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FACULDADE DE ECONOMIA
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
LUANDA, 2023
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FICHA TÉCNICA
Grupo-D
Carlos Cândido Diangalo Gunza;
Daniel Matamba Bembeca;
Mário Gerson de Castro Júnior;
Manuel Miloy Artur Daniel;
Pina Gomes Kimbote.
I
SUMÁRIO Pág.
FICHA TÉCNICA...................................................................................................................................I
DEDICATÓRIA....................................................................................................................................4
AGRADECIMENTOS...........................................................................................................................5
EPÍGRAFE.............................................................................................................................................6
RESUMO...............................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................8
PROBLEMÁTICA.................................................................................................................................8
PROBLEMA DA PESQUISA................................................................................................................8
OBJECTIVO GERAL............................................................................................................................9
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS...............................................................................................................9
CAPÍTULO І: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................10
1.1– Elasticidade da Oferta no Curto Prazo..........................................................................................10
1.2– Excedente do Produtor.................................................................................................................11
1.2.1– Excedente do Produtor Versus Lucro........................................................................................14
CAPÍTULO ІI: EXERCÍCIOS RESOLVIDOS....................................................................................15
EXERCÍCIO I..................................................................................................................................15
EXERCÍCIO II.................................................................................................................................20
CONCLUSÃO.....................................................................................................................................22
BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................................23
II
DEDICATÓRIA
Dedicamos este presente trabalho, primeiramente aos nossos pais e as nossas famílias
que sempre estiveram presente e nos apoiaram moral e financeiramente, e que nos incentivam
muito para alcançar os nossos objetivos acadêmicos e outros.
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AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente à Deus Pai Todo Poderoso pela vida, força de vontade e
coragem que nos concedeu para ultrapassar todos os obstáculos encontrados durante esta
jornada, que permaneceu em nossos pensamentos, nos dando ideias positivas e nos ajudando
na materialização de mais uma etapa de relevo em nossas vidas.
E de agradecer ao nosso Professor Dr. João Ngola que durante o ano lectivo nos passou o
conhecimentos suficientes para enfrentar o mercado de trabalho com relação as analises
microeconómicas.
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EPÍGRAFE
Bill Mann.
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RESUMO
O foco central deste trabalho consiste em mostrar a total importância do estudo sobre o
excedente do produtor no curto prazo, no contexto actual onde a concorrência é cada vez mais
forte e a busca pela competitividade é uma necessidade constante, e ela ajuda na determinação
das quantidades necessárias a produzir, ou seja, o excedente do produtor é usado pelas
empresas para analisar quanta produção lhes convém fabricar. O excedente do produto surge
pela lei dos rendimentos decrescentes, Isso significa que a primeira unidade que um produtor
vende está disposta a vendê-la mais barato, mas à medida que mais unidades adicionais são
vendidas, o preço aumenta.
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INTRODUÇÃO
Actualmente presencia-se um contexto de ampla globalização. As organizações buscam
meios para maximizar ganhos e reduzir perdas em um ambiente caracterizado pelo aumento
de concorrência e avanços tecnológicos. Neste conceito, um dos temas da microeconomia que
fala sobre o excedente do produtor no curto prazo pode auxiliar essas organizações,
produtores e entre outros. O excedente do produtor a curto prazo é um conceito econômico
que representa a diferença entre a receita total e o custo variável do produtor em um
determinado período de tempo. Em outras palavras, é o valor adicional que um produtor
obtém ao vender seus produtos acima dos custos variáveis incorridos na produção.
No curto prazo, o excedente do produtor pode ser positivo, negativo ou zero, dependendo
da diferença entre a receita total e o custo variável. Se a receita total exceder o custo variável,
o produtor terá um excedente positivo, o que indica que a empresa está obtendo lucros. Se o
custo variável exceder a receita total, haverá um excedente negativo, refletindo perdas para o
produtor. E se a receita total e o custo variável forem iguais, o excedente do produtor será
zero, significando que a empresa está apenas cobrindo seus custos variáveis. O excedente do
produtor a curto prazo é um indicador importante para os produtores, pois uma análise
cuidadosa desses valores pode auxiliá-los na tomada de decisões relacionadas à produção,
determinação de preços e avaliação da lucratividade de suas operações e ao longo desse
trabalho procuraremos realçar pontos importantes sobre o tema em causa.
