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DIÁRIO DA REPÚBLICA

Segunda-feira, 1 de Novembro de 2004 I Série — N.º 88

ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA


Preço deste número — Kz: 90,00
Toda a correspondência quer oficial, quer ASSINATURAS O preço de cada linha publicada nos Diários
Ano da República 1.ª e 2.ª séries é de Kz: 75,00 e para
relativa a anúncio e assinaturas do ‹‹Diário da
As três séries. … ……… Kz: 300 750.00 a 3.ª série Kz: 95,00, acrescido do respectivo
República››, deve ser dirigida à Imprensa A 1.ª série … … ……… Kz:125 750,00 imposto do selo, dependendo a publicação da
Nacional — E.P., em Luanda, Caixa Postal 1306 A 2.ª série … … ……… Kz: 96 250,00 3.ª série de depósito prévio a efectuar na Tesouraria
— End. Teleg.: ‹‹Imprensa›› A 3.ª série … … ……… Kz: 75 000,00 da Imprensa Nacional — E. P.

IMPRENSA NACIONAL-E.P. Observações:


Rua Henrique de Carvalho n.º 2
Caixa Postal n.º 1306 a) estes preços poderão ser alterados se houver uma
desvalorização da moeda nacional, numa pro-
CIRCULAR porção superior à base que determinou o seu
cálculo;
Excelentíssimos Senhores: b) as assinaturas que forem feitas depois de 15 de
Dezembro de 2004 sofrerão um acréscimo de
Havendo necessidade de se evitarem os inconvenientes uma taxa correspondente a 15%;
que resultam para os nossos serviços do facto das respec- c) aos organismos do Estado que não regularizem os
tivas assinaturas no Diário da República não serem feitas seus pagamentos até 15 de Dezembro do ano
com a devida oportunidade. em curso não lhes serão concedidas a crédito as
Para que não haja interrupção no fornecimento do assinaturas do Diário da República para o ano
Diário da República aos estimados clientes, temos a honra de 2005;
de informá-los que estão abertas a partir desta data até 15 de d) aos Governos Provinciais que fizerem mais de
Dezembro de 2004 as respectivas assinaturas para o ano de 10 assinaturas das 3 séries faremos um
2005 pelo que deverão providenciar a regularização dos desconto de 25% sobre o valor dos portes de
seus pagamentos junto dos nossos serviços. correio.

1. Os preços das assinaturas do Diário da República, no


território nacional passam a ser os seguintes: SUMÁRIO
As 3 séries ............................. Kz: 365 750,00 Assembleia Nacional
1.ª série ................................... Kz: 214 750,00
2.ª série ................................... Kz: 112 250,00 Lei n.º 8/04:
3.ª série ................................... Kz: 87 000,00 Sobre o Vírus da Imunodeficiência Humana — VIH e a Síndroma de
Imunodeficiência Adquirida — SIDA.
2. As assinaturas serão feitas apenas no regime anual.
3. Aos preços mencionados no n.º 1 acrescer-se-á um Conselho de Ministros
valor adicional para portes de correio por via normal das Decreto n.º 67/04:
três séries, para todo o ano, no valor de Kz: 65 750,00 que Nomeia Rui Miguêns de Oliveira para o cargo de membro do Conselho
poderá sofrer eventuais alterações em função da flutuação de Administração do Banco Nacional de Angola.
das taxas a praticar pela Empresa Nacional de Correios de
Angola, E.P. no ano de 2005. Os clientes que optarem pela Ministérios das Finanças e da Defesa Nacional
recepção das suas assinaturas através do correio deverão Despacho conjunto n.º 256/04:
indicar o seu endereço completo, incluindo a Caixa Postal,
Estabelece as percentagens do Fundo de Financiamento do Sistema de
a fim de se evitarem atrasos na sua entrega, devolução ou Segurança Social das Forças Armadas. — Revoga toda a legislação
extravio. que contrarie o presente despacho conjunto.
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Ministérios da Energia e Águas e das Finanças com tendência ao crescimento acelerado, constituindo deste
Despacho conjunto n.º 257/04: modo uma ameaça ao desenvolvimento sócio-económico da
humanidade.
Nomeia Amélia de Jesus Figueira para exercer as funções de vogal
do Conselho Fiscal da EPAL-E.P., em substituição de Miguel
Domingos António. O combate à epidemia da SIDA requer a adopção de
medidas urgentes e eficazes, estabelecendo-se normas que
Ministérios da Justiç a e do Urbanismo visam por um lado o controlo e prevenção da infecção pelo
e Ambiente Vírus da Imunodeficiência Humana — VIH e a Síndroma
Despacho conjunto n.º 258/04: de Imunodeficiência Adquirida — SIDA — e por outro,
Confisca o prédio urbano composto de dois apartamentos, rés-do-chão, promover a protecção das pessoas infectadas.
situado na Rua Dr. António José d’Almeida, em Benguela, em nome
de Américo Licínio Arvelos.
Nestes termos, ao abrigo da alínea b) do artigo 88.º,
Despacho conjunto n.º 259/04:
da Lei Constitucional, a Assembleia Nacional aprova a
Confisca o prédio urbano situado na Rua Cidade do Lobito, em seguinte:
Benguela, em nome de Agostinho L. A. Santiago.
————
Despacho conjunto n.º 260/04:
Confisca o prédio urbano de rés-do-chão e 1.º andar, situado na LEI SOBRE O VÍRUS
Avenida do Império no Lobito, em nome de Ruth Ferreira Gonçal- DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA — VIH
ves Passos e filhos, Isabel Maria Gonçalves de Passos Cruz Filipe e
José Manuel Gonçalves Passos. E A SÍNDROMA DE IMUNODEFICIÊNCIA
Despacho conjunto n.º 261/04: ADQUIRIDA — SIDA
Confisca a fracção autónoma designada pela letra D, do 9.º andar, do
prédio urbano sito em Luanda, antes gaveto formado pelas Ruas CAPÍTULO I
Sidónio Pais e D. João II, actual Rua Nicolau Gomes Spencer, Disposições Gerais
n.º 203, Município da Ingombota, em nome de Maria do Amparo
Amaral Alves.
ARTIGO 1.º
Despacho conjunto n.º 262/04: (Objecto)
Confisca a fracção autónoma designada pela letra B, do 9.º andar, do
Prédio n.º 69, da Rua Guilherme Capelo (actual Kwamme A presente lei visa:
N’Krumah), Zona 8, Bairro Maculusso, Município da Maianga,
Cidade de Luanda, em nome da Sociedade ‹‹Cooperativa Alegria
Pelo Trabalho››. a) garantir a protecção e promoção integral da saúde
Despacho conjunto n.º 263/04: das pessoas mediante a adopção de medidas
Confisca o prédio urbano de rés-do-chão e 1.º andar, composto de necessárias para a prevenção, controlo, trata-
quatro habitações, sito em Luanda, Rua Gil Liberdade ex-Dr. João mento e investigação do VIH/SIDA;
das Regras, Município do Sambizanga, em nome de Conceição Eva
da Silva Neto. b) estabelecer os direitos e deveres das pessoas infec-
Despacho conjunto n.º 264/04: tadas pelo VIH ou doentes da SIDA, do pessoal
Confisca a fracção autónoma designada pela letra B, do 7.º andar, do da saúde e outro em situação de risco ou contá-
prédio urbano, sito em Luanda, na Avenida 1.º Congresso do gio, bem como da população em geral.
MPLA, n.º 36, em nome da ‹‹Cooperativa Alegria Pelo Trabalho,
S.C.R.L.››.
ARTIGO 2.º
Despacho conjunto n.º 265/04:
(Definições)
Confisca o prédio urbano n.º 325 situado na Cidade do Lubango, Bairro
Santo António ‹‹Machiqueira››, em nome de António João Alves.

