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I I
DIARIO DA REPUBLICA
ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA
Preço deste número- Kz: 280,00
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relativa a anúncio e assinaturas do «Diário Ano da República !." e 2." série é de Kz: 75.00 c para
da República», deve ser dirigida à Imprensa
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Nacional - E.P., em Luanda, Rua Henrique de
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«Imprensa». A 3." série Kz: 115 470.00 da Imprensa Nacional - E. P.
atribui às pessoas singulares ou colectivas o direito 35. «Título de utilização dos recursos hídricos»: -
de utilização dos recursos hídricos. licença ou concessão, que confere o direito de
23. «Linhas de água»: - cursos ou corpos de água utilização dos recursos hídricos.
intermitentes com traçado bem definido. 36. «Tutela»: - Departamento Ministerial auxiliar
24. «Margens»: - terreno que ladeia um curso de água, do Presidente da República, responsável pelos
lago, lagoa, albufeira ou outros corpos de água. recursos hídricos.
25. «Ministro de Tutela»: - Titular do Departamento 37. «Unidade do ciclo hidrológico». - circuito reno-
Ministerial au)):iliar do Presidente da Repúblíca, vável de água, que obedece à sucessão das fases
responsável pelos recursos hídricos. da troca natural entre a terra e a atmosfera, tais
26. «Nascentes»: - águas subterrâneas artesianas que, como a evaporação, a evapotranspiração, a con-
na origem, se conservam próprias para consumo densação, em forma de nuvem, a precipitação, a
humano. infiltração e a acumulação no solo e no subsolo.
27. «Órgão de Administração da Bacia Hidrográfica»: 38. «Usos comuns». - toda a utilização dos recursos
- pessoa colectiva de direito público, que tem por
hídricos que, não carecendo de licença ou conces-
fim assegurar, no âmbito da administração indirecta
são, se realiza de forma livre, natural, gratuita e
do Estado, as actividades de planeamento e ges-
de acordo com o regime tradicional de utilização
tão de recursos hídricos no âmbito de uma bacia
dos recursos hídricos de necessidades domésticas,
hidrográfica ou conjunto de bacias hidrográficas.
pessoais e familiares, sem produzir alterações
28. «Pântano»: - terreno encharcado por água sem
significativas do seu caudal nem da sua qualidade.
escoamento.
39. «Usos decorrentes do direito de aproveitamento da
29. «Plano de água»: - superfície plana de água con-
terra»:- toda a utilização dos recursos hídricos
finada ou não, onde se podem exercer actividades
resultante da titularidade, nos termos da legislação
ou parquear veículos, equipamentos, embarcações,
em vigor, do direito de aproveitamento de terrenos
flutuações ou estruturas flutuantes.
em cujo interior corram, livremente, as águas de
30. «Plano Geral de Desenvolvimento e Utilização de
nascentes ou existam águas subterrâneas, lagos,
Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica»: -
instrumento de planeamento que visa a valoriza- lagoas ou pântanos.
ção, protecção e gestão equilibrada dos recursos 40. «Usos privativos»: - toda a utilização dos recursos
hídricos no âmbito de uma bacia hidrográfica, de hídricos que se realiza mediante título de utilização
acordo com as estratégias e programas de desen- dos recursos hídricos.
volvimento regional e sectoriais aprovados pelo 41. «Utilização dos recursos hídricos»: - todo o uso
Titular do Poder Executivo. consumptivo ou não consumptivo dos recursos
31. «Plano Nacional de Recursos Hídricos»: - ins- hídricos, que altere ou tenha impacto sobre o
trumento de planeamento que, baseado nos Pla- estado dos cursos de água, lagos, lagoas, pântanos,
nos Gerais de Desenvolvimento e Utilização de nascentes, albufeiras, zonas estuarinas e outros
Recursos Hídricos das Bacias Hidrográficas, visa corpos de água, incluindo os seus leitos, margens
a valorização, protecção e gestão equilibrada dos e adjacências, assim como qualquer ocupação
recursos hídricos à escala nacional, de acordo com no meio hídri co, independentemente do seu fim.
as estratégias e programas de desenvolvimento 42. «Zonas estuarinas»: - parte territorial de um rio,
nacional aprovados pelo Titular do Poder Executivo. geralmente larga, onde o escoamento fluvial é
32. <<Recursos Hídricos»: - recursos em águas disponí- influenciado pela maré.
veis ou potencialmente disponíveis, em quantidade
CAPÍTULO 11
e qualidade, num local e momento apropriado,
Planeamento e Gestão de Recursos Hídricos
com excepção das águas costeiras, para satisfazer
uma demanda identificada. SECÇÃO I
Planeamento de Recursos Hídricos
33. «Tarifa»: - prestação pecuniária devida aos titu-
lares de direitos de exploração de infra-estruturas ARTIGO 4. 0
(Planos de recursos hídricos)
hidráulicas por quaisquer pessoas singulares ou
colectivas, beneficiárias das melhorias produzidas I. Os recursos hídricos estão sujeitos a um processo de
por aquelas. planeamento integrado, visando a sua valorização, protecção e
34. «Taxas»: - prestação pecuniária devida ao Estado gestão equilibrada, de acordo com as estratégias e programas
ou outro ente público pela utilização dos recursos de desenvolvimento nacional, regional e sectoriais aprovados
hídricos. pelo Titular do Poder Executivo.
1892 DIÁRIO DA REPÚBLICA
iü) O cálculo de taxas e tarifas, tendo em conta iii) A definição de procedimentos administrativos
as acções de fomento hidráulico; e legais necessários à execução dos planos,
iv) As entidades responsáveis pela execução das realçando os critérios de fomento hidráulico;
medidas e pelo seu acompanhamento e controlo; iv) As entidades responsáveis pela execução das
v) A elaboração de uma rede de monitorização. medidas e pelo seu acompanhamento e controlo.
3. Os Planos Gerais de Desenvolvimento e Utilização de 5. Os planos de recursos hídricos devem estabelecer, na
Recursos Hídricos das Bacias Hidrográficas Internacionais sua escala de hierarquização e prioridades de utilização dos
devem ter em conta os acordos ou convenções de que o Estatlo recursos hídricos, a captação de água para fins de consumo
Angolano seja parte no quadro dos cursos compartilhados humano como tendo prevalência sobre quaisquer outras
de água. utilizações dos recursos hídricos.