PROBLEMÁTICA
PROBLEMA DA PESQUISA
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OBJECTIVO GERAL
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
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CAPÍTULO І: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
ΔQ /Q
E s=
ΔP / P
A curva de demanda mede a quantidade que será demandada a cada preço. Já a curva de
oferta mede a quantidade que seria ofertada a cada preço. Assim como a área abaixo da curva
de demanda mede o excedente do consumidor, a área acima da curva de oferta mede o
excedente desfrutado pelos ofertantes de um bem. Designamos a área abaixo da curva de
demanda como excedente do consumidor. Por analogia, a área acima da curva de oferta é
chamada excedente do produtor. Os termos “excedente do consumidor” e “excedente do
produtor” são às vezes enganadores, pois, na verdade, não importa quem esteja consumindo e
quem esteja produzindo. Talvez fosse melhor usar os termos “excedente do demandante” e
“excedente do ofertante”, mas nos renderemos à tradição e usaremos a terminologia
convencional. Vamos supor que temos uma curva de oferta de determinado bem. Essa curva
mede apenas a quantidade de um bem a ser ofertada a cada preço possível. O bem pode ser
ofertado por uma pessoa que o possui ou por uma empresa que o produza. Adotaremos a
segunda interpretação para nos atermos à terminologia tradicional. Se o produtor puder vender
num mercado x* unidades de seu produto ao preço p*, qual será seu excedente? É mais
conveniente desenvolver a análise em termos da curva de oferta inversa do produtor, ps(x).
Essa função mede qual deveria ser o preço para que o produtor ofertasse x unidades do bem.
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O excedente líquido do produtor é a área triangular à esquerda da curva de oferta no
painel A e a variação no excedente do produtor é a área trapezoidal no painel B.
Pense na função de oferta inversa de um bem discreto. Nesse caso, o produtor quer
vender a primeira unidade do bem ao preço Ps (1), mas, na verdade, ele obtém o preço de
mercado P¿ por essa unidade. Do mesmo modo, ele quer vender a segunda unidade por Ps (2),
mas obtém P¿ por ela. Se continuarmos nessa linha de raciocínio, veremos que o produtor
venderá a última unidade por Ps (x*) = p* . A diferença entre a quantia mínima pela qual o
produtor está disposto a vender as x* unidades e a quantia pela qual realmente as vende é o
excedente líquido do produtor. Esse excedente é dado pela área triangular sombreada da
Figura A acima, Da mesma forma como no caso do excedente do consumidor, podemos
indagar como o excedente do produtor varia quando o preço aumenta de p’ para p”. Em geral,
a variação no excedente do produtor será a diferença entre duas regiões triangulares e,
portanto, deverá ter a forma aproximada de um trapézio, ilustrada na Figura B. Como no caso
do excedente do consumidor, a região quase trapezoidal será formada por uma região
retangular, R, e por uma região quase triangular, T. O retângulo mede o ganho obtido com a
venda ao preço p” das unidades antes vendidas ao preço p’. A região quase triangular mede o
ganho obtido com a venda das unidades adicionais ao preço p”. Isso é análogo à variação no
excedente do consumidor analisada anteriormente. Embora seja comum referir-se a esse tipo
de variação como um aumento no excedente do produtor, na verdade, num sentido mais
profundo, ele realmente representa um aumento no excedente do consumidor que beneficia os
consumidores proprietários da empresa que gerou a curva de oferta. O conceito de excedente
do produtor está intimamente relacionado com a ideia de lucro.
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É sabido que para medir o excedente do consumidor recorremos na diferença entre o máximo
que uma pessoa pagaria por um produto e o preço de mercado de tal produto. Um conceito
análogo aplica-se às empresas. Se o custo marginal estiver aumentando, o preço do produto é
superior ao custo marginal para cada unidade produzida, exceto para a última. Em
consequência, as firmas obtêm excedente em todas as unidades menos a última. O excedente
do produtor de uma empresa é a soma, para todas as unidades de produto, da diferença entre o
preço de mercado de uma mercadoria e o custo marginal de sua produção. Assim sendo, da
mesma forma que o excedente do consumidor mede a área situada abaixo da curva de
demanda individual e acima do preço de mercado do produto, o excedente do produtor mede a
área situada acima da curva de oferta de um produtor e abaixo do preço de mercado.
