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Terça-feira, 19 de Maio de 2020 I Série – N.

º 66

DIÁRIO DA REPÚBLICA
ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA
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ARTIGO 2.º
SUMÁRIO (Dúvidas e omissões)
As dúvidas e omissões suscitadas na interpretação e apli-
Presidente da República
cação do presente Diploma são resolvidas pelo Presidente
Decreto Presidencial n.º 138/20:
da República.
Aprova o Programa Nacional de Qualidade Ambiental. — Revoga toda
a legislação que contrarie o disposto no presente Diploma. ARTIGO 3.º
(Revogação)
É revogada toda a legislação que contrarie o disposto no
PRESIDENTE DA REPÚBLICA presente Diploma.
ARTIGO 4.º
(Entrada em vigor)
Decreto Presidencial n.º 138/20 O presente Decreto Presidencial entra em vigor na data
de 19 de Maio da sua publicação.
Havendo necessidade de se aprovar o Programa Nacional Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda,
de Qualidade Ambiental, que tem como objectivo melhorar aos 27 de Fevereiro de 2020.
a qualidade de vida dos angolanos das áreas urbanas, periur- Publique-se.
banas e rurais, focando na garantia da qualidade do ar, da Luanda, aos 3 de Abril de 2020.
água e do solo, através de acções concretas e da dinamização
O Presidente da República, João Manuel Gonçalves
e articulação de diversos planos e programas do Governo a Lourenço.
curto, médio e longo prazos;
Reconhecendo a importância de se estabelecer as linhas
PROGRAMA NACIONAL
de base de qualidade ambiental através da criação de siste-
DE QUALIDADE AMBIENTAL
mas de diagnóstico, monitorização, fiscalização e controlo
de qualidade dos componentes do ar, da água e do solo; 1. INTRODUÇÃO
Considerando a necessidade de alinhamento e integração O Governo Angolano aprovou o Plano de Desenvol-
das acções da qualidade ambiental nos vários planos, pro- vimento Nacional (PDN 2018-2022) que reitera a melhoria
gramas, estratégias sectoriais ao nível central e local; da qualidade de vida das populações, através de acções
O Presidente da República decreta, nos termos da alí- estratégicas, na qual o ambiente insere-se na Política 12.
nea d) do artigo 120.º e do n.º 1 do artigo 125.º, ambos da Sobre Sustentabilidade Ambiental, onde constam as ques-
Constituição da República de Angola, o seguinte: tões referentes as Alterações Climáticas, Biodiversidade e
Áreas de Conservação, Ordenamento do Espaço Marinho e
ARTIGO 1.º
Saúde dos Ecossistemas, Prevenção de Riscos de Protecção
(Aprovação)
Ambiental e a Política 16, sobre Água e Saneamento, no
É aprovado o Programa Nacional de Qualidade Programa 3.3.3 relativamente a Melhoria do Saneamento
Ambiental, anexo ao presente Decreto Presidencial, de que Básico, refere-se sobre o Programa de Saneamento Total
é parte integrante. Liderado pelas Comunidades e Escolas em Angola.
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O Programa Nacional da Qualidade Ambiental (PNQA) ção efectiva de alguns programas e projectos estruturantes,
cujos objectivos da sua implementação concorrem para a bem como esforços têm sido empreendidos para a estabilização
melhoria da qualidade de vida dos angolanos e angolanas macroeconómica, controlo da inflação entre outros.
residentes nas áreas urbanas, periurbanas e rurais, focando De qualquer modo, o País ainda enfrenta grandes desa-
nas componentes do ar, água e solo irá contribuir de forma fios socioeconómicos sobretudo na redução do impacto da
efectiva para a implementação das políticas do executivo pobreza no seio da população, havendo para tal necessidade
que concorrem para sustentabilidade e qualidade ambiental. do aumento do acesso e a universalização dos serviços bási-
O desenvolvimento sustentável baseia-se na gestão racio- cos como a: água potável, à energia eléctrica, saneamento
nal do ambiente para atender as necessidades das gerações básico, educação, serviços de saúde, alimentação essencial
presentes e futuras. A implementação do PNQA permitirá e outros essencial para o bem-estar da população, conside-
atender as necessidades dos cidadãos em termos de qualidade rando que o País possui ainda indicadores sociais baixos, em
do ar, água e solo, através de acções sectoriais sinérgicas que que cerca de 36,6% da população é pobre segundo dados do
incluam a componente ambiental nos diversos planos e pro- (IBEP 2008/2009).
gramas existentes no País, promovendo gestão sustentada O Relatório do Desenvolvimento Humano 2019 mostra
dos recursos naturais e do ambiente. Permitirá também a que o IDH de Angola é de 0,574 — o que coloca o País na
optimização da gestão dos recursos humanos e financeiros categoria de desenvolvimento humano médio — posicio-
existentes, a mobilização de novos recursos para a melho- nando-o em 149 dos 189 países e territórios considerados
ria da qualidade do ar, da água e do solo e a monitorização no Relatório. O valor do IDH de Angola está abaixo da
da qualidade ambiental por meio de Indicadores Ambientais média de 0,634 para os países do grupo de Desenvolvimento
em diferentes sectores de desenvolvimento económico. Humano Médio.
O Programa incentivará o compromisso do Governo com O Governo Angolano tem envidado esforços para melho-
a gestão sustentável do ambiente, assim como a participa- rar os indicadores de qualidade de vida da população numa
ção de todos (sociedade, organizações não-governamentais, perspectiva de sustentabilidade, gizando programas, pla-
associações, sector empresarial, outros). nos e projectos estratégicos a serem implementados a curto,
O processo de elaboração do PNQA foi baseado nos médio e longo prazo, nomeadamente o PDN (2022-2028),
princípios de gestão de qualidade obedecendo os requisitos Agenda Nacional de Longo Prazo 2025, Agenda das Nações
legais, a definição das responsabilidades, a gestão adequada Unidas para os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável
dos recursos humanos e financeiros e por fim a melhoria con- e a Agenda da União Africana 2063, onde o enfoque recai
tínua do programa. A elaboração do PNQA também contou para a melhoria dos indicadores de Qualidade Ambiental,
com a auscultação de diversas instituições, com objectivo Gestão compartilhada e sustentada dos recursos naturais,
de integrar as necessidades de cada sector. Deste modo, Educação e Consciencialização Ambiental das populações,
o Programa contou com as contribuições do MINAMB, preservação da biodiversidade e áreas de conservação e a
MEP, MIREMPET, MINEA, MIND, MINSA, MININT, contenção dos impactos das alterações climáticas, produção
MINTRANS, MINCO, MAT, MESCTI, MINOTH, MED, sustentável, gestão das bacias hidrográficas e outros.
MINCOP, MINPESMAR, MASFAMU, MINAGRIFF, No ano de 2009 foi concebido o Programa Nacional de
MINFIN, Governo Provincial do Huambo, Rede Ambiental Gestão Ambiental, a partir do qual o Ministério do Ambiente
Maiombe e PNUD. revisou a legislação criada relacionada ao ambiente, diag-
nosticou a situação ambiental do País e estabeleceu as linhas
2. ENQUADRAMENTO POLÍTICO, SOCIAL
estratégicas para a gestão ambiental dos anos posteriores
E ECONÓMICO
criando os requisitos legais, promovendo seu entendimento e
Nos últimos anos, o País tem melhorado a qualidade de aprovação, formando a consciência ambiental a nível nacional
vida dos cidadãos em termos de infra-estruturas, acesso a e envolvendo a nação nos debates ambientais internacionais.
educação, acesso aos serviços de saúde. Em termos de política ambiental, deve-se mencionar o
A prioridade do governo continua a ser o combate à princípio constitucional que, segundo o artigo 39/1 «Todos
pobreza e a melhor distribuição dos recursos do País. O pro- têm o direito de viver num ambiente sadio e não poluído,
cesso de crescimento económico em que o País se encontra bem como o dever de o defender e preservar», e é atribuído
deve ser acompanhado simultaneamente com a preservação ao Estado a responsabilidade de promover iniciativas que
ambiental de forma a estabelecer alicerces sólidos para o garantam a manutenção do equilíbrio ecológico e a protecção
desenvolvimento sustentável. do ambiente. Angola também reconhece a sua importância
A economia de Angola foi caracterizada por altos níveis e responsabilidade ambiental a nível internacional, e este
de crescimento, em 2011 a taxa de crescimento do PIB foi de facto levou o País assinar e ratificar diversos acordos inter-
3,4% e de 8,9% em 2012, mas o crescimento do País ainda é nacionais para a preservação da qualidade ambiental.
essencialmente dependente do Sector Petrolífero que repre- A concentração da população na faixa costeira e nos cen-
senta 55% do PIB e 95% das exportações. tros urbanos causam diversos impactos nas componentes
Face a actual crise económica mundial derivada da queda do ambientais (ar, água e solo), devido às diversas actividades
preço do petróleo no mercado internacional o País tem assistido como: agricultura insustentável, desflorestação/uso insus-
a retracção da sua economia, enfrentando desafios na execu- tentável das florestas, produção industrial, transporte, etc.
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Para regular todas as actividades potencialmente cau- tos futuros de recuperação ou mitigação, mas também para
sadoras de impactos ambientais, o Governo de Angola tem garantir a sustentabilidade para as futuras gerações.
elaborado um pacote legislativo que o auxilia no cumpri- O PNQA foi elaborado tendo em conta a realidade do país
mento das boas práticas ambientais. e os desafios que se propõe para o alcance dos Objectivos
O MINAMB é o órgão do governo responsável pela do Desenvolvimento Sustentável, alinhados aos programas
coordenação da política ambiental, pela preparação e execu- e planos estratégicos aprovados, assim como toda legisla-
ção da legislação e instrumentos de política e estratégias na ção vigente.
área do ambiente.
3. ENQUADRAMENTO LEGAL
No contexto actual, face aos compromissos nacionais
e internacionais para o alcance da sustentabilidade e na O Governo de Angola assume o seu papel no plano
sequência das acções da Comissão Multissectorial para o internacional aderindo a acordos internacionais de preserva-
Ambiente, assim como os diferentes Planos e Programas já ção e conservação do ambiente e elaborando internamente
existentes, surge a necessidade de um Programa que permita políticas e instrumentos legais para salvaguardar os recur-
a dinamização e integração das diferentes frentes e instru- sos naturais e garantir a qualidade de vida dos angolanos.
mentos que contribuem para garantir a qualidade ambiental A Lei n.º 5/98, de 19 de Junho, de Bases do Ambiente, que
do ar, da água e do solo. traça as linhas orientadas para gestão adequada do ambiente.
O Programa Nacional de Qualidade Ambiental é A legislação nacional e internacional constitui requisitos
ambicioso, mas ao mesmo tempo exequível, que seja imple- importantes para a garantia da qualidade ambiental. Neste
mentado segundo os princípios de protecção dos recursos capítulo são apresentadas as legislações pertinentes para este
naturais e da qualidade de vida dos cidadãos, não só para programa, que podem ser encontradas com maior detalhe no
prevenir ou reduzir os impactos negativos, evitando cus- Anexo II.

Legislação Data de Publicação


Constituição da República de Angola 5 de Fevereiro de 2010
Lei de Bases do Ambiente Lei n.º 5/98, de 19 de Junho
Lei das Águas Lei n.º 6/02, de 21 de Junho
Lei de Terras Lei n.º 9/04, de 9 de Novembro
Lei das Actividades Industriais Lei n.º 5/04, de 7 de Setembro
Lei do Ordenamento do Território e do Urbanismo Lei n.º 3/04, de 25 de Junho
Lei das Actividades Petrolíferas Lei n.º 10/04, de 12 de Novembro
Lei sobre o Regulamento Sanitário Lei n.º 5/87, de 23 de Fevereiro
Lei das Associações de Defesa do Ambiente Lei n.º 3/06, de 18 de Janeiro
Decreto Presidencial sobre Qualidade da Água Decreto Presidencial n.º 261/11, 6 de Outubro
Decreto Presidencial que aprova o Plano Estratégico das Novas Tecnologias Ambientais. Decreto Presidencial n.º 88/13, 14 de Junho
Decreto Presidencial sobre Avaliação de Impacte Ambiental Decreto Presidencial n.º 51/04, de 23 de Julho
Decreto Presidencial sobre Auditorias Ambientais Decreto Presidencial n.º 1/10, de 13 de Janeiro
Decreto Presidencial que aprova o Plano Estratégico para a Gestão de Resíduos Urbanos (PESGRU) Decreto Presidencial n.º 196/12, de 30 de Agosto
Decreto Presidencial que aprova o Regulamento sobre a Transferência de Resíduos Destinados a Valorização e Reciclagem Decreto Presidencial n.º 265/18 de 15 de Novembro
Decreto Presidencial que aprova o Regime Jurídico dos Aterros Decreto Presidencial n.º 303/19, de 25 de Julho
Decreto Presidencial que aprova a Estratégia Nacional e o Plano de Acção da Biodiversidade 2019-2025 Decreto Presidencial n.º 26/20, de 6 de Fevereiro
Decreto Presidencial que aprova a Estratégia Nacional de Saneamento Total Liderado pela Comunidade e Escolas em Angola 2019-2030
Estratégia Nacional da Biodiversidade 2019-2025
Estratégia Nacional das Alterações Climáticas 2019-2030
Convenções
Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (UNFCCC)
Convenção de Viena para a Protecção da Camada de Ozono
Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação
Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes (POP´s)
Convenção para a Protecção do Património Mundial, Cultural e Natural
Convenção sobre a Diversidade Biológica
Convenção sobre a Cooperação e Combate contra a Poluição por Hidrocarbonetos
Convenção de Ramsar sobre Zonas Húmidas de Importância Internacional
Protocolo Revisto sobre Cursos de Água Partilhada (SADC)
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4. OBJECTO GERAL DO PROGRAMA Promover a adequação dos fornecedores públicos e


