co11D'ato parn o Projecto deTelegesrno e Equiparnell!os Tecnológicos.
cação dos rectu;;os cio FND.
RectificRçiio n. 0 16/ 16:
O Presidente da República decreta, nos tennos da alí-
Rectifica o Despacho Presidencial n.• 195/ 16, de 24 de Junho, Publicado
no Diá1ioda Repúblican.º 104. I Série. que aprova a minuta de con- nea 1) do artigo 120. º e cio n.º 3 do artigo 125. º, ambos da
trato para a Instalação de SAP-ISU na Província de Luanda. Constituição ela República de Angola, o seguinte:
ARTIGO 1.°
(Apro,•ação)
PRESIDENTE DA REPÚBLICA É aprovado o Regulamento do Fundo Nacional de Desen-
volvimento, abreviadamente designado por «FND)), anexo ao
Decreto Presidencial n.° 156/ 16 presente Diploma e que dele faz prute integrante.
de !Ode Agosto
ARrIGO 2°
O Banco de Desenvolvimento de Angola (BOA), (Revogação)

enquanto gestor exclusivo dos recursos do Fundo Nacional É revogada toda a legislação que contrarie o disposto
ele Desenvolvimento (FND), ve.m, no modelo actual, assu- no presente Diploma, nomeadamente o Decreto n.º 19/07,
mindo responsabilidades com despesas de desenvolvimento de 2 de Abril.
relacionadas com os diagnósticos de cadeias produtivas, estu- ARTIGO 3.°
dos tenitoriais e sectoriais, programas de acções 01ganizativas, (Dúvidas t omissões)

fiscalização de projectos, contratação de consullorias especia- As dúvidas e omissões suscitadas na interpretação e apli-
lizadas para assistência técnica aos investidores, assim como cação do presente Decreto Presidencial são resolvidas pelo
o risco das operações de crédito de programas e projectos Pres idente da República.
específicos do Governo com te1mos e condições estabeleci- ARTIGO 4 .°
(Entrada em vigor)
dos por este mas sem a intervençilo do BDA na sua avaliaçilo;
O presente Diploma entra em vigor na data da sua
Esse facto, associado à exigência da re muneração pelo
publicação.
BDA de todos os recursos do FND, afecta negativamente a
Apreciado em Reunião Conjunta da Comissão Económica e
estmtura de custos do banco e cio seu capital estatutário, além
da Comissão pru·a a Economia Real do Conselho de Ministros,
ele que limita a sua capacidade ele inte1vençilo, pois nilo pode
em Luanda, aos 30 ele Junho de 2016.
estabelecer, conforme estatutariamente previsto, fundos espe-
Publique-se.
cíficos com os recursos do FND para financiar projectos ou
programas p1ivados de ensino e pesquisa de natureza científica Luanda, aos 28 de Jull10 ele 2016.
ou tecnológica, inclusive mediante doação ele equipamentos o Presidente da República, J OSÉ E DUARDO DOS S ANTOS.
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REGULAMENTO DO FUNDO NACIONAL ,',) Pelas perdas incoJTidas em programas de finan-


DE DESENVOLVIMENTO ciamento cio Govemo, nos quais, os tennos e
condições e a selecçllo dos projectos finan-
CAPÍTULO ciados tenham s ido clecicliclos pelo Govemo;
Disposições Gerais
,•i) Pelas aplicações em projectos ou programas
ARTIGO 1.0 p1ivados de ensino e pesquisa de natureza cien-
(Objectivo)
tífica ou tecnológica, incluindo as realizadas
O presente Diploma define os tennos e as condições de mediante doação de equipamentos técnicos
gestão, administração e aplicação dos recursos do Fundo ou científicos e ele publicações técnicas a ins-
Nacional de Desenvolvimento, abreviadamente designado por
tituições que se dediquem à realização de tais
«BDA». bem como a sua remuneração pelo BAD e a remune-
projectos ou programas;
ração devida ao BDA pelo Tesouro Nacional pela sua gestão.
,·ii) Pelas ap licações destinadas especificamente
ARTIGO 2.º
(Dtfilúção)
a apoiar projectos privados para investimen-
tos ele carácter social, nas áreas ele geração de
O FND é um conjunto de valores disponibilizados ao
emprego e rendimento, se1viços urbanos, saúde,
BDA, com vista ao financiamento ele projectos cio sector pri-
vado nacional, no âmbito cios Planos ele Desenvolvimento educação e clespo1tos, alimentação, habitação,
do País, de acordo com a estratégia definida pelo Governo. ambiente, desenvolvimento 111ml e outras vin-
culadas ao desenvolvimento regional e social,
ARTIGO 3.º
(Natm·eza jm·ídica) bem como projectos de natureza culttu-al.
1. O FND consiste numa conta registada no BDA, como CAPÍTULO II
depósito de fundos do Tesow·o Nacional, suplementares ao Termos e Condições de Gestllo, Administração
capital do BDA e Aplicação dos Recursos cio Fundo Nacional
2. A referida conta FND traduz-se num património autó- de Desenvolvimento
nomo ele afectação especia l, que integra os direitos, receitas, ARTIGO 4.0
despesas, obrigações, bonificações e compmticipação nos (Afecta ç:'io de recm·sos ao Fundo Nacional de Desenvohimento)

