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CONCEITOS BÁSICOS de
GESTÃO da QUALIDADE
Profº Anderson Rocha
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Conceitosbásicos de Gestão da Qualidade
4. Foco no Cliente 5
5. Diagnósticos necessários 5
9. Seis Sigma 27
11. Fluxograma 33
13. Benchmarking 34
Referências Bibliográficas 37
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Conceitosbásicos de Gestão da Qualidade
Nas últimas décadas a definição mais citada é da Em 1950, Joseph Moses Juran publicou o Manual
satisfação do cliente, contemplando a adequação ao de Controle de Qualidade que dizia que a qualidade
uso e a conformidade às especificações. deveria ser verificada em todas as atividades da
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Conceitosbásicos de Gestão da Qualidade
Em 1951 foi lançado o livro Controle da Qualidade Nogueira cita Juran que também conceituou a
Total escrito por Feigenbaun com definições GQT Gestão da Qualidade Total como “o sistema de
importantes como: Controle de Projeto, Controle do atividades dirigidas para se atingir clientes satisfeitos,
Material Recebido; Controle do Produto e Estudos de empregados com responsabilidade e autoridade,
Processos Especiais. maior faturamento e menor custo”.
No Japão e nos EUA W. E. Deming, também se Este conceito foi amplamente praticado nas
tornou reconhecido na área como especialista na indústrias americanas a partir de 1980, e no Brasil o
aplicação de técnicas estatísticas, mas o mundo estava mesmo ocorreu a partir dos anos 90.
no período pós-guerra e as indústrias não estavam
Neste século, a GQT tornou-se menos utilizada e
totalmente voltadas ao controle de qualidade.
foi substituída por Gestão da Qualidade e os
Com o fim da 2ª Grande Guerra (já no final dos programas de qualidade das décadas anteriores
anos 40) o Japão percebeu que poderia ter um foram abandonados.
diferencial nos seus produtos; esse diferencial era “a
qualidade” e aproveitaram as ideias lançadas por
3. Princípios da Gestão da Qualidade
Deming, surgindo, assim, o TQC, que é o Controle da
Qualidade Total. A criação da ferramenta PDCA foi
outra contribuição de Deming.
Porter (1986) ensina que o foco no cliente é o
princípio estratégico para a indústria se tornar
O desenvolvimento da visão ampla da qualidade
competitiva, portanto, para conquistar o mercado
com base nos trabalhos de Ishikawa foi bastante
todos os esforços são dirigidos pelas empresas, que
Influenciado por Juran e Deming, bem como o
não só tem que identificar estes requisitos como
Diagrama de Causa e Efeito também desenvolvido
também aplicá-los na sua organização, transferindo
por ele, que apresenta o estudo de processo de um
as pesquisas de mercado para todo o seu processo
conjunto de causas que devem ser controladas para
produtivo.
se obter bons produtos e serviços.
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Esta oficialização deve ser feita informando a todos Ferreira cita programas de conscientização e
os colaboradores da organização, e compreende a motivação para a qualidade e produtividade;
definição de uma equipe que executará as tarefas em desenvolvimento e difusão de métodos de gestão;
período integral, nunca parcial, para que se alcance capacitação de Recursos Humanos; adequação dos
resultados integrais e não parciais. serviços tecnológicos para a qualidade e
produtividade; e articulação institucional.
Para o diagnóstico há a necessidade constante de
se saber o que fazer, sua amplitude e abrangência, A análise da organização, bem como a avaliação
que devem também fazer parte da informação oficial de suas necessidades e que pontos devem ser
da organização a todos os colaboradores. melhorados é uma função exclusiva da alta
administração, não podendo esta responsabilidade
Um bom exemplo trabalhado em empresa ser passada para os gestores operacionais.
brasileira é o do Professor Ferreira (1998), que no
prefácio de seu livro “Diagnóstico Organizacionalpara Ferreira (1998) diz que a alta cúpula deve analisar
Qualidade e Produtividade” dá a direção para o a organização e se o diagnóstico for deficiente poderá
trabalho de diagnóstico e cita que: afetar o desempenho individual ou grupal.