O PNQA tem como objectivo contribuir para melhorar a privados de água sobre o índice de Qualidade da
qualidade de vida dos angolanos das áreas urbanas, periur- Água (Água);
banas e rurais focando na garantia da qualidade do ar, da Criar um Índice de Balneabilidade para rios e mares
água e do solo, através de acções concretas e da dinamização pela sua relevância para o turismo, ecossistemas
e articulação de diversos Planos e Programas do Governo a sensíveis e por serem as zonas costeiras áreas de
curto, médio e longo prazo. maior concentração populacional;
4.1. Objectivos Específicos do Programa Recuperação de rios e lagos assoreados ou contami-
Para garantir a qualidade de vida dos angolanos em nados;
termos de ar, água e solo, o PNQA possui os seguintes objec- Estabelecer padrões de potabilidade da água de con-
tivos específicos: sumo humano;
Criar as linhas de base de qualidade ambiental em Estabelecer padrões microbiológicos da água para o
relação ao ar, a água e ao solo; consumo humano;
Criar um sistema de diagnóstico, monitorização e fis- Estabelecer padrões de turbidez para água pós-filtra-
calização da qualidade do ar, da água e do solo; ção ou pré-desinfecção;
Promover a integração da componente ambiental nos Estabelecer padrões organolépticos de potabilidade
diversos Planos e Programas do Governo e de de água;
outras entidades; Estabelecer padrões de radioactividade da água para
Capacitar técnicos em matéria de qualidade do ar, da o consumo humano;
água e do solo. Monitoramento dos parâmetros de qualidade da água;
4.2. Objectivos para Atingir a Qualidade das Capacitar técnicos na área de qualidade da água.
Componentes Ar, Água e Solo 4.2.3. Solo
O PNQA tem como prioridade as componentes ambien- Identificar as áreas degradadas e em processo de
tais ar, água e solo. Neste sentido são apresentados os desertificação para definir acções prioritárias;
objectivos para estas 3 (três) componentes prioritárias: Sensibilizar e consciencializar os decisores políticos
4.2.1. Ar sobre as ameaças da degradação do solo e deser-
tificação;
Recolher e actualizar as informações sobre as fontes
Promover a rotação de culturas e pastoreio do gado;
de emissões atmosféricas e seus impactos na
Desenvolver um programa de combate aos passivos
saúde e no ambiente, visando assegurar a ela-
dos resíduos junto aos Governos Provinciais e
boração do Plano Nacional de Emissões (PNE);
de acordo ao PESGRU;
Elaborar um Decreto Presidencial que regule as emis-
Levantamento e controlo dos pesticidas, herbicidas
sões de poluentes atmosféricos em concordância
usados nos solos;
com as responsabilidades assumidas internacio-
Monitorar o processo de restauração, reabilitação e
nalmente definindo os padrões de qualidade do
remediação dos solos;
ar pretendidos para o País;
Estabelecer medidas de controlo para recuperação
Implementar o índice de Qualidade do Ar nas princi-
dos solos degradado;
pais cidades do País;
Recuperar áreas degradadas;
Promover a adopção de Energias e Tecnologias
Inventariar e georreferenciar as áreas em processos
Limpas, incluindo aquelas compatíveis com
erosivos;
a mitigação de emissão dos gases com efeito
Implementar programa de recuperação de áreas con-
estufa;
taminadas ou poluídas;
Monitorar a quantidade de poluentes no ar;
Recuperação de áreas assoreadas;
Medir da concentração de poluentes no ambiente;
Capacitar técnicos na área de qualidade do Solo.
Georreferenciar das principais zonas afectadas pela
poluição; 4.3. Objectivos da Relação Homem — Ambiente
Capacitar técnicos na área de qualidade do ar. As componentes prioritárias do PNQA, na primeira fase
4.2.2. Água de execução serão acompanhadas de acções complementa-
res ligadas a melhoria da qualidade do Saneamento Básico
Recolher informação sobre as fontes de contamina-
e Ruído.
ção dos principais corpos hídricos de Angola e
seus impactos na saúde e no ambiente; 4.3.1. Saneamento Básico
Promover a preservação, protecção e conservação Elaborar e Aprovar a Política Nacional de Saneamento
dos recursos hídricos; Realizar estudos para caracterização das águas resi-
Implementar um índice de Qualidade da Água nos duais industriais;
corpos hídricos usados como fontes de abasteci- Estabelecer parâmetros para o tratamento de águas
mento da população; residuais biodegradáveis e não biodegradáveis;
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Elaboração do Plano Estratégico de Gestão de Águas A educação é a base para o desenvolvimento do País e
Residuais; para o sucesso do programa, por este facto, está presente
Desenvolver um sistema de gestão integrada de resí- nos objectivos de todas as componentes ambientais aqui
duos incluindo a sua valorização; tratadas.
Implementar a Estratégia do Saneamento Total lide- A gestão da biodiversidade e dos ecossistemas prio-
rado pelas Comunidades e Escolas em Angola;
ritários deve ser pensada de forma integrada com o ar, a
Capacitar técnicos na Área de Saneamento Ambiental.
água e o solo pois formam sistemas interdependentes. Na
4.3.2. Ruído segunda fase, o programa aprofundará estas e outras compo-
Priorizar a promulgação do Decreto Presidencial nentes ambientais importantes para a garantia da qualidade
sobre Poluição Sonora; ambiental:
Criação dos Padrões de Qualidade Sonora; Recursos Naturais
Termos de Referência sobre a Monitorização da
Renováveis
Poluição Sonora.
Não Renováveis
5. PLANO DE ACÇÃO DO PROGRAMA Biodiversidade
No presente capítulo são apresentados os objectivos e Flora
as principais acções das componentes ambientais ar, água e Fauna
solo pela sua relevância no actual contexto nacional. Áreas verdes
A transversalidade das questões ambientais deve ter em
Áreas de preservação e áreas de pesquisa
consideração a relação do homem com o ambiente. Deste
Relação Homem — Ambiente
modo são apresentados também objectivos e acções focadas
nas componentes saneamento básico e ruído. Tecnologia, Indústrias, Ciência e Inovação,
A qualidade de vida por estar intimamente relacionada Pesquisa
à qualidade de todos esses factores é directamente benefi- Educação Ambiental
ciada com o aumento da qualidade do ar, da água, do solo, Urbanismo, Moradias Ecológicas
a melhoria do saneamento básico, a diminuição da poluição Alimentação
sonora e de outras fontes contaminantes. Cultura e Lazer

4.2.1. Ar
Os objectivos criados para a componente Ar visam de forma geral a prevenção, redução e controlo da contaminação pro-
vocada pelas diferentes fontes de emissão na atmosfera.
Objectivo 1: Recolher e actualizar as informações sobre as fontes de emissões atmosféricas e seus impactos na
saúde e no ambiente visando assegurar a elaboração do Plano Nacional de Emissões (PNE).
Prazo Participantes/
N.º Actividades Metas Indicadores
Proposto Responsabilidade
MINAMB
MIND
Criação de mecanismos para o levantamento nacional de to- MIREMPET
Número de Emissões por Poluen-
das as fontes contaminantes (pontuais, difusas, estacionárias MINAGRIF
Criar e Manter actualizado o tes e por Sector
e móveis) através do Plano Nacional de Emissões (PNE), MINPESMAR
1 18 meses inventário das fontes conta- Número de Emissões por Ano
incluindo a actualização periódica do inventário de todas as MINTRANS
minantes Número de Emissões por Habi-
fontes e gases poluentes e as tendências das concentrações INAMET
tante
de contaminantes atmosféricos ao longo do tempo. Governos Provinciais
CMA
CMACB
MINAMB Governos
MIND Provinciais Projecções de Emissões por Po-
Recolha de informação qualitativa e quantitativa de diversos
MIREMPET Consultores Manter actualizada a informa- luentes e por Sector
programas sectoriais para alimentar a Projecção 2025 sobre
2 12 meses MINAGRIF Externos ção para a Projecção 2025 Projecções de Emissões por Ano
emissões, identificando as medidas de mitigação e controlo
MINPESMAR Empresas sobre emissões. Projecções de Emissões por Ha-
adequadas para o País.
MINTRANS Públicas e bitante
INAMET Privadas
MINAMB MINTUR
No quadro da elaboração do Plano Nacional de Emissões, MIND Empresas
Reunir de toda a Legislação Número de Legislação Recolhi-
3 realizar o levantamento e análise de toda a legislação perti- 18 meses MIREMPET Públicas
e Adequar ao PNE da e Analisada
nente relacionada com a gestão da qualidade do ar. MINAGRIF Consultores
MINCOP Externos
No quadro da elaboração do Plano Nacional de Emissões,
realizar o mapeamento de todo o território nacional em rela- MINAMB Governos Número de Áreas
Realização do Mapeamento
ção ao tipo, sector e fontes emissoras de poluentes atmosfé- MINAGRIF Provinciais Identificadas;
4 18 meses de Principais Fontes Emis-
ricos, incluindo as áreas destinadas à indústria, urbanização, IDF Autoridades Concentração de Poluentes por
soras de poluição
zonas verdes e de queimadas para produção de carvão ve- MAT Tradicionais Área
getal pela estreita relação com a gestão da qualidade do ar.
2950 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Prazo Participantes/
N.º Actividades Metas Indicadores
Proposto Responsabilidade
Elaboração e implementação do Decreto Executivo Conjun- MINAMB
to sobre taxas e selos ambientais por emissões de Gases com MINSA
Elaboração, aprovação e im- Arrecadação através das taxas e
5 Efeito Estufa, visando controlar as emissões e melhorar a 48 meses MIND
plementação da legislação selos Ambientais
saúde da população no que tange à problemas respiratórios MINCO
e dermatológicos. MINTRANS
Elaborar Relatório Bianual da
convenção.
MINAMB Governos
Cumprimento das obrigações nacionais em relação à Con- Elaboração dos documentos Elaboração do Plano Nacional
MINAGRIF Provinciais
6 venção Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Cli- 48 meses exigidos pela convenção e de adaptação às alterações cli-
IDF Autoridades
máticas (UNFCCC) e ao Protocolo de Quioto. pelo protocolo máticas.
MAT Tradicionais
Elaboração da Comunicação
Nacional à Convenção.
Implementação do Programa
Nacional de Eliminação pro-
gressiva dos HCFC´s;
Elaboração do Relatório Anual
MINAMB
ao Fundo Multilateral do Proto-
MININT Eliminação progressiva de
colo de Montreal sobre os dados
Cumprimento das obrigações nacionais em relação à Con- MINCO 15% até 2015 e total até
7 48 meses de consumo de HCFC´s;
venção de Viena e Protocolo de Montreal. Alfândegas 2030 dos Hidroclorofluor-
Elaboração do Relatório Anual
Polícia Fiscal carbonos (HCFCs)
ao Fundo Multilateral do Proto-
Polícia Económica
colo de Montreal sobre as activi-
dades realizadas;
Elaboração do Relatório Anual ao
Secretariado do Ozono do PNUA

Objectivo 2: Elaborar um Decreto Presidencial que regule as emissões de poluentes atmosféricos em concordân-
cia com as responsabilidades assumidas internacionalmente definindo os padrões de qualidade do ar pretendidos
para o País.
Prazo Participantes/
N.º Actividades Metas Indicadores
Proposto Responsabilidade
Análise dos modelos de medição da qualidade do ar utili- MINAMB Definição do Modelo Nacio-
Número de Modelos Ana-
1 zados em outros países para definir um modelo próprio de 6 meses MESCTI nal de Medição da Qualida-
lisados
boas práticas que se ajuste à realidade de Angola. Consultores Externos de do Ar
MINAMB
Definição dos critérios para a criação do Índice de Quali- Número de parâmetros at-
MESCTI Definir o índice de Qualida-
2 dade do Ar, de acordo com as normas internacionais e em 18 meses mosféricos a serem monito-
INAMET de do Ar para o País
função da realidade actual do País. rizados
Consultores Externos
MINAMB
Percentagem de implementa-
Elaboração e implementação de um Diploma Legal refe- MESCTI Diploma Legal elaborado
3 18 meses ção do diploma referente ao
rente ao índice da Qualidade do Ar. Consultores Externo Aprovado e implementado
Índice de Qualidade do Ar
(eventual)
Promoção do diploma legal junto das empresas públicas, MINAMB INAMET Divulgação do Diploma Legal Número de Campanhas de
4 6 meses
privadas e sociedade civil, após aprovação. Órgãos de Comunicação Social em todas as províncias do País sensibilização

Objectivo 3: Implementar o Índice de Qualidade do Ar nas principais cidades do País.