4. O Plano Nacional de Recursos Hídricos deve conter: ARTIGO 8. 0
a) Um diagnóstico que inclui obrigatoriamente: (Duração dos planos de recursos hídricos)
i) A síntese dos diagnósticos efectuados pelos I. O Plano Nacional de Recursos Hídricos tem a duração
Planos Gerais de Desenvolvimento e Utilização máxima de 15 anos.
de Recursos Hídricos das Bacias Hidrográficas; 2. Os Planos Gerais de Desenvolvimento e Utilização de
ü) A hierarquização dos problemas e potenciali- Recursos Hídricos das Bacias Hidrográficas têm a duração
dades identificados; máxima de I O anos.
iii) A hierarquização das necessidades identificadas 3. Sob proposta fundamentada do Instituto Nacional
de utilização dos recursos hídricos, quando de Recursos Hídricos, os prazos de duração dos planos de
sujeitas a transferências de caudais entre recursos hídricos, referidos nos números anteriores do presente
bacias hidrográficas. artigo, devem ser objecto de revisão antes da verificação da
b) Uma definição de objectivos que inclui respectiva caducidade.
obrigatoriamente:
ARTIGO 9. 0
i) A síntese, articulação e hierarquização dos (Aprovação dos planos de recursos hídricos)
objectivos definidos pelos Planos Gerais de
I. Os planos de recursos hídricos são objecto de aprovação
Desenvolvimento e Utilização de Recursos
pelo Titular do Poder Executivo, ouvido o Conselho Nacional
Hídricos das Bacias Hidrográficas;
de Águas.
ii) As formas de convergência entre os objectivos
2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, a classifi,.
da política de recursos hídricos e os objectivos
cação dos cursos de água, lagos, lagoas, pântanos, nascentes,
globais da política económ ica, social e ambiental
albufeiras, zonas estuarinas e outros corpos de água é objecto
do País.
de aprovação pelo Ministro de Tutela, sob proposta do Instituto
c) Uma proposta de medidas e acções que inclui
Nacional dos Recursos Hídricos.
obrigatoriamente:
i) As medidas necessárias para a coordenação dos ARTIGO 10. 0
(Conselho Nacional de Águas e Conselhos das Bacias Hidrográficas)
diferentes Planos Gerais de Desenvolvimento
e Utilização de Recursos Hídricos das Bacias I. O Conselho Nacional de Águas e os Conselhos das
Hidrográficas e a selecção das alternativas aí Bacias Hidrográficas são órgãos de consulta do Titular do
apresentadas, em articulação com os diferentes Poder Executivo, no domínio do planeam ento nacional e
planos sectoriais, de ordenamento do território, regional dos recursos hídncos, respectivamente.
de ordenamento costeiro e de gestão ambiental; 2. O Conselho Nacional de Águas e os Conselhos das
ii) A definição de zonas e de vertentes de interven- Bacias Hidrográficas visam, respectivamente, assegurar, a
ção prioritária, a nível nacional, e de medidas nível nacional e regional, a coordenação e a articulação entre
e acções correspondentes; os diferentes órgãos da administração directa e indirecta do
iü) A definição de programas e projectos à escala Estado, ligados, directa ou indirectamente, ao planeamento,
nacional, nomeadamente a previsão e condições de gestão e utilização dos recursos hídricos, comunidades locais,
transferência de água entre bacias hidrográficas; organizações profissionais e económicas e diferentes tipos
iv) As medidas necessárias à articulação com de utilizadores, no contexto das bacias hidrográficas, quer
os Estados de uma mesma bacia hidrográ- nacionais, quer compartilhadas pelo Estado angolano.
fica, no planeamento e gestão dos cursos de 3. O Conselho Nacional de Águas e os Conselhos das
água partilhados. Bacias Hidrográficas são integrados, nos termos a aprovar pelo
d) A programação fisica, financeira e institucional que Titular do Poder Executivo, por representantes dos órgãos da
inclui obrigatoriamente: administração directa e indirecta do Estado, ligados, directa
i) A calendarização das acções à escala nacional; ou indirectamente, à gestão e utilização dos recursos hídricos,
ü) Os critérios de financiamento dos programas comunidades locais, organizações profissionais e económicas
e projectos nacionais e regionais; e de diferentes tipos de utilizadores.
1894 DIÁRIO DA REPÚBLICA
4. O Conselho Nacional de Águas e os Conselhos das f) Proceder ao registo e avaliação das utilizações dos
Bacias Hidrográficas são criados por Decreto Presidencial, recursos hídricos da bacia hidrográfica, para fins
que define as competências, composição, organização e de balanço hídrico;
funcionamento dos mesmos. g) Analisar e estudar as implicações de quaisquer utili-
5. Existe um Conselho da Bacia Hidrográfica para cada bacia
zações dos recursos hídricos da bacia hidrográfica
ou conjunto de bacias hidrográficas com afinidades entre si .
sobre o equilíbrio e harmonia ambiental, social e
SECÇÃO 11
económico, em razão da sua natureza, dimensão
Gestão dos Re~ursos Hídricos
ou localização;
ARTIGO 11. 0
(Princípios de gestão dos recursos hídricos)
h) Emitir parecer sobre os pedidos de concessão de
utilização dos recursos hídricos da bacia hidro-
A gestão dos recursos hídricos deve observar os seguin-
gráfica ou com estes relacionados, nos termos do
tes princípios:
a) Direito à água para os cidadãos; presente Diploma e demais legislação;
b) Unidade do ciclo hidrológico; i) Determinar ou aplicar, salvo disposição em contrá-
c) Unidade e coerência de gestão de bacias hidrográficas, rio, as medidas de mitigação dos efeitos adversos
como unidades físico-territoriais de planeamento de quaisquer utilizações dos recursos hídricos da
e gestão dos recursos hídricos; bacia hidrográfica;
d) Gestão integrada dos recursos hídricos; j) Planear e executar acções destinadas a prevenir e
e) Coordenação institucional e da participação das minimizar os efeitos de secas e cheias, em articu-
comunidades; lação com o órgão competente de protecção civil
f) Compatibilização da política de gestão de recursos a nível da região da bacia hidrográfica;
hídricos com as políticas de ordenamento do ter- k) Participar dos processos de avaliação de impacte
ritório e da orla costeira, gestão ambiental e de ambiental, nos termos da legislação em vigor;
desenvolvimento económico-social; I) Proceder à actos de limpeza, desassoreamento e deso-
g) Água como bem social, renovável, limitado e com bstrução dos cursos ou corpos de águas, sempre
valor económico; que as circunstâncias o exijam;
h) Promoção da participação dos sectores público e
m) Realizar as demais actividades, que decorram da lei .
privado na gestão, utilização e desenvolvimento
4. Os Órgãos de Administração das Bacias Hidrográficas
dos recursos hídricos;
devem, em matéria de planeamento e gestão de recursos
i) Relação entre poluição e responsabilização social e
hídricos, ter sempre em conta as implicações socioeconómicas,
financeira dos danos ambientais e ao ambiente.
culturais, ambientais e internacionais destes.
ARTIGO 12."
(Unidade básica de gestão de recursos hídricos) ARTIGO 13. 0
(Bacias hidrográficas)
1. A unidade básica de gestão dos recursos hídricos é a
Constituem bacias hidrográficas principais as que constam
bacia hidrográfica.
do anexo ao presente Diploma.
2. A gestão de uma bacia hidrográfica é assegurada por
um Órgão de Administração da Bacia Hidrográfica. CAP ÍTULO 111
3. Cabe aos Órgãos de Administração das Bacias Hidrográficas: Utilização Geral dos Recursos Hídricos
a) Inventariar os recursos hídricos da bacia hidrográfica,
AWIIGO 14.0
bem como assegurar a conservação e protecção (Princípios de utilização dos recursos hídricos)
dos mesmos, incluindo as respectivas zonas de
1. A utilização dos recursos hídricos, independentemente
protecção;
do tipo e fim, deve observar os seguintes princípios:
b) Inventariar as necessidades de utilização dos recursos
a) Utilização racional e sustentável dos recursos hídricos;
hídricos, ao longo da bacia hidrográfica;
b) Prevenção, redução e supressão da poluição dos
c) Assegurar a aplicação do regime económico e finan-
ceiro de utilização geral dos recursos hídricos da recursos hídricos;
bacia hidrográfica, incluindo as acções de fomento c) Precaução contra quaisquer impactes ambientais;
hidráulico; d) Utilizador-pagador;
d) Elaborar e executar o Plano Geral de Desenvolvi- e) Poluidor-pagador;
mento e Utilização de Recursos Hídricos da Bacia f) Reconhecimento dos usos e costumes.
