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Segunda-feira, 28 de Outubro de 2019 I Série- N.

º 139

ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA


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As 3 Séries ........................ Kz: 910.357,66
15%
l .' Sé1ie ............................ Kz: 537.569,76
2.' Sé1ie ............................ Kz: 281.455,20
3.' Sé1ie ............................ Kz: 223.365,17 SUMÁRIO
b) Diário da República Gravado em CD:
As 3 Séries ........................ Kz: 734.159,40 Presidente da República
l.' Sé1ie ............................ Kz: 433.524,00 Decreto Presidencial n. º 316/ 19:
Ap rova o Regulamento da Lei n.º 11/ 19. de 14 de Maio. sobre as
2.' Sé1ie ............................ Kz: 226.980,00 Parcerias Público-Privadas. - Revoga toda a legislação que contra-
3.' Sé1ie ............................ Kz: 180.133,20 rie o disposto no presente Diploma.
9036 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Decreto Presidencial n.º 317/19:


Aprova o Memorando de Entendimento entre o Governo da República
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
de Angola e o Governo da Federação da Rússia. no Domínio dos
Diamantes. - Revoga toda a legislação que contrarie o disposto no
Decreto Presidencial n. º 316/ 19
presente Diploma. de 28 de Outubro
Decreto Presidencial n.º 318/19: Tendo em conta que a Lei n.º 11/ 19, de 14 de Maio,
R'\onera Rui Jorge Carneiro Mangueira do cargo de Embaixador
sobre as Parcerias Público-Privadas, operou uma modifica-
E,'\t.raordinário e Plenipotenciário da República de Angola acredi-
tado no Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e Mário ção significativa ao Regime Jurídico aplicável às Parcerias
Feliz do cargo de Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da Público-Privadas e procedeu a ajustamentos de melhoria ao
República de Angola acreditado na República da Côte D'Ivoire. respectivo quadro legal vigente, tomando mais dinâmico e
Decreto Presidencial n.º 319/19: actualizado o enquadramento jurídico-legal das Parcerias
R'\onera Aníbal João da Silva Melo do cargo de Ministro da Público-Privadas no País;
Comunicação Social.
Havendo necessidade de se regulamentar a Lei acima
Decreto Presidencial n.º 320/19:
referida, garantindo-se assim um ambiente favorável para
Nomeia Geraldo Sachipengo Nunda para o cargo de Embaixador
que a realização de projectos de Parceria Público-Privadas
E,'\t.raordinário e Plenipotenciário da República de Angola acredi-
tado no Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e Feliciano no País se desenvolva com o máximo de eficiência e com
António dos Santos para o cargo de Embaixador E,'\t.raordinário e procedimentos claros e objectivos;
Plenipotenciário da República de Angola acreditado na República O Presidente da República decreta, nos tennos da alí-
da Polónia.
nea e) do a1tigo 120.º e do n.º 1 do a1tigo 125.º, ambos da
Decreto Presidencial n.º 321/19: Constituição da República de Angola, o seguinte:
Nomeia Nuno dos Anjos Caldas Albino para o cargo de Ministro da
Comunicação Social. ARTIGO 1.0
(Aprovação)
Despacho Presidencial n.º 183/ 19:
Aprova o contrato de financiamento entre o Estado Angolano. repre-
É aprovado o Regulamento da Lei n.º 11/ 19, de 14 de
sentado pelo Ministério das Finanças. e a Gemcorp Capital LLP. na Maio, sobre as Parcerias Público-P1ivadas, anexo ao pre-
qualidade de arranger. Global Loan Agency Services. Limited. aqui sente Decreto Presidencial, de que é pa1te integrante.
designado de Agente. no valor g lobal de USD 400 000 000.00. para
ARTIGO 2. 0
a cobertura das despesas incorridas com a implementação do pro- (Âmbito de aplicação)
jecto do Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca.
O presente Regulamento aplica-se a todas as parcerias
Despacho Presidencial n.º 184/ 19:
público-privadas estabelecidas nos tennos da Lei n.º 11/ 19,
Autoriza a despesa e a abertura do procedimento de contratação simplifi-
cada para regularizar o abastecimento do mercado nacional de betume de 14 de Maio, das Parcerias Público-Privadas.
sono referente ao IV Trimestre do ano de 2018. em função da para- ARTIGO 3. 0
lisação da Refinaria de Luanda para manutenção geral e o Ministro (Revogação)
dos Recursos Minerais e dos Petróleos. com poderes de subdelegar. a
É revogada toda a legislação que contrarie o disposto no
celebrar o referido Contrato com a empresa Societe Multinational de
Betumes (SMB). no valor de g lobal de USD 6 182 400.00.
presente Diploma.

Despacho Presidencial n.º 185/19: ARTIGO4.º


(Dúvidas e omissões)
Autoriza a despesa global no valor de USD 20 000 000.00. mediante
procedimento de contratação simplificada. com base no critério As dúvidas e omissões resultantes da inte1pretação e
material. para a aquisição de serviços de apoio à desminagem e aplicação do presente Decreto Presidencial são resolvidas
delega competência ao Ministro da Defesa Nac ional para a prática
pelo Presidente da República.
dos actos previstos na Lei dos Contratos Públicos. com poderes para
subdelegar em representação do Estado Angolano. a celebrar o refe- ARTIGO 5. 0
(Entrada em vigor)
rido Contrato.