Prazo Participantes/
N.º Actividades Metas Indicadores
Proposto Responsabilidade
MINAMB Governos
INAMET Provinciais
Número províncias com o Ín-
Implementação do índice de Qualidade do Ar, após a apro- MESCTI Empresas
Índice de Qualidade do Ar dice de Qualidade do Ar im-
vação do respectivo Diploma legal; em coordenação com as MINTRANS Públicas e
1 24 meses implementado em todas as plementado
entidades públicas e privadas responsáveis pela implemen- Privadas
Províncias do País até 2022 Número de Parâmetros anali-
tação. MININT
sados por Província
MIREMPET Universidades
MIND
MINAMB
INAMET
Instalação e reactivação em todo País de estações meteoro-
MESCTI Criação de uma Rede de
lógicas e de monitori- Número de províncias ligadas
2 48 meses CETAC Monitorização para o Con-
zação da qualidade do ar para controlo da qualidade do ar e a Rede de Monitorização
Governos Provinciais trolo da Qualidade do Ar
estudos sobre a poluição.
Empresas Públicas e Pri-
vadas Universidades
MINAMB
INAMET
Caracterização do clima, utilizando dados registados pelas Caracterização do clima em
MESCTI Número de cidades com o Cli-
3 estacões meteorológicas e de monitorização de qualidade 48 meses todas as cidades do País até
CMA ma Caracterizado
do ar. 2024
CETAC
Universidades
MINAMB
INAMET Elaboração de um Relató- Número de cidades Monitorizada
Publicação dos dados recolhidos de forma a informar a po-
4 48 meses MESCTI rio Anual sobre o Índice de Número de Monitorizações
pulação e garantir o seu bem-estar.
MINTRANS Qualidade do Ar Nacional Publicadas
MININT
I SÉRIE – N.º 66 – DE 19 DE MAIO DE 2020 2951

Prazo Participantes/
N.º Actividades Metas Indicadores
Proposto Responsabilidade
MINAMB MINSA
Estabelecimento de Parcerias e Colaborações entre o Mi- INAMET MIND
Número de Acções em parceria
nistério do Ambiente e entidades públicas e privadas para 48 a 60 MESCTI MIREMPET Criação de sinergias com en-
5 relacionadas aos cuidados com
garantir maior integração entre os diferentes Planos e Pro- meses MINTRAN MINAGRIF tidades públicas e privadas
o Ar
gramas existentes no País relacionados ao Ar. CMA MIREMPET
CETAC
Apoio aos Ministérios do Interior e dos Transportes na Im- MINAMB Número de carros inspeccio-
plementação da Inspecção Periódica dos automóveis, segun- 48 a 60 MINTRANS Relatório Anual das Inspec- nados por Ano
6
do os Decretos Presidenciais n.os 165/10, de 2 de Agosto, meses MININT ções dos Automóveis Número de centros de inspec-
167/10, de 3 de Agosto e 168/10, de 4 de Agosto. IANORQ ção por Província
Criação de Espaços Verdes
Criação, promoção e fiscalização de espaços verdes (pul- MINAMB
(pulmões verdes) em torno Número de espaços verdes cria-
mões verdes) em torno das grandes cidades, novas centra- MINAGRIF
48 a 60 de todas grandes cidades, dos Número de fiscalizações
7 lidades, grandes condomínios e projectos urbanísticos como MINCOP
meses novas centralidades, grandes aos espaços verdes executados
medida correctiva e ao mesmo tempo preventiva em relação MINOTH
condomínios e projectos ur- por Ano
à contaminação do ar. Governos Provinciais
banísticos
MINAMB
MINAGRIF Aumento do controlo sobre
Reforço da utilização das Auditorias Ambientais como fer-
MINCOP os diferentes empreendi- Estatística de medições por
8 ramenta para a gestão ambiental no que diz respeito à Qua- 48 meses
MINOTH mentos públicos e privados meio de Auditorias Ambientais
lidade do Ar.
MIREMPET em relação à poluição do ar.
Governos Provinciais

Objectivo 4: Promover a adopção de Energias e Tecnologias Limpas, incluindo aquelas compatíveis com a
Mitigação de Emissão dos Gases com Efeito Estufa.

Prazo Participantes/
N.º Actividades Metas Indicadores
Proposto Responsabilidade
MINAMB Universidades
MIND Empresas Aumento da adesão às tec-
Implementação de acções educativas e de sensibilização
MESCTI Públicas e nologias limpas, projectos Números de Campanhas de
1 para incentivar o uso de energias alternativas, tecnologias 12 meses
MIREMPET Privadas de MDL e Sensibilização
limpas e produção mais limpa nos diversos sectores.
MINAGRIF Consultores produção mais Limpa
MINCOP Externos
Divulgação dos mecanismos de adopção de energias e tec-
Aumento da venda de crédi- Número de Créditos de carbo-
nologias limpas, incluindo aquelas compatíveis com a miti-
tos de Carbono Aumento dos no vendidos/Ano
2 gação de emissão dos gases com efeito estufa, com priori- 48 meses MINAMB
financiamentos para projec- Número de Financiamentos
dade para os sectores de geração, distribuição e eficiência
tos de MDL para MDL
energética e tratamento de resíduos.
Promoção do Programa de Ciência e Inovação do MINAMB
Programa de Ciência e Ino-
e seus subprogramas (em especial o subprograma 4, refe- MINAMB Número de Subprogramas Im-
3 12 meses vação do MINAMB imple-
rente às medidas de mitigação das mudanças e alterações MESCTI plementados
mentado
climáticas)

Objectivo 5: Capacitar Técnicos na Área de Qualidade do Ar.

Prazo Participantes/
N.º Actividades Metas Indicadores
Proposto Responsabilidade
MINAMB
INGA
MIND
Formação de vinte técnicos para elaborar e implementar o MIREMPET Percentagem de Técnicos
1 24 meses Formação de 20 Técnicos
Plano Nacional de Emissões. MESCTI Treinados
CMACB
CETAC
Consultores Externos
MINAMB
INGA
MIND
Formação de cem técnicos1 para avaliar o IQAr criando Percentagem de Técnicos
2 24 meses MIREMPET Formação de 100 Técnicos
competência nacional Treinados
MESCTI
CETAC
Consultores Externos
MINAMB
INGA
Capacitação de vinte técnicos , como especialistas na pre-
2
MIND
Percentagem de Técnicos
3 venção e controlo da contaminação da atmosfera criando 24 meses MIREMPET Formação de 20 Técnicos
Treinados por Província
competência nacional nas áreas de pesquisa e de ensino. MESCTI
CETAC
Consultores Externos

1
Técnicos de nível médio
2
Técnicos de nível universitário
2952 DIÁRIO DA REPÚBLICA

4.2.2. Água
Os objectivos relacionados com a Água visam de forma geral prevenir, reduzir e controlar a contaminação das águas
superficiais e subterrâneas, provocada pelas diferentes fontes poluentes, principalmente: agro-tóxicos, dejectos líquidos
provenientes da criação animal, poluentes da indústria mineira e da indústria petroquímica, esgotos não tratados, esgotos
domésticos, aterros sanitários e poluição orgânica.
Objectivo 6: Recolher informação sobre as Fontes de Contaminação dos Principais Corpos Hídricos de Angola e
seus Impactos na Saúde e no Ambiente.
Prazo Participantes/
N.º Actividades Metas Indicadores
Proposto Responsabilidade
MINAMB Empresas
Aprimoramento do diagnóstico nacional das fontes conta- MINEA Públicas e
minantes das águas (pontuais, difusas, estacionárias e mó- INRH privadas
Número de Fontes Contami-
veis) de acordo com o Programa Nacional Estratégico para a MINSA Manter actualizado o Inven-
nantes por tipo e por Sector
1 Água e o Regulamento sobre a Qualidade da Água (Decre- 24 meses MIND tário das Fontes Contami-
Número de Fontes
to Presidencial n.º 261/11, de 6 de Outubro), objectivando MIREMPET nantes
Contaminantes por Ano
manter actualizado o inventário das fontes contaminantes e MINAGRIF
as tendências de contaminação. MINPESMAR
MINTRANS
MINAMB
INGA
MINEA Número de Recursos Hídricos
Caracterização ecológica, físico-química e biológica da Caracterização de todos os
2 24 meses INRH Caracterizados Número de
água para consumo e dos cursos de água. corpos Hídricos do País
CETAC Parâmetro Analisados
MINAGRIF
MINSA

MINAMB Governos MI-


Cumprimento das obrigações nacionais em relação à conven- NAGRIF Provinciais Elaboração dos documentos Relatório Anual da implemen-
3 48 meses
ção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes. IDF Autoridades exigidos pela convenção. tação da Convenção
MAT Tradicionais

Objectivo 7: Promover a Preservação, Protecção e Conservação dos Recursos Hídricos.


Prazo Participantes/
N.º Actividades Metas Indicadores
Proposto Responsabilidade

MINAMB IDF Identificação e Caracterização


Número de nascentes identifi-
MINEA CETAC todas as Nascentes do País;
Localização e caracterização das nascentes visando a defini- cadas e Caracterizadas
1 18 meses MINAGRIF INGA Definição de Políticas para
ção de políticas para a sua conservação e protecção. Número de Políticas Imple-
MINPESMAR INRH a Conservação e Protecção
mentadas
PNUD das Nascentes

MINAMB IDF
Monitorização e controlo dos ecossistemas únicos, centros
MINEA CETAC Definição de Políticas para
de endemismo, bacias hidrográficas, ecossistemas mon- Número de Ecossistemas Mo-
2 48 meses MINAGRIF INGA a Conservação e Protecção
tanhosos, zonas húmidas e florestas tropicais pela estreita nitorizados
MINPESMAR INRH dos Recursos Hídricos
relação com a qualidade dos recursos hídricos
PNUD

Objetivo 8: Implementar um Índice de Qualidade da Água nos Corpos Hídricos usados como Fontes de
Abastecimento da População.
Prazo Participantes/
N.º Actividades Metas Indicadores
Proposto Responsabilidade

Criação de uma Unidade de Qualidade da Água para apoiar MINAMB


Criação da Unidade de Qua- Unidade de Qualidade da Água
1 a gestão integrada dos recursos hídricos, com enfâse na mo- 12 meses MINEA
lidade da Água Criada
nitorização dos dados de qualidade da água. INRH

Criação e implementação de um Índice de Qualidade da Criação do Índice de Quali-


MINAMB
Água (IQÁgua) de acordo com Regulamento sobre Qua- dade da Água
MINEA Número de províncias com o
2 lidade da Água (Decreto Presidencial n.º 261/11, de 6 de 18 meses Implementação do Índice de
MINSA IQ Água Implementado
Outubro) e segundo os padrões nacionais e internacionais de Qualidade da Água em todas
IANORQ
qualidade mínima requerida. as Províncias

MINAMB
Criação de Laboratórios de Referência para avaliar a qua- MINEA Entidades Criação de Laboratórios Número de Laboratórios cria-
3 36 meses
lidade da água. MINSA Públicas e Regionais dos por Região
IANORQ privadas

Criação de uma Base Dados


MINAMB
Estatísticos de Qualidade da
Criação de uma rede de qualidade da água, com pontos sufi- MINEA
Água. Número de pontos de Monito-
4 cientes de verificação em zonas próximas de fontes contami- 18 meses MINSA
Implementação de Pontos de rização Efectivos
nantes, nas nascentes e nos pontos transfronteiriços dos rios. INRH
Verificação suficientes em
IGA
todas Províncias
I SÉRIE – N.º 66 – DE 19 DE MAIO DE 2020 2953

Prazo Participantes/
N.º Actividades Metas Indicadores
Proposto Responsabilidade
Estabelecimento de Parcerias e Colaborações entre o Minis- MINAMB
tério do Ambiente e entidades públicas e privadas para ga- MINEA Criação de sinergias com En- Número de acções concretiza-
5 48 meses
rantir maior integração entre os diferentes Planos e Progra- MINSA tidades Públicas e Privadas das em Parceria
mas existentes relacionados à gestão dos recursos hídricos. MINTUR
MINAMB
Aumento do controlo sobre os
MIND MINCOP
Reforço da utilização das Auditorias Ambientais como ferra- diferentes empreendimentos Estatística de Medições por
6 48 meses MINTUR MINOTH
menta de gestão ambiental para controlar a qualidade da água. públicos e privados em rela- meio de Auditorias Ambientais
MINAGRIF Governos
ção à Contaminação da Água
MIREMPET Provinciais