Quando somamos os custos marginais para cada nível de produção desde 0 até q ¿,
descobrimos que a soma é igual ao custo variável total para a produção de q ¿, Os custos
marginais refletem os incrementos de custo associados aos acréscimos de produção; uma vez
que os custos fixos não variam com a produção, a soma de todos os custos marginais deve ser
igual à soma dos custos variáveis da empresa. Portanto, o excedente do produtor pode
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alternativamente ser definido como a diferença entre a receita da empresa e seu custo variável
total.
E p =R−CV
L=π =R-CV-CF
No curto prazo, quando os custos fixos são positivos, o excedente do produtor é maior do que
o lucro. A dimensão do excedente do produtor para a empresa depende de seus custos de
produção. Empresas de alto custo têm menor excedente do produtor, e empresas de baixo
custo têm maior excedente. Somando-se os excedentes do produtor de todas as empresas,
podemos determinar o excedente do produtor para o mercado.
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CAPÍTULO ІI: EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
EXERCÍCIO I
1. Dada a seguinte função de demanda e oferta em um mercado qualquer:
Qd =210−3 P
Qd =4 P
Onde:
Qd é a quantidade demandada
QO é a quantidade ofertada
P é o preço
Pede-se:
a) calcule o preço e a quantidade equilíbrio em uma economia fechada. Calcule o
excedente do consumidor (EC) e o excedente do produtor (EP) nessa situação.
b) Suponha que o governo local abra esse mercado à concorrência externa e o preço
mundial desse produto é P* = 20. Esse país será exportador ou importador desse bem?
Qual será o equiíbrio nessa situação? Calcule os execentes do produtor e do
consumidor nessa situação.
c) Suponha agora que o governo decida cobrar um imposto (t) sobre os produtores de 10
unidades monetárias por cada unidade vendida. Qual será o equilíbrio agora?
Acontece alguma alteração no excedente do consumidor? E no excedente do produtor?
Quais são esses excedentes agora? Qual será o excedente do governo (EG)? Haverá
algum peso morto nessa situação? Se houver, de quanto ele será?
d) E se diante da pressão dos produtores locais o governo desejar colocar uma tarifa (T)
sobre os bens importados de 6 unidades monetárias, de modo que o preço do produto
importado passe a custar 26 unidades monetárias. Qual será o equilíbrio agora? Qual
será o excedente do consumidor? E o excedente do produtor? O governo terá algum
excedente? Qual será ele? Haverá peso morto? De quanto?
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Resposta:
a) A solução para o equilíbrio é simples. Basta igualar as funções de oferta e demanda. Assim:
Qd = Qo
P
70
QO
EC
30
EP
QD
Q
120
Para calcular os excedentes deve-se saber os interceptos das curvas de oferta e demanda no
eixo dos preços. Para isso, deve-se fazer em cada uma das equações, Q=0. Assim: Qo= 0 => P
= 0 e Qd = 0 => P = 70.
O excedente do consumidor é a área do triângulo abaixo da curva de demanda até o
preço pago pelo consumidor (nesse caso, P’). Assim:
( 70−30 )∗120
E c 1= =2400
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O excedente do produtor é a área do triângulo acima da curva de oferta até o preço
recebido pelo produtor. Assim:
(30∗120)
E p 1= =1800
2
O excedente total é dado pela soma de todos os excedentes gerados. Nesse caso:
ET 1=Ec 1+ E p 1=2400+1800=4200
b) Como o preço de livre comércio, P*, é inferior ao preço de concorrência com economia
fechada, P’, o país será um importador do bem.
Nessa situação o preço de equilíbrio será aquele ditado pelo comércio internacional (o
preço mundial) e, como não existem barreiras à importação, toda a demanda a esse novo
preço será atendida. Assim:
16
P* = 20 .·. Qd* = 150
O excedente do consumidor será a área sob a curva de demanda até o preço pago pelo
consumidor – que agora é o preço mundial P*:
( 70−20 )∗150
E c 2= =3750
2
O excedente do produtor é a área acima da curva de oferta. Mas notem agora, que os
produtores domésticos não ofertam toda a quantidade consumida internamente, pois uma
parte dessa é importada.