Hidrográfica; 2. Os usos e costumes, decorrentes da utilização dos
e) Licenciar, fiscalizar, acompanhar e controlar as utili- recursos hídricos no âmbito dos usos comuns, não devem ser
zações dos recursos hídricos da bacia hidrográfica; contrários ao disposto no presente Diploma.
0
I SÉRIE - N. 74 - DE 21 DE ABRIL DE 2014 1895
ARTlG040.0
do Estado, necessários à realização do objecto
(Prazo das concessões) da concessão, devendo, para o efeito, obter título
As concessões de utilização dos recursos hídricos são bastante, nos termos da legislação em vigor;
atribuídas por um período até 50 anos, podendo ser renovadas e) Preferir na venda ou dação em cumprimento de prédio
sempre que as circunstâncias o justifiquem . rústico ou urbano existente na área de exploração,
ARTIG041. 0 desde que a aquisição dessa propriedade se mostre
(Competência para atribuição das concessões)
indispensável à exploração e não exista sobre o
As atribuições das concessões são atribuídas às seguin-
imóvel outro direito de preferência, nos termos
tes entidades:
a) Ao Titular do Poder Executivo a atribuição de da legislação em vigor;
concessões de utilização dos recursos hídricos f) Exercer os demais direitos, nos termos da legislação
que implicam a captação de caudais iguais ou em vigor ou do contrato de concessão.
superiores a 2000 litros por segundo ou a reten- ARTIG044. 0
ção de volumes de água iguais ou superiores (Deveres do concessionário)
a 500.000.000 metros cúbicos; São deveres do concessionário:
b) Ao Ministro de Tutela a atribuição das demais a) Manter a concessão em estado de contínua explora-
concessões. ção, a menos que a suspensão tenha sido prévia e
ARTIG042. 0 devidamente autorizada;
(Contrato de concessão)
b) Fazer o aproveitamento do recurso, segundo normas
I. O contrato de concessão deve incluir, obrigatoriamente, técnicas adequadas e em harmonia com o interesse-
para além dos direitos e obrigações recíprocos das partes contra-
público e as exigências de boa técnica ambiental;
tantes, do objecto e prazo de validade, os seguintes elementos:
c) Apresentar à entidade concedente os elementos de
a) As condições técnicas, económicas e financeiras de
informação relativos ao conhecimento do recurso,
utilização dos recursos hídricos;
de natureza técnica, económica e financeira, sem
b) A localização exacta da utilização,
c) Os bens integrantes da concessão e formas de os prejuízo dos demais, nos termos da legislação
utilizar; em vigor;
d) A localização das obras hidráulicas; d) Apresentar, pontualmente, nos termos do contrato
e) O fundo de renovação das instalações e dos de concessão ou da legislação em vigor, os rela-
equipamentos; tórios inerentes à utilização dos recursos hídricos;
f) O valor da caução; e) Pagar, pontualm e nte, nos termos do contrato de
g) O seguro das instalações e de responsabilidade civil; concessão ou legislação em v igor, as taxas de
h) Outras condições exigidas pela entidade concedente, utilização dos recursos hídricos;
nos termos da legislação em vigor. f) Abster-se de quaisquer actos ou actividades sus-
2. Sem prejuízo do número anterior, o contrato de concessão ceptíveis de inviabilizar as utilizações julgadas
deve incluir as condições de prorrogação, se for caso disso, o prioritárias, nos termos do presente Diploma;
programa de trabalhos e o plano de investimentos e demais lil
g) Abster-se de quaisquer actos ou actividades suscep-
condições estabelecidas pela entidade concedente, nos termos
tíveis de exaustar ou degradar os recursos hídri-
da legislação em vigor.
cos ou de provocar qualquer impacte ambiental
ARTIGO 43. 0
(Direitos do concessionário)
significativo;
h) Permitir e facilitar a fiscalização das entidades com-
São direitos do concessionário:
a) Explorar a concessão, nos termos do respectivo petentes do Estado;
contrato; i) Não ceder, alienar ou onerar, no todo ou em parte, a
b) Ocupar, temporariamente, terrenos vizinhos e consti- concessão, sem autorização da entidade concedente;
tuir, nos termos da legislação em vigor, servidões, j) Constituir seguro dos bens da concessão;
I SÉRIE - N. 0 74 - DE 21 DE ABRIL DE 2014 1899
2. Sempre que a revisão ocorra por imperativos de interesse I. A entidade concedente pode rescindir o contrato sempre
público, o concessionário tem direito à indemnização, nos que o concessionário incorra em violação culposa e grave dos
respectivos deveres.
termos da legislação em vigor.
2. O concessionário pode rescindir o contrato nas seguin-
3. As despesas, incluindo as provenientes da substituição
tes situações:
da totalidade ou de parte dos caudais atribuídos para outros a) Por circunstâncias de força maior que se mantenham
de origem diversa, são repartidas entre os novos beneficiários. para além dos prazos previstos no contrato de
ARTIG046. 0 concessão;
(Transmissão das concessões)
b) Por actos ou decisão dos poderes públicos, que lesem ,
As concessões são transmissíveis, mediante prévia auto- de forma grave e comprovada, os seus direitos.
rização da entidade concedente, desde que se mantenham as 3. O concessionário tem direito à indemnização, nos casos
condições que presidiram à sua atribuição. de rescisão por violação culposa dos deveres do Estado, como
concedente, ou por acto dos poderes públicos.
ARTIG047. 0
(Extinção das concessões) ARTIGO 51. 0
(Reversão de bens das concessões)
As concessões extinguem-se:
a) Por caducidade; Extintas as concessões, independentemente da respectiva
causa, revertem para o Estado todas as instalações e bens que
b) Por acordo das partes
as integram, nos termos e condições defi nidos no contrato de
c) Por revogação ou rescisão.
concessão ou legislação em vigor.
ARTIGO 48. 0
(Caducidade das concessões) ARTIGO 52.0
(Resgate das concessões)
As concessões caducam :
I. A entidade concedente pode proceder ao resgate sempre
a) Por decurso do prazo estabelecido no respectivo que, por manifesto interesse público, existir necessidade de
contrato de concessão; disponibilizar os recursos hídricos concedidos para outros fins,
b) Com a extinção do concessionário, nos termos da sem prejuízo do direito à indemnização do concessionário,
legislação em vigor; nos termos da legislação em vigor.
2. O resgate pode ocorrer apenas depois de decorrido um
c) Por superveniente necessidade de utilização dos
terço do prazo da concessão.
recursos hídricos ou esgotamento destes, com
3. O resgate deve ser notificado ao concessionário com
a verificação de uma queda acentuada e irre- a antecedência de um ano, data a partir da qual deve manter
versível do caudal, ou pela degradação das suas inalteráveis, salvo autorização em contrário, os contratos
características. celebrados por força da concessão.