riscos elas operações do BDA. 1. Os recursos do FND, confonne definidos na lei, são
3. Para efeitos do número anterior, a conta do FND no inscritos pelo Ministério das Finanças no Orçamento Geral
BDA pode ser movimentada cio seguinte modo: cio Estado e consignados ao FND.
a) A Crédito:
2. O BDA deve submeter ao Ministério das Finanças, até
31 de Agosto ele cada ano, a programaçllo financeira do FND
i) Pelos valores cios recursos do FND transferidos
para o ano seguinte.
pelo Tesouro Nacional;
3. A transforência dos recursos cio Tesouro Nacional para
ii) Pelos valores da remuneração dos recursos
o FND é feita periodicamente pelo Ministério das Finanças,
líquidos do FND devida pelo BDA; confo1me os instmmentos de execução orçamental e finan-
ili) Pelos jrn·os cios créditos concedi cios em progra- ceira cio Orçamento Geral cio Estado, não podendo o período
mas de financiamento públicos, nos quais os ser inferior a um mês nem superior a um trimestre, podendo
tennos, as condições e a selecção dos projectos ser numa base previsional, estando, neste caso, sujeita à com-
financiados tenham sido decicliclos pelo Governo. pensação, no período seguinle, após o apuramento cios valores
b) A Débito: efectivos.
i) Pelo valor elas bonificações das taxas de juros 4 . A transferência a que refere o número anterior e a res-
coll'espondentes aos créditos concessionais; pectiva compensação do período anterior deve ser processada
até ao último dia do petfoclo considerado.
ii) Pelo valor das bonificações ele taxas de juros
5. No caso da existência de saldo de transferências devidas
de créditos concedidos por outras instituições
num ano, estes são contabilizados como dívida a favor do FND.
financeiras, nos te1mos aprovados pelo Titular
6. Para efeitos elo disposto non(unero anteiior, o Governo pode
do Poder Executivo; titularizar a referida dívida, nos teimos da legislaçllo aplicável.
iü) Pela execução de garantias e avais concedidos;
ARl'lGO 5.º
iv) Pelas despesas incon-idas com diagnósticos de (Aplicação dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento)
cadeias produtivas, estudos tei1·itoriais e sec- 1. No quach'o do financiamento ele projectos cio sector p1i-
toriais, prog ramas de acções organizativas, vaclo nacional no âmbito dos programas ele desenvolvimento
fiscalização ele projectos, contratação de con- nacional, os recursos do FND podem ter as seguintes aplicações:
sultorias especializadas e afins; a) Concessão de financiamento;
3468 DIÁRIO DA REPÚBLICA

b) Atribuição de incentivos financeiros; b) Financiar o relançamento económico e social que


