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UNIVERSIDADE PÚNGUÉ

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS E CONTÁBEIS


EXTENSÃO DE TETE

Teoria do Producto geradora da Curva de oferta

Licenciatura em Contabilidade

Gildo Agostinho Nota Santos


Lianeva da Graça Manuel
Moisés Zeca
Zélia Arnaldo Augusto

Tete, maio de 2023


Gildo Agostinho Nota Santos
Lianeva da Graça Manuel
Moisés Zeca
Zélia Arnaldo Augusto

Teoria do Producto geradora da Curva de oferta


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Docente: Dr. Nixon Vicente Jacinto Manuel

Extensão de Tete

Tete, maio de 2023


ÍNDICE GERAL
ÍNDICE DE FIGURAS..............................................................................................................ii

CAPÍTULO I..............................................................................................................................1

1. Introdução............................................................................................................................1

1.1. Método de pesquisa..................................................................................................1

1.2. Objectivos.....................................................................................................................2

1.2.1. Objectivos Geral...................................................................................................2

1.2.2. Objectivos específicos..........................................................................................2

CAPÍTULO II.........................................................................................................................3

2. Teoria da Produção..........................................................................................................3

2.1. Oferta............................................................................................................................4

2.2. Como são utilizados os fatores produtivos para a obtenção do produto......................4

2.1.1. Curva de oferta..............................................................................................................6

2.3. Elasticidade..................................................................................................................7

CAPÍTULO III....................................................................................................................9

3. Conclusão.................................................................................................................9

4. Referências bibliográficas......................................................................................10

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ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1: Curva da Oferta...........................................................................................................6
Figura 2: Exemplo da elasticidade, na curva de oferta...............................................................8

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CAPÍTULO I

1. Introdução
O presente trabalho vai abordar acerca de teoria do producto geradora da curva de oferta, por
tanto, na teoria do consumidor, parte-se do princípio da racionalidade, da hipótese hedonista, que
se traduz em o consumidor procurar obter o máximo de satisfação com o menor custo. Dai que
para o consumidor racional as quantidades de bens procurados variam em função dos preços.
Deste modo, quanto menores forem os preços maiores serão as quantidades procuradas. Vamos
agora estudar a teoria do produtor, isto é, na teoria neoclássica o objectivo do produtor é a
maximização do lucro, tal como na teoria do consumidor o objectivo é a maximização da
utilidade. Contudo, têm vindo a ser desenvolvidas outras teorias no que tange ao objectivo do
produtor, as quais vamos expor resumidamente.

1.1. Método de pesquisa


A metodologia foi baseada no método indutivo, que consiste numa abordagem das partes, para
que seja possível compreender o assunto de uma forma geral. Foi utilizado o método
bibliográfico, na busca de uma melhor abordagem teórica da evolução, conceito e técnicas, bem
como os objetivos e finalidade.

De acordo com Gil (2009) a pesquisa bibliográfica é “desenvolvida com base em material já
elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”.

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1.2. Objectivos
1.2.1. Objectivos Geral
 Abordar acerca da Teoria da Produção.

1.2.2. Objectivos específicos


 Definir oferta, Explicar a curva de oferta e Relacionar preço e quantidade ofertada;
 Relacionar lucro, receita e custo de produção;
 Conceituar e aplicar o conceito de elasticidade.

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CAPÍTULO II
2. Teoria da Produção
A produção traduz-se no processo de combinar recursos (imputs) a fim de produzir bens e
serviços, utilizando uma determinada tecnologia. Em economia o conceito de tecnologia refere-se
ao método que pode ser usado para a combinação dos recursos a fim de produzir bens e serviços.
Se uma empresa pode utilizar diferentes métodos para obter o mesmo nível de bens e serviços é
suposto que escolhe o método mais eficiente que lhe permite minimizar os custos.

No processo produtivo as empresas combinam factores produtivos, obtendo bens e serviços com
o objectivo de serem vendidos a fim de se obter a realização da mais-valia, ou seja, a obtenção de
lucros.

Os factores produtivos podem ser classificados em grandes categorias, como o trabalho,


matérias-primas e capital, podendo cada uma destas categorias ser subdividida em classes mais
restritas.

As matérias-primas são os elementos que são integrados no produto final e que transmitem o
seu valor a esse produto, constituindo um dos elementos dos custos de produção.

O capital é constituído pelos edifícios e equipamento, cuja duração se estende por mais de um
período do processo produtivo e cujo valor se vai transmitindo, parcialmente, ao produto final,
consubstanciado nas amortizações e depreciações que também constituem um dos elementos do
custo de produção.