1900 DIÁRIO DA REPÚBLICA
zonas estuarinas e outros corpos de água, são livres e gratuitos, perturbem o normal funcionamento e a qualidade dos corpos
não carecendo de quaisquer formalidades administrativas de água, nos termos e condições estabelecidos pelo Órgão de
inerentes à utilização dos recursos hídricos junto do Órgão Administração da Bacia Hidrográfica correspondente, não
de Administração da Bacia Hidrográfica correspondente. sendo permitida a construção de locais de atracação ou de
2. Para efeitos do número anterior, entende-se por nave- qualquer outra natureza, susceptível de alterar ou modificar
gação, flutuação, recreação e desportos, sem fins estritamente significativamente as margens e leitos dos cursos de água,
comerciais, as que são realizadas para fins de satisfaçã~ de lagos, lagoas, pântanos, albufeiras e outros corpos de água.
necessidades propriamente domésticas, pessoais, familiares ARTIGO 61. 0
e comunitárias. (Pedidos de parecer para navegação, flutuação, recreação e desportos)
/
3. Sem prejuízo da legislação em vigor, a atribuição de Para efeitos do n. 0 3 do artigo 58. 0 do presente Diploma,
títulos de exploração das actividades de navegação, flutuação, os pedidos de parecer devem ser formulados pelas entidades
recreação e desportos, com fins estritamente comerciais, competentes com os seguintes elementos:
através de embarcações atracadas ou fundeadas, com ou sem a) Identificação completa do requerente;
meios de locomoção próprios, nos cursos de água, lagos, b) Finalidade da pretensão;
lagoas, pântanos, albufeiras, zonas estuarinas e outros corpos c) Duração da utilização pretendida;
de água, carece de parecer vinculativo prévio do Órgão de d) Indicação da área, zona ou percursos onde se pre-
Administração da Bacia Hidrográfica correspondente, nos tende exercer a actividade;
termos do presente Diploma. e) Tipo de serviço a prestar;
4. Estão, igualmente, abrangidos no número anterior: f) Projecto com indicação do número, dimensão e
a) As peças soltas flutuantes, que, pela sua dimensão e características do material flutuante e respectiva
características, não sejam consideradas comple- memória descritiva;
mentos de usos recreativos, nos termos e condi- g) Troço do curs o ou corpo de água que se pretende
ções definidos pelos Órgãos de Administração da utilizar;
Bacia Hidrográfica; h) Relação de obstáculos existentes, nomeadamente
b) A instalação de estruturas flutuantes, nomeadamente açudes, barragens, captações e suas características;
jangadas, piscinas, cais, balizagem e sinalização, i) Sistemas a utilizar para a transposição;
qualquer que seja a sua finalidade. j) Formas de sinalização e de segurança a adoptar.
5. Exceptuam-se do número anterior as instalações flu- ARTIGO 62. 0
tuantes da aquicultura. (Prazo para emissão de parecer para navegação, flutuação,
recreação e desportos)
ARTIGO 59. 0
(Requisitos gerais) O prazo para emissão de parecer, pelo Órgão de Administração
da Bacia Hidrográfica, é de 15 dias, a contar da data da recepção
As actividades referidas no artigo anterior, independente-
do pedido correspondente.
mente da natureza comercial ou não, apenas são permitidas
desde que não afectem: SECÇÃO IV
Pesca
a) A compatibilidade com outros usos titulados ou
legalmente protegidos; A RTIGO 63. 0
(Pr incípio geral)
b) A qualidade da água;
c) A integridade dos leitos, das margens e dos ecossis- I. Sem prejuízo da legislação em vigor e dos limites e
temas em presença; restrições decorrentes do presente Diploma, o exercício da
d) A integridade de infra-estruturas hidráulicas e equi- pesca de subsistência, investigação científica, recreativa e
pamentos titulados; desportiva, incluindo actividades conexas, nos cursos de água,
e) A fauna e a flora. lagos, lagoas, pântanos, albufeiras e outros corpos de água, é
ARTIG060. 0 livre e gratuito, não carecendo de quaisquer formalidades admi-
(Limites e restrições) nistrativas inerentes à utilização dos recursos hídricos junto do
I. A navegação, flutuação, recreação e desportos, sem Órgão de Administração da Bacia Hidrográfica correspondente.
fins estritamente comerciais, deve ser feita com base em 2. Sem prejuízo da legislação em vigor, a atribuição
embarcações e estruturas flutuantes de natureza tradicional, de direitos de pesca artesanal, industrial e semi-industrial,
sem recurso a motor, ou, caso exista, que não ultrapasse a incluindo actividades conexas, carecem de parecer vinculativo
potência de 50 cv. prévio do Órgão de Administração da Bacia Hidrográfica
2. A navegação, flutuação, recreação e desportos, sem fins correspondente, inerente à utilização dos recursos hídricos,
estritamente comerciais, devem ser realizados de modo que não nos termos do presente Diploma.
1902 DIÁRIO DA REPÚBLICA
O exercício da pesca, independentemente da sua natureza O prazo paraemissão de parecer, pelo Órgão de Administração
e fim , incluindo actividades conexas, com excepção da pesca da Bacia Hidrográfica é de 15 dias, a contar da data da recepção
de investigação científica, nos cursos de água, lagos, lagoas, do pedido correspondente.
pântanos, albufeiras e outros corpos de água, só pode ser SECÇÃO V
permitido desde que: Aquicultura Comuna! c de Investigação
a) Não altere o regime e a funcionalidade dos cursO's
ARTIGO 68. 0
de água; (Princípio geral)
b) Não afecte o equilíbrio natural e o funcionamento Sem prejuízo da legislação em vigor e dos limites e restrições
dos ecossistemas;
decorrentes do presente Diploma, a utilização dos cursos de
c) Não prejudique as espécies da flora e da fauna;
água, lagos, lagoas, pântanos, albufeiras e outros corpos de
d) Não prejudique a navegação ou outros usos titulados
água, para o estabelecimento da aquicultura comuna! ou de
ou legalmente protegidos.
investigação, incluindo actividades conexas, é livre e gratuita,
ARTIG065. 0
não carecendo de quaisquer formalidades administrativas
(Limites e restrições)
inerentes à utilização dos recursos hídricos junto do Ó.rgão
I. A pesca de subsistência, nos cursos de água, lagos,
de Administração da Bacia Hidrográfica correspondente.
lagoas, pântanos, albufeiras e outros corpos de água, deve
ARTIGO 69."
ser desenvolvida sob o regime tradicional ou com recurso (Requisitos gerais)
a meios que não impliquem a utilização de embarcações a A utilização dos cursos de água, lagos, lagoas, pântanos,
motor ou de apetrechos não consentâneos com a sua natureza albufeiras e outros corpos de água, para o estabelecimento
e fim, nos termos e condições estabelecidos pelo Órgão de da aquicultura comuna!, com excepção da aquicultura de
Administração da Bacia Hidrográfica correspondente. investigação, apenas pode ser permitida em caso de não afectar:
2. O exercício da pesca recreativa e desportiva, nos a) O regime e a funcionalidade das correntes;
b) O equilíbrio natural e o funcionamento dos
cursos de água, lagos, lagoas, pântanos, albufeiras e outros
ecossistemas;
corpos de água, deve observar o disposto no artigo 60. 0 do
c) As espécies da flora e da fauna;
presente Diploma.
d) Os usos titulados ou legalmente protegidos.