Para sabermos qual é a quantidade vendida pelos produtores locais, basta substituir o
preço vigente no mercado, P*, na equação de oferta:
Qo =4∗20=80
P
70
QO
EC
20
EP
QD
Q
150
c) Quando o governo impõem um tributo (t) sobre os produtores isso equivale a deslocar a
curva de oferta paralelamente para cima sobre o eixo-P. Formalmente, fazemos com que a
nova curva de oferta seja:
Qo (t)=4 ( P∗−t )
P
QO(t)
70
QO
imposto s/ produção
EC
EG
20 P*
10 Peso Morto
QD
EP
40 150 Q
18
Note que o excedente total é menor agora do que era sem o imposto. Portanto, o peso
morto (PM) do imposto é de:
PM3 = ET2 – ET3 = 4550 – 4350 = 200
d) Nessa nova situação, o preço vigente domesticamente sofre uma majoração igual à tarifa
imposta sobre os importados e passa a ser P (T) = P* + T = 26. Novamente, não existem
barreiras à oferta a esse preço e toda a demanda a esse preço será atendida. Evidentemente, a
quantidade demandada agora será menor, pois houve um aumento no preço para o
consumidor. A quantidade consumida, agora, será dada por:
QD(T) = 210 – 3*(P* + T) = 210 – 3P(T) = 132
O excedente do consumidor será:
EC4 = [(70-26)*104]/2 = 2904
P
70
QO
imposto s/ produção
EC
EG
26
tarifa s/ importação
20
16 Peso Morto
QD
EP
150 Q
Percebam que houve um aumento no preço vigente no mercado. Esse novo preço
estimula a oferta por parte das firmas locais. Aquelas firmas nacionais que possuírem uma
estrutura de custo que lhes possibilitem oferta nesse mercado o farão. A quantidade ofertada
pelas firmas domésticas será dada agora por:
Qo(T) = 4 * (P* - t + T) => 4 * (20 – 10 + 6) = 64
Como as firmas ainda recolhem 10 unidades monetárias de imposto, o preço recebido
por elas será 16 unidades monetárias. Dessa forma, o excedente do produtor será dado por:
EP4 = 16*64/2 = 512
Por fim, o governo terá um acréscimo em suas receitas. De fato, o governo arrecadará
10 unidades monetárias de cada unidade de bem produzido por firmas domésticas e arrecadará
6 unidades monetárias de cada unidade do bem importada. O excedente do governo, será,
portanto:
EG4 = 10*64 + 6*68 = 640 + 408 = 1048
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Receita s/ produtos Receita s/ produtos
domésticos importados
O excedente total, novamente, será dado pela soma dos excedentes dos consumidores,
produtores e governo:
ET4 = EC4 + EP4 + EC4 = 2904 + 512 + 1048 = 4464
Notem que em relação à situação de livre comércio e concorrência, o Peso Morto é de:
PM4(1) = ET2 – ET4 = 4550 – 4464 = 86
Mas, em relação à situação de livre comércio e tributação apenas sobre o produtor
local o Peso Morto é menor:
PM4(2) = ET3 – ET4 = - 114
EXERCÍCIO II
2- Para uma indústria em concorrência perfeita, a oferta do produto é dada por Qs = 3P – 2. Se
a demanda for dada por Qd = 100 – 10P, a imposição de um tributo específico de $ 2,00 por
unidade transacionada fará com que o preço de equilíbrio seja (desprezando-se os algarismos
a partir da terceira casa decimal).
Solução:
p’ = p – T
Qs’ = 3p’ – 2
Qs’ = 3 (p – T ) – 2
Qs’ = 3 (p – 2) – 2
Qs’ = 3p – 6 – 2
20
Qs’ = 3p – 8
Para determinar o preço de equilíbrio, basta igualar essa oferta com a função demanda
Qd = 100 – 10p; portanto, temos:
Qs’ = Qd
3p – 8 = 100 – 10p
13p = 108
p = 8,30
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CONCLUSÃO
22
BIBLIOGRAFIA
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