Despacho Presidencial n.º 186/ 19:


O presente Diploma entra em vigor na data da sua
Autoriza a despesa global no valor de€ 4 375 800.00. mediante proce- publicação.
dimento de contratação simp lificada. com base no critério material. Apreciado pela Comissão Económica do Conselho de
para a aquisição de Tratamentos Dialiticos Completos. bem como Ministros, em Luanda, aos 26 de Julho de 20 19.
a Construção. Apetrechamento. Instalação «Chave na Mão» do
Centro de Hemodiálise afecto ao Hospital Militar de Cab inda. e Publique-se.
delega competência ao Ministro da Defesa Nacional para a prática
Luanda, aos 23 de Outubro de 2019.
dos actos previstos na Lei dos Contratos Públicos. com poderes para
subdelegar em representação do Estado Angolano. a celebrar o refe- O Presidente da República, JoÃo MANUEL GONÇALVES
rido Contrato. L OURENÇO.
I SÉRIE-N.º 139-DE 28DE OUTUBRO DE 2019 9037

REGULAMENTO d) Aprovar os instmmentos de contratos e das suas


DA LEI SOBRE AS PARCERIAS alterações;
PÚBLICO-PRIVADAS
e) Apreciar e aprovar os relatórios semestrais de exe-
cução de contratos de Parceria Público-P1ivada,
CAPÍTULO I
Disposições Gerais preparados pela CTPPP, mediante infonnação
proveniente dos Depa1tamentos Ministeriais,
ARTIGO 1.0
(Objecto) Governos Provinciais, Autarquias Locais e
O presente Regulamento estabelece os órgãos, as nor- empresas públicas;
mas, os procedimentos de contratação, acompanhamento e j) Elaborar e enviar ao Titular do Poder Executivo o
fiscalização das Parcerias Público-Privadas. relatório anual de desempenho de contratos de
ARTIGO 2. 0 Parceria Público-Privada;
(Âmbito) g) Disponibilizar o relatório anual de desempenho de
As disposições contidas no presente Regulamento são contratos de Parceria Público-Privada por meio
aplicáveis aos contratos compatíveis com o Regime de de po1tal na internet, as infonnações nele cons-
Parcerias Público-Privadas, nos tennos do a1tigo 6. da Lei
0
tantes, ressalvadas aquelas classificadas como
n.º 11/19, de 14 de Maio, sobre as Parcerias Público-Privadas. sigilosas;
h) Acompanhar e avaliar a execução do Programa das
CAPÍTULO II
Órgão de Governança da Parceria Público-Privada Parcerias Público-Privadas;
i) Propor as regras sobre a apresentação de projectos
ARTIGO 3. 0
(Instituição e composição) de Parceria Público-Privada;
1. O processo de tomada de decisão do Estado sobre os j ) Estabelecer os procedimentos básicos para acom-

contratos de Parceria Público-Privada incumbe ao Ó1gão panhamento e avaliação periódica dos contratos
de Governança das Parcerias Público-Privadas, abreviada- de Parceria Público-Privada;
mente designado por OGP. k) Estabelecer os modelos de contrato de Parceria

2. O OGP é integrado pelas seguintes entidades: Público-Privada, bem como os requisitos técni-
a) Ministro da Economia e Planeamento como Coor- cos para a sua aprovação;
denador; l) Elaborar o regulamento interno do OGP.
b) Ministro das Finanças. ARTIGO 5.0
(Comissão Técnica das Parcerias Público-Privadas)
3. O Coordenador da OGP pode convidar o Titular do
Depa1tamento Ministerial responsável pela respectiva Área 1. A Comissão Técnica das Parcerias Público-Privadas,
do Projecto de Parceria. abreviadamente designada por CTPPP, é integrada por um
representante titular e respectivo sup lente de cada um dos
4. O OGP conta com uma Comissão Técnica de apoio
seguintes órgãos:
para o desempenho das suas funções.
a) Depa1tamento Ministerial responsável pelo Sector
ARTIGO 4. 0
(Competências do OGP) da Economia e Planeamento;
b) Depa1tamento Ministerial responsável pelo Sector
O OGP tem as seguintes competências:
a) Definir os sectores prioritários para execução no das Finanças.
2. Integram ainda a CTPPP um representante titular e
regime de Parcerias Público-Privadas e os c1ité-
rios para subsidiar a análise sobre a conveniência respectivo sup lente de cada um dos seguintes ó1gãos:
e opo1tunidade de contratação sob esse regime; a) Depa1tamento Ministerial responsável pelo Sector
b) Orientar os procedimentos para celebração dos da Constrnção e Obras Públicas;
contratos de Parceria Público-Privada e aprovar b) Depa1tamento Ministerial responsável pelo Sector
as respectivas alterações; da Energia e Águas;
e) Autorizar a abe1tura de procedimentos para fonna- e) Depa1tamento Ministerial Responsável pelo Sector
ção de contratos de Parceria Público-Privada, dos Transpo1tes;
mediante a aprovação do relatório de lança- d) Depa1tamento Ministerial Responsável pelo Sector
mento da parceria submetido pela entidade que das Telecomunicações e Tecnologias de Infor-
prepara o processo; mação.
9038 DIÁRIO DA REPÚBLICA