O trabalho é outro factor de produção constituindo outro elemento do custo de produção, e que é
consubstanciado nos salários brutos.

A função de produção é uma relação tecnológica entre os imputs (factores produtivos) e o output
– produzindo o máximo output que pode ser obtido com as várias combinações dos factores
produtivos, o que significa que, no conceito de função de produção, os imputs são utilizados
eficientemente no processo produtivo, ou seja, existe eficiência de produção à Pareto, não
existindo qualquer folga (slack) na empresa, estando-se no âmbito da teoria tradicional da
maximização do lucro.

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2.1. Oferta
A oferta descreve o comportamento dos produtores ou vendedores, mostrando o quanto estariam
dispostos a vender, a um determinado preço. Em outras palavras, mostra o comportamento das
empresas no mercado.

Ao comparar o comportamento dos produtores (oferta) com o comportamento dos consumidores


(demanda) notamos que eles são diferentes em relação aos preços altos. Os preços altos
desestimulam os consumidores e estimulam os vendedores a produzir e vender mais. Portanto,
quanto maior o preço maior a quantidade ofertada.

A decisão das empresas sobre o que produzir e sobre as quantidades depende dos preços e das
vendas esperadas, ou seja, a quantidade de um bem que uma empresa irá produzir depende do
preço desse bem.

Segundo Silva e Luiz (2001), para produzir, essas empresas usam um conjunto de fatores de
produção para criar os bens e serviços que serão vendidos no mercado. Fatores de produção são
os elementos transformados durante o processo de produção. São classificados em três categorias:

 Trabalho: formado por todos os serviços das pessoas empregadas na produção. Incluem
os operários, os gerentes, os auxiliares, etc.
 Capital: formado por todas as máquinas, equipamentos e instalações empregados na
produção.
 Recursos naturais: formado pela terra, água e matérias-primas.

2.2. Como são utilizados os fatores produtivos para a obtenção do produto.


As empresas utilizam uma função que associa as diferentes quantidades de fatores de produção
empregados no processo produtivo às quantidades produzidas de bens ou de serviços. Essa
função é denominada função produção ou função oferta e é representada pela seguinte expressão:

Q = f (k, L)

Onde:

 Q: quantidade produzida do bem;


 K: quantidade empregada de fator capital;

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 L: quantidade empregada de fator trabalho.

Essa função mostra que a quantidade produzida do bem depende das quantidades empregadas dos
fatores capital (K) e trabalho (L). Por exemplo, para produzir uma mesa são necessários 8000,00
de fator capital (inclui utilização de equipamentos, máquinas e instalações) e 5000,00 de fator
trabalho (inclui salários dos operários).

A função produção não se preocupa com o fator de produção recursos naturais, pois este
representa os menores custos para as empresas (LUIZ; SILVA, 2001).

Para produzir os produtos determinados pela função produção, as empresas apresentam custos.
Esses custos são chamados de custos de produção. O custo de produção da firma inclui todos os
custos de oportunidade de produção dos bens e serviços.

Custo de oportunidade

Em economia definem-se os custos de oportunidade como a soma dos custos implícitos com os
custos explícitos.

Custo de oportunidade é o valor da melhor alternativa sacrificada pela opção feita na utilização
do bem.

Os custos explícitos são consubstanciados nos pagamentos efectuados a terceiros pela obtenção
de recursos (imputs) – matérias-primas, salários, rendas, equipamentos e outros bens e serviços –
necessários ao processo produtivo, durante um determinado período. Estes recursos são exteriores
à empresa (pessoa colectiva – sociedades ou outras entidades como por exemplo cooperativas) e
deverão ser pagos, cujos pagamentos se consubstanciam em custos explícitos.

Custos implícitos - As empresas além dos custos explícitos incorrem noutros custos, que
resultam de se utilizarem certos factores produtivos no processo produtivo que são propriedade
da própria empresa, em determinadas ocupações

Os custos implícitos, para uma empresa, traduzem-se nos proveitos sacrificados pela opção feita,
que a empresa poderia obter no melhor emprego alternativo desses recursos. O valor destes
factores produtivos ou recursos pertencentes à empresa deverão ser imputados pelo valor da
melhor alternativa da suautilização, expressando o custo de oportunidade.
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Ao vender os produtos produzidos, as empresas recebem dos clientes uma quantia como
pagamento pelos bens e serviços. Essa quantia chama-se receita.

O lucro é a remuneração do empresário. É o que estimula o empresário a produzir. O lucro é a


diferença entre a receita do empresário e o seu custo de produção, ou seja, é a diferença entre as
entradas (vendas) e as saídas.