Este trabalho é resultado de mais de 6500 O resultado pode ser: fracasso em atingir
horas-homens treinados durante o exercício de objetivos, planejamento confuso, má delegação
1989 a 1992 nos conceitos de Qualidade, de funções, problemas disciplinares, maus
elaboração de diagnósticos e implantação de programas de incentivos, objetivos mal definidos,
programas de Qualidade Total para empresas inexistência de padrões e desempenho,
privadas, públicas e instituições. Durante esse favoritismo, má distribuição de trabalho, etc.,
período, notou-se que os profissionais não estão que inclusive poderão conduzir ao baixo moral e
conscientizados para a etapa de diagnóstico e, desempenho organizacional insatisfatório.
quando isso ocorre, acontece de maneira não-
sistematizada, o que acaba por prejudicar todo o Paladini (1994) comenta que muitos dos fracassos
processo de implantação da filosofia da cometidos pela implantação de um TQM (Total Quality
Qualidade Total. Management) são:
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Ferreira (1998) utiliza como instrumentos para Na avaliação diagnóstica está a área de Recursos
diagnóstico os métodos Workshop e Brainstorming e humanos da empresa, na qual podem ser estudados a
descreve seus procedimentos. estrutura e seus subsistemas; recrutamento e seleção,
depto de pessoal, treinamento e desenvolvimento,
As orientações para que se alcance umaavaliação serviço social, benefício social, medicina ocupacional,
diagnóstica devem abranger desde a necessidade de engenharia de segurança do trabalho, restaurante,
uma reunião com os funcionários de todos os níveis relações sindicais, cargos e salários, entre outros
envolvidos, como a supervisionada aplicação dos pontos que deverão ser analisados.
instrumentos de avaliação, a respectiva tabulação
dos dados e sua correta interpretação. A avaliação diagnóstica com referência à
Qualidade coloca em discussão assuntos como:
A alta administração deve determinar a política política de qualidade, internalização da política,
organizacional sob os aspectos: os níveis de gerência elaboração dentro da filosofia de qualidade, medição
que tenham a capacidade de administrar a da produtividade, roteiros de produção, desenhos
organização; que possuam liderança no processo técnicos, adequação a normas e procedimentos,
decisório na estrutura e, ainda, fornecer veículos de programas de controle e planejamento, controle
comunicação e de informação ágeis. estatístico do processo, controle total da qualidade,
filosofia de zero defeito (se existir), qualidade
Dentro das possíveis áreas a serem analisadas assegurada pelos fornecedores, e outros processos.
para um correto diagnóstico podem estar as relações
entre pessoas e a organização, organograma, Como exemplo quanto à área de controle, deve-
autoridades e responsabilidades, cooperação entre se considerar o conhecimento geral da organização,
áreas, planejamento organizacional, as engenharias no qual está o recebimento de matéria-prima; a
de operações e produção, engenharia de fabricação, qualidade no processo de produção, a qualidade no
engenharia de manutenção, engenharia de processos produto final, a qualidade na elaboração de projetos,
e engenharia da qualidade (essas quatro últimas do a estrutura de controle de custo, a contabilidade
PCP), gerência de RH, setor de pesquisa e informatizada, o controle de processo nas atividades
desenvolvimento de produtos, documentação e referentes a tratamentos de não-confomidade, o
informação tecnológica (sistemas de requisição de gerenciamento das ações que são consideradas
material e de recursos da indústria), política de corretivas a qualidade, itens estabelecidos para
qualidade, planejamento organizacional em nível controle, planos para tarefas de inspeção, inspeção
estratégico e seus prazos, automatização, durante o processo de fabricação na linha e o controle
informatização e programas de capacitação de RH. específico nas áreas de manuseio de materiais,
preservação de material, embalagens de material e
Ferreira (1998) explana sobre a ação política que expedição de material.
passou a acontecer com o PBQP (Programa Brasileiro
de Qualidade e Produtividade, 1990), lançado pelo
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Dizem os autores da área que o programa 5S caracteriza-se por ser de fácil entendimento, porém, o
mesmo não se pode dizer de sua implantação, pois “promove mudanças comportamentais, eliminação de
rotinas e vícios antigos nos hábitos e atitudes pessoais”. Essa afirmação reitera-se através de uma pesquisa
realizada em 2000, pelo SEBRAE no Brasil, sobre Gestão da Qualidade Total nas pequenas e médias empresas
do terceiro setor, onde se verificou que 72% dos programas 5Ss fracassaram (SEBRAE 2000).