3. Compete ao Ministro da Economia e Planeamento, CAPÍTULO III


na qualidade de Coordenador do OGP, nomear os membros Desenvolvimento do Processo de Contratação
da Parceria Público-Privada
da CTPPP, indicados pelos titulares dos órgãos referidos no
presente a1tigo. ARTIGO 7. 0
(l1úcio do processo)
4. A CTPPP é coordenada pelo Director do Gabinete para
as Parcerias Público-Privadas do Ministério da Economia e 1. O processo de Parceria Público-Privada inicia com
Planeamento. o estudo de pré-viabilidade e preparação do lançamento de
5. O Coordenador da CTPPP pode convidar represen- uma parceria.
tantes de entidades públicas ou privadas para pa1ticipar das 2. O se1viço do Órgão da Administração Pública directa
actividades da Comissão. ou outras entidades abrangida pela Lei n.º 11/ 19, de 14 de
6. Das reuniões da CTPPP destinadas a análise de projec- Maio, sobre as Parcerias Público-Privadas, que pretenda dar
tos de Parce1ia Público-Privada pa1ticipa um representante início ao processo deve submeter ao Titular do Depa1tamento
do Ó1gão da Administração Pública, em cuja área de compe- Ministerial responsável pela respectiva Área do Projecto de
tência esteja enquacb-ado o assunto objecto da contratação. Parceria, uma proposta devidamente fundamentada, indi-
ARTIGO 6.0 cando, nomeadamente, o objecto da parceria, os objectivos
(Competências da CTPPP) que se pretendem alcançar, a sua fundamentação económica
A CTPPP tem as seguintes competências: e a respectiva viabilidade financeira do projecto.
a) Propor ao OGP a definição dos sectores prio1i- 3. Caso o Titular do Depa1tamento Ministerial respon-
tários para a execução no Regime de Parceria sável pela Área do Projecto decida dar início ao estudo e
Público-Privada e critérios para a análise da preparação do lançamento da parceria, deve submeter a
conveniência e opo1tunidade de contratação sob proposta ao OGP que por sua vez solicita parecer sobre a
esse regime; proposta a CTPPP.
b) Recomendar ao OGP a aprovação do lançamento 4. A CTPPP deve emitir parecer sobre a proposta de iní-
da parceria e a autorização para a abe1tura de cio do processo de Parceria Público-Privada no prazo de
procedimentos de contratação pública e conse- quarenta e cinco dias e caso seja favorável deve recomen-
quente aprovação dos instmmentos de contratos; dar a sua aprovação e propor a constituição de uma equipa
e) Propor a OGP a constituição das equipas de projec- de projecto.
tos de Parceria Público-Privada; ARTIGO 8.0
(ConstitJúção da equipa do projecto)
d) Propor ao OGP os procedimentos para celebração
1. O Coordenador do OGP nomeia a equipa do projecto
dos contratos de Parceria Público-Privada e ana-
constituída por 5 (cinco) ou sete membros e indica o respec-
lisar suas eventuais modificações;
tivo líder que pode ser o Coordenador da CTPPP.
e) Elaborar a proposta de relatório de acompanha-
2. A equipa do projecto integra 2 (dois) membros indi-
mento, avaliação e execução dos projectos de
cados pelo Titular do Depa1tamento Ministerial responsável
PPP, a serem submetidos ao OGP;
do projecto em causa, sem prejuízo do órgão estar já repre-
j) Justificar o modelo a adoptar, demonstrando a ine-
sentado na CTPPP.
xistência de alternativas equiparáveis dotadas
ARTIGO 9. 0
de maior eficiência técnica e operacional, bem (Competências da equipa do projecto)
como de maior racionalidade económica e finan- 1. Compete à equipa do projecto desenvolver os traba-
ceira; lhos preparatórios necessários ao lançamento da parceria,
g) Demonstrar a compo1tabilidade orçamental da par- designadamente:
ceria, tendo em consideração os enca1gos bmtos a) Justificar o modelo a adoptar, demonstrando a
gerados; inexistência de alternativas equiparáveis dota-
h) Demonstrar a verificação de todos os pressupostos das de maior eficiência técnica e operacional,
a que se refere o a1tigo 11.º da Lei n.º 11/19, de 14 bem como de maior racionalidade económica e
de Maio, sobre as Parcerias Público-Privadas; financeira;
i) Exercer as demais competências que lhe sejam b) Elaborar o estudo estratégico e económico-finan-
atribuídas pelo OGP. ceiro de supo1te ao lançamento da parceria;
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e) Demonstrar a compo1tabilidade orçamental da par- b) As penalidades e consequências jurídicas aplicá-