Ministério da Energia e Águas Para efeitos da presente lei, entende-se por:


Despacho n.º 266/04:
a) Anti-retroviral (ARV) — medicamento que dimi-
Cria a Comissão de Gestão para o GAMEK, para garantir o normal
funcionamento, tendo em conta o cumprimento das orientações do nui a capacidade de agressão do vírus —VIH—
Ministério da Energia e Águas e do Governo. retardando a progressão da imunodeficiência
e/ou restaurando, tanto quanto possível, a imu-
nidade, aumentando o tempo e a qualidade de
vida da pessoa infectada;
ASSEMBLEIA NACIONAL
b) Anticorpos — substâncias que se formam no
——
organismo para reconhecer/detectar os agentes
Lei n.º 8/04
estranhos (antigénios) que penetrem no orga-
de 1 de Novembro
nismo;
A Síndroma de Imunodeficiência Adquirida — SIDA — c) Biossegurança — conjunto de medidas preventi-
é, actualmente, uma doença incurável e mortal que tem vas destinadas a manter o controlo de factores
vindo a dizimar milhares de pessoas em todo o mundo, de risco laboral procedentes de agentes bioló-
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gicos, físicos ou químicos que podem pôr em t) Terapêutica — tratamento;


risco a segurança dos trabalhadores, pacientes, u) SIDA — Síndroma de Imunodeficiência Adquirida
visitantes ou do meio ambiente; — conjunto de sintomas e sinais que caracteri-
d) Comissão Nacional de Luta Contra a SIDA zam a infecção causada pelo vírus VIH;
(CNLS) — organismo multissectorial e pluri- v) Vigilância epidemiológica — mecanismo medi-
disciplinar, criado para coordenar e orientar a ante o qual se controla e avalia a evolução de
luta contra o VIH/SIDA e as grandes endemias, doenças ao longo de um determinado período.
bem como estabelecer a necessária articulação a
nível internacional; ARTIGO 3.º
e) Diagnóstico — determinação de uma doença atra- (Responsabilidade do Estado)