3. Sem prejuízo do dever de observância de determinados
ARTIGO 70."
condicionalismos impostos pelo Órgão de Administração da (Limites e restrições)
Bacia Hidrográfica correspondente, nomeadamente de segurança, I. Sem prejuízo da legislação em vigor, a utilização dos
a pesca de investigação científica não está sujeita a quaisquer cursos de água, lagos, lagoas, pântanos, albufeiras e outros
limites ou restrições, nos termos do presente Diploma. corpos de água para o estabelecimento da aquicultura comuna!,
ARTIGO 66. 0 incluindo actividades conexas, deve ser desenvolvida para fins
(Pedidos de parecer para pesca) de consumo próprio, nos termos e condições definidos pelo
Órgão de Administração da Bacia Hidrográfica correspondente.
Para efeitos do n.0 2 do artigo 63. 0 , os pedidos de parecer
2. Sem prejuízo do dever de observância dos condicio-
devem ser instruídos com os seguintes elementos:
nalismos impostos pelo Órgão de Administração da Bacia
a) Identificação completa do requerente;
Hidrográfica correspondente, nomeadamente de segurança e
b) Finalidade da pretensão; preservação ambiental, a utilização dos cursos de água, lagos,
c) Duração da utilização pretendida; lagoas, pântanos, albufeiras e outros corpos de água, para o
d) Sistema e regime de pesca; estabelecimento da aquicultura de investigação, incluindo
e) Condições e características das embarcações; actividades conexas, não está sujeito a quaisquer limites ou
f) Projectos das instalações; restrições, nos termos do presente Diploma.
g) Condições e características das rejeições; SECÇÃO VI
Constituição de Direitos Fundiários
h) Plano ou estudo específico, em caso de ausência de
ARTIGO 71."
planos aprovados, que definam a localização espe-
(l>rincípio geral)
cífica das instalações associadas em terra firme;
I. Sem prejuízo da legislação em vigor, a constituição
i) Formas de delimitação e sinalização do estabeleci-
de direitos fundiários, independentemente do fim a que se
mento das instalações associadas em terra firme; destinem, sobre os leitos, margens e adjacências dos cursos
j) Condicionantes de natureza ambiental, nos termos de água, lagos, lagoas, pântanos, nascentes, albufeiras e outros
da legislação em vigor. corpos de água, carece de parecer vinculativo prévio do Órgão
I SÉRIE- N. 0 74 - DE 21 DE ABRIL DE 2014 1903
de Administração da Bacia Hidrográfica correspondente, nos g) Distância ao nível de pleno armazenamento, quando
termos do presente Diploma. em terrenos marginais e albufeiras;
2. Exceptuam-se do disposto no número anterior os direitos h) Tipo de materiais a utilizar;
fundiários sobre os leitos, margens e adjacências dos cursos de i) Tipo de pavimento e cobertos, se for caso disso;
água, lagos, lagoas, pântanos, nascentes, albufeiras e outros j) Estudo de impacto ambiental, nos termos da legis-
cursos de água, integrados, nos termos da legislação em vigor,
lação em vigor.
no regime de terrenos rurais comunitários, ficando apenas
2. Sem prejuízo do número anterior, sempre que a cons-
sujeitos aos limites, restriçõys e condicionalismos impostos pelo
tituição de direitos fundiários se destine à realização de
Órgão de Administração da Bacia Hidrográfica correspondente.
infracestruturas hidráulicas, os pedidos de parecer devem ser
ARTIGO 72. 0
(Requisitos gerais) formulados, igualmente, com os seguintes elementos:
a) Perfil longitudinal da linha de água, em extensão
I. A constituição de direitos fundiários sobre os leitos,
margens e adjacências dos cursos de água, lagos, lagoas, representativa para montante e para jusante do
pântanos, nascentes, albufeiras e outros corpos de água apenas local da obra, com implantação do local da obra,
pode ser permitida em casos de não afectar: indicação dos níveis de pleno armazenamento e
a) As condições de funcionalidade da corrente, o escoa- de máxima cheia;
mento e o espraiamento das cheias; b) Estudo hidrológico, com recurso a dados das e'stações
b) Os ecossistemas em presença, nomeadamente zonas hidrométricas e pluviométricas, para determinação
húmidas, sistemas dunares e zonas lagunares; da distribuição de caudais e do caudal modular,
c) A integridade biofísica e paisagística do meio, dos e indicação de qual a metodologia seguida na
leitos e das margens; determinação do caudal de cheia;
d) A diversidade e interesse ecológico e arqueológico; c) Estudo hidráulico;
e) Os lençóis subterrâneos; d) Determinação dos consumos de água a montante
f) Os usos principais das águas, quer sejam titulados e a jusante do aproveitamento, para cálculo dos
ou apenas legalmente protegidos; caudais aproveitáveis e determinação do caudal
g) O respeito por planos existentes, nos termos da do projecto, em função da distribuição de caudais;
legislação em vigor; e) Dimensionamento estrutural;
h) A segurança de obras marginais ou de transposição
f) Descrição das instalações existentes, condições de
dos leitos;
conservação e das obras previstas, em caso de
i) A fauna e a flora.
recuperação;
2. Sem prejuízo do número anterior, a constituição de direitos
g) Medidas preventivas para evitar ou mitigar as conse-
fundiários sobre os leitos, margens e adjacências dos cursos de
quências de desastres, tanto na fase de construção
água, lagos, lagoas, pântanos, nascentes, albufeiras e outros
corpos de água não deve implicar movimentações de terra, das instalações, quanto na fase de exploração.
susceptíveis de alterar a secção de vazão, a configuração dos 3. Para efeitos do número anterior, constituem infra-
cursos de água ou de quaisquer corpos de água, ou provocar -estruturas hidráulicas:
o agravamento dos riscos naturais, designadamente de erosão. a) Barragens;
ARTIG073. 0 b) Diques marginais de defesa contra cheias;
(Pedidos de parecer para constituição de direitos fundiários) c) Açudes;
I. Para efeitos do n. 0 I do artigo 71. 0 do presente Diploma, d) Canais e valas de drenagem;
os pedidos de parecer devem ser formulados pelas entidades e) Sistemas de saneamento para aglomerados popula-
competentes com os seguintes elementos: cionais e para equipamentos de natureza social,
a) Identificação completa do requerente; comercial, turística ou industrial;
b) Finalidade da pretensão; f) Pontes.
c) Duração da utilização pretendida; 4. No caso de aproveitamentos abrangidos pelas normas
d) Planta, à escala apropriada, com indicação da loca- relativas à segurança de barragens, o projecto deve obedecer
lização exacta da utilização pretendida; às normas internacionais vigentes.
e) Memória descritiva com as áreas a ocupar e com
ARTIGO 74. 0
a apresentação das características gerais destas, (Prazo para emissão de parecer para constituição
nomeadamente a vegetação circundante, configura- de direitos fundiários)
ção topográfica e a descrição geológica do terreno; O prazo para emissão de parecer, pelo Órgão de Administração
f) Projecto da obra e da rede exterior de águas e de da Bacia Hidrográfica, é de 15 dias, a contar da data da recepção
drenagem ou esgotos, em caso disso; do pedido correspondente.