ceria, tendo em consideração os enca1gos bmtos veis ao parceiro público e ao parceiro p1ivado
gerados; em caso de incumprimento das obrigações con-
d) Propor as soluções e medidas mais consentâneas tJ-atuais;
com a defesa do interesse público; e) A repa1tição de riscos, inclusive os referentes a
e) Elaborar as minutas dos instrnmentos jmidicos caso fo1tuito e força maior, bem como a reposi-
para a realização do procedimento prévio à con- ção do equilíb1io económico e financeiro, entJ·e
tratação; as pa1tes;
j) Demonstrar a verificação de todos os pressupostos d) As fonnas de remuneração do parceiro privado e

a que se refere o artigo 11.º da Lei n.º 11/ 19, de actualização dos valores contJ·atuais;
e) Os factos que caracterizam a inadimplência pecu-
de 14 de Maio, sobre as Parcerias Público-
niária do parceiro público, os modos e o prazo
-Privadas.
de regularização e, quando houver, a fonna de
2. A equipa de projecto tem poderes para solicitar ao
accionamento da garantia;
Depa1tamento Ministerial da área do projecto em causa ou
j) As hipóteses de extinção antes do tenno do prazo
às entidades a que se referem as alíneas b) a f) do n.º 1 do
contJ·atual, bem como os critérios para o cálculo
a1tigo 2.° da Lei n.º 11/ 19, de 14 de Maio, sobre as Parcerias
e pagamento das indemnizações devidas;
Público-Privadas, consoante o caso, toda infonnação e apoio
g) Os critérios objectivos de avaliação do desem-
técnico que se revelem necessários ao desenvolvimento e
penho do parceiro privado e dos impactos nos
execução do projecto, devendo todas estas entidades prestar
pagamentos das contraprestações;
a infonnação e o apoio técnico solicitado.
h) A prestação, pelo parceiro privado, de garantias de
3. A equipa do projecto, ouvido o órgão de gestão da
execução suficientes e compatíveis com o ónus
entidade pública interessada, quando se trata de umas das
e riscos envolvidos;
entidades a que se referem as alíneas b) a f) do n.º 1 do
i) Dever de realização de fiscalização dos bens
a1tigo 2.° da Lei n.º 11/ 19, de 14 de Maio, sobre as Parcerias reversíveis, podendo o parceiro público reter
Público-Privadas, submete à consideração do CTPPP um os pagamentos ao parceiro privado, no valor
relatório fundamentado, com uma proposta de decisão. necessário para reparar as ill'egularidades even-
4. O relatório a que se refere o número anterior deve tualmente detectadas.
incluir: 2. A repa1tição de 1iscos entre as paites, prevista na alinea c)
a) A análise da confonnidade da versão definitiva do do número anterior, deve ser apresentada numa matriz, onde
projecto de parceria com o disposto no n.º 1 do conste a sua descrição sumária e clara identificação da tipo-
a1tigo 11.º e a1tigo 12.º da Lei n.º 11/ 19, de 14 de logia dos riscos assumidos por cada um dos parceiros, cujo
Maio, sobre as Parcerias Público-Privadas; modelo anexo é pa1te integrante do presente Diploma.
b) A quantificação dos enca1gos bmtos, directos e
CAPÍTULO IV
indirectos, para o sector público; Lançamento da Parceria
e) O impacto potencial dos riscos, directa ou indirec-
ARTIGO 11.°
tamente, afectos ao sector público. (Aprovação do lançamento da parceria)
ARTIGO 10.º 1. Compete ao OGP decidir quanto à aprovação do lan-
(Cláusulas dos contratos)
çamento da parceria e respectivas condições, mediante
1. As cláusulas dos contratos de Parceria Público-Privada Despacho Conjunto dos Titulares dos Depa1tamentos
devem atender ao disposto no a1tigo 11.º da Lei n.º 11/ 19, Ministeriais que o integram e do projecto em causa a emitir
de 14 de Maio, sobre as Parcerias Público-Privadas, no que no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da apresentação do rela-
couber, devendo também prever: tório referido no n.º 3 do a1tigo 9.º
a) A adequação do prazo de vigência do contrato, 2. Aprovado o lançamento da parceria, do teor do des-
compatível com a amo1tização dos investimen- pacho conjunto, ou dos seus anexos, devem constar os
tos realizados, não sendo inferior a 4 (quatro), seguintes elementos:
nem superior a 25 (vinte e cinco) anos, incluindo a) O programa do procedimento;
eventual pro1rngação, em circunstância devida- b) O caderno de encargos;
mente fundamentadas; e) A composição do júri do procedimento;
9040 DIÁRIO DA REPÚBLICA

d) A aná lise das opções que detenninaram a configu- e) Ao respectivo órgão de gestão, quando se trate de
ração do projecto; parceria lançada por uma das entidades a que se
e) A descrição do projecto e seu modo de financia- referem as alíneas e) e f) do n.º 1 do a1tigo 2.º da
mento; Lei n.º 11/ 19, de 14 de Maio, sobre as Parcerias
j) A demostração do seu interesse público; Público-Privadas.
g) A justificação da opção pelo modelo de parceria; 2. No caso da alínea c) do nÚlnero anterior, o ó1gão de
h) A demonstração da compo1tabilidade orçamental, gestão deve obse1var as condições aprovadas no despacho
do impacto dos encargos e riscos decoll'entes da conjunto a que se refere o n.º 2 do a1tigo 12.º
parceria; CAPÍTULO V
i) A declaração do impacte ambienta l, quando exigí- Acompanhamento Global das Parcerias
vel nos tennos da lei. Público-Privadas
ARTIGO 12.º ARTIGO 14.º
(Júri do procedimento) (Matér ia s económico-financeiras)