vés de sintomas e sinais sugestivos que o indi-


víduo apresenta, assegurado pela confirmação 1. Na luta contra o Vírus da Imunodeficiência Humana
laboratorial e/ou de imagem; — VIH e a Síndroma de Imunodeficiência Adquirida —
f) Evolução crónica — conjunto de transformações SIDA, incumbe ao Estado nomeadamente o seguinte:
de carácter progressivo que demoram muito
tempo no decorrer de uma doença; a) assumir, através do Governo, a luta contra o
g) Condição serológica — condição em que se VIH/SIDA, como de interesse nacional, enten-
encontra o plasma/sangue de um indíviduo são dida nos aspectos de prevenção e controlo da
ou doente; propagação do VIH, considerando como áreas
h) Evolução da doença — sequência de transfor- fundamentais a informação, educação, o trata-
mações lentas ou rápidas que ocorrem numa mento, a investigação da infecção e protecção
doença; da população em geral, o respeito pelos direitos
i) Infectado — indivíduo que se encontra contagiado e deveres das pessoas infectadas pelo VIH e
por um agente infeccioso e que apresenta ou não doentes da SIDA em qualquer nível de atenção;
sinais da doença; b) prever no orçamento do fundo verbas destinadas a
j) Infeccioso — que produz infecção (contagiosa/ acções de prevenção e controlo das IO, ITS e
/transmissível); VIH/SIDA;
k) Infecção — acção originada por agentes pato- c) formular e executar políticas sócio-económicas
génicos dentro de um organismo vivo; que visem a redução dos riscos da infecção e
l) Infecções de Transmissão Sexual (ITS) — infec- agravos nos infectados e doentes;
ções/doenças que se transmitem fundamental- d) melhorar o sistema de saúde garantindo o reforço
mente através de relações sexuais desprote- institucional fundamentalmente dos recursos
gidas, isto é, sem uso de preservativo; humanos e financeiros, a compra e distribuição
m) VIH — Vírus de Imunodeficiência Humana; de medicamentos para as Infecções Oportu-
n) Infecções Oportunistas (IO) — infecções que se nistas — IO e Anti-retrovirais — ARV para
aproveitam da presença de doenças debilitantes fazer face às necessidades no domínio da pre-
do organismo para se acomodarem a eles e se venção e tratamento das Infecções de Trans-
manifestarem; missão Sexual — ITS/VIH/SIDA;
o) Seropositividade — condição do indivíduo com e) garantir serviços públicos de saúde e acções para
diagnóstico do plasma/sangue positivo, nomea- prevenção, tratamento e controlo das IO/ITS/
damente em relação ao VIH;
/VIH/SIDA, com base no princípio de acesso
p) Seropositivo — indivíduo infectado com o vírus
igualitário e universal para todos;
da SIDA/VIH — que não está doente, também
f) garantir a promoção e a protecção dos direitos das
chamado de portador do VIH;
crianças infectadas, doentes ou afectadas pelo
q) Material-perfuro-cortante — conjunto de objectos
VIH/SIDA;
utilizados para cortar e furar algo. Ex: lâminas,
g) garantir sangue seguro, ficando obrigado a indem-
agulhas, bisturis, etc;
nizar as pessoas que eventualmente forem con-
r) Material biológico — qualquer produto prove-
taminadas por sangue e/ou seus derivados não
niente de um ser vivo que pode ser manuseado
previamente testados.
ou manipulado e que pode conter material con-
taminante, susceptível de causar infecção ou
2. O disposto no número anterior aplica-se igualmente a
doença;
entidades privadas.
s) Prescrição — receita médica;
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ARTIGO 4.º 3. A violação do disposto no presente artigo é punível


(Coordenação)
nos termos a definir por regulamento.

1. Cabe à Comissão Nacional de Luta Contra a SIDA a ARTIGO 7.º


coordenação e orientação das acções de luta contra a SIDA. (Direitos do trabalhador)

2. A estrutura e funcionamento da Comissão Nacional 1. Nenhum trabalhador deve ver a sua situação laboral
de Luta Contra a SIDA, bem como outros órgãos afins, prejudicada devido ao seu estado serológico relativo ao
rege-se por regulamento próprio. VIH/SIDA.

CAPÍTULO II 2. Por decisão médica e em função do seu estado de


Direitos e Deveres das Pessoas Infectadas pelo saúde, o trabalhador pode ver alterada a sua situação labo-
VIH/SIDA ral, respeitada a igualdade de oportunidades, mérito e capa-
cidade para executar o trabalho mantendo-se o salário e
SECÇÃO I outras regalias sociais.
Direitos das Pessoas Infectadas
3. O empregador é obrigado a educar, informar, formar
ARTIGO 5.º
e sensibilizar os seus trabalhadores sobre o VIH/SIDA.
(Direitos)

4. A violação do disposto no presente artigo é punível


Toda pessoa infectada pelo VIH/SIDA tem direito a:
nos termos a definir por regulamento.
a) assistência sanitária pública gratuita e medica- ARTIGO 8.º
mento anti-retrovirais — ARV; (Ausências justificadas)
b) informação sobre a evolução da doença e as
1. As ausências do trabalhador infectado pelo VIH/
opções e programas de tratamento, bem como
/SIDA no local de trabalho para receber assistência médica
tomar decisão sobre as opções apresentadas;
e medicamentosa por um período não superior a 120 dias,
c) informar sobre as redes e programas de apoio
consideram-se justificadas por motivo de doença, nos
psico-social e de aconselhamento existentes;
d) inserção na comunidade sem discriminação; termos da legislação em vigor.
e) trabalho, emprego e formação profissional;
f) confidencialidade em relação à informação refe- 2. Ao trabalhador que se encontre nas condições previs-
rente ao seu estado de saúde; tas no número anterior é garantida a protecção contra o
g) acesso ao sistema de educação sem discriminação; despedimento, redução salarial ou qualquer outra forma de
h) privacidade da sua vida; discriminação laboral.
i) livre circulação e permanência em locais públicos;
3. O trabalhador doente da SIDA, que se ausentar do
j) protecção pelos organismos competentes quando
local do trabalho por 180 dias seguidos ou interpolados, tem
se encontre em situação que ponha em perigo a
direito a receber o seu salário integral, desde que justifi-
sua integridade física.
cadas as faltas através de documento médico.
ARTIGO 6.º ARTIGO 9.º
(Direitos das pessoas privadas de liberdade) (Apresentação do teste)

1. As pessoas privadas de liberdade não devem ser sub- A apresentação do teste do VIH/SIDA não constitui
metidas a testes obrigatórios para detecção da infecção pelo requisito para o processo de candidatura ao emprego, para o
VIH, salvo aquelas cujo processo judicial ou a condição financiamento bancário e para a manutenção da relação jurí-
médica o exija, devendo manter-se a confidencialidade das dico-laboral, nem para o ingresso nos órgãos de defesa e
análises e os seus resultados. segurança.
ARTIGO 10.º
(Condição serológica)
2. As pessoas privadas de liberdade, infectadas por VIH
ou doentes de SIDA, têm o direito a receber assistência Os profissionais de saúde que detectem a seropositivi-
médica e medicamentosa imediatamente requerida em con- dade de um cidadão têm o dever de o informar sobre o
dições que não lesem a sua dignidade ou impossibilitem o carácter infeccioso da doença, bem como das vias e formas
tratamento. de transmissão e métodos de prevenção.
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ARTIGO 11.º b) adoptar hábitos e comportamentos que limitem a