1904 DIÁRIO DA REPÚBLICA
de erro técnico, a empresa executora dos trabalhos 4. Qualquer anomalia grave no funcionamento das insta-
é responsável pelo entulhamento da perfuração e lações ou acidente, com influência nas condições de rejeição
restituição do terreno à situação inicial; de efluentes, deve ser comunicada pelo utilizador ao Órgão
d) Afastamento mínimo de I00 metros entre as captações de Administração da Bacia Hidrográfica correspondente,
de diferentes utilizadores de um mesmo aquífero, no caso de licenças, ou à Tutela, no caso de concessões, no
salvo autorização expressa e tecnicamente fun- prazo de 48 horas, a contar da sua ocorrência, sob pena de
damentada do Órgão de Administração da Bacia caducidade da licença ou concessão, sem prejuízo de demais
Hidrográfica correspondente. responsabilidades, nos termos do presente Diploma e demais
legislação aplicável.
SECÇÃO li
Rejeição de Efluentes ARTIGO 86. 0
(Pedidos de títulos de rejeição de efluentes)
ARTIGO 84.0
(Princípio geral) Os pedidos de licença ou concessão para rejeição de
efluentes devem ser instruídos com os seguintes elementos:
I. Sem prejuízo de parecer prévio dos órgãos competen-
a) Identificação do requerente;
tes de saúde pública, a rejeição de efluentes, nos cursos de
água, lagos, lagoas, pântanos, albufeiras, zonas estuarinas ou b) Finalidade da pretensão;
outros corpos de água, incluindo as respectivas margens ou c) Duração da utilização pretendida;
adjacências, carece de licença ou concessão, nos termos do d) Caudal rejeitado;
presente Diploma. e) Valor dos parâmetros fixados para a descarga;
2. A atribuição de licença ou concessão de rejeição de f) Identificação das águas superficiais ou aquíferos onde
efluentes, em solo agrícola, florestal ou em solo não abrangido se realiza ou para onde se encaminha, em caso de
no perímetro de protecção dos recursos hídricos, depende ser vertida em solo;
das entidades competentes em matéria de terras, florestas g) Planta, à escala apropriada, com indicação das redes
ou ambiente. de drenagem dos efluentes e a localização da
3. A atribuição de licença ou concessão de rejeição de estação ou estações de tratamento de efluentes e
efluentes deve observar as exigências de natureza ambiental do ponto, ou pontos de descarga, bem como das
e de saúde pública, bem como obedecer ao grau de depuração captações de águas superficiais ou subterrâneas
dos cursos de água, lagos, lagoas, pântanos, albufeiras, zonas existentes nas proximidades;
estuarinas ou outros corpos de água. h) Descrição sumária das instalações fabris, matérias-
4. A entidade licenciadora ou concedente da actividade -primas utilizadas, processos de fabrico e produtos
de rejeição de efluentes nos cursos de água, lagos, lagoas, fabricados, capacidade de produção instalada, tipo
pântanos, albufeiras, zonas estuarinas ou outros corpos de de tratamento a adoptar, destino final e eventual
água, incluindo as respectivas margens ou adjacências, pode reutilização do ef'luente, no caso de efluentes pro-
proceder, nos termos do presente Diploma, à revisão das suas
venientes de actividades industriais ou mineiras;
condições se, durante a vigência da licença ou concessão,
i) Descrição sumária dos edificios, número de quartos
ocorrerem alterações substanciais e permanentes na compo-
ou de fogos, actividades económicas e população
sição qualitativa e quantitativa dos efluentes brutos ou após
máxima a serv ir, tipo de tratamento a adoptar,
tratamento, em consequência, nomeadamente, de substituição
destino final e eventual reutilização do efluente,
de matérias-primas, de modificações nos processos de fabrico
no caso de reje ição de efluentes urbanos;
ou de aumento da capacidade de produção que a justifiquem.
j) Descrição sumária ctas explorações (ti po e dimensão),
ARTIGO 85. 0
(Requisitos gerais) tipo de tratamento a adoptar, destino final e even-
tual reutilização do efluente, no caso de rejeição de
I. A utilização de emissários submarinos, em substituição
efluentes provenientes de explorações pecuárias;
do grau adequado de tratamento de etluentes, é proibida
k) Descrição sumária das instalações (tipo e dimen-
em estuários.
2. A utilização de efluentes adequadamente tratados para são), tipo de tratamento a adoptar, destino final e
a recarga de aquíferos deve ser objecto de autorização pelo eventual reutilização do efluente, para o caso de
Órgão de Administração da Bacia Hidrográfica correspondente. rejeição de efluentes provenientes de quaisquer
3. A qualidade do aquífero, após recarga, deve ser equiva- outras actividades económicas ou serviços não
lente à qualidade definida para as águas superficiais, segundo contemplados nas alíneas anteriores;
as normas de qualidade das águas para produção de água I) Periodicidade das descargas propostas, tendo em
potável, nos termos da legislação aplicável, ou, na sua falta, conta o regime hidrológico do meio receptor;
de normas de qualidade das águas subterrâneas destinadas m) Dimensionamento dos órgãos que compõem a esta-
ao consumo humano. ção de tratamento e respectivos desenhos;
I SÉRIE - N. 0 74 - DE 21 DE ABRIL DE 2014 1907
n) Caracterização quantitativa e qualitativa bruta do aqui cultura comercial, incluindo actividades conexas, carece
efluente bruto e após tratamento; de licença ou concessão, nos termos do presente Diploma.
o) Sistema de autocontrolo que se propõe adaptar, ARTIGO 89."
especificando-se o tipo de equipamento, parâ- (Requisitos gerais)
titular de licença ou concessão, deve recorrer-se a um terceiro I. Os titulares de licenças ou concessões de utilização
laboratório de idoneidade técnica e científica reconhecida, dos recursos hídricos estão sujeitos, nos termos do presente
constituindo os boletins de análise deste último prova para Diploma, ao pagamento de taxas de utilização dos recursos
todos os efeitos previstos no presente Diploma. hídricos, destinadas à sua protecção, preservação, conservação,
SECÇÃO li I planeamento e gestão.
Aquicultura Comercial 2. Os beneficiários de obras de infra-estruturas hidráulicas,
ARTIGO 88." quer em águas superficiais, quer em águas subterrâneas, estão
(Princípio geral) sujeitos ao pagamento de tarifas, destinadas a compensar o
A uti Iização dos cursos de água, lagos, lagoas, pântanos, investimento realizado e os custos de exploração, manutenção
albufeiras e outros corpos de água, para o estabelecimento da e conservação das referidas infra-estruturas.
1908 DIÁRIO DA REPÚBLICA
Sem prejuízo do disposto no n. 0 3 do artigo anterior, a 4 - Aclividades agrícolas e uso doméstico Reduzida 0,5
utilização dos recursos hídricos compreende os seguintes
tipos de taxas: 7. O coeficiente de disponibilidade (C 2 ) diz respeito ao
a) Taxa de captação de água; balanço entre as disponibilidades e as necessidades de cada
b) Taxa de rejeição de efluentes. bacia hidrográfica no período mais seco do ano.