1. O procedimento para a fonnação do contrato de 1. Sem prejuízo das competências legahnente atJibuí-
Parce1ia Público-P1ivada é conduzido por umjwi, designado das a outras entidades, incumbe a CTPPP, nas matérias
por Despacho Conjunto, nos te1mos do n.º 2 do artigo 12.º económico-financeiras, proceder ao registo dos encargos
2. O jw·i do procedimento é constituído por 3 (três) ou 5 financeiros estimados e assumidos pelo sector público no
(cinco) membros efectivos, um dos quais preside e 2 (dois) âmbito das Parcerias Público-Privadas, bem como acompa-
suplentes. nhar pe1manentemente a situação e evolução dos respectivos
3. Um ou dois membros efectivos do jw·i e um sup lente contJ·atos.
são indicados pelo titular do depa1tamento ministerial res- 2. A CTPPP, até ao dia 15 do mês subsequente de cada
ponsável pela área do projecto em causa, sendo os restantes tJ·iinestJ·e, elabora e submete à apreciação do OGP um rela-
membros indicados pelo Coordenador do OGP e podem ser tório sobre a situação dos encargos estimados e assumidos
escolhidos, tal como o presidente do jw·i, entre os técnicos pelo sector público, complementado pelos elementos que
que desempenham funções na CTPPP. julgue relevantes relacionados com os contJ·atos e processos
4. A competência do júri e o seu funcionamento obedece em execução.
ao regime previsto na Lei dos Contratos Públicos. ARTIGO 15.0
(Acompanhamento dos conflitos emergentes)
5. O apoio administrativo e técnico ao jw·i é prestado
pela CTPPP, sem prejuízo do dever de colaboração dos ser- 1. Compete, igualmente, a CTPPP proceder ao acom-
viços da entidade que procede ao lançamento da parceria no panhamento dos conflitos emergentes relativos as Parcerias
que diz respeito à análise e avaliação das soluções técnicas Público-Privadas, disponibilizando todo o apoio técnico que
preconizadas nas propostas apresentadas pelos concoll'entes. lhe for solicitado pelos mandatários do parceiro público.
6. O júri deve apresentar o seu relatório nos mesmos ter- 2. Para efeitos do disposto no nÚlnero anterior, devem os
mos previstos no n.º 4 do a1tigo 9. 0 parceiros públicos dar conhecimento, no prazo máximo de

ARTIGO 13.º
3 (tJ·ês) dias, de qualquer conflito eme1gente e seu pedido de
(Decisão de contratar) submissão a um dos métodos alternativos de resolução de
1. A decisão de contratar compete: conflitos previstos na Lei n.º 11/ 19, de 14 de Maio, sobre as
a) Aos Titulares dos Depa1tamentos Ministeriais que Parcerias Público-P1ivadas.
integram o OGP e do projecto em causa, quando CAPÍTULO VI
se trate de uma parceria lançada por uma das Fiscalização, Transparência e Publicitação
entidades a que se refere as alíneas a), c) e d) das Parcerias Público-Privadas
do n.º 1 do a1tigo 2.º da Lei n.º 11/19, de 14 de ARTIGO 16.º
(Fiscalização das parcerias)
Maio, sobre as Parcerias Público-Privadas;
b) Ao Titular do Poder Local, quando se trate de As atJ·ibuições conferidas pelo presente Diploma à
parceria lançada pela entidade a que se refere a CTPPP não prejudicam os poderes atJ·ibuídos na lei e
alínea b) do n.º 1 do a1tigo 2.º da Lei n.º 11/ 19, ou nos contJ·atos a outJ·as entidades para fiscalizar, con-
de 14 de Maio, sobre as Parcerias Público- tJ·o lar a execução e dete1minar auditorias às Parcerias
-Privadas; Público-Privadas.
I SÉRIE-N.º 139-DE 28DE OUTUBRO DE 20 19 9041

ARTIGO 17.º e) A composição das equipas de projecto, de júri de


(Tnmsp arência)
procedimento e de equipas de acompanhamento
A CTPPP deve dispor de um po1tal próprio para efeitos das fases iniciais da execução de contratos;
de publicitação de todos os documentos julgados úteis rela- d) Os relatórios finais de ava liação das propostas,

cionados com processos de Parcerias Público-Privadas. os programas de procedimento, cademos de


enca1gos e coll'espondentes anexos relativos a
ARTIGO 18.º
(Publicitação obrigatória) parcerias abrangidas pelo regime jurídico apro-
vado;
No po1tal a que se refere o a1tigo anterior são obrigato-
e) Os contratos de parcerias celebrados e os seus
riamente publicitados os seguintes documentos :
anexos, excepto quando contenham matérias
a) O presente Diploma e a Lei n.º 11/ 19, de 14 de
legalmente protegidas;
Maio, sobre as Parcerias Público-Privadas; j) As a lterações a contratos de parcerias celebrados
b) Os relató1ios trimestrais a que se refere o n.º 2 do e os seus anexos, excepto quando contenham
a1tigo 14.º, depois de aprovados pelo OGP; matérias legalmente protegidas.