(Exposição ocupacional)
possibilidade de contágio de outrem;
c) usar o preservativo quando mantiver relações
1. A contaminação pelo VIH/SIDA resultante do exer- sexuais;
cício da actividade profissional devidamente comprovada d) informar às pessoas com quem têm ou pretendam
pelas entidades competentes é considerada doença profis- ter relações sexuais, sobre o seu estado seroló-
sional de evolução crónica grave, nos termos da legislação gico;
em vigor. e) informar sobre a sua situação ao pessoal de saúde
que o atende, para que os serviços se adminis-
2. Qualquer trabalhador que no exercício das suas fun- trem adequadamente e sejam tomadas as com-
ções se infecte com o VIH, tem direito a uma indemnização petentes medidas de biossegurança;
a ser fixada nos termos a regulamentar. f) informar ao seu cônjuge ou parceiro sexual sobre a
sua condição serológica.
ARTIGO 12.º
(Confidencialidade)
ARTIGO 15.º
(Transmissão)
1. As instituições profissionais de saúde e outros que
conheçam ou atendam pessoas infectadas pelo VIH/SIDA
1. A transmissão do VIH de forma dolosa constitui crime
são obrigados a guardar sigilo sobre a consulta, diagnóstico
e é punido nos termos do artigo 353.º do Código Penal.
e seguimento, excepto quando se trate de menores de idade,
2. Aquele que por negligência, inconsideração ou falta
caso em que devem ser informados a quem sobre eles
de observância de regulamentos infectar outrem, é punido
exerça a autoridade paternal.
nos termos do artigo 368.º do Código Penal.

2. A confidencialidade não pode ser invocada, quando se


CAPÍTULO III
tratar de uma informação não nominal dos casos detectados.
Informação, Educação e Investigação

ARTIGO 13.º ARTIGO 16.º


(Violação do segredo profissional) (Órgãos de comunicação social)

1. Quem por razões do seu emprego ou profissão revele


Os órgãos de comunicação social públicos e privados
a situação de seropositividade de um cidadão, excepto
devem assegurar a emissão de informação sobre as ITS/
naqueles casos previstos na presente lei, é punido nos
/VIH/SIDA de forma gratuita.
termos do artigo 290.º do Código Penal.

ARTIGO 17.º
2. A quebra do sigilo só é permitida nos seguintes casos: (Informação)

a) quando houver autorização do paciente ou por A população deve:


dever legal, nomeadamente notificação às auto-
ridades sanitárias e preenchimento de atestado a) ser informada e educada sobre os aspectos relati-
de óbito; vos às ITS/VIH/SIDA em conformidade com as
directrizes formuladas pela Comissão Nacional
b) por justa causa como protecção à vida de terceiros,
de Luta Contra a SIDA e Grandes Endemias;
nomeadamente cônjuge, parceiro sexual ou
b) ser informada e educada contra a discriminação e
membros de grupos toxicodependentes, caso o
estigmatização das pessoas com o VIH/SIDA.
paciente se recuse em fornecer-lhes a informa-
ção quanto à condição de infecção. ARTIGO 18.º
(Educação)
SECÇÃO II
Deveres das Pessoas Infectadas 1. O Ministério da Educação deve proceder à introdução
de conteúdos referentes à sexualidade e ITS/VIH/SIDA em
ARTIGO 14.º todos os currículos escolares.
(Deveres)
2. As instituições de ensino e os locais de trabalho
As pessoas infectadas pelo VIH/SIDA devem: devem acatar as normas vigentes em matéria de informação
e educação sobre o VIH/SIDA.
a) praticar a sua sexualidade com responsabilidade;
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3. Os órgãos de inspecção e fiscalização do Estado relacionados com a saúde do paciente, a fim de


devem velar pelo cumprimento do disposto no número contar com um melhor diagnóstico para o seu
anterior. tratamento;
b) quando se trate de doação de sangue e hemoderi-
4. O não cumprimento do disposto no n.º 3 é punível vados, leite materno, sémen, órgãos e tecidos
com multa a definir por regulamento próprio. humanos;
c) quando se requeira para fins processuais penais e
5. O valor resultante das multas destina-se ao Fundo da com prévia ordem da autoridade judicial com-
Luta Contra a SIDA. petente.

ARTIGO 19.º 2. Os exames serológicos do VIH/SIDA a menores de


(Noção de investigação) idade só são realizados mediante a permissão dos pais ou
responsáveis legais do menor que, para o efeito, devem ser
Entende-se por investigação ou pesquisa a classe de informados da necessidade do teste e prestam o seu consen-
actividade que visa a produção de conhecimentos e de timento escrito para a realização do exame, salvo as excep-
tecnologias no campo aplicado, operacional e da ciência ções previstas na presente lei e na legislação em vigor,
básica, reconhecidos cientificamente por seus métodos de respeitando-se sempre o interesse superior da criança.
observação, técnicas e interferências.
SECÇÃO II
ARTIGO 20.º Tratamento e bio-segurança
(Investigação em seres humanos)

ARTIGO 23.º
Toda a investigação que envolva seres humanos, seja (Sangue seguro)
individual ou colectiva, deve ser submetida em protocolos
específicos de pesquisa, em língua portuguesa, à Comissão 1. É dever do Estado garantir sangue seguro, ficando
Nacional de Ética em Pesquisa. obrigado a indemnizar as pessoas que eventualmente forem
contaminadas por sangue e/ou seus derivados não previa-
ARTIGO 21.º mente testado nas unidades hospitalares públicas.
(Comissão Nacional de Ética e Pesquisa)

2. Os produtos sanguíneos para transfusão devem obe-


O Ministério da Sáude deve, no prazo de 90 dias após à
decer as normas do Centro Nacional de Sangue.
entrada em vigor da presente lei, criar a Comissão Nacional
de Ética em Pesquisa que deve estabelecer em dispositivo
3. A transfusão de sangue em inobservância do disposto
especial as normas que devem ser observadas em relação à
no número anterior é punível nos termos do n.º 2 do arti-
investigação, testes com vacinas, uso de placebo, consenti-
go 15.º da presente lei.
mento informado, entre outros aspectos éticos inerentes à
pesquisa com seres humanos.
ARTIGO 24.º
(Doação de sangue e órgãos)
CAPÍTULO IV
Prevenção, Controlo e Tratamento 1. As pessoas infectadas pelo VIH/SIDA não devem
doar sangue e/ou seus derivados, leite materno, órgãos ou
tecidos para uso terapêutico, salvo no âmbito de investiga-
SECÇÃO I
Prevenção e Controlo ções científicas.