I. A taxa de captação de água é calculada de acordo com 8. O coeficiente de intensidade (C) diz respeito aos volumes
a seguinte fórmula: captados unitariamente por cada utilizador, comparados com
T = Va x K os recomendados pelo Plano Geral de Desenvolvimento e
em que: Utilização de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica para
T = valor da taxa em K wanza; cada tipo de utilização.
Va = volume de água;
O coeficiente C 3 assume os seguintes valores:
K = valor composto de cada metro cúbico de água
Relação volumes unitários
em Kwanza. Valor de C,
reais/volumes unitários recomendados
2. O volume de água (V.) é igual ao número de metros >I I ,5
cúbicos de água captados, retidos, subtraídos ou desviados ~ I I
para fins de consumo humano ou de qualquer outra activi- <I 0,5
dade económica.
3. O factor (K), valor atribuído a cada metro cúbico de 9. A variação dos parâmetros e critérios de determinação do
água, é calculado de acordo com a seguinte fórmula: facto r (K) é fixada, conjuntamente, pelos Ministros de Tutela
l SÉRIE - N. 0 74 - DE 21 DE ABRIL DE 2014 1909
dos valores de base para cálculo da taxa, quando: i. A ocupação de terrenos privados que se mostre neces-
a) Não existe medição directa; sária, nos termos e condições da licença ou concessão de
b) Não tendo sido apresentada a declaração prevista utilização dos recursos hídricos, à execução de trabalhos
no n. 0 2 do artigo 99. 0 do presente Diploma, o não pode prescindir, nos termos do presente Diploma, do
sujeito passivo não a apresente, no prazo máximo consentimento dos respectivos proprietários, que têm direito
de 15 dias, após notificação do Órgão de Admi- a uma indemnização justa, pronta, adequada e a que lhes
nistração da Bacia Hidrográfica correspondente, seja prestada caução destinada a cobrir eventuais prejuízos
para o efeito; daí decorrentes.
I SÉRIE - N. 0 74- DE 21 DE ABRIL DE 2014 19ll
2. Na falta de consentimento referido no número anterior, dos recursos hídricos, e solicitar informações e
pode o titular dos direitos de utilização dos recursos hídricos esclarecimentos necessários;
interpelá-lo para que, no prazo de 15 dias, lhe comunique as c) Fiscalizar a execução de obras, a sua conservação
razões da recusa ou as condições que exige. e segurança;
3. De posse da comunicação do proprietário, ou silêncio d) Fiscalizar as condições de exploração de licenças
deste, dentro do prazo fixado no número anterior, pode o titular e concessões, nos termos do presente Diploma;
do direito de utilização dos recursos hídricos, com parecer e) Determinar a suspensão ou demolição de obras,
prévio da entidade que outorgar o respectivo título, reqúerer o encerramento de estabelecimentos e de fon-
o suprimento judicial do consentimento.
tes de poluição e a cessação de actividades não
4. Se, decorridos 30 dias sobre a data da proposição do
autorizadas;
pedido de suprimento, não seja possível proferir sentença,
f) Fiscalizar o cumprimento das condições de utilização
deve o juiz, a requerimento do respectivo titular dos direitos
dos recursos hídricos, quer seja titulada ou não,
de utilização dos recursos hídricos, arbitrar uma renda e uma
estabelecidas pelas entidades competentes, nos
caução provisórias.
termos do presente Diploma.
ARTIGO 105.0
(Período de ocupação) 3. Os custos de demolição das obras, construídas sem
licença ou concessão, ou contrariando o estabelecid'o nestes
A ocupação temporária prevista no artigo anterior deve
títulos e daí resultar prejuízo para conservação, regularização e
cessar no prazo de 30 dias a contar da data em que se extinguiu
o título que a legitimou, salvo o disposto no artigo seguinte. regime dos cursos de água, lagos, lagoas, pântanos, nascentes,
albufeiras e outros corpos de água e das águas subterrâneas ou
ARl'IGO I 06. 0
(Expropriação de terrenos) que cause prejuízo a terceiros, são suportados pelo infractor.
I. É permitida a expropriação por utilidade pública dos ARTIGO 109. 0
(Protecção c preservação do ambiente)
terrenos necessários à exploração, quando nisso se reconheça
existir interesse relevante para a economia nacional ou regional. I. As entidades referidas no n. 0 I do artigo anterior devem
2. A expropriação pode ser operada a favor do Estado ou velar para que os titulares dos direitos de utilização dos recursos
do concessionário, nos termos da legislação em vigor. hídricos tomem as providências adequadas à minimização e
ARTIGO 107. 0
mitigação do impacte ambiental das respectivas utilizaçõ.es,
(Servidão administrativa)
sem prejuízo da observância das recomendações do Instituto
O prédio no qual se localize uma exploração dos.recursos
Nacional de Recursos Hídricos e dos Órgãos de Administração
hídricos ou actividades a esta inerente e, bem assim, os prédios
da Bacia Hidrográfica ou ainda de Tutela e das que dimanam
vizinhos podem ser objecto de servidão administrativa, nos
dos órgãos competentes da administração ambiental.
termos da legislação em vigor.
2. Aos titulares dos direitos de utilização dos recursos
CAPÍTULO XI hídricos são, em geral, interditas as seguintes actividades:
Fiscalização e Contravenções
a) Efectuar directa ou indirectamente despej os que
SECÇÃO I ultrapassem a capacidade de auto-depuração dos
Fiscalização
corpos de água;
ARTIGO 108.0
b) Acumular resíduos sól idos, líquidos ou quaisquer
(Regime geral)
substâncias em locais e condições que contaminem
I. A utilização dos recursos hídricos, incluindo os respec-
ou criem perigo de contaminação dos recursos
tivos leitos, margens e adjacências, está sujeita à fiscalização
da Tutela, do Instituto Nacional dos Recursos Hídricos e dos hídricos;
Órgãos de Administração da Bacia Hidrográfica, sem prejuízo c) Exercer quaisquer actividades que impliquem ou
da fiscalização ambiental e das demais entidades, nos termos possam implicar a degradação ou poluição dos
da legislação em vigor. recursos hídricos;
2. Compete às entidades referidas no número anterior, d) Efectuar qualquer alteração ao regime, caudal ,
o seguinte:
qualidade e uso dos recursos hídricos, susceptí-
a) Fiscalizar quaisquer actividades de utilização dos
vel de pôr em causa a saúde pública, os recursos
recursos hídricos, visando assegurar a sua racio-
naturais, o ambiente em geral, a segurança e a
nalização e sustentabilidade, nos termos da licença
ou concessão outorgada; soberania nacional;
b) Inspeccionar locais, edificios, materiais, equipamen- e) Realizar quaisquer actividades nas zonas de protec-
tos, documentos e registos, inerentes à utilização ção dos recursos hídricos.