A curva de oferta, como veremos a seguir, relaciona a quantidade ofertada de um bem com o seu
preço. Entretanto, é fundamental conhecer também os custos para se calcular o lucro.

2.1.1. Curva de oferta


A curva de oferta é a relação entre as quantidades de um bem ou de um serviço (Qx) que os
empresários estão dispostos a ofertar e seus diversos preços (Px). A relação entre o preço do bem
e a quantidade ofertada é direta, ou seja, quanto maior o preço de um bem, maior é a quantidade
ofertada e quanto menor o preço de um bem, menor é a quantidade ofertada.

Do ponto de vista do empresário, quanto maior for o preço de uma mercadoria, maior será o
interesse desse empresário em produzir, pois aumentando sua receita aumentará também o seu
lucro.

A curva de oferta pode ser representada pelo gráfico abaixo.

Figura 1: Curva da Oferta.


No gráfico, temos no eixo horizontal a quantidade do bem X (Qx) e no eixo vertical o preço do
bem X (Px). Esse gráfico mostra que, ao aumentar o preço de 4,00 (Ponto A) para 10,00 (Ponto
B), a quantidade ofertada (produção) cresce de 20 unidades (Ponto A) para 40 unidades (Ponto
B).
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2.3. Elasticidade
A elasticidade também pode ser utilizada na curva de oferta para medir a reação dos empresários
às variações de preço dos bens que eles produzem. Esse tipo de elasticidade é chamado de
elasticidade-preço da oferta.

A elasticidade-preço da oferta é o quociente da variação percentual na quantidade ofertada de um


bem pela variação percentual no preço desse bem (SOUZA, 2007).

A elasticidade-preço da oferta é calculada da seguinte forma:

∆Q
Q
e p=
∆P
P

Onde:

 e p: elasticidade-preço da oferta;
 ΔQ: variação na quantidade ofertada;
 Q: quantidade ofertada;
 ΔP: variação no preço do bem;
 P: preço do bem.

De acordo com Luiz e Silva (2001), a curva de oferta pode ser classificada em três categorias ao
desconsiderarmos o sinal (positivo ou negativo):

 Oferta com elasticidade unitária: ocorre quando os preços variam na mesma proporção
das quantidades ofertadas. A elasticidade-preço da oferta é igual a 1 (e p = 1).
 Oferta inelástica: ocorre quando as quantidades ofertadas variam percentualmente menos
do que os preços. A elasticidade-preço da oferta é menor do que 1 (e p < 1).
 Oferta elástica: ocorre quando as quantidades ofertadas variam percentualmente mais do
que os preços. A elasticidade-preço da oferta é maior do que 1 (e p > 1).

Exemplo:

Um empresário que produz fogões apresenta a seguinte curva de oferta:

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Figura 2: Exemplo da elasticidade, na curva de oferta.
Essa curva de oferta mostra que atualmente o empresário encontra-se no ponto A, com uma
produção 1.000 fogões, cada um com um preço de 400,00. Supondo que o preço dos fogões passe
para 500,00, o empresário passará a produzir 1.200 fogões, passando do ponto A para o ponto B
no gráfico acima.

Para calcular a elasticidade-preço da oferta temos:

A oferta de fogões é inelástica (e p < 1). A quantidade ofertada variou percentualmente menos que
o preço dos fogões.

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CAPÍTULO III
3. Conclusão
Após a produção do presente trabalho, concluímos que a teoria da produção analisa a oferta de
produtos pelos empresários. Pensando do ponto de vista dos empresários, quanto maior for o
preço que ele conseguir vender os seus produtos, maior será seu lucro e maior interesse ele terá
em produzir o bem. A curva de oferta mostra essa relação. O conceito de elasticidade também
pode ser utilizado na curva de oferta. A elasticidade-preço da oferta mede a reação dos
empresários às variações de preço dos bens que eles produzem.

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4. Referências bibliográficas
COUTINHO, Maurício C. Lições de Economia Política Clássica, São Paulo: Hucitec, 1993. 220
p.

MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia, São Paulo: Cengage Learning, 2009. 838 p.

OLIVEIRA, Jayr Figueiredo de; PIRES, Marcos Cordeiro; SANTOS, Sérgio Antonio dos.
Economia para Administradores. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2005. 424 p.

SILVA, César Roberto Leite da; LUIZ, Sinclayr. Economia e mercados: introdução à economia.
18. ed. São Paulo: Saraiva, 2001. 220 p.

SOUZA, Nali de Jesus de. Economia Básica. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2007. 280 p.

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