2. A violação ao disposto no número anterior é punível


ARTIGO 22.º
(Testes de detecção dos anticorpos anti-VIH) nos termos do n.º 1 do artigo 15.º da presente lei.

1. É proibida a realização de testes para o diagnóstico de ARTIGO 25.º


(Mecanismos de monitorização e controlo)
infecção por VIH/SIDA de forma obrigatória, salvo nos
seguintes casos: O Ministério da Saúde deve estabelecer mecanismos
uniformes de controlo e registo apropriados para vigilância
a) quando, por consideração do médico, o qual epidemiológica que garantam o anonimato e todas as outras
consta no expediente clínico, exista necessidade situações excepcionais previstas por lei e/ou a definir
de se efectuar o teste para fins exclusivamente segundo orientações da Organização Mundial da Saúde.
I SÉRIE — N.º 88 — DE 1 DE NOVEMBRO DE 2004 2079

ARTIGO 26.º Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda,


(Laboratórios)
aos 24 de Junho de 2004.

Os laboratórios ou bancos de sangue onde se realizem Publique-se.


exames para diagnósticos de VIH devem estar devida-
mente registados na Direcção Nacional de Saúde Pública O Presidente da Assembleia Nacional, Roberto António
e estarem obrigados a manter um sistema actualizado de Víctor Francisco de Almeida.
registo e informação para as autoridades sanitárias.
Promulgado aos 11 de Outubro de 2004.
ARTIGO 27.º
(Medicamentos)
O Presidente da República, JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS.
1. Cabe ao Ministério da Saúde padronizar os anti-retro-
virais a serem utilizados em cada estádio da infecção e da
CONSELHO DE MINISTROS
doença, assim como regulamentar a sua comercialização.
——
Decreto n.º 67/04
2. Os medicamentos anti-retrovirais —
de 1 de Novembro
ARV são financiados pelo Estado.
Havendo necessidade de se nomear um membro para
3. A propaganda de medicamentos ou tratamento para a integrar o Conselho de Administração do Banco Nacional
SIDA deve obedecer às normas estabelecidas pelo Minis- de Angola, abreviadamente designado por BNA;
tério da Saúde.
ARTIGO 28.º Nestes termos, ao abrigo das disposições combinadas do
(Lixo hospitalar) n.º 3 do artigo 52.º da Lei n.º 6/97, de 11 de Julho e do
artigo 113.º da Lei Constitucional, o Governo decreta o
O Estado deve criar mecanismos para tratamento do lixo
seguinte:
hospitalar e material biológico de acordo com as normas
estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde.
Artigo 1.º — É nomeado Rui Miguêns de Oliveira para
o cargo de membro do Conselho de Administração do
ARTIGO 29.º
(Isenções) Banco Nacional de Angola.
Art. 2.º — O presente decreto entra em vigor na data da
Os reagentes, medicamentos anti-retrovirais — ARV,
sua publicação.
medicamentos de doenças oportunistas, assim como outros
materiais adquiridos pelo Estado, directa e exclusivamente
Visto e aprovado em Conselho de Ministros, em
utilizados no âmbito da luta contra o VIH/SIDA, ficam
Luanda, aos 30 de Junho de 2004.
isentos de quaisquer impostos ou taxas aduaneiras.
Publique-se.
CAPÍTULO V
Disposições Finais
O Primeiro Ministro, Fernando da Piedade Dias dos
ARTIGO 30.º Santos.
(Sanções)
Promulgado aos 13 de Outubro de 2004.
A violação ao disposto na presente lei implica sanções
disciplinares, civis e criminais, nos termos da legislação O Presidente da República, JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS.
aplicável.
ARTIGO 31.º
(Dúvidas e omissões) MINISTÉRIOS DAS FINANÇAS E DA
As dúvidas e omissões suscitadas pela interpretação e DEFESA NACIONAL
aplicação da presente lei são resolvidas pela Assembleia ——
Nacional. Despacho conjunto n.º 256/04
de 1 de Novembro
ARTIGO 32.º
(Entrada em vigor)
Havendo necessidade de se estabelecer as percentagens
A presente lei entra em vigor 120 dias após a sua publi- do Fundo de Financiamento do Sistema de Segurança
cação. Social das Forças Armadas, com vista a implementar
2080 DIÁRIO DA REPÚBLICA

as acções previstas no artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 16/94, MINISTÉRIOS DA ENERGIA E ÁGUAS
de 10 de Agosto;
E DAS FINANÇAS
——
Nos termos das disposições combinadas da alínea m) do
Despacho conjunto n.º 257/04
n.º 2 do artigo 15.º da Lei n.º 2/93, de 26 de Março e do
de 1 de Novembro
n.º 3 do artigo 114.º da Lei Constitucional, determina-se:
Havendo necessidade de prover a vaga deixada pelo
1.º — Sobre as receitas obtidas é fixada para cada acção
vogal do Conselho Fiscal da EPAL-E.P., Miguel Domingos
as seguintes percentagens:
António, por falecimento;