e) Participação com capital ele risco promocional; vise o aumento da produção e da ofe1ta ele bens e
d) Concessão ele garantias de financiamento; serviços e a promoção elos produtores nacionais
e) Constituição de fundos es))eciais para a cobe1tura cio meio w·bano e rural, em especial das zonas do
elas despesas ele desenvolvimento e financiamento País definidas como prioritárias pelo Govemo;
ele programas e projectos sociais. e) Criar facilidades ele crédito a nível ele projectos de
2. Com base no disposto no número anterior, o BDA pode:
investimento integrados no âmbito dos programas
a) Conceder crédito;
ele desenvolvimento cio Govemo;
b) Bonificar taxas de juro de empréstimos obtidos pelos
d) Financiar investimentos realizados por empresas
investidores em oub·as instituições financeiras;
e) Realizar investimentos de risco, subscrevendo acções
ele capital nacional no exterior, sempre que con-
ou quotas ele capital; tJibuam para promover a intemacionalizaçM da
d) Conceder garantias e avais para acesso ao crédito economia angolana;
por pa1te de investidores; e) Financiar e fomentar a exp01tação de produtos e de
e) Financiar despesas de desenvolvimento e de carác- serviços, inclusive serviços ele instalação, bem
ter nM comercial, incluindo as ele carácter social como as despesas realizadas no exterior associa-
não recuperáveis. das à expo1tação.
3. Para garantir a maior rentabiliclacle, rotatividade, suste11- 2. Além do disposto no número anterior, na gestão do
tabilidade e autonomia cios recw-sos, o BDA eleve diversificar a FND, incumbe igualmente ao BOA, o seguinte:
ca1teira, podendo aplicar em títulos e rese1vas em depósitos ban- a) Receber, guardar, aplicar, gerir e conb·olar os recw-sos;
cários em oub11s instituições financeiras, no País e no esb11ngeiro. b) Definir e aplicar normas, procedimentos e condições
ARTIGO 6. 0 operacionais para as operações a realizar, em obe-
(Termos e condições 2erais da aplicação dos recw·sos
do Fundo Nacional de Desenvolvimento) diência ao disposto na Lei cio FND, no presente
1. Em virtude de implicarem custos para o FND, é dele-
Regulamento, 1111s clirectriz:es do Governo e nos
gada competência ao Ministro elas Finanças para aprovar as nonnativos cio Banco Nacional ele Angola, bem
seguintes aplicações: c0010 nos preceitos da boa-fé e da técnica bancária;
a) Concessão de crédito de natureza concessionai; e) Cumprir a programação de aplicações fixadas para
b) Bonificaç~o ele taxas ele juro; oFND;
e) Concessão ele garantias e avales; d) Realizar a análise cios projectos e proposta ele cré-
d) Cobe1tura ele despesas ele desenvolvimento; dito, de acordo com as no1mas e procedimentos
e) Financiamento de programas específicos do Govemo, operacionais estabelecidos;
nos quais os tennos e condições, bem como a e) Enquadrar as propostas nas faixas de encargos, propor
selecção dos projectos financiados sejam cleci- os juros, definir e conb·atar os créditos;
cl icl os por este;
f) Efectuar a fiscalização dos empreendimentos, a
jj Financiamento ele projectos ou programas sociais.
supervisão da aplicação dos recursos e a prestação
2. A autorização a que se reporta o número anterior con-
de assistência técnica contratadas;
substancia-se na necessidade de aprovação cio orçamento cio
g) Cobrar e receber os créditos nas respectivas datas
FND, cuja proposta eleve incluir o limite cios fundos para as
aplicações referidas. de vencimento, adoptando as medidas adminis-
trativas necessárias;
ARTIGO 7.º
(Atribuições do Banco de Desmvolvimmto de Angola) h) Prestar contas sobre os resultados alcançados,
l. No âmbito ela gestão, administração e aplicação dos desempenho e estado cios recursos e aplicações;
recursos cio FND, incumbe ao BDA, clirectamente ou por i) Exercer outras actividades inerentes à aplicação dos
inte1médio de em))resas subsidiárias, instituições financeiras recursos e a remuneração dos créditos.
ou outras entidades, realizar as operações financeiras referi- ARTIGO &º
das no a1tigo 5. 0 do presente Regulamento, observando para o (Remuneração do Fundo Nacional de Desenvolvimento)
efeito as melhores práticas bancárias e a legislação financeira 1. O BDA eleve remunerar os recursos líquidos cio FND à
que lhe é aplicável, visando particula1mente: taxa de juro dos Bilhetes do Tesouro a 91 (noventa e um) dias.
a) Promover e financiar projectos de desenvolvimento 2. No fim de cada b·imesb·e, o BDA eleve creditar na conta
económico e social em conformidade com as FND a remuneração indicada no número anterior.
regras estabelecidas no presente regulamento e 3. A título de remW1eração pela gestão cios recw·sos do
as J)rioridades definidas nos planos e J)rogramas FND, o BDA tem direito a 50% da remuneração referida no
cio Governo; n º 1 deste a1tigo.
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CAPÍTULO III d) Não seja avaliado positivamente do ponto de vista