Matriz de Risco a que se Refere o n.º 2 do artigo 10.º


Alocação
Categor ia de Risco Descrição Con sequência M itiga ção Preferencial
do Risc o
m...o.m...
Estabelecimento de um
Risco de modificação no Variação de receita e con- intervalo de valores de con-
Risco de Alteração da Activi-
nível de actividade global da sequentemente. variação na traprestação directamente Privado e púb lico.
dade Económica
economia rentab ilidade. relacionada à variação das
receitas.
Receitas abaixo das pro- Estabelecimento de um
jecções decorrentes de uma intervalo de valores de con-
Risco dos consumidores utili-
Risco da Concorrência necessidade de reduzir o traprestação directamente Privado e público.
zarem serviços concorrentes
preço e/ou de uma redução relacionada à variação das
da procura global. receitas.
Receitas abaixo das pro- Estabelecimento de um
Risco de determinada altera- jecções decorrentes de uma intervalo de valores de con-
Risco Demográfico ção sociodemográfica afectar necessidade de reduzir o traprestação directamente Privado e público.
a demanda do serviço. preço e/ ou de uma redução relacionada à variação das
da procura global. receitas.
Risco de que o valor dos A alteração dos preços reais.
Formular contratos com cláu-
pagamentos recebidos duran- levando a variação de receita
Risco de Inflação sulas de indexação tarifária Privado e púb lico.
te o prazo seja afectado pela real e. consequentemente.
atrelada ao índice de inflação.
inflação. variação na rentabilidade real.
m.. .. UGIIIIIJII•.. 1\INH
Risco de que a condição do
Risco da Condição do Ter- Tempo e custo adicionais Contratar um perito para emi-
terreno suporte a estrutura Privado.
reno para realização da obra. tir parecer.
física do projecto

Risco de que as estruturas


Prever o acompanhamento Privado ou público
existentes não sejam sufi- Tempo e custo adicionais
Risco da Estrutura R'\istente através de um relatório de dependendo da con-
cientes para apoiar novas para realização da obra.
uma empresa de engenharia. cepção do projecto.
melhorias.

Risco de que as licenças


necessárias à construção Obter pareceres legais e
Risco de Obtenção de Licen- Tempo e custo adicionais
não sejam obtidas ou que ambientais de órgãos regula- Privado e público.
ças Necessárias à Construção para realização da obra.
sejam obtidas com condições dores e afins.
inesperadas.

Risco de que o terreno esteja Obter pareceres de peritos


Aumento de custos por haver
Risco Ambiental contaminado e/ou de conta- ambientais e contratação de Privado e público.
necessidade de despoluir.
minação de áreas vizinhas. seguro.
9042 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Alocaçã o
Cate goria de Risco De scrição Con sequência Mitigação Preferencial
do Risc o
Risco de que área do terreno
esteja em localidades que
Obter registos de proprieda-
sejam áreas de património
Risco da Propriedade do Tempo e custo adicionais de. realizar e,'q)ropriações de
cultural. arqueológico. am- Privado e púb lico.
Terreno para realização da obra. forma atempada ou indem-
biental; áreas envolvidas em
nizações.
processos de expropriação.
etc.

Risco de que a área neces- Privado e púb lico.


Risco de Disponibilidade do sária para implantação da Tempo e custo adicionais Obter registos de proprie- dependendo da esco-
Terreno infra- estrutura não esteja para realização da obra. dade. lha da localidade do
disponível. projecto.

..... Pnt... · ~ ·
Estabelecer critérios de
Público e/ou privado.
Risco de que a configuração remuneração variável rela-
Aumento de custo. alteração dependendo de qual
Risco da Configuração do do projecto não permita a cionado ao desempenho do
do projecto. má qualidade do sector for o responsá-
Projecto perfeita realização da presta- concessionário. relativo aos
serviço prestado. vel pelo projecto de
ção de serviço. diversos atributos da presta-
engenharia.
ção de serviços.
Público e/ou privado.
Aumento de custos. atraso da
Risco de que ocorrências Obter parceiros que tenham dependendo de qual
obra. alteração do projecto
Risco de Construção adversas aconteçam durante vasta experiênc ia em cons- sector for o responsá-
e má qualidade do serviço
o periodo de construção. trução. vel pela e,'{ecução da
prestado.
obra de engenharia

..... Pnt... · ~ ·
Risco de que não sejam
realizados testes operac ionais
Aumento de custo. atraso da E,'{igir do parceiro privado
de forma integrada à uma
obra. alteração do projecto atestados de e,'{ecução de
Risco de Comissionamento unidade ou compk"o indus- Privado.
e má qualidade do serviço empreendimentos ou serviços
triai. dentro dos requisitos de
prestado. semelhantes
desempenho especificados
em projecto.