a) 35% Fundo de Assistência Médica e Medica-


Nos termos das disposições combinadas dos n.os 1 e 2 do
mentosa para a protecção na doença, materni-
artigo 47.º da Lei n.º 9/95, de 15 de Setembro e do n.º 3 do
dade, invalidez e acidente comum;
artigo 114.º da Lei Constitucional, determina-se:
b) 30% Fundo de Assistência Social;
c) 2% Fundo de Educação para compensação dos
1.º — É Amélia de Jesus Figueira nomeada para exercer
encargos familiares;
as funções de vogal do Conselho Fiscal da EPAL-E.P., em
d) 2% Fundo de Desporto para compensação de
substituição de Miguel Domingos António.
encargos com o desporto, cultura e recreação;
e) 10% Reserva Legal; 2.º — Este despacho conjunto entra imediatamente em
f) 3% Reserva Especial para cobertura de prejuízos e vigor.
reforço da situação líquida;
g) 3% Reservas Técnicas; Publique-se.
h) 5% Provisões para amortização e reintegração;
i) 3% Provisões para créditos mal parados ou deve- Luanda, aos 18 de Outubro de 2004.
dores duvidosos;
j) 2% Provisões para pagamento de impostos sobre O Ministro da Energia e Águas, José Maria Botelho de
os lucros. Vasconcelos.

2.º — É fixada para o Fundo de Caixa 5% sobre o resul- O Ministro das Finanças, José Pedro de Morais Júnior.
tado obtido.

3.º — A protecção na velhice e aos familiares após a MINISTÉRIOS DA JUSTIÇA


morte do militar são financiadas por dotações directas do E DO URBANISMO E AMBIENTE
Orçamento Geral do Estado (OGE). ——
Despacho conjunto n.º 258/04
4.º — É revogada toda a legislação que contrarie o pre- de 1 de Novembro

sente despacho conjunto.


Tendo-se verificado a ausência injustificada do proprie-
5.º — As dúvidas suscitadas da interpretação e aplicação tário, por período de tempo superior a 45 dias durante a
do presente diploma serão resolvidas por despacho do vigência da Lei n.º 43/76;
Ministro da Defesa Nacional.
Atendendo a que, com a subsunção do referido facto
6.º — O presente diploma entra em vigor a partir da data na previsão da aludida lei, foram automaticamente desen-
cadeadas as consequências jurídicas pertinentes;
da sua publicação.

Nestes termos, os Ministros da Justiça e do Urbanismo


Publique-se.
e Ambiente, ao abrigo do n.º 3, do artigo 114.º da Lei
Constitucional, determinam:
Luanda, aos 27 de Setembro de 2004.
1.º — É confiscado, nos termos do n.º 1 do artigo 1.º
O Ministro das Finanças, José Pedro de Morais Júnior. da Lei n.º 43/76, de 19 de Junho, o prédio urbano com-
posto de dois apartamentos, rés-de-chão, situado na Rua Dr.
O Ministro da Defesa Nacional, Kundi Paihama. António José de Almeida, em Benguela, inscrito na Matriz
I SÉRIE — N.º 88 — DE 1 DE NOVEMBRO DE 2004 2081

Predial Urbana da área fiscal de Benguela, sob o n.º Despacho conjunto n.º 260/04
2965 e descrito na Conservatória dos Registos da Comarca de 1 de Novembro

de Benguela, sob o n.º 4398, a folhas 11, verso, do livro B-


19, a favor de Américo Licínio Arvelos. Tendo-se verificado a ausência injustificada dos pro-
prietários por período de tempo superior a 45 dias durante a
2.º — Proceda a Conservatória competente à inscrição vigência da Lei n.º 43/76;
a favor do Estado do prédio urbano ora confiscado, livre de
Atendendo a que, com a subsunção do referido facto
quaisquer ónus ou encargos.
na previsão da aludida lei, foram automaticamente desen-
cadeadas as consequências jurídicas pertinentes;
Publique-se.

Nestes termos, os Ministros da Justiça e do Urbanismo


Luanda, a 1 de Novembro de 2004.
e Ambiente, ao abrigo do n.º 3, do artigo 114.º da Lei
Constitucional, determinam:
O Ministro da Justiça, Paulo Tjipilica.
1.º — É confiscado, nos termos do n.º 1 do artigo 1.º
O Ministro do Urbanismo e Ambiente, Virgílio
da Lei n.º 43/76, de 19 de Junho, o prédio urbano de
Ferreira de Fontes Pereira.
rés-do-chão e 1.º andar, situado na Avenida do Império, no
Lobito, inscrito na Matriz Predial Urbana da área fiscal do
——————
Lobito, sob o n.º 1330, descrito e inscrito na Conservatória
Despacho conjunto n.º 259/04 dos Registos da Comarca do Lobito, sob o n.º 1378, a
de 1 de Novembro folhas 68, do livro B-5, a favor de Ruth Ferreira Gonçalves
Passos e filhos, Isabel Maria Gonçalves de Passos Cruz
Tendo-se verificado a ausência injustificada do proprie- Filipe e José Manuel Gonçalves Passos.
tário por período de tempo superior a 45 dias durante a
vigência da Lei n.º 43/76; 2.º — Proceda a Conservatória competente à inscrição
a favor do Estado do prédio urbano ora confiscado, livre de
Atendendo a que, com a subsunção do referido facto
quaisquer ónus ou encargos.
na previsão da aludida lei, foram automaticamente desen-
cadeadas as consequências jurídicas pertinentes; Publique-se.
Nestes termos, os Ministros da Justiça e do Urbanismo
Luanda, a 1 de Novembro de 2004.
e Ambiente, ao abrigo do n.º 3, do artigo 114.º da Lei
Constitucional, determinam: O Ministro da Justiça, Paulo Tjipilica.