Objectivo 9: Promover a adequação dos Fornecedores Públicos e privados de Água sobre o Índice de Qualidade
da Água (IQÁgua).
Prazo Participantes/
N.º Actividades Metas Indicadores
Proposto Responsabilidade
MINAMB
Promoção da adequação dos organismos públicos e privados
MINEA Número de Fornecedores Au-
fornecedores de água em termos de contaminantes mínimos
MINSA Adequação de todos os For- ditados
1 e máximos de acordo ao IQÁgua e ao Regulamento sobre 24 meses
Comissão Multissectorial necedores de Água Número de Fornecedores Ade-
a Qualidade da Água (Decreto Presidencial n.º 261/11, de
para a monitorização da quados
6 de Outubro).
qualidade da água
MINAMB
MINEA
Promoção de uma campanha anual de controlo de qualidade MINSA Realização de Campanhas Número de províncias com a
2 6 meses
da água para consumo humano. Comissão Multissectorial anuais em todas as Províncias campanha Realizada
para a monitorização da
qualidade da água
MINAMB
Criação e implementação de um plano de auditorias aos Elaboração do Plano de Au-
Comissão Multissecto-
fornecedores públicos e privados de água para aumentar a ditorias Número de Não-Conformida-
3 48 meses rial Para a monitorização
qualidade dos serviços oferecidos fazendo recurso a Labora- Realização de uma auditoria des Corrigidas
da qualidade da água
tórios devidamente certificados. anual por fornecedor
IANORQ

Objectivo 10: Criar um Índice de Balneabilidade para Rios e Mares pela sua relevância para o Turismo,
Ecossistemas Sensíveis e por serem as Zonas Costeiras Áreas de maior Concentração Populacional.
Prazo Participantes/
N.º Actividades Metas Indicadores
Proposto Responsabilidade
MINAMB
Criação de legislação complementar para as águas balnea- MINEA
res, em conformidade com os artigos 3.º e 12.º do Regula- INRH Legislação Criada e Imple- Legislação Criada e Imple-
1 18 meses
mento sobre a Qualidade da Água (Decreto Presidencial n.º MINSA mentada mentada
261/11, de 6 de Outubro). MINTUR
MINPESMAR
MINAMB
MINEA
Implementação do Índice de Balneabilidade (IBA) de acor- Implementação do Índice de Número de Locais com o Ín-
INRH
2 do com o Regulamento sobre a Qualidade da Água (Decreto 24 meses Balneabilidade (IBA) em to- dice de Balneabilidade (IBA)
MINSA
Presidencial n.º 261/11, de 6 de Outubro). das as Zonas Balneares Implementado
MINTUR
MINPESMAR
MINAMB
Monitorização do Índice de Balneabilidade (IBA) e publica- Números de Zonas Balneares
3 30 meses MINSA Monitorização Zonas B
ção dos dados segundo a sazonalidade. Monitorizadas
MINTUR
MINAMB
Estabelecimento de Parcerias e Colaborações entre o Mi-
MINEA Número de acções em parce-
nistério do Ambiente e entidades públicas e privadas para Criação de sinergias com en-
4 48 meses MINSA ria relacionadas aos cuidados
garantir maior integração entre os diferentes Planos e Pro- tidades públicas e privadas
MINTUR com o Ar
gramas existentes relacionados às águas balneares.
IANORQ

Objectivo 11: Capacitar Técnicos na Área de Qualidade da Água.


Prazo Participantes/
N.º Actividades Metas Indicadores
Proposto Responsabilidade
MINAMB
MIND
Formação de cem técnicos1 para avaliar o IQÁgua criando Percentagem de Técnicos trei-
1 12 meses MIREMPET Formação de 100 Técnicos
competência nacional. nados por Província.
MESCTI
Consultores Externos
Capacitação de vinte técnicos2, como especialistas na pre- MINAMB
venção, monitorização e controlo da qualidade da água, MIND Percentagem de Técnicos
2 12 meses Formação de 20 Técnicos
criando competência nacional nas áreas de pesquisa e de MIREMPET Treinados por Província.
ensino. MESCTI

1
Técnicos de nível médio
2
Técnicos de nível universitário
2954 DIÁRIO DA REPÚBLICA

4.2.3. Solo
Os objectivos relacionados ao solo foram desenvolvidos para prevenir, reduzir e controlar a contaminação dos mesmos,
provocados pelas diferentes fontes poluentes, principalmente: agro-tóxicos, dejectos animais, água de irrigação contaminada,
poluentes da indústria mineira e da indústria petroquímica; assim como combater a sua degradação por erosão, salinização,
desmatamentos, remoção da cobertura vegetal, monoculturas e outras procurando preservar sua importância no ciclo hidro-
lógico e sua capacidade de produção de alimentos seguros à população angolana.
Objectivo 12: Identificar as Áreas Degradadas e em Processo de Desertificação para Definir Acções Prioritárias.
Prazo Participantes/
N.º Actividades Metas Indicadores
Proposto Responsabilidade
Levantamento da legislação e mapeamento das áreas des- MINAMB IDF Identificação de todas as
Número de
tinadas à indústria, urbanização, agrossilvicultura, áreas de MINAGRIF Governos Áreas destinadas à Indústria,
1 12 meses Legislação Recolhida
conservação e repovoamento, pela estreita relação com a MIND Provinciais Urbanização, Agrossilvicul-
Número de Áreas Identificadas
gestão da qualidade do solo. MINOTH tura e Repovoamento
Caracterização das Áreas
MINAMB IDF
Degradadas a nível Nacional
Caracterização Físico-Química e Biológica dos solos, para MINAGRIF CETAC Percentagem das Áreas Carac-
2 24 meses Caracterização das Áreas de
identificar as áreas degradadas e de maior potencial agrícola. MGM Governos terizadas a nível do País
Produção Agrícola a nível
Provinciais
Nacional
MINAMB IDF
MINAGRIF CETAC Melhoria da utilização dos Número de Projectos para Va-
3 Valorização de Solos Ácidos e Marginais. 24 meses
Governos Solos Ácidos e Marginais lorização dos Solos
Provinciais
MINAMB IDF
Implementação de Laboratórios de Solos para apoio aos Es- MINAGRIF CETAC Implementação de um Labo- Números de Laboratórios Im-
4 36 meses
tudos e Trabalhos de Investigação. INGA Governos ratório por Região plementados
Provinciais
Recuperação das áreas prio-
Diagnóstico, Recuperação e Monitorização de Áreas De- MINAMB IDF
ritárias
gradadas pelas diferentes Fontes de Contaminação, visando MINAGRIF CETAC Número de áreas Recuperadas
5 48 meses Definição de uma Política
definir de uma Política Nacional de Recuperação de Áreas INGA Governos ou em Recuperação
Nacional de Recuperação de
Degradadas. Provinciais
Áreas Degradadas
MINAMB PNUD
Implementação e Acompanhamento dos Eixos Estratégicos Número de Acções
INGA Governos
6 do Programa de Acção Nacional de Combate à Desertifica- 48 meses Programa Implementado Concretizadas por eixo Estra-
MINAGRIF Provinciais
ção. tégico.
MININT
MINAMB PNUD
Fortalecimento da Unidade Técnica de Combate à Deser- Captação de recursos Finan- Número de Parcerias Concre-
MASFAMU Governos
7 tificação responsável pelo PANCOD, através de parcerias 12 meses ceiros tizadas
MINAGRIF Provinciais
nacionais e internacionais. Aumento de Know-How Números de Acções em Parceria
MININT

Objectivo 13: Sensibilizar e consciencializar os Decisores Políticos sobre as Ameaças da Degradação do Solo
e Desertificação.
Prazo Participantes/
N.º Actividades Metas Indicadores
Proposto Responsabilidade
MINAMB
MAT
Promoção de jornadas multissectoriais de discussão, análise,
MASFAMU Governos
sensibilização e criação de estratégias de combate à degra- Uma jornada de Reflexão Acções resultantes das Jorna-
1 12 meses MINAGRIF Provinciais
dação das terras e desertificação no contexto de desenvolvi- Anual das de Reflexão
MININT Autoridades
mento económico do País.
MIREMPET Tradicionais
PNUD
MINAMB
MINAGRIF Governos
Estabelecimento de Parcerias e Colaborações entre o Mi-
Provinciais
nistério do Ambiente e Entidades Públicas e Privadas para Criação de sinergias com En- Número de Acções Concreti-
2 12 meses INGA
garantir maior integração entre os diferentes Planos e Pro- tidades Públicas e Privadas zadas em Parceria
IDF Empresas Públicas
gramas existentes relacionados à gestão dos solos.
e Privadas
MAT IDA

Objectivo 14: Promover a Rotação de Culturas e Pastoreio do Gado.


Prazo Participantes/
N.º Actividades Metas Indicadores
Proposto Responsabilidade
MINAMB Governos
Realização de Palestras de Sensibilização, a nível provincial Provinciais
e municipal promovendo a rotação de culturas e pastoreio MINAGRIF Autoridades Uma Palestra Anual por Pro- Números de Províncias com a
1 12 meses
do gado assim como o uso de tecnologias ambientais para Tradicionais víncia Palestra Realizada
prevenir a degradação dos solos. I.D.A.,
MAT Fazendeiros
MINAMB
Monitorização Sistemática das Acções de Rotação de Cul-
INGA
turas e Pastoreio do Gado, verificando os períodos de des- Actualização permanente do Número de Áreas com aImple-
MINAGRIF
2 canso dos mesmos, para a sua Gestão Sustentável segundo 48 meses Banco de Dados relativos à mentação Efectiva da Rotação
I.D.A.
os Padrões Nacionais e Internacionais de Qualidade Mínima gestão dos solos. de Culturas e Pastoreio do Gado
IDF
dos Solos.
IANORQ
I SÉRIE – N.º 66 – DE 19 DE MAIO DE 2020 2955

Objectivo 15: Desenvolver um Programa de Combate aos Passivos dos Resíduos junto aos Governos Provinciais
e de acordo ao PESGRU.
Prazo Participantes/
N.º Actividades Metas Indicadores
Proposto Responsabilidade
MINAMB
MINFIN
Elaboração de um Plano Específico de Recolha de Passivos
MINSA
dentro do Orçamento atribuído aos Governos Provinciais Percentagem de Cumprimento
1 24 meses INGR Plano Elaborado e Aprovado
para Gestão dos Resíduos de acordo com as Metas do PES- das Metas do PESGRU
Governos Provinciais
GRU.
ELISAL e outras
prestadoras de serviços
MINAMB
Relatório Anual sobre a Mo- Número de Províncias que im-
Monitorização da implementação do Plano específico de re- INGR
2 48 meses nitorização dos Passivos de plementaram o Plano Número
colha de passivos de resíduos, nas províncias. INGA
Resíduos nas Províncias. de Relatórios Emitidos
Governos Provinciais
No quadro do Pograma de Educação e Consciencialização MINAMB
Maior consciencialização dos
Ambiental (PECA), realizar Campanhas de Sensibilização MED Número de Campanhas de Sen-
3 48 meses estudantes sobre as Temáticas
nas instituições de ensino sobre as diversas temáticas am- Universidades Entidades sibilização realizadas por Ano
Ambientais
bientais, com especial enfoque na Gestão dos Resíduos. Internacionais

Objectivo 16: Capacitar Técnicos na Área de Qualidade do Solo.


Prazo Participantes/
N.º Actividades Metas Indicadores
Proposto Responsabilidade
MINAMB
MIND
Formação de cem técnicos1 para avaliar a qualidade do solo MIREMPET Percentagem de Técnicos
1 12 meses Formação de 100 Técnicos
criando competência nacional. MESCTI Treinados por Província.
MINED
Consultores Externos
MINAMB
Capacitação de vinte Técnicos2, como Especialistas na Pre-
MIND Percentagem de Técnicos
2 venção e Controlo da Contaminação do Solo criando com- 12 meses Formação de 20 Técnicos
MIREMPET Treinados por Província.
petência nacional nas Áreas de Pesquisa e de Ensino.
MESCTI

1
Técnicos de nível médio
2
Técnicos de nível universitário

4.3. Relação Homem-Meio influenciadas por diversos factores que devem ser leva-
A qualidade de vida dos cidadãos depende direc- dos em consideração. Neste capítulo são apresentados
tamente do meio onde se encontram inseridos. As os objectivos e acções para o Saneamento Básico e o
componentes ambientais prioritárias do PNQA são Ruído.