As ferramentas da qualidade, de acordo com Carpinetti (2010), envolvem basicamente as seguintes etapas:
• Identificação dos problemas prioritários.
• Observação e coleta de dados.
• Análise e busca de causas-raízes.
• Planejamento e implementação das ações.
• Verificação dos resultados.
Histograma
O histograma, criado por Ishikawa é um gráfico que dispõe as informações de forma a permitir uma
visualização da distribuição de um conjunto de dados, apresentando no eixo horizontal valores assumidos por
uma variável na qual se tem interesse, e no eixo vertical os valores que pertencem ao intervalo correspondente.
A seguir apresenta-se a figura característica da ferramenta, que se encontra em vasta bibliografia.
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O histograma pode ser aplicado em situações menos complexas e para montá-lo basta seguir os seguintes
passos:
• Obter uma amostra de, no mínimo, 50 e, no máximo, 100 dados.
• Determinar o máximo e o menor valor.
• Calcular a amplitude dos dados (r=max-min).
• Determinar o número de classes.
• Calcular a amplitude das classes.
• Determinar os limites das classes.
• Construir a tabela.
• Traçar o diagrama.
O diagrama de causa e efeito, também criado por Ishikawa, lembra um o esqueleto de um peixe,
representando as causas problema e seu resultado. Geralmente a construção do diagrama de causa e efeito é
executada por profissionais que realizam as funções e tarefas em que aparecem os problemas. É um desenho
de fácil visualização e para a sua montagem é aconselhável a utilização do Brainstorming, que auxilia os
profissionais envolvidos a produzir o máximo possível de informações e ideias.
Geralmente as causas potenciais são colocadas em categorias principais e subcategorias, de forma que se
assemelhe a um esqueleto de peixe (vem daí seu nome alternativo). É usado para a análise de relações das
causas e efeitos, para a comunicação destas relações e para facilitar a resolução de problemas dos sintomas
para a causa, até sua solução.
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O diagrama de causa e efeito serve para visualizar, em conjunto, as causas principais e secundárias de um
problema, ampliar a visão das possíveis causas do mesmo, enriquecendo a sua análise e a identificação de
soluções e também analisar processos em busca de melhorias. Por exemplo:
• Mão de obra (ou pessoas).
• Materiais (ou componentes).
• Máquinas (ou equipamentos).
• Métodos.
• Meio ambiente.
• Medições.
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A folha de verificação é um formulário previamente desenhado com os itens que devem ser analisados;
geralmente já estão definidos os seus limites inferior e superior, e normalmente seu objetivo é de coleta de
dados, que por terem sido anteriormente estudados participam de um planejamento de verificação.
Gráficos de Controle
Os gráficos de controle têm como objetivo básico a verificação de processos para sua garantia, portanto,
neste gráfico aparecem as variáveis de diversas amostras que devem ser comparadas por suas médias e
amplitude, que por sua vez na análise demonstram sua variação. Segundo Rossato (1996) estes gráficos
servem para examinar se os processos em que são aplicados estão ou não sob controle, utilizando-se para
isto métodos estatísticos para a observação das mudanças dentro do processo, baseado em dados de
amostragem.
Estes gráficos também dão a informação de como os processos se comportam num determinado espaço
de tempo, dentro dos limites pré-estabelecidos, demonstrado, portanto, a necessidade de se procurar a causa
da variação.
No Gráfico de controle aparecem três linhas paralelas que representam um limite de controle, a saber:
• Linha Central que representa o valor médio da característica de qualidade.
• Linha Superior que representa o limite superior do controle.
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Os gráficos de controle servem para monitorar a variação de um processo e atuar na sua correção e
ajuste. Para a sua construção:
• Construa um gráfico cartesiano.
• No eixo “x” divida em períodos.
• No eixo “y” coloque os valores da variável.
• Determine as linhas limites.
• Una os pontos.
• Identifique as variações.