1.º — É confiscado, nos termos do n.º 1 do artigo 1.º O Ministro do Urbanismo e Ambiente, Virgílio
da Lei n.º 43/76, de 19 de Junho, o prédio urbano situado Ferreira de Fontes Pereira.
na Rua Cidade do Lobito, em Benguela, inscrito na Matriz
Predial Urbana da área fiscal de Benguela, sob o n.º 9361, ——————
a favor de Agostinho L. A. Santiago e omisso na Conserva-
tória dos Registos da Comarca de Benguela. Despacho conjunto n.º 261/04
de 1 de Novembro

2.º — Proceda a Conservatória competente à inscrição


a favor do Estado do prédio urbano ora confiscado, livre de Tendo-se verificado a ausência injustificada do proprie-
quaisquer ónus ou encargos. tário por período de tempo superior a 45 dias durante a
vigência da Lei n.º 43/76;
Publique-se.
Atendendo a que, com a subsunção do referido facto
Luanda, a 1 de Novembro de 2004. na previsão da aludida lei, foram automaticamente desen-
cadeadas as consequências jurídicas pertinentes;
O Ministro da Justiça, Paulo Tjipilica.
Nestes termos, os Ministros da Justiça e do Urbanismo
O Ministro do Urbanismo e Ambiente, Virgílio e Ambiente, ao abrigo do n.º 3, do artigo 114.º da Lei
Ferreira de Fontes Pereira. Constitucional, determinam:
2082 DIÁRIO DA REPÚBLICA

1.º — É confiscada, nos termos do n.º 1 do artigo 1.º Publique-se.


da Lei n.º 43/76, de 19 de Junho, a fracção autónoma,
designada pela letra D, do 9.º andar, do prédio sito em Luanda, a 1 de Novembro de 2004.
Luanda, antes gaveto formado pelas Ruas Sidónio Pais e
D. João II, actual Rua Nicolau Gomes Spencer, n.º 203, O Ministro da Justiça, Paulo Tjipilica.
Município da Ingombota, inscrita na Matriz Predial do
2.º Bairro Fiscal, sob o n.º 11 360, descrita na Conservatória O Ministro do Urbanismo e Ambiente, Virgílio
do Registo Predial da Comarca de Luanda, sob o n.º 35 296, Ferreira de Fontes Pereira.
a folhas 77, do livro B-95, acha-se inscrita por transmissão
em regime de propriedade horizontal a folhas 67, do —————
livro G-36, sob o n.º 33 837, a favor de Maria do Amparo
Amaral Alves. Despacho conjunto n.º 263/04
de 1 de Novembro
2.º — Proceda a Conservatória competente à inscrição
a favor do Estado da fracção ora confiscada, livre de quais-
Tendo-se verificado a ausência injustificada do proprie-
quer ónus ou encargos.
tário por período de tempo superior a 45 dias durante a
vigência da Lei n.º 43/76;
Publique-se.

Luanda, a 1 de Novembro de 2004. Atendendo a que, com a subsunção do referido facto


na previsão da aludida lei, foram automaticamente desen-
O Ministro da Justiça, Paulo Tjipilica. cadeadas as consequências jurídicas pertinentes;

O Ministro do Urbanismo e Ambiente, Virgílio


Nestes termos, os Ministros da Justiça e do Urbanismo
Ferreira de Fontes Pereira.
e Ambiente, ao abrigo do n.º 3, do artigo 114.º da Lei
————— Constitucional, determinam:
Despacho conjunto n.º 262/04
de 1 de Novembro
1.º — É confiscado, nos termos do n.º 1 do artigo 1.º
Tendo-se verificado a ausência injustificada do proprie- da Lei n.º 43/76, de 19 de Junho, o prédio urbano de
tário por período de tempo superior a 45 dias durante a rés-do-chão e 1.º andar, composto de quatro habitações, sito
vigência da Lei n.º 43/76; em Luanda, Rua Gil Liberdade, ex-Dr. João das Regras,

Atendendo a que, com a subsunção do referido facto Município do Sambizanga, inscrito na Matriz Predial do
na previsão da aludida lei, foram automaticamente desen- 2.º Bairro Fiscal, sob o n.º 14 663, descrito na Conservatória
cadeadas as consequências jurídicas pertinentes; do Registo Predial da Comarca de Luanda, sob o n.º 8217 a
folhas 142, acha-se inscrito por transmissão a folhas 64, do
Nestes termos, os Ministros da Justiça e do Urbanismo
e Ambiente, ao abrigo do n.º 3, do artigo 114.º da Lei livro G-39, sob o n.º 35 702, a favor de Conceição Eva da
Constitucional, determinam: Silva Neto.

1.º — É confiscada, nos termos do n.º 1 do artigo 1.º


da Lei n.º 43/76, de 19 de Junho, a fracção autónoma, 2.º — Proceda a Conservatória competente à inscrição
designada pela letra B, do 9.º andar, do Prédio n.º 69, da a favor do Estado do prédio ora confiscado, livre de quais-
Rua Guilherme Capelo (actual Kwamme N’Krumah) quer ónus ou encargos.
Zona 8, Bairro Maculusso, Município da Maianga, Cidade
de Luanda, inscrita na Matriz Predial Urbana da Repartição Publique-se.
de Finanças do 2.º Bairro Fiscal, sob o n.º 13 568 e
descrita na Conservatória do Registo Predial, sob o Luanda, a 1 de Novembro de 2004.
n.º 11 762 a folhas 156, do livro B-37, em nome da socie-
dade Cooperativa ‹‹Alegria Pelo Trabalho››.
O Ministro da Justiça, Paulo Tjipilica.
2.º — Proceda a Conservatória competente à inscrição
a favor do Estado da fracção ora confiscada, livre de quais- O Ministro do Urbanismo e Ambiente, Virgílio
quer ónus ou encargos. Ferreira de Fontes Pereira.
I SÉRIE — N.º 88 — DE 1 DE NOVEMBRO DE 2004 2083