4.3.1. Saneamento Básico


Para o saneamento básico, foram desenvolvidos objectivos que de forma geral promovem o abastecimento de água potá-
vel, o tratamento de águas residuais, a recolha e destino final dos resíduos sólidos e a drenagem de águas pluviais como
partes essenciais do Saneamento Ambiental de Angola e do seu desenvolvimento sustentável.
Objectivo 17: Melhorar os Objectivos e Metas da Política de Saneamento Ambiental.
Prazo Participantes/
N.º Actividades Metas Indicadores
Proposto Responsabilidade

MINAMB
Melhoria dos objectivos e aprovação da Política de Sanea- Actualização dos objecti-
PNUD
1 mento Ambiental, pela sua relação estreita com a saúde da 12 meses vos da Política de Sanea- Aprovação da Política
Consultores Exter-
população e a Qualidade do Ambiente. mento Ambiental
nos

MINAMB
INGA Relatório Anual sobre a
Monitorização da execução da Política de Saneamento Am- Número de Relatórios durante o pra-
2 48 meses MINSA Monitorização da Política
biental para garantir o cumprimento dos objectivos e metas. zo proposto
MINEA de Saneamento Ambiental
PNUD

Apoio das acções do Programa de Saneamento Total Lide- MINAMB Aumento das províncias
rado pela Comunidade /Escola (STLC/E) no âmbito da es- MINSA atingidas pelo Programa Número de Comunidades e Escolas
3 12 meses
tratégia de combate a pobreza e melhoria do Saneamento MASFAMU Diminuição dos índices de que aderem ao Programa, por Província.
Básico. U.E Cólera e Malária

Sensibilização da população sobre saneamento ambiental, MINAMB Número de Formações


Acções formativas em to-
4 com enfâse nas mulheres pelo seu papel fundamental no com- 48 meses MASFAMU Número de Mulheres formadas por
das as Províncias
bate aos problemas provocados pela falta de saneamento. MINEA Província
2956 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Prazo Participantes/
N.º Actividades Metas Indicadores
Proposto Responsabilidade
Número de Programas abrangidas
pelo Programa;
Número de Aldeias Certificadas
Apoiar a implementação da Estratégia Nacional do Sanea- MINAMB SDAL
5 mento Total Liderado pelas Comunidades e Escolas em to- 24 meses Governos Provin- Estratégia Elaborada Número de população abrangida
das as províncias ciais pelo Programa
Número de Comunidades que subi-
ram a Escala de Saneamento após
implementação do Programa
MINAMB
INGA Relatório Anual sobre a
Monitorização da execução da Política de Saneamento Am- Número de Relatórios durante o pra-
6 48 meses MINSA Monitorização da Política
biental para garantir o cumprimento dos objectivos e metas. zo proposto
MINEA de Saneamento Ambiental
PNUD
Apoio das acções do Programa de Saneamento Total Li- S Aumento das
Número de Comunidades e Escolas
derado pela Comunidade / Escola (STLC/E) no âmbito da MINAMB MINSA províncias atingidas pelo
7 12 meses que aderem ao Programa, por Pro-
estratégia de combate a pobreza e melhoria do Saneamento MASFAMU U.E Programa Diminuição dos
víncia.
Básico. índices de Cólera e Malária
Sensibilização da população sobre saneamento ambiental, MINAMB
Acções formativas em to- Número de Formações Número de
8 com enfâse nas mulheres pelo seu papel fundamental no com- 48 meses MASFAMU
das as Províncias Mulheres formadas por Província
bate aos problemas provocados pela falta de saneamento. MINEA
Número de Programas abrangidas
pelo Programa;
Número de Aldeias Certificadas
Apoiar a implementação da Estratégia Nacional do Sanea- MINAMB SDAL
9 mento Total Liderado pelas Comunidades e Escolas em to- 24 meses Governos Provin- Estratégia Elaborada Número de população abrangida
das as províncias ciais pelo Programa
Número de
Comunidades que subiram a Escala
de Saneamento após
Elaboração de Normas para Protecção das Águas contra a
poluição causada por descargas de águas residuais; de acor-
10 18 meses MINAMB Norma Elaborada Aprovação da Norma
do com o artigo 13.º do (Decreto Presidencial n.º 261/11, de
6 de Outubro) do Regulamento sobre a Qualidade da Água
Implementação do sistema de licenciamento das descargas
MINAMB
de águas residuais de acordo com o artigo 13.° do (Decreto Implementação do Sistema
11 12 meses MINEA Número de Licenças Emitidas
Presidencial n.º 261/11, de 6 de Outubro) do Regulamento de Licenciamento
INRH
sobre a Qualidade da Água
Implementação do Sistema de Fiscalização das Descargas Implementação do Sistema
12 12 meses MINAMB Número de Fiscalizações Realizadas
de Águas Residuais. de Fiscalização
MINAMB
MINEA
Divulgação das Tecno-
Promoção da utilização de Tecnologias para o Tratamento INRH
13 48 meses logias de Tratamento de Números de campanhas realizadas
de Águas Residuais. MINSA
Águas Residuais
MIND
MESCTI
MINAMB
Elaboração de Normas e Planos Directores de Urbanização
MININT Elaboração das Normas e Aprovação das Normas e dos Planos
14 necessários para organizar os sectores de drenagem pluvial, 18 meses
MINSA dos Planos Directores Directores.
recolha e tratamento de esgotos.
MINOTH

4.3.2. Ruído
Dentre os diversos problemas ambientais, a poluição sonora é um dos que tem prejudicado a qualidade de vida nas cida-
des. Neste sentido o PNQA define algumas medidas para o combate deste problema.
Objectivo 18: Priorizar a promulgação do Decreto Presidencial sobre Poluição Sonora.
Prazo Participantes/
N.º Actividades Metas Indicadores
Proposto Responsabilidade
MINAMB
MININT
Após a aprovação do Decreto Presidencial sobre Poluição Divulgação do Decreto Pre-
MINED Número de Acções Educativas
1 Sonora, promover a sua divulgação através dos órgãos de 12 meses sidencial sobre em todas as
MESCTI por Província
comunicação social e de campanhas de sensibilização. províncias
Universidade e Escolas
Governos Provinciais
Número
Verificação das Exigência do Decreto Presidencial sobre Po-
Diminuição da poluição so- empreendimentos e conformi-
2 luição Sonora nos empreendimentos avaliados por meio dos 48 meses MINAMB
nora dade com o Decreto Presiden-
Estudos de Impactes Ambientais.
cial sobre Poluição Sonora
Apoio à fiscalização nos termos do artigo 79.º do Código de
Estrada, aprovado pelo Decreto Presidencial n.º 5/08, de 29
MINAMB
de Setembro, que define os limites máximos de ruídos a se- Diminuição da poluição so- Multas Aplicadas por Poluição
3 48 meses MININT
rem emitidos por veículos a motor, bem como de aparelhos nora Sonora
MINTRANS
radiofónicos ou de reprodução sonora instalados no veículo
e resultantes de operações de carga e descargas.
I SÉRIE – N.º 66 – DE 19 DE MAIO DE 2020 2957

Prazo Participantes/
N.º Actividades Metas Indicadores
Proposto Responsabilidade
Apoio à implementação da Legislação Poluição Sonora para
MINAMB
Aeronaves Nacionais e Internacionais operando no território Número de Aeronaves Ade-
4 48 meses MINTRANS Implementação da legislação
nacional, de acordo com os Anexos da Organização de Avia- quadas à Legislação
INAVIC
ção Civil Internacional.
MINAMB
Número de agentes Treinados
Formação de 50 agentes da ordem pública e 20 fiscais am- INGA
50 Agentes formados 20 Fis- por Província
5 bientais para auxiliar no controlo dos níveis de ruído nas 6 meses MININT
cais ambientais formados Número de fiscais treinados
áreas urbanas e peri-urbanas. Associações Ambientais
por província
Governos Provinciais
Fiscalização para Controlo dos Níveis de Poluição Sonora, Número de Multas Aplicadas
Implementação dafiscaliza-
6 das áreas urbanas e peri- urbanas, por meio de Agentes da 48 meses MINAMB MININT em Conformidade com a Lei
ção por poluição sonora
Ordem Pública e Fiscais Ambientais. sobre Poluição Sonora
Número de Agentes e Fiscais
Aquisição de 70 Medidores de Nível de Pressão Sonora e 70 MINAMB Equipamento de Agentes e
7 6 meses Equipados para medir a Polui-
Calibradores Acústicos. MININT Fiscais
ção Sonora

6. MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO ceito de regularidade (medições ao longo do tempo) e ao de


PROGRAMA comparabilidade (o que implica na necessidade de dados fiá-
veis e rigorosos).
6.1. Conceitos
6.1.2. Avaliação
O Sistema de Monitorização e Avaliação do PNQA
objectiva recolher, analisar e utilizar as informações A avaliação é o processo de quantificação periódica dos
sobre o andamento do Programa contribuindo com o resultados e da aplicação dos recursos para aperfeiçoar o
plano. No caso particular do PNQA, permite a confirmação
Governo na tomada de decisões. Está de acordo com o
da existência de benefícios para a população.
Sistema de Monitoria e Avaliação do Plano Nacional de
A avaliação exige um maior rigor metodológico, pois
Desenvolvimento de Angola e sua concepção obedeceu o
relaciona os Resultados a nível do Programa (Output) com
quadro conceptual seguinte:
os Resultados a Nível da População (Outcomes e Impactos).
6.1.3. Indicadores
Um indicador é uma variável de medição do progresso
dos objectivos e actividades específicas traçadas, por isso
os indicadores seleccionados devem ser válidos, fiáveis,
específicos, sensíveis às mudanças, viáveis, auditáveis,
mensuráveis e comparáveis.
Os indicadores do plano de acção do Programa Nacional
da Qualidade Ambiental constituem um instrumento de ava-
liação da eficácia, eficiência, qualidade e cumprimento dos
objectivos e das actividades propostas.
O conjunto de indicadores é um instrumento chave para
a geração de dados históricos e avaliação do processo de
evolução do programa. Na primeira fase os indicadores do
programa servirão para traçar as linhas de base em termos
de qualidade ambiental, e serão limitados para facilitar sua
6.1.1. Monitorização utilização.
A monitorização é o processo contínuo de acompanha- Uma vez traçadas as linhas de base, será possível elevar
mento da implementação do Programa, de modo a verificar o nível de complexidade dos indicadores e adicionar outros
a melhor alocação dos recursos, a superação dos obstácu- em função dos diferentes níveis de avaliação pretendida.
los, o seguimento frequente dos elementos fundamentais 6.2. Metodologia de Recolha de Dados
para o desenvolvimento do mesmo. Inclui normalmente as A recolha de dados tem como objectivo final que a infor-
Entradas (Inputs), processos e Saídas (Outputs). mação seja incluída no processo de tomada de decisão.
A monitorização é utilizada para estimar em que medida Atendendo às considerações anteriores sobre
os objectivos específicos planeados estão a ser atempa- Monitorização e Avaliação é necessário que exista uma
damente atingidos e ajuda os gestores a determinar, com recolha de dados de rotina, controlada regularmente (de três
regularidade, que áreas exigem mais esforço de intervenção em três meses, de seis em seis meses e anualmente) assim
e a identificar aquelas que poderão contribuir para atingir como o planeamento de inquéritos de monitorização e ava-
resultados mais adequados. Deve estar associada ao con- liação para aplicar a médio e longo prazo (1 a 3 anos).
2958 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Para o PNQA sugere-se a seguinte periodicidade de recolha de dados:


Nível do Indicador Frequência Recomendada Métodos de recolha sugeridos
Estrutura/
Estatísticas do MINAMB e de Outros Ministérios
processo Controlo continua (de 15 ou de 30 em 30 dias)
Programa de Monitorização específico
(Inputs)
Resultados
Estatísticas do MINAMB e de Outros Ministérios
Directos Trimestral, Semestral ou anual
Programa de Monitorização específico
(Outputs)
Resultados
Inquéritos populacionais
Indirectos De 1 a 5 anos
Estudos especiais
(Outcomes)
Inquéritos populacionais
Impacto De 2 a 5 anos
Estudos especiais

Os métodos de recolha de dados a utilizar no PNQA Levantamento dos requisitos existentes aplicá-
poderão ser: veis em Angola ao ambiente e áreas correlatas
Relatórios Estatísticos: permitem recolher dados de (Petróleos, Água e Energia, Urbanismo,
rotina relacionados aos recursos básicos, às acti- Educação, etc.), nomeadamente Leis,
vidades e aos resultados ao nível do Programa; Decretos Presidenciais, Normas e Acordos
Inquéritos de tipo populacional: baseados numa ratificados pelo País (PNQA Anexo II).
amostra da população alvo ou da população geral No presente caso, os requisitos abrangem as necessida-
representam as características, comportamentos des e expectativas do público-alvo dos serviços do governo
e práticas dessa população. Um inquérito popu- (a sociedade), os requisitos legais e os próprios requisitos
lacional inicial quanto a qualidade do ar, da água para implementação de uma gestão de qualidade nas ques-
e do solo poderá ser efectuado com o intuito de tões relacionadas ao ambiente.
permitir a avaliação dos resultados (out comes) b) Definição das Responsabilidades:
e impactos do Programa a posteriori (em que 1. Definição das responsabilidades da Alta
medida melhorei); Governação: Compromisso do Governo,
Estudos especiais: neste grupo estão enquadrados Compromisso do Ministério do Ambiente,
estudos de resultado, estudos qualitativos e estu- Política da Qualidade Ambiental.
dos de investigação. 2. Definição das responsabilidades dos diferen-
tes actores: Uso de ferramentas da gestão da
qualidade1 para criação de objectivos e tare-
fas para alcance dos mesmos.
ANEXO I Ao falar de responsabilidades, o sistema de gestão da qua-
METODOLOGIA PARA CRIACÃO, lidade visa o compromisso de todos, em particular do mais
OPERACIONALIZACÃO, MONITORIZAÇÃO alto nível de Direcção do País, de modo a garantir que sejam
E AVALIAÇÃO DO PNQA disponibilizados os recursos e informações para apoiar a
Criação e Estruturação do PNQA operacionalização e a monitorização dos diversos processos
A metodologia de criação do Programa Nacional de do programa, assim como as acções necessárias para atingir
Qualidade Ambiental foi orientada pelas boas práticas e os resultados planeados e sua melhoria. Também estabelece
pelos princípios nacionais e internacionais dos sistemas de a Política de Qualidade Ambiental e a verificação periódica
gestão da qualidade, sendo importante realçar o princípio da mesma confirmando sua vigência permanente. A eficá-
«da abordagem por processos». A principal vantagem deste cia do sistema será avaliada por análises críticas periódicas
tipo de abordagem é o controlo contínuo sobre os proces- do mais alto nível de Direcção para efectuar as acções cor-
sos individuais, os processos do sistema e a combinação e rectivas necessárias, baseadas nas informações obtidas das
interacção entre os mesmos; garantindo desse modo a imple- medições, da análise e das propostas de melhoria.
mentação bem-sucedida do programa. c) Gestão dos Recursos Humanos e Materiais para
A criação do Programa fundamentou-se em qua- implementação e avaliação do programa:
tro princípios orientadores, nomeadamente: Requisitos, Uso de ferramentas da gestão da qualidade para
Responsabilidades, Gestão dos Recursos, Medição, Análise criação de objectivos e tarefas para alcance
e Melhoria Contínua. Estes princípios orientadores serão dos mesmos;
descritos detalhadamente a seguir: Processo de consulta interna e externa para verifi-
a) Enquadramento Legal e Estratégico: cação da inclusão de todas as áreas relevantes
Levantamento das necessidades do Governo, da na criação e na implementação do programa.
sociedade, da comunidade internacional; A gestão dos recursos, inicialmente, está relacionada ao
Levantamento dos compromissos nacionais e dimensionamento dos recursos humanos, de infra-estruturas
internacionais; e do ambiente de trabalho que permitam realizar as activi-
I SÉRIE – N.º 66 – DE 19 DE MAIO DE 2020 2959