Condições de Acesso aos Recursos do Ftmdo Nacional técnico, económico e financeiro;
de Desenvolvimento e a Sua Atribtúção e) Exercer o nível ele risco tolerável, nos tennos elas
ARTIGO 9.0 n01mas estabelecidas pelo BDA, em conf01midade
(Beneficiários) com as n01mas aplicáveis definidas pela entidade
1. Podem beneficiar de financiamento com recursos do supervisora.
FND os cidadãos nacionais e as pessoas singulares e colec- 2. Se o pedido estiver deficientemente insbuíclo, o BDA
tivas ele direito angolano. deve notificar o proponente para suprir as deficiências, antes
2. Para efeitos do presente Diploma, entendem-se por ele tomar a decisão final.
pessoas jurídicas singulares e colectivas de direito angolano 3. O BDA eleve comunicar a sua clecislío final num prazo
as que são maioritariamente detidas por cidadãos angolanos. razoável que lhe pe1mita a adequada avaliação técnica, eco-
3. Não podem beneficiar ele financiamento com recur- nómica e financeira do projecto, assim como ela avaliação
sos doFND: cio risco da operação ele crédito, contado a partir da data da
a) Empresas detidas maioritariamente por cidadãos recepção do pedido conectamente instrnído.
estrangeiros; ARTIGO 12.º
b) Actividades de alto risco técnico, nomeadamente (Revogação da decisão de aprovação)

pesquisa e prospecção geológicas; Para além cio referido nos a11igos anteriores, a decisão de
e) Negócios que, na opinião cio BDA, não inspirem concessão dos recm·sos do FND pode igualmente ser revogada
confiança ou segurança jurídica, ele acordo com pelo órgão que a tenha proferido, pelos seguintes fundamentos:
as boas práticas bancárias. a) Se a aprovação foi obtida por meio de falsas declara-
ARTIGO 10.0 ções ou outros expedientes ilícitos, independente-
(Condi ções gerais de ~c esso) mente elas sanções penais que ao caso couberem;
1. Para o acesso aos recrn·sos do FND são exigíveis, para b) Se deixarem de se verificar alguns dos requisitos
além das condições estabelecidas no aitigo 1O.º do presente estabelecidos no contrato celebrado;
Regulamento, os seguintes requisitos: e) Se o requerente suspender ou cessar a sua actividade;
a) Ter idoneidade; d) Não cumprimento, clenb·o do prazo estabelecido no
b) Ter situação jrn·íclica e fiscal regularizada; contrato de mútuo ou outro acordo de financia-
e) Não ter sido nunca condenado por crimes falência, mento, das condições precedentes parn o início
falsificação, furto, roubo, especulação, bwfa por cio desembolso.
defraudação, abuso ele confiança, clescaininho, ARTIGO 13.0
(Condições dt finnncinmento e .-eembolso)
evasão fiscal ou tipo de crime de natureza eco-
nómica previsto por lei; 1. Para a concessão ele financiamentos, o BDA eleve:
d) Não ter cadastro ele crédito em incumprimento, a) Proceder ao exame técnico, económico e financeiro
conforme registos no Banco Nacional de Angola cios projectos e elas suas implicações sociais e
ou noutra instituição; ambientais;
e) Nllo ter praticado actos gravemente lesivos ao sis- b) E:fectuar a verificação ela segurança das aplicações
tema financeiro nacional. e cio respectivo reembolso;
2. Para ter acesso aos recursos do FND, os projectos a e) Proceder obrigatoriamente ao apuramento ela exis-
serem financiados devem c01responder às prioridades dos tência ele restJições à obtençao ele financiamento
programas de desenvolv imento definidos pelo Govemo, tendo pela empresa candidata, respectivos titulares e
em atenção a sua rentabilidade económica e financeira, o seu admini~1radores por razões de idoneidade, confame
impacto social e a zona geográfica da sua implantação. as n01mas emanadas ela autoridade supervisora.
A RTIGO 11.0 2. A concessão de financiamento pelo BDA deve obe-
(Recusa de aprova ção) decer aos tennos e condições aprovados pelo Conselho de
1. A aprovação é recusada sempre que: Aclminisb·ação, para programas ou projectos específicos, nos
a) O pedido não se enquadre nos objectivos e priori- tennos cio disposto no presente Regulamento.
dades da política económica e social do Govemo; ARTIGO 14.0
b) Não seja instruído com as informações e documentos (Facilidades de financiamento)

solicitados pelo BDA; Cabe ao BDA criar facilidades de financiamento, no âmbito


e) A insllução do pedido esteja viciada ele inexacticlões cios programas ele desenvolvimento do Governo, impondo
e falsificações; limites de crédito, de acordo com os crité1ios por ele definidos.
3470 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ARTIGO 15.0 ARTIGO l 0


(Limites de endividamento) (Aprovação)