Despacho conjunto n.º 264/04 1.º — É confiscado, nos termos do n.º 1 do artigo 1.º
de 1 de Novembro da Lei n.º 43/76, de 19 de Junho, o Prédio Urbano n.º 325,
situado na Cidade do Lubango, Bairro Santo António
Tendo-se verificado a ausência injustificada dos
‹‹Machiqueira››, inscrito na Repartição de Finanças do
membros de direcção da sociedade proprietária, por
Lubango, sob o n.º 3022, descrito na Conservatória dos
período de tempo superior a 45 dias durante a vigência
Registos da Comarca da Huíla, no Lubango, a folhas 127,
da Lei n.º 43/76;
verso, do livro B-11, sob o n.º 3523, a favor de António João
Atendendo a que, com a subsunção do referido facto Alves.
na previsão da aludida lei, foram automaticamente desen-
cadeadas as consequências jurídicas pertinentes; 2.º — Proceda a Conservatória competente à inscrição a
favor do Estado do prédio ora confiscado, livre de quaisquer
Nestes termos, os Ministros da Justiça e do Urbanismo ónus ou encargos.
e Ambiente, ao abrigo do n.º 3, do artigo 114.º da Lei
Constitucional, determinam: Publique-se.

1.º — É confiscada, nos termos do n.º 1 do artigo 1.º da Luanda, a 1 de Novembro de 2004.
Lei n.º 43/76, de 19 de Junho, a fracção autónoma desig-
nada pela letra B, do 7.º andar, do prédio urbano sito em O Ministro da Justiça, Paulo Tjipilica.
Luanda, na Avenida 1.º Congresso do MPLA, n.º 36, ins-
crita na Matriz Predial do 1.º Bairro Fiscal, sob o n.º 3834, O Ministro do Urbanismo e Ambiente, Virgílio
descrita na Conservatória do Registo Predial da Comarca de Ferreira de Fontes Pereira.
Luanda, sob o n.º 4933, a folhas 174, verso, do livro B-18,
inscrita a folhas 118, do livro G-26, sob o n.º 25 535, a favor
de Cooperativa ‹‹Alegria Pelo Trabalho, S.C.R.L››.
MINISTÉRIO DA ENERGIA E ÁGUAS
——
2.º — Proceda a Conservatória competente à inscrição
Despacho n.º 266/04
a favor do Estado da fracção ora confiscada, livre de quais- de 1 de Novembro
quer ónus ou encargos.
Considerando que, pelo despacho de 30 de Setembro
Publique-se. de 2004, foi exonerado do cargo de director geral do
Luanda, a 1 de Novembro de 2004. GAMEK, José Sonnemberg Fernandes, bem como os
directores gerais-adjuntos, Manuel Tavares de Almeida,
O Ministro da Justiça, Paulo Tjipilica. Júlio Capitango e Carlos Aurélio Fernandes.

O Ministro do Urbanismo e Ambiente, Virgílio Havendo a necessidade de se garantir o normal fun-


Ferreira de Fontes Pereira. cionamento do GAMEK, tendo em conta o cumprimento
————— das orientações do Ministério da Energia e Águas e do
Governo, relativas às tarefas da presente fase de execução
Despacho conjunto n.º 265/04 do Projecto Capanda, bem como o início da segunda fase;
de 1 de Novembro

Nos termos do n.º 1 do artigo 6.º e do n.º 3 do mesmo


Tendo-se verificado a ausência injustificada do proprie-
preceito, do estatuto orgânico do Gabinete de Aprovei-
tário por período de tempo superior a 45 dias durante a
tamento do Médio Kwanza, aprovado pelo Despacho con-
vigência da Lei n.º 43/76;
junto n.º 14/86 e no uso da faculdade que me é conferida
Atendendo a que, com a subsunção do referido facto pelas alíneas h) e j) do n.º 1 do artigo 4.º do estatuto orgâ-
na previsão da aludida lei, foram automaticamente desen- nico do Ministério da Energia e Águas, aprovado pelo
cadeadas as consequências jurídicas pertinentes; Decreto-Lei n.º 3/00, de 17 de Março e nos termos do n.º 3
do artigo 114.º da Lei Constitucional, determino:
Nestes termos, os Ministros da Justiça e do Urbanismo
e Ambiente, ao abrigo do n.º 3, do artigo 114.º da Lei Artigo 1.º — É criada a Comissão de Gestão para o
Constitucional, determinam: GAMEK que num período de 180 dias, a contar da data do
presente despacho, assegurará a sua gestão.
2084 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Art. 2.º — tações do Ministério da Energia e Águas e dos


A referida comissão terá a seguinte composição: acordos estabelecidos com Empresa Nacional
de Energia;
1. Emmanuela Bernardett Afonso Vieira Lopes, que c) conduzir a conclusão da primeira fase do Projecto
a coordenará; e as negociações, quer para conclusão desta
2. Muabi Lenguema Filipe; fase, quer para a segunda, conforme orientações
3. Manuel Tavares de Almeida; do Governo, dadas através do Ministério da
4. Júlio Capitango; Energia e Águas.
5. Carlos Aurélio Fernandes.
Art. 4.º — Este despacho entra imediatamente em vigor.
Art. 3.º — A comissão terá as seguintes atribuições:
Publique-se.
a) assegurar a gestão corrente do GAMEK; Luanda, aos 30 de Setembro de 2004.
b) assegurar a operação do Aproveitamento Hidro-
-Eléctrico de Capanda nos termos das orien- O Ministro, José Maria Botelho de Vasconcelos.

O. E. 11/88 — 2500 ex. — I. N.-E. P. — 2004

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