dades do Programa. Em termos de Recursos Humanos, sua Criação da Monitorização e Avaliação do PNQA:
gestão tem a ver com a selecção das pessoas que executarão Indicadores, Metas, Resultados a Nível do Programa,
as actividades, assim como o desenvolvimento das com- Resultados a Nível de População e Impacto a longo prazo.
petências e da consciencialização para obter os resultados No caso da Medição, Análise e Melhoria contínua, o
esperados. Programa deverá melhorar continuamente sua eficácia, veri-
Durante o processo de auscultação foram identificados ficando o aumento da qualidade dos serviços do Governo
os Ministérios, Institutos, Agentes Governamentais (ex. aos cidadãos e assegurando a conformidade do próprio
PNUD, UNICEF) e outras entidades que deverão participar programa com seu propósito. A monitorização e medi-
nas actividades, com a coordenação do MINAMB. ção dos processos serão feitas em relação às políticas, aos
Como infra-estruturas, entendem-se edifícios, espaços objectivos e aos requisitos do Programa, e evidenciarão os
de trabalho e instalações associadas, equipamentos de pro- resultados. Sempre que sejam necessárias acções correcti-
cesso (tanto materiais e equipamentos quanto programas de vas e preventivas existirão registos para auxiliar na tomada
computador), e serviços de apoio (como sistemas de trans- de decisões, nomeadamente: relatórios de auditoria do
porte, comunicação ou informação). Programa, Relatórios dos sectores responsáveis, Estatísticas,
d) Medição, Análise e Melhoria Contínua: Relatórios do Banco de Dados de Indicadores Ambientais.
Uso de ferramentas da gestão da qualidade para
criação de objectivos e tarefas para alcance
dos mesmos;
Processo de consulta interna e externa para
obtenção de ideias de melhoria ao Programa;
Pesquisa bibliográfica: Além de documentos de
relevância internacional no que diz respeito a
qualidade e ambiente, a pesquisa bibliográfica
analisou de forma exaustiva os documen-
tos nacionais de referência e importância
para a elaboração do Programa Nacional de
Qualidade Ambiental como o Plano Nacional
de Desenvolvimento de Angola (2013-2017),
o Plano de Desenvolvimento Nacional (2018-
2022), em termos de Gestão Sustentada dos
Recursos Naturais e do Ambiente, bem como
da Sustentabilidade Ambiental, o pacote
legislativo do MINAMB, e os seguintes Operacionalização do Programa: Criação do Plano de
Planos Estratégicos, Programas, Planos e Acção e do Orçamento Estimativo
Comunicações: Plano de Acção Nacional
O Plano de Acção (Capítulo 4) e o Orçamento Estimativo
de Adaptação às Alterações Climáticas
(Anexo III) permitirão a Operacionalização do Programa.
(PANA), Plano Estratégico da Rede Nacional
Para criar estes dois itens do Programa foi utilizada a ferra-
de Áreas de Conservação de Angola
(PLENARCA), Estratégia Nacional e Plano menta da gestão da qualidade 5W 2H.
de Acção da Biodiversidade (2019-2025), Esta ferramenta permite por meio de 7 perguntas res-
Plano Estratégico das Novas Tecnologias ponder todas as questões que possam surgir entre as partes
Ambientais, o Plano Estratégico para a interessadas (stakeholders) na concretização de um objec-
Gestão de Resíduos Urbanos (PESGRU), tivo. Seu nome deriva da língua inglesa (o que será feito/
o Plano Nacional de Desenvolvimento what, por quê será feito/why, quando será feito/when, quem
Sanitário (PNSA), Primeira Comunicação será responsável por fazer/who, onde será feito/where, como
Nacional de Angola à Convenção Quadro das será feito/ how e quanto custará/howmuch) e de forma prá-
Nações Unidas Sobre Alterações Climáticas, tica permite organizar as actividades a serem desenvolvidas
o Programa «Água Para Todos», Programa pelas equipas de trabalho para concretizar os objectivos.
de Acção Nacional de Combate a Seca e a O Plano de acção contém as actividades específicas, seus
Desertificação (PANCOD), o Programa de
benefícios e a forma de concretizá-las. Contém os prazos,
Educação Ambiental (PECA), o Programa
os responsáveis e os indicadores e metas de formas a medir
Nacional Estratégico para a Água (PNEA), a
Política de Saneamento Ambiental de Angola sua execução.
(PNSAA), Estratégia e Plano de Acção O orçamento estimativo contém as actividades, o des-
Nacionais para a Biodiversidade (NBSAP), dobramento em tarefas e os custos Estimativos para sua
Estratégia Nacional do Saneamento Total concretização.
Liderado Pelas Comunidades e Escolas em A seguinte figura esquematiza a ferramenta a modo de
Angola (2019-2030). exemplo:
2960 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Plano de Acção:

5W
O que, porquê? Quando? Quem?
2H
N.º Actividade Prazo Proposto Participantes Responsabilidade
MINAMB
MIND
MIREMPET
Aprimoramento do levantamento nacional das fontes contaminantes: pontuais, difusas,
MINAGRIF
estacionárias e móveis, objectivando manter actualizado o inventário das fontes conta-
1 12 meses MINPESMAR
minantes e as tendências das concentrações de contaminantes atmosféricos ao longo do
MINTRANS
tempo em concordância com o Plano Nacional das Emissões
INAMET
Governos
Provinciais
Aprimoramento do levantamento nacional das fontes contaminantes: pontuais, difusas, Solicitação de Informações aos
estacionárias e móveis, objectivando manter actualizado o inventário das fontes conta- diversos sectores Análise das
1 12 meses
minantes e as tendências das concentrações de contaminantes atmosféricos ao longo do Informações Elaboração de Re-
tempo em concordância com o Plano Nacional das Emissões latório

Princípios da Gestão da Qualidade 4. Abordagem de Processo: cada objectivo e suas acti-


Para garantir que o Programa Nacional de Qualidade vidades para concretização serão analisados para serem
Ambiental atinja seu máximo desempenho e melhore con- gerenciados como processos. Dessa forma os resultados
tinuamente, os objectivos e as actividades criadas para sua poderão ser mais eficientes.
concretização, deverão seguir oito princípios da Gestão da 5. Abordagem Sistémica para a Gestão: identificar,
Qualidade: entender e gerenciar processos interrelacionados como um
1. Estar Focalizadas no Público-Alvo (Cidadão): pro- sistema contribui para a eficácia e eficiência do Programa
curar compreender toda a extensão das necessidades e
no sentido desta atingir os seus objectivos. Por isso o
expectativas da população angolana em relação a qualidade
Programa promove a interacção dos diversos órgãos públi-
do ar, da água, do solo, do saneamento básico, do nível de
cos na intenção de integrar as acções e aumentar a qualidade
poluição sonora, da educação ambiental; garantindo uma
e quantidade de resultados positivos. Nesta perspectiva tam-
abordagem balanceada entre as necessidades e expectati-
vas do cidadão e das outras partes interessadas (governo, bém o Programa prevê actividades que integrem diferentes
comunidade internacional, associações, entidades privadas). Planos e Programas já existentes, consolidando as acções e
Uma vez que as necessidades tenham sido identificadas, é resultados.
necessário comunica-las a todos os envolvidos. Todas as 6. Melhoria Contínua: de forma contínua o Programa
actividades devem prever a mensuração da satisfação do permitirá a inserção de melhorias procurando a melhoria do
cidadão e contemplar acções sobre os resultados. desempenho global.
2. Responsabilidades do Executivo: o Executivo será 7. Abordagem Factual para Tomada de Decisão: a
fundamental na transmissão da visão do Programa Nacional criação de índices, criação ou actualização de bases de
da Qualidade Ambiental a todos os participantes, estabele- dados, e o registo das informações nas diferentes activi-
cendo unidade de propósito. Também será responsável por
dades do Programa contribuirão na tomada de decisão do
promover a boa comunicação e a capacitação dos quadros
governo (pelos factos). As estatísticas ajudarão futuras
directamente envolvidos na concretização dos objectivos.
pesquisas, medições comparativas, medição acurada do
3. Compromisso das Pessoas: a essência do Programa
são as pessoas e seu total compromisso possibilitará que as Desenvolvimento do País.
suas habilidades sejam usadas para o benefício do mesmo. Parceiros do Programa: o Programa contará com parcei-
A participação das pessoas responsáveis pela concretiza- ros estratégicos do Sector Público e Privado. Estes parceiros
ção dos objectivos na criação e validação do Programa, visa deverão ser escolhidos na perspectiva de agregar valor ao
criar esse compromisso. Programa.
I SÉRIE – N.º 66 – DE 19 DE MAIO DE 2020 2961

ANEXO II
LEGISLACÃO NACIONAL E INTERNACIONAL
Legislação Nacional
Geral Data de Publicação

Constituição da República de Angola 5 de Fevereiro de 2010

Lei de Bases do Ambiente Lei n.º 5/98, de 19 de Junho

Lei das Águas Lei n.º 6/02, de 21 de Junho

Lei de Terras Lei n.º 9/04, de 9 de Novembro

Lei das Associações de Defesa do Ambiente Lei n.º 3/06, de 18 de Janeiro

Lei sobre o Regulamento Sanitário Lei n.º 5/87, de 23 de Fevereiro

Lei do Ordenamento do Território e do Urbanismo Lei n.º 3/04, de 25 de Junho

Lei das Actividades Industriais Lei n.º 5/04, de 7 de Setembro

Lei das Actividades Petrolíferas Lei n.º 10/04, de 12 de Novembro

Decreto Presidencial sobre Avaliação de Impacte Ambiental Decreto Presidencial n.º 51/04, de 23 de Julho

Decreto Presidencial sobre Licenciamento Ambiental Decreto Presidencial n.º 59/07, de 13 de Junho

Decreto Presidencial sobre Auditorias Ambientais Decreto Presidencial n.º 1/10, de 13 de Janeiro

Decreto Presidencial sobre Qualidade da Água Decreto Presidencial n.º 261/11, de 6 de Outubro

Decreto Presidencial que aprova as Taxas Ambientais Decreto Presidencial n.º 130/09, 26 de Novembro

Decreto Presidencial que cria o Centro de Análises de Poluição e Controlo Ambiental, abreviadamente designado por
Decreto Presidencial n.º 143/13, de 27 de Setembro
CAPA, e aprova o seu Estatuto Orgânico

Decreto Presidencial que aprova o Plano Estratégico das Novas Tecnologias. Decreto Presidencial n.º 88/13, de 14 Junho

Decreto Presidencial que aprova o Regulamento sobre Responsabilidade por danos Ambientais. Decreto Presidencial n.º 194/11, de 7 de Julho

Despacho que cria a Comissão Técnica Multissectorial para o Ambiente Despacho n.º 30/10, de 21 de Junho

Decreto Presidencial que cria o Fundo do Ambiente e aprova o referido Estatuto Orgânico. Decreto Presidencial n.º 9/11, de 7 de Janeiro

Decreto Presidencial que aprova o Estatuto Orgânico do Ministério do Ambiente. Decreto Presidencial n.º 45/18, de 14 de Fevereiro