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Diagrama de Pareto
Vilfredo Pareto (1843 – 1923) sociólogo e economista criou uma teoria que Juran adaptou aos problemas
da qualidade. É conhecido como 80 – 20, comercialmente, por exemplo, 80% das receitas advêm de 20%
dos clientes; 80% dos problemas são advindos de 20% dos clientes, etc. E na indústria os itens defeituosos
ou não conformes, retrabalhos, refugos, gastos com assistência técnica, problemas apresentados ao SAC,
prazos e atrasos, todos se analisados aparecerão bem próximos a esta relação (80 – 20). Esta ferramenta
também é representada por um gráfico de barras verticais – Gráfico de Pareto.
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Síntese
Cada ferramenta tem uma função e não há uma indicação adequada para saber qual a ferramenta a ser
utilizada em cada fase dos trabalhos estatísticos. Tudo depende do problema envolvido, das informações
adquiridas, dos dados históricos disponíveis e do conhecimento do processo em questão
Diagrama de Pareto - Diagrama de barra que ordena as ocorrências da maior para a menor. Utilização -
Priorizar as poucas, mas vitais.
Histograma ou Diagrama de Barra - que representa a distribuição de uma população. Utilização - Verificar
o comportamento de um processo em relação à especificação.
Diagrama de Causa e Efeito - Método que expressa a série de causas de um efeito (problema). Utilização
- Ampliar a quantidade de causas potenciais a serem analisadas.
Folha de Verificação - Planilha para coleta de dados. Utilização - Facilitar a coleta de dados referente a um
problema.
Gráfico de Controle - Gráfico com limite de controle que permite o monitoramento dos processos. Utilização
- a verificação de processos para sua garantia.
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Estratificação - identificar como a variação de cada um destes fatores naturais interfere no resultado.
Utilização - Verificar se o processo está sob controle.
No Japão na década de 60 aparece uma técnica para gerenciar a qualidade de processo e produto nas
operações de produção: o QFD ou Desdobramento da Função da Qualidade.
O FMEA Failure Mode and Effect Analysis ou Análise do Modo e Efeito da Falha, desenvolvido nos anos 80
nos EUA, que tem como preocupação básica a identificação de falhas de projeto de produto e processo de
fabricação.
Pode-se também citar como técnica o resultado da Motorola nos anos 80, que recebeu uma forma final
nos anos 90, o programa denominado Seis Sigma.
7.1.Diagramas de Relações
O diagrama de relações pode ser usado no mesmo sentido que o causa e efeito, esqueleto de peixe ou
espinha de peixe, e tem o objetivo de também estabelecer a relação entre diferentes fatores, sendo mais
utilizado nas fases de análise dos problemas. Esta ferramenta pode demonstrar as relações de métodos de
trabalho por falta ou falha no treinamento. Para a elaboração do diagrama de relações, comumente é também
utilizado o Brainstorming e diferentemente do da espinha de peixe, este diagrama pode demonstrar mais de
uma opinião divergente.
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O diagrama das relações analisa fundamentalmente a inter-relação entre causa e efeito, ou seja, a inter-
relação que existe entre as causas, simplificando a busca por soluções de problemas através da indicação das
diversas causas envolvidas em um problema e suas relações.
Portanto, para a construção de um diagrama de relações deve-se partir de várias ideias sugeridas em um
processo de Brainstorming, Ishikawa e cinco por quês. Este diagrama poderá ser de Objetivo Simples ou
Objetivos Múltiplos. Cada uma das ideias deverá ser colocada em um quadro e a partir daí, deve-se
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verificar se existe relação com as demais ideias apresentadas, fazendo sua ligação por meio de setas. Feitas
as ligações, que deverão ter suas conexões exaustivamente discutidas, verifica-se a quantidade de setas
que entram e saem de cada quadro. Cada quadro deverá então conter um número E/S (entrada e saída),
de maneira a identificar se aquela etapa é um agente gerador de ações (muitas saídas) ou então um
processador de ações (muitas entradas). Deve-se então dar-se o inicio ao processo de análise ao principal
gerador de ações. O Gerador de ações deve conter somente saídas e nenhuma entrada.
Notar que os quadros com maior quantidade de entradas e diversas saídas serão denominados
processadores de ações, os com muitas entradas e poucas saídas são denominados de gargalos.
7.2.Diagramas de Afinidades
O diagrama de afinidades é utilizado para solucionar problemas através da coleta de dados verbais de
forma desordenada, porém a análise deve ser feita por afinidade.