Aumento de custos. atraso da E,'{igir do parceiro privado a


Risco de que relações indus-
obra. alteração do projecto apresentação de acordos por
Risco de Relações Industriais triais afectem o cronograma Privado.
e má qualidade do serviço ele firmados com fornecedo-
de elaboração do projecto.
prestado. res etc.

Rlaelllaaaln
Risco de que alterações das
taxas de juros durante a Assegurar mecanismos de
Alteração do custo do pro-
Risco da Ta,"ª de Juros vigência do projecto possam protecção face às osc ilações Privado e púb lico
jecto.
afectar a estrutura de preço da taxa.
da prestação serviço.
Garantir financeiramente que
Risco de que o parceiro o projecto esteja afastado dos
privado não tenha recursos passivos financeiros externos
financeiros. técnicos e ope- Término da prestação de da SFE; assegurar a adequa-
Risco do Financiador princ i- ção dos recursos ao cronogra-
racionais para finalizar o serviço e possível perda de Público.
pai do Projecto ma da obra; exigir
projecto ou. até mesmo. para investimento de capital.
prest.ar o serviço objecto da
garantias do promotor do projec-
PPP.
to; utilizar critérios de avaliação
financeiros e não financeiros, etc.

Risco de não haver recursos Término da obra e possível


Risco de Indisponibilidade de E,"igir garantias do parceiro
próprios ou de terceiros para perda de investimento de Privado.
Financiamento privado do projecto.
o empreendimento. capital.

Rlaelllaaaln

Alteração no custo finan-


Risco de que mudança de Estabelecer cláusulas no
ceiro. modificação no de-
propriedade ou no controlo contrato em que mudanças
Risco de Mudança de Pro- sempenho operacional do
da entidade privada possa re- soc ietárias e,'{ijam prévia Privado e púb lico.
priedade na Entidade Privada empreendimento. alteração
sultar no enfraquecimento em aprovação do poder conce-
da qualidade da prestação de
seus resultados financeiros. dente.
serviços.
I SÉRIE- N.º 139 - DE 28DE OUTUBRO DE 2019 9043

Alocação
Categor ia de Risco Descr ição Conseq uência M itigação Preferen cial
do Risco
Alteração no custo finan- Permitir cláusulas contratuais
Risco de que o parceiro pri-
ceiro. modificação no de- que permitam ao financiador
Risco de incumprimento do vado não tenha como honrar
sempenho operacional do substituir. sem autorização
parceiro privado junto às os compromissos financeiros Privado.
empreendimento. alteração prévia do ente público. um
instituições financeiras junto às instituições finan-
da qualidade da prestação de novo operador da obra na
ceiras.
serviços. hipótese de incumprimento.
Alteração no custo finan-
ceiro. modificação no de- Estabelecer cláusulas no
Risco de reestruturação sempenho operacional do contrato que resguardem a
Risco de Refinanciamento Privado e público.
financeira. empreendimento; alteração possibilidade de refinancia-
da qualidade da prestação de mento.
serviços.

Risco de que as contrapres-


Risco de Moratória tações não sejam pagas ao Aumento de custos. Fundo de garantia Privado.
parceiro privado.

Estabelecer cláusulas no
contrato de reajustes mo-
Diferenças cambiais entre a netários da tarifa através de
receita em moeda nacional e índice que capture a variação
Risco Cambial as despesas com investimen- Aumento de custos. da moeda nacional; permitir Privado e público.
tos financiados com moeda a recomposição do desequi-
estrangeira. librio económico-financeiro
do contrato em virtude do
impacto cambial.

Permitir a recomposição do
Alterações no custo e. conse- desequilíbrio económico-
Risco de alteração na estrutu-
Risco Tributário quentemente. na rentabilida- Público.
ra tributária. -financeiro do contrato em
de do empreendimento
virtude do impacto tributário.

Rlace•O,.arle
Risco de que insumos neces-
sários à prestação dos servi- O concessionário deverá
Aumentos dos custos e.
ços sejam de qualidade infe- fazer contratos de longo
em alguns casos. de efeitos
Risco de Suprimentos rior. não estejam disponíveis prazo com os fornecedores. Privado.
adversos sobre a qualidade
nas quantidades e,'{igidas. ou os próprios fornecedores
do serviço prestado
ou ainda possam ter os seus participarem da SFE.
preços aumentados.
O sector privado deverá ser
capaz de gerir contratos de
Risco de que a concepção ou
longo prazo com subem-
a qualidade da construção Aumento de custos e má
Risco de Manutenção e preiteiras ou estabelecer no
sejam insuficientes para a qualidade na prestação de Privado.
Modernização contrato de PPP critérios de
realização da prestação de serviços desempenho. quando o pro-
serviço.
jecto for desenvolvido pelo
parceiro privado.