Ar Data de Publicação

Decreto Presidencial que aprova o Regulamento que estabelece as Regras sobre a Produção, Exportação, Reexportação e
Decreto Presidencial n.º 153/11, de 15 de Junho
Importação de Substâncias, Equipamentos e Aparelhos Possuidores de Substâncias que Empobrecem a Camada de Ozono.
Decreto Presidencial que aprova o Regulamento sobre a Actividade de Importação, Comércio e Assistência Técnica a
Decreto Presidencial n.º 135/10, de 13 de Julho
Equipamentos Rodoviários

Decreto Presidencial que aprova o Regulamento Ambiental para veículos de Transportes em Fim de Vida Decreto Presidencial n.º 165/10, de 2 de Agosto

Decreto Presidencial que aprova o Regulamento sobre Inspecções a Veículos Automóveis e seus reboques Decreto Presidencial n.º 168/10, de 4 de Agosto

Água Data de Publicação

Lei das Águas Lei n.º 6/02, de 21 de Junho

Decreto Presidencial sobre a Qualidade da Água Decreto Presidencial n.º 261/11, de 6 de Outubro

Decreto Presidencial que aprova o Regulamento sobre o Controlo da Poluição das Águas Nacionais Decreto Presidencial n.º 9/12, de 24 de Agosto

Solo Data de Publicação

Decreto Presidencial que aprova o Regulamento sobre a Gestão de Resíduos Decreto Presidencial n.º 190/12, de 24 de Agosto

Decreto Presidencial que aprova o Plano Estratégico para a Gestão de Resíduos Urbanos (PESGRU) Decreto Presidencial n.º 196/12 de 30 de Agosto

Decreto Presidencial que aprova o Regulamento de Transporte Rodoviário de Mercadorias Perigosas. Decreto Presidencial n.º 195/12, de 29 de Agosto

Decreto Presidencial que aprova o Regulamento sobre a Prevenção de Derrames nos Transportes Rodoviários de Mercadorias Decreto Presidencial n.º 136/10, de 13 de Julho

Decreto Presidencial que aprova o Programa de Acção Nacional de Combate à Desertificação Decreto Presidencial n.º 46/14, de 25 de Fevereiro

Decreto Presidencial aprova o Regulamento sobre a Biossegurança Decreto Presidencial n.º 62/11, de 14 de Abril

Decreto Presidencial que aprova o Regime Jurídico a que fica sujeito a gestão de resíduos de construção e demolição. Decreto Presidencial n.º 17/13, de 22 de Janeiro

Decreto Presidencial que prova as Normas Orientadoras para Elaboração dos Planos Provinciais de Gestão de Resíduos Urbano Decreto Presidencial n.º 234/13, de 18 de Julho

Decreto Presidencial que aprova o Regulamento de Transporte Rodoviário de Mercadorias Sob Temperatura Controlada Decreto Presidencial n.º 153/10, de 26 de Julho
2962 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Biodiversidade Data de Publicação

Lei que cria os Parques Nacionais de Luengué-Luiana, do Mavinga e Maiombe. Lei n.º 38/11, de 29 de Dezembro

Resolução que aprova os Estatutos da União Internacional para a Conservação da Natureza-UICN Resolução n.º 21/ 03, de 27 de Maio

Resolução que aprova a Estratégia e o Plano de Acção para a Biodiversidade Resolução n.º 42/06, de 26 de Julho

Resolução que aprova o Memorando de Entendimento entre o Governo da República de Angola, e o Governo da Repú-
Resolução n.º 41/06, 24 de Julho
blica da Namíbia para o estabelecimento da Área Transfronteiriça de Conservação Iona/SkeletonCoast.

Resolução que aprova a Política Nacional de Florestas, Fauna Selvagem e Áreas de Conservação. Resolução n.º 1/10, de 14 de Janeiro

Convenções Internacionais

Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (UNFCCC)

Convenção de Viena para a Protecção da Camada de Ozono

Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação

Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes (POP)

Convenção para a Protecção do Património Mundial, Cultural e Natural

Convenção sobre a Diversidade Biológica

Convenção sobre a Cooperação e Combate contra a Poluição por Hidrocarbonetos

Convenção de Ramsar sobre Zonas Húmidas de Importância Internacional

Convenção de Bona sobre a Conservação das Espécies Migradoras da Fauna Selvagem

Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs)

Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécie da Flora e Extinção (CITES) da Fauna Selvagem em Perigo de

Convenção de Minamata

Protocolo Revisto sobre Cursos de Água Partilhada (SADC)

Protocolo de Montreal para a Protecção da Camada de Ozono

Normas Angolanas Publicadas Código

Sistemas de Gestão Ambiental - Requisitos e linhas de orientação param a sua utilização NA ISO 14001:2004

Directrizes para auditorias de sistemas de gestão da qualidade e/ou ambiental NA IS019011:2002

Avaliação de Conformidade — Requisitos para organismos que fornecem auditoria e certificação de sistemas de gestão NA ISO/IEC 17021:2006

Gases de efeito estufa Parte 1: Especificação e orientação a organizações para quantificação e elaboração de relatórios de emissões e remoções
NA ISO 14064-1:2006
de gases de efeito estufa.
Gases de efeito estufa Parte 2: Especificação e orientação a projectos para quantificação, monitorização e elaboração de relatórios das reduções
NA ISO 14064-2:2006
de emissões ou da melhoria das remoções de gases de efeito estufa.

Gases de efeito estufa Parte 3: Especificação e orientação para a validação e verificação de declarações relativas a gases de efeito estufa. NA ISO 14064-3:2006

Rótulo e declarações ambientais - Princípios gerais. NA ISO 14020:2005

Gestão Ambiental — Avaliação do desempenho ambiental - Linhas de orientação NA ISO 14031:2005

Fonte: Instituto Angolano de Normalização e Qualidade (www.ianorqangola.org)


I SÉRIE – N.º 66 – DE 19 DE MAIO DE 2020 2963

ANEXO III
CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES
Para auxiliar a concretização das actividades, o seguinte cronograma apresenta a sequência das mesmas, por componente
ambiental, por objectivo e por ano.
Ar

Água

Solo
2964 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Saneamento Básico Águas Interiores1: plataforma continental, mar territo-


Objectivo Objectivos 17 rial e zona económica exclusiva que, como recursos naturais
ANO A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 passíveis de uso e ocupação, relevem para os fins do ordena-
I Semestre mento do território.
2020
II Semestre Águas Pluviais1: parte de precipitação que escoa ou se

2021
I Semestre armazena na superfície do solo.
II Semestre Água Potável1: água que reúne determinadas caracterís-
I Semestre
2022 ticas físicas, químicas e biológicas que lhe confere qualidade
II Semestre
para o consumo humano.
I Semestre
2023 Águas Residuais1: águas escoadas depois de terem sido
II Semestre
utilizadas para fins domésticos ou industriais.
I Semestre
2024 Água Subterrânea1: águas que se encontram no subsolo.
II Semestre

I Semestre
Ambiente1: é o conjunto dos sistemas físicos, quími-
2025 cos, biológicos e suas relações e dos factores económicos,
II Semestre

I Semestre sociais e culturais, com efeito directo ou indirecto, mediato


2026
II Semestre ou imediato, sobre os seres vivos e a qualidade de vida dos
Ruído seres humanos.
Áreas de Protecção Ambiental2: espaços bem definidos
Objectivos Objectivo 18

ANO A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8
e representativos de biomas ou ecossistemas que interessam
I Semestre
preservar, onde não são permitidas actividades de explo-
2020
II Semestre ração dos recursos naturais, salvo, em algumas delas, a
I Semestre utilização para fins de turismo ecológico, educação ambien-
2021
11 Semestre tal e investigação científica.
I Semestre Auditoria Ambiental2: instrumento de gestão ambien-
2022
II Semestre tal que consiste na avaliação documentada e sistemática
2023
I Semestre das instalações e das práticas operacionais e de manutenção
II Semestre
de uma actividade poluidora, com o objectivo de verifi-
I Semestre
2024 car, o cumprimento dos padrões de controlo e qualidade
II Semestre
ambiental, os riscos de poluição acidental e a eficiência das
I Semestre
2025 respectivas medidas preventivas, o desempenho dos geren-
II Semestre
tes e operários nas acções referentes ao controle ambiental,
I Semestre
2026 a pertinência dos programas de gestão ambiental interna ao
II Semestre
empreendimento.
Avaliação de Impacte Ambiental1: é um instrumento da
ANEXO IV gestão ambiental preventiva que consiste na identificação e
Glossário análise prévia, qualitativa e quantitativa dos efeitos ambien-
Actividade : é qualquer acção de iniciativa pública ou
3
tais benéficos e perniciosos de uma actividade proposta.
privada, relacionada com a utilização ou a exploração de Biodiversidade3: é a variabilidade entre os organis-
componentes ambientais, a aplicação de tecnologias ou pro- mos vivos de todas as origens, incluindo, entre outros, dos
cessos produtivos, planos, programas, actos legislativos ou ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas
regulamentares, que afectam ou podem afectar o ambiente.
aquáticos, assim como os complexos ecológicos dos que
Aglomerados Urbanos1: territórios que abrigam aglome-
fazem parte; compreende a diversidade dentro de cada espé-
rados populacionais dotados de infra-estruturas urbanísticas,
cie entre as espécies e de ecossistemas.
designadamente redes de abastecimento de água, elec-
tricidade, e de saneamento básico, cuja estruturação se Cidades1: aglomerados urbanos dotados de estatuto
desenvolve segundo planos urbanísticos aprovados ou, na especial para o efeito, designadamente o foral um número
sua falta, segundo instrumentos de gestão urbanística legal- mínimo de habitantes, definido por lei, segundo as normas
mente equivalentes aprovados pela autoridade competente. de ordenamento do território.
I SÉRIE – N.º 66 – DE 19 DE MAIO DE 2020 2965