Para a construção de um diagrama, deve-se pensar no problema em questão, suas causas e, posteriormente
separar estas causas em categorias, através de afinidades. Também é originado por Brainstorming e torna-se
complemento do Ishikawa, porém com aplicações mais amplas, porém sempre pelas afinidades levantadas.
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7.3.Diagramas em Árvore
O diagrama em árvore é uma variação das duas ferramentas anteriores; trabalha com atividades e
processos, detalhamentos e desdobramentos, mas é representado de forma hierárquica. É bastante utilizado
também para a representação da estrutura de produtos, ou ainda seus requisitos.
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Esta ferramenta serve para desdobrar uma ideia, um conceito, uma tarefa, um processo nos seus
componentes mais básicos, permitindo desta forma um conhecimento mais profundo.
As aplicações são as mais diversas, por exemplo, um plano para desenvolvimento de novos produtos,
criação de diagramas causa-efeito, desenvolver ideias para solução de problemas relacionados à qualidade,
custo e transporte que geralmente surgem em empresas novas, desenvolver objetivos, políticas e etapas de
implementação, seguir a especificação de eficiência incrementada em peças e funções de controles.
7.4.Matrizes depriorização
A matriz de priorização, como já indica o nome, é uma ferramenta dirigida para estudar problemas voltados
a assuntos de acordo com sua “gravidade”, que no fundo é o impacto do problema sobre organizações,
processos, resultados, pessoas, produtos que surgirão num certo prazo caso o problema não seja resolvido;
“urgência” é o tempo em que deve ser resolvido, e “tendência”, que é a avaliação da tendência e avaliação
de crescimento, redução ou até o desaparecimento do problema.
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Fonte da imagem: Dicas de qualidade: Matriz de Priorização e Diagrama PDPC . Adaptado de Carpinetti (2010)
A matriz de prioridade focaliza a atenção de um grupo de trabalho sobre as principais opções, antes de
avançar para o planejamento da atividade, permitindo, desta forma, estabelecer uma classificação numérica
de prioridades em um conjunto de opções dado.
As aplicações são as mais diversas, por exemplo, estabelecimento de pontos de concepção de ideias para
o desenvolvimento e melhoria de um sistema de produtos, atingir a nelhoria no desenvolvimento do produto,
estabelecer e fortalecer o sistema de garantia de qualidade, ligando níveis de qualidade com as várias funções
de contrlole, perseguir as causas da não-conformidade de produtos e seu processo de fabricação, e por fim
estabelecer estratégias para grupo de produtos a serem comercializados, através das avaliações das relações
entre os produtos e a situação do mercado.
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Matriz de relações é um gráfico no qual se A matriz tipo L é uma matriz básica e de ampla
registram as relações entre dois ou mais conjuntos de aplicação que permite relacionar dois conjuntos de
dados, multidimensionalmente. Mostra a intensidade fatores. Pode ser utilizada para associar metas e os
das relações entre os fatores estudados, dando meios para alcançá-las, assim como traçar conclusão
condições a que se avalie e combine os conjuntos de sobre as relações existentes entre as consequências
fenômenos e fatores correspondentes. Essa matriz e suas causas.
pode ser do tipo L, (metas e meios) T (soma de duas
L), Y (redução e defeito) e X. (uso restrito ou A matriz tipo T é uma superposição de duas
específico). matrizes tiipo L. É um bom metodo para análise de
atividades de redução de defeitos.
Figura 14 - Relação binária.
A matriz tipo Y é uma combinação de três tipos de
matrizes tipo L. Ela mostra a relação entre os fatores
A, B e C.
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7.7.Diagramas de Atividades
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Lenzi (2000) diz que não é conhecida, pelo menos na literatura de ferramentas da qualidade, a ocasião em
que surgiu a análise de modelo e efeito na falha – FMEA. A ABNT, Associação de Normas Técnicas Brasileira,
na norma NBR 5462 de 1994, adota esta sigla e a traduz como análise dos modos de falha e seus efeitos. A
norma apresenta o FMEA como um método qualitativo e confiável que abrange o estudo dos modos de falhas
que podem existir para cada item estudado e a determinação dos efeitos. Conforme a literatura da área, o
método pode ser utilizado nas mais diversas áreas, a saber:
A crítica maior sobre o FMEA é o tempo gasto na sua execução, problema este que pode ser amenizado
com o uso de computadores e um software, e programas aplicativos nos quais basicamente se controlam os
cadastros de falhas, preenchimento de formulários e gerenciamento das reuniões.