Risco de que as espec ifica-


O serviço público objecto da Estabelecimento de regras
Risco de Alterações nas ções da prestação de serviço
PPP não terá as especifica- contratuais para remuneração Privado.
especificações do serviço sejam alteradas após a assina-
ções adequadas variável
tura do contrato.

E,"igir no processo de licita-


Risco do operador não obter Não implementação da PPP ção. as demonstrações finan-
Risco de falência do operador recursos sufic ientes para con- ou da prestação do corres- ceiras do parceiro privado; Privado.
tinuar a operação contratada pondente serviço acompanhar os balanços da
SFE.

Queda da qualidade do servi-


Risco de que a prestação
ço prestado; as receitas serão
de serviço. em virtude da Estabelecer no contrato
inferiores às projecções. em
Risco de Obsolescência obsolescência técnica ou de remuneração variável a partir
virtude de queda da procura Privado.
técnica ou inovação inovação. se tome ineficiente de critérios de avaliação de
ou deixe de prest.ar serviço de ou redução da tarifa. Por desempenho operacional
outro lado. haverá aumento
forma eficaz.
dos custos operacionais.
9044 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Aloca çã o
Categoria de Risco Descrição Consequência M itiga ção Preferencial
do Risc o
Rlaelr..-.d..... ,Lepll
Responsabilização. do par-
ceiro público. pelas autoriza-
Alteração no desenvolvimen- ções que lhe são pertinentes.
O risco de que autorizações
to do projetto ou na opera- Escolha de parceiro privado
Risco de Autorizações Legais adicionais serão e,'{igidas Público e privado.
ção. aumentando os custos ou com experiência na área em
durante o curso do projecto
a qualidade do serviço. que insere o projecto de PPP.
e das autorizações normal-
mente cabíveis

Alteração no desenvolvimen- Cláusulas contratuais com


Risco de Alteração no Enqua- Risco de que relações indus- possibilidade de rescisão de
to do projetto ou na opera-
dramento Juridico e Regula- triais afectem o cronograma contrato. multas e penali- Público.
tório da actividade de elaboração do projecto. ção. aumentando os custos ou dades em favor do parceiro
a qualidade dos serviços.
privado.
O parceiro privado deverá
estabelecer fundo de reserva;
fazer seguro contra tais even-
Risco de que a incapacidade Perda ou dano do activo. des- tos; o governo deverá esta-
de cumprir o contrato. pré ou continuidade da prestação de
Risco de Força Maior belecer contingência para a Público.
pós- conc lusão. é causada por serviço; perda de receitas ou
prestação de serviço alterna-
motivo de força maior. atraso no inicio de receitas
tivo; Permitir a recomposição
do desequilíbrio económico-
-financeiro do contrato.
O risco de que a concepção Recorrer ao projectista.
Risco de Obsolescência
de vida do projecto se revele Aumento de custos. construtor ou às suas segu- Privado e púb lico.
Técnica
mais curto do que o previsto. radoras.
RlaeP9tiace
O risco de que as contrapres-
Risco de Alternânc ia de
tações não sejam pagas ao Aumento de custo. Fundo de garantia. Público
Governo
parceiro privado.

O Presidente da República, JoÃo MANUEL GONÇALVES LOURENÇO.

Decreto Presidencial n.º 317/19 ARTIGO 2. 0


de 28 de Outubro (Revoga ção)

Considerando o desejo de o Governo da República de É revogada toda a legislação que contrarie o disposto no
Angola e o Governo da Federação da Rússia consolidarem
presente Diploma.
as suas relações de amizades e cooperação baseadas nos
princípios de igualdade, respeito mútuo das suas soberanias ARTIGO 3. 0
(Dúvidas e omissões)
e independência nacional, bem como reforçar o mais pro-
fundo entendimento entre as Pa1tes; As dúvidas e omissões resultantes da inte1pretação e
Guiados pelos princípios da Ca1ta das Nações Unidas e ap licação do presente Decreto Presidencial são resolvidas
pelas Nonnas do Direito Internacional universalmente aceites; pelo Presidente da República.
Desejando promover a cooperação entre as Pa1tes no
ARTIGO4.º
Domínio dos Diamantes;
(Entrada em vigor)
Atendendo o disposto na alínea b) do a1tigo 5.º da Lei
n.º 4/ 11 , de 14 de Janeiro, dos Tratados Internacionais; O presente Diploma entra em vigor na data da sua
O Presidente da República decreta, nos tennos da alí- publicação.
nea c) do artigo 121.º e do n.º 1 do artigo 125.º, ambos da Aprovado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos 10
Constituição da República de Angola, o seguinte:
de Outubro de 2019.
ARTIGO 1.0
(Aprovação) Publique-se.
É aprovado o Memorando de Entendimento entre o Luanda, aos 23 de Outubro de 2019.
Governo da República de Angola e o Governo da Federação
da Rússia, no Domínio dos Diamantes, anexo ao presente O Presidente da República, JoÃo MANUEL GONÇALVES

Decreto Presidencial, de que é pa1te integrante. L OURENÇO.

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