Componentes Ambientais2: diversos elementos que inte- ção dos problemas ambientais, tanto em relação aos seus
gram o ambiente e cuja interacção permite o seu equilíbrio, aspectos biofísicos, quanto sociais, políticos, económicos e
incluindo a água, o ar, o solo, o subsolo, os seres vivos e todas culturais, o desenvolvimento de habilidades e instrumentos
as condições socioeconómicas que afectam as comunidades. tecnológicos necessários à solução dos problemas ambien-
Comunidades Rurais1: comunidades de famílias vizinhas tais, o desenvolvimento de atitudes que levem à participação
ou compartes que, nos meios rurais, têm os direitos colec- das comunidades na preservação do equilíbrio ambiental.
tivos de posse, de gestão e de uso e fruição dos meios de Efluente1: descarga/rejeição de uma quantidade de água,
produção comunitários, designadamente, dos terrenos rurais com as matérias e energia que ela contém, após a sua uti-
comunitários por elas ocupados e aproveitados de forma útil
lização, que são emitidas das fronteiras territoriais duma
e efectiva, segundo os princípios de auto-administração e
actividade e são lançadas num aquífero superficial, subterrâ-
auto gestão, quer para sua habitação, quer para o exercício
neo ou numa rede pública de saneamento.
da sua actividade, quer ainda para a consecução de outros
Espaço Urbano: espaço compreendido nos perímetros
fins reconhecidos pelo costume e pelo presente diploma ou
urbanos.
seus regulamentos.
Estudo de Impacte Ambiental1: é a componente do
Controlo Ambiental2: faculdade da Administração
procedimento de avaliação de Impacte ambiental que
Pública de exercer a orientação, o licenciamento, a fiscaliza-
analisa técnica e cientificamente as consequências da
ção e a monitorização, sobre as acções referentes à utilização
dos recursos naturais, de acordo com as directrizes técnicas implementação de actividades de desenvolvimento sobre
e administrativas e as leis em vigor. o ambiente.
Corpo de Água1: acumulação natural ou artificial, de Erosão1: é o desprendimento da superfície do solo
uma massa de água que não é apenas considerada como um pela acção natural dos ventos ou das águas, que muitas
veículo ou substância que pode ser usada ou consumida, mas vezes é intensificado por práticas humanas de retirada de
sim como um ambiente propício à vida. vegetação.
Degradação do Ambiente2: alteração adversa das carac- Factor Ambiental2: elemento ou componente ambiental
terísticas do ambiente e inclui, entre outras, a poluição, a considerado do ponto de vista de sua função específica no
desertificação, a erosão e a desflorestação. funcionamento dos sistemas ambientais.
Derrames1: águas abandonadas, depois do seu uso, saí- Foral1: título, aprovado por Diploma do Governo, pelo
das de uma propriedade. qual o Estado delimita a área dos terrenos integrados no
Desenvolvimento sustentável2: desenvolvimento baseado domínio público do Estado e por este concedidos às autar-
numa gestão ambiental que satisfaz as necessidades da gera- quias locais para gestão autónoma.
ção presente sem comprometer o equilíbrio do ambiente e Gestão Ambiental2: maneio e a utilização racional e
a possibilidade das gerações futuras satisfazerem também sustentável dos componentes ambientais, incluindo a sua
suas necessidades.
reutilização, reciclagem, protecção e conservação.
Desertificação1: é um processo de degradação do solo,
Uso dos recursos naturais, por meio de acções ou medi-
natural ou provocado pela remoção da cobertura vegetal ou
das económicas, investimentos e providências institucionais
utilização predatória que, devido a condições climáticas,
e jurídicas, com a finalidade de manter ou recuperar a quali-
acaba por transformá-lo num deserto.
dade do ambiente, assegurar a produtividade dos recursos e
Desflorestamento3: é a destruição ou abate indiscrimi-
o desenvolvimento social.
nado de matas e florestas sem a reposição devida.
Habitat2: lugar onde vive ou onde pode ser encontrado
Drenagem1: Escoamento natural ou artificial de um ter-
um organismo, uma espécie ou uma comunidade biótica
reno alagado que se desloca para a superfície receptora a
cotas inferiores. inteira.
Ecossistema1: é um complexo dinâmico de comunidades Impacte Ambiental1: é qualquer mudança do ambiente,
vegetais, animais e microrganismos e o seu ambiente não para melhor ou para pior, especialmente com efeitos no ar,
vivo, que interage como uma unidade funcional. na água, no solo e subsolo, na biodiversidade, na saúde das
Educação Ambiental2: o processo de formação e informa- pessoas e no património cultural, resultante directa ou indi-
ção social orientado para o desenvolvimento de consciência rectamente de actividades humanas.
crítica sobre a problemática ambiental, compreendendo-se Legislação Ambiental3: abrange todo e qualquer Diploma
como crítica a capacidade de captar a génese e a evolu- legal que rege a gestão do ambiente.
2966 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Licença Ambiental2: certificado expedido pelo Ministério Programa Nacional de Gestão Ambiental (PNGA)2:
do Ambiente a requerimento do interessado, que atesta que, conjunto de medidas legislativas e executivas do aparelho
do ponto de vista da protecção do ambiente, a actividade está de Estado que conduzem a vida nacional para uma Política
em condições de ter prosseguimento. Ambiental de acordo com os princípios do Desenvolvimento
Licenciamento Ambiental2: instrumento de gestão Sustentável.
ambiental instituído pela Lei de Bases do Ambiente, que Projecto1: é a realização de obras de construção ou de
consiste num processo destinado a condicionar a construção outras instalações ou obras, ou outras intervenções no meio
e o funcionamento de actividades poluidoras ou que utilizem natural ou na paisagem incluindo as intervenções destinadas
recursos naturais à emissão prévia de licença ambiental pelo à exploração de recursos do solo.
Ministério do Ambiente. Qualidade do Ambiente3: é o equilíbrio e a sanidade do
Ordenamento do Território3: é o processo integrado da ambiente, incluindo a adequabilidade dos seus componentes
organização do espaço biofísico, tendo como objectivo o uso às necessidades do homem e de outros seres vivos.
e transformação do território de acordo com as suas capa- Qualidade de Vida3: é o resultado da interacção de fac-
cidades, vocações, permanência dos valores de equilíbrio tores no funcionamento das sociedades que se traduz no
biológico e de estabilidade geológica, numa perspectiva de
bem-estar físico, mental e social e/ou cultural do indivíduo.
manutenção e aumento da sua capacidade de suporte à vida.
Recursos Naturais1: os elementos naturais bióticos e
Padrões de Qualidade Ambiental3: são os níveis admis-
abióticos de que dispõe o homem para satisfazer suas neces-
síveis de concentração de poluentes prescritos por lei para
sidades económicas, sociais e culturais.
os componentes ambientais com vista a adequá-los a deter-
Recursos Hídricos1: recurso em águas disponíveis em
minado fim.
quantidade e qualidade, no local e momento apropriado para
Património Genético3: inclui qualquer material de ori-
gem vegetal, animal, de micro organismos ou de outra satisfazer uma demanda identificada.
origem que possuam unidades funcionais de hereditariedade Resíduos ou Lixos Perigosos3: são substâncias ou objec-
de valor actual ou potencial. tos que se eliminam, ou que se tem a intenção de eliminar,
Perímetro Comunitário Rural1: o perímetro delimitador ou se é obrigado por lei a eliminar e que contêm caracterís-
dos solos ocupados, fruídos e titulados pelas comunidades ticas de risco por serem inflamáveis, explosivas, corrosivas,
rurais. tóxicas, infecciosas ou radioactivas, ou por apresentarem
Perímetro Urbano1: o perímetro delimitador dos centros qualquer outra característica que constitua perigo à saúde
urbanos, definido nos termos da presente Lei e dos respecti- das pessoas e para a qualidade do ambiente.
vos Diplomas regulamentares. Sistema Ambiental1: processos e interacções do con-
Planeamento da Gestão Ambiental2: processo dinâmico, junto de elementos e factores que compõem o ambiente,
contínuo, permanente e participativo, destinado a identificar incluindo-se, além dos elementos físicos, bióticos e socioe-
e organizar em programas e projectos coerentes o conjunto conómicos, os factores políticos e institucionais.
de acções requeridas para resolver uma situação problemá- Salubridade Ambiental1: o estado de saúde em que vive
tica ou atingir um determinado objectivo, por meio da gestão
a população urbana e rural, tanto no que se refere capaci-
ambiental.
dade de inibir, prevenir ou impedir a ocorrência de doenças
Poço1: abertura do terreno através de meios natu-
veiculadas pelo meio ambiente, como ao seu potencial de
rais ou mecânicos de modo a permitir a captação de água
promover condições mesológicas favoráveis à saúde e ao
subterrânea.
bem-estar.
Poluição1: é a deposição no ambiente de substância ou
Saneamento Ambiental1: conjunto de acções socioeco-
resíduos, independentemente da sua forma, bem como a
nómicas que têm por objectivo alcançar níveis crescentes de
emissão de luz, som e outras formas de energia, de tal modo
e em quantidade tal que o afecta negativamente. salubridade ambiental, por meio do abastecimento de água
Política Ambiental1: é a articulação de ideias e atitudes potável, colecta e disposição sanitária de resíduos líquidos,
dos cidadãos, que determinam um rumo na vida da socie- sólidos e gasosos, promoção de educação sanitária do uso e
dade humana com vista ao aumento da qualidade de vida ocupação do solo, drenagem urbana, e controle de vectores
sem pôr em risco os ciclos biogeoquímicos indispensáveis a reservatórios de doenças transmissíveis, com a finalidade de
manutenção da biodiversidade, onde se inclui a sobrevivên- proteger e melhorar as condições de vida, tanto nos centros
cia do ser humano. urbanos, como nas comunidades rurais.
I SÉRIE – N.º 66 – DE 19 DE MAIO DE 2020 2967

Saúde1: estado de completo bem-estar físico, mental e Terreno1: parte delimitada do solo, incluindo o subsolo
social das populações e não apenas a ausência de doença ou e as construções nele existente que não tenham autonomia
de enfermidade. económica, a que corresponda ou possa corresponder um
Saúde Ambiental : parte da saúde pública resultante
1
número próprio na matriz predial respectiva e no registo
dos efeitos do ambiente sobre as condições de saúde das predial.
populações. Urbanismo1: é a actividade que tem por objecto a adapta-
Saúde Pública : aumentar as condições de vida das
1
ção do espaço natural ao homem e à sua medida, através da
populações pela prevenção de doenças, melhoria da saúde e realização de obras de modelação do terreno, sua pavimen-
aumento da longevidade através de mecanismos de interven- tação e suporte, a infra-estruturação e o seu equipamento
ção ou vigilância accionados pelo Estado. social.
Solo1: camada superficial de terra sobre que recai a pro-
Fontes de Contaminação em Aquíferos4:
priedade originária do Estado e destinada a aproveitamento
Contaminação pontual: pode ser pontual, quando é
útil, rural ou urbano, através da constituição de um dos diver-
possível identificar o local no qual a contaminação esta pene-
sos tipos de direitos fundiários previstos na presente lei.
trando no aquífero. Alguns exemplos são: fossas de esgotos
Subsolo1: camada de terra imediatamente inferior ao
domésticos, aterros sanitários, vazamentos de depósitos de
solo. produtos químicos, reservatórios de efluentes domésticos e
Terra ou Território1: o espaço biofísico constituído pelo industriais.
conjunto dos solos urbanos e rurais, do subsolo, das águas Contaminações difusas: ocorrem quando a contamina-
inferiores, do mar territorial, da plataforma continental, bem ção é distribuída por uma superfície extensa, onde não é
como da zona económica exclusiva, enquanto elementos ou possível identificar individualmente cada carga como, por
recursos naturais contidos no interior das fronteiras territo- exemplo: contaminação por pesticidas na agricultura, os
riais nacionais com relevo para a execução dos respectivos vazamentos que ocorrem na rede cloacal e pluvial de uma
instrumentos. cidade.

Fonte de Poluição Agro-pecuária Características Tipo de Contaminante


Cultivo com Agro-químicos, irrigação, efluentes de irrigação.
Agro-pecuária Criação de animais e produção de alimento: lagoas de efluentes, dis- Nitratos, amónia, pesticidas e organismos fecais.
posição na terra.
Fossas sépticas e disposição no solo, aterros sanitários, lagoas de trata-
Benzeno, hidrocarbonetos, fenóis, organismos fecais,
Meio Urbano mento, vazamentos de rede de esgotos e outras, contaminação do escoa-
nitratos, metais.
mento pluvial, perfurações inadequadas de poços, postos de gasolina.
Desenvolvimento Industrial: Indústrias de metal, Pentaclorofenol, hidrocarbonetos, benzeno, triclore-
Lagoas efluentes, infiltração de resíduos, aterros, disposição através
madeira, alimentos, couro, produção de pesticidas, tileno, Tetracloretileno, zinco, ferro, cobre, fenóis,
de aspersão no solo e por poços, vazamento de sistemas de condutos.
petroquímica. sulfato, acidez, etc.
Efluente da mineração, lagoas resultantes da mineração, aterros de
Mineração Acidez, metais, sulfatos, mercúrio, etc.
rejeitos da mineração.
Intrusão salina, rebaixamento do aquífero com baixa capacidade de
Manejo da água subterrânea Sais, aumento da concentração dos poluentes, acidez.
diluição, barragem subterrânea

(1) Fonte: Política de Saneamento Ambiental da República de Angola.


(2) Fonte: Programa Nacional de Gestão Ambiental (PNGA).
(3) Fonte: Lei de Bases do Ambiente.
(4) Fonte: Foster et al 2003b).

ABREVIATURAS E ACRÓNIMOS IBA — Índice de Balneabilidade


CETAC — Centro de Ecologia Tropical e Alterações IDA — Instituto de Desenvolvimento Agrícola
IDF — Instituto de Desenvolvimento Florestal
Climáticas
IGA — Instituto Geológico de Angola
CMA — Comissão Multissectorial para o Ambiente
INAMET –– Instituto Nacional de Meteorologia e
CMAB — Comissão Multissectorial para as Alterações Geofísica
Climáticas e Biodiversidade INAVIC — Instituto Nacional de Aviação Civil
EIA — Estudo de Impacto Ambiental INGA — Instituto Nacional de Gestão Ambiental
IANORQ — Instituto Angolano de Normas de Qualidade INGR — Instituto Nacional de Gestão dos Resíduos
2968 DIÁRIO DA REPÚBLICA

INIDE — Instituto Nacional para Investigação e MINPESMAR — Ministério das Pescas


Desenvolvimento da Educação MIREMPET — Ministério dos Recursos Minerais e
INRH — Instituto Nacional dos Recursos Hídricos Petróleos
IQAr — Índice de Qualidade do Ar MEP — Ministério da Economia e Planeamento
IQÁgua — Índice de Qualidade da Água MINTRANS — Ministério dos Transportes
MDL — Mecanismo de Desenvolvimento Limpo MINSA — Ministério da Saúde
MAT — Ministério da Administração do Território ODM — Objectivos de Desenvolvimento do Milénio
MESCTI — Ministério do Ensino Superior, Ciência, ODS — Objectivos do Desenvolvimento Sustentável
Tecnologia e Inovação PANA — Plano Nacional de Adaptação às Alterações
MED — Ministério da Educação
Climáticas
MINAGRIC — Ministério da Agricultura e Florestas
PANCOD — Plano de Acção Nacional de Combate à
MINAMB — Ministério do Ambiente
Desertificação
MINCO— Ministério do Comércio
PESGRU — Plano Estratégico de Gestão dos Resíduos
MINCOP — Ministério da Construção e Obras Públicas
Urbanos
MINOTH — Ministério do Ordenamento do Território
e Habitação PND — Plano Nacional de Desenvolvimento
MINEA — Ministério da Energia e Águas PNE — Plano Nacional de Emissões
MASFAMU — Ministério da Acção Social, Família e PNQA — Programa Nacional de Qualidade Ambiental
Promoção da Mulher PNGA — Programa Nacional de Gestão Ambiental
MINFIN — Ministério das Finanças PNUD — Programa das Nações Unidas para o
MINTUR — Ministério do Turismo Desenvolvimento
MIND — Ministério da Indústria PNUA — Programa das Nações Unidas para o Ambiente
MININT — Ministério do Interior UE — União Europeia

O. E. 0703 - 5/66 - 150 ex. - I.N.-E.P. - 2020

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