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9. Seis Sigma
Em consenso diversos autores ensinam que para este processo o conceito de defeito como uma “não-
conformidade” de um produto ou serviço com base nas suas especificações não é o básico, o Seis Sigma o
define como valor agregado para atingir a meta estratégica da organização e como se sabe está em todos os
processos produtivos e estudos das conformidades, pois faz parte primordial com vistas ao bom atendimento
e satisfação dos clientes.
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DMADV
Figura 18 – Seis Sigma
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Os fatores mais importantes do Seis Sigma são: Também de acordo com Werkema, o controle da
• A alta administração tem de estar comprometi- qualidade moderno teve início nos EUA com a
da e envolvida. aplicação industrial do gráfico de controle na empresa
• Haver gerenciamento de projeto hábil e flexí- de telefonia “Bell Telefhone Laboratories”. Já o Dr.
vel. Shewhart, havia proposto o uso do gráfico para a
• Deve existir uma maior priorização e seleção análise de dados resultantes de inspeção, fazendo
de projetos. com que a importância dada à inspeção, que era um
• A manutenção e revisão da documentação pas- procedimento baseado na detecção e correção de
sam a ser obrigatórias e com prazos. produtos defeituosos, começasse a ser substituída por
• Foco na satisfação dos clientes e consequente- uma ênfase no estudo da prevenção dos problemas
mente no mercado. relacionados com a qualidade, de modo a impedir que
produtos defeituosos fossem produzidos.
São obrigatórias as colocações de facilidades pela Camilato (2000) cita W. Edwards Deming,
alta administração: estatístico e especialista em qualidade, foi ao Japão
proferir palestra, no ano de 1950, para proferir
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A melhoria contínua, na prática, ocorre quanto mais vezes for executado o PDCA, que otimiza a execução
dos processo, possibilita a redução de custos e o aumento da produtividade. A aplicação do PDCA a todas as
fases do projeto pode levar ao aperfeiçoamento e ajustamento do caminho que a organização deve seguir.
Estes processos podem ser considerados corretos e satisfatórios quando as melhorias forem também
aplicadas neles. As melhorias, com o PDCA, são gradativas e contínuas e agregam valor ao projeto,
assegurando a satisfação dos clientes.
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2 – Observação que é uma técnica poderosa e que pode ser utilizada para ajudar a compreender
problemas como os de manufatura e de operações de serviços. Diz-se que “um problema bem entendido é
um problema metade resolvido”, portanto, sua interpretação é imprescindível; isto implica que uma grande
parte do tempo da solução de problema deveria ser dedicada ao seu entendimento antes de qualquer ação
corretiva.
3 – Análise do Processo é a etapa que se inicia a partir da coleta de dados, partindo-se para uma
sequência de etapas para estratificar os efeitos encontrados, descobrir as suas prováveis causas, priorizar as
mais exequíveis e factíveis de serem responsáveis pelas falhas e determinar as fundamentais causas destes
efeitos indesejados, além de efetuar a proposição de ações para eliminar os problemas.
5 – Ação, que segundo vários especialistas corretamente determinadas, tendo como base o extenso,
complexo, porém completo diagnóstico.
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6 - Verificação que é a etapa na qual são verificados se os resultados esperados foram alcançados e por
quê.
8 – Conclusão que é a etapa de comunicação do trabalho executado, geralmente feita por escrito e cujo
relatório tem que ser feito de forma clara, concisa e exata. Este é um bom motivo para se executar a arte da
boa comunicação, que também é uma questão de sobrevivência profissional.
11. Fluxograma
Os fluxogramas também são considerados como ferramenta e representam todas as etapas que compõem
um processo completo e estão baseados no raciocínio lógico de execução de determinado processo de
fabricação e serviços, procedimentos operacionais, táticos ou estratégias, bem como de ações que devem ser
implementadas por um conjunto de pessoas. Com a aplicação de um fluxograma em uma função específica é
possível visualizar todas as tarefas que não podem deixar de ser praticadas, assim como sua ordem correta.
Os fluxogramas são representações pictóricas do processo e de sua normalização, sendo executados passo
a passo do processo com análise, discussão e comunicação.
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