1912 DIÁRIO DA REPÚBLICA
das acções imediatas de minimização que devem ser reali- Titular do Poder Executivo, as receitas arrecadadas com o
zadas pelo Órgão de Administração da Bacia Hidrográfica pagamento de taxas de utilização de recursos hídricos, bem
correspondente, sempre que a natureza e a dimensão do facto como as arrecadadas de multas resultantes de contravenções
poluidor o imponham.
ao disposto no presente Diploma nomeadamente:
3. Decorrido o prazo fixado, no número anterior, sem que
, a intimação seja cumprida, as entidades referidas no n. 0 I
do presente artigo podem proceder aos trabalhos ou acções
a) Instituto Nacional de Recursos Hídricos;
b) Órgãos de Administração das Bacias Hidrográficas;
necessários por conta do infr,actor. c) Fundo Nacional de Recursos Hídricos.
4. Constituem título executivo bastante os documentos que ARTIGO 125. 0
titulam as despesas realizadas nos termos do número anterior, (Prestação de caução)
quando não sejam pagas voluntariamente pelo infractor, no I. Os títulos de utilização dos recursos hídricos estão
prazo máximo de 30 dias a contar da data da sua notificação. sujeitos à prestação de caução, sob pena de caducidade, no
ARTIGO 121.0
prazo de 45 dias a contar da data da sua atribuição, a favor da
(Prazos de elaboração dos planos de recursos hídricos)
entidade licenciadora ou concedente, por depósito, garantia
I. Os Planos Gerais de Desenvolvimento e Utilização
bancária ou seguro-caução, no valor até 5% do investimento
de Recursos Hídricos das Bacias Hidrográficas devem ser
concluídos no prazo máximo de 5 anos a contar da data da correspondente à implantação das infra-estruturas de utilização
aprovação do presente Diploma. dos recursos hídricos .
2. O Plano Nacional dos Recursos Hídricos deve ser 2. O valor da caução é fixado, em razão do critério da
concluído no prazo máximo de 3 anos a contar da data da especificidade, em cada modelo de licença de utilização dos
aprovação dos Planos Gerais de Desenvolvimento e Utilização
recursos hídricos, nos termos definidos por Decreto Executivo
de Recursos Hídricos das Bacias Hidrográficas.
do Ministro de Tutela, exceptuando as concessões cujo valor
ARTIGO 122.0
(Eficácia jurídica dos títulos de direitos mineiros, é fixado no respectivo título contratual.
pesca, navegação, Hutuação, recreação e desportos ARTIGO 126. 0
e de constituição de direitos fundiários) (Contratos-programa)
I. Os títulos que outorgam, nos termos definidos no Os titulares de licença ou concessão de utilização dos
presente Diploma, direitos mineiros, bem como de exercício,
recursos hídricos ou de actividades que tenham relação directa
com carácter estritamente comercial, de direitos de pesca,
navegação, flutuação, recreação e desportos e de constituição com estes, ao abrigo do presente Diploma, podem ficar sujeitos
de direitos fundiários estão sujeitos a reg isto imediato do Órgão à celebração de contratos-programa, visando a execução de
de Administração da Bacia Hidrográfica correspondente. políticas públicas no âmbito da preservação, conservação e
2. Os titulares dos direitos ora referidos devem requerer utilização racional e sustentável dos recursos hídricos.
o seu registo junto do Órgão de Administração da Bacia ARTIGO 127. 0
Hidrográfica correspondente no prazo de I Odias a contar da (Incêndios ou calamidade pública)
data da sua outorga pela entidade competente.
I. Em casos urgentes de incêndios ou calamidade pública,
3. Os títulos, a que se refere o presente artigo, não produzem
é permitida a utilização livre e imediata das águas, nos termos
quaisquer efeitos jurídicos em caso de falta de registo junto do
competente Órgão de Administração da Bacia Hidrográfica. e condições definidos pelos Órgãos de Administração da
ARTIGO 123. 0
Bacia Hidrográfica correspondentes, em coordenação com as
(Taxas de utilização de recursos hídricos devidas pelos titulares de autoridades locais e serviços de protecção civil competentes.
direitos mineiros, pesca, aquicultura, navegação, Hutuação, recreação
e desportos e fundiários) 2. Sem prejuízo da legislação em vigor, sempre que as
Os Ministros de Tutela, das Finanças e dos demais sectores circunstâncias referidas no número anterior perdurem, as
de actividades, abrangidos no n. o 3 do artigo 91. o do presente autoridades locais podem determinar a requisição das águas
Diploma, devem, no prazo de 90 dias, a contar da data da sob regime de usos privativos e os termos e condições da sua
sua entrada em vigor, definir os mecanismos e a forma de utilização no interesse público.
determinação, fixação, pagamento e cobrança de taxas de 3. As autoridades locais, em coordenação com os serviços
utilização dos recursos hídricos, devidas pelos titulares de
de protecção civil competentes, devem definir, sem prejuízo
direitos mineiros, pesca, aquicultura, navegação, flutuação,
dos direitos de terceiros legalmente protegidos, as condições
recreação e desportos e fundiários.
de utilização das águas requisitadas, adequando-as às circuns-
ARTIGO 124. 0
(Receitas resultantes da cobrança de taxas e multas) tâncias dominantes.
Para fins de fomento hidráulico, podem ser afectados,
em parte, às seguintes entidades, nos termos a definir pelo O Presidente da República, JosÉ EDUARDO DOS SANTOS.
I SÉRIE - N."74 - DE21 DEABRILDE2014 1915
2 Chiluando 4638
5 Zaire 289.206
O Decreto Executivo Conjunto n." 132/11 , de 9 de
6 Luculo 2.0 10
Setembro, alterou a Tabela IX - Armazenagem (carga
7 Sangc 693
geral) e a Tabela X - Armazenagem (contentares) a que
8 i ~ l1Cllllg3
se referem os n. "' 2 e 4 do artigo 13." do Regulamento
3.995
9 M'bridgc
de Tarifas Portuárias de Angola, aprovado pelo Decreto
18.937
lO Scmbo
Executivo Conjunto n° 323/08, de 16 de Dezembro;
4152
li
Tendo verificado algumas reclamações sobre a inobser-
Logc 13.482
12
vância do espírito e letra na norma do artigo 13." do Decreto
Uczo 1.392
Executivo Conjunto n." 132/ li , de 9 de Setembro, que altera
13 On;o 2.808
as Tabelas IX e X sobre a armazenagem de mercado,rias;
14 l.ó
15 Li f une
432
2.497
o
Convindo dissipar as dúvidas existentes sobre âmbito
de aplicação do Diploma;
16 Dandc 10.802
Nos termos do artigo 3." do Decreto Executivo Conjunto
17 Bcn~o 12.37 1
n." 323/08, de 16 de Dezembro, determina-se:
18 Cuanz.a 147.157
1." - A alteração das tarifas a que se refere o artigo 13."
19 Meng ucje 1.290
do Decreto Executivo Conjunto n." 132/ li, de 9 de Setembro,
20 Tanda 254
não se restringe aos produtos da Cesta Básica.
21 Longa 22.489
2." - O presente Despacho Conjunto entra em vigor na
22 Qucvc 23.169
data da sua publicação.
23 N'gunza 2.540
24 Quicombo
Publique-se.
5.510
31 Coporolo
32 Equimina
I 5.495
MINISTÉRIO DA GEOLOGIA EMINAS
2.584
33 Catara 1.520