Os limites de endividamento para os beneficiários dos É aprovado o Período Específico para a Realização do
recursos do FND são definidos pelo BDA, ele acordo com os Registo Presencial e a Actualização de Residência dos Cidadãos
critérios da boa prática bancária. Maiores em todo o Teil'itório Nacional, designadamente:
a) A l.ª Fase, a ter lugar de 25 de Agosto a 20 de
CAPÍTULO IV
Dezembro de 2016;
Pl·estação de Contas
b) A 2.' Fase, a ter lugar ele 5 de Janeiro a 31 ele Março
ARTIGO 16.0 ele 2017.
(Informação ao Titular do Poder rxecutivo)
ARTIGO 2°
1. O BDA deve apresentar trimestralmente ao Titular do (Revogação)
Poder Executivo um relatório e contas do desempenho do É revogada toda a legislação que contrarie o disposto no
FND, do qual constem: presente Diploma.
a) Os aspectos legais relacionados com o cump1imento
ARTIGO 3.º
elas nonnas orientadoras ela gestão cios recw·sos (Dú,1das e omissões)
FND; As dúvidas e omissões suscitadas na interpretaçilo e apli-
b) As estatísticas financeiras elas operações realizadas,
cação do presente Decreto Presidencial são resolvidas pelo
com as respectivas notas explicativas e inf0tmação Presidente ela República.
económico-social;
ARTIGO 4.0
e) Os elementos ele avaliação cio impacto das operações; (Entrada em vigor)
d) As demostrações financeiras e contabilísticas.
O presente Diploma entra em vigor na data da sua
2. Sem prejuízo da apresentação de contas do BDA com
publicação.
infonnação consolidada com as operações respeitantes ao Apreciado em Conselho ele Ministros, em Luanda, aos 3
FND, o relatório e contas a que faz menção o número ante-
ele Agosto de 2016.
rior é independente e separado das contas próprias cio BDA.
Publique-se.
ARTIGO 17.0
(Prestação de contas) Luanda, aos 8 ele Agos to de 2016.
1. Sem prejuízo do disposto no a1tigo anterior, o BDA O Presidente da República, JosÉ E DUARDO Dos S ANTOS.
deve apresentar anualmente ao Titular do Poder Executivo
uma info1mação sobre as operações do FND e o seu impacto
Decreto Presidencial n.º 158/ 16
na sociedade, que se destina à Assembleia Nacional. de 10 d t Agosto
2. O exercício financeiro do FND deve coincidir com o No âmbito cio processo de diversificação da economia
ano civil, para fins de apuramento de resultados e apresen-
nacional, afigura-se imp0ttante criar mecanismos que con-
tação ele relatório. coffam para a modernização e o incremento sustentável da
3. A auditoria independente às contas do FND fica cobe11a economia, com efeitos directos no desenvolvimento social e
com a auditoria independente a que estão sujeitas as contas 1111 redução da pobreza;
do BDA, dado que aquele, enquanto património autónomo Apesar de imperiosa a diversificação ela produção mineira
sem personalidade jurídica, é operado como conta registada eleve pautar-se pela observância elas regras para uma sa lutar
noBDA. e racional exploração, bem como pe lo aproveitamento útil
e efectivo dos recursos minerais, de modo a garantir que a
o Presidente da República, J OSÉ tl)UARDO DOS S ANTOS. prospecção, exp loração, o tratamento e a comercialização
se realizem em consonância com a lei e o interesse público;
Decreto Presidencial n.º 157/16 Tendo em conta que se impõe a necessidade ele discipli-
de lO de Agosto nar o exei·cício ela activiclacle geológico-mineira, prevenindo
A Lei n.º 8/15, de 15 de Junho, do Registo Eleitoral Oficioso, e punindo as infracções que tenham a natureza de transg res-
estabelece que o registo dos cidadilos maiores rege-se, dentre sões administrativas cometidas pelos agentes económicos,
outros, pelo princípio ela pe1manência; quer sejam pessoas singulares, quer sejam colectivas;
Havendo necessidade de se realizar tuna actividade espe- Considerando que a definição dos va lores das multas
cífica de registo presencial e de actualização de residência; como punição daquelas inflacções deve atender ao previsto
Tendo sido efectuada a auscultação da Comissão Eleitoral, na Lei das Transgressões Administrativas, aprovada pela Lei
nos te1mos do artigo 66.º da referida Le~ n.º 12/11, de 16 de Fevereiro, s endo que a sua graduação
O Presidente da República decreta, nos teimos da alí- visa sancionar o agente em função da gravidade ela acção ou
nea d) do a1tigo 120.º e do n.º 3 do a1tigo 125.º, ambos da omissão, bem como os danos causados ao meio ambiente e
Constituição da República de Angola, o seguinte: ao interesse público;

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